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Hormônios Vegetais (Fitormônios)

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Hormônios Vegetais

(Fitormônios)

Ação hormonal na floração.

Ação hormonal na abscisão foliar.

Ação hormonal no desenvolvimento e

crescimento vegetal.

Ação hormonal no amadurecimento das

frutas.

Hormônios Vegetais

Também chamados de fitormônios. Regulam o funcionamento fisiológico das plantas. São cinco hormônios vegetais: Auxina, Citocinina, Etileno, Giberelina e Ácido Abscísico.

a) Auxina

Ácido Indolacético (AIA) Descoberta por Charles Darwin (1881) Local de produção: gema apical do caule

Funções:

I) Alongamento celularII) Tropismos (movimentos vegetais)III) Enraizamento de estacasIV) Dominância apicalV) Desenvolvimento do caule e da raiz

Fisiologia Vegetal

I) Alongamento celular

Membranaplasmática

Parede celular

Auxinasestimulam

Proteína bombeadora

de H+ Expansinas

Molécula de celulose

Molécula de celulose sofrem alongamento

Expansão da parede celular

Alongamento celular

Parede celular

Fisiologia Vegetal

II) Tropismos

As auxinas controlam os tropismos: movimentos de curvatura da planta em resposta aum determinado estímulo.

Fototropismo

Tipo de tropismo em que a fonte estimuladora do movimento da planta é a luz.

Quando a planta é iluminada a auxina migra para o lado oposto ao da luz

Fisiologia Vegetal

Fototropismo

Caule: O excesso de auxina estimula o alongamento celular (fototropismo positivo)Raiz: O excesso de auxina inibe o alongamento celular (fototropismo negativo)

Caule

Raiz

luz luz luz

CauleFototropismo

(+)

↓auxina↑alongamento

↑ auxina↑ alongamento

AuxinaRaiz

Fototropismo (-)

Fisiologia Vegetal

Fototropismo

Gravitropismo (Geotropismo)

Tipo de tropismo em que a fonte estimuladora do movimento é a força gravitacional

Caule: gravitropismo negativoRaiz: gravitropismo positivo

raiz caule

Força da gravidade faz com que a auxina se acumule na

região inferior da planta.

Planta em posição horizontal

Caule↑auxina↑alongamento

Raiz↓auxina↑alongamento

Fisiologia Vegetal

Geotropismo

III) Enraizamento de estacas

Por estímulo da auxina, raízes adventícias podemsurgir a partir de estacas (mudas).

IV) Desenvolvimento de raiz e caule

Raiz, mais sensível a auxina que o caule

Uma concentração que induza ocrescimento ótimo do caule, tem efeitoinibidor sobre o crescimento da raiz.

Fisiologia Vegetal

V) Dominância Apical

A auxina produzida na gema apical do caule exerce inibição sobre as gemas laterais,mantendo-as em estado de dormência.

Se a gema apical for retirada (técnica de poda) as gemas laterais passam a sedesenvolver e novos ramos se desenvolvem.

Fisiologia Vegetal

b) Citocinina

Funções na planta

I. Estimula a divisão celularII. Estimula a morfogênese (diferenciação dos tecidos da planta)III. Estimula o alongamento caulinarIV. Promove o retardo do envelhecimento da planta (senescência)V. Quebra a dominância apical e promove o desenvolvimento das gemas laterais.

Auxina e citocinina podem ser utilizadas em conjunto

para promoverem a diferenciação celular em vegetais e a formação de

plantas inteiras a partir de um conjunto de céulas (calo)

calo raízes Caules e folhas

Fisiologia Vegetal

c) Etileno (Gás Eteno – C2H4)

Funções na planta

I. Promove a germinação em plantas jovens.II. Promove o amadurecimento dos frutosIII. Promove o envelhecimento celular (senescência)IV. Estimula a floraçãoV. Promove a abscisão foliar (queda das folhas)

No cultivo de banana é comum realizar a queima da serragem, pois há liberação do gás etileno

Etileno promove o amadurecimento do fruto.

Etileno promove a queda das folhas (abscisão foliar)

Fisiologia Vegetal

Gás etileno - Curiosidade

• Acredita-se que enfiando pregos na jabuticabeira ela produz frutos mais rápido. Na verdade, quando se provoca este tipo de ferimento na planta, ocorre um estímulo e ela produz o etileno, que a induz a florescer.

d) Giberelina

I. Promove o crescimento dos frutos partenocárpicosII. Promove o alongamento caulinarIII. Realiza a mobilização das reservas da semente para o embriãoIV. Quebra a dormência em sementes e gemas (primavera)

Germinação das sementes

Desenvolvimento de frutos partenocárpicos

(sem fecundação).

Fisiologia Vegetal

e) Ácido abscísico (ABA)

I. Promove a dormência em gemas e sementes (inverno)II. Promove o fechamento estomático (falta de água no solo)III. Induz o envelhecimento de folhas, frutos e flores.

Sementes dormentes no período do inverno por ação do ácido abscísico

Fisiologia Vegetal

4) Movimentos Vegetais

a) TROPISMOS - Promovidos pela ação das auxinas e direcionados aos

estímulos conforme já vimos, são eles:

• FOTOTROPISMO – LUMINOSIDADE

• GRAVITROPISMO OU GEOTROPISMO – GRAVIDADE

• TIGMOTROPISMO – TOQUE

b) NASTISMOS - São movimentos que não envolvem crescimento nem

são orientados em direção à estímulos, sem participação das auxinas:

• FOTONASTIA – MOVIMENTO DE DETERMINADOS ÓRGÃOS MOTIVADOS

• PELA LUZ OU FALTA DELA.

• TERMONASTIA – TEMPERATURA.

• TIGMONASTIA – TOQUE.

Fisiologia Vegetal

5) Fotoperiodismo

É o mecanismo de floração que algumas plantas angiospermas possuem em respostaao período de luminosidade diária (fotoperíodo) relacionada com à ação dosfitocromos R e F que corresponda a absorção de luz vermelha curta F e longa R.

Fotoperíodo crítico: (FPC)

Valor em horas de iluminação que determina a floração ou não de uma planta. O fotoperíodo crítico é específico de cada espécie.

I. Plantas de dia-curto: Florescem quando a duração do período iluminado é inferior aoseu fotoperíodo crítico.

II. Plantas de dia-longo: Florescem quando a duração do período iluminado é maior que oseu fotoperíodo crítico.

III. Plantas indiferentes: A floração não depende do fotoperíodo.

Fisiologia Vegetal

Fotoperiodismo

a) Plantas de dia-curto

Fotoperíodo crítico da espécie = 11 horas

16 hs 8 hs 8 hs 16 hs

Floresce quando submetida a um período de luminosidade inferior ao

seu fotoperíodo crítico.

Não floresce Floresce

Dia Noite Dia Noite

Verão Inverno

Fisiologia Vegetal

b) Plantas de dia-longo

Fotoperíodo crítico da espécie = 15 h

16 hs 8 hs 8 hs 16 hs

Floresce quando submetida a um período de luminosidade superior

ao seu fotoperíodo crítico.

floresce Não Floresce

Dia Noite Dia Noite

Verão Inverno

Fisiologia Vegetal

Estudos posteriores revelaram que não é o período de luminosidadediária que efetua a floração, mas sim o período de escuro ao qual a plantaé submetida.

Plantas de dia-curto: necessitam de uma “noite longa” para florescer

Plantas de dia-longo: necessitam de uma “noite curta” para florescer.

Fisiologia Vegetal

Interrompendo o período noturno por umbreve período luminoso a planta de dia-curto, não floresce, pois na verdade elanecessita é de uma “noite longa” contínua.

Não Floresce

Floresce

Interrompendo o período noturno por umbreve período luminoso a planta de dia-longo floresce, pois como ela necessita de“noite curta” para florescer a interrupçãoda noite longa faz com que a noite se tornecurta para planta e ela floresce.

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