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UI ANNO DOMINGO, 5 DE ABRIL DE 1903 N.ago SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA Assignalura Anno. 1S000 reis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. para o Brazil, anno. 2$5oo réis Imoeda foriej. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. -José Augusto Saloio 19, i.° — RUA DIREITA IO Publicações Annuncios— 1.» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto esp ciai. Os auto- giaphos não se restituem quer sejam ou não publicados. PROPRIETÁRIO José Augusto Saloio e x p e d ie n t e 4 cceUiiin-se com grati dão qnaesqMer uotlcias «jeac sejam «le interesse pseMieo. HOSANNA! Vae passando nas ruas de Jerusalem o filho de Da- vid. o redemptor dos op- primidos, o consolador dos pobres, o grande coração, todo cheio de magnanimi- jade e amor. Lança palmas no chão a multidão enthusiasmada, sauda o homem extraordi nário, cujas doutrinas echo- am em todas as almas co mo um som divino, de en cantadora melodia. Ellé passa, sereno e bom, por entre os que o accla- mam, com o seu -sorriso bondoso, com os seus olhos meigos de profunda doçu ra, onde se reflectem os mais puros sentimentos da alma. Pouco depois, esse mes mo povo que o victoriava como um triumphador,que 0 acclamava com enthusj- asmo, pede em altos bra dos, deante da varanda de Pilatos, que soltem Bana- bás e condemnem Jesus á morte. • Inconstante e leviano, o povo derruba n'um mo mento os idolos que ha pouco ainda adorava com entranhado fervor. Tem dle sido muitas vezes cau sada desgraça dos que por elle se sacrificam. E no emtanto o seu inti mo é bom e generoso; per- de-o, porém, a demasiada confiança nos que se valem d elle para conseguirem os seus fins malévolos. A historia de Jesus tem- Se repetido milhares de ve zes na humanidade. Quan tos martyres de uma idéa Santa, sacrificando-se pelo sc.u ideal, succumbem, vi- c 'tinias da maldade e da CeRueira dos homens! Infeliz do que pretende egenerar o mundo! Ha de Ser forçosamente victima da sua dedicação. Mas nem por isso se de- e esmorecer no cumpri mento de tão sagrada tare fa. P odiando sempre, sem desanimos, sem hesitações, de olhos fitos no ideal a que aspiramos, da supre ma bondade e perfeição, si gamos a estrada, coberta de espinhos, que n .s ha de levar á' terra promet.ida. Nada de desfallecimentos. Caminhemos para a fren te ! JOAQUIIVf DOS ANJOS. Peeira dos raamhfiajites Com o nome vulgar de peeira são designadas di versas affecções do pé dos ruminantes. No gado bovino appare- ce a peeira no espaço in- terdigital, isto é, entre as duas unhas. Nos carneiros e cabras tambem é frequen te a peeira- na mesma re gião dos pés. Em todas estas especies animaes a peeira umas ve zes é simples e benigna, outras vezes é 'maligna e contagiosa, pegando-se de um animal a outro e com plicando-se a tal ponto que não raro faz cahir os cas cos, soffrendo os doentes dores horrorosas. Quaes são, porém, as doenças várias que o vulgo confunde ou engloba na designação generica de peeira? São em numero de cin co, todas caracterisadas por lesões nos pés e por manqueira ou claudicação Dessas cinco affecções, ha duas communs a todos os ruminantes: são o agua- menlo e a furiinculose in- terdigital; outra, exclusiva do gado bovino, é a derma tite vegetanle ou verrucosa, tambem chamada figo do pé do boi ; finalmente o mal da forquilha e o figo do pé do gado miudo atacam ape nas os carneiros e as ca bras. Vejamos resumidamente os caracteres de cada uma d’estas cinco affecções, com o tratamento a ellas ade quado. 1 Aguamenlo dos ru minantes— E’ uma conges tão dos tecidos córneos do pé, seguida de inllamma- cão. E’ moléstia rara. Ap- parece ora nos quatro pés simultaneamente, ora ape nas nos anteriores. As lon gas jornadas a pé, o trans porte em caminho de ferro pelas trepidações, o exces so da ceva, são as causas apontadas para esta doen ça. Conhece-se que um boi está com o aguamento dos pés pelo calor destes e pe la attitude especial em que o boi então se colloca, met- tendo os quatro pés debai xo do tronco, se todos quatro estão atacados, ou mettendo só os posteriores, se a congestão atacou os de deante. Se não acudirmos a com bater o aguamento, podem resultar graves lesões, até mesmo a queda das unhas. O tratamento consiste na sangria da veia jugular, essencia de terebinthina em fricções nos lombos e pur gativos abundantes, como é, por exemplo, o sulfato de soda na dose de 5oo a 600 grammas para os bois e de 100 para o gado miu do, na agua da bebida. Aos pés atacados dão-se banhos frios durante uma hora por dia. Se as unhas cahiram, é preciso desinfe ctar as feridas e envolver os pés em pensos antisé pticos, o que exige a inter venção do veterinário. 2.0 Furunculose interdi- gital — Consiste na produ cção de um ou mais furun- culos entre as unhas dos ruminantes. A causa d’esta furunculose está nos trau matismos ou contusões que os animaes recebem ao ca minharem por sítios pedre gosos ou por cima de res tolhos e matto espinhoso ou aspero. Tambem nos es tábulos pouco asseiados e nas camas feitas de maté rias lenhosas se pode dar esta infecção. Os symptomas desta fu runculose, tambem chama da gavarro dos ruminantes, são: manqueira, febre, dôr e calor do espaço interdi- gita! (entre as unhas), in- flammação e edêma da pella dessa região, e em fim apparecimento de um ou de vários furunculos, cada um com o seu carni- cao e pus mais ou menos abundante. O tratamento resume- se em desinfectar bem os pés doentes com agua phe- nica, de sublimado ou ou tra, dar banhos d agua de sulfato de cobre a 5 por cento e por nos pés uns pensos que, de quando em quando, se regam com uma solução desinfectante quen te, 3Dermatite vegetanle ou verrucosa — E' o figo do pé do gado vaccum. Na paiae anterior do espaço interdi- gital manifesta-se conges tão e inflammaçãó da pel- 1 e, que sobresae corno uma excrescencia entre as unhas e faz soffrer o animal, quan do este se move e compri me essa excrescencia, que é o figo. As causas são as mes mas que apontei para a fu runculose. A’s vezes esta dermatite succede ou acom panha os ataques da febre aphtosa, como uma com plicação da epizootia O tratamento mais effi- caz é o cirúrgico. Cortam- : os figos e sobre a carne viva applicam-se pós de iodoTormió, tanino e acido borico, em partes eguaes, cobrindo os pés doentes com um penso que só se levanta dez dias depois. 4.0 Mal da forquilha— E’ a inflammaçãó do canal biflexo do carneiro e da cabra. Este canal abre-se á iireita e á esquerda e um pouco acima do espaço in- terdigital do pé dos ovinos dos caprinos. As causas prováveis da doença são ainda as sujida- ies e as contusões. Tem a moléstia por sym ptomas: a manqueira, a lôr, o calor e a inflam ma ção da região atacada e a sahida de pus fétido pelo :anal biflexo, quando com primido. Os animaes com a dòr não pòdem andar so bre os pés doentes, che irando a arrastar-se sobre o \ os joelhos, quando a mo- estia lhes ataca os pés an teriores. O tratamento é egual ao da furunculose: desinfe cção e banhos antisépticos, como atraz ficou indicado. 5Figo do pé do gado miudo — Tambem se cha ma, e com maior proprie dade, culidite puslulosa. E’ doença muito grave e transmitte-se de uns ani maes aos outros. As causas são a humida de dos estábulos, mas o agente verdadeiro deve ser um microbio, visto que a moléstia é contagiosa. Os symptomas são: a manqueira, o engorgita- mento e inflammaçãó dos pés,com sensibilidade exag- gerada e secreção fétida da pelle do espaço interdigi- tal, seguindo-se o descolla- mento gradual das unhas e a necrose ou gangrena da pelle, dos ligamentos e dos tendões, se o mal não é a alhado. Os animaes por fim não podem andar e ar rastam-se sobre os joelhos, como no caso do mal de forquilho. Q tratamento consiste primeiro que tudo em iso lar os doentes, para que a moléstia se não pegue aos animaes sãos; depois la vam-se os pés doentes com agua de sulfato de cobre a 5 por cento, para o que se põe á entrada do estábulo uma celha ou um taboleiro cheio de soluto, afim de que os animaes, ao passa rem, tomem esse banho. Os doentes devem ter cama limpa. Quando hou ver o descollamento ade antado das unhas, é preci so limpar e desinfectar as feridas e applicar-lhes po mada de iodoformio e cam- phora ou vaselina iodada a 4 por cento, cobrindo o pé com um penso, A moléstia é muito de morada e exige muito cui dado no tratamento. J. V. D?: PAUL A NOGUEIRA, Lente de medicina veterinária. Da Gazeta das Aldeias). t / Tfeestí*» ãS9cHi*o-.13agico Conforme noticiámos, realisou-se no dia 1 do cor rente a festa artística da actriz F. A. A casa estava cheia. Abriu o espectáculo Q arlequim, poesia dramatica do nosso dedicado amigo

HOSANNA! · bondoso, com os seus olhos meigos de profunda doçu

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Page 1: HOSANNA! · bondoso, com os seus olhos meigos de profunda doçu

U I ANNO DOMINGO, 5 DE ABRIL DE 1903 N.a go

S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R À R I O E A G R Í C O L A

AssignaluraAnno. 1S000 reis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. para o Brazil, anno. 2$5oo réis Imoeda foriej.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

-José Augusto Saloio 19, i.° — RUA DIREITA IO

PublicaçõesAnnuncios— 1.» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto esp ciai. Os auto- giaphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio

e x p e d i e n t e

4 cceUiiin-se com g ra ti­dão qnaesqMer uo tlcias «jeac sejam «le in teresse pseMieo.

HOSANNA!Vae passando nas ruas

de Jerusalem o filho de Da- vid. o redemptor dos op- primidos, o consolador dos pobres, o grande coração, todo cheio de magnanimi- jade e amor.

Lança palmas no chão a multidão enthusiasmada, sauda o homem extraordi­nário, cujas doutrinas echo- am em todas as almas co­mo um som divino, de en­cantadora melodia.

Ellé passa, sereno e bom, por entre os que o accla- mam, com o seu -sorriso bondoso, com os seus olhos meigos de profunda doçu­ra, onde se reflectem os mais puros sentimentos da alma.

Pouco depois, esse mes­mo povo que o victoriava como um triumphador,que 0 acclamava com enthusj- asmo, pede em altos bra­dos, deante da varanda de Pilatos, que soltem Bana- bás e condemnem Jesus á morte. •

Inconstante e leviano, o povo derruba n'um mo­mento os idolos que ha pouco ainda adorava com entranhado fervor. Tem dle sido muitas vezes cau­sa da desgraça dos que por elle se sacrificam.

E no emtanto o seu inti­mo é bom e generoso; per- de-o, porém, a demasiada confiança nos que se valem d elle para conseguirem os seus fins malévolos.

A historia de Jesus tem- Se repetido milhares de ve­zes na humanidade. Quan­tos martyres de uma idéa Santa, sacrificando-se pelo sc.u ideal, succumbem, vi- c'tinias da maldade e da CeRueira dos homens!

Infeliz do que pretende egenerar o mundo! Ha de

Ser forçosamente victima da sua dedicação.

Mas nem por isso se de- e esmorecer no cumpri­

mento de tão sagrada tare­fa. P odiando sempre, sem desanimos, sem hesitações, de olhos fitos no ideal a que aspiramos, da supre­ma bondade e perfeição, si­gamos a estrada, coberta de espinhos, que n .s ha de levar á' terra promet.ida. Nada de desfallecimentos. Caminhemos para a fren­te !

JOAQUIIVf DOS ANJOS.

P e e ira dos raamhfiajites

Com o nome vulgar de peeira são designadas di­versas affecções do pé dos ruminantes.

No gado bovino appare- ce a peeira no espaço in- terdigital, isto é, entre as duas unhas. Nos carneiros e cabras tambem é frequen­te a peeira- na mesma re­gião dos pés.

Em todas estas especies animaes a peeira umas ve­zes é simples e benigna, outras vezes é 'maligna e contagiosa, pegando-se de um animal a outro e com­plicando-se a tal ponto que não raro faz cahir os cas­cos, soffrendo os doentes dores horrorosas.

Quaes são, porém, as doenças várias que o vulgo confunde ou engloba na designação generica de peeira?

São em numero de cin­co, todas caracterisadas por lesões nos pés e por manqueira ou claudicação

Dessas cinco affecções, ha duas communs a todos os ruminantes: são o agua- menlo e a furiinculose in- terdigital; outra, exclusiva do gado bovino, é a derma­tite vegetanle ou verrucosa, tambem chamada figo do pé do boi; finalmente o mal da forquilha e o figo do pé do gado miudo atacam ape­nas os carneiros e as ca­bras.

Vejamos resumidamente os caracteres de cada uma d’estas cinco affecções, com o tratamento a ellas ade­quado.

1 Aguamenlo dos ru ­minantes— E’ uma conges­tão dos tecidos córneos do pé, seguida de inllamma- cão. E’ moléstia rara. Ap-

parece ora nos quatro pés simultaneamente, ora ape­nas nos anteriores. As lon­gas jornadas a pé, o trans­porte em caminho de ferro pelas trepidações, o exces­so da ceva, são as causas apontadas para esta doen ça.

Conhece-se que um boi está com o aguamento dos pés pelo calor destes e pe­la attitude especial em que o boi então se colloca, met- tendo os quatro pés debai­xo do tronco, se todos quatro estão atacados, ou mettendo só os posteriores, se a congestão atacou os de deante.

Se não acudirmos a com­bater o aguamento, podem resultar graves lesões, até mesmo a queda das unhas.

O tratamento consiste na sangria da veia jugular, essencia de terebinthina em fricções nos lombos e pur­gativos abundantes, como é, por exemplo, o sulfato de soda na dose de 5oo a 600 grammas para os bois e de 100 para o gado miu­do, na agua da bebida. Aos pés atacados dão-se banhos frios durante uma hora por dia. Se as unhas cahiram, é preciso desinfe­ctar as feridas e envolver os pés em pensos antisé­pticos, o que exige a inter­venção do veterinário.

2.0 Furunculose interdi- gital— Consiste na produ­cção de um ou mais furun- culos entre as unhas dos ruminantes. A causa d’esta furunculose está nos trau­matismos ou contusões que os animaes recebem ao ca­minharem por sítios pedre­gosos ou por cima de res­tolhos e matto espinhoso ou aspero. Tambem nos es­tábulos pouco asseiados e nas camas feitas de maté­rias lenhosas se pode dar esta infecção.

Os symptomas desta fu­runculose, tambem chama­da gavarro dos ruminantes, são: manqueira, febre, dôr e calor do espaço interdi- gita! (entre as unhas), in- flammação e edêma da pella dessa região, e em­fim apparecimento de um ou de vários furunculos, cada um com o seu carni-

cao e pus mais ou menos abundante.

O tratamento resume- se em desinfectar bem os pés doentes com agua phe- nica, de sublimado ou ou­tra, dar banhos d agua de sulfato de cobre a 5 por cento e por nos pés uns pensos que, de quando em quando, se regam com uma solução desinfectante quen­te,

3.° Dermatite vegetanle ou verrucosa — E' o figo do pé do gado vaccum. Na paiae anterior do espaço interdi- gital manifesta-se conges­tão e inflammaçãó da pel-1 e, que sobresae corno uma excrescencia entre as unhas e faz soffrer o animal, quan­do este se move e compri­me essa excrescencia, que é o figo.

As causas são as mes­mas que apontei para a fu­runculose. A’s vezes esta dermatite succede ou acom­panha os ataques da febre aphtosa, como uma com­plicação da epizootia

O tratamento mais effi- caz é o cirúrgico. Cortam-

: os figos e sobre a carne viva applicam-se pós de iodoTormió, tanino e acido borico, em partes eguaes, cobrindo os pés doentes com um penso que só se levanta dez dias depois.

4.0 Mal da for quilha— E’ a inflammaçãó do canal biflexo do carneiro e da cabra. Este canal abre-se á iireita e á esquerda e um pouco acima do espaço in- terdigital do pé dos ovinos

dos caprinos.As causas prováveis da

doença são ainda as sujida- ies e as contusões.

Tem a moléstia por sym­ptomas: a manqueira, a lôr, o calor e a inflam ma­ção da região atacada e a sahida de pus fétido pelo :anal biflexo, quando com­primido. Os animaes com a dòr não pòdem andar so­bre os pés doentes, che­irando a arrastar-se sobreo \os joelhos, quando a mo- estia lhes ataca os pés an­

teriores.O tratamento é egual

ao da furunculose: desinfe­cção e banhos antisépticos, como atraz ficou indicado.

5.° Figo do pé do gado miudo — Tambem se cha­ma, e com maior proprie­dade, culidite puslulosa. E’ doença muito grave e transmitte-se de uns ani­maes aos outros.

As causas são a humida­de dos estábulos, mas o agente verdadeiro deve ser um microbio, visto que a moléstia é contagiosa.

Os symptomas são: a manqueira, o engorgita- mento e inflammaçãó dos pés,com sensibilidade exag- gerada e secreção fétida da pelle do espaço interdigi- tal, seguindo-se o descolla- mento gradual das unhas e a necrose ou gangrena da pelle, dos ligamentos e dos tendões, se o mal não é a alhado. Os animaes por fim não podem andar e ar­rastam-se sobre os joelhos, como no caso do mal de forquilho.

Q tratamento consiste primeiro que tudo em iso­lar os doentes, para que a moléstia se não pegue aos animaes sãos; depois la­vam-se os pés doentes com agua de sulfato de cobre a5 por cento, para o que se põe á entrada do estábulo uma celha ou um taboleiro cheio de soluto, afim de que os animaes, ao passa­rem, tomem esse banho.

Os doentes devem ter cama limpa. Quando hou­ver o descollamento ade­antado das unhas, é preci­so limpar e desinfectar as feridas e applicar-lhes po­mada de iodoformio e cam- phora ou vaselina iodada a4 por cento, cobrindo o pé com um penso,

A moléstia é muito de­morada e exige muito cui­dado no tratamento.

J. V. D?: P A U L A N O G U EIR A ,Lente de medicina veterinária.

Da Gazeta das Aldeias). t /

Tfeestí*» ãS9cHi*o-.13agico

Conforme noticiámos, realisou-se no dia 1 do cor­rente a festa artística da actriz F. A. A casa estava cheia.

Abriu o espectáculo Q arlequim, poesia dramatica do nosso dedicado amigo

Page 2: HOSANNA! · bondoso, com os seus olhos meigos de profunda doçu

O D O M I N G O

Manue! Ferreira Giraides, habilmente recitada pela actriz F. A., promotora des­ta festa: que foi muito ap- plaudida.

O espectáculo foi des­empenhado por distinctos amadores subindo á scena as engraçadas comediasem um acto Morte de Gallo, em que tomaram parte a actiz F. A., Justiniano Gou­veia, Domingos Antonio Saloio, José Augusto Si­mões cia Cunha, AmadeuO. Ventura e Marciano A. da Silva Junior, Gostos Ma­nias, em que tomaram par­te os mesmos amadores, Os sinos de Corneville, em que tomaram parte a actriz F. A. e Justiniano Gouveia. Além das comedias repre­sentou-se o dtietto, Elegân­cia e bom tom, pela actriz F. A. e J. A. Simões da Cu­nha, o tercetto, Os Maes­tros, por J. Gouveia, J. A. Simões da Cunha e D. A. Saloio, Morta galante, poe­sia por A. Q. Ven'.ura, La­gartixa, monologo pela actrir F. A. e Que mulher, monologo por J. Gouveia

O desempenho, por par­te de todos os amadores, agradou immenso; e deve- se isso ao ensuiador, sr. Manuel Ferreira Giraides.

Quasi no Final do espe­ctáculo foi feita uma cha­mada a todos os amadores ensaiador, ponto e contra- regra, aproveitando a be­neficiada o ensejo de offe­recer um lindo ramo de flo res n a t u i -a e s a co m p a n h a- do de um cartão com uns versos, em que confessava a sua gratidão, a cada um dos cavalheiros que a au­xiliaram na sua festa.

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Desordeaia Má ya

Foram hontem presos e entregues á disposição do meritissimo juiz de diivito desta comarca, por se te­rem envolvido em desor­dem no logar d’Ataiaya, pelas 8 horas da manhã, Maria Rita, casada, jorna­leira, Adelaide Augusta, casada, domestica, João Gonçalves e Henrique dos

Santos, trabalhadores, to­dos residentes no referido logar d’Atalaya. Os desor­deiros aggrediram-se com uma machada e com um pau, dando em resultado João Gonçalves e Maria Rita ficarem gravemente feridos. Receberam curati­vo na pharmacia Giraides.

D esastre

No domingo passado, o sr. Manud Gonçaivés Tor­menta, na occasião em que descia do carro que guia­va, cahiu, quebrando a per­na direita.

(Procissão «le P assos

E’ hoje que se realisa a procissão de Passos.

Abrilhanta esta festivi­dade a phylarmonica i.° de Dezembro, desta villa.

C O F R E D E P E R Q L A S

SALVl R A IM A !(A pedido de uma senhora)

AGRADECIMENTOIn teiram en te restalíe-

lecido «ia doença «pae esi- tisnasnente Bsse aeosBBEaset-teai. venho, cesmj»riaGd«» 0BB6ã liBslecllnavei deVcr. testeiiBianhar & mesa a*e- çonheeiaiaento. a todas as pessoas. qaae IjEteressan- do-se jaelo afiaeos estiado, sase d e r a a n ®am a e lo sjB ie a a - te desaaonstração da sbb;í am izade e estim a.

Aldegallega. 5 d’al>ril de JSIílS .

Jacinlho Simões Qua­resma. •

.iidatardo l rSS

Para assistir aos festejos em honra do monarcha in- glez, retirou desta villa muito povo na quinta e sexta feira.

Na sexia feira houve uma carreira éxtraordinaria ás6 horas da tarde para Lis­boa, regressando o vapor ás 2 horas da madrugada d’h-ontem.

Tambem foram fretados alguns barcos de véla, pa­ra irem até ao Montijo, e dalli se poder vêr como o nosso dinheirinho arde!

Salvè, ó rainha, toda lu~ e amor,Enviae vosso olhar a esta immensa dor!

Mae de misericórdia e de infinita graça,Ouvi bem, 6 senhora, as preces da desgraça. -

Vida, doçura e toda a nossa esperança,Sede p ra nós, bemdita, o iris da bonança.

Salvè! A vós bradamos, tristes filhos dEva,P ra que mandeis a lus a esta densa treva.

A vós suspiramos., gemendo e chorando.Das lagrimas ao vai mandae vosso olhar brando.

Eia, pois, ó celesle, ó santa advogada,Alma feita da côr da limpida alvorada,

Esses vossos olhos, misericordiosos,Cheios de bondade, a nós volvei, graciosos.

D'este desterro após, moslrae-nos a Jesus,Fructo do ventre vosso, astro d’immensa lu

0" clemente, ó piedosa, ó doce virgem santa,Pior de perfume tal que a alma nos encanta,

Rogae por nós, senhora, ao vosso filho amado, P ra que aos humanos lave a mancha do peccado.

JO AQ U IM DOS ANJOS.

PENSAMENTOSMocidade, formosura, vida, e riqueza é como um

mó lho de palha, que a corrente comsigo arrasta.— ,4 torrente não volta para t r a o s dias do ho­

mem são essa torrente.— Não divulgues os teus segredos.— A sciencia tudo fa? conhecer, excepto o coração do

malvado.— Nunca vos succedeu ao enxergardes um ignoran­

te opulentamente trajado, lembrar-vos de um livro de lu x o .. . em branco? — Padre Senna Freitas.

I J yb*os escolares

A N E C D O T A S

Um interrogalorio de recrutas:— Venha o numero i. Como se chama?— João Raposo.— A sua profissão?— Jornalista.— Sabe ler?

Dois gracejadores de mau gosto, querendo sombar de um pobre aldeão, que caminhava ao longo dc uma rua, e que de momento a momento, dava manifestos i/i- dicios de admiração e surpresa, foram collocar-se dean- te d 'elle um de cada lado, e disseram-lhe:

— 0 que és tu, asno ou imbecil?— Ao certo, não sei bem, meus 'senhore, respondeu o

camponio; creio porém que estou enlre os dois. . .

Na livraria editora An- tonio Figueirinhas, do Por­to, rua dos Olivaes, ^ encontram-se á venda to­dos os livros destinados á instrucção primaria, con­feccionados em harmonia com os novos programrnas officiaes, como sejam:

Aritlnrietica infantil, pa­ra a i.a e 2.a classes, pel0 dr. João Figueirinhas, ins­pector da 3.a circumscri- pção escolar.

Arilhmelica das escolas primarias, para a .V e p1 classes, por Antonio Justi- no Ferreira, regente da es­cola central n.° i, do Porto.

Rudimentos de Agricul­tura, para a 3.a e q/1 clas­ses, pelo mesmo auetor.-

Noções de Educação Ci­vica, para a q.a classe, pelo mesmo auetor.

Cartilha Portuguesa, e quadros de íeitu a, para a1 ,a classe, pelo mesmo uu- ctor.

Modelos d\vialyse gram- matical e ddnalyse lógica,2 folhetos, pelo mesmo au- ctor.

Sciencias Naturaes, para a q.:l classe, pelo dr. Julio Cardoso.

Moral e doutrina cliris- lã, para as quatro classes, pelo padre Silvano da'Ca­mara.

Grammalica pratica da lingua portuguesa, por Au­gusto de Vasconcellos.

Grammalica inluiliva, por Antonio de Bastos, sub-inspector primário.

Grammalica pratica da lingua portuguesa, por Ar­thur Loureiro Dias.

Callig] aphia das escolas primarias, psr Angelo Yi- dal, 5 cadernetas.

Rcmet.em-se catálogos a quem os requisitar.

.% «lastra(Oontirr. ado do n.° S8J

Áinda longe da villa, já se ouvia o sino da Senho-

21 FOLHETIM

Traducção de J. LO S ANJOS

D E P O I S dT p E C L I D OSJvs-o p rim e iro

11

«Se eu tivesse a fortuna de ser ri­co, porque isso em certos casos é uma fortuna, mandava-a educar na cidade como uma menina fináT.. H o­je, os meus dezejos reduem -se a poder-lhe encontiar para ma rido um rapaz honrado e trabalhador.

— Ha de encontrai o, lio Mal/on, fiquá certo d'isso.

-— Deus o ouça! Depois, posso m orrer * aiíca-lo.

Emquanto elles falavam, a Magda- lçna-.inha puzefa na mesa uma toalha muito branca e ao lado da tigèlla. cheia de uma sopa fumegante de on­de se exhalauí um cheiro são de legu­mes frescos, um boião com mel, no­zes e uma garrafa de vinho.

— Esteve cóm cerimonias p o r mi­nha causa, Magdalenasinha, disse o Adriano, quando viu aquelles modes­tos preparos.

— Nem todo; os. dias temos a h on ­ra de receb r um sabio em nossa ca sa, respondeu ell.v, sorrindo se e sen­tando-se ao lado d elle, e.n frente do pae.

Acabado o almoço, o A.iriano Jes- pçdiu-se dos dois o voltou para casa.

la cheio de admiração por aquelle camponez de rigida honestidade. Lembrava-se do que lhe dissera o ab- bade- Rouvierè a respeito Jo antigo

soldado e reconhecia que.náo havia nenhum exaggero nas palavras do padre.

Da Magdalena levava uma recorda­ção que cada vez o perturbava mais. Aquella alma virgem, incapaz de oc- cultar os seus sentimentos e que lhe deixava vêr ingenuamente, sem artifi­cio ne-rn dissimulação, o quanto gos­tava d'elle. exilava extraordinaria­mente aquelle rapaz cuja existencia austera decorrera sempre longe das tentações, dividida entre os estudos e uma affeição filia, ardente e dedr- daoa.

— Tenho de me atastar d'esta cre­ança, penssou elle, de não me expôr a estes colloquios que me perturbam, porque, por minha infelicidade, sou sensivel á sua formosura.

Depois voltou-se-lhe o pensamento para mlss Ellon Fabcm , aqnelUt j o ­

ven que só conhecia desde a vespe- ra, mas cuja graça encantadora exer­cera n'elle uma impressão livre de qualquer"idéa má. Pensou que a po­dia amar sem receio, fazer com que ella o amasse, porque se conseguisse

iázer-lhe partilhar dos eus sentimen­tos, i quelle amor terminaria por um cazamento que reunia todas as con d i­ções de uma felicidade longa e segura.

Chegou a casa com o espirito che’o por estes pensamentos. A sr.a Telemaco estava á espera d’eUe, mui­to desass cegada.

( Tuando entrara de manhã no quar­to, vendo a cama como a tinha dei­xado na vesp ra. não soubei a o que havia de pensar. Depois esperara, cal- culan !o que o Adriano voltaria de um momento para o outro. Mas ti­nham passado duas horas sem que elle 'ie s-c c eslava já em grandes

inquietações, quando a íinal o Adria­no appareceu.

— A h! até que emfim! exclamou a sr.a Telemaco. correndo alegremente para elle. Já estava em cuidados por sua causa. Não ihe aconteceu nada mau não é verdade?

— Socegue; sr.a Telemaco, d:sse o Adriano, o que me succedeu foi pou­ca coisa. Hontem perdi-me no cami­nho e tive de passar a noite na caba­na de um pastor. Isso não é coisa dc que se morra.

— Ainda bem. Mas deve ter muita vontade de comer. São nove horas, e se está em j ; jú m .. .

— Felizmente já almocei.— Onde?— E m casa do tio Malzon, onde a

Magdalenasinha me fez entrará tor­ça.

Continuai

Page 3: HOSANNA! · bondoso, com os seus olhos meigos de profunda doçu

o DOMINGOra dos Milagres tocando afflictivam-ente para. indicar 0 'porto aos que estavam fóra.

_O José Sachnsta, coi­tado, disse-me o cocheiro,tem o ^ no mar> e desde hontem de manhã que está agarrado á corda do sino.

Foi talvez o nevoeiro, ou foi t?lvez aquelle sino tão aíflicto, ou talvez dó do sa- christa, que fez com que eu me apeiasse da diligen­cia, levando oppresso o co­ração.

No caminho de casa en­contrei o mestre da escola, que me veio abraçar, todo tremulo, cheio de brancas, abordoado a uma bengala.■ — Parabéns, muitos pa­rabéns. Eu bem te dizia.

Não pude deixar de sor­rir-me.

— Que pena, continuou, vires em occasião tão tris­te!

— O quê?— Não sabes? Valha-me

Deus! O tio Bernardo. ..— Morreu?- perguntei

affiicto.— Não, felizmente ainda

não. Venho de lá agora. Mas está tão mal. . .

Não quiz ouvir mais e parti a correr. .

Estavam todos reunidos no quarto de meu tio.

Quando entrei, abriu os olhos e disse:| — E’s tu! Ainda bem que vieste. Deu-me o caruncho e tinha pena de morter sem te tornar a vêr. Já sei que estás amanuense. Sou um homem rude, não sei o que isso é ; mas deve ser.. . muito! Foste longe.. .

Esteve um momento af- flicto e depois continuou:

— O teu irmão foi me­nos feliz. Nasceu forte, foi para o miar. O teu pae já está farto de andar por es­ses oceanos e deu-lhe o cahique.

Olhei para meu irmão Estava hercúleo, e uma barba negra muito espessa descia-lhe até meio do pei to. Um pesado grilhão de ouro cahia-lhe do pescoço até ao ventre redondo. Meu tio fitou-me um ins­tante, e sorrindo:

— Olhem que mãosi nlias! Tu não vivias no mar dois dias. Eu tive ra­zão. Emfim, graças a Deus, eu fiz todos felizes.

Fechou os olhos e este ve assim por muito tempo, arquejando. Quando os tornou a abrir, procurou- me com a vista:

— Tenho pensado muito em ti. .. Como é o latinó­rio do mestre?

Não me lembrava, não sabia o que elle queria di- Zer. Depois lembrou-me:

— Sic itur ad aslra.

— Ad aslra, ad aslra, epetiu machinalmente.

E com os olhos vidra­dos, fitando os florões do tecto, ficou-se a sorrir, co­mo se Deus o houvesse le-

ado para um Brazil ideal.JOÁO D A C A M A R A .

FIM

ANNUMCiOS

a n i \t u ;n ~c i o

1 1 H C 1 DE A L D F J I I L I f f i

(l.a Publicacão)

Pelo Juizo de Direito d’esta comarca, no inven­tario por obito de Anna Ritta Gomes, e no qual é inventariante Joaquim da Silva Gingeira, ha de ser posta em praça á porta do Tribunal deste Juizo no Jia 19 do proximo mez de abril pelas 11 horas da manhã, e arrematada a quem maior lanço offere­cer sobre a quantia de réis 3 2 0 S 0 0 0 , uma courella si­tuada no Cabeço da Bata­lha, limites da freguezia d’Alcochete, composta de alguma vinha, sobreiros e terra de semeadura, e al- lodial.

Aldegallega do Ribate­jo, 24 de março de 1903.Verifiquei n exactidão.

O .1UJZ D E D IR E IT O

i.° Substituto e no impedimento do proprietário;

Antonio Tavares da Silva.O E S C R IV Á O

José Maria de Mendonça.

OS DRAMAS DA CORTE

Chronica do renndo de Luiz X V )

Romance historico por

E. LADOUCETTEOs amores trágicos de Manon Les

raut com o celebre cavallèiro de Grieux. formam o entrecho d’este romance, rigorosamente historico, a que Ladoucette imprimiu um cunho de originalidade deveras encantador.

A corte de Luiz xv. com todos os seus esplendores e misérias, é esrri- pta mi gis-tn lmente pelo auctor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi da a alcançar ent'e nós exito egual áquelle com que foi recebido em Pa­ris. onde se conta-am por milhares os exemplares vendidos.

A edição por-tugneza do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas de grande form .to, illustrados com soberbas gravuras de pagina, e cons tará apenas de 2 volumes.

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Pedidos á B ibiiotheciiPopular,Em ­presa Editora. 162. Rua da Rosa, 162

Lisboa.

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das villas de

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e seus arredores

Nova edição profusamente illustra da com centenares de gravuras, e des­envolvida çom grande numero de annotações.

EDIÇÃO DE LUXOPublicação em cadernetas semanaes

de 16 pag nas. com 8 gravuras pelo meno , poi^õo réis.

Pedidos^a casa editora «A Camé­lia», Largo .da M ise rico rd n — Cintra, ou aos seu. agentes.

J OSÉ M SILVA 1 1110 &104

RELOJOARIA E OURIVESARIAKrin r iv a l

O proprietário d’este estabelecimento roga aos seus fre guezes a fineza de não comprarem em outni parte, mesmo em Lisboa, sem que prim eiro experimentem os modicos pre­ços d’este estabelecimento; porque no presente anno deter­minou fazer propaganda, muito ut.l para os seus freguezes: em prim eiro logar em vendas de ouro e prata, relogios e ou­tros artigos. Se comprarem mais barato em outra qualquer parte, devolve-se o seu dinheiro. Succede o mesmo em tra­balhos de relojoaria e ourivesaria. Soidas em ou v o e em pra­ta a 100 réis. Trabalhos para os coilegas, 20 p. c. de descon­to. Garantem-se os trabalhos sob pena de se devolver as im ­porta cias justas, quando estes rão estejam á vontade. Aos seus freguezes recommenda estar ás ordens para qualquer trabalho de occas ão.

T O D O S OS T R A B A L H O S S E G A R A N T E M PO R UM ANNO

PRAÇA SERPA PINTO — Aldegallega

r H l ít i i

ARMAZÉM DO COMMERCIOr . í i u j . J " *- DE *-

JO A O ANTONIO RIBEIRO59, PRAÇA SERPA PINTO, 59 — ALDEGALLEGA

104

inguem duvida que é este o estabelecimento que melhor satisfaz as exigencias do publico, não só por nelle se encontrar todos os artigos que lhe dizem respeito como pela modicidade depreços por que são vendidos. Acaba elle de receber um gran­de e variadíssimo sortimento de fazendas da sua especialidade, constando dos seguintes artigos:

As lindas saias de feltro bordadas aJilo\elle e muitos outros artigos de modas e confeccões.

Ú L T IM A NO V ID A D E ! U L T1M A N O 17ID A D E !Recommenda os finos diagonaes, estambres e cheviotes pretos, e bem assim

as finissimas sedas pretas, alpacas e armures.A este estabelecimento acaba de chegar um valioso fornecimento de machi­

nas de costura, o que ha de melhor. Vendas a prestações e a prompto com gran­des descontos.

Tesalrt Basais b a ra to !!!... T ísaI o m ais barato?!!...

TODAS AS NOITES HA EXEOSIÇÂO!!.Completo sortimento de cobertores de lã de differentes qualidades, havendo

com desenhos de completa novidade.Retrozeire, fanqueiro e mercador. Encontram-se todos estes artigos no que ha

de mais moderno.

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GRANDE ARMAZÉM DO COMMERCIO«João A iít n n io p iib e ir »

Praça Serpa Pinlo, 5 q, AldegallegaS E N H A B R IN D E .— Todos os freguezes teem direito a

uma senha por cada compra de 2ocr rs.

B R IN D ES: 10 senhas, um bom sabonete grande 20, uma toalha de rosto 5). um corte de tecido em chita para camisete 100. um corte de biarritz para bluza— 200, uma sombrinha para senhora— 5oo, um corte de seda para blu­za— iooo, um corte de lã para vestido ou uma peça de panno patente.

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Sedas pretas, velludós, armures, cachenyras e finissimas fazen­das para fato de homem.

A rtig o s de semi ha

Toucas, capas e vestidos Chailes e lenços para senhora

em differentes cores.

Perfumaria! Perfumaria!

■ RELOJOARIA GARANTIDADE 89

AVELINO MARQUES CONTRAMESTRE

Relogios de ouro. de prata, de aço, de nickel, de plaquet, de phant.i- sia.. ameri» anos. suissos de parede. márií;mos, despertadores americanos, des­pertadores de phantasia, despertadores com musica, suissos de ilgibeira com corda para oito dias.

Reccimmenda-se o relogio de- A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E S T R E , um bom escape d'ancora muito forte p o r 5Sooo rci. .

Oxid; m-se caixas daço com a maxima perfeição. Garantem-se todos os concertos.O proprietário d'esr,\ relojoara compra ouro e prata pelo pveco mais elevado.

- R U A DO P O Ç O - 1 - ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

Page 4: HOSANNA! · bondoso, com os seus olhos meigos de profunda doçu

O D O MI N G O

1)0Tendo augmentadò consideravelmente o sortimento desie conhecido e van­

tajoso estabelecimento, os seus proprietários, sem apregoar milagres, veem mais uma vez por este meio, pedir ao publico em geral que, quando qualquer compra tenham de fazer ainda que insignificante, visitem e te estabelecimento, afim de se inteirarem das qualidades e preços por que são vendidos(os seus artigos. Não an- nunciam qualidades e preços impossíveis de se apresentarem ao comprador nem tão pouco com o fim de chamar a attenção do publico costumam annunciar o que não teem nem podem ter. Para prova da seriedade deste estabelecimento, são sufficientes as ausências feitas pelos seus freguezes,.ainda mesmo os menos dedi­cados.

Vendem a todos pelo mesmo preço. Não'dão brindes porque para isso ser- lhes-hia forçoso augmentar a percentagem sobre os artigos a vender e dahi re­sultaria não poderem fazer os preços que estão fazendo.

Como é sabido tem este estabelecimento, que garante vender muitos arligos ain­da mais baratos que em Lisboa, as secções de Fanqueiro — sortido grande; Retro- zeiro— não existe outro estabelecimento local com maior e mais completo sortimento; Modas— comquanto seja a secção de menos existencia, estão os proprietários muito satisfeitos com as suas escolhas; Mercador—sortimento sem rival, tendo jd recebido alguns arligos para a estação de verão; Calçado— sortido e fabricação esmerada, pois que os proprietários mandam fabricar por sua conta, motivo de garantia para a sua venda; Chapelaria— ha collecções dos formatos mais usados. Tem mais alguns artigos de Decorador, taes como: passadeiras, jutas para reposteiros, pannos para meza, vitragens para cortinas, etc., etc.

Ganhar pouco para vender muito! Os muitos poucos fazem muito!P re ço F ix o . Tesa!© se raaaaída a casa «lo ffregaae» e dão-se am o siras cobíi pre-

cos a CjjSBeíí! as re q u is ita rRUA DIREITA, 88 e 9o — R U A ‘DO CONDE, 2, A L D E G A L L E G A

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mais convidativos, um variado e amplo sortimento dc generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimá­veis freguezes e ao respeitável publico em geral.

T 7site pois o publico esta casa.— <°>——

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Todos estes generos são de primeira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.

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JOÍH ECA DIARIO DE í

A G U E R R A ANG-LO-BOERImpressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luc tas entre inglezes e boers,.«il!ustrada» om numerosas zin: o-gr-avur>.s de «homens celebres» do I ransvaal e do

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Por um funccionario da Cruz Vermelha ao serviçodo Transvaal.

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N'eila sáo descriptas, «por uma testemunha presencial», as difíerentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem e s p a n t a d oo mundo inteiro.

A G U E R R A A N G L O -' O ER faz passar ante os o l h o s do leitor todas as «grandes bat lhas, combates» e «escaramuças» d'esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, tra svaatianos e oranginos, verdadeiros prodígios de heroísmo e tenacidade, em que sáo egualmente admiraveis a coragem e de­dicação patriótica de vencidos e vencedores.

Òs incidentes variadíssimos d’esta contenda e n r e a poderosa Inglater ra e as duas pequ inas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras per pecias, por ta! manei:a Cramaticas e pittorescas, que dão á G U ER­RA A N G L O -B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo d'uma nar- n.tiva h storica dos nossos d as, o c-ncanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIASapresentando ao pub'ico e ta obra em «esmerada edição,» e por um p-eco d i­minuto, julga prestar um serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento d o s s u c c e s s o s que mai interessam o mundo culto na actualidade.

Pedidos d Empreza do D IA R IO D E N O T IC IA S Rua do Diario de Noticias, 110 — LISBOA

Agente em Aldegallega- A. Mendes Pinheiro Junior.