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«mw%*. 1/ TEXTO HA PAGINA DO CADERNO :í. [l ' IV ANO II Rio de Janeiro, semana de 9 p 15 de dezembro de 1960 TOMÜ POSSE 0 SUBORNO f Diretor Executivo Orlando Bomfim Jr. Direlor Mório Alves Redátor-Chefe Fragmon Borges m O desastre do professor Guerreiro Ramos Q PROF. GUERREIRO RAMOS, num esforço de interpretação da$ elei- CÕes de 3 de outubro, publicou uma série de artigos no jornal «Ultima Hora». Alguma coisa tem dito, a pro- pósito, sóbre a atividade dos comunis- tas e a candidatura do marechal tott, Eue agora considera um desastre. Mas osso redator Renato Guimarães", em ortlgo na 5* página do caderno, acha «que o desastre é do ilustre professor. Melhores salários exigem aeronaufa» e aerov/ár/os QS TRABALHADORES aerenautas aeroviários de toda e pais çontl- fiuam empenhados na campanha sala- rial, a alegação das empresas de aviação comercial, de qut não dispõem de meios para atendi-los, poderá leve- rios, como no ano passado, a defla- jgração de uma nova greve geral. Leia reportagem na 2' página diste caderno. URSS publica atlas da face oculta da Lua QUASE ao mesmo tempo que envia- ntf vam ao espaço uma outra nave ¦ósmlca com duas cadelas alguns ve- Betais e animai*, oi cientistas soviético» publicaram um atlas da face oculta do Lud. O atlas foi elaborado a partir das Fotografias tiradas pelo .foguete que contornou a Lua meses atrás e estudadas por uma equipe de especialistas. 8* página do 1' caderno. O massacre dos camponeses em Cochabamba A REFORMA agrária boliviana parou no meio do caminho e deixou aos próprios camponeses a tarefa de em- pvmliar as armas em defesa de sujs terras contra os latifundiários, e, como aconteceu em Cochabamba, contra o próprio exército, chamado em defesa da oligarquia. Calcula-se que quase tem camponeses morrerom na cidade de Cliza. 7* página do 1' caderno. Povo brasileiro na baiaSha ' cni deíésá do Cuba fjUSCURSCS de deputados e senado- 7 rcí, pronunciamentos carneiros legislativas ^-1aclijciis e municipais, além c:"> comícios e atos públicos promovidos por enliclrdos sindicais e esKidanlis em I --'o o poi:, Isvam rio povo cubano o :- '-r tia solidariedade do povo bra.t- ' _ ò seo lula contra o imperialismo. \ :.tiagcin tia 4J página do T caderno. Primeiro dia: suborno e corrupção MM NEGÓCIO vergonhoso, patrcel- nade pessoalmente pelo sr. Carlos Lacerda e dirigido pelq «eu líder 'Ama- ral Neto eis o que foi a eleição para a mesa da Assembléia Constituinte da Guanabara. Pará assegurar a vitória do seu candidato, o governo lacerdis- ta pôs em prática, sem nenhum escrú- pulo, todos os recm.os-qu«-os vestais udenistas tanto condenavam com fin- gida indignação, na atual Câmara de Vereadores. Come denunciou o sr. Levi Neves, os votos estavam marcados pelo lider*do govimo. Era a forma de con- trolar es deputados que se venderam ae govimo: Miécimo da Silva, Sami Jorge, Amando Fonseca, Atila Nunes e Silbert Sobrinho, em troca de favores e privilégios contrários aos interesses do povo, Era e primeiro dia de go- virne do sr. Lacerda. (Texto na 6* pá- gina de 1' caderno). Rádio e TV têm gente como a gente QANDO tudo de si(. e muitas vizei até um pouco mais, os. grandes cartazes do rádio e da televisão levam uma vida completamente diferente da-, quela que a imaginação de muitos, ali* mentada pelos «romances» divulgados par publicações especializadas, eons- trai. Astros e estrelas pagam caro o preço da fama. Trabalham noite e dia, são verdadeiros globe-trotert que cor- tam o Brasil de Norte a Sul para levar ao público de que são Ídolos o calor de suas Interpretações. Verinrla Nunes (foto), é um pouco disso. Televisão tornou-a mais popular, e hoje ela di- vide o seu tempo entre o vídeo e a ribalta, encontrando, raramente,« um momento de folga para tomar seu ba- nho de sol, Na página do 2' cader- no o leitor encontrará a primeira de uma série de reportagenf sobre a vida dos que trabalham no rádio e na tevê. GOVERNO D 000 VÍN6ANCA y:y:$^;-' Q GOVIRNO de sr. Cadê* Lacerda, 'empossado segunda-feira, nasce seb o signo do ódio, da vielineia e de suborno. Em seus discurses, no Palácio Tiradentes e no Palácio da Guanabara, o neve governador não fiz senão amea- ças: ae funcionalismo de Estado, aos nacionalistas e aos comunista*. No dia seguinte, depois de nomear o espanca- dor Cecil Borer para a polícia política, verificava-se uma brutal arbitrariedade: a prisão de um servidor do IAPM que, em conversa entre amigos, lembrava ter sido e m. Lacerda eleito apenas per um quarto dos votos dos cariocas. (Textos na V, 3' e 6* páginas do 1' caderno). ¦ -;#f_!5%Í_WBM_g;^. . , .--•-''';^'''P*\,, ^y . 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Dois cadernos 14 páginas 10 Imk, CRUZEIROS »3lPwBRr__í_S^P'^^'™'^'V'' I I H H R^¦ I I I I í_u l_i ?% ______ ÜflrÍ I _B Lacerdismo no Poder ORLANDO B0MFIM JR. M DIA apenas de governo bastou para mostrar o que significa o si. Carlos Lacerda no poder. antes havíamos assistido ao espetáculo, ridículo e ao mesmo tempo esclarecedor, de sua viagem ao exterior. Foi à Ásia para solidarizar-se com Chiang Kni Chek, o desfrutável boneco que ainda ocupa a ilha de Fonno:_. Intrometeu-se nos problemas dn África para defender o colonialismo e condenar a heróica Argélia.'Tratando da questão da América, chegou a pousar de rotundo e imberbe anti-Fidel Castro... E, além disso, andou cortejando, aqui e ali, os magnatas dos monopólios, assegurando-lhes que para eles as portas do Estado da Guanabara eslaráo escancaradas, Janto para que possam entror como para que possam levar o produto da exploração de nossas riquezas e de nosso povo. SÂO IGUALMENTE reveladores os discursos pronuncia- dos pslo sr, Carlos Lacerda ao assumir o governo, no ato de posse e no de transmissão do cargo, Nenhum plano concreto para a solução dos inúmeros e giaves problemas que afligem a vida do carioca. Apenas ds- núncios, no conhecido estilo de agitador demagogo, e promessas vazias e soltas, desligadas de qualquer d«- lineamento, mesmo a.ral, de um trabalho sério e eons- trutivo. Afota i?'o, ameaças. Ameaças a céus e terras. Naturalmente exclui.os, dos céus e terras, a Light, a felefônicdTos exportadores de café que sonegam im- postos, os n°aocistns da carestia e todos os demais membros da camarilha que financiou a campanha do fundador do Clube da Lanterna. I^OMO NAO podia deixar de ser, nós, comunistas, ** recebemos o nosso quinhão. E mais de uma vez. Mas é claro que não iremos, por isso, perder o sono. Os fatos estão ai para mostrar o rumo do fututo, tam- bém em nossa pátria. A volta do espancador Borer para o comando do aparelho de repressão policial ia- mais significará que o emprego da violência "fará voltar porá trás a roda do História. Aliás, o sr. Lncerda afir- mou, no seu discurso de posse, que o comunismo, «ha sua forma atual, se disfarça de nacionalista e populista, de anticolonioliíla e pacifista.» Pois é exatamente ai que bote o ponto. Ai se revela a verdadeira face sem disfarce, ou mal rlistaiçado do anticomunismo. E' o pretexto paia a reação conlta a lula pelas ieivindica< cães pop'.''oies, p^la emancipação nacional e em defesa dn pai. E', pois, n arma dos que pretendem se opor ao evanço de nosso povo no caminho que leva à solução de seus mais decisivos problemas. E não duvida de que esse caminho será trilhado, lranspondo-se qualquer barreira. f\ PRIMEIRO dia de governo Lacerda revelou, tam- bém, o que exhte de fntisaico na sua trombeteada defesa da moralidade política. Foi sob o .<iqno da mais déspudorada corrupção que o siluacionlsmo conseguiu eleger sua chapa pcnti n mesa da Assembléia Consti- tuinte. Houve e-.condolosa negociata de votos. Chegou- se ao requinte do marcação de cédulas para se compro- var que os traficantes cumpriram a promessa e fizetam jus à retribuição. TIVEMOS, assim, uma demonstração do que significa o lt:cerdi;mo nn pnrk,, De seus processos e ds suas intenções. E sòo esses processos e essas inlen- còes que o sr. Coitos Locprdn, falando com em- pátio de ditador, quer impor ao povo do Ouanobara. A;inal, quem repre.«nVfi èle? Recebeu os votos de 14 apenas Ho eleitorado. Sua político ultra-reacionária e antípòpular, histérica e também estéril, foi repudiada nas Lifnas pela maÍ0"*á esmagadora da população. ç-.sos circunstâncias bastariam para que qualquer po- litico, embora medíocre mas He bom-senso, sentisse pelo menos a pulga atrás Hei orelha. Mas o herói do «Almi- ranle Tamandaré nâo é homem dessas coisas. Quer impor seu ulfra-reacionarismo a ferro e fogo. Promete até transformar seu governo numa fogueira. Delírio de voluntarista, como se vê, que no fundo tem pelo povo completo desprezo. Mas outras são as aspirações e a vontode do carioca, que de saber unir suas forças e buscar, na luta oraani?ada e serena, com aooio nos que dignamente o representam na Assembléia Constituin- te, os mpioi n formas de encaminhar a solução dos seus asfixiantes problemas. :->, «»_____V*____i_

:í. TOMÜ POSSE 0 SUBORNO - marxists.org · Come denunciou o sr. Levi Neves, os votos estavam marcados pelo lider*do govimo. Era a forma de con- ... Verinrla Nunes (foto), é um

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Page 1: :í. TOMÜ POSSE 0 SUBORNO - marxists.org · Come denunciou o sr. Levi Neves, os votos estavam marcados pelo lider*do govimo. Era a forma de con- ... Verinrla Nunes (foto), é um

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1/TEXTO HA a»PAGINA DOl« CADERNO

:í.

[l '

IV

ANO II Rio de Janeiro, semana de 9 p 15 de dezembro de 1960

TOMÜ POSSE0 SUBORNO

f Diretor Executivo — Orlando Bomfim Jr. Direlor — Mório Alves Redátor-Chefe — Fragmon Borgesm

O desastredo professorGuerreiro Ramos

Q PROF. GUERREIRO RAMOS, num

esforço de interpretação da$ elei-CÕes de 3 de outubro, publicou umasérie de artigos no jornal «UltimaHora». Alguma coisa tem dito, a pro-pósito, sóbre a atividade dos comunis-tas e a candidatura do marechal tott,

Eue agora considera um desastre. Mas

osso redator Renato Guimarães", emortlgo na 5* página do 2» caderno, acha«que o desastre é do ilustre professor.

Melhores saláriosexigem aeronaufa»e aerov/ár/osQS

TRABALHADORES aerenautas •aeroviários de toda e pais çontl-

fiuam empenhados na campanha sala-rial, • a alegação das empresas deaviação comercial, de qut não dispõemde meios para atendi-los, poderá leve-rios, como no ano passado, a defla-

jgração de uma nova greve geral. Leiareportagem na 2' página diste caderno.

URSS publicaatlas da faceoculta da LuaQUASE ao mesmo tempo que envia-ntf vam ao espaço uma outra nave¦ósmlca com duas cadelas • alguns ve-Betais e animai*, oi cientistas soviético»

publicaram um atlas da face oculta doLud. O atlas foi elaborado a partir dasFotografias tiradas pelo .foguete quecontornou a Lua meses atrás e estudadaspor uma equipe de especialistas. 8*

página do 1' caderno.

O massacre doscamponesesem CochabambaA REFORMA agrária boliviana parou

no meio do caminho e deixou aos

próprios camponeses a tarefa de em-

pvmliar as armas em defesa de sujsterras contra os latifundiários, e, comoaconteceu em Cochabamba, contra o

próprio exército, chamado em defesada oligarquia. Calcula-se que quasetem camponeses morrerom na cidadede Cliza. 7* página do 1' caderno.

Povo brasileirona baiaSha

' cni deíésá do CubafjUSCURSCS de deputados e senado-

7 rcí, pronunciamentos dè carneiroslegislativas ^-1aclijciis e municipais, alémc:"> comícios e atos públicos promovidospor enliclrdos sindicais e esKidanlis em

I --'o o poi:, Isvam rio povo cubano o

:- '-r tia solidariedade do povo bra.t-

' _ ò seo lula contra o imperialismo.\ :.tiagcin tia 4J página do T caderno.

Primeiro dia:subornoe corrupção

MM NEGÓCIO vergonhoso, patrcel-nade pessoalmente pelo sr. Carlos

Lacerda e dirigido pelq «eu líder 'Ama-

ral Neto — eis o que foi a eleição paraa mesa da Assembléia Constituinte daGuanabara. Pará assegurar a vitóriado seu candidato, o governo lacerdis-ta pôs em prática, sem nenhum escrú-pulo, todos os recm.os-qu«-os vestaisudenistas tanto condenavam com fin-

gida indignação, na atual Câmara deVereadores. Come denunciou o sr. LeviNeves, os votos estavam marcados pelolider*do govimo. Era a forma de con-trolar es deputados que se venderamae govimo: Miécimo da Silva, SamiJorge, Amando Fonseca, Atila Nunes eSilbert Sobrinho, em troca de favorese privilégios contrários aos interessesdo povo, Era e primeiro dia de go-virne do sr. Lacerda. (Texto na 6* pá-gina de 1' caderno).

Rádio e TVtêm gentecomo a gente

QANDO tudo de si(. e muitas vizeiaté um pouco mais, os. grandes

cartazes do rádio e da televisão levamuma vida completamente diferente da-,quela que a imaginação de muitos, ali*mentada pelos «romances» divulgadospar publicações especializadas, eons-trai. Astros e estrelas pagam caro opreço da fama. Trabalham noite e dia,são verdadeiros globe-trotert que cor-tam o Brasil de Norte a Sul para levarao público de que são Ídolos o calorde suas Interpretações. Verinrla Nunes(foto), é um pouco disso. Televisãotornou-a mais popular, e hoje ela di-vide o seu tempo entre o vídeo e aribalta, encontrando, raramente,« ummomento de folga para tomar seu ba-nho de sol, Na 1» página do 2' cader-no o leitor encontrará a primeira deuma série de reportagenf sobre a vidados que trabalham no rádio e na tevê.

GOVERNOD 000 VÍN6ANCA

y:y:$^;-' •

Q GOVIRNO de sr. Cadê* Lacerda,

'empossado segunda-feira, nasceseb o signo do ódio, da vielineia e desuborno. Em seus discurses, no PalácioTiradentes e no Palácio da Guanabara,o neve governador não fiz senão amea-ças: ae funcionalismo de Estado, aosnacionalistas e aos comunista*. No diaseguinte, depois de nomear o espanca-dor Cecil Borer para a polícia política,verificava-se uma brutal arbitrariedade:a prisão de um servidor do IAPM que,em conversa entre amigos, lembrava tersido e m. Lacerda eleito apenas per umquarto dos votos dos cariocas. (Textosna V, 3' e 6* páginas do 1' caderno).

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|,...ç ->- t'r.; pinrinhrirnj contra o rrtgi-

rrj-) rio cbil*"íT na Marinha brasileira.

K-i 3' páiina do 2o caderno o leit-r

encontrará uma resposta evocativa *!a

co-ojosa luta dos natujr^ e seu lider,

João Cândido (foto), hoje com 80 anos

de idadrj.

Dois cadernos14 páginas

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CRUZEIROS

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Lacerdismo no PoderORLANDO B0MFIM JR.

M DIA apenas de governo bastou para mostrar o

que significa o si. Carlos Lacerda no poder. Já

antes havíamos assistido ao espetáculo, ridículo e ao

mesmo tempo esclarecedor, de sua viagem ao exterior.

Foi à Ásia para solidarizar-se com Chiang Kni Chek, o

desfrutável boneco que ainda ocupa a ilha de Fonno:_.

Intrometeu-se nos problemas dn África para defender o

colonialismo e condenar a heróica Argélia.'Tratando

da questão da América, chegou a pousar de rotundo

e imberbe anti-Fidel Castro... E, além disso, andou

cortejando, aqui e ali, os magnatas dos monopólios,

assegurando-lhes que para eles as portas do Estado

da Guanabara eslaráo escancaradas, Janto para que

possam entror como para que possam levar o produtoda exploração de nossas riquezas e de nosso povo.

SÂO IGUALMENTE reveladores os discursos pronuncia-

dos pslo sr, Carlos Lacerda ao assumir o governo,no ato de posse e no de transmissão do cargo, Nenhum

plano concreto para a solução dos inúmeros e giaves

problemas que afligem a vida do carioca. Apenas ds-

núncios, no conhecido estilo de agitador demagogo, e

promessas vazias e soltas, desligadas de qualquer d«-

lineamento, mesmo a.ral, de um trabalho sério e eons-

trutivo. Afota i?'o, ameaças. Ameaças a céus e terras.

Naturalmente exclui.os, dos céus e terras, a Light, a

felefônicdTos exportadores de café que sonegam im-

postos, os n°aocistns da carestia e todos os demais

membros da camarilha que financiou a campanha do

fundador do Clube da Lanterna.

I^OMO NAO podia deixar de ser, nós, comunistas,** recebemos o nosso quinhão. E mais de uma vez.

Mas é claro que não iremos, por isso, perder o sono.

Os fatos estão ai para mostrar o rumo do fututo, tam-

bém em nossa pátria. A volta do espancador Borer

para o comando do aparelho de repressão policial ia-mais significará que o emprego da violência "fará voltar

porá trás a roda do História. Aliás, o sr. Lncerda afir-

mou, no seu discurso de posse, que o comunismo, «ha

sua forma atual, se disfarça de nacionalista e populista,

de anticolonioliíla e pacifista.» Pois é exatamente ai quebote o ponto. Ai se revela a verdadeira face — sem

disfarce, ou mal rlistaiçado — do anticomunismo. E' o

pretexto paia a reação conlta a lula pelas ieivindica<

cães pop'.''oies, p^la emancipação nacional e em defesa

dn pai. E', pois, n arma dos que pretendem se opor ao

evanço de nosso povo no caminho que leva à solução

de seus mais decisivos problemas. E não há duvida de

que esse caminho será trilhado, lranspondo-se qualquerbarreira.

f\ PRIMEIRO dia de governo Lacerda revelou, tam-

bém, o que exhte de fntisaico na sua trombeteada

defesa da moralidade política. Foi sob o .<iqno da mais

déspudorada corrupção que o siluacionlsmo conseguiu

eleger sua chapa pcnti n mesa da Assembléia Consti-

tuinte. Houve e-.condolosa negociata de votos. Chegou-

se ao requinte do marcação de cédulas para se compro-

var que os traficantes cumpriram a promessa e fizetam

jus à retribuição.

TIVEMOS, assim, uma demonstração do que significa

o lt:cerdi;mo nn pnrk,, De seus processos e ds

suas intenções. E sòo esses processos e essas inlen-

còes que o sr. Coitos Locprdn, falando com em-

pátio de ditador, quer impor ao povo do Ouanobara.

A;inal, quem repre.«nVfi èle? Recebeu os votos de 14

apenas Ho eleitorado. Sua político ultra-reacionária e

antípòpular, histérica e também estéril, foi repudiada

nas Lifnas pela maÍ0"*á esmagadora da população. Só

ç-.sos circunstâncias bastariam para que qualquer po-litico, embora medíocre mas He bom-senso, sentisse pelomenos a pulga atrás Hei orelha. Mas o herói do «Almi-

ranle Tamandaré nâo é homem dessas coisas. Querimpor seu ulfra-reacionarismo a ferro e fogo. Promete

até transformar seu governo numa fogueira. Delírio devoluntarista, como se vê, que no fundo tem pelo povocompleto desprezo. Mas outras são as aspirações e avontode do carioca, que há de saber unir suas forças

e buscar, na luta oraani?ada e serena, com aooio nos

que dignamente o representam na Assembléia Constituin-te, os mpioi n formas de encaminhar a solução dos seusasfixiantes problemas.

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NOVOS RUMOS

Na Luta, TrabalhadoresGanham IPelhores Salários

GERALDO RODRIGUES DOS SANTOSPrincipalmente nos últimos seis

meses os trabalhadores de São Paulo

lançaram-se a grandes lutas. Ganhan-do salários com poder de compra ex-cessivamente diminuído, eles sentiramcomo nunca a necessidade de luta

para a melhoria de sua situação an-

gusl.ante. Do desassocêgo, partirampara as grandes assembléias sindicais

que deliberaram democraticamente só-

b.s o caminho a tomar.Assim, a característica do movimen-

te opeiário nessa fase é marcada porum crescente movimento de massas,numa demonstração clara contra a po-lítica do governo. Desde antes da cam-

ponha eleitoral e em seguida verifica-

mas um impetuoso aumento das lutas

éòorárias peia conquista de melhoressalários e contra a carestia. Uma par-titularidade é que tais lutas ocorreram

cam maior vigor no. Estado em queteve origem a candidatura de Jânio

Quadros. Fica com isso claro que as

massas desde já dispóem-se não só a

•bter o atendimento de suas reivindi-caçoes, como lambem pretendem mu-

danças na politica económico-financei-ra do governo, não aceitando assim

•t apelos do grupo janista no sentido

de aguardar a posse do sr. J. Quadres,

quando então seriam solucionados os

teus problemas.Assim entendendo, os trabalhado-

res utilizaram com sabedoria a arma

es greve para a obtenção de suas rei-

vindicaçõa». Os principais movimentos

grevista* foram deflagrados nas cate-

gs.iM dos metalúrgicos de São Paulo

e Guarulhos (250 mil trabalhadores)com seis dias úteis de greve; gráficosda capital 125 mil) com uma duração

de 9 horas (jornais) e 36 horas (casas

de obras) de paralisação; trabalhado-

tes em calçados (20 mil operários), 5

dias; trabalhadores em frigoríficos de

S. Paulo e S. André (5 mil operários)

pararam durante 24 horas; os da pe-troquimica de Cubatão (1200 opera-

rios),- da Fábrica Brasileira de Estireno,

Alba S/A, Union Carbide S/A, «Cope-

brás», cruzaram os braços durante 4

dias. Motoristas, cobradores de empré-

sat particulares de ônibus também pa-raram por 36 horas. A esses devemos

acrescentar os servidores dos setores de

bondes e ônibus da CMTC, os ensaca-

deres de café de Santos, os metalúrgi-

cos de Mogi das Cruzes e outros. O

total de grevistas atingiu a cifra de 306

mil trabalhadores. E, assim, como con-

siqüência da desastrosa politica eco-

nôm co-financeira do governo, somadaà intransigência patronal frente às ur-

gentes necessidades dos trabalhadores,foram perdidas 11 milhões seis mil e

quatrocentos operários-horas de traba-lhe.

Várias passeatas foram realizadas.Conduzindo faixas e cartazes, milharesde trabalhadores desfilaram pelas ruas

centrai* da cidade. Visitaram os meta-lúrglco* os órgãos legislativos e a Fe-

deração das Indústrias. Despertaram o

apoia de diversas camadas da popula-ção que assim tomaram conhecimentoda* reivindicações econômicas e políti-cas da classe operária. Em São Miguel

Paulista, onde se localiza a Nitroqui-mico, operários do setor promoveramtambém desfiles e comícios. Os banca-lies,' para a obtenção da vitória, além

de auembléias, encontros com os re-

presentantes patronais, etc, desfilarammais de uma semana, ao cair da tarde,no próprio reduto dos banqueiros, aler-

9*tando os vacilantes e advertindo

patrões.Nõo foi porém necessária a greve

para diversas categorias profissionais.Houve rnasmo vitórias do proletariadoem diversas frenles de trabalho sem o

recurso à paralisação. Os têxteis, quesomam circa de 2C0 mil em todo o

Estado, os trabalhadores em curtumes(3 mil), o* vidreiros (20 mil), os da

Nitroqwimica (3 mil), em eonseqüên-cia da vitória dos metalúrgicos (40%de aumento), receberam dos patrões— já pressionados pelas assembléiassindicais — propostos mais aceitáveis.Os patrões sentiram que se não cedes-«em os trabalhadores dessas catego-rias paralisariam o trobalho com a se-lidariedade ativa de seus companhei-roí. Os bancários, por sua vez, tambémorganizados e ativos, obtiveram vitó-rios.

Para o desfecho vitorioso de tantaslutos concorreu poderosamente a gre-ve nacional dos portuários, marítimos e

ferroviários pela paridade. Essa dispo-sição de luta do proletariado teve suaexpressão em São Paulo na greve da

Estrada d« Ferro Santos-Jundiai.0'ttro aspecto que devemos consi-

deror é o de que as lutas por meHio-ria salarial não se restringiram, nem serestringem, à indústria privoda. O fu«-cionalis'«o público vem-se movimentan-de em prol de melhore* salários e ven-cimentes. O sr. Carvalho Pinto — sem

favor o pior patrão de ano —- resistee apela para as ameaças ou às propa*-tas de aumentos irrisórios. Chega ma»-mo a superpor o Estatuto dos Funciona-rios Públicos à Constituição, proibindoque cidadãos no pleno gozo de seusdireitos — os funcionários — reivindi-

quem melhores proventos. Procura abririnquéritos administrativos contra osservidores, pelo simples fato deles lu-

tarem contra a miséria. O movimentoempreendido pelos militares da ForçaPública — que com energia defende-ram sous direitos — é bem uma de-monstração de que o governo do sr.Carvalho Pinto provoca o descontenta-mento de todos os que vivem de *alá-rios e vencimentos.

De um modo geral os trabalhado-res, ao lado das exigências de eleva-

ção saiarial, abono de Natal, etc, re-clamaram do governo intervenção nosfrigoríficos e a rebaixa no preço da

carne, bem como respeito às liberdadesdemocráticas, soltura de trabalhadoresaprisionados ína greve da CMTC fo-rani encarcerados perto de 600), apoiooo governo revolucionário de FidelCastro, solidariedade ao líder campo-nês Jôfre Correia Neto e seus compa-nheiros. Estes, como é sabido, são esúnicos presos políticos no país, com o

responsabilidade, acentue-se, do go-vernador Carvalho Pinto, o homem queseria no governo de São Paulo, segun-do a propaganda eleitoral janista,justo, democrata, amigo dos trabalho-dores.. .

As lutas não cessaram. Marcenei-ros, aeroviários, funcionários públicos •

outros protestam contra a carestia rei-

vindicando melhor compensação sala-rial. Batem-se eles contra a elevaçãode preços, reclamando a aprovação do

projeto que regulamenta o direito de

greve, manifestando-se contra a re-messa de lucros das companhias es-trangeiras para O Exterior e por me-didos que realmente possam barrar o

incessante assalto,à bolsa do povo.

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¦I lK^Kwffls>^^nB9 lEO HbA- *ãfl M2ÍS&lllrí$

NotaSindical

Uma Lavagemna Roupa Suja

Os lideres sindicais do Kstado da Guanabara decidiram promoveruma lavagem completa na roupa suja que vem se acuinu amlo nas.cuputasdo movimento sindical. Nesse sentido, a primeira medida que tomaramfoi a convocação de uma ampla reunião de debate, que se realizara duranteos dias P.O. 21 e 22 de janeiro próximo, c que contara com a participaçãode representantes de todas as categorias profissionais.

A reunião, convocada pelos membros do Conselho Krgional Con-sullivo da CNTI, (era caráter reservado. Desse modo, os lideres sindicaispoderão dizer tudo o que realmente sabem sobre .a conduta.dos *«S"*esdas entidades de cúpula, notadamente da CNTI, CNTC, CNT1T e 0NTTMFA,uma vez que um dos objetivos do prolongado debate c justamente o defixar a posi(;ão dos lideres sindicais face a a<;ão daquelas organizaçõese dos seus respectivos representantes, nesses últimos meses de atividadesintiics! •

\ idéia de reunião surgiu como unia necessidade de esclarecimentoda posirão antiunitaria c traiçoeira que os representantes das citadas or-tanizacóes vem adotando, com maior intensidade, nesse ultimo semestre.

Com efeito, a medida em que as massas trabalhadoras yao se liber-tanüo da influência ministerial, c passando a iniciativa das lutas reivin-dicatorUs chegando a realização de grandes greves como a dos estivado-ic< niaitimos. portuários c ferroviários, os gozadorts das confederaçõesA ao dam o mostras de seu verdadeiro papel de cães de guarda dor, inte-revses da burguesia reacionária «• do imperialismo, enquistados no mo-vimento sindical.

Justamente quando milhares de trabalhadores, nas sedes dos seussiMdicatos, ou na intimidade dos seus lares, comemoravam a conquista demelhores salários, graças a unidade na luta reivlndlcatoria, os lordes dasconTcUeravúes entre os quais os srs. Deocleclano de Hollanda Cavalcanti,An (ampista. Simlulpho Pequeno c Ângelo Parmigiani. participavam deunia reunião d» Conselho da OltlT (Organização Regional Intcramerleanalio Trabalho), em Washington, com pclegos de toda a America Latina.liara discutir, como ponto único, a infiltração comunista no movimentosimlititl brasileiro. .

Assim, enquanto os trabalhadores brasileiros comemoravam o reror-«atiteniò da unidade sindical, graças a qual continua sendo possível aconquista ur maior numero de reivindicações, os pelegoes, da cidadelario Imperialismo ianque, revelavam, mais unia vez, a sua face de relestraidores dos interesses das massas trabalhadoras, Pouco depois sabia-se,pelo noticiário dos jornais, que novas reuniões foram realizadas no Es-iado da Guanabara, entre os representantes da CIOSL, OKIT c das con-federações acima mencionadas, no fim das quais foi enviado um momo-rial ao Conselho de Segurança Nacional, "denunciando' a infiltraçãocomunista nos sindicatos e nas. a.-.sociaçücs camponesas.

Embora não esteja fora dos seus planos a liquidação física dos di-rigenles sindicais mais combativos, através da repressão policial, os pe-kíoes visam, fundamentalmente, lançar confusão entre os lideres sindicaisnicnoj experimentados, procurando dividir o movimento sindical entrecomunistas e não comunistas. Na verdade, ninguém, a nao ser os pro-prios pclegos, embarcam nessa canoa.

Mas tão condenável tem sido a conduta dos chamados pclcgoes.tamanho tem sido o seu atrevimento nesses últimos meses, que. os lideressindicais cariocas resolveram promover areunião reservada a que nos referimos, parad:.s'sec'»f tikía a ação divislonista daquelesfat'í>« lidere*, e díiihnctar a nação o naneiif.'.i'i:u 'iii- ('"s - «m. d? empenhando nohumuitinu fcinJaal L)i.\.,iieuo.

Motores

podem parar

FORÇA TOTAL PARA QUE A VITÓRIA YEHHA LOGO

Aeronautas e Aeroviários:Aumento de Salários eAbono Até 24 de Dezembr

Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 1960

Aumento na Brahma:Suícj naAntártica e Ccsiru

Toda a indústria c!e cervejaria do

Estado da Guanabcra esjêve às por-t*s da paio!i;ctccio, em virtude do cam-

ponho dos seus s«te mil trabalhadores,

que ameaçavcvil d def'ciqro-;ão de uma

çjreve gnral em dcíesa de melhores sa-

láilos. Soménle depois que os operários

deram início à «operação tartaruga»,

quo determinou ui^ia queda de mais de

50% na produção normal das emprê-

:as; é que a Brdhmci viii ,qúè a greve¦ jjtia mesma o fjonlo final da «impa-

nha, e se decidiu -a apror.er.tar uma

proposta que ;pròpicíou uma solução

cO!'.ci'iaiór;a.

O AUMENTO

Embora com ceitá relutância, os tra-

balhãdores da indústria de bebidas

aceitaram a cícita, concedendo um ou-

mcnlo de 33 "A sobre o salário mínimo

de 9.600 ciuiciros, e de 36% sobre os

soláiios dos'demais opeiários qualitica-dos. A Companhia Antártica Paulista,

entretanto, mantcm-se intiansigenle na

oferta de um rcajustamenlo de 35 7o

sobre os salários resultantes do último

acordo firmado em novembro de 19.59,.

A Cairo, por ouiio lado, nao oíriece

mais que 25% sobre os salários anti-

gos.

BATALHA JUDICIARIA

Ao aceitarem o acordo salaiial ofe-

reciclo pela Brahma, os trabalhadores

aulorizaram a Diretoria do seu sindica-

Io a levar para a Justiça do Trabalho a

queslão relativa as Companhias Antar-

tica e Coiru. Tanto os operários como

os lideres da classe entendem que a»

leferidas empresas estão obrigadas a

concederem um aumento paia os sous

empregados na mesma base do que foi

concedido aos da Brahma. Daí tciem

apelado para a batalha judiciária, da

qual acham que sairão vitoriosos.

Aeroviários e aeronautas já iniciaram as gestões junto às empresas e às auto-rif.ades no sentido de conseguirem um novo reajustamenlo de salários, alémdo abono de Natal. As negociações foram iniciadas com bastante antecedeu-cia, para que se encontre uma solução sem que haja necessidade de greve. Senáo houver acordo ela virá e os motores vão parar,

Os 21 mil trabalhadores aeroviáriosc aeronautas de todo o país continuammobilizados, atentos ao desenrolar dosentendimentos que se processam entreos seus líderes, os representantes patro-nais e as autoridades governamentais,à.procura de uma soluçãp para o au-mtnto salarial pleiteado pelas duas ca-tegorias profissionais.

Os aeroviários, através da realiza-

ção de várias assembléias sindicais, re-solveram lutar pelas seguintes reivindi-cações-

1) aumento salarial de 50*Y a

partir de 16 de dezembro do corrente,com um mínimo de cinco mil cruzeiros;2) concessão de um Abono de Natal novalor de 10 mil cruzeiros, a ser pagoaté o dia 24 de dezembro; 3) estabe-lecimento de um acréscimo salarial deCr$ 1.000,00 por triénio de serviço.

Os aeronautas, por outro lado, apósvários dias de debates, resolveram rei-vindicar um novo acordo nas seguintesbases: 1) aumento salarial de 50% a

partir de 20 de dezembro do corrente;2) aumento de 50% nas gratificaçõesde equipamentos, diárias, etc.; 3) con-cessão de um Abono de Natal na basede 50% sobre os salários pagos atual-mente.

se vejam obrigados a recorrer ao re-

curso da greve.

Um mês anles de terminar o atual

acordo salarial, já os aeroviários, do

mesmo modo que os aeronautas, haviamlealizado assembléias nos Estados da

Guanáoara, São Pdulo, Rio Grande do

Sul e Minas Gerais e estabelecido a sua

plataforma comum de reivindicações.Com trinta dias de antecedência foram

iniciados os contados com as autorida-des e os empregadores, mas a perspec-tiva do impasse começa a se delinear.

esclarecendo as autoridades e a opinião

pública, e exigindo um exame rigorosona situação de cada empresa, de modoa que as campanhas salariais não con-linuem a ser aproveitadas pelos empre-

çiadores para aumentar os seus pro-prios lucros, em prejuízo dos trabalhado-les, que são as maiores vítimas.

Ajudaa NOVOS RUMOS

Faical A, Assrany . . CrS 200,00Operários da consliu-cão civil da Ilha doGovernador CiS 300,00

EBB_3Bl_-l£iDefende Teu

Entendimentos

Os representantes patronais se com-

prometeram a estudar as proposias for-muladas pelos líderes dos aeronautas edos aeroviários, mas advertiram, entre-tanto, que vários fatores deverão serconsiderados, entre os quais a siluaçãofinanceira das empresas e a necessidadede um exame pura o levontamenlo dosrecursos indispensáveis à cobertura dasdespesas determinados pelos novosocórdos,

A greve passadaEm dezembro do ano passado os

pabalhadores aeroviários tiveram de-deflagrar uma greve geral em Iodes osserviços de terra da aviação comercialbrasileira, para conquistar o aumentosalarial pleiteado pelo categoria. A gre-ve teve o mérito de resolver cm trêsdias um assunto qu vinha se arrastandohá mais de um mês, através de detalhesInfrutíferos,

O molivo das delongas é sempre omesmo: as emprêras empregadoras afir-mani que não têm meios pera cobrir ascir:pc:as docorrcnle^ cio reajusta-mer.lT salaiial, ençuanlo cs repnsíh-tanles do Governo fogem ao exame sé-rio do assunlo.

Na esperança de encontrar uma so-luçao amigável, é que os aeroviários eaerounatas iniciam a sua campanha sa-lanai muito cedo, de modo a der bas-lante ismpo aos empregadores e ao Go-vòrno pa;a que lomcm todas a; provi-dênc'as destinadas a resciver o probiè-ma e assim evitar que oi trabalhadores

0 golpe das empresas

Nessa questão de rcaiustamento sa-larial os trabalhadores nas empresas deaviação comercial, os empregadores re-tardam deliberadamente a solução do

assunto para obterem moioies vanta-

gens do Governo. Já na primeira mesa--redonda para estudar o assunto, os re-

presentantes patronais deixaram duro

que não poderão conceder qualquer me-

lhoria salarial sem que tenham uma co-bertura dos cofres públicos. As empresasnão admitem nenhuma restrição em seuslucros, e jamais concordaram em tirar di-nheiro dos seus próprios bolsos para pa-gar aos seus empregados. Ao contrário,o que elas desejam é aumentar os seus

lucros à custa do aumento de saláriosconcedidos aos trabalhadores, com sub-venção governamental, ou aumento la-rifário.

Dispensas na Cruzeiro do Sul

Em geral, as subvenções governa-mentais são concedidas na base das (ó-

lhas de pagamento apresentadas pelasempresas de aviação comercial. A veiba

corcedida pelo Governo tem o fim cs-

pecífico de atender ás despesas com a

elevação salarial daquele determinadonúmero de trabalhadores. Mas as em-

presas, firmado o acordo, e iniciado o

fornecimento da verba governamental,passam a demitir inúmeros de seus em-

pregados, e a embolsar, criminosamente,o dinheiro da subvenção oficial, a elesdeslinados.

Esla nesse caso a Cruzeiro do Sul.Esse, pelo menos, é o sentido da de-núncia que os lideres acioviários fire-ram chegar até as autoridades mi;iis'c-riais, A Cruzeiro, segundo declarou á

reportagem o si. JoCo do Sii»a Maios,secretário do Sindica',0 Nacional dos Ae-roviários, já demitiu, depois cia assina-lura do último ccôrdo salarial, mais de

500 àrroviários e côrca c'e 100 aeronau-Ias, muitos dos ruais com mais de cincoanos de casa. Outras empresas atuamdo mesmo modo, sem que o Governo to-me as providências deslinados nõo só á

cplicacão correia do dinheiro núblio,

como também a defesa dos interesses e

dos direitos dos operúiios.

Agora, quando se rüscuie a assina-t'jrp de um novo acôrrlo sciiOciaí, os li-

d»re,s ceroviórios o a?ro as er'áo

dando muior ênfase a essas denúncias,

Salário maternidadeA mulher gestante só esta obrigada a apresentação du atestado

médico passado por instituição oficial, a que se refere o art. 3ü'J. - l.ü, eart, 375 da C.L.T., na oportunidade de seu afastamento do trabalho. Pre-matura será qualquer exigência antecipada naquele sentido, visando oresguardo do emprego. Se a lei nâo obriga á gestante avisar o empregadorcio seu estado de gravidez antes (Ir atingido o período inicial cio afasta-monto, toda a despedida injusta que se verificar, gero a presunção de ler,iido operada com o propósito cie evitar a conquista do benefício. Ac. TST,2a Turma iProC. 908/57), Relator Jonus de Carvalho.

O airalio-enfeimiclacle não exclui o direito ao áuxillo-matcrnldadc.Negar o salário integral â gestante no período previsto pelo art. 392 daConsolidação, e violar a lei e divergir cie jurisprudência, consagrada; Ae.TST — Pleno tProc. 2 990/55), Relator Godoy Ilha.

O direito ao recebimento do saláiio-malernidade, pressupõe estejaa empregada em serviço à época respectiva ou da sua concessão. Suspensoo contrato de trabalho, cessa a obrigação do empregador". Ac. TST, l.RTurma tProc. 733/57), Relator Oliveira Lima.

Caso em que a empregada foi despedida no terceiro més cie gesta-ção, mediante aviso prévio. Despedida a gestante sem justa cansa, faz elajus ao sàlário-maternidadc, ainda que fora do período das seis semanas,anteriores ao parto. Ac. TST — Pleno tProc. 235/5.6',. Relator ThclíoMonteiro.

Empregada no quinto més de gravidez; dispensa mediante pagamen-to de aviso prévio: alegação, não provada, de tratar-se de medida deeconomia. A despedida imotlvada da trabalhadora gestante antes do pe-ríoclo do descanso a que se referem esses preceitos, obriga o empregadorao pagamento dos salários que nele seriam devidos. O resguardo á ma-ternlclade se constitui em preocupação de toden os povos civilizados c,no que tange ao Direito do Trabalho, essa preocupação se fez sentircic.-de os seus prlmórdios, Ae. TST — Pleno tProc, 758/501, Relator OscarSaraiva

¦ Dispensa ás vésperas do Inicio do período a que se refere o art.?,33 da Consolidação . Desde que comprovada a gravidez ou manifesta aciência de tal estado pelo empregador. Ilícita se torna a dispensa semmotive ou injusta causa, já que possui a gestante uma garantia cio em-prego até o decurso do período de seis semanas após o parto. Interpretaçãodo preceito constitucional contido no item l do nrt. 157. que garante..odescanso, sem prejuízo do emprego. Ac, TST — Pleno tProí: K131/5G.',Relator Hildobrando Bisaglia,

Nada obsta a que o auxllio-maternidade seja concedido a empregadaquo já se acha percebendo o auxílio-i nfermldade ou segundo doença. Comofoi salientado, são fatos perfeitamente coexistentes, cada um a provocarefeitos jurídicos diversos: pela doença, o empregador licenciç.ra, sem re-numeração, a mulher: pela gravidez ou pelo parto, c èle obrigado aopagamento integral dos salários. Inadmissível c que o fato da doença,que isenta o empregador do pagamento de salários, mas obriga a Ins-tifuição de previdência social, tenha o poder cie eliminar os efeitos sur-gidos do outro fato jurídico: o da gravidez e parto. Ac STF, 1." Turma(Rec, ext. 3U. 116), Relator Nelson Hungria.

O acórdão recorrido entendeu que o salnrio-maternidudc não pode-ra ser inferior ao mínimo legal. — Embargos conhecidos, nip.s.ic.ieiíados. Osalárlo-materntdade deve ser calculado de acordo cora o salário contra-tuai ou com o salário, mínimo, conforme o caso. Ac. TST — Pleno tProc,4,342/55); Relator Thelio Monteiro.

Salário mínimoO acórdão recorrido entendeu f|Ue o arl llfi" da Cons.olU;!eeão drs

Leis cio Trabalho prevalece sòbrc o q,a em coníYriovcUsponhám decretosdr- elevação do nível do salário mínimo, no oue. se refere à sua entiaèaem vifior. — Recurso extraordinário conhecido c provido, úrçànlmsmcnle.(i decveto cio Poder Executivo, referente uelevação do nível salarial, pode determinar ^í^K^^f^^'^^-^^n dela em mie entra cm Aas a icvi-to ^^Pff^^f?^^^ou rcajurlc-meuto". Ae, ST a, '!."-. Trvmn WB A"'Airc ¦. ext. 44.'.67), V '~'«v Vüns i;oas,"Ementário Trabalhista'.', selembro-1960.

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•— Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 1960 N0VOS RUMOS 3 —

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ÂfCDoALtKUA^

GOVERNO Drkl 0DI0 E PERSEGU/r^S

tEm meio a uma pompa in-

comum e a um enorme aparato po-Hcial, o Sr. Carlos Lacerda èrripòs-sou-se, na última segunda-feira,como primeiro governador eleitodo Estado da Guanabara. Tanto noPalácio Tiradentes, onde se realizoua sol°nVtade fie posse, como no Pa-

lácio das Laranjeiras, onde se deua transmissão rio cargo, o que maisressaltava era a presença da claquedo 'Clube da Lanterna, formadaprincipalmente, como é sabido, porsenhoras do «Bpciety» carioca.Houve, em ambos os atos, reduzi-do comparecimento de massa po-

pular, assim como de pérspriajida-des políticas representa! i vás, Ape-nas .7 deputados — os srs. LeviNeves, Menezes Cortes, Carlos Luz,Adaulo Cardoso, Nestor, Duarte eNelson Carneiro —, dos 326 quecompõem a Câmara dos Deputados,estiveram presentes à posse do sr.

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Medidasradicais

A encampação das refinarias particulares, a mudança da direção entreguistado Conselho Nacional do Petróleo, e a mudança da orientação da própria dire-ção da Petrohrás são as medidas reclamadas pelos parlamentares nacionalistaspara defender o monopólio estatal do petróleo, que está atacado em diversasfrentes pelos defensores da Esso

Lacerda. Quanto a senadores, ape-nas 4 compareceram àquela soleni-dade no Palácio Tiradentes.

Governo de ódioEm ambos os discursos que pro-

nünciou, o sr. Carlos Lacerda fézquestão de acentuar que o seu pro-pósito é o de realizar um Governod* ódio e perseguições. Fazendoameaças, já incompreensíveis nasa*u«.is condições do mundo e denosso pais, prometeu o sr. CarlosLacerda «extirpar» os comunistasdo Estado da Guanabara. Ao mesmotempo, féz uma aberta profissão deli de subserviência aos EstadosUnidos, atacando violentamentequalquer tendência neutralista empolrtka exterior — com o que pa-re<»k querer condenar publicamen-te declarações recentes atribuídasao sr. Jânio Quadros. Ameaçou ofuncionalismo estadual e chegou aoponto de prometer reduzir o Rio auma «fogueira» se não lhe deremo* recursos de que precisa para go-vemar.

Nada, aliás, revela mais clara-mente o ódio antidemocrático e avocação ditatorial do sr. Carlos La-cerda do que a posição que tomouem face da Câmara de Vereadores,cwjo mandato pretende cassar bu-mèriamente, através do Ato Insti-rucional apresentado pela bancadada UDN à Assembléia Constituinte.

0 steretariadoLogo anos haver recebido o car-

go das mãos do sr. Setio Câmara,o governador Lacerda nomeou osseus secretários p outros auxilia resimediato»;. Os nomes escolhidos fo.-ram os mesmos que vinham sendoanteriormente apontados pelo noti-ciário dos jornais.

Trata-se de um Secretariadoprofundamente reacionário em suacomposição: enquanto na Chefia doGabinete está o sr. Rafael Maga-!háes, advogado da Light, na Se-cretaria da Educação está o sr.Flexa Ribeito, inimigo rancoroso daescola pública e conhecido indüs-Irial do ensino particular, sendo êlepróprio dono de um dos maiorescolégios particulares do Rio.

Num verdadeiro insulto ao povocarioca, e mostrando muito bem o

caráter antidemocrático do seu go-vêrno, o sr. Lacerda féz voltar àPolicia Política o conhecido espan-cador Cecil Borer.

Três bilhões em caixaOs agentes de propaganda do

novo governo, e o próprio governa-dor, vinham alardeando que o sr.Carlos Lacerda assume a chefia doExecutivo encontrando as finanças

Monopólio IntegraPara Defender a Petrobrás

O depoimento do cel. Sanden-berg, diante da Frente ParlamentarNacionalista, e o discurso do depu-•tado Ferro Costa, na Câmara Fe-deral, durante a semana passada,transferiram para toda a execuçãoda política do monopólio estatal dopetróleo q debate, iniciado semanasstrás, cm torno da sabotagem em-(Preenclida pelo técnico ianque Wal-ter Link no Departamento de Ex-Coração da Petrohrás. Pouco açouco, foi sendo puxado o véu queencobria, para a opinião pública,todo um conjunto de tramas e irre-gularidàdes na esfera dos órjiâosexecutores da política petrolíferaoficial, visando à derrubada da Pe-trobrás,

A situação que hoje aparece,para a opinião pública, revela quea Petrohrás, e a política que elarepresenta, estão sendo asfixiadasem várias frentes. O domínio indi-retamente exercido pela Esso sobreo Departamento de Exploração daempresa, através ria equipe de tec-picos que ali alua sobre a direçãorir> mr. Link é apenas uma rias fren-tes, E talvez não seja a mais impor-t;inte.

Esmagamento financeiroA frente financeira, por exem-

pio, é a que mais preocupa algunstécnicos da Petrobrás interessadosno sucesso ria empresa. Emboraobrigando a Petrohrás a assumircompromissos financeiros de acêr-to discutível, como a construção riaraflnaría rie Belo Horizonte, 0 en-v" -o está sistematicamente atra-s- -'o na entrega á empresa rios re-cursos que lhe são devidos, como?¦; cotas do Fundo Geral de Fretesr? imnôsto único sobre combusti-v '-, eíc. Ao mesmo tempo, o govêr-no prende as divisas, a que a Petro-brás tem direito, e roen-a-se ;1 réa-justar o sistema de priros O com-bustíveis, de maneira a que a Pe-

trobrás, com uma receita inaltera-da, esteja cada vez mais pressiona-da pela alta de seus custos de pro-duçáo.

As refinarias particulares, go-zarídó ria cumplicidade do ConselhoNacional do Petróleo, desincumbem--se de uma segunda etapa na tarefade esmagamento financeiro da Pe-trobrás. O relatório de um dos mem-hros do CNP, cel. Geysel, divulga-do no discurso do deputado FerroCosia, deu detalhes precisos sobreas manobras das refinarias, articu-ladas com a direção do CNP, paraburlar a lei que as obriga a inrie-nizar a Petrobrás pela sua proriu-cão excedente, em relação aos níveisfixados pela lei 2004. Também ascontribuições devidas pelas refina-rias ao Fundo de Pesquisas nãoestão sendo entregues, como man-da a lei, à Petrobrás. Alguns bilhõesde cruzeiros são dessa forma surru-piados ao orçamento da empresaexecutora do monopólio estatal.

A ¦ própria administração inter-na da Petrobrás é colocada, pelosparlamentares nacionalistas, comouma das frentes da trama entre-guista contra o monopólio estatal.A direção da emnrêsa é acusada deestar infiltrada de incapazes e inep-tos, de aderir ao «empreguismo»,de entregar a «lánterheirbs» furio-sos setores imnnrtantes de seu fun-cionalismp. e de adotar métodos deadmissão de pessoal incompatíveiscom rs objetivos da empresa, comoa instituição do «atestado de ideolo-gia?, para afastar riela qualquerp?sroa suspeita de idéias progressis-tas e democráticas.

Mor^pólio integralA apuração ria verdade e da ex-

tensão riessns denúncias, e a indica-ção rins meios para defender o mo-nonnlio estatal e a Petrohrás, ^prãa lr,refa da Comissão Parlamentard" Inquérito, já criada pela Cama-ra, em Brasília, e que deverá estar

funcionando a pleno vapor, nospróximos dias. A idéia dominanteentro-os parlamentares nacionalis-tas é de que a crise só poderá sei1resolvida com medidas drásticas eradicais, daria a gravidade da amea-ça múltipla que pesa sobre a Petro-brás.

A primeira dessas medidas é adecretação do chamado «mqnopó-lio integral», ou seja, a pura e sim-pies encampação das refinariasparticulares, quev constituem hojeum poderoso «grupo de pressão;,constantemente mohilizado contrao monopólio estatal. O complemen-to dessa mediria é a promoção deuma verdadeira limpeza no Conse-lho Nacional de Petróleo, hojetransformado — para usar a ex-pressão do deputado Gabriel Passos— em um «ninho de entreguistas».

O próprio cel. Sandenbcrg, pre-sidente ria Petrohrás, deu apoio aosque defendem essas duas medidas.Em seu debate com a Frente Parla-mentar Nacionalista, disse êle, ex-pressamente, que a adoção do «mo-nonnlio integral» era a solução maisindicada para a crise. Colocou-seainda frontalmente contra o briga-deiro Fleiuss, presidente rio CNP,confirmando as denúncias sobre asvultosas dívidas rias refinarias par-ticülares para com a Petrohrás —dívidas cuja existência foi riesmen-tida, em entrevista à imprensa, pelobrigadeiro Fleuss — e reçonhecen-do que o CNP está dominado porinimigos da Petrobrás.

fi convicção dos nacionalistas,entretanto, que nenhuma dessasmedidas será bastante para preser-vai* o monopólio estatal, se novosmétodos e novos homens não foremintroduzidos na própria direção da

'Petrobrás. Sem ter uma direção e| uma orientação capazes de romper

com os laços que ainrla a prendemà Standard Oi!, a Petrohrás, não

, poderá recorrer a equipes de técni-cos estrangeiros não ligados ao im-

perialismo — inclusive soviéticos erumenos —, contratar para o seuquadro de técnicos e funcionáriosbrasileiros apenas os que estejamefetivamente interessados no suees-so da empresa, e expurgar dessequadro os espiões e sabotadores en-treguistas. E essas medidas são in-dispensávèi para que a Petrohráspossa cumprir a tarefa que lhe foidestinada pelo povo brasileiro: darpetróleo ao Brasil, e livrar nossopais da dependência em relação aostrustes internacionais que contro-Iam o comércio de combustíveis nomundo capitalista.

Fora deOs jornais informam: empu-

nhando uma picareta, o sr. SellcCâmara golpeou três vezes o solo,iniciando simbolicamente n cons-Irução da secunda adutora rio"Guandu,

o»c garantirá, até 1!)R0,nada menos de 400 milhões de li-Iros de aEtia, volume rapaz, dematar a série mais pantagruclica,não há dúvida.

Infplizmento estamos em 1960 ea semana começou com tuna ro-niaria dp latas dágua na zona nor-te, além da posse de Lacerda, nazrma sul, A falta dágua de ont<>mfni por musa do rompimento deum rann ã altura do Marapanâ. Aposse rip Lacerda é uma historiacomplicada.

Constaram da solenidade daposse Hn nnvn governador salvasda artilharia do cruzador "Bar-roso". Como todos sabem, o "Bar-roso" é irmâo-fèmeo do "Taman-daré", cm cuja Praça ri'Armas,Lacerda, por ocasião rio golpe deCario». l,it?. viveu mninenlon amar-gurados, quando atravessava a bar-

do Estado inteiramente dp^bpr-t^.das e sem dispor de qua...i,U', <e-cursos. O que acontece, entretanto,é exatamente o contrário. Em seudiscurso oficial, desmascarando e:*afarsa udenista, o ex-governadorSette Câmara afirmou que entrega-'va o cargo deixando em Caixa cêr-ca de 3 bilhões de cruzeiros, reeu.r-so; com que não haviam contado,até então, os administradores caro-cas que antecederam o ar. Lacerda.

Um Deputado, a Delação e o SocialismoO deputado Nestor Duarte man-

dou ao sr. Oswaldo Peralva umacarta, amplamente difundida pelosjornais, congratuiancio-se com odelator de «O RETRATO» pelo.lançamento desse repelente'folhe-tim policial.

Não nos cabe, evidentemente,impor critérios de julgameiUo ao

Cecil Boreré o guardiãoda democracia

O primeiro dia do governo dn sr.Carlos Lacerda foi marcado por umato de violência, a que já há muitosanos os cariocas nã assistiam: aprisão rié um homem do povo que,num bar d", cidade, comentando aposse do novo goveinr";nr, mencio-nava o L'o de ter sir"o cie eleitoapenas pc ¦ im quarto ri )s votos rinscaiiocas cm .'•; rie oiuubro. Foi pré-so imediaí".mente, com toda bruta-lidade, po:1 um policial lacerdista e,segundo n noticiário rie O Globo»rie térça-í^irn, está sendo proces-sado pela Lei de Segurança Nacio-nal.

É, como se vê, um bom começopara um governo que foi receberaulas de democracia com ChiangKai Chek na ilha rie Formosa, sobas vistas ria Sétima Esquadra nor-te-americana. Um começo, som riú-vida, bem ilustrativo" para mui Iagente que, de boa fé, votou no sr.Carlos Lacerda, confiando no seuamor à democracia.

Mas o que acontece é que aguarda dessa democracia foi enlre-gue, já no primeiro dia rio novoGoverno, ao odiado espancadorCecil Borer, afastado da policia nodia 11 de novembro de 1953 sob aacusação de estar envolvido na prá-tica de brutais atentados â liberda-rie. Em entrevista dada ao «Jornalrio Brasil-, eriição rio dia 7. Borerexplica do que modo pretende cor-responder á confiança nele rieposi-fada pelo sr. Lacerda: «Há certasocasiões em que a policia é obriga-da a usar de violência para enfron-tar graves problemas de,igual paraigual». O primeiro «grave problc-ma» enfrentadn pelo governo rio sr.I.accrria foi, assim, a declaraçãofeita num bar da Rua Evaristo riaVeiga pelo funcionário rio 1APM,Manuel César de Vasconcelos, rieque, segundo os dados oficiais rioTribunal Eleitoral, o governador f'ú('leito por um quarto rio eleitoradocarioca. Como era preciso ag'r de-igual para igual», o funcionárionão só foi preso, mas submetido áLei de..'Segurança Nacional,

O que conforta é que o sr. CarlosLacerda fni aprender a oprimir opovo precisamente com ChiangKai Chek, o grande derrotado.

ra do Rio, ouvindo os tiros da artl-Iharia de cosia. Lacerda parlin-pava da aguerrida comitiva quese destinava a fundar um govér-no de exílio cm Santos, governomuito ocidental e cristão, ahen-coado pelo cardeal I). .laimr e aser sustentado, min fornecimentode ba"-e territorial, pelo bravo de-mocrata Jânio ([uadro<..

Ocorrências de igual pnvpreadu-ra. pagados poucos ano?, tiraramL'ircrda e Jânio da moldura deridículo pm que se viram mpti-dos pnr volta dos acontecimento';de 11 dp novembro. E ní estão osdois com mandato para governar,respectivamente, a Guanabara e oPais. Em favor rios heróis de rari-catura não trabalhou :-ònipn;p apropaganda moderna, através depromoções financiadas por entidn-des caridosas, que distribuem be-nesses com a mão direita, sem quea esquerda dé prln coisa. Os ho-mpns qup dispunham do poder,adversários dos Jánlos p Lacerda-.,desmandaram-se, meteram os péspelas mãos e a. golpes de inépcia,mais firmes que os três golpr. deoirnret.a desferidos oelo ex-go-

sr. Nestor Duarte. Se o deputadobaiano prefere louvar a delação ese sente à vontade ao lado de dela-tores, registramos apenas, co mpesar, que não é só a sua antigaeloqüência oratória que o que o sr.Nestor Duarte está perdendo. Per-de também, como se vê, o olfato.

Há na carta do deputado, porém,uma observação curiosa: os Parti-dos Comunistas retardaram a mar-cha do mundo para o socialismo.E, como bom socialista, o sr. NeítorDuarte protesta com veemência.

Vale a pena atualizar os conhe-cimentos do líder da oposição, lèm-brando-lhe alguns dados concretose bastante expressivos: num prazode 43 anos apenas, a partir de 1917,os Partidos Comunistas, derrotan-do o refnrmismo dos falsos Parti-dos Socialistas, levaram os trabalha-dores ao Poder em 12 paises daEuropa e da Ásia, habitados hojepor cerca de uma terça parte dapopulação do globo e contribuindocom um terço da produção industrialrio mundo, marchando para, em1070, contribuir cnm mais de me-lade dessa produção. Nesses pairesé o proletariado, á frente de todosos trabalhadores, que se acha noPoder. Neles não existe a explora-cão nem qualquer fomia de opres-são sobre o povo. São paises em qüea cultura floresce e realiza cònquís.*tas cada dia maiores, não se verfi-cando casos de rieuradação inteleo-tual como o do delator Peralva.

Enquanto rjos paises socialistasos Partidos Comunistas constróempara os seus povos uma vida feüz,nos paises capitalistas são-os-PP-CC. que se acham à frente ria lulados trabalhadores e de todas as pes-soas progressistas pe)a demoera-cia, pela paz e pelo socialismo. Grã-ças ao seu combate abnegado, aclasse operária conquista êxitoscrescentes contra ns exploradores,e o imperialismo senle ser caria riiamais difícil arrastar a humanidadea uma nova rzuerra. Em todo omundo, como riizja Lenin, os Par-tirlos Comunistas constituem aconsciência, a honra e a inteligênciade nossa época. São eles que mo*ilelam o mundo de paz o felicidadeqicce já ao alcance rie nossas mãos(

O sr. Nestor Duarte teria razão,entretanto, se, com o atraso riaalgumas décadas, confundisse ain*da o socialismo com os partidos so»cial-democralas ria II Internacional-- camarilhas de traidores da elas*se operária, onde eram numerososos avrivistas é delatores rio tipo dosr. Peralva. Ou. o que é pior: sechegasse a um ponto tal do desori-entação mental que confundisse so-cial'smo com UDN e PL.

Que o sr. Nestor Duarte façabom proveito do <uas oomrrmhias,se não quiser recuperar o olfatoperdido.

, ivaPaulo Moita Lima

vernador Sette Câmara na cons-truçào da adutora, tanto se rebai-xaram no conceito de imensas'ca-macias populares, q.»e os Jànlòs eLacerdas acabaram conseqüente-nvente sobressaindo-se, como esta-cas de má qualidade, qur eniergenido nível do pântano, na maré va-zante.

Os piores cecos são os que n5oquorrni ver e entre os piores e me-Ihorcs cegos ternos as nessoas devista rurta. Ante a eleição de fieu-ras cnmo Jânio e Lacerda, os ma-gos das cúpulas dn PSD, da UDVe outras cúpulas, abriram os olhos.Fntãn. começou a ser articulada areforma eleitoral rnm o vntn delecenda, remédio indicado «a^aquebrar o encanto dos caiir':,'*issunTpartidários. Assim prelec^mas nirtulas salvar os partidos p~p-tendi-m salvá-los sem a líquida-cão de seus piores víoios, mantidaa falta de vinculaçáô com o povo.Em todo caso inicia-se mais prnato da comédia que mesm" °msuas exterioridades mais divertidaspode no entanto constituir, paraquem não for muito míope, ensi-nàmento político

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NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 1960

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Poderosa coalizão de partidosA campanha eleitoral começou cedo

n<* Estado. Cerca de um ano antes, jádementas ligados ao PSD, PR, PTB eFSB haviam lançado com grande com-batlvidade a campanha de Lott. A essasforças, juntaram-se posteriormente se-tores do PST, os comunistas e os ele-mentos do Movimento Nacionalista naoíiliados a partidos políticos. As cúpulaspartidárias, sob press&o de massa, páranao se isolarem, aderiram a campanha.

Do ponto de vista do objetivo tinal,havia completa identidade entre todasessas lôrças: eleger Lott. Muito emborado ponto de vista ideológico perduras-sem sérias incompreensôes e no quetange a tática houvesse certas divergén-cias, sempre íoi possível encontrar odenominador comum, dessa ampla coa-lizào, a maior larmada em toda a histó-ria de Sergipe. .0 fator unidade íol de-cisivo na obtenção do êxito final. Os co-munlstas souberam compreender eslaverdade.

Os comícios centrais das forças queapoiavam Lott foram, em Aracaju, osmaiores e mais imponentes já realiza-dos na história política de Sergipe. NoComitê Inter-Partidarlo, estavam repre-sentados todos os Partidos inelusiye oscomunistas e os métodos de direção fo-ram relativamente democráticos.

Boneca quer ser rainha

Mora Garcia, uma bonequinha, é candidata a rainha. Vai participarda festa campestre do dia 18 no sítio São Bento e concorrerá ao titulo de rainha

doi festa|oi, disputando com muitas outras moças e crianças. O concurso, original

nos saus moldes, prevê que não só as moças poderão st-r rainhas, também as

meninas têm esse direito. Assim, no caso da vitoriosa ser uma menina, a ela será

concedido o título de rainha das bonecas. No próximo número, NOVOS RUMOS

publicará mais detalhes da inlsrrssante promoção, assim como a relação das

candidatas. Informações sobre a festa poderão ser colhidas na gerência de NR

com a srta. Nira.

Dia 18:Festa campestrede São Bento

Realizar-se-á no próximo dia 18, nositio Sã» Bento, no Municipio de Ca-xias, grande festa natalina promovidapor uma comissão de moradores dazona da Leopoldina.

OS* organizadores do- encontro deconfraternização programaram . umasérje de festejos, destacando-se a elei-ção e coroação da rainha da festa,além da realização de um animadobaile acompanhado de um "show" coma presença de destacados astros dorádio e da Tv. Barraquinhas que servi-rào quitutes para os mais diversosRostos serão instaladas no local, des-tnando-se como atração para os glu-

NR na Bahia

toes a famosa macarronada "bossanova".

A distribuição dos convites está sen-do realizada gratuitamente e a condu-ção para o local é farta e barata.

NR no Espírito Sant

Instalado em Salvadormovimento em defesada revolução cubana

Salvador, dezembro — (do Corres-pendente) — Sob a presidência do eco-nomista Arlsteu Barreto de Almeida,Instalou-se no dia 1' de dezembro, naaede da Associação dos Empregados noComércio, o MOVIMENTO DE DEFE-BA DE CUBA, destinado na Bahia, se-gundo afirmaram seus patrocinadores,a incrementar, as manifestações de so-lidariedade à revolução cubana,

An ato compareceram inúmeros li-der*« sindicais e estudantis, dentre os«.uaia anotamos, o atual presidente daUEls, acadêmico Paulo Mendes c o se-mudarista Evaldo Campos, representai!-do a ABES, alem de considerável nume-ro de. assistentes- Contou ainda o atocom a presença do cubano, ex-membrodo Exército Revolucionário e membrodo Governo, Manuel Rebucita Rodrigues.

Falaram na ocasião o jornalista «escritor Ariovaldo Matos, Nemésio Sal-les, Milton de Carvalho. Arlsteu Barre-to e, Manuel Rebuelta Rodrigues, queexpressou seus agradecimentos, em no-me dopovo, cubano, aos baianos que en-grossavam a partir daquele momento,as fileiras daqueles que se levantam emdefesa de Cuba,

A ComissãoAo fim dos debates, escolheu-se a

Comissão Executiva do Movimento deI>'-t>sa de Cuba. assim constituída:

Presidente: Aristcu Barreto; See.Geral: Nemésio Sallcs. Membros: Paulo•Mendes, Milton Santos, Ariovaldo Mat-to*. Evaldo. Campos, deputados KiiloMendes. Raimundo Reis, Bolívar Santa-na, Gaslào Pedreira c iJoel Muni/, Ke.nè, Duboir, José .Nilo (Sindicato de Car-ris Urbano), Israel Ferreira (Sindicatodos Conierciários), Cosme Ferreira(Sind. dos Portuários), Silvestre tle -le-hus (Sind. dos Padeiros), Gerson CostaPinto (Federação das Associações deBairros), João Cardoso, Godofrcdo Car-neiro, Frederico Castro Araújo (Sindi-cato dos Bancários), João Berbcrt, New>toa de Carvalho e Adilla Souza.

MANIFESTOFoi redigido também um manifesto

e lançada uma campanha pn»u|ar deassinaturas em solidário.1!!!! à hita deCuba contra os Intervencionislas,

Prisão de 5 inocentes

para esconder crimecometido pela polícia

Nanuque — (do Corresponden-te) — Em conluio com as autori-dades policiais, o juiz desta cidademontou verdadeira farsa com oobjetivo de inculpar 5 inocentes elivrar a policia da acusação de as-sassinato contra o lavrador JonasCordeiro.

A farsa, que teve o objetivoprincipal de jogar na cadeia a Au-susto Reis, Francisco CalazansPinheiro (Chico Gato), ClonizethTristão, Lírio Branco e Tionillio, foidesmascarada por um lavrador denome Roquinho, testemunha oculardo crime que se negou a depor con-tra os indiciados. Roquinho, queanteriormente havia declarado aosr. José da Cruz, que os autores docrime foram os policiais, reafirmousua confissão ao ser interrogado eadiantou que o crime havia sidocometido em troca de 30 mil ¦ cru-zeiros e 30 novilhos.

O juiz de Nenuque, apesar deconhecer tal depoimento, não levou--o em conta e ordenou a prisão doscinco indiciados, em flagrante des-respeito às verdadeiras normas daJustiça.

Luta contra carestia —fator importante

Desde o primeiro instante, os ele-mentos da Oposição Estadual: PSD, PRe PSB, fizeram centro da campanha nocombate ao Governo estadual apontan-do^o ao povo como responsável pela ca-réstia. O Movimento Nacionalista pro-gramou uma quinzena de luta contrao aumento do preço da carne verderealizando nesse período comícios dia-rios contra a carestia, dos quais parti-clpavam todos os partidos integrantesda grande coalizão pró-Lott.Jango. OMatadouro Modelo voltou ao controledo Estado, e a Prefeitura de Aracajupreparou as condições para o surgimen-to de um novo matadouro. .,

Os comunistas participaram da lü-ta contra a carestia e concentraram.ologo de sua critica, contra o setor en-trogulsta do Governo do sr, JuscelinoKubitschek e dos ministros que resls-liara à candidatura cio marechal Teixei-ra Lott ou faziam propaganda aberta dacandidatura do sr- Jânio Quadros. Dis-cutiam com o povo questões candentescomo a defesa da Petrobràs, ReformaAgrária, defesa dos minerais radloati-vos, Lei Orgânica da Previdência So-ciai, Regulamentação do Direito de Gre-ve e outras. Eram acompanhados nessesentido, pelos elementos nacionalistasmais avançados e as alas mais progres-sistas do PSD e do PR. O PTB teve pa-pel importante exercendo inlluència di-reta sobre a classe operária nas cida-des industriais. Nessas cidades, os co-munlstas procuraram mostrar aos tra-balhadores o verdadeiro sentido da can-didatura do sr. Jânio Quadros, encon-liando grande receptividade por partedos operários, sempre sensíveis às de-núnclas de caráter econômico ou poJÍ-tico.

Houve também nessa fase certasfalhas como, par exemplo, o exclusivis-mo. Essa tendência influiu inclusive nocomportamento inicial. dos comunistas.Do ponto de vista da prática, não ti-nhamos muita clareza sobre nosso pa-pel de vanguarda frente a certas exi-gências que faziam nossos aliados. Como desenrolar da campanha, essas dificul-dades foram superadas. Condicionamossempre nossas posições à tarefa centralde eleger Lott, desde que as questõesque suscitavam sérios choques, nãoeram de princípios.

Com relação íi vice-presidência, osíndices foram mais significativos ainda.João Goulart em vários municípios on-de Jânio venceu, recebia sempre maisvotos que Lott o que influiu decisiva-mente no com puto geral, dando a Jangototal superior ao de Lott,

Os operários sergipanos demonstra-ram que estão sentindo a necessidade demudar, e, suas últimas greves, quer po-Ia coesão evidenciada quer pela comba-tívidãdé, deixou patente a impressão dequo êlcs começaram a ver com maiorclareza o caminho a seguir. Não temoutro sentido a esmagadora maioria quederam aos candidatos nacionalistas nascidades industriais de Sergipe.

Movimento nacionalistaavançou

O Movimento Nacionalista em Ser-glpe avançou no transcurso da Campa-nha eleitoral- Grandes setores da popu-laçao tiveram a oportunidade de ouviros oradores nacionalistas. Os problemascie maior interesse da Nação e do Esta-do foram discutidos com o, povo. Desdea carestia até os complexos problemascie nossa política exterior e de nossaestrutura social e econômica. Em todasas ocasiões, 0 P°vo mostrou-se sensí-vel. Por mais distante que fosse a cida-cie, e por maior que fosse a predominamcia camponesa em sua população, estesouviam sempre atentos nossos orado-res e por vezes ajudavam a denunciar

, os entregu istas.Vários são os traceis distintivos do

•Movimentp Nacionalista Sergipano. Seunivel de organização é baixo. Mas éparticularmente insinunnte e sua com-batlvidade é surpreendente- Vem particl-pando ativamente de todas as grandescausas do povo, especialmente no quetange à carostla de vida; motivo de aclr-rudas discussões teóricas em suas reu-niões.

O povo sergipano vê com simpatiao regime cubano e os nacionalistas dãointeiro apoio a Fidel Castro como vemocorrendo em todas as manifestaçõesrealizadas nesse sentido através da Im-prensa, d0 Rádio e cm atos públicos co-mo aconteceu na campanha eleitoral evem ocorrendo1 após a realização dopleito. ., .

Presentemente, o Movimento Nacio-nallsta Sergipano está empenhado nadefesa da Pelrobrás, A recente denún-cia do deputado Gabriel Passos ecoouprofundamente em Sergipe e a Assem-bléia Legislativa Estadual e a CâmaraMunicipal de Aracaju manifestaram-senesse sentido. Dezenas de palestras vêmsendo realizadas contra os dispositivosreacionários do Projeto cie Diretrizes eBases do Ensino. Nas últimas grevesde Estivadores, Marítimas, Ferroviáriose Portuários o Movimento Nacionalistaprestou toda'solidariedade aos grevistas.

Colono do Leitor

Disputado palmoa palmo o interior

NR em Sergipe

O interior do Estado mereceu es-peciai atenção do'Comitê Iníerpartidá.rio. Sabíamos que, dispondo a o'DN demais de quarenta Prefeituras, de umtotal de l>2 em todo o Estado, era pre-ciso desgastar o candidato adversário,ali onde êle receberia inevitavelmentemaior número de votos. Quase desço,nhecidos no interior e sendo a eleiçãoem Sergipe apenas presidencial, nossatarefa íoi facilitada por certa inércia dealguns chefes udénistas. O mesmo te-nômeno processou-se inversamente, comrelação a alguns chefes pessedistas eperreistas no interior.

Os nacionalistas sergipanos organi-zaram várias caravanas e rumaram pa-ra cidades onde a UDN era quase inven-cível. O terreno foi disputado palmo apalmo, pois o adversário enviava tam-bém seus propagandlstas e por vezes,respeitadas as exigências da Lei Elei-toral, ocorria a realização simultânea ciecomícios para ambos os candidatos, nu-ma mesma cidade, local e hoo-a-

Em municípios como Japaratuba,Santo Amaro e Simão Dias, onde pre-domina o campesinato, muitos votos fo-ram conquistados para os candidatos na-cionalistas à base de discussões do pro-blema de medidas de Reforma Agraria.Mais atrasados que os operários das ci-dades, os camponeses demonstraramdisposição de luta e compreensão, con-tribuindo em cidades como Riachão doDantas e Tobias Barreto com um gran-de contingente de votos que reuuziubastante a margem de sufrágio do sr.Jânio Quadros nesses municípios. Aexemplo do que ocorre eom os opera-rios, os camponeses sentem que é pre-ciso mudar, muito embora o caminho ea forma de como realizar tal obra, nãosurjam completamente claros.

NR no R. G. do Sul

LOCK-ÒUTO Sindicato patronal dos panifica-

dores suspendeu a venda de pão emPorto Alegre, alegando necessidade deaumento dò preço do produto. A po-pulação está encarando o lock-out comgrande antipatia e diversas padariasjá reabriram as suas portas, temero-sas de um fracasso da "greve" dosdonos do pão nosso de cada dia.

ANISTIAO movimento pela anistia dos pre-

sos políticos de Espanha e Portugalobteve ampla repercussão nos meiosintelectuais ganchos. O escritor ÉricoVeríssimo, o líder sindical Mesquita

i presidente do Sindicato dos Metalúr-gicosi e o dirigente estudantil Pe-tracco, da Federação dos Estudantesda Universidade do Rio Grande do Sul,foram alguns cios que manifestaramsolidariedade às vitimas das ditadurasfascistas de Franco e Salazar.

DEBATECom a presença do sociólogo Flores-

tan Fernandes, será realizado impbr-tante debate sobre a Lei de Diretrizese Bases da Educação Nacional, no dia8 de dezembro, no salão nobre da Fe-deraçáo dos Estudantes da Universi-dade do Rio grande do Sul. Como sesabe, os estudantes ganchos daquelaUniversidade estadual são radicalmen-te contra o torpe projeto que preten-de estabelecer o monopólio do ensinoprivado.

SARTRE E GAROLINATeve lugar cm Porto Alegre, Pelo-

tas e Caxias, durante o mês de no-vembro, a II Feira do Livro realizadano Estado. Desta feita o grande pú-blico teve as suas preferências volta-das para "Furacão Sobre Cuba" deSartre e "Quarto de Despejo", de Ca-rolina de Jesus. Ambos sumiram dasprateleiras, tal foi o interesse.(l)os correspondentes PAULO DKREN-

GOSIH e JOÃO SUSSELLA)

Leitores asiáticos

escrevem a NR:

correspondência

Recebemos de dois jovens asiáticos,um chinês e outro japonês, cartas pe-dindo aos leitores de NOVOS RUMOS

que se correspondam com eles. A cartado jovem chinês tem a particularidadede que êle não colocou qualquer en-derêço, a não ser, em inglês, a frase:«um grande jornal do Brasil». Seuautor, Li Tschau-tai, lê, além do chinês,inglês, alemão e português e gosta decolecionar livros em nossa lingua. Seuendereço é o seguinte: LI TSCHAU-TAI;71/335, NAN-SU-ZHOU-LU; (24),SHANGAI; REPÚBLICA POPULAR DACHINA. A carta do jovem japonês nosdiz que êle sempre desejou manter cor-respondência com brasileiros, masacreditava que isto era muito difícil,uma vez que. só fala o inglês, além desua lingua materna. Sabendo agora quemuitos brasileiros falam e escrevem eminglês, êle nos mandou seu nome eendereço para que nossos leitores quetambém gostem de manter correspon-dência com estrangeiros escrevam

para 'êle- TADASHI HIRAIWA; 1-4,

URAMONZEN-CHO; 'NAKA-KU,

NAGO-YA; JAPÃO.

UM CLÁSSICODO "WESTERN" NOPROGRAMA DO CGRJ

O,Clube de Cinema do Rio de Ja-neiro, em sua programação de dezem-bro, apresentará, no próximo dia 12,às 20 horas, no auditório da Câmarados Vereadores, o filme de John Ford«No tempo das diligências», um dás-sico do «western». Dentro da progra-mação do mis de dezembro será exibi-da também, no mesmo local e na mes-ma hora, no dia 19, a comédia «O

marujo foi na onda», de Hal Walker.

AMIGOS DE SAO JOSÉDOS CAMPOS

i

t

Um grupo de amigos de NOVOSRUMOS, informa o leitor Aureliano deAlmeida, de S. J. dos Campos, SãoPaulo, realizou expontâneamente umacoleta de fundos para ajudar financei-ramente o jornal. A iniciativa é dignados nossos melhores agradecimentos efazemos votos que a experiência dosamigos de São José se reproduzo emoutros municípios brasileiros.

AS MENTIRAS DO CABOT

Indignado com os termos de umaentrevista concedida pelo embaixadordos Estados Unidos, sr. Cabot, à im-

prensa de Manaus, o leitor daquela ci-

dade, que se assina observador, enviou--nos carta a respeito. Afirma, revolta-do, que o cinismo do sr. Cabot chegoua tal ponto que êle afirmou que «NÃO

EXISTEM TRUSTES AMERICANOS NO

BRASIL» (!)

COMO ESTUDAR NA URSS

O leitor Brademir José Pedron, de

Curitiba, Paraná, escreve-nos pedindodetalhes e informações sobre como es-

tudar na URSS. v

Existe atualmente, em Moscou, a

Universidade da Amizade dos Povos,

organizada pelo governo soviético.Essa instituição está aberta a estudan-tes da Ásia, África e América Latina

que poderão candidatar-se a uma va-

ga, das 1.000 que serão abertas parao ano escolar de 61-62. A Universida-de iniciou seus cursos este ano, com

500 alunos.

Para inçcrever-se, o candidato deve

dirigir-se à sede da Universidade,Moscou, rua Kalinin, 16 ou então às

embaixadas da URSS no Uruguai e Mó-

xico.

FUTEBOL EM QUEIMADOSA Sociodade Melhoramentos de

Queimados, informa a sua diretoria emoficio que enviou a NR, organizou um

grande torneio futebolístico que teráo nome de «Torneio Roberto Silveira».

Aos vencedores da competição, da

qual participarão 16 entidades espor-tive;}, serão distribuídos troféus e me-dalhas.

DEMOCRACIAPARA 0 PCB

E LEGALIDADE

Nacionalistas derama vitória a Lott e Jango

NERY REISApós as eleições de 3 de outubro,

rv= círculos Jiinista* cio pais e ir.nsmoceltas setores nacionalistas, inosir.-i-ram-se supresos com a vitória de Lottc Jango em Sergipe.

Os dirigentes nacionais da ptimpa-nha jiiiisia esperavam uma vitória deseu candidato em Sergipe, por unia mar-ii^m de votos nunca inferior á irnii.imil, Certos órgãos da imprensa nacio-nalisla admitiam lambem essa vitóriapor uma dlíerençn que oscilava entreclaz c> vlntè mil votas.

Os nacionalistas sergipanos níio fo-mm surpreendidos pelos resultados elei-torais. As vésperas do pleito estavamconvencidos da vitória, e, mesmo osudénistas locais, encaravam com sereni-dnde uma possível vitória de Lott eJango no Estado. Os resultados confir-mnram inteiramente as previsões dossergipanos. Jânio foi derrotado; sendoque, em c'rUuU\s como Aracaju, Estância,Pro m'n, Süc» Cvifióvfto, Rlárhuelo é ou-trás com quase o dobro dos votos'

Classe operáriavotou com Lott

Se fizermos uma análise, por maissuperficial que seja, chegaremos à con-clusfio de que os trabalhadores sulra-garam a chapa Lott-Jango. A maioriados votos rle Jânio Quadros foram da-cios i>' l.i classe média, especialmente cscamponeses, Não é menos verdade queconsiderável parcelo (|o funcionáriospúblicos federais, cstacliutU e niunici-pau votaram com os ewndidíuos nacio-nalistas,

No cómpuin geral, Lott obteve-).">.2.V1 votos, Adhemar 2.931 o Jânio12.495.

Nas cidades cm que se desenvolvea Indústria, e portanto a classe opera-ria é mais numerosa, os candidatos na-cionalistas obtiveram esmagadora vitó-ria. Em Aracaju, Lott venceu comJTi.892 votos contra 8.420 de Jânio eÍH5 dados a Adhemar; em São Cristóvão,Lott recebeu 1.442 votos contra (ifi7 da-dos a Jânio e 47 a Adhemar; na E.stáii-cia, enquanto Jânio obtlnha H39 votos,Lott conseguia 1.711 e Adhemar L64|em Rlaehuelo, Lott conquistou 745 vo-tos contra 182 de Jânio e 25 de Adhe-mar.

Afirmando que não há democracia

quando, se restringe a liberdade de or-

ganização para os defensores de umacorrente de pensamento, o leitor JoséJerônimo, de Austin, E. do Rio, escre-ve-nos uma colaboração defendendo odireito que os comunistas têm de orga-nizar seu partido legalmente.

Diz o leitor: «O retorno à legalida-de do PCB é um sagrado dever do pa-triotismo. Não só porque o povo bra-sileiro necessita de sua presença livre,mas também porque a existência legaldo PCB corresponde aos preceitos daConstituição do Brasil, ferida quando,no governo do marechal Dutra, coloca-ram-no na Ilegalidade».

AJUDA A "NOVOS RUMOS"

Recebemos caria do leitor Fartai,dt Fortaleza, Ceará, comunicando quoestá organizando grupos de ajuda aNOVOS RUMOS. Agradecemos a eom-preensão o iniciativa do leitor, o eipe-ramos quo todos o* leitores talhemcolaboram nesse sentido.

FIDEL GANHOU ELEIÇÃO

Em correspondincia que nos eevioío leitor Gilberto Paulo, de São Paulo-capitai, diz que uma das principaiscausas que levaram o sr. Jânio Qua*dros a se eleger presidente da Repú«blica, foi o elogio que fiz a Fidel Cos-'tro e também as suas manifestações desolidariedade à revolução cubana.Para o leitor, enfim, Fidel ganhou aeleição para Jânio.

UNIVERSIDADE DOS POVOS

Do leitor Otwaldo Martins lavag-nani, de São João da Boa Vista, SãoPaulo, recebemos caria atenciosa so-licitando informações sobro o esmo naUniversidade da Amizade dos Povos.

Podemos informar: 1) novas matrí-cuias só serão efetuadas em 1961; 2)1os pedidos de inscrição devem ser di-rígidos diretamente à Universidade daAmizade dos Povos, rua KaHnm, 16,Moscou; 3) — ninguém no Brasil, podoaceitar inscrições ou fazer exames docandidatos, isto é de competindo ex-clusiva da direção da Universidade;4) — os documentos, juntamente como pedido de inscrição, devem ser en-dereçados a Moscou.

ZENAIDE MONTEIRO

Faleceu no dia 17 de novembro,no Rio de Janeiro, a senhora ZenaideMonteiro, velha combatente dos lutas

patrióticas e militante do movimentocomunista. Deixou viúvo o sr. José deSouza.

CUBA

Leitor Elizêu Ferreira, não estamosem condições de lhe fornecer as infor-mações que nos pede. Aconselhamos ase dirigir à Embaixada de Cuba.

"0 NATURALIZADO"

Sob os auspícios da Liga Pró-Direi-tos dos Brasileiros Naturalizados, estácirculando o primeiro número de «O Na-turalizadov, mensário que publica in-formações e estudos sobre os proble-mas do estrangeiro naturalizado bra-sileiro.

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Ca mwfflm*'--- ?%$(%'¦% H ',' Wr v *JM^fc>¦$'<&"' —' ' MLáWssiMbs1uiÉiÍtfir>MMftÍÍ»

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IííIBBÍ''' ' ¦ • llliiliiÜ & mJÚèMM^^^ ^iii^^^'

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Jovens paulistas apoiam CubaJovens trabalhadores e estudantes da Móoca, bairro da capital paulista,realizaram numerosas manifestações de apoio a Fidel Caslro e ao povocubano em sua luta pela consolidação definitiva da revolução e contra a ameaça

de agressão externa que vem sendo patrocinada pelo Departamento do Estado

norle-cimoricano. Muros e calçadas das principais ruas do bairro feram marcados

com Inícri-ces çtkiíivàs à lula do povo cubano, corno se vê na foto, (Correspon-ciência e foto de Antônio Joaquim e Miguel Alves),

NOVOS RUMOS

DiretorMário Alves

Diretor ExecutivoOrlando Bomfim Júnior

Redator ChefeFragmon Borges

SecretarioLuiz Fernando Cardoso

GerenteGuttemberg Cavalcanti

Redatores

Renato Arena. Paulo Motta Lima,Nilson Azevedo, Fausto Cupertino,

Rui Facó, Soion Pereira Neto

Redaçfto: Av. Hio Branco. 257, 17'andar. 8/1713 — Tel: 42-7844Gerência: Av. Klo Brunco, 257,

»' andar S/!H)5SUCURSAL DE S. PAULORua 15 de Novembro, 228

8,ü andar — s/827Tel: 37-52 G4

End?i'ôco telegrâflco -"NOVOS RUMOS"

¦ ASSINATURASAnual CrS 500,00Semestral " 250,00Trimestral " 130.00Aérea anual, mais ... ' 200,00Aérea semestral, mais. " 100,00Aérea trimestral, mais " 50.00Número avulso " 10.00Número atrasado .... " 16,00

Page 5: :í. TOMÜ POSSE 0 SUBORNO - marxists.org · Come denunciou o sr. Levi Neves, os votos estavam marcados pelo lider*do govimo. Era a forma de con- ... Verinrla Nunes (foto), é um

— Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 1960- NOVOS RUMOS 5 —

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DALOÍDIO JURANLMR a NR i

í; oportuno o lançamento desta 2.» edição de O Médio Sao Francls-co tx) de Wilson Lins, quando se verifica um crescente interesse pelos cs-tudos que nos revelam o Brasil. A primeira edição deste livro (1052). pas-sou mais ou menos desapercebida, confinada talvez à Bahia. Hoje, tamanho'o empenho pelos temas brasileiros, o livro está destinado a uma difusãonacional. ...

Tem qualidades que o credenciam a isto. O autor nao conhece o _aoFrancisco apenas do passagem, irt>s lá teve suas raues, entrou em Con-tacto com seus habitantes, embora homem urbano, e procura clnr-nos uraretrato da humanidade sanfranciscana. Infelizmente, está imbuído do ai-jruns proconecitos, evidentemente bebidos em Euclides da Cunha e, a estaaltura, ainda nos fala cm "experiência racial", "nobres pelo sangue", cam-ponês "sem linhagem" (pp. 15 c 16). '

O livro tem duas qualidades bem distintas: uma positiva — a nar-ração de fatos vivos, de maneira viva, sobre exemplares dos mais típicosdo coronel latifuntlista dos sertões do Nordeste, seu comportamento paracom a população que avassala através do domínio territorial; outranegativa — o escrúpulo filial de Identificar cientificamente o fenômenoexposto num dos mais recentes e mais destacados desses tipos, o coronelFranklin Lins de Albuquerque. (Conheci-o ainda nas ruas de Salvador,com a sua aparência rude de sertanejo, mas já identificado com a cidade).Forque o coronel Franklin, não obstante suas peculiaridades, foi idênticoein tudo aos coronéis latifundiários do Nordeste: q grande proprietáriorural que apoiado rio poder econômico proporcionado pela terra arregi-mehla agregados, arma cangaceiros, enfrenta adversários conyi/.inhos —na ofensiva ou na defensiva, não importa — c impõe seu domínio incon-traslável sóbre toda uma coletividade que avassala econômlsa c política-mente. ,

Assim, numa boa parte do livro Wilson Lins age com o rigor ilcumanatomista, mesmo ao narrar episódios da vida do coronel Franklin. Mas,com todos os dados em mão, recusa-se à conclusão lógica e a que nao sepode fugir: o coronel Franklin idenlifica-se oom todos os coronéis desteimenso interior do Brasil, cm todos os seus atos, na época em que viveu,e na sua própria evolução depois da revolução de 30, quando o coronelismosofreu um estrondoso baque, embora sem perder toda a sua potenc a. Erao latifundiário somifeudal que se entrelaçou à hurguesia oomcrcial c daindústria extrativa. Numa sociedade como a nossa das primeiras Ires de-cadas deste século, quando a burguesia urbana ainda'vacilava cm disputarabertamente uma maior parcela no Poder do Estado, o coronel Franklin. como que uma sintese da harmonização de interesses dos latifundiáriosu da burguesia. E então vemos na capital de um Estado dos mais impor-tantes um antigo chefe inconteste de cangaceiros fundar um jornal epassar a influir na "formação" da opinião pública! Sinal evidente de queera um homem inteligente e de vistas largas, que nao se deixara embvu-tecer pela estreileza do meio rural. Uma vida realmente Interessantíssimae. que, como sugere Jorge Amado no prefacio, está a merecer toda umabiografia, mais do que os capítulos de O Médio Sao Francisco, embora estessejam excelentes, sob muitos aspectos.

Os nossos votos são que Wilson Lins o faca, pois se reconhece que,"cm plena caatinga colonial dcscnrolava-se, tremenda, a luta de classes(p.45), nada impede que chegue a esta mesma conclusão quanto a epocasubsequente. Afirma que os mais ricos procuravam "defender suas pro-priedades das investidas dos mais pobres" (p. 44). Sc isto ocorria em etapaanterior, por que não se repetiria, cm escala mais larga e com carátermais agudo, ao tempo do coronel Franklin? Nada contribuiu para amai-nar esta luta e, ao contrario, tudo vinha torná-la cada vez mais renhida.Há fatores que a arrefecem temporariamente, mas não a éxtinguem.

Ai está uma das qualidades positivas do livro de Wilson Lins: des-perta idéias e debates. Não é livro que recebamos com indiferença. Boacoisa foi reeditá-lo, como reedição está a merecer Ribeira do Sao Fva.n-cisco, de M. Cavalcanti Prpença, outro bom volume da ja rica ninliograuasobre a região sanfranciscana.

Rui Faço(x) O Médio São Francisco — Uma so-ciedade de pastores c guerreiros, 2.aed. revista c aumentada, Livraria Pro-gresso Editora, Salvador, Bahia, 1960.

Odio de Corpo InteiroComo tudo anda odiento nesta cidade se bem que de muita coisa

possamos rir. Por exemplo: as viagens. Tudo que íol governador, do pre-sidente eleito aos menores, todos resolveram sair do Brasil, descansar noestrangeiro, darem volünhas. Espanta-nos, por exemplo, saber que paratratar da saúde, ou melhor, de um olho, o sr. Jânio Quadros tivesse ne-cessidade de ir a Inglaterra. No entanto, sabemos nós e sabem todos quea medicina no Brar.il de hoje saiu já do terreno do milagre do divinoe caminha firme e segura pelo da ciência. Temos grandes, enormes médicospara todos.os males, por que então foi o presidente eleito buscar cura na

O dólar daguele jeito, nosso cruzeiro não valendo nada e os moçospasseando pela Europa. Não é engraçado, se bem que triste? Mas ornaistriste ainda é que antes do ser eleito, Jânio Quadros esteve na China,visitou a URSS, voltando fez elogios; o sr. Carlos Lacerda, nao se sabe (oubem que se sabe) por que foi a Formosa, conversar com Ohian-kai-cheko famigerado chinês qun hole governa uma ilha intitulando-sc "China

nacionalista" quando de nacionalista èle pessoalmente e a ilha tambémnada têm. Subvencionados, alimentados, escravizados pelos americanos,Isio é o que eles são. Pois bem; cada qual foi onde quis, mas quandochegou a vez de .Tango Goulart, Carlos Lacerda protestou: então o sr. Jangoíol à China, a verdadeira; a única? E veio ameaçador, com chuvas e tro-voadas Deu entrevistas em Lisboa (naturalmente) ameaçando Jango, es-tranhando "profundamente", sentindo-se "inquieto" a respeito da viagemcie Jango. "Espero que o vice-presidente não traga para fora do Brasil,divergências internas", disse Lacerda. Então èle pode ir a Formosa, redutode reacionários para não dizer outros nomes, e Jango Goulart nao podeir à URSS, à China? .- ,

Agora leio o discurso de Lacerda tomando posse do cargo cie go-vernador desta desgraçada porém mui bela cidade; extravazou seu odioe declarou que não tolerará na Guanabara o comunismo "nem sob aforma aberta e franca de outrora. que chega ao assassinato e ao terror(tísaa, não!) nem sob a forma atual que se disfarça de nacionalista epopulista como cie anticolónialista e pacifista". O resto que ele disse, nemvale a pena repetir. Trocando cm miúdos, primeiro o governador atualda Guanabara pensa que êle vai governar não um Estado membro de umaUnião, mas um pais (será que pensa que isto c ilha e se chama Formosa.'»oncie existe uma Constituição, onde há leis que asseguram a livre opinião.Ainda trocando em miúdos, o que o governador Carlos Lacerda_ deciarouem seu discurso foi o seguinte: quem não estiver comigo, quem nao pensa;'pela minha cabeça, quem não me obedecer, è comunista, nacionalista, po-Sulista anticolónialista e pacifista. Pois nâo é que disse uma verdade.Comunistas, nacionalistas, populistas, anticolonialistas e pacifistas nnovotaram nele e estão já ameaçados, poiso que mais ama esse homem é ameaçar,e insultar, odiar.

Agora o odio vai Imperar, O cliscur-so de posse é apenas um mundo de amea-,ças, O homem é ódio de co.<3.o inteiro.

."\, 'Eneida.

tÊÊSm%w9MReuniram-se n<> antigo Ministério da Educação, por ocasião da ultima

terça-feira, )!!> de novembro, os jovens artistas neocono.-tnsi para debatersuas idéias. Ao debate compareceram Ly.ia Clark, Ferreira (.ullar, Kei-iiuldo Jardim, José Guilherme Merqulòr, Roberto Pontual, Rangel Ban-Unira e outros. . -

Inicialmente o "papa" do neoconcretis.no, Gullar, fez uma exposiçãosóbre o movimento, suas, origens históricas e seus precursures. (Foramapontados como preoursor-cs do neoconoretlsmo, entre muitos, os poetasCarlos Drumond de Andrade e João Cabral de Melo Nclo, que, nao estandopresentes, não puderam defender-sel.

mm*

\ exoosicão de Gullar foi feita em linguagem elevada, esotérica,utilizando uma terminologia pouco accessivel ao grande publico. Falou.

_|n conceituai na presr-iUaçãn de um nan-nb.ietopor exemplo, nu '.'auser..,,. r- „„,,>.e na "rpoimc.ftoão da bldimensicmalidadq do espaço tridimensional .

Gullar é um sujeito moro. estudioso c sincaramente convencido doque dia, mas encontra certa dificuldade em expor com clareza o seu pen-sameritò Dai, denois dele' discorrer durante meia hora sobre o tema, tersido necessário Bandeira anarteá-lo e, no aparte, oxoltcar para os eu-constante0, em termos menos misteriosos, o que o conferencista tinha es-lado querendo dizer.

Durante traiu o debate, mio sr ouviu a voz de Reináldo Jardim, oidcalizador do "tedtro integral", que permaneceu sentado numa das ca-deiras ria fronte, com uma das pomas por cima do braço ria cadeira,exnressao moditabuntl.; e olhar perdido no vago-transcendental.*

Ao anarte rir EarxJeirá, seguiu-se um auarte do afrjitltoto Flávio Ma-rinho Rego, eme estabeleceu um paralelo etri.ro os não-Ob.etos ç os toeo-o-ramas orientais. Ferreira Gullar de3concertou-se um pouco, pois o para-feio vinha a prejudicar o movimento neoooncreto em sua origlnaudacifi,mas fni logo socorrido por Merquior, que procurou conciliar o ponto cievista cie flávio com os princípios teóricos do movimento, salvaguardandoa originalidade deste, ao afirmar que os ideogramas nao chegam a cons-

- I.ituir tuna linguagem poética em-si, como os não-objetos,*

Uina senhora, então, levantou-se e pediu ao Gullar que lhe cxnli-casse determinado não-objeto que cia não tinha chegado a compreender.Gullar não teve tempo de responder: célere, impaciente, nervoso, o jovemRoberto Pontual (que gosta.de citar Heidegger em alemão, e eventualmenteWladimtr Weidle) èxprobou-lhé a falta de sensibilidade:

— Minha senhora, um não-objetonâo se entende: sente-se.

K repeliu, colérico:Scnlc-sc.

\ .senhora — que jeito? — sen-tou-se,

IIII lll d il I» u o é só Históri— Urria obra de fantasia —

sublinha DalciÜiò Jurandir, referiu-do-sc à sua própria obra, já volu-mosa e que nos últimos anos seacrescenta em ritmo intenso. —• Épreciso insistir nesta palavra —fantasia —¦ que andou muito desa-ei editada e é básica para se teruma noção da literatura.

Dalcídio Jurandir veio do extre-mo norte, cia Ilha de Marajó, gomum romance de vaior Chove noscampas de Cachoeira, premiadonum concurso literário, Era umromance de jovem ainda inêxperi-ente, com muitas debilidades natu-rais dos principiantes e que êle hojediz ter escrito «com uma espécie dec e g u e i r a lírica, superestimandomeus dons e' meu domínio sóbre osproblemas e dificuldades da ficção».

Mas foi esse romance, de nota-vel êxito na época, que deu inicioà série de volumes que se sucede-iam: Marajó, Três casas e um rio,Belém do Grão Pará e, entre estesembora à margem deles, Linha doParque.

Dalcidio Jurandir acrescenta:—- Nasceu assim a ambição de

outros, livros que viessem narrando,em termos de ficção, o que senti,vivi, escutei, amei, odiei, sofri naAmazônia, sem caráter autobiográ-fico, sem critérios pretensamentesociológicos é com o acréscimo ca-pitai de minha imaginação e da me-mória — que, quando não suprime, 'acrescenta.

Romance socialEm nossa conversa com Dalci-

dio Jurandir, refetimo-nos ao cará-ter particular de Linha do Parque,elaborado à base de uma e,xperiên-cia de luta operária no Rio Grandedo Sul. Seria o que comumente sechama «romance social», DalcidioJurandir exlerna a sua própria com-preonsão da denominação e do ro-mance;

— A respeito de romance so-ciai, acho que o rótulo vale maiscomo uma classificação didática,Todo romance é social. Linha doParque (ed. Vitória, 1958) fazparte do que se chama comunenteromance social. Mas penso que fizlambem uma crônica de costumes,uma análise de caracteres e situa-ções morais. A certo número de.leitores, Linha do Parque desapon-tou porque dele retirei todo e qual-quer melodrama • para efeito ime-diato, todo e qualquer recurso quetlyesse o fim Instantâneo de agra-dar, ou adular, ou embelezar, oucamuflar, etc. Romance que não ópanfleto nem alto-falante de comi-cio, nem sucedâneo envernizado ouliquidificado, seja para simples pas-sátempo, seja para contentar nossosurgentes desejos de transformar omundo e a viria conforme nossavontade, à nossa imagem e seme-lhança.

Volta ao extremo norte• Para o prosseguimento de seus

romances, num ritmo novo, como jáacentuamos, Dalcidio Jurandir sen-titl a necessidade de rever lugaresantigos, da infância, da adoloscên-

cia, da mocidade inicial. Tem idorepetidas vezes ao Pará, a Marajó,para melhor apreender a alma dopovo, chegando mesmo à minúciano estudo da sua linguagem local,de expressões já esquecidas masque facilmente se reavivaram e pas-saram a completar o quadro esbo-gado antes.

A uma pergunta nossa, èle res-ponde: Três casas e uni rio é umdesenvolvimento dos temas de Cho-ve nos campos de Cachoeira, comuma importância no detalhe, noqual terno captar uma pequena ver-dade cotidiana, uma significaçãopoética e nunca um puro efello des-crilivo. Em Belém do Grão Pará acomposição me parece mais limpa,coloquial, mais perto da linguagem,da conversação e do que sentem osmeus personagens. IJsel menos *onisciência do narrador. Acaivtueio ponto-de-vista do menino, tenteidar maior relevo à percepção nelecio encontro e descobrimento da cl»dade, das duas famiüas, a noção e oestudo dos conflitos. Pretendi fazero romance mais de dentro dos meuspersonagens, como se ôles e o nar-rador nunca estivessem separados.

Um conceito de romanceConversamos a seguir sóbre o«

diferentes conceitos do romance, nopassado o hoje, sobro as mudançasverificadas neste gênero literárioatravés dos tempos. Dalcidio Juramdir tom uma opinião amadurecida'a este respeito:

Creio que os meus romancesdiz èle — são um feixe de temase variações em torno destes —

mais do que enredos ou simplesmen-te histórias. Gênero literário quedata apenas de ontem, é fruto deuma evolução em que se fundem olírico, o dramático, o épico. O ro-mance não sairia do nivol das nar-rações folclóricas, das gestas, doscontos de cavalaria, folhetins e no-velas radiofônicas, se tivosse ap3iiasuma história a contar. Tem umacomplexidade, e esta nasceu comDom Quixole, que configurou o gê.nero, e vem até Ulisses de Joyce,no fim do romance especificamenteda época burguesa, caminhandoagora cm busca de soluções novaspara novos problemas o novas com-plexidades.

— Que novos problemas? inda-gamos.

.— No meu romance, por exem-pio, seria talvez a luta do meninoe do jovem pelo domínio cie sua na-tureza mesma, do tempo, da ação,do mundo, da morte, da saudade,da desesperança, da solidão o deferir aspectos da condição humanae social da Amazônia. Estas que..-toes têm maior vez em romancespróximos — Passagem dos Inoo.cn-centos e O Ginasiano, que conside-ro os melhores em minha obra.

Novos problemasPedlmos-lhe para falar destes

dois romances em fase de elabora-ção, Diz-nos Dalcidio Jurandir:

— O menino, que se acaba cmPassagem dos Inocentas, dá lugarao adolescente de O Ginasiano, Seuolhar descobre outra cidade, e aaòVtjfifônoia nóle é como um raio,d. Ifto súbita, e Isso eria uma «cri-se*, uma «situação».

Nesse sexto volume — acresceu-Ia DJ — estou diante do mais difi-cií, que exige a escolha o tantospontos de partida: ter de britar osmateriais acumulados, concebidos,vividos e já inventados dos quatrovolumes restantes com que preton-do fechar a série, Será a prova má-xirna, o meu pobre desafio à dura,inacessível arle do romance. Entre

História do

movimento

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«a ppusa e as uvas» na china

os 4 volumes, um se destaca r*!0tamanho o por ter de y.c\' naii.üosimultaneamente em duas épocas:Os profetas do barranco, romanceque se passa no Baixo Amazonas.Espero ler saúde e um pouco deengenho para concluir a obra e ala-car em seguida o livro que meacompanha há uns 13 anos: hisló-ria, sofrimentos e aventuras de umpagé sacaca, mergulhador encanta-do dos meus rios e várseas da Ama-zóriia.

Uma coleçãoPergunta final:

Uma vez que os seus roman-oes tiveram diferentes editoras edois pelo menos estão esgotados,não seria do interesse do públicolançá-lo de m.fteira mais uniforme?Sobretudo com apresentações boni-tas como Belém do Gr&o Pará (be-lissima capa de Percy Deancl?

Sim, responde o romancista.O meu prezado editor Martins, como estímulo de Jorgo Amado, pernaem fazer uma coleção dos meus ro-mances. Chove nos campo* de Ca-ohc.ira sairá como primeiro voiu-me íovi.ilo. Depois Marajó, livromulto da mocidade, desigual, comum lugar autônomo no quadro dosromances da série1.

M1RIE MflJEROV :II PEQUENO R.BINSON

operárioA partir do próximo ntjm.ro, volto-

rá a ocupar o rodapé desta quinta pá-gina a s.çào de nosso colai..rador IvanRamos Ribeiro, História do Movlm»nt.Operário, que, por motivo de forçamaior, esteve durante algum tempo sus-pensa. Assim, a partir do número 94 deNOVOS RUMOS, o leitor poderá reto-mar a leitura dos principais oçonteci-mantos da luta da classe operária nomundo inteiro.

&ãmãÈÊm$

A peca de Guilherme Figueiredosóbre a fábula de Esopo, além tiogrande êxito alcançado nos palcosbrási-ciros, foi vista c aplaudida emvárias capitais européias, entre elasMoscou, Praga, Buçárest.

Também os chinr-sos pneonarainsua versão da peça, exibida em no-vembro no Teatro Capital, em P«-quim, A foto apresenta a capa doprograma, vendo-se a modiffcaç&oio título para «Esopo».

Não nó às jovens, a quem estát\sj-,'cialni.nie dedicado, mas Um-l),Mn aos adultos, reeoinemlainos alailura de um novo volume da in-leressante, coleção que está publi-cando a Editora Hrasilieuw, de SãoPaulo, sob o título: «Jovens domundo todo». Esse volume está re-presentatlo por um delicioso livroda grande escritora khècoslovacaMarie Majsrová, A pequena Robin-son. (Editora Brasiliensc. São Paulo,1!)()(», 101) páginas).

Fora uma puquonina anotaçãoque vai escapar à maioria do» lei-.ores, não se di/., nas 160 páginasda edição do livro (livro, aliás bemapre.'..alado gràlicamente e oomuma; atrativa capa de Odiléia Helo-na Sefti Toscano) o.ue sa trata deum livro lcheco. Lamentamos estaomissão porque, sendo assim, osleitores nao saberão que acabaramde ler um livro da rica literaturatcheca e mie. é conhecida lão poucono Brasil. Enquanto que os .checoschegaram a conhecer, nos últimosoito ou no\e anos, através de tra-duc.es, várias obras de Jorge Ama-do, romances de Manuel Antôniode Almeida, Machado de Assis,Aluleio Azevedo, Graciliano Kamos!• poemas de Cáslro Alves e outrospoetas, peças de Guilherme Figuei-íedo, etc, o leitor brasileiro nãotem essa mesma oportunidade quan-(o ao conhecimento da literatura(checa. Assim, as literaturas dosdois povos, o Icheco e o eslovaco,que formam um dos países maisdesenvolvidos, econômica e cultu-nlmentc, da Europa, a Tchecoslo-váquia, continiiRm desconhecidasdo brasileiro. Na França e emalguns outros países europeus foidefinitivamente liquidada a má sor-te deste país pequeno, que fala umalintiia difícil e pouco conhecida nomundo — a má sorle, de não pene-trarem os seus tesouros .artísticos— a não ser a música — para oestrangeiro — mns o Brasil per-tence ainda aos países que não clie-garam a tal ponto, O grande livrodo jornalista e escritor (checo JtillusFuchik, publicado numa modestacdiçào no Rio, no ano de liMl), Tes-lamento sob a forca, passou quasedos&peroehido — axcepto as luciiias(semnra lão lúcidas!) observa_o>.sque a seu respeito publicou Astro-jildo Pereira na Classe Operária.nq dia 19 de Março de 101» — ecftiu injustamente no esquecimento,apesar de êle desfrular da admi-ração de, pelo menos, cinqüentapovos do mundo inteiro o.ue es|j-mam essa obra do herói da luta(checa contra o na.lsmo, obra que• uma «tragédia de um homem imface da niorl-e inelulável, com a «ti-lerença que o homem aqui nãoacredita no «desliuo», nem se deixadominar pela fatalidade, mas, pelocoiilrário, am-fuça a niprjc mm umsentimento heróico que só a con-fiança, a fó r o ot.mismo podeminspirar» (Astrojildo 1'ereira).

He não foi salientado devida-meiile qi:t* se tratava de um livroda literatura lão pouco conhecidano Brasil, como é a (checa, nada,nem uma palavra, foi dito a respei-Io da autora da obra que estamoscomentando. A escritora, .MarieMajerová, mereceria, jhjIo menos,um denso prefácio, para mie possaser avaliado o valor da sua enormebagagem literária e da considerávelcontribuição que trouxe à sua lite>ratura nacional. Seria necessárioescrever todo um ensaio, para en-

ZDENEK HAMPEJSquadrar bem essa primorosa escri-tora na literatura tchecoslovtca d*hoje. A sua atividade literária éinseparávelmente unida aos acon-(ccimentos históricos que se deramno pais durante as últimas quatroou cinco décadas. Ela, como multo*outros escritores (checos da atuali-dade — mas, ela, com uma f*'_*inigualável e um pioneirismo que »torna precursora e, também, umadas realizadoras das Idéias do wa-Usino socialista — acompanhou ¦»sua longa vida (nasceu em 188?) aluta da classe operária, especial-mente dos mineiros, cujos proble-mas apresentou, através dê uma,vigorosa crônica, numa obra, qu»já se tornou clássica na literaturaichoça, A Sirena. Essa obra re!M«os combates de quatro gerações d*mineiros e metalúrgicos num» dasregiões do pais mais importante»economicamente, Kladno, contra *exploração do trabalho operário 4aparto dos antigos donos dai mtaa*.A história dos problemas dos «fa-rários das minas é continuada nalivro O Canto do Mineiro; enquaa-to que A Sirena descreve a históriada cidade mineira de Kladno entraos anos de 1860 e. 1914, O Cantonos leva já à grande crise capita-lista que precedeu Munique e a Se-gunda Guerra Mundial. Além des-sus obras que a tomaram famosa •que, em grande parte, refletem Mimpressões que a escritora recebeudurante os muitos anos vividos emKladno, escreveu ela muitos outroslivros. Fora as suas recentes repor,-lagens da viagem à China e UniãoSoviética («Dez mil quilômetro*sobre a união Soviética», «A mar-cha vitoriosa», «A China que caa-ta»), publicou numerosas obras quesão destinadas à ou que descrevema vida das mulheres e da juventu-de. Por exemplo, .seu livro As mar-tires reflete a vida infelis das mu-lhe res, atingidas pela influência de-sastrosa e tatal da guerra. Váriossão os livros infantis desta grandee humana escritora, cujos méritosforam devidamente apreciados p*ioEstado tchecoslovaco, que a distin-gullli pouco depois da libertação d»pais, em l!)4õ, com o maior tituloque um escritor num país demoerá-lieo-popular pode conseguir — Ar-tista Nacional, ç mais tarde, comvários prêmios, entro os (piais sedestaca outra grando honra que oGoverno presta aos notáveis repre-senlaiiles das loiras nacionais; oPrêmio do Estado.

Impossível seria, nesta pequenauola, nar a conhecer devidamente aVasta e imiioriantísüima obra deuma das tivs mais prestigiosas es-(T.toras tchoçns da nossa época(iMajerová, PujlHftilOYlV — esla jámona — o Gla/.arová). Kmi nãopode min quer ser olijfllivp. destasobservações cuja única finalidade •niinplclur a licia edição lirasüea»ila A peq.iona Robipson, pelo me-nos, por umas vagas anotações qu«ampliem a» iiiiuressões do leitor dolivro, Sc, há a.igWHS anos, Kulh Sa-les traduziu, Antônio Houaiss prerfaciou e Ilprberfo Saias, na Editorra Cru/.;, o, publicou o romanceclássico tcheco A avó, da escritorado século passado l.n/.eua Nemco-\á. hoje temos o pra/i r de chamara atenção do público l.edór no Brasilpara um livro de uma outra escri-Inra tohe-oa, escritora aluai e q"*1-lão bem representa a florescenteliteratura da Tchecoslováquia d«hoje.

Page 6: :í. TOMÜ POSSE 0 SUBORNO - marxists.org · Come denunciou o sr. Levi Neves, os votos estavam marcados pelo lider*do govimo. Era a forma de con- ... Verinrla Nunes (foto), é um

— 6

Ilegal e Reacionáriooito Institucional

O mais urgente e importante problema com que se defronta a As-

.embleia Constituinte da Ç^X,*? a ^do5 qual a bancada «de-discussão do chamado Ato Institucional. » « fl0 *» temle atrihuir„iRi.a, çom o apoio de "P'««n^ ÍX íeg sKvo do Estado,a Constituinte ao mesmo tempo a funções "e ' ™,eores8tBTKnüo ao fechamento a atar.[tamara «J«^fl"eexlstênc|a ria Câmara

A aprovação do Ato Institucional, »n»,a"Jr° saJt5S^ constituirão do

carioca, seria «m típico golpe de força um J^rX estrutura an Estado

País c uma violação aberta J» ^'^«1» ODN é insustentável, tanto

da Guanabara. A manobra preparada pe.T.do ponto de vista jurídico como PO»«co. F.iartos foi estabelecido com

O processo de 9^SS^^^^Í^-'èm7Í^ Transito-rigorosa clareza pela Constituição ^^^SJàgS para promulgarrk Não se dá ai às Assembléias Constituintes

porteres P £ , A(1S

Cotr-ituicões ^visórlas, cqmojeti» «»? *°^p t0(los os dpmais

m^íÜS. ^^"uiC^^^Peténcia para votar a Cons-ÍM':%m

disso, a aprovação do^^^^^^ãX^ria Câmara de Vereadores. »• «"*«

(7"St« cômodos atuais vereadores.zps 'cios mandatos - tw^ft^mMaítM^vê para os deputados-Asfc-jtí e qüe, enquanto a Lei San Tiago

J™"^^, pretende esten--constituintes um mandato de 2 anos, o Ato insi vereadores,dor esse mandato por, 5 anos. Por

^«S*, como se vê, dequ- é l anos ficaria reduzido a

m\an«s ?penas. la_

um p-.riodo determinado. institucional representa uma ma-Do ponto de vista político, o AtoJmPPJ^; Explorando

nobra de sentido ^ndmçn^reaotouifjo e

gupopu £ad(,erafólçamento o descredto «» <«* c»,u a

Sexistas pretendem,pelos numerosos desmandos a P™'" ¦*•(¦ do

novona verdade, é restringir a «f«landa P»P«,ar Ç™ represelltant*s (osGortrno, Ê claro que uma Câmara compôs a de »u rep |bHldadcs

SO vereadores atuais mais os 30 c »™ m£ administração

de defender os interesses dat populaça ^ 9J d\m,r*p«sentantes teriado sr.,Lacerda. Ao contra Io uma

^emblda jr^u p

conUiç es- muitt, mal«J™*»,^ dsX?SS considerando-se a composiçãorss^s^s&«,bancada, «ssformada

aou«Sara i qual foram eleitos - leve esses representantes inclusive«i rompei compromissos formalmente contraídos por seus partidos.

O ilegal e reacionário Ato Institucional merece o repudio dos verda-deiros democratas cariocas.

NOVOS RUMOS Rh de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 196(5 —

Subornoad 3 Elegeu

Mesa da ConstituinteAo contrário da pompa de que se

revestiu a posse do sr. Carlos Lacerda,foi modesta o solenidade de instalaçãoda Assembléia Constituinte da Gúana-bara. Presidido pelo DessmbargadorHomero Pinho, presidente do TribunalRegional Eleitoral, o ato teve lugar naúltima terça-feira, no Palácio Tiradentes,ontiga Câmara dos Deputados.

A instalação da Constituinte re-

presenta um acontecimento político damaior importância para a Guanabara.Depois de uma lula de muitos anos, o

povo carioca entra aíinal no caminhode sua autonomia poü.ica e administra-tiva. Eleita e empossada a Constituinte,dentro de quatro meses os cariocas te-rão sua primeira Constituição,

Governo e subornoE' extremamente reduzida a mar-

gem de maioria do. Governo na Assem-bléia Constituinte. Tendo eleito apenas9 deputados, numa Câmara de 30 repre-

'sentantes, a UDN encontrou enormes di-

ficuldades, para assegurar o seu predo-minio, desde às primeiras gestões paraa composição da Mesa. Apelaram então,o sr. Carlos Lacerda e seus liderados,

para os mesmos processos que tonto con*denam quando se referem à atual Câ-mara de Vereadores: os compromi::osescusos e a corrupção aberta. Desse mo-do é que a UDN cindiu a bancada pes-sedista e, segundo se sabe, ofereceu aalguns constituintes de outras bancadasvantagens de caráter pessoal profundo.-mente prejudiciais aos interesses do Es-

Constituição Deve SerElaborada em 120 Dias

A Assembléia Constituinte, instala-

da no dia 6, tem um prazo de 120 dias,

segundo a lei que a criou, para ela-

borar a Constituição do Estado da

Guanabara. Nos termos da Lei San

Tiago Dantas, no caso de ser esgota-

do esse prazo sem ter sido elaborada

a Constituição, o Estado da Guanaba-

ra adotará, temporariamente, a Cons-

tituição em vigor no Estado do Rio.

A Assembléia Constituinte da Gua-

nabara compõe-se de 30 representan-

t«s: >9 da UDN — Amaral Neto, Alio-

mar Baleeiro, Temislocles Cavalcanti,

Afonso Arinos Filho, Jorge Valadão,

TeatroBeatriz

BANDEIRA

ires peçasde lonesco

O Teatro Jovem estreou, finalmen-te, no pequeno teatro das Operárias deJesus. Apresentou três peças em umato, cada uma delas orientada por umdiretor diferente. A primeira, "UmaFilha por Casar", Joi dirigida por Os-valdo Waddington até o principio denovembro, ficando depois sob respnn-sabilidade de Kleber Santos, diretorartístico da nova companhia. Tema: a(senhora e um velho conversam em umbanco de nraca. naquele estilo de lo-nesen. de .iôgo de disnarates. Isa Mota,a véllta senhora, foi também a tra-dutoH das três peças. Ótima tradu-ç?o. 'nternretacão idem. Tão natural,tõo à 'ontade que se custa a crer se-jn '"«ràndò nns consta, uma estreante,no nalcbi Artur Maia Filho, no velhoee>v">r, nada lhe fica a dever. Está na-tv >: 7Ímo, dizendo muito bem, comji-ii.õsões corretas. A conversa entre nstio'- jira em torno do saudosismo pró-prin de pessoas idosas, comparandoa Inveritude de hoje, com a rnocidadede seu temnn. O velho fala muito. Asenhora não tem vc7, ancna« de quan-(Io em quando consegue pronunciarfluas ou três frases concordando, porme-» simpatia, com o velhote. Emdado moment". conseeue falar maistim pouco e ronla de seus cuidadoscom a educação de uma filha a quemproporcionou "ótimos estudos" tor-np.ndo-à apta a uma grande carreira,Revelação: diplomou-a em datilnera-fia. Agora sua única preocupação éBn-nntar-lhe um bom casamento. Masf'r nnp a filha se aproxima e ela ar'-"-ia nara apresentá-la ao velhote.T• -<n-<?p de um sadio e robusto ra-r--' Sutilezas de Innescn, pois não?A "-ronda peca. "O Novo Tnauiüno",fv o "lirprpo do poeta e critico de Tea-tri>, n t. Van .fafa. Na saída ouvimo-lofl.hsr ,i aleuém nue se dirigia a êlétr--T>n que vindo cumprimenta-Io: nãofli?;i nada; está uma drnea! Fazemosno«s?s as sua* palavras. Cm grupi-nho de ranazelhos cheios de pntusias-mo. entretanto, estão em dess.rórdnrntTi ête f conosco. Ao fim do segundoa1'» ,Tç'aroaram delirantemente o di-rr.t.nr. R, por certo, ignorando de quems* 'ratava ç de sua reconhecida mo-flógtia ch^maram-no com Insistênciaa* ealco. O poeta não os atpndeu. Atprrplra peça, a mais interessante ervaU bem feita, "O Presidente", foi di-rr^a por Kleber Santos. Trata-se depr"i sátira. O "puxa-saco", muito bemi>-*«Tnretado por Jnel Ghivelder, doat<o dp um banco, olhando sobre ummuro. vai pondo os fãs a par dos me-nnres gpsfos do presidente. Há de veze"i nua «'In um corrp-cnrre à esnerafio nrpsirfnntp p os fãs se arruam diri-g;-'"-i tirto "nn-va-saco". Finalmentef-i o presidente: um homem sem ca-\—"i\. npcnncnn dns fãs. Evnlicacão do

-ri": presidente não precisa de ca-r—--, o ato tprinina com os persona-(,-¦ ¦ .-- intpri-n-inrlo uns aos outros:r- , a ..¦...( po-"p, romn ó s"ii nome?

0v.. ., , «•>•¦•-¦•"•o " dr-jj,,.,,.....--., ,,.. ., ,¦.<•-.-, r...-. n1uitOseguros e de muito bom nível.

Sandra Cavalcanti, Raul Brunini, LígiaLessa Bastos e Frota Aguiar;

6 do PTB — Lutero Vargas, Aman-do Fonseca, José Saldanha Gama,Hércules Corrêa, Roland Corbisier' eJosé Souza Marques;

4 do PSD — Luís Gonzaga daGama, Lopo Coelho, Hugo Ramos Filhoe Sami Jorge;

2 do PR — Naldlr Laranjeira e Sll-bert Sobrinho;

2 do PRT — Miécimo da Silva •Waldemar Viana;

2 do PSP — Atila Nunes e LtviNeves;

2 do PSB — Adalgisa Nery e Ger-son Bergher;

2 do PTN — Paulo Alberto e Da-nilo Nunes

1 do PDC — Gladstone Chaves deMelo. • •

De acordo com a lei San TiagoDantas, que deu estrutura jurídica ao'stado da Guanabara, os constituintesforam eleitos por dois anos. Após o

prazo dt quatro meses, previstos paraa elaboração da Constituição estadual,devem eles incorporar-se à atual Câ-

mara de Vereadores que, composto as-

sim por 80 representantes, tem os pie-nas funções de Poder Legislativo do

Estado.• •

quais vários foram candidatos a Cons-tituinte, elegeram-se os srs. Amandofonseca, Francisco Sübert Sobrinho,Sami Jorge, Levl Neves, WaldemarViana, Miécimo da Silva, Raul Bruninie Lígia Lesta Bastos. As vagae por Me*deixadas pa Câmara de Vereadores,serão ocupadas, respectivamente, pelasirs. Guilherme Maloqwias, OrlandoPacheco, Mário Pkagrbe, Manuel Woe-

quez, Dionisio Alves Vieira, Incho daBrasil, .Wilson Leite Passos e Aníbal

tado. Isso é que explicaria a vitória,embora por reduzida margem, da cha-

pa governista, encabeçada pelo sr. Lo-

po Coelho. Nos corredores do PalácioTiradentes, entre os grupos de políticoscariocas que, na tarde d* terça-feira, •

" comentavam as demarches para a elei-ção da Mesa, era comum ouvir-se o co-mentário:

— O Amaral Neto deixou muito

para trás o Celso Lisboa.. .

Ato institucionalOs constituintes governistai insistem

em levar a Assembléia recém-instaladaa iniciar os seus trabalhos violando fron-talmente a Constituição federei, atro- .\és da promulgação de um Ato Insti*tjcional, por meio do qual seria arbi-tràriamtnte ampliado o mandato dos

constituintes e caesados as mandatosdos atuais vereadores. Um do» redato-res do Ato Institucional é o sr. Temis-todes Cavalcanti — o mesmo «jurista»

que, em junho de 1959, em troca de

honorários de 350 mil cruieko», ven-

deu à Câmara de Vereadores um po-reoer «m que ditia, textualmente:. «Não

parece de boa pratica democrática o

cancelamento de mandatos legislativos,meimo através de emenda censtitucio-nal, mormente quando se invoca um

princípio democrático, como seja a ne«

ceisidade de umo Assembléia Constitu*inte para a eleição de uma nova Cons-tituição. O mandato da Assembléia de

Distrito Federal não se esgota outomà-

ticamente com a Criação da novo Eeto-

do, porque foi eleita por proio deter-

minado, com dio certo para toa termi-

nação».Embora tenha um período apenas

é. 4 meses para elaborar a Constitui-

çfto da Guonobara, a Assembléia Cons*itituinte deveré dedicar um longo tempo

è dts«JUM6o*do projeto do- Ato Insfrtu-

cioeet, uma vee que existe em várias

baneadas forte oposição a »ne proje-to. A ste. Ade+r»a Nery |PH) *», em

oerto époea, ebegee é apaW • Ato

Institucional, acabo de »e de** mie»-

romente eantráõa * coieaçée ém me*-

«Mat ém vereadores, dawuneiando <pa

p#r trát de^ manobre m*o m mte-

r«Me« de Light, ineite 'móis noervo oo

peve cor»o«i do *m e Cèmwa de Vt-

reedoret.

Dos atonis vereadores, entre os

Esporte ClubeAvenida:nova diretoria

Em pleito realizado na tarde do dia3. os associados do Esporte Clube Ave-niria elegeram a nova diretoria da en-t idade, que ficou assim constituída!,presidente: Ely Abreu; vicc-prrsiden-te: Antônio Vergilio; 1." secretário:Flávio Crisplm Aranha; 2." secretário:José Nogueira; 1.° tesoureiro: MoisésSottp: 2.° tesoureiro: Sebastião Gnn-calves; diretor social: Demerval Pe-çanha e diretor de publicidade: Etel-vlno Pinto.

Após serem conhecidos os resulta-dos da eleição, foi daria pns.se soleneaos novos diretores, seguida de um ani-mado baile.

Campanha popularcontra a atual lei ;

y- '. ' . { ído imposto de rendai

- UM

Refletindo a revolta generalizadaentre a imensa massa de trabaihadoreeem todo o país, cujos salários vem sen-do atingidos pela taxação compulsóriado imposto de rende, o deputado Fio-riscênio Paixão, do PTB do Rie Grandedo Sul, apresentou um projeto na Cá-mara Federal, isentando da referida ta-xação todos os salários inferiores a cin-co vezes o maior salário mínimo vigenteno país. De acordo com o projeto do

pariamentor gaúcho, só os trabalhado-res que recebem, atualmente saláriosmensais superiores a 48 mil cruzeiros, es-tarão sujeitas àquele imposto.

CAMPANHA

O projeto foi apresentado após en-tendimentos que se realizaram entre um

grupo de parlamentares nacionalistas evários líderes sindicais, entre eles odeputado e líder têxtil Hércules Corrêados Reis. isses líderes, tendo em vistaa necessidade da aprovação imediatado referido projeto, uma vez que os pró-prios operários que vivem do salário mi-nimo no Estado da Guanabara estão

pagando imposto de renda, resolveraminiciar uma campanha de massas, visan-do coleta de milhares de assinaturas emtelegramas e abaixo assinados a seremenviados aos deputados e senadores,

pedindo a imediata aprovação do pro-jeto do deputado Fioriscênio Paixão.

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Ameaçada pela iminente aprovo*

çée do Ato Institueionol, a Câma»a de

Vereadores se dispõe a lutar pato rái-

peite ao mandoto de quatfo anos quelhe foi delegado pelo povo carioca. De-

e:t«.'SK^ Aqui será votada'menteTquolquèí vtálèncio que se|a .

. w

wwda,onçadq P*** Gov*r" ' a Constituição

La^trda em Dois TtmpossAntes m Dspols da Ptrmutà

A Assembléia Cons*H«in*e esta reuni-da no Palácio Tiradenéee. Aí ela ve-tará a primeira Constituição da Gua;nabara. Mas a Assembléia nasceu jasob o siirno do suborno, espalhado pe-Io governo "moralizador" do sr Lacerda

.isitas a China:Assinaturas AbertasPara o Ano de 1961

Ninguém mais de que e w. Carlos

Lacerda defendeu com tanto ardor a

sobrevivência da Câmara de Veroodo-

res. Isso era na primeira metade do

ano passado, quando o atual Governa-

dor cortejava os vereadores, «a espec-

tativa de qut »»•« aprovaeeem a bor-

ganha da permuta da Avenida CH»«.

Em 15 de maio do 1939 dizia o

sr. Lacerda na «Tribuna da laqwenea»:

«Vejo com a maior apreonefio a«

manobras que se fazem, Indutivo poramor à arte, isto é, à controvérsia H"dica, em torno do mandato das verea-

dores do Distrito Federal. Os vereedo-

res foram eleitos para um mandato de

4 anos e não para que deputados e

senadores, por meio de emenda à

Constituição, lhes reduzam, depois de

eleitos, o mandato para 2 anos».

Mais adiante dizia e sr. Carlos La-

cerda:«Não aceita a idéia de que os

atuais vereadores devem transformar--se em constituintes, tese que me pa-

rece muito fraquinha e difícil, senão

impossível de sustentação, é evidente

que haverá constituintes para compor

uma futura Assembléia Estadual da

Guanabara. Mas bastará essa circuns-

tância para justificar a cessação do

mandato dos vereadores?«Estou convencido de que não. E

por motivos bem simples. Um mandatonão re esrtingae »e*áo pelos motivos

previstos na Constituição oo tempo em

qve fotom outorgados. Uma emenda

poeterior ò eleição não pode modificarum mandato que,' além de constituirdireito do mandatário, é direito imodi-

ficável do mandante».E ainda mais veemente:«Os inimigos da Câmara local, os

que detestam os vereadores a ponto de

confundi-los a todos — o"utra grave in-

justiça — na mesma execração, talvez

se esqueçam de que confundem as pes-soas com a instituição, e por detesta-rtm a conduta das pessoas acabam

por matar o que elas encarnam e quetranscende os seus defeitos e deficiên-

cias porque participa da natureza da

democracia — o mandato popular».Acontece que, antes o sr. Lacerda

precisava de aprovação para a permu-ta: defendia então o mandato dos ve-

readores. Hoje, precisa anular ou res-

tringir a oposição: arquiteta, então,

com o seu líder Amaral Neto, o inde-

cente Ato Institucional.

fc

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R. dos Estudantes, 84 — sala 28Telefone 37-4983 — São Paulo

Esteve em visito o nossa redação o

sr. Jurandir Guimarães, |Oinalista e di-

retor da Aqència Intercâmbio Cultural,de São Paulo.

A raião de sua visita foi dar, atra-vés de NOVOS RUMOS, uma boa notí-

cia aos admiradores da CHINA POPU-

LAR, com a abertura das assinaturasdas revistas CHINA ILUSTRADA, PE-

KING REVIEW e outras para o ano de

19Ó1.

Trouxe-nos uma novidade: a revis-

ta CHINA ILUSTRADA passará, em

1961, a circular, mensalmente, com

maior número de páginas e mais pri-morosa apresenlacóo giáfica, Alémdisso, apresentará grandes progressos,no sentido de oferecr, aos sous leito-

res, os brilhantes exilo? da China nas

diferentes frentes da construção sócia-

lista, as grandes vitórias que estão al-

cançando as várias nacionalidades da

China, o grande salto adiante e~ as

comunas popcloi^s. Ar, páginas fip

CHINA ILUSTRADA refletirão, com

ampla documentação fotográfica, avida livre e feliz do povo chinês e osesforços que realiza com elevada mo-ral e decisão j^ara a construção do so-cialismo. Teremos uma idéia clara dascontribuições do povo chinês em defe-sa da par. mundial,

Apesar desses aperfeiçoamentos, aassinatura da revista CHINA ILUSTRA-.DA custará menos. De Cr$ 650,00 quep atualmente, passará a Cr$ 400,00anuais e CrS 200,00 semestrais.

Todos os novos assinantes terãodireito a dois brindes: um maravilhosoCal<»ndario-1?ól e um magnífico livro,ambos originais da China. Os

'admira-

dores da CHINA POPULAR, que enca-niinhorom a Agência Intercâmbio Cul-tural duas ou mais assinaturas onunu,terno direito o dois magníficos iogosde cartões postais.

Os pedidos d" assinatura devemser encaminhados à AGENCIA INTER-CÂMBIO CULTURAl, ma dos Estudan*tes, R/ .. '.(••'-. 28, — São Paulo, ou

pelo telefone 37-4983.

Solidariedadeaos lavradoresde Santa Fé do Sul

Recebemos, com pedido de publica-cão, o Comunicado n.° 2 da Comissãode Solidariedade aos Lavradores deSanta Fé do Sul.

Prestação de contas da Importânciaarrecadada entre trabalhadores e opovo, o documento assinala- que dosCrS 18191,00 recebidos ate o dia 30de novembro, CrS 14.000,00 foram en-tregues às famílias dos lavradores pre-sos e o restante, foi gasto na defesajurídica dos processados. Uma grandequantidade de roupa e gêneros doadosfoi encaminhada àquelas famílias.

No documento, a comissão faz umapelo para que todos colaborem parao Natal dos presos e de suas fami-lias

As contribuições podem ser enviadaspara os seguintes endereços: Av. Ran-gel Pestana. 2.163, sala 11. San Paulo;SÍndicáto dos Marrr-r ;¦•. , r ¦:- • ¦ naS^ 297 2 a sobreloja e Pveva c?fiOSOomes, 87, 15.° andar, conj. B, SaoPaulo.

PALAVRAS CRUZADASF. Lemos

Prnblema n" 5(1

Horizontais: 1 — Ante? rlp Cristo;3 ¦ Antônio Maria; 5 -- Afligida;8 Cardápio; 9 — Caução; 10 —Maluco; 12 —¦ Denominação gT-ilpara os anuros pequenos; 13 — Ar-tigo masculino plural.

Verticais: 1 -- Atmosfera; 2 —Qualquer matéria estendida sobreuma superfície; 3 --- Que chagou aouso fi3 razão ou h tfarln vigorosa.4 Perversa; 6 Nome própriomasculino; 7 - Homsm de éstatu-r.i muito mais baixa que a regular;in ..- At>-'-s ! 1 — Ar.iiçn femininoplural.

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RESPOSTAS 00 PBQ3UWÃ ANTERIOR3 — M.'*aI"

Horizontais; 1 — o^;m?.r; 15 - Iara;

Verí' '?'*.: I olho; 2 r-'; 3amai, 12 — bias; 11 — ivsa; L6

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— Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 1960—

NA BOLÍVIA AINDA É ASSIM:

Exército e Bandidos

NOVOS RUMOS

Centra os CamponesesHERMANN VERDUGO BEALSServiço Especial de PRENSA LATINAExclusive para NOVOS RUMOS

vjQCHABAMBA, Bolívia (Pt)— Oiio soldados da policia militar,dois funcionários municipais e «umaquantidade considerável» de cam-poneses (cerca de 50) foi o saldori.' cadáveres conhecidos — segun-do as aui.oriclades — da última ba-talha travada no vale de Cocha-bamba, dessa vez em Cliza, povoa-do distante 35 quilômetros destacidade, a segunda em importânciada Bolívia.

Os acontecimentos, de acordocom as versões oficiais, originaram--se com <i chegada a Cliza de cm-coenta soldados de polícia militarde La Paz, com a missão de pren-der treze dirigentes camponesesperseguidos pela discutida justiçaboliviana como supostos autores damatança cie Mulo Falcia, em VilaVila, ocorrida em junho deste ano.

Uma das missões não reveladasque traziam os soldados era a dedesarmar todos os camponeses daregião de Cliza, que estão sob asordens do caudilho Miguel Veizaga,um dos dirigentes prófugos há maisde dois meses.

Cliza contra UcurenaOs camponeses na Bolívia foram

armados para conseguir, por essemeio, os objetivos da Reforma Agra-ria e fiscalizá-la ao mesmo tempo.O ponto principal da Revolução èjustamente a Reforma Agrária,embora até hoje não se aplique naescala inicialmente proclamadapelas teorias de seus propugnado-res, os agora criticados «revolucio-nários».

Quase simultaneamente entre-garam-se armas aos homens deCliza e aos de Ucurena. Essas duasregiões, distantes 50 quilômetrosuma da outra, viveram em concór-dia até que surgissemoscaudilhis-mós que, alentados pelos poliliquei-jrçjs, provocaram a separação total.Ifojo é uma luta sangrenta a deCiiza e Ucweiia. Luta cruel, semtréguas e desigual porque José Ro-jas, o líder de Ucurena, tem o apoiodos politiqueiros.

Altos representantes cio govêr-no estão por Irás das manobras dea rabos os dirigentes, e as intençõesde um setor, ao provocar essas lu-Ias camponesas, parecem claraspara muitos bolivianos: causar do-res de cabeça a Paz Estensoro e, sefôr possível, sua queda. Os politi-cos que alimentam essa esperançaparecem apoiar José Rojas.

Os incidentes de ClizaEm uma entrevista coletiva

convocada no domingo 13 de no-vembro -- um dia depois da bata-lha de Cliza — o prefeito de Co-chabarnba Jorge Gómez, represemtante direto do Poder Executivo, e

NotaInternacional

o general da Sétima Divisão doExército Carlos Prudencio, explica-ram as causas e a forma por quese verificaram os incidentes que,segundo eles, foram completamentedominados pelo Exército.

Apesar da afirmação, o gene-rui Prudencio desculpou-se peranteos jornalistas, dizendo que em seurelato notariam «várias lacunasimpossíveis de preencher por ra-zões de ordem estritamente mili-lar».

Os acontecimentos — segundoessas autoridades — tiveram inicioquando os soldados, sob o coman-rio de três autoridades civis de Cli-za, tomaram a central camponesa.Conseguiram seu objetivo semgrande resistência e sem derrama-mento de sangue, porque os cam-poneses praticamente desaparece-ram dos limites urbanos.

Isso aconteceu na manhã desábado, e um tenente da força mi-litar contratada pelo prefeitoGómez Velasco certificou que exis-tia quase absoluta tranqüilidade, oque — como se verificou posterior-mente — não passava de uma táti-ca dos camponeses para inspirarconfiança. Às 6 da manhã do do-mingo recomeçou o tiroteio. Dessavez era entre a gente de Cliza e ade Ucurena, no lugar chamado deHuasa-Calle, conhecido pelos con-tendores como «A linha» por ser olugar que marca a fronteira entreas duas regiões. Isto é, entre os do-minios de Rojas e os feudos de Vei-zaga. O tiroteio cessou três horasdepois, quando o prefeito Gómezsolicitou ao general Prudencio o?controle efetivo» de Cliza. Trêshoras mais tarde, por causa de umpequeno tiroteio escutado na Playade ganado (uma espécie de feira) ochefe militar acudiu ao lugar. Masos estampidos que escutara o gene-ral não passava de uma armadilhados camponeses para fazê-lo cairliem no centro de uma cilada.

O general Prudencio chegouaté a praça principal, onde esteveconversando com um de seus acom-panhantes, o coronel Walter Ordó-nez. Trocavam impressões quandouma bala derrubou Ordónez. Abala, ao que parece, foi disparadade longa distância, porque não pe-netrou profundamente na regiãoabdominal do militar, que a ex-traiu com suas >róprias mãos.

Ordónez foi transportado porPrudencio até a prefeitura, onde seentrincheiraram com alguns solda-cios da Policia Militar.

Cinqüenta cartuchosA partir desse instante o asse-

dio dos camponeses não deu tré-guas. Disparavam com todo tipo

CúpulaComunista

A reunião dos Partidos Comunistas de lodo o mundo em Moscou ter-minou com a aprovação por unanimidade de uma dcelaração programaiIca«iii*- define a atual situação internacional e a política dos comunistas. Ofato ele que, segundo as versões divulgadas da declaração, tenham se ma-nifestado posições divergentes sobre algumas questões, estabelecendo-se umamplo e democrático debate entre os participantes, e de que, ao mesmotempo, a conferência tenha chegado a um acordo demonstra, para quemtem olhos para ver, que o espirito democrático e unitário é inabalável nasrelações entre os Partidos Comunistas e os paises socialistas. Aquelesmesmos que. ainda ontem profetizavam o surgimento de uma divisão entreos comunistas no plano internacional, têni que se contentar agora em diserque o acordo a que chegou a reunião de Moscou c meramente formal.

Um dos pontos fundamentais da declaração dos Partidos Comunistasagora aprovada é a consideração de que já em nossa época as forças dosocialismo representam o fator determinante dos acontecimentos mundiais,por mais forte que ainda seja o sistema imperialista. Exatamente o quecaracteriza o período histórico que estamos vivendo é o fato de que o sócia-lismo ,já representa o elemento essenoial do panorama internacional. Ec por isso que já não se pode falar mais na inevitabilidade das guerrasprovocadas pelo imperialismo, uma vez que o poderio do campo socialista,juntamente com a luta do proletariado e das forças favoráveis à pai nomundo inteiro, é suficiente para impedir, fazer abortar ou cortar em seusprimeiros passos as aventuras bélicas do imperialismo.

No começo do século, Lcnin caracterizava o período em que viviacomo a época do imperialismo c dás revoluções proletárias. Hoje, diz adeclaração dos Partidos Comunistas, vivemos o período da expansão dosocialismo e das revoluções proletárias e da derrocada do imperialismo e.seu sistema colonial. Sc a natureza bélica, agressora e espoliadora doimperialismo não mudou, mudou, entretanto, o seu campo de ação: não lhe

«'• mais possível determinar o curso dos acontecimentos e desencadear aguerra, quando lhe aprouver. Com isso, entramos numa nova fase da crisegeral do capitalismo, quando se impõe a coexistência pacífica, quandominguam cada vez mais as possibilidades do imperialismo escapar ao becosein saida cm que o coloca seu próprio desenvolvimento histórico pelotlcschcadeiimcnto'de gyerras de rapina.

Atualmente já se pode prever com clareza o momento em que i»socialismo predominará inteiramente no cenário internacional, em que,mesmo mantondo-sc o capitalismo em alguns paises, surgirão as con-diçõos concretas para eliminar completamente a guerra nas relações entreos Estados, A luta pela paz cm nossos dias, tarefa fundamental dos comu-nistas, pode ser travada hum contexto bem mais favorável. A perspectivaaberta sucessivamente pelos XX e XXI Congressos do PCUS c pelas decla-rações dos Partidos Comunistas de 1957 e 1960 — a possibilidade de evitara guerra — contribui ainda mais para fortalecer a luta dos povos pela|i;uf contra o imperialismo c o colônia-íhmo. A aluai correlação de forças emcicalá mundial, se ainda não exclui total-mente a guerra, confere, 'todavia, às for-çtts do |ii:otrresso o papei determinante noevoluir dos acontecimentos,

de armas, lançando, inclusive, car-tuchos de dinamite. Apenas por umcurto espaço de tempo, inexplicã-velmente, cessou o fogo de ambosos lados, para continuar logo cmseguida, durando ao todo cinco h o-ras. Prudencio aproveitou a opor-Umidade para comunicar-se com'Cochabamba e o estado-maior daSétima Divisão enviou tropas sob ocomando do coronel Marcos Vas-quez.

«Os reforços chegaram quandonos restavam apenas cinqüenta car-tuchos» revelou Prudencio.

Vasquez repeliu os atacantes econseguiu libertar o general e seusacompanhantes. Ao fazer o regis-tro das baixas, assinalaram oitosoldados mortos, atingidos por pro-jéteis de armas automáticas e fuzise o Oficial Maior e o Intendente deCliza retalhados a machadadas.

Quanto às sálimas entre os deCliza, «devem ser muitas» — de-clarou Prudencio, porque em vá-rias ocasiões o tiroteio foi susten-tado a oito metros de distância, se' tanto.Entre dois fogos

A versão das autoridades distamuito do que foi contado a PrensaLatina por testemunhos presentes

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Lulacontinua

As violências cometidas contra os camponeses da cidade de Cliia continuam pro-votando protestos na Bolívia. Vinte deputados do partido governamental, •Movimento Nacional Revolucionário, se negaram a aceitar a explicação dadapel.) presidente Estensoro e seus ministros. A foto mostra uma das vitimas domassacre, que teve seu braço amputado.

Cliza, via-jóprioa di-

ao local, habitantes dijantes e também pelosrigéntes camponeses.

Isso, em resumo, foi que disseram:

Cliza estava entre dois fogos.Primeiro o dos soldados da PolíciaMilitar e do Exército e, em trêsoportunidades no domingo; foiatacada pelos partidários do caudi-

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Fausto Cüpetlin

Camponesesentre dois fogos

EUA ajudamrebeliãono Laos

Noticias publicadas nos jornaisbrasileiros dizem que a guerra civilprovocada pelos militares alimenta-dos e financiados pelos Estados Uni-dos contra o Governo do Laos estáse transformando num conflito in-lernacional, com as grandes potén-cias apoiando um ou o outro lado.Vejamos, porém, em que consisteesta intervenção.

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Segundo as próprias agênciasimperialistas reconhecem, os Esta-dos Unidos e seu aliado da OTASE,a Tailândia, estão ajudando militar-mente os rebeldes direitistas quesem este auxilio já teriam sido total-mente liquidados. As tropas do ge-nora! Novassan são apoiadas pelaartilharia taiíándesa e sempre quenecessário se asilam em seu terri-tório.

Por outro lado. a ajuda soviéti-ca consiste'em créditos econômicose no fornecimento de combustíveispara furar o bloqueio feito pela Tai-landia por ordem dos Estados Uni-dos. Essa ajuda é que provocou oprotesto do Departamento de Esta-do ianque que advertiu o governonctttralista do Laos para os «peri-Sós.» que ela representa.

Os camponeses foram armados para defender eles mesmos suas reivindicações.Armados também estavam c estão seus inimigos, as oligarquias feudais c seusbandidos. Recentemente, em Cochabamba, os camponeses foram colocadosentre dois fogos: os soldados da policia militar e os bandidos. Mesmo assimlutaram, matando grande número de soldados (foto).

Vefo soviético:ONU deve serde todo o mundo

Lançando mão de seus direitoscomo membro permanente do Con-iselho de. Segurança, a União Sovié-tica vetou a entrada da Mauritâniana ONU. A Polônia também votoucontra a admissão, o Ceilão se abs-teve e os outros membros do Con-sellio votaram a favor. A decisão so-viética foi (ornada cm visfa de doismotivos fundamentais: primeiro, a.spotências do bloco da OTAN veta-ram a entrada da República Popu-lar da Mongólia, contra os votos daURSS, Polônia, Tunísia e Ceilão;segundo, existe um conluio entre aMauritânia e o Marrocos.

O governo do Marrocos reivin-dica a integração da Mauritâniacomo parte de seu território, emvista da origem histórica comumdas duas antigas colônias francesas,vítimas da política de divisão arbi-traria do colonialismo. Por outroIndo, a República Popular da Mon-gólia, que se tornou independentedepois dá primeira guerra mundial,vem sendo privada de seus legítimosdireitos desde a constituição daONU. Os listados Unidos e seusaliados c dependentes parecem nãocompreender este fato tão simples...

Lumumba preso:Congovai esquentar

O primeiro-ministro congolcsPatrice Lumumba foi preso c bru-lalmenté espancado por tropa.-; docoronel Mobutu quando se dirigiapara a Provincia Oriental. A prisãoarbitrária e violenta de Lumumbaprovocou um enérgico protesto daUnião Soviética que exigiu umaconvocação especial do Conselho deSegurança e quo o secretário-geralda ONU tomasse medidas para rc-primir o abuso.

O protesto se justifica aindamais porque os representantes daONU no Congo enviaram um rela-tório à entidade comprovando averacidade das acusações. Lumum-ba e outros dirigentes congolesesestão sendo mantidos em incomuni-cabilidade em Thisville.

O terorrismo o o pollcialismoempregados por Mobutu não sãocasuais. Eles são a única maneirade realizar a política do subserviên-cia aos belgas contra a vontade dopovo, do parlamento o dos gover-nos provinciais.' A prisão de Lumum-bâ e vários ministros virá forçosa-hierite aguçar a ténsáo existente noCongo. A própria imprensa impe-rialista já anuncia o massacre desjrandc número de congoleses porMobutu.

Mio de Ucurena, José Rojas, queatiraram com morteiros c outrasarmas semipesadas. As três ten-tativas de penetrar na localidadeforam repelidas n' «A linha» masà custa de alguns mortos no setordos atacados.

Os mesmos informantes conta*ram que Macedônio Juárez, um doslugares-tenentes de Veizaga, su-plente de senador (o general Pru-dêncio solicitou seu desaforamen»to) estava nas proximidades de* Po-tosi, com 1.500 homens bem srma-dos sob suas ordens. Entretanto, ssautoridades afirmaram que Juárezestava em Cliza e que êle iniciouas «hostilidades» contra os solda-dos da Polícia.

Energia c humanidade

O general Prudencio havia de-clarado: «Em cumprimento a or-dens superiores procederei comtoda a energia e toda a humanida-de para pôr um ponto final na si-tuação criada pelo não reconheci'mento das determinações do Govêr-rio por parte dos que seguem Vei-zaga».

Como prova de sua humanida-de, o general disse que se tratavacom especial deferência Julián Chá-vez, «o dirigente que detivemos porser o segundo de Veizaga e que as-sumiu o comando quando este seescondeu por estar perseguido pelajustiça».

Também, como prova de huma-nidade, Prudencio ordenou que «omelhor caixão» fosse para o sol-dado morto que, com grande valen-tia, cobriu o general contra o fogodos inimigos em uma das escara-muças em Cliza.

Os cadáveres dos oito soldadosda policia foram velados em La Paze Cochabamba.

No entanto, pouco depois (naterça-feira 15 de novembro) noPalácio do Governo de La Paz ogeneral Rodriguez Ridegain afir-mou que «não havia presos», e emCochabamba dois civis detidos clogo libertados mostraram marcasde espancamento.

Cem mortos?

Por uma comunicação direi apelo rádio entre o general Prudon-cio e o general Ovando, este últi-mo em La Paz, conseguiu-sè captarque o número de camponeses mor-tos eleva-se a mais de cem, e que,a fim de obter-se a total submissãocio povo, por ordem do Presidentese dirigiram a Cochabamba tropa*cb exército «as quais deverão fazerostentação de todo o seu poderio*.

Outra versão conta que n? se-gunda-feirá 14, pela manhã, aviões«Mustang» sobrevoaram Cliza eabriram fogo sóbre determinadosetor. Isso, assim como o ataquedos homens de Ucurena aos de Cli-za, é sistematicamente negado pelasautoridades.

Na cidade de Cochabamba. deaproximadamente cem mil habitan-tes, residem cerca de três mil cli-zenhos que, em todas as espéciesde veículos, tentaram chegar a suaterra natal sara defendê-la. Muitoso conseguiram, mas outros foramdetidos pelas tropas militares. Con-tentaram-se com uma manifesta-ção espontânea na praça principalde Cochabamba.

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Nave SoviéticaAproxima Vôodo Homem

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Os cientistas soviéticos no dia 1»do dezembro fizeram o lançamento deuma nova nave espacial, contendo emseu bojo duas cadelas e vários outros

pequenos animais e vegetais. Segundoas informações oficiais da Rádio deMoscou e da Agência Tass, a novanave não apresenta qualquer diferen-

ça fundamental em relação à anterior,recuperada depois de dois dias de via-

gem sideral. Diante disto, alguns círcu-los científicos acreditam que o objeti-vo fundamental de seu lançamento eratestar um novo método de recuperaçãoda cápsula. Esta interpretação é refor-

cada pelo fato de que o ângulo delançamento do foguete portador foiescolhido de tal forma que a órbita danave era muito próxima da atmosferaterrestre, onde o atrito é muito grandee a velocidade de descida terá que serreduzida ao máximo para evitar que acápsula se incendeie.

Menos de vinte e quatro horas de-

pois de seu lançamento, os aparelhoseletrônicos instalados na nave especialreceberam da terra a ordem de aban-donar a órbita inicial e voltar à terra.A nave começou a se aproximar daterra, mas não resistiu aos atritos e seincendiou. Até pouco tempo antes, ostransmissores e os aparelhos de televi-são para a terra ainda funcionaram,demonstrando que tudo corria bem den-tro da cápsula. Apesar do fracasso

parcial da experiência, os próprioscírculos científicos ocidentais se apres-saram em reconhecer que a URSS estámais próxima do que nunca da realiza-

ção de um dos sonhos mais antigos dahumanidade: o vôo cósmico.

Características da nave .As principais características da ter-

•elra nave cósmica soviética são: Peso:

4.653 quilos, exclusive o peso do últt-mo estágio do foguete portador. Estru-fura: nenhum dado preciso foi forneci-do, sabendo-se apenas que há umacabina com animais, vegetais e instru-mentos. Órbita: elítica, em torno daTerra, com apogeu de 265 Km e peri-geo de 187,3 Km, inclinada de 65

graus sobre o equador. Período de re-volução em torno da Terra: 88 minutose 47 segundos. Trata-se do períodoinicial, isto é, do tempo empregado pelanave para efetuar lua primeira revo-lução em tomo da Terra. Transmissão:a emissora central da nave transmitena freqüência de 19,995 megaciclos,

por meio de um sistema de emissões te-legráficas de duração variada.

As informações colhidas pela navesão de duas ordens: medicobiológicas— estudo do comportamento dos ani-mais e da influência das condições devôo sobre oi vegetais — e ffsicai —estudo da Fislca de espaço cósmico.Essas informações tão transmitidas,além dos aparelhos de rádio • de tele-visão, por meio de instrumentos tele-métricos. t

As três naves cósmicas, lançadaspelos soviéticos este ano, tiveram maliou menos o mesmo peso: 4.530 quilosa primeira, de 15 de maio; 4,600 a te-gunda, de 21 de agosto; e 4.653 qui-los a terceira, lançada hoje. Nos trêtcases não se acha, incluído o peso doúltimo estágio do foguete portador.

Como a terceira nave espacial giramais perto da Terra, teu período de re-volução é mais curto, de cerca de 2 ml-nutos. A inclinação de 65 graus sobreo equador é preferida pelos soviéticos,

porque permite aos satélites passar porsobre uma grande parte da superfícieterrestre.

CIENTISTAS SOVIÉTICOS ELABORARAM

Outro Lado da Luajá Tem um Atlas

Desde que o homem existe sobre a

Terra, o olho humano jamais viu a face

oculta da lua. Há apenas alguns anos,

parecia ainda que os 41% da superfí-cie da lua invisíveis para o homem per-maneceriam para sempre inacessíveis àobservação. Mas subitamente, em ja-neiro de 1959, foi lançado pela URSSum foguete interplanetário, que passouperto da lua e se transformou em pia-neta artificial do sistema solar. Ficouassim provado que era possível atingirum ponto do qual a face invisível dalua podia ser vista, restando apenasencontrar o meio de fotografá-la e detransmitir essas fotos à Terrr.

A façanhaEste problema foi resolvido a 4 de

outubro de 1959 quando um terceirofoguete interplanetar foi lançado pelaURSS. A terceira etapa deste fogueteestava equipada com duas máquinasfotográficas automáticas munidas delentes de 200 e 500 mm de distânciafocai. A órbita do foguete era muitoinclinada e seu apogeu, em virtude de

grandes perturbações nas proximida-des da Lua, se encontrava o 400.000

quilômetros da Terra. Ai 4choras (horauniversal) do dia 7 de outubro, a es-tação automática atravessou a linha deatiação da Lua pelo Sol a uma distãn-cia de 65.000 quilômetros da Lua. ALua, vista da Terra, entrava em seu

primeiro quarto depois de 4,6 dias,mas para a estação automática era

quase Lua cheia. Neste momento, auma ordem telecomandada da Terra,todos os aparelhos fotográficos dirigi-dos para a Lua começaram a funcionaralternadamente sobre uma película«•slandard^ de 35 mm, que estava es-::ndida, fixada e seca no «containers.

Em 40 minutos, foi tirado um gran-de número cie fotografias de 25x36mm. Muitos dias depois, quando a ei-tação automática aproximou-se daTerra e encontrou-se a uma distânciasuficiente, foram transmitidos pela te-levisão às estações receptoras ria

URSS os negativos varridos por milha-res de linhas. Utilizou-se duas velocida-des de varredura: uma, bastante lenta,

quando a estação estava ao máximoofastada da Terra, a outia, mais rápi-

da, quando ela estava mais próximo.Cada nogativo foi Ircjrismitido várias

vezes a fim de que se pudesse compa-

rar os diferentes exemplares e eliminar

toda interferência.

Quinhentos pontos notáveisEm virlude da rotação inevitável, da

estação, as ondas do rádio deviam ser

emitidas em todas as direções, o quediminuía muito a intensidade dos sinaisem sua recepção, vários milhões devezes mais fraca do que a da televisãocomum. A imagem da Lua obtida coma lente de 200 mm tinha 10,4 mm dediâmetro e era completamente visívelsobre cada foto. Mas, sobre as imagenstomadas pelo aparelho a grande dis-tância focai, a Lua tinha 26 mm de diâ-metro e não estava toda contida nafoto.

Os iisgativos transmitidos foramreproduzidos em três exemplares, assimcomo os positivos ampliados também.Foram distribuídos a três institutos ei-entíficos; o observatório astronômico daUniversidade de Kharkov, o Observa-tório de Poulkovo e o Instituto de As-tronomia de Sternberg de Moscou. Cadaum destes institutos entregou-se a umestudo individual das fotografias e osresultados foram em seguida compara-dos.

O estudo mais aprofundado foi ode Moscou, realizado com a ajuda doinstituto de geodésia, cartografia e to-

pografia.A decifração começou por uma re-

tificação das imagens de modo que ocontorno da Lua fosse um círculo exa-to, mas levando em conta igualmenteuma pequena irregularidade do solo

perto do polo norte, não atingido pelosraios solares. A fim de suprimir os de-feitos devidos a parasitas de rádio oua outros defeitos de transmissão, foramexperimentados vários métodos, entreos quais a superposição de muitas pro-vas. Não obstante, o melhor método eo que foi finalmente adotado foi o defazer de cada clichê várias seções fo-tométricas, segundo os diferentes valo-res de intensidade.

Isto foi feito utilizando-se a técni-ca da foto e do rádio. Cada detalheas'.im revelado foi precisado, suas co-ordenadas selenográficas foram deter-minadas e catalogadas.

O catálogo foi dividido em três

partes: primeiro os pontos de referên-cia da superfície lunar assinalados em

pelo menos três fotografias diferentes,ou o bastante nítidos para que nãohoMvesse qualquer dúvida quanto à suaexistência. Esles pontos são en- nume-

ro de 252 e cerca de 100 deles se en-contram na parte marginal visível dasuperfície da Lua, o/que é uma provaa mais da qualidade da decifração. 190

pontos de referência, menos precisos,revelados por duas fotografias sòmen-te e de uma maneira menos nítida, sãoenumerados na segunda parte do cata-logo. A terceira e última parte contém57 pontos decifrados apenas por umafoto ou de uma maneira não muito pre-cisa, de modo que sua existência não

pode ser provada com bastante garan-tia. Todos estes pontos de referênciaforam colocados num mapa em proje-ção ortogonal equatorial, com um me-ridiano central de 120' de longitude, erepresentados por sinais diferentes se-

gundo a seção do catálogo à qual per-tencem.

O que difçrencia essencialmente aface oculta da Lua de sua face visívelé que ela tem muito poucos «mares*.

Discute-se muito a propósito destadiferença.

Achamos que é inútil procurar estacausa, assim como é impossível encon-trar a razão da disposição assimétricados continentes sobre a Terra. Tome-mos, por exemplo, os dois hemisfériosda Terra, o ocidental e o oriental: em

.relação ao Sol, à Lun e aos outroscorpos celestes, eles se encontram exa-tamente nas mesmas condições em vir-tude da rotação cotidiana da Terra, e.não obstante, o mapa dos continentese dos oceanos de cada um destes hemis-férios é muito diferente, Evidentementeisto se explica pelas causas, mais pro-fundas, das origens internas e prova-velmenle o mesmo acontece com as duasfaces da Lua.

Algumas palavras ainda a propósi-to dos nomes dados aos diversos pontosde referência da face oculta da Lua.A Academia de Ciências da URSS no-meou uma pequena comissão encarre-gada de propor nomes para estes pon-tos. Assim, 25 pontos entre os malimportantes foram batizados com no-mes de sábios conhecidos ou de escri-tores de fiecões científicos e de vulgo-rizacão de épocas e de nacionalidadesdiferentes.

Nestes últimos dias, as Edições daAcademia de Ciência* rln URSS oubli-

caram um «Atlas da face oculta da

lua» sob a direção de N. P. Baraba-

chov, A. A. Mikhailov e Y. N. Lipski. O

atlas contém, além das informações

dadas acima e da descrição do desen-

volvimento das operações de decifra-

ção, a ampliação de 30 fotos, com

todos os detalhes dos negativos origi-nais.

Os resultados do estudo das foto-

grafias da face oculta da Lua, apresen-tados ao Congresso Internacional deAstronáutica de Estocolmo em agostode 1960, foram altamente apreciados

por toda a opinião científica mundial.

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ffi^^^_sK Ǥ<$_ TSJBa_i!.lWi,*jnJt_BWga_Wg^lgKgSg<y

4''

Astronauta:saúde de ferro

O treinamento de um candidato a astronauta c extremamente rigoroso e tempor objetivo garantir que o futuro piloto da astronave tenha todas as condiçõesfísicas e psíquicas necessárias; ao mesmo tempo, todas as experiências inttis-pensáveis para testar o aparelho que o conduzirá e seu sistema tle telecoinuni-cações e teledireyão estão sendo íeilas.

i : Y ¦ teüBtoàU.

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RÁDIO E TELEVISÃO TÊM GENTE COMO A GENTE

Artistas Pagam Caroo Preço da Fama:Trabalho e Desilusões

(I* de uma série de reportagensde LUIZ GA2ZANEO)

"O eomfço. Sem, o começo é sem-

pre o mesmo para a grande maioria. A

freqüência permanente aoi auditórios, a

familiarliaçâo com o pessoal da «ca-

ia», e oportunidade de participar de

úm programa de calouros com a «chan-

ee» de ser ouvido ou visto por um dos

ebigs» da emissora. Se tal acontecer,

vem o teste e, logo depois, o primeirocontraio.

Nelson Gonçalves, Angela Maria,

Ronald Golias, Emilinha Borba — a

história de todos começou mais ou me-

nos assim. Agora são cartazes consa-

grados de rádio e da Jelevisão brasi-

letra, seus nomes correm o pais dè norte

o sul e, com eles, as histórias que são

verdadeiras lendas, de uma vida mato-

vilhosa, diferente, num mundo também

diferente..

Históriae realidade

As histórias, as revistas estão can-

sadas de contar e o público já as co-

nhece de cor. Elas vão dos fantasiosos

romances de amor envolvendo.éste ou

aquele astro conhecido, - esta • ou

aquela estréia, ao anúncio bombástico

de cifras fabulosas na renovação dos

eontratos dos maiores cartazes. A rea-

(idade, esta poucas vetes vem à tona.

I, quando o fai, é pintada com as eô-

res da desiluçãcfe também da tragédia.

A fama tem um preço, e Ale nâo é

baixo.

Quando o rádio no Brasil tinha

um quê de aventura ainda, surgiu um

Jovem. Os- que o conheceram dizem que

éle era assim um tipo de Orson Welles

brasileiro. Parecia-se com o ^ibuloso'•artista norte-americano tanto no físico

como na capacidade de criar. Dinâmico,

trabalhador, sempre procurando novas

fórmulas artísticas para aplicar nos seus

programas. Seu nome era Otávio Gabus

Mendes. O rádio roubava-lhe todas as

heras/todos os momentos e aeabou por

tirar-lhe a vida.. Morreu trabalhando,

escrevendo programas, num dia de se-

?embro do ano de 1946.

Se a Otávio foram a paixão e a'

volúpia pelo trabalho que o abateram,

(óutroí lucumbiram em acidentei provo-

eadot pelar próprias eondiçôei do »ra«

balho que realizavam. O velho Chico

Viola pagava uma parte do preço que

a fama lhe cobrava com viagens fre-

fluentes aos mais diversos pontos do

país. Um choque de automóvel na via

Dutra, quando retornava de São Paulo

após um programa lá realizado, rou-

bou-lhe a vida.

Otávio e Chico pagaram o preço

máximo. Os outros pagbm o seu, no dia

a dia, abdicando às vezes dos mais

fimples prazeres que a vida proporcio-

na.

ta minutos de emoção custam muito,

pouco.- ¦ .

. A novela radiofônica, apesar de

sua popularidade, é "muito mal paga.Um capitulo, correspondente a 10 lau-

das datilografadas e perfazendo um to-

tal de 25 minutos de programa, custa

em média mil cruzeiros e, quando o '

novelista já. é velho na casa, o preçodesce a 600 cruzeiros. A alegria t a

tristeza estão desvalorizadas no rádio.

O problema da novela se repete

quase que na mesma escala em outros

setores da produção radiofônica e na

televisão. Os produtores, os homens queescrevem programas trabalham- sob as

condições mais difíceis, recebendo em

média salários baixos e cachês insufici-

entes. O resultado disso, tanto r*o quese refere à novela como ao programahumorístico ou de,;outro tipo, é que o

nível dos mesmos' tende a baixar de

qualidade. -

O novelista e o produtor têm queviver. E, para viver é preciso dinheiro.

Como o comum é receberem pela quan-tidade de trabalho que produzem e

nâo, como seria natural, pela qualidadedo mesmo, precisam escrever muito.

Uma novela"que poderia ter um

desenvolvimento' melhor, apresentar

mais nível artístico, não atinge esses

resultados. Não há tempo para pensarum pouco mais. Quando tua novela vai

ao ar, o produtor sente-se frustrado. Éle

compreende que poderia, em outras con-

diçôes de trabalho, ter escrito algo me*

lhor.

Um dos males apontados nos icripts

de programas radiofônicos, nas novelas

e programas humorísticos, é a estéreo-

tipjzação. O observador mais alento per-cebe que os personagens de uma no-

vela, as situações têm pontos de con-

lado com outras /anteriores do mesmo

autor. O mesmo ocorre em relação a

programas humorístico*. Tudo se estan-

dartiza.

O culpado pelo situação é o pro-dutor? Geralmente, nãol Algumas vezes

as próprias exigências deste ou daque-

le patrocinador levam à estandartiza-

ção; outras, as próprias condições de

trabalho. O novelista e o produtor não

têm .tempo de ler, estudar e melhorar

a qualidade de seu-trabalho. O resul-

tado é.negativo para o próprio rádio

e para a televisão.

Os globe-troters

da semana em una cidade d'?;-,rçn!5 i'i

pais. Viajam nas piores condições, e nâo

são raros os momentos de perigo quealravessaram. E' comum, nos correrlo-

res rias emissoras de rádio e IcIcvisCto,

ouvirem-se conversas desse lipo:

Rapaz, escapamos por pouco,ontem, quando o avião ia alerrisar em

Belém. Ouvo um defeilo qualquer e fi-

camos sobrevoando a cidade mais de

meia-hora.

Isso não é nada. O meu, logo

após sd»/t de São Paulo, teve de vollar

com pane num motor,

O dia tem24 horas

Os salários pagos pelas estações

de rádio a cantores de fama são tão

baixas, que para completar o orçamen-

to, o artista é obriaado a aproveitar tô-

das as oportunidades que aparecem. Pa-

ra muitos o dia tem mesmo 24 hoias. O

negócio começa pela manhã, com uma

gravação que veio madrugada a dentro,

E' só o tempo de chegar em casa, tomar

um banho e correr à estação, para o

programa do mefc-dia. Depois se ar-

ranja uni tempinho para almoça; e lo-

go vem o ensaio. A noite, o programae, depois a buate. No dia seguinte não

vai haver gravação, mas já existe uma

viagem marcada»ppra Porto Alegre. O.

jeito é aproveitar\jà dormir no avião.

¦ *

Situações desse tipo não consti-

tuem exceção. E' a regra geral para os

grandes cartazes do Rádio e da TV. A

vida é apenas trabalho. O mais sim-

pies prazer lhes 'é negado pelas injun-

ções da fama. O casamento muitas vê-

zes é uma temeridade e a própria con-cepção de lar, de um lugar repousante,

não existe. A fama rouba tudo e só dei-

xa trabalho, mal recompensado

ii.ii iiiij MMHJ.L-L' [" '.""'JJ "." ' VHlÜ*lllIlliIhTfflflTI!iM s,/', '^Ç^rfíSES- M^^^^^^^^^^m • . mm

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^ÊmwanFfJ£ Lm\mm^W^m\j ^^tkm^y^Ê^kth fjKícV\*rH ^Kk*A*>. ^B ^§^HV<*fl*liHfi09i9lit^Bi*^*^*^*^w*tjli'l^i'^i4^r\flW. r^^CMur^^tCiL^ZjEzíw^sjS&myKmMfffB^BS *K*B**faJ*PiTn^*>Vayt*ytt'T^ t ^k ^l': ^,vw^GKM|nM HMwJLJ«n<**7nSCtÊrt Trt-ifi *^ fr T Tf *twmPfW*-'*' '-^^-ffTffWiBffi f 'W^m PMftwlmW^mnimlImmmm

tCSI WMm*&mMlZDKiüm^^àmr\my\\. i4*^^^P*ri*Li»l WmeÊ&iy.,¦¦.::*, \?l!pJtBl54xSÊ gRala m

VTWfMmWÊ^ívTmkm^ iWA IjjUf 1 4nrMTtTinr7fnilMT' •" -i it "Fnlffrrw^PxmmmnLmtimmwiinmlmJL^rJR

BH^Stxtg?^ lw,M^.JTfrT?yaJtff*. ltMi4*»f*ia*l^**'i>«*LtVJL HaKLáif&{ ¦ *í«stíKfsm

As mágoasdelsaurinha

Veterana do rádio, uma das mais populares c categorizadas cantoras do Brasil,Isndrinha sacrificou toda a sua vida pela fama. Seu nome corre mundo, pode-sed -.er: mas quanto ganhou ela com isso? Muito pouco dinheiro, muitas-desllu-s s-i nenhum momento de sossego para dedicar ao lar. Viveu é vive para amúsica, somente.

- ..*--¦»

*<4a»ap*JSa«asajajBa«wajB^

ANO II — Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 1960 W 93¦ IU'!¦.¦>¦ .-.'¦ ¦¦¦ I l,ff"..11" **"-

Quanto valea emoção

1

Uma das funções do rádio é o

entretenimento e a novela desempenha

um papel importantíssimo. Milhares e

milhares de donas de casa, diàriamen-

te, em todo o Brasil, encontram nela

um derivativo para amenizar a labuta.

Tem os seus autores preferidos, os seus

astros e transformaram o horário da

novela em qualquer coisa de indispen-

«ável. Conhecem Ghiaroni, Oduvaldo

Viana, Dias Gomes, Mario Logo. Os per-

sonagens que eles criaram durante anos

de trabalho, escrevendo diariamente,

são populares e, muitas vezes, vestiram

os-panos dos heróis sonhados de mui-

Ias mocinhas. Apesar disso, entretanto,

o novelista de rádio é geralmente um

Ituonícrrrdo. Seu trabalho não é r,i«

conhecido pelos que o compram. Trin-

jmjmmmmmmmmmm^k

—. Bem, o sábado e o domingo

geralmente são reservados para shows

em Recife, Porto Alegre e outras cida-

des.

A frase é do Chico Anísio, colhida

numa palestra informal com o repórter.

Revela em toda a sua crueza a vida do

ator do rádio e da televisão e também

do cantor.

O público garalmente toma nota

dos salários fabulosos que recebem os

grandes cartazes do rádio e da tele-

visão. Toma nota.das cifras mas não

sobe o quanto .custa ganhá-las e nem

a parcela de lucro que elas represen-

tam pdrd as emissoras.

\ Os jornais noticiam, Manuel da

Nóbrega recebeu um salário espetacu-

lar para assinar contrato com determi-

nada estação de televisão. O que querdizer esse salário? Algumas viagens de

avião, por semana, programas em dife-

rentes cidades e muito trabalho. Exis-

tem atores e cantores que realizam uma

média de 6 viagens semanais de avião

Rio-São Paulo-Rio e mais algumas ex-

trás para Belo Horizonte. Os grandescantores populares levam uma vida de

verdadeiros globeMroters para fazer

jús a uma verba elevada. Existem ca-

jos de cantores que pas&am cada dia

m M WÊÈ SI Mmm '^ "^*s»^ÍMÍuílM *H**^^E*CTgHy*B*^SM^^Ma*St»*l»*lmmmkmmWkx ¦jJB'- fa?!trB W&m mmmfí&& &£-' ^Bik^j»! DkkilfSV. í^uESÊÊ mwMm^Se^Smmmuvlim^?tmm Hl:

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Á tragédiado produtor

O telefone traz o pedido, Janete Clair, uma das grandes novelistas do rádio brasileiro, vai ter que escrever, em poucotempo um novo drama radiofônico de tantos capitules. O drama do produtor e do novelista de radio e televisão e

uma brutal injustiça, A péssima compreensão rir muitos patrocinadores, a ausência quase que completa dc preocupa-

ção, da parte dos diretores das emissoras, sân os principais responsáveis pelo baixo nível da programação:. O autor,

que tem que escrever para ganhar dinheiro, geralmente e um insatisfeito.

mmmmm^mmwàmmmmmmmmmÊmmmmmÉmmmÍÊÊmmm

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— 2 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 1960 —

Rublo Tira o Sonodo Mundo Capitalista

Na sessão realizada cm junhoúltimo, decidiu o Soviet Supremoda URSS realizar uma reforma mo-netária tal, que a cada dez rublosde curso atual, corresponderia umnovo rublo. Ao mesmo tempo, umavez que se trata de unia modifica-<;ão da moeda apenas como escalade preços, os preços das mercado-rias e serviços na URSS sofreriamuma redução correspondente. Umexemplo: um operário que ganheatualmente 800 rublos mensais <v

pague 20 rublos de aluguel, passa-ria a perceber 80 novos mblos e a

pagar de aluguel 2 novos rublos. Amedida foi decretada na mencionadareunião do Soviet Supremo e entra-rà cm vigor a partir de 1* de janei-ro vindouro.

Não se trata, portanto, no planoInterno da economia, dc uma valo-rizaçâo ou desvalorização da moeda,mas tão-sòmente de uma alteraçãono seu valor como escala dc preços.Para a população não haverá dife-rença, a não ser pequenas vanta-gens decorrentes do arredondamen-to dos preços, ao serem reajustadosos preços e tarifas.

Da mesma maneira, não se tra-ta de algo dc natureza idêntica a*>

que tem sido feito em outros pai-ses. Na França, por exemplo, háum ano, o governo decidiu introdu-rir o novo franco, dc valor igual a100 francos antigos. A causa dessareforma foi a inflação do meio cir-culante no país, decorrentes sobre-tudo das elevadíssimas despesas

militares, e em primeiro lugar daguerra da Argélia, que custa àFrança trinta milhões dc novosfrancos (cerca de 6 milhões de dó-lares) por dia.

No caso du URSS, outra foi acausa determinante da reforma: avantagem de. simplificar a.s opera-ções de cálculo econômico e conta-bllidade. Efetivamente, a economiasoviética, nos últimos dez anos,avançou consideravelmente, e amassa da produção — tanto na in-(iúslria, como na agricultura — ede serviços elevou-se de tal modoque passou ã exprimir-se em tri-lhõcs de rublos. A manipulação denúmeros assim elevados causa, na-luralmcnte, dificuldades, daí a van-lanem e a comodidade dc exprimiressa mesma produção numa ciframenor de dinheiro. Sobre o assun-to, recomendamos aos leitores asnotas econômicas publicadas cmNR nos. üõ e 71.

Cotação internacionaldo rublo

A 15 do corrente, o governo so-viético divulgou o seguinte decretorelativamente ao novo conteúdo-•our» do rublo e à elevação (Ia co-tação do rublo em comparação comas moedas dos Estados estrangei-ros: «O Conselho dc Ministros daURSS aprovou resolução sobre aelevação, a parlir do 1- de janei-ro de 1961, do eonteúdo-ouro dorublo e sobre a cotação do rublo

cm relação às moedas dos Estadosestrangeiros.

«O conteúdo-ouro do rublo éestabelecido em 0,987 412 gramadc ouro puro e o preço dc comprade ouro pelo Banco do Estado daURSS é fixado em 1 rublo por umgrama de ouro puro.

«A cotação do rublo em relaçãoao dólar é estabelecida em 90 co-peques por dólar dos Estados Uni-dos da América.

«O Conselho de Ministros daURSS incumbiu o Banco do Esta-do da URSS de elevar a colação dorublo,em relação às moedas dosoutros países capitalistas em con-sonãncia com a elevação do con-teúdo-ouro do rublo. Em caso demodificação do conteúdo-ouro dasmoedas destes países ou de modiíi-cação nas cotações de suas moedas,o Banco do Estado da URSS ficaincumbido de fixar a cotação dorublo, tendo em conta essas modi-ficações».

Significado da medida \

Acerca dessa decisão do govér-uo soviético têm sido feitas, aquicomo nos outros países, diversasespeculações. Há quem afirme, porexemplo, que se trataria de umadesvalorização do rublo, afirmação,aliás, que não resiste à menor cri-rica. Assim, segundo esses, se orublo atual tem seu conteúdo-ourofixado em 0,222168 grama dcouro, uma nova moeda de valor dez

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vezes superior à atual/deveria terum conteúdo-ouro também dezvezes maior; então, o conteúdo--ouro do novo rublo deveria ser de2,221680 gramaslfnão de 0,987 412'grama, como anuncia o governosoviético. Isso, segundo os mesmoscríticos, importaria numa desvalo-rizaeão efetiva de 56 por cento.

De fato, estão sendo confundi-das duas coisas diferentes: o üigni-ficado do rublo internamente, naURSS, e sua cotação internacional,isto é, seu conteúdo-ouro. Essa di-ferença tem que existir necessária-mente, é uma decorrência diretada diferença de estruturas das eco-nomias socialista e capitalista, dadiversidade dos mercados. Os mes-mos serviços e as mesmas merca-dorias têm custos completamentediferentes segundo se os considerena URSS ou nos Estados Unidos,por exemplo. Um interessante ira-balho do economista soviético PMslsiavslii, publicado nos números21 e 22 da revista «Tempos Novos»,deste ano, faz um estudo compara-livo das despesas de consumo deuma família de quatro pessoas nosEstados Unidos e na URSS. Poresse estudo, chega êle à conclusãode que do ponto-de-vista do consu-mo, a capacidade aquisitiva do ru-blo em relação ao dólar é de 6,5para 1, ou seja, o que uma famíliasoviética compra na URSS por 6rublos e meio, uma família ameri-cana adquire nos Estados Unidospor apenas 1 dólar. (No mesmo es-tudo, Mstislavski chega à conclu-são de que o nível de consumo deuma família média soviética repre-senta atualmente pouco mais de 55por cento do nível médio de umafamÜa americana; sobre o assim-to, o economista norte-americanoVictor Perlo, à base de observa-ções pessoais, tece interessantesconsiderações em entrevista à me*-ma publicação, no seu número 2#do ano em curso).

Entretanto, se 6,5:1 é a relaçãodo ponto de vista do consumo, omesmo não ocorre se forem leva-dos em conta os setores econômi-cor situados fora da esfera do con-sumo e que são bastante amplos na

Empréstimo a Cuba:Negócio da China

Se ainda fòr licito falar-se em<-negócio da China», então certa-mente o governo revolucionário deCuba terá feito um negócio daChina: recebeu do governo de Pe-quim um empréstimo de 60 milhõesde dólares, sem juros, para a com-pra de equipamento industrial epara investimentos na economiacubana. Do ponto de vista econô-mico, o empréstimo constitui umavaliosa ajuda ao desenvolvimentode Cuba, uma vez que hoje em diaa China já dispõe de considerávelpauta de produtos industriais eequipamentos. Para este ano, porexemplo, a China espera atingiruma produção de 90 mil máquinas--ferramentas, que constitui equipa-mento industrial básico.

Além do empréstimo, o acordoconcluído entre os dois países pre-vê que Cuba venderá anualmente àChina 1 milhão de toneladas deaçúcar. Assim. Havana já temmercado certo para uma parte con-siderávèl de sua produção, à qualos Estados Unidos de Eisenhowere I-Ieríer fecharam às portas.

O acordo tem a maior signifi-cação. Em primeiro lugar, o mon-tanto do empréstimo é apreciável.Como curiosidade, poderíamos com-pará-lo com os 500 milhões de dó-lares que os Estados Unidos anun-ciaram há três meses estarem dis-postos a conceder à América Lati-na. Supondo que houvesse uma di-visão igualitária, a Cuba, como umdos vinte paises latino-americanos,caberia a vigésima parte daqueletotal, ou 25 milhões de dólares. Se,entretanto, o critério que vier a seradotado (não convém esquecer queo empréstimo ainda depende decerta regulamentação pelo Con-grosso norte-americano) fòr outro,o demográfico, por exemplo, a par-te que tocaria a Cuba, com seus 6milhões de habitantes, seria consi-deràvelmerite menor...

Em segundo lugar, o emprésíi-mo chinês é sem juros, ao passoque o norte-americano, ainda quecobre juros baixos, implicará nessadivida adicional.

Em terceiro lugar, o emprésti-mo. norte-americano lem uma dos-

economia soviética. Aí, a relaçãorublo/dólar deverá ser necessàriarmente outra, mais favorável aorublo, de tal maneira que a cota-ção internacional do rublo cm rela-ção ao dólar seja, realmente, de 4para 1. Hoje, aliás, tal correlaçãoestá para modificar-se em favor (Iorublo, independentemente da reso-Iução do governo soviético, o quesucederá no caso (esperado) deuma desvalorização oficial do dólar.

Nova moeda forte?

Outra especulação que vemsendo feito é no sentido dc se o go-vérno soviético pretende declarara conversibilidade do novo rublo.Em tal caso, isto é, desde que aURSS colocasse sua moeda nosmercados internacionais, com oconteúdo-ouro mencionado, passa-ria ela a ser negociada em todo omundo. Teria curso universal, talcomo hoje sucede com o dólar, alibra, o franco suíço e poucas moe-das mais.

Entretanto, em fafce da possíveldesvalorização oficial do dólar aconversibilidade do rublo não signi-ficaria, apenas, a existência de umanova moeda conversível. Tornar-se--ia o rublo a mais forte de todas asmoedas conversíveis. A garantiaresidiria nas reservas de ouro daUnião Soviética, as quais, apesarde desconhecidas, são, segundotodos os observadores, elevadas.

Ainda de acordo com essas con-jecturas, a União Soviética poderiacolocar no exterior uma quantida-de limitada dc divisas, o bastante,porém, para marcar sua presençanos mercados capitalistas. Essa pos-sibiüdade decorreria do carátercentralizado da economia soviética,a qual poderia adotar medidas forado alcance das economias capitalis-tas.

A conversibilidade do rublo, se-gundo essas mesmas considerações,teria por efeito fortalecer o prestí-gio internacional da União Soviéti-ca e concorreria para abalar ain-da mais a situação do dólar, já pe-riclítante em face da recente cor-rida ao onro no mercado mundial.

DicionárioDinheiroPrimitivoe Capital

Com o desenvolvimento da econo-mia escravista, a troca foi assumindoum papel cada vez mais importante.Numa serie de ramos da produção, de-terminada parte do produzido já sedestinava diretamente à troca no mer-cado, e não mais ao consumo imedia-to. E com a difusão da troca, crescentambém a importância do dinheiro.Não se tratava, ainda, do dinheiro talcomo veio a existir posteriormente, oacomo o conhecemos hoje. Naquele tem-po a função dc dinheiro era desem-pcnhàda pela mercadoria que aparecianas trocas com maior freqüência. Pa-ra muitos povos, notadamente os quese dedicavam à criação, era o gadoquè desempenhava essa função. Paraoutros, era o sal, os cereais e as pelesque desempenhavam a função de di-nheiro. Gradualmente, porém, todosestes e outros tipos de dinheiro foramsendo substituídos pelo dinheiro me-tálico.

Em Roma e "a Grécia, comerciava--se com escravos, mercadorias e arti-gos dc luxo vindos do Oriente. Tam-bém com freqüência o comércio estavaligado à pilhagem das populações in-digenas e ã pirataria no mar.

Já mesmo durante o regime escra-vista o dinheiro não era apenas ummeio para a circulação das mercado-lias — para comprá-las ou vendê-las.Começou também a ser usado comoinstrumento para apropriação do tra-balho alheio através da usura e docomércio. O dinheiro empregado «o-mo meio dc apropriação do trabalhosuplementar e do seu produto trans-formou-se em capital, isto é, em meiode exploração.

O capital comercial c o capital usu-rário. segundo Marx, precedem omodo de produção capitalista. Es-sas .luas formas de capital sur-giram nas entranhas do regime escra-vista, mas não modificam as relaçõesde produção (que continuam sendo,essencialmente, relações entre senho-res dc escravos e escravos); pelo con-trário, arruinando os pequenos pro-dutores, agem no sentido da transfor- !mação destes em escravos. Ao mesmotempo, não participando na produção,.essas duas formas de capital fa*em Icom que grandes somas de dinheiro;se concentrem nas mãos dos comer- :dantes e usurários. Mais ainda:umaparte considerável de tais somas é en»- ,pregada no consumo parasitário dê*-1tes últimos. I

As relações de produção capHalfctM,somente surgem quando aparecem «a|classes dos operários assalariado* e doaicapitalistas industriais. Por essa ro-jzão, erram redondamente aqueles eco—jnomistas que pretendem descobrir re—jlações capitalistas já na antiga Roma!e na antiga Grécia. Isto é feito, evl«<dentemente, para mostrar que nado.mudoH, que. o capitalismo sempre esti*-tiu e, dai, chegar à conclusão de ooe~.sempre existirá. I

Foi n» Grécia e na antiga Roma *j*n>|o modo de produção escravista ata»*!giu seu máximo desenvoirknento a, ammesmo tempo, suas forma*cruéis.

NotaEconômica

Tim Solução os ProblemasEconômicos do Desarmamento

tinação especifica: visa ao cleseii-volvimento... social. Será aplicado' na construção de hospitais, escolas,em melhoramentos sanitários, naurbanização, etc. O empréstimo daChina, pelo contrário , contribuirádiretamente para o desenvolvimen-to econômico de Cuba, pois seráaplicado na industrialização do país,condição primeira para resolvertodos os demais problemas, inclüsi-ve o de escolas, hospitais, etc.

Do ponto-de-vista político, im-plica numa séria ajuda ao governorevolucionário de Fidel Castro que,assim, estará cm melhor situaçãopara resistir à política dc provoca-ções; de ameaças, intimidação ebloqueio econômico de Washington.i: mais um exemplo de que, se bemque o imperialismo possua a mesmaessência, o mundo é outro. Os povosjá têm o direito de escolher o seudestino e podem contai' com o apoiode outros povos que já escolheramlivremente o seu.

Em nossa edição anterio», focaltaamos a conferênciarecentemente pronunciada en» Varsóvia p^lo professor OakarIjsnge, detivenw-nos na afirmação de que o desarmamentono* países capitalistas oferece maiores dificuldades do queno* sociíllstas. Naqueles, ao* problemas decorrente* datransferencia de mao-de-obra e sua conversão para fins nãomilitares, da capacidade industrial, dos estoques de matérias-•primas, etc, vem juntar-se o da diminuição da demandaefetiva. <0 fechamento ou a diminuição do rendimento dasfábricas de armamentos. acarreta uma redução da mão-de-obra e da demanda da bens de consumo. Acarreta, ademais,a diminuição da demanda de bens de investimento. Tal pro-cesso torna-se cumulativo e pode resultar numa rebalx* Re-ral do nível da atividade econômica — numa recessão oumesmo depressão

Essas dificuldades para o desarmamento sob o capita-lismo. continua Lange, são aproveitadas pelos elementosinteressados na produção de armamentos, como também,pelos meios políticos desejosos de ver prosseguir a corridaarmamentista. Semeiam o temor nos círculos de negócios,no «elo da opinião pública e Inclusive entre os trabalhadoresocupados nessa atividade, O professor Oskar Lange definetais receios como sendo o medo das «conseqüências econô-micas da paz». E' è#.tp pânico que gera as baixas das cota-çôes das ações na Bolsa, quando as negociações sobre odesarmamento parecem progredir. «As apreensões deste ti-po constituem um fator político Importante e perigoso» —assinala.

Reconhecendo, embora, que esses temores na economiacapitalista são objetivamente justificados, adverte Langeque não devem ser, porém, dramatizados. Isso porque na es-

Irutüra atual da economia mundial, o perigo de uma re-cessão ou de uma depressão resultante do desarmamento

pode ser enfrentado com sucesso, desde que adotadas medi-das adequadas, tanto na política interna como na interna-cional. i

A seguir, entra na análise daquelas medidas, no don.í-nio da política internacional, capaz de afastar tuí* receio*K enumera essas medidas que são, essencialmente, duas:1) o desenvolvimento do comércio internacional sem os obs-tnciílos criados pela divisão da economia mundial em duasparles — capitalista e socialista e 2) a ação nacional einternacional para lutar contra o subdesenvolvimento eco-nftmico. A essas duas medidas, diz o professor Lange, po-drrfa juntar-se uma terceira: a cooperação no domínio daciência e da tecnologia.

A guerra fria, afirma, assume também um aspecto eco-

nômlco: discriminação comercial 0u mesmo em blocos. En-

tretanto, assinala que a prática mostrou a ineficácia desses«Instrumentos» da guerra fria. As dificuldades causadas nos

paises contra os quais foram aplicados revèlaram-sè mini-

mas e, ainda assim, apenas na esfera do consumo. Não pu-deram impedir o seu desenvolvimento, nem 0 fortalecimento

militar. Resultado, ile resto, >,<-.< --'no, pni- '• como se «unia

metade do mundo tivesse ienlailu submeter a outra metade

n um bloqueio),

A cessação da guerra fria contribuiria para o resiàfte-lecinicnio Ae vínculos orgânicos econômicos entre países •regiões, O professor Lange cita, como exemplos, os laçostradicionais entre a Europa Ocidental e a Oriental, formado*historicamente, e as relações econômicas entre o Japão ea China. «O aumento do comércio Leste-Oesle, ou mais pre-cisamente do comércio entre os paises socialistas e capita-listas, poderia contribuir d,p maneira substancial para com-,pensar nos paises capitalistas a baixa da demanda efetivai1provocaria pela suspensão da produção de armamentos). —assinala. Chama, então, a atenção para que não se devasubestimar a importância dessa conseqüência, tendo em vistaos altos índices de crescimento da economia socialista «, ato*da mais, o fato de que para 1965 estima-se que a econonth»socialista será cerca de metade da produção Industrialmundial.

A possibilidade do intercâmbio Leste-Òeste é importantenão apenas no que respeita ao seu volume, como tambémpela sua estrutura. Vários dentre os países socialistas «u-contram-se num estágio pouco avançado de industrializa-ção, dai a necessidade de máquinas, equipamento industrial,produtos químicos p matérias-primas, isto é, (te tudo aquiloque pode provir das usinas hoje empregadas ^t produçãode material bélico.

Fator de compensação ainda mais importante — daacordo com Lange — pode ser encontrado na ajuda ao«paises subdesenvolvidos. Definindo esse tipo de ajuda, par»que seja realmente eficay,, a firma o professor Lange: cParapoder verdadeiramente dar seus frutos, deve (a ajuda) s«rmuito mais conseqüente do que o é atualmente. Deve ser abastante ampla para transpor o umbral que separa os pro-jetos de investimentos em mineração de uni programa ooe-rente de desenvolvimento capaz de conduzir a uma modi-ficácãõ qualitativa da estrutura econômica dos países suh-desenvolvidos- Lima grande parle da assistência até agoraprestada aos paises subdesenvolvidos não responde a essa»exigências. Em conseqüência; suas repercussões econômica*)são inexistentes.*

A condição para que esta ajuda se mostre eficaz, é qu*se desprenda dos quadros da guerra teia, o que. exige un»a!cooperação dos países capitalistas « socialistas. «Tal é arazão por que uma ação Internacional deve ser empreendidade preferência sob os auspícios das Nações Unidas. A ajuda'prestada diretamente sol» a forma de empréstimos dc invés-,timentos por diversos paises, ou proveniente de capitais pr*»!vados, pode ser muito útil, com a condição de que não sejafornecida no espirito da guerra fria e de encontro à inde-pendência nacional dos países Interessados.»

A intervenção do professor Lange no debate ora em cur-so no inundo constitui, como se vê, um corpo dc i.Uias de altovalor e vem juntar-se a outros prònum!ta»rnp<os de eminen«tes economistas no sentidodí que, mesmo para omundo capitalista, o (lesar-ninmento não significará,

;i H-.r nti', i rfuiula*cumuções econômicas.

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míífám$à&

Page 11: :í. TOMÜ POSSE 0 SUBORNO - marxists.org · Come denunciou o sr. Levi Neves, os votos estavam marcados pelo lider*do govimo. Era a forma de con- ... Verinrla Nunes (foto), é um

_ Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 1960— — WSàWHflJifliM .,— ...

Vários mineiros de Morro Velho AS MAIS RICAS JAZIDAS DE FERRO NAS MÃOS DO TRÜ5TE ESTRANGEIRO Sda^en^loo"..;^0;. ZSí,repetiram-lhe em diversas oportumda- A- ^^ isto é, metade da soma gasto pela Han-des, imitando o gringos ene» I j^^ #"'""* § na para comprar: terras, florestal, cur-^-o,-*-**».— lrui0 j0 Koubo c da Urilaqem ;r.^&:srsrrs:

Queria assim dizer o americano ¦ _ I «a. « ^e? ^ao w ¦..-¦^?,w;^« ^j na de ouro de Morro Velho. Sem'falar

que das montanhas de minério de fer- "'.¦>,. ali P% "u Prat0' no arsênio, no baúxíta è,ro do Brasil pretendia levar «apenas»

^^^ | 11 ¦ finalmente, no urânio, que por lei elam^^mm U .Império da nanna no Krasil mm^mãmmente o que existe tom fartura nos vai- — r^ -7 rtos domínios da empresa nort.-ameri- RÉDOrlaCMÍ de RUI FACÓ No

entanto, para efeito de pago:cana Hanna Corporation a sucessora ncavi

1050111 M' nw" *1 meivo de impoitoi no Braiil, a Hanna

de direito e de fato da'antiga Saint- (cllYladO de NR 8 MlMiS GeraiS) fêz avaliar seus domínios de Marqueii i *tf! Dbw Minina Comoanv de Caraibai em pouco maii de 700 mi-

Saímos de Belo HorizVnte' em di- até um pot«a fontéio.' O território bra- mais d-ienfrearla grllagern. Ainda hoje grandes proprietário, eram tedo-pode- dicularia de 6 milhões de dólares para |h-f| de aüieiro|/ de atôrdo „„ „

reção à cidade mineira de Nova Lima sileiro, hoje ocupado prla Hanna, se ei- é lembrado entre oi mineiio, de Nova roíoi? .,¦-,.... i? T • .aqü j irguintei calculei oficiais de lançaW

— a maior concentração de operários tende pelos municípios de Mova Lima, lima um topógrafo lerviçal da compa- Asiim, aquele Estado dentro de 15 mil alqueires de terra to, segundo o suposto valor dos bem

mineiros do Brasil • já percorremos Raposos, Itabirito, Bolo Horizonte, So- nhia britânica, Seu Brandão, que de- um Estado qua,e nada cuitara aoi em- sâo qo tod0f 15 mi| a|queires de da Hanna, que obtive em Belo. Ho-

terras da Hanna As montanhas escuras bará, Rio Acima, Bonfim, Brumodinho e marcava ai propriedade, da St. John pretarioi ingleses. E foi quase de graça fer|B|| que ,òmente e|ai, ao preç0 cor- rizonte:j «.«_ i. r—ti d'EI Rev. Era um devorador de ferrai (nao te conhecem oi meandroí lecre-

«ue avstamo, ao longe pertencem Caete. ° Cl "¦»• ero um »««>«••"" M" _.. VOVa umaH«nn« E' seu famoso oico de Itabira, t «l para seus lenhorei. Se a grilagem ain- tos da transação) que os ingleses o ven- %,.*°»* ,ul-lu _ 7510U lieaarcs SS>SSS»49S^fiS

íuaenPea;oca a..&JShSiT2 TerraS *&*** ^oje campeia abio.uta por ene Bra- deram aos americano, Sabe-apenas rggj d. f^^&tf £ .;;;:;;; AAAAAA |fffl

trangeiras para apossar-ie do minério Todos o, atuais terrenos ocupado, sil afcro, o que nao .eria ha ma.» d. qu. a Hanna di.pend.u na compra da, gutog,csU™íí'feAAAiAAAAAAAAAAAAAAAAAAA »Mfoo

de7erro do Braií as primeiras resis- pela Hanna foram obtido,, no passado, um século, quando o,, posse ro. nao ti- açoe, desvalorizado, (por manobras?) 9£. de rcsuienc. -^--5

Sacia, também, na década de 20, pela ,ua antecessora inglesa, atravé, da nham realmente nenhuma força . o. da St. John d El Rey, em londre, a ri- W%&£»! Un» «e.919.^0

ferras de cultura - 200,00 ha íH.miow.w*> Terras de.pastagem — 1.138,00 iha 33.20S.900,oqTerras de mlriuiíus - 4;357,0U ha 27.34£.ü00,<J{J

... Casns (S8D e benfeitorias 88.100,000,00

CINQÜENTA ANOS DEPOIS DO GRANDE FEITO, 0 HERÓI AINDA É PERSEGUIDO iòtaí ds Rapo»» "uA.üPmm-¥l"tvw • £»I RIO ACIMA , ¦ ,. '1 erras de cultura — 147,00 ha . U.-7bU,00

J. ^^^. A- rerrás

de mtnárlus — 2.52(5,00 ha I5ri56,.uuü,uü

oão Cândido: Marujo Uue Acabou ^".ppppppppppp: ::íi^^ ^" ^^ ^" ^ ¦ ¦ w« - ^" -. lerras

(Je mmòrlus ... 3.;lWi,„., na 21.012.1100,0010 casas o benfeitorias bOO.000,00

C__pk\

% | k A I ÍUTAI, de Sabará 43.292.000,00

_ I W ¦ W, i« Al ¦• MBi •% Plki^fc ü ir" I 11% M â lAms A-'r altura - 113,00 om a v-hioata na iviarinna z:::pt.p:ppppppppppp:.p^íüTAL (ÍK11AL (dos 5 municípios) 71 lü.300.000,00

Reportagem dl DIÓGENES COSTA FILHO A coletoria estadual de Nova Lima Vemos como neste caso a situaçãoera autorizada a extrair de impostos muda radicalmente, em comparação come taxas a serem pagos pela Hanna, a empresa n' I. A posse absoluta dnpor aqueles cálculos, a soma global de Vale do Paraopeba e da corporação

ti HUliara He canhão mareou o fi- construção" do «Minas Gerais*, tomamos Foi transmitido, então, o primeiro fender-se. O Governo ordenou que tè- 53 293 864,50 (cinqüenta e três mi- norte-americana Porque aqui ,e trataUm disparo de canhão

^«W Sg do |evante do ,Po,en. rádio ao Calote, o ultimatum que dei- das as peças do Exército e dos navios lhoei, duzentos e noventa e três m.l, o.- do m.neno de ferronal da breve ,oa eroz

£°J°'««° S^cllãls que tínhamos de tri- '

xou o Governo com as calças na mão. de guerra fossem a.sestadas sabre tocentos e sessenta e quatro cruzeiros III - Mineração Águas Claras^,no encouraçad, «Mina Gerais», que k|m». 'e£J"J°*m n

inteiram05 ilha. Depois de algumas horas de bom- e cinquenla centavos). A. - Capital de 1 bilhão de cruze.ros,finalmente caiu em poder da sua tr- lha

ii°,;e;^^'nh;nau^''"^^ .. .. bardeio a Ilha era um inferno d. cha- Em resumo, conforme pessoa, au- sendo a participação da Hanna de umpolação. J«

,udo a re5Pei,°' 'X«Vmáximo S,mPat,a Pe,°8 reV0lt0808 mas Deienaj de nl0rfo$> 0j que ,en. torizadas, a Hanna está sonegando terço (33,4%). Os dois terço, restar,-

Corria a noite de 22 de novenv ^ros7aviosVemCconftrução*. '<"am fugir eram fuzilados. O massa- pagamento de impoiioi ao Eslado, se- tes se distribuem .ntw companhia, con-

brode!922 Noite quente, calma, tipi- Embora acovardados, Hermes da cre indignou a cidade: todos sabiam gundo o valor real de suas posses, em sumidoras de minério de ferro * equipa-

ca noile cai >ca dos primeiros anos de Quando em abril de 1910 a impo- Fonseca e seus ministros ainda tentaram que para dominar os supostos amotina- circa de 400 milhões de cruzeiros! (*) mentos para transportes dos j^doi

século A agitação das festas de posse nente belonave, uma das mais podero- esboçar resistência. Tentaram jogar a dos bastava cortar o fornecimento de Po.s quando apenas as terras são Unidos, Inglaterra e Alemanha Ociden-

do marechal Hermes da Fonseca como sas da época, entrou na Guanabara, opinião pública contra os marujos, di- água à ilha. O Governo, entretanto, esth.iadas cm 600 milhões de cruzeiros, tal. ^presidente da República já havia cc- sua guarnição estava em condições de vulgando os boatos de que pretendiam queria o Estado de Sítio, e precisava o Deparlamcnto. de Tributos de Minas Esta empresa desempenhara, no

dido luqar a uma rotina de recepçõe» movimentá-la sem auxílio da oficiali- bombardear a cidade. Esse recurso com- de acontecimentos graves para solici- Gerais avalia tudo em 700 milhões! entanto, um papel de grande Importão-

«rais íntimas despedidas das delega- dade. plicou a situação, provocando pânico na tar a medida. O senador Alencastro Não há dúvida de que a Hanna, cia para a Hanna: deverá produx.r clr-

cões estrangeiros que representaram _ . „ A . „„, . , cidade e dando início à fuga para o in- Guimarães, sempre a família Alencas- »jn suas complicadas transações inicia- ca de 3 milhões de toneladai de mine-

leu, aovernosA ai cerimônias de trans- ° empe/lh° ^T^A. «Tdeína »«lw. Impotente, sem meio,, para re- tro Guimarães) foi quem apresentou das em Londres, não comprou somente rio d. ferro por ano, explorando jaii-

mi são Z Poder J' °

fcpa" der "^ "í 2 lol „Ca- **' -o. bravos sublevado,, o Govêr- requerimento liberticida. Com exceção os Po„e, da antiga St. John d'EI Rey; da, da Vale do Paraopeba S. A. me-

,n,ssaa 6o Poder. Mannha de Gue a nao foi acompanha • _ m^Qf cQm 0$ de Ruj BorbosQ ,odo5 Q$ jenadorei y0. tomprou fombém consciência,. diante o pagamento do royalty de 1¦I No Clube Tijuca, cerAdo de todo do por correspondentes prov^a, pa,- amo,inados. Essa prova de fra- taram com o Governo. Q minério Je ferro dólar por tonelada, i.te pagamento J.

Ministério, Hermes da Fonseca deli- ra melhorar a situação do, guarniçoes. I ^.^ _ ^^ ^^ U HlineriO QC ieiTO royalty

^ ^^ (q #| „Jp,ta!|,„.

jeiava-se com a ópera «Taunhauier», de Foi essa situação que João Cândido |a marujada. Os jornai,, velada ou Ato contínuo, foram preso, todo, o, De imediato, nem a, terra, de cul- rá unia forma de burlar a legiilaçaobiti.

Wagner. .,eu, companheiro, encontraram no abertamente, tomaram o partido dos marujo, implicados no rebelião dè 22 de tura, nem a, pastagens, nem talvei ,,,, apreienfamlo lucro» inftrior*.

| _ _. , A,. . limrt Brasil quando o «Minas Gerai,* fun- humilde, homens do mar. novembro. Dezena, de marinheiros propno ouro, prata, ar,enio, nada d., aqüe|ei q0, obtiver realmente, ai-Empossado ha sete dias, após uma °ra>" h

bara fuzileiros navai, foram recolhido, a uma intere„a a Hanna. O que lhe interessa $im crm0 0 pog0mento de impoitoi.campanha em que enfrentara Rui Ba<- aeou n 0

deputado federal Jo,é Carlos de cela cavada na rocha, na Ilha das Co- realmente é o minério de fe.rro de alto jy _ Companhia , Auxiliar detosa, Hermes da Fonseca partiu ime> 0s sucessos ocorrido, por ocasião Carvalho, também comandante da Ma- brai, i*m ar e-lux, lançaram na .mqi- teor, a hematita compacta, o filé. Transportei -T-..0 .«apítaL^tÕ^mpr*-diatamente para o Palácio do Catete. da v;agem do «Bahia», «Tamoio» rinha| foi deJjgnado pe|0 senador Pi- morra medieval uma solução de água E a Hanna o possui em abundân- sa hanniana é também de I bllhdá ^eChegou ainda a tempo de ver o telegra- «Timbiras», a0 Chile, que festejava^ nhejr0 Macnado para parlamentar com e"còl. Quando a água Woporou, a cal da fdVmidável. Comieus domínios lo- £ruieir0s. E' atravéi dela qu*a Hanpaífista palaciano receber mensagem trans- primeiro Centenário da sua Independên- j0q0 Cândido. Ao voltar da sua mis- passou a ser abiorvida .por dezena, de calixadot dentro mesmo do chamado pretende construir-uma via-ferrãa. ptó-•nitida de bordo do «Minas Gerais»: cja| aprofundou o descontentamento da -.^ nQ <Mjna$ Gerais», pronunciou um pulmõei. Em menos de dez horas os Quadrilátero Ferrífero, numa área de pr!(|( bem como um porto próprio, et»

i, A rLjL,n(_ marujada. Durante e,,a viagem deze- djJC'url0 na câmara de amplos elogios homens jaziam mortos. Somente João 600 quilômetros quadrados, existem pe- |oca| que está ,endo objeto de eitudoi.¦ «Nao queremos a volta da chioata, ^ ^ ^.^ ^^ íup|iciadoi e dn. _ q] reconhecimen(0 Càndido e$capou, ,0 m.no$ TRÊS BILHÕES de tonelada, de A„im/ a Hanna é ur autlntic»

,sso pedimos ao P'"1""'" daQJ'^"; co deles desertaram em Buenos Aires. Q . a _Q cauJa que defen. minério de ferro, ou uma nona parte ho|dinfl|'ou um complexo ce emprliai

ca, ao ministro da Marinna.wuer Ta, foi 0 regime Q bordo dos navios, diam Foi repudiado pelos seus colegas Continuaram as medidas para lique aproximadamente das reservas de todo entre|açadas, interdependentei, mairespeito ia e ia. Caso nao '«"nam que

q fôrça foi batizada como «Divisão de Q;ma ,er apertado a$ maoj de dar com todos os rebeldes. Policiais 0 Quadrilátero. A grande vantagem da nfio de ,a| modo que e|a, quando bembombardearemos cidades e nav.oi qu ^ ^.

negro que matou o comandante Ba- varejavam clubes, residências e socie- Hanna: ,uas posses concentram a me- |h. tonvierf p0H0 ompütar unvdoi **?•

Hao se revoltarem, f^uarniçoes «mas, v «j. dqdef ,it-rària|. para prender soldados, |hor parcela de minério com elevado ,ócu|os para agir com maior deiemba-

São Paulo e Bahia». A narrativa dos maus tratos no «Di- marinheiros e trabalhadores. As mais teor ferrifero. Basta lembrar que só raí0_, •• • l j- - «-• «»«. vi$âo da Morte* precipitou a eclosão Finalmente, o Governo curvou-se às horripilantes torturas foram aplicadas pjt0 de Itabira tem uma reserva já cons- » U-___ .;„J_ „-J. .«i.a heróica insubordinação foi. pro do moviment0/ que inicia|mente fora imp0S;ções doi rebeldes. Proibiu os cas- para arrancar «confissões». A noite de ,atada da ordem de 350 milhões de to- A na"na a,naa Poae 8« ,A>

vocada pelo tratamento dispensaao marcado para 0 dia 15 de novembro, »ig0s corporais na Armada, mandou dar Natal daquele mesmo ano, deixou ne|adas, sendo 150 milhões de hemati- contida .;¦marinheiros da Esquadrd Brasi aniver$ário da Repúblbica. Transferido urgencia a0 projeto aumentando o sôl- pôrto do Rio o navio «Satélite», do »0 compacta (teor de 66 a 697o da Em algunt setores, em Minai'Ga-Ainda em 1919 adotava-se na Ar^a pQr duQJ vèie|> 0 movimento «ctodiu do dos militares e, finalmente, saneio- Lóide Brasileiro. Nos seus porões, algu- ferro). rais, percebi uma atitude de peuimli-os mesmos processos de recr ta quando souberam que o marinheiro nou a anj$tja votada pelo Congresso ma, centenas de criminosos, prostitutas _< j,l0 que, hoje, para o, magna- mo, quaie de fatalidade, ante a trt-c,ue Lord Cochrane recomendara ao Marcelino

Rodrigues havia sido castiga- «m tempo recorde. e marinheiros rebeldes. O barco,e fat da indústria siderúrgica norte-ame- menda ofensiva da Hanna para' mone-,perador, ao ser por este encarreg do com 250 chibatadas. ,.. ]¦'/.. destinava à Amazônia. Durante a via- rica5a va|e mais do que ouro. polizar a exploração de minério de fef-de oraanizar a Esquadra. Homens eram No curso dos en endimentos, mani- ... ,. ¦- ' .. ,7 B -i n - Lí".i u>caçados e presos no interior do país pa- O Comitê Geral marcou o movimen- f^se a açõo dos interessados em ^ olgun. marinheiros, misturados aos A jj^ Sfi e8trutura ro no Brasil. E .,». o ,eu ob,.t.vo -Nh-

ía formar as guarniçoes dos navios. to para o dia 22 de novembro, ao to- 1™ % situação. Os poderosos da P/eio,, ,.mu aram, uma revolta. Tinham ^ rin(i , finali. gUem o nega, . aIgun, ,a con.id.ram

:mis,ura 'com criminosos. Os so teios a pregação cvilista de Ru, Barbosa ti- J

teneÇnfes ^^ M§|0| minério de ferro - « Hanna const, ^^ _ ,,,ra„fl.iraf:.iiílj.

,eram vergonhosas farsas, deles se ex- Luta rap,da vera no 5e,oS das massas, durante (atualmente lider da *'u " T-lrnnTaíâ Velho S »ôdos as portas à poderosa companhia

cluindo os rebentos de famílias aba ta- campanha eleLoral, viram na rebelião da _ ^^,MjlJ norte-americana,das. No Norte e Nordeste particular- Ao toq(je de m^ n0 gigan(es. prel, ,0 para um regime de exce- ^n.QnMat05 fi am 0$ responsáveis pe. - Esta e que e « ««praM *wt«m.nrt

mente, as autoridades proyinc.a. em^ £a be|onav8i vu|t0J precipitaram.5e pa. çâo que lhe, garantisse os privilegio, « J trebe. encarregada da in nc' dj» .J» de ?torre P ^ rf§

pegavam seus aparelhos policiais na „ _ pon(e de comando. Prenderam n05 pericliiantes Esgrimiam «om argumen- °< 9 ^^ ^.^ Velho A m£fâ& "'"lítUo"

en- tudo, a batalha contra a Hanna apena,icaptura de rapazolas entre doze e v,n- caiT,arote,õ,o.ficiai,; que «encontra- tos formalisticos alegavam que o Con- sumariamente e jogando seus *¦*¦ err0.da ^ZLdodo

Melo Via- começou. Todo, ,e recordam que a luta^e anos, que eram trancafiados as cen- yam _ bordo , os que re$istjram fa. greJS0 nâo pod,a decidir sob coação. ;m9arrado aQ W^».^»l^£fJ^£ em defesa do petróleo, em condiçõe,^enas em porões infectos e enviados pa- ram mortos a golpe, de machadinha. Pinheiro Machado com a forte mfluen- «'P«. na. Nhe: (PSD|..Èrta?

^J°f™L bem mais difícei,, iniciada em 1948, ,6«a a Corte. Dezenas morriam durante cia que exercia sôbre Hermes da Fon- mar' terminados interesses ligados a minera

p.tr«hrn« tinrn «no, de.C viagem. O tratamento dispensado Pe- No «Minas» a luta foi comandada 5ec0) encabeçava 0 grup0 dos que d* Sobramm algumas deienas, quc os ção, mas em gera. de maneira fictícia, no roux a Pe robra, enco anos d.

k oficialidade nivelava o marujo a bes- por João Condido, tombem chefe su- fendiam „ ,soberania, do Par|amen.o. ^ .^ res^s do$ cas)igos foram Obtivera algumas concessoe pre. «, P» J

•"• * • q _'.„, j. rn,„n a. menores fa tas eram pu- premo do levante, Ao, gritos de «li- i_,í.„„i„-„i- m^níe para negocia-las, como rez com r -

Êa com dezena dVchSefada,, apli- herdade» . «Abaixo a chibata», ho- Finalmente, no dia 26 de novembro, dizimando ,mplacavelmen.e. men, 0 ^ fans,amagó. „.nt0 em que a opiniao pubhca braii-

clscom d umedecida. e'atra- mens enfurecidos, envergando rotos tôdas as reivindicações da marujada £QÍ FafrostaI.;e ,á po,suía concessão ^^^^Z^S

asados per finíssimas agulhas, Cada uniformes, pés descplços, caíram sabre foram satisfeitas e os barcos .ublevado. ,-J^ rebelião da Mminha, rese.vou- para a eslKitíu-de.ferro de Itabira .nv.sl.da. d» n^h* •^J2;

So tinha o seu verdugo, que exercia a oficialidade apavorada. A débil re- devolvidos ao Governo. Jaaojnn de, tratamento Expu|jo do Ma. J d„5 „,„ de lnl.ro.M-y.tal para A m d.,,o ^a

que o, advoga

«i« indiana função em frente à guarni- sistência ensaiada por alguns oficiais fo. transformado em hero, nacional, trans- apagado de to- a Hanna. Está associado a outro po- dai e testai de terra da nanna «voscu

Tão fo m da no onvés e envergando ,ogo dominada pelos amotinados, re- mitiu o comando com toda a pompa. jnja ».y e^n m p.g ^ Luca ^^ ro. „ ^

,„ p d ^

So me branco. A pesada carga de sul.ando na morte do comandante Ba- Mandou amar as bandeiras vermelha,, sua demissào me nfio aparece na dire,6o da compa- ^^^^^^^^^11

\M idades mantinha a marujada em tista des Neves, e de mais trê, ou qua- retirou do pescoço o lenço vermelho, , Acaba. nh. ma$ . de fafo qüoni manda o e,,enciall^)**•+W^JfS

Saneht estado-de rebeldia contra tro oficiais d ê s se encouraçado. No símbolo da sua autoridade revoluciona- ^ emP J ^ hospício, como hoje em Morro Velho. ml"as "ü! ?fla"'"" . "

. 1ÍÍL déP T-Sade M deserções eram ro- «scout» «Bahia», os marujos Ricardo ria e, com a guarnição formada no con- am por lança Io no '

0 tapila| da Mineração Morro Ve- automação para explorar o mmene de

í írVmaL^SSíSm freqüén- Freitas e Francisco Dia, Martins coman- vés do «Minas Gerais., ordenou que louco. P bilháio e ,ÔQ m, ferro exportar ela mesma, toprper-„„e,rai e motins ocorriam ^

^ movimen»o. Morreu o tenen- fosse tocado o Hino Brasileiro, canta- J» de --|f0 mas aqui a Hanna missão depende agora, diretamente, do

' C,a' te Mário Alves de Sousa. No «São do pelos marujos com grande entu- jj^j «jgnorar]0» ,- uma participação de apenas 275 ministro da Agncu tura sr. Barros de

Faltava, entretanto, um exemplo Paulo», da mesma classe do «Minas», JÍQsmo. milh6e5. E< qUe ieu inteiêsse é fechar Carvalho, ^r.s.„tanl.

do PTB no go-

para deflagrar o movimento d. pro.es- cabo Gregório Nascimento foi o cabe- Reconhecendo o alcance do movi- - ^rro

Velho e entregar^j^..ad- verno ^

h ^ ^

,o e líderes para comandá-lo. O exem- ^•"J»"^ JUJ aiv2 condirei Traição C prOVOCação mento encobeçado por João Cândido, brasileiro o sobrecarga pel

^tan.sa uma ^ ave „„,„,„„„«in cnrniii rom a façanha dos maruios mo, um dos mais otiyos conspiraaores, t «- ¦• , , r . a' »(*¦„ cao de mas de 4.UUU operário» huc - mjí _.i-pio surgiu com a raçan iu "«» ."¦ i, .. ' ... ,. . ..... os qovernos da ng aterro e Argentina «,«««= imbu« Lima como seia a concessão pretendida pelado encouraçado russo «Potenkim», em coube levantar a guarnição do coura- °> governo» u d trabalham na mina (Nova uma <- i ^. , P1905 a é no parlo de Odessa se in- cada «Deodoro». Dois dias após a entrega da esqua- oiereceram-lhe. asilo Sonz Pena pre- R ,. sòmente a indenização ao» Hanna, m i arma apontad*_jantra al?üi, que no pono ae uu»>u . A. j c „,„ „t«innn rl«rre- tendeu ncorpora-lo a Armada argenti- RU7.' ia..» lin.iidnda a Morro Companhia Brasileira Vale do Rio Doce?surgiram contra os maus-trotos e a ah- $ hcm9nj formavam Q Coman. dra Hermes da Fonseca a «"««

J«« povo plantino se empenhou nu- fPf™"05'- ° "JSl em SO? mühõ s  opinião pública está vigilante.

mentação ruim. Quanto aos lideres, es- insurreição. f determinando a expulsa lumana P q_ v.lha, esta avaliada em 800 m lhoe, , ^^^ ^fes desde muito se.encontravam disper- dos marinheiros que

p»»" «"^ brasileiro

a nacionalidade argentina, co- de-cruze,ros. ^ »»• p.^. mem s que 9 .^ aj

50S entre a tripulação, a espera de Msia dezena de oficiais e un, vinte dos nocivos a disciplina^ P^cebendo . João „ ,lnd M,0 dos mine.ra. d.. No« l «a, 9 Pdos frQem 0J jn, ê$.

acontecimentos que lhes mostrassem marujos entre amotinados e fieis a ofi- o alcance da medida, a.guns dos ma- .^ t de seus advogadas, exgiiam P 5 ^ ^

caminho a seguir. cia idade,' estavam mortos ao f,m da ru.os rebeldes fugiram. ^ ^ o ód|o da cas,Q que fosse depositado Pf^ana. jwm .-a ^^ ^ ^.^ ^ podeB,0f.^r.

rüp,da luia' João Cândido, ingenuamente, pre- governava o.pai,. ran,,r U"^ ffiS e Indústria Vaie mitir que o, colonizadores, eicorraça.

Três anOS de planejamento Vitorioso,- João, Cândido ordenou tendeu confiar na palavra oficial Uma (rnn<rorreu 0 cin. do Paraopeba S. A. - A finalidade dos de outrp, domínios, venham açoitar-

que a bandeira vermelha fosse içada provocação armada com os requin... No «....«,« . tra ,ca eü o cm araap , Hanna a .^

laâo" Cândido hoje cem nns quatro navios mais poderosos. Man- de perversidade estourou no dia 10 quenlenar.o da gloriosa , urreiçi o_A ^es p 9 Jf Uma avaliação «real mínimb-de

- 5 C° naTra a pSaSo do dou também que os demais navios que de dezembro do mesmo ,ano. Fizeram imprensa . a Gover = P" » f^EI

Rey. com suas enormes re- que tomei conhecimento, sem possibiü-cltena anos, naira a pieparaçc _ a_

permaneces5em divu|ga> no Batalhão Naval que, a no.- silencio em tomo da dat a Pa ^algun, John

a ti Key ^ ^ ^ j^. ^ ^^.^^^ ^^ ^ à$ pos.

revolta: fundeado,, transferindo parte das suas te desse dia, o Exército atacaria a Ilha oao Cândida jamais

sero wi-h^o.. ser opr0YPÍtáveis. 5e5 da Honna o valor de 2 bilhões 'M

D*sde 1903 o movimento vinha sen- leões para completar as deslaica- das Cobras, sede dessa Corporação. Mesmo depois de morla^ieu'P^^ * ., ,,.„.,„ dfi crüieil05f sendo milhões He auz- -. Isto considíran,,

do , "í

c 1 Ln New Lc-Ac, na In- ,;- tripulaçües do .Minar,, «São Pau- / '. v >,. os fuzileiros nova» dom.na. . I.Karar ligado o od.ehvai in.ulluo.a. casas q uq ^^ _ .

fliS" We acampan-hú^ma. lo„ «eàítiao . «Deodo.o». ia'm o quaiiei, tomando arma. paia de- av.an.es.

Page 12: :í. TOMÜ POSSE 0 SUBORNO - marxists.org · Come denunciou o sr. Levi Neves, os votos estavam marcados pelo lider*do govimo. Era a forma de con- ... Verinrla Nunes (foto), é um

— 4 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro de 1960 —

Furacão Cubano AtingeParlamento Brasileiro

O assunto Cuba ocupou a nten-ção da Câmara nos últimos dias.Mais de uma dezena de deputadosparticipou dos debates. De um lado,os amigos de Cuba, que existem cmtodas as bancadas e são das maisdiversas tendências, defendendo arevolução de Fidel Caslro, princi-palmrntc as suas medidas antiim-perialistas. De outro lado, os ini-migos da revolução, um grupo lio-mogêneamenlc reacionário, lidera-do pelos padres \ idigal e MedeirosNe.o.

O principal alvo de ataque dosque se pronunciaram a favor detuba foi a política do governobrasileiro, cm tudo e por tudo sub-servicnte ao Departamento de Es-tado e âs suas medidas provocati-vm tomadas intimamente contra opovo cubano. O deputado Losacco,por exemplo, depois de condenar aúltima façanha do Itamarati, quemandou apreender publicações che-gadas de Cuba, disse o seguinte:«Estamos certos de expressar osentimento dá maioria esmagadorado povo brasileiro, que não concor-da com o Itamarati e muito menoscom a sua subserviência ao Depar-tamento de Estado norte-america-no, mas que, ao contrário, queraumentar os laços de amizade queo ligam a Cuba e deseja aprendercom a rica experiência da Revolu-cão cubana».

As liberdades,ponto de controvérsia

No intuito de confundir a opiniãodos democratas, os inimigos da re-volução cubana atacam-na dizendoque ela aboUu as liberdades de im-

Írensa e de cátedra. Também na

amara foi invocado este argumen-to. Era o grande trunfo com quepensavam contar os padres Vidigale Medeiros Neto para levantar oânimo dos parlamentares contra ogoverno cubano. Pensavam, dessamaneira ganhar para a sua causa,a cansa do Departamento de Esta-do, os que ainda vacilam e têm di-ficnldade, por uma ou outra razão,de ver que os interesses do Brasilsituam-se do lado da obra antiim-perialista liderada por Fidel Castro.O deputado Nestor Duarte, quenão é nem ..comunista nem esquer-dista, entrando no debate, em apoioao discurso que então pronunciavaSalvador Losacco e contra as in-vectivas do padre Vidigal colocou aquestão das liberdades em Cubanos seus devidos termos: «.. .Cubaé uma revolução e como revoluçãoela deve conter as grandezas e as

CUBA:

Áto Público emSão João do Meriti

impurezas próprias de uma revo-lüçao. Como revolução é um instru-mento de progresso... e é nessesentido, como um processo revolu-cionário que afirme e implique serum tremendo e admirável esforçode renovação, de progresso da na-ção cubana, que devemos olhar ogoverno de Cuba, ou a atuação,neste instante, de Fidel Castro,como uma mensagem digna denosso apreço, digna, sobretudo, denossa curiosidade, pois os povosestão em revolução e é através dasgrandes revoluções, como se espe-ra seja a de Cuba, que eles pode-rão, principalmente no caso daAmérica, realizar o seu progresso ea sua economia».

Celso Brant, do PSD, procurai-do igualmente conduzir a discussãosobre a existência ou não de liber-dade em Cuba, demonstrou queaquilo que se aponta como ataqueda revolução à liberdade não é outracoisa senão a luta dos cubanos pelasobrevivência, afirmando conclusi-vãmente que o «maior inimigo darevolução cubana não é a situaçãodifícil da ilha decorrente natural-mente da exploração por tanto tem-po dos Estados Unidos, mas a lutados Estados Unidos contra tudo queCuba quer fazer».

Assim foram desfeitas, uma auma, as divagações abstratas sobrea liberdade, que é matreiramenteinvocada, não quando está em jogoo direito dos povos de dispor dosseus próprios destinos, mas quandoas regalias dos trustes e monopóliosim perialistas são liquidadas, quan-do os exploradores são vigiados deperto pelas massas trabalhadoras,organizadas e armadas pela revo-lução.

Omissão e conivênciado nosso governo

O deputado carioca Lycio Hauerdeu, mais uma vez, mostra de suacombatividade e fidelidade aos seuseleitores: foi à tribuna para com-bater a política do Governo brasi-leiro em face à ameaça de interven-ção norte-americana em Cuba.Alertando a opinião pública sobre asubordinação de possa política ex-terior ao Departamento de Estado,disse que «não podemos deixar deprotestar diante da posição omissa,quando não conivente, tomada pelosresponsáveis por nossa política ex-terior, que parecem muito mais in-teressados em não receber repri-mendas do Departamento de Esta-do do que em respeitar os princí-pios que eles mesmos declaram de-

No dia 27 de novembro foi rea-lizado, no salão da Câmara muni-cipal de Meriti, um ato público desolidariedade à Revolução Cubana,que contou com a participação daUNE e da UBES," representadaspelos seus respectivos presidentes,e de organizações locais, inclusiveda Igreja Batista.

A sessão foi presidida pelo sr.Jusé Santos, presidente da Comis-

são Organizadora. Falaram, entreoutros oradores, Jarbas Santana(UBES) e Oliveiros Guanais, presi-dente da União Nacional dos Estu-dantes. A Comissão Organizadoracomunicou também que, a pedidoda assembléia, enviaria um protes-to ao presidente da República, re-sclamando contra a atividade doagente da Esso infiltrado na Petro-brás, Mr. Walter Link.

APOIO A CUBANA ASSEMBLÉIA DOESTADO DO RIO

O deputado estadual Adolfo Oli-veira coíocou sob 6 fogo de sua cri-tica a política do governo bra.silei-ro em relação a Cuba, mostrandoo parigo a que êle se expõe por nãoter uma atitude clara diante da lutad.'e emancipação que estão travandoos povos exnlorp.dos pelo imper.a-lismo. E passando, em seguida, aodiscutido tema da liberdade, afir-ivou enfaticamente: «A primeiraliberdade deve ser a econômica.Nada adianta ao miserável, àquele

representante da categoria' a maisínfima da sociedade, dizer que lem odireito à liberdade de opinião, à li-herdade de culto, se não tem a li-herdade de viver e de manter a vidade sua família». E foi nessa mesmalinha de raciocínio que concluiu: «Oprincipal escopo de quantos sãocristãos, por atos e por palavras, éo de dar ao povo cubano o direitode se reger e de se libertar da tu-tela econômica».

V E R E AI) 0M LUTADEFESA D

ES GAÚCHOSEM

UBAA medida que aumentam as

ameaças de intervenção nn> Cuba,cresce, paralelamente, a solidarie-dade ao heróico povo irmão. Provadisto é o manifesto aparecido emPorto Alegre, assinado por deputa-doa estaduais e vereadores da capi-tul gaúcha. O documento, após as-«inalar o perigo que paira atual-mente sobre Cuba, ameaçada de in-tervenção, apela para todo o povobrasileiro no sentido de «d •'¦•••^¦•ro sagrado princípio de que cada

povo é o senhor absoluto de seusdestinos».

Assinam o manifesto os deputa-dos Guilherme do Valle, José, Ve-chio, Milton Rosa, Pedro TessisGonzales, Meab Caldas, AdalmiroMoura e outros, que integram naAssembléia estadual as bancadasde vários partidos. Geraldo Sfedile,José Casar .Mesquita, C61io MarquesFernandes e outros vereadores dePorto Alegre também firmaram odocumento.

r

fender na Operação Pan-America-na». E depois de. mostrar que nãoé casual a política do governo bra-sileiro, mas que faz parte da mesmapolítica que defende praticamentesozinha na ONU o colonialismo por-tuguês na África, cento e trintaanos depois que nós mesmos pro-clamamos a nossa independência,concluiu afirmando já ser tempo deo povo brasileiro assistir â execução,de «uma inequívoca e legítima so-lidariedade a todos os povos quelutam por construir ou consolidarsua independência expressa nos atosdo seu Governo».

Participaram ainda dos debates,a favor de Cuba, os deputadosCampos Vergai, Fernando Santa-na,'Josué de Castro e Ferro Costa.Sabe-se, além disso, que dois mani-festos de apoio à obra da Revolu-ção cubana estão para ser Hdos naCâmara, nos próximos dias, um deautoria de Josué de Castro, outrode Barbosa Lima Sobrinho, já con-tando ambos com grande númerode assinaturas.

O furacão cubano começa a agi-tar o nosso Parlamento.

r ^^^^^^^^^^^^^^m^^^^m^m^m^m^m^m^m^m^m^mmmTmmmwmwÊÊmmmmÊÊtÊr

0 povo atendeuao anuncio

COMISSÃO DE SOLIDARIEDADEA CUBA LANÇA MANIFESTO:ESTADO DO RIO

Na .praça das barcas, na noite de 30, milhares de niteròicnses reuniram-se,atendendo ao apelo de estudantes e lideres sindicais, para manifestar sua soINdariedade ao povo cubano que luta contra o imperialismo norte-americano •constrói uma nova vida, de progresso e soberania nacionais. A solidariedadea Cuba movimenta hoje toda a América Latina.

JARDIM BOTÂNICOAPOIA CUBA:774 ASSINATURAS

Está sendo distribuído em todoo Estado do Rio o manifesto assi-nado pela Comissão FluminenseProvisória de Solidariedade a Cuba.Diz, entre outras coisas, o manifes-to:

«As posições do governo revo-hieioná rio cubano contra os interês-ses dos grandes trustes que impedi-am o progresso de seu país atraíramo ódio do aparelho estatal norte-

-americano que, cm conseqüência,vem intervindo economicamentecontra as conquistas do povo deCuba e ameaçando, inclusive, coma agressão militar. Para tal objeti-vo contam os E.U.A. com o apoiode todos os governos latino-ameri-canos...»

O manifesto finaliza conclaman-do o povo a manifestar a sua soli-dariedade à causa de Fidel Castro.

Por iniciativa do «Conselho Na-cionalista 7 de Setembro» foramcolhidas 774 assinaturas de pessoasque residem ou trabalham na ZonaSul, particularmente no JardimBotânico, num manifesto de solida-riedade ao povo cubano, face à cam-panha de calúnias e agressões doimperialismo norte-americano con-tra a Revolução Cubana. O «Con-selho Nacionalista» continua co-

lhendo assinaturas e deverá reaB-zar também outros atos de solida-riedade, como comícios, projeção defilmes, etc. Cópias dos abaixo-as-sinados foram entregues à embaixa-da de Cuba em nosso país, ao depu-tado federal Josué de Castro e aodeputado estadual Guilherme Ma-laquias para que dessem conheci-mento às duas assembléias.

AS CANÇÕES DA NOVA CHINA FALAM QUE 0 FUTURO I DA CRIANÇA"E Para Nós Que os CamponesesPlantam as Sementes"

Reportagem de ANA M0NTENEGR0Estou certa de que nos países

socialistas existe, realmente, apreocupação diária e permanentede dar assistência à criança, sobtodos os aspectos. Já tínhamos vis-to, em Praga, o carinho com quesão tratadas: as crianças tchecas,com as suas roupas de renda e osseus laços de fita, parecem bonecas!Na URSS, as creches causam admi-ração pelo conforto e até luxo comque as crianças são cercadas. NaChina, é a mesma preocupaçãopelas crianças, através de uma as-sistência medica continuada, desdeque nascem até os 14 anos: atravésCie uma assistência cultural que lhesacompanha todos os passos, desdeas creches e jardins-de-infáncia atéas escolas de grau mais elevado.Uma professora primária, em Chan-gai, diretora de uma escola imen-sa que abriga 1.481 alunos, nosdizia: «Antes da. libertação, a causado ensino estava .somente em pala-vras». De modo geral, a causa dascrianças, no lado em que vivemos,está somente em palavras. Na novaChina, porém, está no sorriso da-queles milhões de crianças vestidaso calçadas modestamente, e muitobem alimentadas, que nos chama-vam de «tios» do Brasil. Algunsnúmeros servirão para ilustraresses cuidados e a preocupação emcercer de bem-estar as crianças,uma preocupaão muito comovente,que é o centro de todas as ativida-cies sociais e que está presente aténas cantigas infantis:

.. «É para nós que os campo-neses plantam as sementes...»

Diminuiu a mortalidadeinfantil

Uns poucos números, apenas,porque seria muito longo enumerai'todos, servirão de argumento paramostrar que, ao número de pessoas,correspondem as organizações ne-cessárias para atender às crianças.Essas organizações estão espalha-das por todo o imenso territóriochinês, sem diferenças entre o cam-po e a cidade.

Num conjunto residencial quevisitamos, localizado numa cidadeindustrial, encontramos para 18.000famílias, com 92.000 pessoas, osseg1 * !;ps estabelec-moníos: 96 cre-ihes, j jardins-de-ihíância grandes

e 30 pequenos. Também, numa Co-muna Popular do campo, a «Ban-deira Vermelha», para 17.380 fa-milias, com um total de 84.310 mo-radores, existem: 4 escolas secutí-darias, 10 escolas primárias, 32creches e jardins-de-infáncia gran-des e mais 83 creches e jardins-de-infância com pequena capacidade.Na Comuna Popular «Lua Clara»,onde vivem 28.U0O famílias, exis-tem 70 creches e 30 jardins-de-in-fància. Os médicos da cidade fazemcursos especiais e se transportampara o campo, onde ensinam asmães a cuidar das crianças, no sen-tido da alimentação e dos cuidadoshigiênicos. Não há nenhuma limi-tação na proteção às crianças docampo. Todas as crianças são filhasda República Popular da China,morem nas maiores cidades ou nosmais distantes recantos do interiordo país. Mesmo o tratamento pré--natal se estende ao campo, onde asmulheres têm os mesmos direitosde repouso, e remuneração das quetrabalham em quaisquer outras ali-vidades.

A mortalidade infantil está sen-do combatida com a elevação donivel de vida o com os cuidadosprofiláticos, num trabalho pacientede casa em casa, feito por médicose enfermeiras dos hospitais distri-tais e dos centros de saúde públi-ca. Em Pequim, em 1949, a morta-lidade infantil era de 200 em 1.000crianças, mas em 1959 esse índicetinha descido para 35 em 1.000.

Em todos os hospitais cie Pe-quim, antes da revolução, só havia100 leitos pai»a crianças; hoje, só noHospital Municipal, existem 600 lei-tos.

Não existe uma criançasem estudar

Um capitulo especial de nossasobservações deve ser dedicado àescola primária, que é a instituiçãobásica da educação de um povo. NaChina, não se deve perguntar se onúmero de vagas nas escolas pri-tnárias atende toda a população in-fantil, em idade escolar. A perguntacausa estranheza, porque não seadmite a possibilidade de uma cri-anca fora da escola. O aprendizadoé difícil, pois é feito no alfabetochinês e no alfabeto latino, mas

todos estão aprendendo a ler. An-tigame.nte, na freqüência escolar,eram registrados, apenas, 5% defilhos de operários, hoje essafreqüência é de 91 rc, mostrando,assim, que a escola primária é umainstituição verdadeiramente popu-lar.

Numa escola primária, as cri-ancas não aprendem somente a ler.Têm atividades artísticas, esporti-vas, científicas e técnicas. Geral-mente, há dois expedientes, e quan-do não é assim, as casas de pionei-ros, onde os escolares podem apren-der qualquer arte ou oficio, comple-tam o expediente escolar. Não hácrianças desocupadas na China. Aolado do programa de rotina —linguagem, matemática, história,geografia, belas artes, ciências na-turais e canto —. há salas de leitu-ra, locais para pequenas e.xperiên-cias, bibliotecas, etc. A biblioteca dequalquer escola é franqueada atodas as crianças do bairro. A es-cola é uma constante na vida dacriança, é parte da organização so-ciai, Há escolas como cogumelos.Nos conjuntos residenciais. NasComunas Populares do campo e dacidade. Nos bairros. Nos distritos.Em cada rua.

Todos pensam em serviia população Mm\\\

Além dessa assistência médica ecultural, decorrente das novas con-dições de vida, que inclui trabalhopara todos, melhor alimentação emelhor habitação, freqüência aosteatros e acesso a todas as fontesde conhecimento, muitos aspectosda vida social do povo chinês mos-tram que às crianças não se dá,apenas, a vida para viver, mas umavida nova e feliz.

Todos nos admirávamos de comoos brinquedos eram baratos! E elesnos explicavam, com toda a paciên-cia, que isso permitia às criançaspossuírem brinquedos, por menor

v que fosse a renda da família. Apreocupação pelas crianças vai aoextremo de pensar em suas boné-cas e em seus carrinhos de corda.

As crianças podem acompanharos pais a qualquer diversão, mesmoã t !>ite. Não há espetáculos do cha-mado gênero impróprio, por issonão há censura. Todas as purias

estão abertas às crianças. Vimos nomuseu do Palácio Imperial, ondeantigamente só entravam os altosdignitários da corte, numa salaonde bem poderia ser o «boudoir»da última imperatriz, caminhas degrades para o repouso das crianças.E no parque daquele palácio, cons-traído em 1651, uma imensa filade carros de conduzir bebês, à dis-posição das mães, para que pas-seiem suas crianças pelas extensasalamedas. Pelo rio Yuntzin, quecorta o parque, os escolares pas-seiam em barcos imensos, em pro-gramas diários de recreação.

Os médicos saem de casa emcasa vacinando as crianças. O pe«riodo de amamentação é rigorosa-mente protegido pelas administra-ções das fábricas, e quando as cri-ancas estão internadas nos hospitaisas mães são dispensadas do traba-lho, sem perder o salário, paraamamentá-las. Nunca vimos umacriança abandonada, sozinha, numleito de hospital. Quando as. mãesnão estão presentes, há, sempre,uma enfermeira para assisti-la. Osmédicos carregam as crianças nocolo o lhes mudam as fraldas, comuma carinhosa modéstia. Há, sem-pre, várias crianças no colo dosmédicos e enfermeiras. E ouvíamosa explicação: «É muito cansativopara uma criança passar o dia in-feiro deitada. Elas precisam de ca-rinho!» E aqueles rapazes, estudan-tes de medicina, não tinham nenhumacánhaméntó, mesmo diante de es-trangeiros, de carregar nos braçosos pequenos enfermos. Nas mater-nidades, há dezenas de enfermeirascuidando dos recém-nascidos.

Esses cuidados com a infâncianos fazem entender todo o amorda juventude chinesa pelo passadoe o presente da revolução. Os jo-vens de hoje aprenderam as suascantigas das bocas dos soldadosvermelhos, que sabem carregar fu-zis nos ombros e sabem carregarcrianças nos braços. As criançaschinesas, apesar dos problemasainda existentes, se criam apren-dendo que todos trabalham paraque as rosas e o trigo produzidopelo socialismo lhes pertençam,para garantir e embelezar o futu-ro dos filhos dos trabalhadores, semdiscriminações:

... <>É para nós que os campo-neses plantam as sementes»

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— Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de dezembro di 1960- NOVOS-R 5 -

Bulgária, País Das Rosas Declaração Dos Partidos Comunistase Operários da América Latina e EspanhaSINVAL PALMEIRA

Sofia — Outubro do 1960

/ Sem desmerecer as belexas de Por-tugal, o verso do «D. Jaime» — Jar-dim d'Europa àr beira mar plantado»|— cabe por inteiro à Bulgária. Rosas

for toda parte. Nas ruai de Sofia, de

lovidiv, de Tirnovo. Nas coitas do MarNegro. Rosas cuja essência perfuma a1 Europa. Chegamos a Sofia para o Con-gresso da Associação Internacional deJuristas Democratas. Quase quatrocen-los juristas, de quarenta e sete países,marcamos encontro na bela cidade bal-cânica, velha de milênios, mas renova-da e festiva, em meio às marcas de suahistória gloriosa.

A delegação brasileira, presididapelo desembargador Aguiar Dias, par-ticipou ativamente do Congresso e va-iorizou as delícias de seu «sejous» bal-cânico, no calor de fraternal hospita-lidade.

Terminado o Congresso, a Associa-ção Búlgara de Juristas nos levou, porcinco dias, a percorrer o país, em con-fortáveis ônibus, sempre assistidos pordiversos colegas do país. O gula denosso ônibus era o advogado de Sofia,Alexandre Boisov, que falava excelentefrancês e parecia um velho companlioi-ro de longa viagem. Desse jovem cole-ga, guardo a melhor impressão. Não écomunista e tenho, para mim, que pro-vém de família burguesa. Falou-me deseu país, de suas transformações, salis-fazendo a nossa 'curiosidade, corno umhomem livre e tianqüiio, num paisigualmente livre. Deixou claro que aBulgária se transforma criando uma vi-da melhor para todos, sem ocultar di-ficuldades ainda existentes e naturaisdescontentamentos. A vida atual, secomparada à anterior à revolução, é, noentanto, bem promissora.

País pobre, de pequenas agricul-turas, cinco séculos sob feroz jugo tur-to, a Bulgária conservou nas montanhasseu sentimento nacional, lutando incan-sàvelmente para expulsar o invasor, oque logrou em 1878, com a ajuda russa.Estava no destino dos búlgaros seremduas vezes libertados pelos russos: aprimeira, do jugo secular dos turcos edepois, em 1944, do nazismo hitlerista.A estima dos russos pelos búlgaros sejustifica na semelhança das línguas,ma*, sobretudo, na história.

A cordilheira dos Bálcãs ocupasessenta por cento do país e é o grandeherói legendário. Tema de canções epoemas, ali se conservou a naciorralida-de • ali se reuniram os guerrilheiros daIndependência búlgara em todos os tem-pos. Povo de origem nos trácios, repre-lenta uma mistura de raças, slavos, gre-0oi, romanos, cada um dos povos comjinais evidentes de sua presença. As-sim é que a bela cidade de Klovidiv,.'undado pelos trácios, veio a ser a Fil-polis, de Felipe da Macedônia, e Varna,e grande centro urbano do Mar Negro,

sede da Academia Naval, também dePericlqs. As marcas da cultura helênlcase misturam à beleza da paisagem me-ridional.

O Mar Negro é na Bulgária umaatração tuiística, com magníficos ho-leis construídos pelo governe popular,pailiculaimente na «Costa do Sol» enas «Areias de Ouro», formando amagnífica Riviera búlgara. Em «Costado Sol» encontramos repetido, no mun-do socialista, o fenômeno Brasília; umacidade completa, com trinta e oito ho-téls, resiaurantes, lojas construída empouco mais de* dois anos, onde antesnaca havia além do mar e dos praiasdeserias. Se a Bulgária desenvolver in-teligente propaganda de suas belezasnaturais, de seu clima maravilhoso, sesuas fontes termais e de seus balneá-rios pode ter no turismo uma granderiqueza, como a Itália ou a Suíça. Se-gundo me informou o colega Borísov,o visa de turismo é concedido até nafronteira, sem qualquer formalidade.Isso desmoraliza o mito da «Cortina deFerro». Creio, no enlanto, que os búl-garos devem cogitar de maiores facili-uaiies ccunbia.s, visando o turismo.

A idéia que nos fica dessa,estadanes Bálcãs é ae um país saído do atra-so e da opressão, para uma vida sóbria,mais seguro e sempre em transforma-çaopara melnor.

ü problema da terra teve aquisolução rácii, pela inexistência do lati-fúndio. A dominação turca impediu aformação de uma aristocracia rural búl-gara, assim como de uma poderosa bur-guesia uibana, A média das proprieda-des agrícolas era de três ou quatro hec-tares, o que facilitou a organização doslavraáoies cm Cooperativas, nas quaisconservam a propriedade da terra, quetransmitem aos herdeiros. O Estado so-cialista búlgarb vai-se, deste modo, edi-ficando com tranqüilidade, muito embo-ra com naturais sacrifícios.

O povo búlgaro nos deixa a im-pressão de muita alegria. Gente des-contraída, sem medo do futuro nem daautoridade. Não há ninguém preso se-não em conseqüência de processo pe-nal, contraditório e democrático. Dasvinte e cinco prisões que haviam nopaís depois da queda do fascismo, res-tam sete. Sinal do decréscimo da crimi-nalidade.

Essa é, em linhas gerais, de umacorrespondência aérea, a Bulgária dasrosas e das canções, dos parques e dasareias de ouro. Terra do melhor iogurtedo mundo, fonte de longevidade e tãodo gosto do nosso amigo Francisco Ju-lião. Bulgária de Juristas, com mil eduzentos advogados em Sofia, para me-nos de seissentos mil habitantes. Bul-gária de Dimitrof, que dorme no seumausoléu de mármore no coração deSofia e no coração de seu povo.

0 "DESASTRE" DO PROF. GUERREIRO RAMOS (I)

«Os representantes dos PartidosComunistas e Operários da Argentina,Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, CostaRica, Cuba, Equador, Guatemala, Ja-malca, Martinica, México, Nicarágua,Peru, Porto Rico, Uruguai, Venezue-Ia e Espanha, reuniram-se em conferên-cia para . examinar alguns problemas

comuns ao movimento operário democrá-tico e aniiimperialisla dos referidospaíses. Como resultado deste exame, ospartidos reunidos resolverem denunciarnovamente a natureza e a política doregime franquisja, que oprime há maisde vinte ano» o povo espanhol, subme-tendo-o a brutais repressões e tortu-

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La Pasionariacomanda

Cresce em toda a Espanha o descon-tcntanicnto popular contra a ditadu-ra franquista. e sueedem-.se as lutasdos tiT.li.''':ii''õrcs e do povo pela 11-benladc. A frente dessas lutas en-contra-se o Partido Comunista,

A Verda dei

ras e convertendo seu território numabase ianque. Resolverqm denunciarigualmente a atividade desenvolvida pe-los elementos franqulslas nos países daAmérica Latina como instrumentos dedominação do imperialismo norte-ame-ricano, como o demonstram numerososfatos, entre os quais cabe citar, por se-rem mais recentes, a provocação do em-baixador Lojondio e a atitude de uma

parte do clero espanhol em Cuba e otentativa fracassada de organizar umalegião de mercenários a serviço de Tru-

jillo.A chamada política da hispanida-

de, propugnada pela ditadura de Fran-co, que procura reanimar o fantasmado velho império espanhol, liquidado

para sempre na América de lingua espa-nhola pela luta emancipadora de seus

povos, se transformou de fato, em nos-sos dias, num instrumento do império-lismo norte-americano, Os povos daAmérica latina condenam e repudiama política de hispanidade, à qual seopõe também o povo espanhol. O povoespanhol, que fundiu seu sangue e t.uespírito com os povos da América La-tina, sempre rechaçou e rechaçará eslapolítica como contrária a seus sentimen-tos e interesses e defende um auténti-co entendimento, uma autêntica omiza-ae, uma fraternal compreensão com ês-ses povos. Esta é sua aspiração atualem relação a esla questão. Esta serásua realidade amanhã quando, derro-tada a ditadura, recobrar, com a inde-pendência nacional, seus destinos pró-prios. Uma Espanha democrática será,no futuro próximo, a melhor garantia deuma cabal identificação dos objetivosdos povos latino-americanos e do povoespanhol na luta contra o imperialismonorte-americano.

Esta luta apresenta muitos pontoscoincidentes. Enquanto os povos daAmérica Latina sofrem • estrangulamen-ta econômico, político e, em alguns ca-sos, militar dos imperialistas ianques,na Espanha esta mesn.a mão subjuga-dora o exploradora cria bases de guer-ra, bases atômicas que ameaçam a pró-pria existência do país, e presenteiacom dádivas econômicas a ditadura fas-cista. Por conseguinte, os Partidos reu-nidos nesta Conferência consideram no-cessário incrementar o apoio à luta do

povo espanhol que, por sua vez e re-

eiprocamente, fortalecerá a dos povoslatino-americanos contra o imperialismoianque, a começar pela que é travadatão heroicamente pelo povo de Cubono curso de sua revolução popular. Di-rigimos um caloroso apelo a nossos po-vos, em primeiro lugar á classe opera-ria, aos camponeses, aos intelectuais,aos estudantes, a todos os homens ho-nestos e revolucionários, paro que de-senvolvom um movimento de solidaria-dade cada vez maior à lula do poveespanhol.

No luta crescente que o povo eipanhol sustenta, como a dos poves Ia»lino-americqnoi, faz'parle da luto palapaz e a coexistência pacífica encabe-cada pela URSS e os demais paísesdo campo socialista. Hoje é possívelfazer triunfar esta lula se os povospermanecerem unidos. Hoje é possívelcontinuar derrotando os planos vorazesdo imperialismo, se soubermos unificarnossas forças e conduzi-las sem vaci-loção no combate. Com a liberdade daEspanha se produzirá uma mudançaconsiderável na situação política da Eu-ropa, mudança que sem dúvida influiráprofundamente na América Latina.

Ampliemos e aprofundemos, pois,nossa solidariedade ao povo esponhol.Ajudêmo-lo a reiaálar seus pre:os eexilados políticos que há muitos anoslutam para se incorporar à vida na-cional. Contribuamos para que desapa-reça, enfim, da realidade espanhola •sinistra figura de Franco, último e ver-gonhoso vestígio do fascismo na Eura-pa.

Partida Comunista da Argentina,Partido Comunista do Uruguai, PartidoComunista do Brasil, Partido Comunistado Chile, Partido Comunista da Colôm-bia, Partido Vanguarda Popular da Cos-ta Rica, Partido Socialista Popular deCuba, Partido Comunista do Equador,Partido Guatemalteco do Trabalho,Partida Comunista da Martinica, PartidoComunista do México, Partido SocialistaPopular da Nicarágua, Partido do Pa-vo Panamenho, Partido Comunista doPeru, Partido Comunista de Porto lico.Partido Comunista do Uruguai, PartidaComunista da Venezuela, Movimento pe-Ia Libertação da Jamaica, Partido Co-munista da Espanha.

Setembro do 19ó0».

ra D errotaNuma série de artigos publicados em

«Última Hora» (1), o prof. GuerreiroRamos vem procurando assumir umaposição dst teórico e líder de um movi-mento de «reformulação» da condutado que êle chama de «as esquerdas» noIraeN, ou seja, as diversas correntes eforças políticas que, neste momento, in-iegrom o setor popular e democráticodo movimento nacionalista. Tal reformu-lajóo visa a dar ideologia e organiza-ção próprias aquelas correntes e forçasdiversas, de modo a que possam liber-tar-se do «controle» que, segundo o sr.Guerreiro Ramos, o Partido Comunistado Brasil estaria exercendo sobre elas.

As opiniões do erudito professorpodem ser resumidas em poucas linhas.Partindo da premissa de que o pleitode 3 de outubro foi um «desastre» pa-ra oe nacionalistas, êle atribui a res-ponsabilidade pela catástrofe ao quechama de um «aparelho» que teria as-sumido o controle do movimento nacio-nalista. Este aparelho teria «imposto»a candidatura Lott ao conjunto dos p',-cionalistas. Mesmo aqueles nacionalís-tas mais lúcidos que, diz êle, eram«contra a candidatura Lott, justamentepor não lhe reconhecer consistência doponto de vista político e ideológico»,tiveram de aderir, embora «contrafei-tos», à marcha para o desastre.

Numa segunda etapa, o sr. Guer-reiro Ramos abandona as meias pala-vras, e diz claramente o que entende porseu «aparelho»: é o PCB.'Depois deaproveitar uma brecha para repetir avelha estultícia de que os comunistas«obedecem a diretrizes soviéticas», èlerecomenda «às esquerdas» que fujamà liderança comunista. Por fim, sugereque a direção do movimento nacionalís-ta e democrático seja assumida por umPTB renovado, livre das «doenças in-fanfís» que prejudicam a ação dessepartido, atualmente.

Essas opiniões e especulações dosr. Guerreiro Ramos merecem, a nosso

ver, um exame cuidadoso e uma refuta-ção enérgica por parte dos comunistas.Por um lado, porque são veiculadas poralguém que, embora desgastado porcertas atitudes infelizes que tomou,ultimamente, dispõe de algum prestígioem determinados setores da intelectua-lidade nacionalista. Por outro lado, por-que refletem vma tendência ao aguça-mento que se manifesta, em seguida aopleito de 9 de outubro, pa luta internasempre- inevitável entre as diversas fôr-ças que formam a frente única nacio-nalista e democrática.

Procuraremos mostrar, em um se-gundo artigo, além do caráter falso dasconclusões a qi/te chegou o sr. GuerreiroRamos, a sua vinculação com o interes-se da burguesia em colocar sob sua in-fluência e orientação o movimento ope-rário. Por hoje, queremos fixar-nos ape-nas nas premissas daquelas conclusões:a «imposição», e o «desastre».

Dizer que o PCB, por ser «a únicaorganização partidária de esquerda noBrasil que dispõe de imprensa o qua-dros de militantes organizados e dlsci-plihados», conseguiu impor a cândida-fura Lott, não apenas à «esquerda res-tante», mas a todo um poderoso es-quema de forças partidárias, represen-ta, desde logo, para quem se apresen-ta como sociólogo, uma verdadeiraextravagância. E' julgar a história doponto de vista do mais medíocre idea-lismo; é ignorar todo o conjunto de Con-dições objetivas das quais depende odesenrolar de um pleito tão importantecomo o que acabamos de assistir emnosso país, e entre as quais a atuaçãodos comunistas desempenhou um papelsem dúvida importante, mas longe deser onipotente.

E', antes de tudo, contrariar averdade dos fatos. Os comunistas nãoescolheram a candidatura Lott, nem fo-ram os primeiros a apoiá-la. De certamaneira, ela lhes foi «imposta», tantoquanto a outros setores da frente única

nacionalista e democrática. Mas, fo! im-posta, isto sim, pela força das condi-çces objetivas, pelos argumentos cia rea-lidade.

Os comunistas deram seu apoio àcandidatura Lott quando ficou claro queo nome do marechal era o único sus-ceptível de unir os diversos setores domovimento nacionalista, e, além disso,disputar o apoio dos partidos ditos si-tuacionistas. Mas do que qualquer outracorrente democrática, tínhamos, os co-munistas, razões para repelir os precon-ceitos e limitações demonstrados pelomarechal, em determinadas questões, enunca escondemos nossas divorgènciascom êle.

Mas a atuação inequivocamentepatriótica do ex-ministro da Guerra, emdefesa da legalidade, no 11 de Novem-bro, e como representante da principalcorrente que, dentro do governo, ga-ranliu a preservação do monopólio es-talai do petróleo durante os últimoscinco anos, projetou o nome do maré-chal Lott em todo o país, como porta--voz das idéias nacionalistas, e féz comque sua candidatura já estivesse nasruas, anos antes do pleito, lançada pe-los setores nacionalistas do Exército, epor outras alas influentes do movimentonacionalista. E a verdade, é que, duran-te todo o longo período de gestação dacandidatura de união dos nacionalistas,não apareceu nenhum outro nome capazde superar, em prestígio e possibilída-des, o do marechal Lott. E' bom lem-brar que tampouco o sr. Guerreiro Ra-mos pode apresentar, na época, uma su-gestão melhor. Ninguém o impediu defazê-lo.

E' igualmente falso atribuir a der-rota da ca.ididatura nacionalista ao fa-to de ter sido o-marechal Lott o candi-dato. E' tomar um efeito por causa. Oque foi derrotado nas urnas foi o es-quema de compromissos a que teve desujeitar-se a candidatura nacionalista.Dentro desse esquema, o Marechal foi

o candidato possível. O que nele eramp.eccnceitos e limiiu;ü«s, paia os seto-res democráticos e populares do siste-ma de forças que o apoiava, eram virtu-des para os setores reacionários do go-vêrno, cujo apoio era pretendido palaaliança nacionalista. Mesmo com seuspreconceitos antidemocráticos, êle foisabotado até q fim pelas cúpulas par-tidárias situacionistas. Qualquer candi-dato mais radical e mais conseqüentedo que êle, que representasse com maiorfidelidade os setores democráticos e po-puiares da aliança nacionalista, masque precisamente por isso, não pudesseaspirar ao apoio das cúpulas governis-tas, estaria virtualmente condenado aoisolamento e, em conseqüência, a umaderrota ainda maior.

E' mais correto e mais realista dizerque o candidato dos nacionalistas per-deu as eleições porque o movimento na-cionaiísta ainda não se mostrou suíici-entemente forte e organizado, e sufici-entemente enraizado na consciência dasmassas de nosso povo, para concor-rer com candidato próprio ao pleitopresidencial. Teve de apresentar-se nacampanha ligado ao governo Kubits-chek, e não teve meios nem condiçõespaia dissociar seu candidato, aos olhoscas y,andes massas, da política de con-ciliaçào com o imperialismo e de desen-volvimento baseado no sacrifício do po-vo que predominou no atual governo. Afragorosa derrota dessa política, que foio fato central das eleições, arrastouconsigo a candidatura Lott.

Mas, inclusive para poder aprenderesta grande lição tirada do pleito —a do fracasso de esquemas -baseadosna aliança com agentes impeilalistcs eoutros'inimigos do povo — o movi-mento nacionalista teve de seguir ocaminho da candidatura Lott. Hoje, éfácil «prever», como o faz o sr. Guer-r Iro Ramos, que o marechal estovapreviamente derrotado; antes de con-cluido o teste, no entanto, as previsões

não eram tão simples. O próprio sr.Guerreiro Ramos, dias anles do pleito,e na mesma «Ultima Hora», não hesi-teu em publicar um artigo assinado, emque provava «por a + b» que Lott seriavitorioso, além de ser e candidatocerta.

Dando uma guinada de 180 grausem seu otimismo pré-eleitoral, o prof.Guerreiro Ramos, hoje, só vê o desas-tre nos resultados do pleito. Sua vjslasó alcança até os números do placar.Não vê o enorme saldo positivo querestou da candidatura Lott: em primeirolugar,, foi ela o fator decisivo para aprópria realização do pleito, pois, emvirtude da firmesa do marechal e dasque o apoiaram, todas as inúmerastentativas «continuistas» alimentadaspela entourage do sr. Kubitschek foramcondenadas ao fracasso; ela permitiuque, pela primeira vez, a grande maio-ria das forças políticas que integram omovimento nacionalista tivessem umaexperiência de unidade, numa luta po-lítica d» envergadura; e teve oudosméritos igualmente importantes.

O mais importante deles foi, porém,o fato de que, uma vez colocada nadispula a conclloalura Lo.I, j; . oQjadros se viu obrigado a oiientor suacampanha demagógica pilo naciona-lismo, pois de outra forma não teriaapoio popular. O sr. Guerreiio Ramos,aliás, também aí enxergou as coisas àsavessas. Procurou apontar o fato deque não houve uma polarização, du-rante a campanha, entre nacionalismoe enfreguismo, como uma prova de fia-casso da candidatura Lott.

Oro, o distinto professor esqueceque, para haver polarização, é precisohaver dois pólos. E Jânio, que não étola e é velha raposa, simplesmente senegou a assumir o papei de polo opôs-to do nacionalismo. Prefeiiu, ao contra-rio, disputar com Lott o título de maisnacionalista. E é difícil saber se a ta-

RENATO GU!M""ÍES

refa de esclarecimento das massas pe-puiares sobre a ação espoliadora dosimperialistas norte-americanos em nos-so pais teria lucrado mais se houvessea polarização. O fato é que durantemais de um ano, a opinião pública foibombardeada por uma intensa e maci-

ça propaganda contra os fruste norte--americanos, e estes mesmos frustesforam obrigados a financiar uma partedessa propaganda.

O resultado do pleito não apagouas denúncias Contra o imperialismo daconsciência do povo. Em conseqüênciados rumos que foi obrigado a imprimirà sua campanha, Jânio não pode dizerhoje que as idéias vitoriosas no pie,toSão as daqueles que financiaram a suacandidatura; êle está com uma pernapresa pelo povo.

Só estes fatos já autorizam a con-clusão de que, se o canriicV.lo r.c.co-ualsla foi derrotado, o movimento na-c onalista em seu conjunto não está hojeem pior situação do que estava artesdi 3 de outubie e, pelo contrário, tam-btiii leve seus ganhos com as eleições.Falar em «desastre», nestas condições,é atitude de quem faz jús ao velho cho-vão: a visão da árvore lhe impede dever a floresto.

(1) —' Não sabemos se a série ter-minou. O último artigo saiu publicadono dia 29 de novembro, com o título«Doenças infantis do trabalhismo». Osdemais, «Peripécias do nacionalismo^),«Problemas da esquerda no Brasil», a(Tarefa urgente da esquerda no Brasil»,foram publicados, respectivamente, nesdias 26 e 28 de outubro e 2 de no-vembro.

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FNM: governoépadrasto

O "stand" do automóvel JK, da Fábrica «^**^

mobilistica.

Tratorvai crescer

A produção de tratores estava sendorelegada a segundo plano. Atualmen-,te já estão adiantados os planos paraa instalação de fábricas nacionais, In-clusive mediante a colaboração dospaíses socialistas.

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Autopeçasem perigo

Paralelamente à indústria automobilística, a de autopeças se desenvolveu bas-

tante, com a particularidade de que as empresas que a constituíam, mais deum milhar, eram em sua maioria nacionais. Como a instalação da indústriaautomobilística foi feita desordenadamente, as grandes empresas estrangeirascomeçaram a fabricar também autopeças esmagando as nacionais.

Jford tambémé «brasileira»

A Ford produí no Brasil apenas dois tipos de caminhão e um de camioneta.

Seu grau de nacionalização é dos mais baixos em suas categorias, apesar a.

toda a sua propaganda em sentido contrário. Foi das ultimas a se decidir a

montar fábrica no Brasil, mesmo com as vantagens concedidas pelo governo.,Só veio para não perder o mercado.

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Jipes de

jeito

A Willys Overland, segundo se informa, é a mais nacional das empresas ™tomobil^ BraSÍ]eÍí'0Sbrica Nacional de Motores, companhia estatal. A maioria das ações da Willys é de propriedade de>asilèiros•

^veículos são quase que totalmente produzidos no Brasil, a não ser o carro Daiiphinc, para cuja produção cia . c a. f

à companhia francesa Renault e cujas peças são em sua maioria, importadas. Sua produção de jipes e uma das mais ^ Olilülll

afetadas pelo superdimensionamento da nossa indústria a^lomobiliiti^™

A General Motors, a maior companhiada indústria automobilística norte-americana, só produz nó Brasil umcaminhão e uma camioneta. Foi tam-bem das que mais se aproveitou doscem bilhões empregados pelo governo.,

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