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^/i x^/aiuota OS PIONEIROS JULHO - 1949

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^/i x^/aiuota

OS PIONEIROS

JULHO - 1949

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AS CRIANCINHASJUDAS ISGOROGOTA

"Deixai venham a mim as criancinhas,

Vós dissestes, Senhor; deixai. . . são elas

A humana essência das palavras minhas...

"Nas suas faces cândidas, singelas,

Que são o espelho dessas almas puras,

As virtudes mais belas são mais belas...

"Deixai venham a mim... Quantas doçuras

Na luz de seu olhar. . . quanta inocência

Encerra o coração dessas criaturas ..."

Senhor, cheguei ao termo da existência,

Sem que jamais houvesse recorrido

À grandeza de vossa onipotência.

Hoje, entanto, Senhor, enternecido,

Venho até vós pedir-vos uma graça,

Certo que estou de que serei ouvido:

Senhor, vede no mundo o que se passa!

Em lares sem amor, sem Deus, sem pão,

Onde penetra apenas a desgraça,

Há criancinhas que sofrendo estão

E que só têm na desventura infinda,

Por teto o azul sem fim, por leito o chão!

Ó! meu Senhor, eu sei que a vida é linda!

Elas também nasceram para o amor. . .

Por compaixão, fazei que eu possa ainda

Ir ao encontro delas, meu Senhor!

A CAPAEm 1847 os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

fizeram a mais memorável peregrinação vista pelo mundo desde o êxodo dos filhos

de Israel do Egito. Os Pioneiros Mormons atravesiaram 4.000 quilómetros ds

deserto árido e montanhas para chegarem ao Grande Vale do Lago Salgado.

A ilustração da capa é tirada de um monumento à peregrinação e mostra umacena das suas privações.

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Ano II — N.° 7 Julho de 1949

A GAIVOTA(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)

órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo

dos Santos dos Últimos Dias

ÍNDICEEDITORIAL Presidente Rulon S. Howells 137

ARTIGOS ESPECIAIS

Coragem para Suportar 140Por Onde Andarão Os Seus Filhes? 143Tempo e Progresso Elder Richard K. Sellers 145O Descanso Dominical Nilo Feliciano 146Nós Crianças 149Amor e Bondade 153

AUXILIARES

Escola Dominical 147Hino — Que É A Verdade? Irmã Reah Horton 147Primária:

Vento Vadinho 150

VÁRIOS

A Nova Casa da Missão 139Dar Uma Risada 148

O Rumo dos Ramos , 154

A Igreja No Murído 156

As Criancinhas (poesia) Judas Isgorogota 2 a CapaFazendo Os Cegos Verem 4.a Capa

"A Gaivota" é registrada sob N.° 66, conforme Decreto N.° 4857, de 9-11-1939

Diretor : . . . Cláudio Martins dos Santos

Redator : João Serra

Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00

Assinatura Anual do Exterior Cr$ 40,00

Exemplar Individual Cr$ 3,00

Toda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a:

"A GAIVOTA"Caixa Postal 862 * São Paulo — Brasil

ENDEREÇOS DOS RAMOS NO BRASIL DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOSSANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

São Paulo: Rua Seminário, 165 Curitiba: Rua Barão do Rio Branco, 643

Piracicaba: Rua Governador Pedro de T . .. ^ _ , . TT .

Toledo 665 Jomvile: Rua Frederica Hubner

Campinas: Rua Barreto Leme, 1.075 Ipoméia: Estrada para Videira

Ribeirão Preto: Rua Mariana Jun-queira, 406

Rio de Janeiro: Rua Camaragibe, 16 Santos: Rua Adolfo de Assis, 81

Porto Alegre: Rua Dr. Timóteo, 688

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EDITORIAL t=i£:

Muitos dos nossos mais experimentados missionários já

gastaram os seus dois anos c meio de missão aqui no Brasil

e, muito breve, serão desobrigados e voltarão para os seus

lares e entes queridos e amigos. É um encargo pesado que

passamos a carregar ao continuarmos seus trabalhos.

Para os membros, especialmente, eu gostaria de chamara atenção sobre o que eles poderão fazer para nos ajudar.

Primeiramente, cada um de vocês é um missionário. Quan-

do aceitamos o Evangelho e fazemos um convénio com o

Senhor pelo batismo, nós também aceitamos as responsabili-

dades, e entre as quais a maior é: "legar ao próximo" tudo o

que recebemos e desfrutamos, i. e. o que o Senhor novamente

tem revelado, o próprio plano da vida, o qual, quando obser-

vado, levar-nos-á outra vez à Sua presença.

Todos os dias podemos fazer trabalhos missionários —deixando a lodos com quem nos encontramos, um conhecimen-

to de que nós temos algo diferente para lhes oferecer. Te-

nham sempre à mão, alguns folhetos para distribuir.

Em segundo lugar, preparar-se para fazer discursi-

nhos em reuniões regulares e também em reuniões em casas

particulares. Preparar-se também, para tomar conta da di-

reção das reuniões, fazer as preces de abertura e encerramen-

to das mesmas, e dirigir o canto.

Lembrem-se, cada serviço efetuado é um passo a mais

para uma vida plena -- progresso e eternidade são constitui-

dos de pequenas e grandes realizações.

Nenhuma igreja oferece as grandes oportunidades de par-

ticipação e desenvolvimento, como a Igreja de .Icsús Cristo

dos Santos dos Últimos Dias

Sinceramente,

PRESIDENTE IULON S. UOWELLS.

»: IV—

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A NOVA

CASA DA

MISSÃO

Mais espaço para o escritório! Mais espaço para morar! Mais

espaço para depósito! Todas essas cousas tornaram-se uma ma-ravilhosa realidade após um ano de intensa procura e negociações

afim de achar e comprar uma casa da missão apropriada para

funcionar como a sede da Missão Brasileira.

Esta compra, como compras similares nos últimos meses noJapão, Ilhas do Havaí, Nova Zelândia, Uruguai e Argentina, foi

feita sob a direção da Primeira Presidência da Igreja.

Certamente, a aquisição da nova Casa da Missão, representa

uma grande empreza para a Igreja; todavia, considerando o custo

do aluguel de uma casa semelhante, a nossa pagará por si mesmaem dez anos!

Muitos membros e missionários, tem belas recordações do am-biente amigável da Rua Loureiro da Cruz, que foi a sede da Missão

desde 1939; porém, podemos assegurar que poderão achar a mes-ma atmosfera amigável, o mesmo som das máquinas de escrever,

e as mesmas boas vindas na nova Casa da Missão.

Gostamos da nossa nova casa, não só porque nos oferece maisvantagens, mas também porque, por possuí-la, sentimos que somosagora uma parte maior do Brasil! Sim, queremos ser uma parte

do Brasil, porque a Missão Brasileira está aqui para ficar.

Endereço da nova Casa da Missão

:

Rua Itapeva, 378

São Paulo, Capital

Tel. 3-6761

Julho de 1949 A GAIVOTA 139

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Coragem pa^

No dia 24 de julho de 1847, umpequeno grupo de homens e mu-lheres fortes arrastava-se peno-samente pela passagem de umamontanha para o vale límpido dogrande lago salgado. Uma vívi-

da imaginação talvez possa pin-tar a paisagem sobre a qual eles

avançavam: o brilho do sol poen-te caindo sobre a areia e cal, odeprimente cinza, mesmo dascousas vivas, das quais a salvaera a mais abundante, as ondasquentes que faziam doer osolhos, casualmente um falcãocruzando o ar.

Era preciso algo mais que co-ragem para encarar aquela pers-pectiva com o fito de construiro lar ali. O que era preciso,aqueles pioneiros tinham: visão!Eles enxergavam algo mais doque a vista física revelava na-quele desolado dia. Provavel-mente previam o que estamosvendo hoje: uma comunidadecheia de beleza, prosperidade epaz, uma civilização de que todoo país pode orgulhar-se. Destapequena história sobre um dospioneiros vocês podem compre-ender, porque eles enfrentavam ofuturo, aparentemente tão som-brio, com tal determinação.No grupo que entrou no Vale

Salgado naquele dia 24 de junhoencontrava-se um moço comapenas vinte anos de idade. Es-tava magro e exausto, endure-cido pelo vento, sol e chuva, efaminto

.

Não tomaria muito tempopara descrever a sua roupa, poisnão tinha muita. Não há refe-rência a respeito de uma cobertapara a cabeça mas deve ter tido

140

UMA HISTÓRIA

DO TEMPO

alguma. Calçava borzeguins ro-

tos e mal atados. A camisa erafeita de um pedaço de riscado decolchão. Certamente êle usoupela primeira vez fazenda assimlistada em Salt Lake, pois nun-ca tinha estado numa prisão emsua vida. O que merece desta-que são as calças. Eram umascalças como vocês nunca usarame provavelmente nem sequer te-

nham visto . Eram feitas de pelede veado. Cada vez que êle

atravessava um dos numerososrios que havia pelo caminho, ascalças se alongavam. Entretanto,quando êle estava puxando a pa-relha de bois dentro do vale, o úl-

timo rio estava muito atraz. Osol e o calor tinham dado "umfeitio" a estas calças, elas tinhamencolhido e, literalmente, trepa-do nas suas pernas.Bem, estava ali um pioneiro —

e algo mais. Quando êle ficouassim parado, Heber C. Kimball,virando-se repentinamente paraêle, não pôde segurar a garga-lhada que subiu à garganta. Po-rém, alguns momentos mais tar-

de, tornou-se sério e disse:

"George, você está dando umtriste espetáculo". Levantando amão acrescentou : "Eu profetisoque você irá comprar rou-pas aqui nas ruas de Salt

Lake City mais barato que emNova York ".Algum tempo maistarde George realmente o fez.

Pouco tempo após a chegadaao vale, o Presidente BrighamYoung mandou aquele moço com

A GAIVOTA

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rã Suportarpor J. N. Washburn.

VERÍDICA

DOS PIONEIROS

mais nove companheiros voltar

pelo rastro, para ajudar o grupode Charles C. Rich, que estavafazendo pouco progresso através

da planície. Estes dez homenspartiram com quatro quilos defarinha de trigo e dois quilos defarinha de milho, cada um. Le-varam carros de bois para trans-

porar parte dos pertences dosemigrantes, quando afinal foramtopar com eles. Não tinham vol-

tado muito quando a reserva decomida foi se esgotando. As fon-

tes tinham secado, e alguns dias

não tinham água nem alimento.Ainda caminhavam, mas a passosde caracol. Parar era pior quecontinuar essa luta sem recursos.Eles se mantinham guiados poraquela fé e coragem, que os cons-trutores de impérios sempre têmtido. Só isso podia sustentá-loscaminhando.Um dia George disse: "Eu sou

o mais forte do grupo. Vou verse acho alguma cousa para nóscomermos. O resto continueandando, e em dois dias hei deencontrar vocês no Rio Platte.

Quando lá chegar, terei consegui-do algo para comer. Pondo suaespingarda às costas, seguiu pelosvales e colinas.

Sua sede era indescritível.

Imaginem que tortura deve ter

sido, os tecidos secando e enru-gando, a dôr e angústia no estô-

mago, a contrição e sofrimentona garganta, as torturas e verti-

gens. Tudo isso êle experimen-tou num grau inacreditável, mas

Julho de 1949

conservou-se movendo, a custo

movendo-se.De repente achou-se em fren-

te de uma lagoa com água ver-

de, estagnada. Estava cheia devermes e outros bichinhos, masera água. Iria sustentar suasforças desfalecidas e talvez ca-

pacitá-lo para continuar. Êle ti-

rou a camisa esfarrapada e dei-

tou-a na água. Por meio delabebeu profusamente daquele sa-

lobre líquido, corpo e alma re-

frescaram a ponto de poder no-vamente empreender a jornada.

Mas era só uma promessa, umailusão. Sua sede tornou-se cadavez pior. De repente êle divi-

sou a alguma distância na bru-ma, um vulto que prendeu todasua atenção. Foi encontrar umbúfalo ferido por lobos que des-

pedaçavam-lhe a carne. Êle fez

uma fogueira para afugentar os

lobos, porque não tinha mais for-

ças para enxotá-los. Em seguida,

impelido ao extremo pela dor,

sede e fome, deu um corte

no animal moribundo e bebeu al-

gum sangue. Mas em lugar demitigar a sede, parecia que esta-

vam lhe queimando por dentro.

Que força e resolução aquelesnossos avós devem ter tido. Comvinte anos, ainda um menor poralguns padrões de idade, só nodeserto infinito, apenas o hori-

zonte à vista, nada de propício a

seu redor, seu corpo atormenta-do, protestando contra o abusoque dele fez, o espírito perturba-do devido ao esgotamento, Geor-ge enfrentava a incerta jornada.Dir-se-ia que as probabilidadesde sobrevivência eram mínimas,e eram realmente.

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Surpreendentemente, aquelegole de sangue quente deu-lheforças, apezar de não aliviar asede, nem o abalo do corpo.Pouco depois, embora camba-leando, o rapaz foi adiante. Logodepois encontrou um fino fio deágua. Deitando-se no chão, ca-vou febrilmente na areia comseus dedos doloridos. Alguns mo-mentos mais tarde brotou o bas-tante para que pudesse beber far-

tamente. Era morna e sem gos-to; não matava a sede, mas re-

frescou-o, e em pouco tempo pos-se a andar.

Mais tarde, tornando-se suavisão mais clara, avistou na pla-

nície um acampamento de índios.

Tomando a direção para lá, foi

encontrar um solitário velho ín-

dio. Teve êxito, fazendo com-preender ao nativo o estado las-

timoso do seu corpo, e a huma-nidade elevou-se acima da suspei-

ta; o velho alimentou-o com car-ne de búfalo.Naquela noite ficou com o ín-

dio. De manhã, seu natural vi-

gor tinha se refeito, e estava umtanto restabelecido. Levantado,preparou-se para retomar a mar-cha. Antes de deixar o acampa-mento dos índios, fez negócioscom o velho, trocando sua espin-garda por 95 quilos de carne seca.

Não sei se êle carregou tudo deuma vez para o lugar combina-do com seus amigos no RioPlatte. Se o fez, foi uma tarefadigna das forças de um Hercules.De qualquer maneira juntou-seaos companheiros com a provisãode alimentos que lhes prometera.Dois dias mais tarde eles encon-traram o grupo de Rich, encober-to pelos salgueiros, completandoentão, a sua transferencia.Traduzida pela Sra.

Melahie Souza.

DITAMES"Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a sua alma abomina: Olhos

altivos, língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente; coração quemaquina pensamentos viciosos; pés que se apressam a correr para o mal; tes-

temunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos."

Provérbios 6: 16-19

É triste cair; inas, piorJ é jamais haver tentado subir.

Rocsevelt

Nos pequenos atos da nossa vida diária é onde se revela nosso verdadeirocaráter.

Gustavo Le Bon

O segredo do sucesso consiste em saber tirar partido de cada oportunidade.

Wellington

A educação não termina ao sair da escola; dura toda a vida. Deixar de

aprender é começar o ocaso da vida.Getúlio Vargas

142 A GAIVOTA

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POR ONDE ANDARÃOOS SEUS FILHOS

Pais, mães, por onde andarãoos seus filhos? Não se esqueçamde que eles são tão humanosquanto vocês o foram em suaidade e, não se esqueçam tam-bém de que eles pedem prazeres,

como a maioria da mocidade dequalquer parte do mundo.O velho Dave Harum costuma-

va dizer: "Há em todos nós umcaráter humano, acentuando-seem uns mais do que em outros".

Agora, senhores pais, seus fi-

lhos estarão numa dessas duashipóteses. Se em sua comunida-de ou Igreja não se promovemdivertimentos sadios, eles, porcerto, procurarão estes em luga-res pouco recomendáveis e decaráter excuso. Não procurem

Adatado de um artigo

de Marvin A. Ashton.

enganar-se a si próprios. Os se-

nhores já visitaram um desteslugares? Experimentem ir qual-quer noite e vejam o que seus fi-

lhos estão frequentando. Entre-tanto, se os senhores temem fa-

zê-lo pelo receio de serem vistos

num lugar dessa natureza, fa-

çam-se acompanhar por umapessoa autorizada por lei.

Vejam os senhores mesmos,quantas tentações ali se ofere-

cem. Vejam também que oshomens que por ali transitammais visam o lucro monetário doque as virtudes de um rapaz oude uma moça. Alguém disse, sa-

biamente: "Se você se nega atrazer alegria à sua igreja, vocêestará fornecendo-a ao diabo".

Julho de 1949 143

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Em outras palavras, estarão ossenhores dirigindo seus filhos,

indicando-lhes divertimentos sãoscomo os que encontramos nasatividades de nossa Igreja, ou es-

tarão deixando-os seguir oculta-

mente influências degradantes?Já alguma vez pensaram que umaparte dos divertimentos mantêminfluência na formação de nossocaráter e mesmo dos nossos des-

tinos? Isto é uma verdade in-

contestável, pois, é certo que atra-

vés dos conhecimentos que faze-

mos quando em algum diverti-

mento, muitos de nós escolhemosa companhia eterna de nossavida

.

Certo colega que conheci, fa-

lando-me sobre este assunto,disse-me: "A boa educação é tãonecessária à vida, como o ali-

mento. Nenhum companheironosso poderá dizer-nos as cousasparticulares que fez de bom, en-tretanto, poderá dizer-nos dosmales por êle feito. Isto está

além dos divertimentos sãos, dasrecreações, pois só nos causa"dores de cabeça". Estas cousasestão influenciando nos prazeresdos seus filhos, nos seus praze-res, enquanto nós visamos so-

mente guiá-los.

Os senhores são por acaso dosque prendem os seus filhos? Po-dem eles sentir-se suficientemen-te livres para contar-lhes e dis-

cutir os seus problemas, ou isto

é um abismo entre os senhorese eles? Se há isto, que se remo-va rapidamente. Os grandesacontecimentos da história, sãoresultado de pequenas cousas. Aimprensa veio ao mundo porqueJohn Gutenberg, acidentalmente,deixou cair um vaso de tinta so-

bre uma carta que êle tinha en-talhado em madeira, com cani-vete. A lei da gravidade, apa-

receu porque uma maçã caiu for-

temente ao solo, diante dos olhosobservadores de Newton. Umavisita inocente de Eli Whitney auma família do Sul meridional,resultou numa máquina de des-caroçar algodão, consequente-mente uma revolução na indús-tria algodoeira. Sim, um bandode pássaros que revoava sobre aembarcação em que estava Cris-

tóvão Colombo, formou o desti-

no da América.Pois, os senhores poderão ir

além. Os bondes dirigem-separa o Norte, para o Sul, Lestee Oeste em todas as direções,

tudo determinado tão somentepelo punho do motorneiro, con-forme êle vira a chave elétrica

no cruzamento de uma rua. Nos-sas vidas tornam-se sucessos ouruinas, guiadas pelo pequeno con-trole de nossos punhos. Um sim-ples projeto de nossa parte deter-

mina grandes acontecimentos navida dos jovens. Assim, plane-jem pelos seus filhos, eles nuncaprecisaram tanto dos senhorescomo agora, de seu amor paterno.A última guerra deu-lhes proble-mas que antes nunca tiveram.Esta guerra trouxe-lhes dificulda-des para seus problemas amoro-sos.

Encoragem os membros desua comunidade e mesmo desua Igreja para providenciar-lhesum programa de divertimentossaudáveis. Isto certamente cus-tar-lhe-á algo, mas, nada melhorpara invertermos nosso dinheiro,do que a vida dessa mocidadeque é a preciosidade do mundo.Que valeria possuirmos todas asriquezas do mundo se, da nossafalsa economia, nossos jovens se

desviassem por divertimentos im-próprios, seguindo por uma vere-da de infelicidade e de ressenti-

mentos?

144 A GAIVOTA

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Tempo e Progresso

Sim, o tempo passa rapida-mente. . . já estamos em julho,

ainda que nos pareça ser mar-ço ou abril. São curtos os

dias... as horas parecem sim-ples minutos. Caminhamos ra-

pidamente para esse dia emque cada um de nós deverá en-contrar o nosso Criador. Tudoparece estar em movimentoGrandes cousas acontecem to-

dos os dias. O mundo está en-frentando uma era de progressotal, que comparada ao progressoe conhecimentos de 100 anosatrás, seria considerado não sócomo irreal e impossível, mastambém como tolo, absurdo, lou-

co.

É bastante evidente, entretanto,

que tais acontecimentos sãona realidade muito possíveis.

Cousas novas, fantásticas e mara-vilhosas estão sendo inventadasou descobertas em todos os ramosdo esforço humano.O mundo e suas condições es-

tão se tornando muito mais com-plexos. A luta pela vida não é

mais questão do emprego dosmúsculos ou curvar-nos sob opeso do serviço.

Os empregos que requeriamessa espécie de labor foi ampla-mente substituído pelas máqui-nas; provavelmente uma máqui-na muito complicada a qual nãosomente simplifica tudo o quetem de ser feito, mas tambémo faz mais rapidamente. Háuma máquina que faz em umdia o trabalho que a alguns anosatrás requeria 100 homens paraexecutá-lo

.

O que encontramos atrás dissotudo? O progresso, o progresso

Julho de 1949

pelo Elder Richard K. Sellers.

da humanidade. O homem eslá

principiando a pensar. Èle fazcomparações, organiza pesqui-zas e anota os seus resultados. Èletira vantagens de cousas já de-monstradas como fatos, e ,anexaa isso tudo novos inventos e traz

novas cousas para o benefício daraça humana. Èle procura con-quistar novos horizontes e umamelhor maneira de viver.

Estamos vivendo verdadeira-mente num mundo de rápidasmudanças

.

O que procuro mostrar, é ofato que para nos conservarmospar a par, com essas constantesmutações, devemos também nostransformar. Pela palavra mu-tação, pretendo dizer que deve-mos aceitar os fatos e introduzi-los na nossa vida diária no quepossam favorecer ao nosso bemestar. Se nos descuidarmos deprogredir com o resto do mundo,ficaremos, em breve, atrasados,um tanto surpresos do mundonão esperar por nós.

Nas palavras de BrighamYoung

:

"O primeiro princípio que deveprender a atenção do género hu-mano, que deveria ser compre-endido por jovens e velhos, e queé a força propulsora de todaação humana, é o princípio doaperfeiçoamento. Não impor-tam quais sejam os nossos negó-cios ou em que nação tenhamosnascido; quais sejam nossascrenças religiosas ou políticas. Oprincipal é que nos tornemos me-lhor, acrescentando ao que jápossuirmos."

(Continua na pág. 152)

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O DESCANSO D0MIN\CALpor Nilo Feliciano.

Quão maravilhosa foi a obrado Criador, naqueles seis deslum-brantes dias em que o mundodespertou

!

Em seis dias, Deus criou a ter-

ra ,a bela vegetação, a magnitu-de dos astros, criou enfim a ma-jestosa natureza sábia.

No sétimo dia, descansou detoda a sua obra, santificando, en-tão, esse dia.

Nós temos seis dias para de-dicar aos cumprimentos de nos-sos deveres, o ganho do pão decada dia e também atendermosaos nossos compromissos sociais;

o Domingo, portanto, deve ser

dedicado ao Senhor.

Uma pessoa tendo trabalha-do seis dias, em vez de descan-sar no sétimo, vai à praia, aojogo de futebol, dansar, ou qual-quer outra diversão, as caracte-rísticas apresentadas segunda-feira, são estas : Canseira, maiscanseira e profanação do diaSanto; divertimentos estes, bas-tante insignificantes, para aten-derem a exigência de uma almaimortal

.

Porém, se ela vai ouvir os en-

sinamentos de Deus, essa pessoadescansou e ganhou uma cousasublime que é um alimento paraalma: Ganhou isto, "a voz deDeus" que é como um germem,que caindo no coração, brota,

floresce e dá a luz da vida.

Deus deu ao homem a armamais poderosa para vencer navida, que é o poder do raciocínio;

a energia atómica é uma grandedescoberta; imaginem que abomba atómica, atirada em Hi-roshima, destruiu a cidade intei-

ra, não deixando nem sequer oar, o oxigénio que respiramos;deixou apenas, além da destrui-ção um gaz mortífero, que res-

pirado por qualquer ser humano,destrói os órgãos internos. Poisessa potência mortífera, pesaapenas isto : Uma grama

.

Porém, a mais espantosa des-coberta de qualquer das gera-ções, que fique na história mun-dial, jamais será novidade aosolhos de Deus.

Deus nos deu um corpo doqual somos responsáveis, e naesplendorosa manhã deste diaSanto eu lhes digo : é uma feli-

cidade viver a vida, através dosensinamentos de Deus.

Minha atenção voltou-se aDeus, quando pela primeira vezobservei o corpo humano, pelosimples fato de ter encontradoisto : Os olhos que contemplamas lindas manhãs de sol e o belocrepúsculo da tarde; o ouvidoque ouve o canto dos pássaros; oolfato que sente o perfume dasflores; e o coração que vivendoa vida às vezes fica negro de me-lancolia ou transborda de alegria;

eis aí a sua obra.

O homem, rei de toda a cria-

ção, eleva-se através da sua in-

teligência, porém, muito acima,sem comparação, reina Deus nasua infinita sabedoria.

Em Salmos 90:1-2 nós encon-tramos estes dizeres: "Senhor,tu tens sido o nosso refúgio degeração em geração. Antes queos montes nascessem, ou que tu

formasses a terra e o mundo, sim,de eternidade a eternidade, tu és

Deus."

146 A GAIVOTA

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ESCOLA DOMINICALElder Warren L. Anderson.

PARA O

Verso Sacramental

M È S DE AGOSTO

Todos que na terra moram,A Deus bendigam com prazer;Como os anjos o adoram,Devemos nós também fazer.

Ensaio de Canto

Que É A Verdade?— Página 29

do Hinário.

Que É A Verdade?

Qual é a história deste hinoque foi dado ao mundo porJohn Jaques, o seu autor?

Èle amou muito a verdadedesde a sua juventude, e por cau-sa desse amor à verdade, êle sem-pre a procurou diligentemente.Por sua grande diligência e

desejo fervoroso, o Senhor aben-çoou-o em seus esforços e

guiou-o aos Elders da Igreja deJesus Cristo dos Santos dos Últi-

mos Dias, os quais estavam pre-mindo o Evangelho Restaurado,

na sua pátria — Inglaterra. OEvangelho de Jesus Cristo foi aresposta à sua procura pela ver-dade e trouxe uma grande satis-

fação à sua alma. Foi batisadomembro da Igreja, e ao alcançaro Sacerdócio Melquizedec, tor-

nou-se missionário ativo no Ra-mo da Igreja em Stratford-upon-Avon, onde morou o imortal Sha-kespeare .

O desejo de juntar-se aos San-tos em Sião inflamou-se em seucoração, e logo depois de casar-

por Irmã Reah Horton

Palavras por John JaquesMúsica por Ellen Knowles Melling

se, emigrou com sua família paraa América do Norte. Sião! A ma-gia da palavra! O lugar de reu-nião daqueles que amam a ver-dade! Quantos homens têm so-

frido com resignação para alcan-çá-la !

John Jaques, seus amados emuitos outros tiveram que andar,através de planícies áridas, cen-tenas de milhas. Andando a pée empurrando carros de mão nosquais carregavam todas as suasposses materiais, eles avançavamlentamente. Nas Montanhas Ro-chosas, as perigosas tempes-tades de neve colheram o grupode emigrantes e assim, muitaspessoas valentes pereceram, entreas quais a filha de John Jaques.Sua pena e sofrimento foramgrandes; porém, Sião e a Verda-de eram maiores, muito maiorese mais preciosas, e assim, conti-

nuou para frente, sem vacilar, avalorosa companhia.

Depois, John Jaques voltou àInglaterra como missionário para

Julho de 1949 147

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pregar o Evangelho de JesusCristo. Passava frequentementepor Stratford-upon-Avon, e certa

ocasião sentou-se em um recan-to atrativo, divagando, talvez

sentindo a própria influência dogrande Shakespeare, ponderandoas palavras de Pilatos, quandoele perguntou ao Mestre, "Que é

a verdade?" A questão queimou'como fogo a sua mente. Umapequena palavra, que tem sido a

procura de sábios desde o co-

meço do mundo, a qual, quandoencontrada, é uma jóia preciosaao possuidor. É a chave, e aúnica chave pela qual o homempode gozar uma vida abundanteaqui na terra e abrir as portasdo reino habitado por Deus oPai, e o Filho. Os que encon-tram a verdade e nela permane-

cem, estão assegurados na felici-

dade por toda a eternidade. Éa resposta às questões que tematormentado as mentes dos poe-tas, filósofos, e todos os pcsqui-zadores da verdade por todo otempo . . . Por que estamos aqui ?

De onde viemos? Para ondevamos?E assim, meditando sobre a fé

que amava e pela qual êle se sa-

crificou — os arredores visitadospor John Jaques trouxeram-lheà lembrança uma frase de Sha-kespeare :

". . . é tudo tão verda-

deiro como estranho; não, é dezvezes dez verdadeiro, porque averdade é a verdade até a eter-

nidade." De tais pensamentosnobres nasceram as palavrasinspiradas do hino — "Que É AVerdade?"

DAR UMA RISADAPapai, onde foi que o senhor

nasceu?Em São Paulo.

E mamãe?Em Porto Alegre

.

E como foi que se encontraramcomigo, que nasci no Rio de Ja-

neiro?

Há dois anos que não digo umapalavra a minha mulher.E por que?Para não interrompê-la.

Gostas da escola, Pedrinho?

Sim, mamãe, gosto, porque se

não houvesse escola, não have-ria férias.

Julgo inútil enganá-lo — disse

o médico. — Seu estado é mui-to grave. Há alguém a quemdeseja ver?

Sim — respondeu o doente comvoz sumida. — Desejo ver outro

médico

.

Os Micróbios

Expostos à luz do sol, a maior parte dos micróbios morrem depressa. Por

i;so, devemos abrir largamente as janelas para expormos as nossas casas à ação

desinfetante dos raios solares. Bem diz o adágio: "Na casa onde entra o sol, não

entra o médico."

148 A GAIVOTA

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Nós CriançasUm discurso pronunciado na

Escola Dominical por Margaret

K. Penney (idade de 8 anos)

Nós crianças somos muito sim-ples em conhecimentos e ações.Nem sempre sabemos como ex-pressar em tempo exato os nos-sos pensamentos, ou como ser-

mos suficientemente jeitosos.

Muitas vezes somos grosseiros;mesmo tendo uma pequena par-te das polidas qualidades dosadultos, ainda temos de nosaprimorar em muitas cousas nolar e na escola.

Com a visão cheia de falta desabedoria e das fraquezas da in-

fância, vamos ver o que Jesuspensou dos pequeninos. No dé-cimo primeiro capítulo do III

Nephi, nosso Senhor diz: "E no-vamente vos digo que deveis ar-

repender e tornar-vos comouma criancinha, e ser batizadosem meu nome, ou de outro modo,não podereis receber estas cou-sas". O que Jesus quiz dizer-nos com isso?

Todos desejam que as crian-ças tenham ações de adultos. Osadultos sabem muito mais do quenós; assim, porque Jesus teria

expressado tal pensamento? Euacredito ser o motivo, o fato dascrianças serem mais humildes e

mais abertas às novas ideias, doque os adultos. Os adultos têmjá formadas suas opiniões sobremuitas cousas, e é difícil troca-rem suas ideias.

Eu penso que uma pessoa esta-

ria pronta a aceitar sugestões,mas não as seguiria, até que suaspróprias concepções fossem afas-tadas e achasse aquelas suficien-

temente boas. É dito comumen-

le que: "Um sábio troca suasideias muitas vezes, mas um tolo

nunca o faz". Se este ditado é

certo eu não sei, mas acredito se-

rem humildade e amor o que onosso Deus quer que tenhamos.A infância é, talvez, o ciclo

mais importante de nossa vidana construção de nosso cará ter.

As crianças são mais impressio-náveis; assim, vós tendes de sermais cuidadosos ao redor delas.

Nós crianças copiamos dos maisvelhos da família. Aprendemosa falar por vós. Desenvolvemosnossa têmpera sob vossa direção.Aprendemos, por vosso intermé-dio, a distinguir o bem do mal.Se vós sois demasiado orgulhosos,nós estaremos propensos a ser or-gulhosos e obstinados também.Si vós odiardes qualquer um devossos companheiros, é bem pos-sível que tenhamos a mesma ati-

tude. Porque, a quem devemosacreditar, e seguir?

Crianças são mentes em for-

mação e, portanto, livres de res-

ponsabilidade. Não destruí nos-

sa felicidade, mas procurai guiar-

nos nos nossos erros. Nossas al-

mas estão postas em vossas

mãos. Amoldai-nos delicada masfirmemente, a fim de que seja-

mos dignos de fazer o que nossoPai Celeste tem nos mandado fa-

zer.

Eu vos suplico que recordeis

da importância das crianças, emnome de Jesus Cristo. Amém.

Traduzido por

Wilson M. Tiellet

Julho de 1949 149

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Vento Vadinho esteve fora to-

da a noite, brincando pela re-

dondeza da cidade. Mas agora,agachando-se sob um arbusto delilás, acabou por adormecer.A Snra. Joana olhou para fora

da janela. "Olhe meu terraço!"disse ela. "Olhe meu passeio.

Olhe meu prado. Folhas ! Fo-lhas! Folhas!"

Agarrando sua vassoura, cor-

reu saltitando para fora da casa.

Shap-shap, ia a vassoura sobre

o terraço. As pequenas folhasamontoavam-se diante dela e

iam caindo trepidantes pela es-

cada abaixo. A Snra. Joana e

sua vassoura seguiam logo atráz.

Shap-shap-shap, ia a vassourasobre o passeio, e as folhas tro-

peçavam e caiam em cima, umasdas outras, todo o caminho até

a guia, dentro da valeta.

"Olhe", disse a Snra. Joana,"quando Joãozinho vier da esco-

la, êle poderá pegar seu pequenocarro vermelho e levar as folhas

para o terreno baldio, e nós te-

remos uma fogueira".

Justamente o Vento Vadinhoacordara e voltando-se, esticou-se

e ficou em pé, alto e forte, massentindo grande falta de exercí-

cios, correu pela vereda abaixo."Puff, puff", disse o Vento Va-dinho. As pequenas folhas sal-

tavam no ar voando em tornoloucamente, repousando nova-mente sobre o terraço, /o passeioe a grama da Snra . Joana

.

"Ó, vida! ó, vida!" lamentou-se a Snra. Joana. "Que ventohorrível. Veja meu pátio. Ven-to Vadinho é um grande imun-do. Não há nada de bom nele".

E entrou em casa resmungando.Agora, Vento Vadinho havia

disparado pela rua afora, che-gando a uma casa, onde um se-

nhor estava balançando-se ao sol,

lendo seu jornal.

V en tar

"Puff, puff", disse Vento Vadi-nhou. "Puff, puff, puff!"O jornal fugiu dos dedos do ve-

lho senhor e foi para o ar, cain-

do sobre um arbusto espinhoso,ficando todo rasgado."Bandido!" gritou o ancião.

"Que vento medonho! Comopode uma pessoa lêr um jornalcomo este, assim estraçalhado!"Vento Vadinho foi assobiando

pela rua. Um homem alto, tra-

jado cerimoniosamente de pretoe de cartola, vinha dobrando aesquina

.

"Puff", disse Vento Vadinho."Puff, puff, puff!"O homem alto agarrou sua car-

tola, porém perdeu sua presa.

Ela havia ido pelo ar, batendono pavimento e rolando como umpequeno arco preto pela rua:blec-blec, blec-blec, repetidamen-te, com o senhor a seguí-la: tip-

tap, tip-tap. E Vento Vadinhoseguiu apressadamente pela rua.

Havia um grupo de garotas es-

perando pelo onibus. "Whoo-whoo", disse Vento Vadinho."Whoo-whoo". As meninas fa-

zendo-lhe caretas, agarraramseus chapéus e deram-lhe as cos-

"Puff, puff", disse Veilto Va-dinho. "Ninguém gosta de mim",e dando suspiros e mais suspiros,

saiu correndo pelas ruas da ci-

dade.Chegou a um pátio, onde a

Snra. Maria estava dependuran-do roupa na corda. Esta, suspen-

150 A GAIVOTA

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Vadinhopor Eva Willes Wangagaard.

deu uma fronha alva como neve,enquanto procurava um prende-dor de roupa, dentro da cesta.

"Puff", disse Vento Vadinho."Puff, puff, puff!"A fronha cresceu repentina-

mente como uma bandeira e de-pois, escorregando dos dedos daSnra. Maria, voou pelo jar-dim caindo em uma suja e repug-nante lama."Ó!" lamentou-se a Snra. Ma-

ria. Este vento malvado! Nãofaz nada, a não ser desgraça".

Vento Vadinho rodeou triste-

mente a casa. Suspirava. Ge-mia. Choramingava-se e afli-

gia-se. E lá foi êle, arrastando-se pela rua a queixar-se.Um fazendeiro vinha em seu

carro de mercadorias, e chamou."Olá, pequeno camarada". Porque você está gemendo e se afli-

gindo?"Vento Vadinho seguia com sua

lamentação."Venha cá! disse o fazendeiro.

"Nada é tão ruim como tudoisto". E assim, parou seu cami-nhão."Ninguém gosta de mim", re-

plicou Vento Vadinho. "Eu soumáu. Não faço nada de bom!Todos queixam-se de mim".

"Ah, ah! pestanejou o fazen-deiro. "Isto é ruim. Mas vocêpode fazer alguma cousa de bom.Isso é sempre difícil para um ra-paz esbelto como você, sem nadao que fazer, a não ser brincarpela cidade. Um rapaz deve

sentir que está ajudando o mun-do com seu serviço. É de res-ponsabilidade, que você precisa.Pule para o carro. Quero mos-trar-lhe o que desejo dizer. Brin-car não é o suficiente. É o tra-

balho que ampara o interesse deum rapaz".Assim, Vento Vadinho pulou

para o caminhão. Chug-chug,ia êle a princípio, mas depois co-meçou a rosnar doce e baixocomo uma gatinha, rolando so-bre o chão, até alcançar um ca-minho largo e extenso . Em pou-co tempo eles chegaram onde omundo estava cheio de verdes ebonitas plantas.Vento Vadinho ouviu um ba-

rulho. "Mu-mu-u". Lá estavauma vaca perto de uma calha deirrigação, mugindo tristementepor um gole. Perto da calha,havia um moinho de vento, alto,

com sua grande roda indolente."Mu", queixou-se a vaca, "mu:u".

"Aqui", disse o fazendeiro."Há alguma cousa para fazer,pequeno camarada. Você podedescer do carro e ventar bastan-te".

"Puff", disse Vento Vadinho."Puff, puff, puff". Vagarosamen-te a grande roda começou agirar cada vez mais rápida Aágua surgiu do cano e a calha co-meçou a encher. A vaca mugin-do, pôs seu focinho na água fres-ca.

Uma jovem garota saiu de suacasa com um balde na mão. "ó,vento! até que enfim", disse ela."Ó abençoado vento!" E en-chendo seu balde, foi caminhan-do para casa, sorrindo e can-tando .

Uma garotinha correndo comseus cabelos doirados flutuantes,aureolando sua fisionomia feliz,

chamou: "Venha, Jucá. O *en-to já chegou. Poderemos soltar

Julho de 1949 151

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nossos barcos. Depressa!" Eela correu até o tanque, para versua vistosa barca, saindo, en-quanto a manejava por meio deum rolo de barbante na mão.Mas Jucá teve outra ideia. Se-

gurou seu grande papagaio azul.

e parando um momento com obarbante embaraçado, foi depoiscorrendo pelo caminho, afim deque o grande papagaio azul seelevasse mais e mais alto. Ascrianças riam e davam vivas. O

gado bebeu e foi alegremente devolta para o pasto.

"Puff", disse Vento Vadinho."Puff, puff, puff". Este é umlugar bom. Eu sou necessárioaqui. O povo gosta de mim. Irei

ver agora, o que mais posso fa-

zer para favorecê-los . Sim, pen-so que me introduzirei por aqui.

E assim o fez.

Traduzida pelas Srtas. CéliaHanke e Lucv Buzzolini.

TEMPO E PROGRESSO

(Continuação da pág. 145)

Deus criou a terra para queseus filhos e filhas possam con-tinuar em um estado de eternoprogresso ... O homem é defini-tivamente eterno e deveria pre-parar-se para viver perpetua-mente .

Em nosso estado de pré-exis-tência, nós, como filhos espiri-

tuais de Deus, ganhamos inteli-

gência de acordo com a aplica-ção e o esforço desenvolvidospara aprender e progredir; masnosso progresso nesse estado eralimitado a cousas de uma natu-reza puramente espiritual, e

assim, no conhecimento e sabe-doria de nosso Pai Eterno, nosencontramos hoje, em condiçõesmuitíssimo diferentes. Nossos es-

píritos estão revestidos de umcorpo material; estamos sujeitosà dor e à moléstia; ao nos mo-vermos de um lugar para outrosurge sempre um problema . . .

devemos obter alimento e roupa;possuímos o grande privilégio e

a responsabilidade de trazer àexistência filhos espirituais deDeus... De todos os lados e acada passo na vida apresentam-

se novos problemas e responsa-bilidades.O tempo não espera por nós,

meus irmãos. Essas 24 horasque constituem nosso dia atualnão nos dão tempo de ver o mun-do passar. . . não, devemos serparte integrante e progressiva doque acontece em torno de nós.O Plano total de nossa salva-

ção se baseia no Progresso. Éuma lei que deve ser seguida paraque possamos voltar à presençade nosso Pai do Céu. De manei-ra que como o Progresso Eternoé uma lei eterna, devemos chegarà conclusão de que o próprioDeus está em um estado perma-nente de progresso. Nas pala-vras de Lorenzo Snow, um dosProfetas da atualidade e um dosprimeiros dos Presidentes daIgreja: "Como o homem é, Deuso foi uma vez, e como Deus é, o

homem pode tornar-se."

Estamos, meus irmãos, vivendoas nossas vidas o mais possível?Estamos trilhando a senda deDeus? É de progresso ou de es-

tacionamento, nossa condiçãopresente no mar da vida, como

(Conclui na pág. 156)

152 A GAIVOTA

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AMOR E BONDADE

A maioria das pessoas temum sentimento de simpatia cari-

nhosa, por um amigo ou vizinhoque esteja em aflição, mas, namaior parte das vezes, não se-

guimos os impulsos interiores

que nos mandam ser amorosos e

hondosos, a não ser quando ve-mos o próximo em grande afli-

ção.Cada dia deve ser um feriado

de amor e bondade. Ao desper-tar pela manhã, devemos ser jo-

viais, agir com consideração,boas intenções, cordialidade,prestimosidade e gentileza, e

assim continuarmos todo o dia.Amor e bondade, em toda a suasingeleza, devem ser postos emprática para consolo dos que nãotem objetivos, e para consolar osque sofrem tristezas e depres-sões .

Muitos dentre nós jamais terãoa oportunidade de fazer algoque o mundo considere grande,mas entretanto, podemos, perfei-tamente, dar constante atençãoao bem estar e alegria do próxi-mo; nada custa determo-nos,uma vez ou outra, para conside-rar os demais e praticar algumabondade, por pequena que seja;podemos prestar bons serviçosao próximo e, desta maneira obe-decer o preceito divino: Amaráso teu próximo como a ti mesmo.No fim do sermão profético

que Mateus nos escreveu, está

demonstrado que as qualidadesde amor e bondade para com onosso próximo são fatores deter-

minantes de nosso destino final.

Lemos o seguinte, no capítulo 25,

versos 34 a 40:

por Lee A. Palmer.(Transcrito do Liahona de fe-

vereiro de 1949)

.

"Então dirá o Rei aos que es-

tiverem à sua direita : Vinde,benditos de meu Pai, possuí porherança o reino que vos estápreparado desde a fundação domundo; porque tive fome, e des-tes-me de comer; tive sede, e

destes-me de beber; era estran-geiro, e hospedastes-me; estavanu, e vestistes-me; adoeci, e vi-

sitastes-me; estive na prisão, e

fostes ver-me."Então os justos lhe responde-

rão, dizendo : Senhor, quando te

vimos com fome, e te demos decomer? ou com sede, e te demosde beber? E quando te vimosestrangeiro, e te hospedámos? ounu, e te vestimos? e quando te vi-

mos enfermo, ou na prisão, e fo-mos ver-te?

"E, respondendo o Rei, lhes

dirá: Em verdade vos digo que,quando o fizestes a um destesmeus pequeninos irmãos, a mimo fizestes".

Depois de termos lido estes

versículos, podemos verificar queo amor que devotamos ao próxi-mo é uma prova de nosso amora Cristo. Não é possível ter

amor a Deus se não o fundamen-tarmos no amor aos homens.

Se amarmos verdadeiramenteao Redentor do Mundo e ao Paide toda a justiça, nossos coraçõesestarão cheios de amor para comnossos semelhantes e este amornós demonstraremos em bonda-des e no serviço desinteressadopara com os outros.Deixemos vicejar, então, as ca-

raterísticas próprias de nossoamor para com o próximo. Per-

(Conclui na pág. 156)

Julho de 1949 153

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Campinas

Domingo, 8j^e maio, foi o "Diadas Mães", e a sala do Ramo deCampinas estava repleta de assis-

tentes. Lindos discursos foramproferidos, passando-se em se-

guida a homenagem às mães, pe-los filhos presentes; palavras bo-nitas foram ditas; lindos rama-lhetes de flores foram ofertados,sendo sempre enaltecida esta fi-

gura sublime, que é : Mãe

!

Foi dada a palavra ao MembroMário Jorge Gonçalves. Subindoao púlpito, este jovem usou dapalavra para, com os demais, ho-menagear uma mãe. Todos estra-nharam que não se notasse a pre-sença da progenitora do oradorno salão. E então Mário expli-cou que, ia homenagear não asua mãe, a quem já tinha home-nageado, porém, naquele momen-to ia saudar e oferecer um rama-lhete de flores à mãe de um seuamigo, que, embora distante, nãose esquecera do seu lar, e, parti-

cularmente de sua mãe, que na-quele dia deveria ser homenagea-da pelo filho ausente: e entãoMário Gonçalves entregou o lin-

do ramalhete à Dona Maria LimaVaz .progenitora do jovem Alfre-do Lima Vaz, atualmente emProvo, Utah, onde está cursandoa "Brigham Young University".

Foi tão emocionante a cena,que causou lágrimas pelo senti-

mento sublime que apresentava.Um abraço de Mário fez com queaquela mãe saudosa sentisse

mais uma vez, a fé de seu filho

pelos ensinamentos da Igreja. Sóum Santo dos Últimos Dias po-deria ter feito isso : Mesmo dis-

tante, lembrar-se de sua mãe nomaior dos Domingos: o "Diadas Mães".

Ricardo Caravelas.

Porto Alegre

Foi um acontecimento notávelo baile "Aniversário da Missão",realizado no dia 28 de maio doano em curso, no vasto salão doGrémio Náutico União, especial-

mente cedido para este fim.As dansas foram cadenciadas

pelo conjunto dos "Estudantesde Odontologia", que apresentouum vastíssimo repertório.

Nesta data já tão significativa,

aproveitamos o ensejo para dis-

tribuir prémios aos amigos que,no concurso intitulado "Assidui-dade A. M. M.", tiraram os pri-

meiros lugares na ordem que se-

gue:

1.° Dimitry Demezisk.2.° Ubirajara M. de Macedo.3.° José F. Barbosa F°.

Os contemplados ficaram ra-

diantes pelos prémios que lhes

couberam e, também, pelos aplau-sos merecidos que receberam.Este concurso que iniciamos hádois meses atraz, estimula os ami-gos a cooperarem cada vez maisconosco e está assentado nos se-

guintes itens : Trazer amigos, to-

154 A GAIVOTA

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mar parle nas representações e

frequência no Mútuo.número <le pessoas presentes

era cerca de 200, sendo opiniãogeral que o baile esteve esplên-

dido, tendo transcorrido num am-biente alegre e amigo.

Sentimo-nos gratos por esta

oportunidade, em poder demons-trar quanto faz bem à alma di-

vertimentos sadios e vermos co-

roado de êxito os nossos esforços.

René Dias.

Santos

O mês de maio ficará gravadoem nossos anais de recordações.Ruth Schubert Vieira recebeu as

águas do batismo em 22 de maioe foi confirmada no mesmo dia à

noite. Parabéns irmã Ruth.Foi magnífica a comemoração

do "Dia das Mães" em nossa Es-cola Dominical. Nossa sala es-

tava superlotada, apresentandoum número "record" de 71 assis-

tentes. programa, finamenteescolhido, foi emocionante, todosos que tomaram parte no mesmosairam-se maravilhosamente, al-

guns chegaram a arrancar lágri-

mas de emoção da assistência.

Foram ofertados dois presen-tes, um à mãe mais moça e outroà mais velha e também foramdistribuídos ramalhetes de flores

entre todas as mães presentes. Asala toda engalanada de flores c

plantas naturais, deu maior es-

plendor à festa.

Nossos serões domingueiros empleno êxito. Comparecem, em

média, 25 pessoas, sendo de senotar o entusiasmo com que omesmo é vivido e esperado. Tam-bém o programa na Radio (iua-

rujá Paulista vê crescer o núme-ro de seus ouvintes.

Reinam conosco o entusiasmoc a prosperidade, advindos denossos fortes propósitos em favo-recer o trabalho do Senhor.

Newton Freitas.

São Pauto

Mais quatro missionários segui-ram para os EE. UU. e, entreeles estava Elder Jensen, nossomui querido Presidente do Ramode São Paulo, (.orno não podiadeixar de acontecer, foi-lhe ofe-recida uma festa de despedida.([iie congregou a quasi totalida-

de dos membros, amigos e alu-nos, numa apoteose ao grandeserviço prestado por Elder Jen-sen, emissário da Igreja de JesusCristo, nestas plagas da Améri-ca. Não foi esquecida, pelosamigos que aqui deixou, a ofertade uma lembrança, para quecontinuem sempre vivos em seupensamento e seu coração, o Bra-sil e os brasileiros. Devo men-cionar, também, nossa irmã LilyWiest, grande auxiliar e anima-dora deste ramo, que partiu comos missionários, a fim de fixarresidência no estado de Utah. Atodos eles nossos votos de felici-

dades c o sincero desejo de revê-los, tão logo possamos.

Wanda (iiannrtti.

Não gaste seu tempo em coisas inúteis, pois êle é o tecido de que é feita a

Benjamim Franklinvida.

Julho de 1949 155

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A Igreja no MundoUm ano de trabalhos c plane-

jamentos voluntários, levaram acabo, a construção de uma fábri-ca de colchões na estaca Weberde Ogden, estado de Utah. Estafábrica está produzindo umamédia de mil unidades anuais,que são distribuídas por intermé-dio do Plano do Bem-Estar daIgreja.

Os colchões são manufaturadoscom algodão colhido em planta-ções da Igreja, no Arizona, ondeo mesmo é plantado, colhido e

ensacado por trabalhadores vo-luntários .

Todo o trabalho de manufatu-ramento, é proporcionado expon-taneamente, por membros da es-

taca Weber.

Durante os 43 anos que IrmãAnnie Pilcher morou em Enoch,Texas, ela andou entre o Ra-mo nessa cidade e sua casa.Visto que sua casa fica a 3 quiló-metros da capela, e, considerandouma média de 2 ou 3 voltas à ca-peia por semana, ela tem andadomais de 960 quilómetros por anopara assistir as reuniões do seuRamo. Assim, nos 43 anos detal caminhada, ela tem acumu-lado 41.280 quilómetros — umadistância equivalente a uma vezem redor do mundo! Irmã Pil-

cher tem agora 73 anos e aindafaz as voltas regulares à capela,

fazendo-as tão bem hoje em diacomo nos anos passados.

TEMPO E PROGRESSO AMOR E BONDADE

(Continuação da pág. 152)

a espera de alguém que nos em-purre para a frente?

Tenho esperança e peço nasminhas orações, que possamostodos fazer um exame de cons-ciência, e se não estivermos pro-cedendo do melhor modo comoservos de Deus, principiemos afazer um pouco mais e veremosque a medida que os nossos es-

forços aumentarem para que al-

cancemos a Glória de Deus, asnossas bênçãos gradualmentecrescerão.

Que Deus nos ajude nesse in-

tento e progresso, todos os nos-sos dias, eu peço em nome deJesus. Amem.

(Continuação da pág. 153)

mitamos que a bondade imperejunto a benevolência, em nossotrato de um para o outro. Dei-xemos que se incorpore em nos-sas vidas o espírito de Cristo, queé o espírito de amor e da bon-dade.

Traduzido por Crisóstomo.

No Natal passado os membrosda A. M. M. nos E. E. U. U.prepararam e enviaram aosmembros da mesma na Europae no, Japão 2.517 caixas de au-xílio, com um peso total de18.940 quilos.

156 A GAIVOTA Julho de 1949

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NOVAS MISSIONÁRIAS NA MISSÃO BRASILEIRA

Irmã Deon Crarte

Riverton, UtahIrmã Reah Horton

L03 Angeles, Califórnia

MISSIONÁRIOS DESOBRIGADOS DA MISSÃO BRASILEIRA

Elder Dale S. BaileyBlackfoct, Idaho

Elder Walter Ted WilsonSalt Lake City, Utah

Elder Ross. F. JensenBlackfoot, Idaho

Elder Arnold E. MaasChicago, Illinois

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Fasendo os Cegos VeremPor Kathrgn Poor.

O senhor poderá avaliar quanto os cegos de nossos

dias devem ao francês que inventou o sistema Braille

de impressão que habiliia-os a ler e a escrever?

Luiz Braille nasceu em Coupvrag, próximo de Paris,

em janeiro de 1809. Éle perdeu a sua vista aos três anos

de idade, resultado de um acidente, e a sua vida foi de-

votada a auxiliar os infelizes iguais a êle.

Frequentou o Instituto de Cegos em Paris, fundadopor Valentin Haug. Haug foi o primeiro a imprimir le-

tras em relevo. Braille, um discípulo brilhante, possuía

somente dezesete anos quando foi designado professor daescdla. Èle foi o primeiro a revelar que o sistema Haugnão era satisfatório porque o fato de tutear letras sobre

letras não havia sido considerado. Um sistema de letras

em relevo suave era inadequado para as necessidades de

um aluno eégo.*

Braille foi inspirado pelo sistema de M. Charles Bar-bier de tipos separados, de que a superfície das letras

fosse feita sobre 'pequenas pontas, mas ainda assim era

imperfeito, mesmo que em todos os seus métodos, o cegonão conseguiria escrever.

Braille executou os rudimentos do seu sistema antes

de completar vinte anos, mas levou cinco anos para o seu

aperfeiçoamento.Xo sistema Braille cada letra é feita em dez dese-

nhos fundamentais. Os pontos são arrumados em colu-

nas paralelas. Pontos pesados indicam a letra e os pon-tos leves remanescentes estabelecem a posição e a signi-

ficação dos' pontos pesados.Combinações de pontos indicam contrações de pala-

vras e sinais de pontuação. Os cegos aprendem este sis-

tema facilmente. Pode ser escrito por e para os cegos,

bem como impressos. A música também pode ser lida

e escrita em Braille, ambas, a vocal e a instrumental.

O trabalho Braille tem sido de incalculável valor

para a humanidade. Morreu relativamente moço, com'i2 anos, cm Paris, em 1852. Na verdade, viveu o suficien-

te para realizar uma indelével impressão, para o futuro

dos cegos, tornando-lhes a vida mais útil e feliz, devido a

esse grande serviço.

Traduzido por Silvino IJAstoria.