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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA PROTEÇÃO AO VÔO ICA 63-19 ANÁLISE DE OBSTÁCULOS EM ZONAS DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMOS, HELIPONTOS E AUXÍLIOS À NAVEGAÇÃO AÉREA 2008

ICA 63-19 - ANÁLISE DE OBSTÁCULOS EM ZONAS DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMOS, HELIPONTOS E AUXÍLIOS À NAVEGAÇÃO AÉREA - 2008

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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA

PROTEÇÃO AO VÔO

ICA 63-19

ANÁLISE DE OBSTÁCULOS EM ZONAS DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMOS, HELIPONTOS E

AUXÍLIOS À NAVEGAÇÃO AÉREA

2008

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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA

DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

APRO

PROTEÇÃO AO VÔO

ICA 63-19

NÁLISE DE OBSTÁCULOS EM ZONAS DE TEÇÃO DE AERÓDROMOS, HELIPONTOS E

AUXÍLIOS À NAVEGAÇÃO AÉREA

2008

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ICA 63-19/2008

MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

PORTARIA DECEA Nº 106/DGCEA, DE 18 DE ABRIL DE 2008.

Aprova a edição da ICA 63-19, que orienta a análise de obstáculos em Zonas de Proteção de Aeródromos, Helipontos e Auxílios à Navegação Aérea.

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO

ESPAÇO AÉREO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 4º, inciso III, do Regulamento do Departamento de Controle do Espaço Aéreo – ROCA 20-7, aprovado pela Portaria nº 1.212/GC3, de 27 de dezembro de 2006, resolve:

Art. 1º Aprovar a edição da ICA 63-19, “Análise de Obstáculos em Zonas de

Proteção de Aeródromos, Helipontos e Auxílios à Navegação Aérea”, que com esta baixa. Art. 2º Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.

Ten Brig Ar RAMON BORGES CARDOSO

Diretor-Geral do DECEA

(Publicada no BCA no 085, de 7 de maio de 2008)

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SUMÁRIO

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES...................................................................................9 1.1 FINALIDADE .....................................................................................................................9 1.2 ÂMBITO..............................................................................................................................9 1.3 COMPETÊNCIA .................................................................................................................9

2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS ..............................................................................10 2.1 DEFINIÇÕES. ...................................................................................................................10 2.2 ABREVIATURAS.............................................................................................................12

3 DA ANÁLISE DE SOLICITAÇÃO PARA A IMPLANTAÇÃO DE OBSTÁCULOS ..........................................................................................................13 3.1 DO PROCESSO.................................................................................................................13 3.2 DAS COMPETÊNCIAS....................................................................................................13

4 DO PARECER EMITIDO PELOS ÓRGÃOS REGIONAIS......................................14 4.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO AO PARECER...............................................................14 4.2 DOS IMPEDIMENTOS ....................................................................................................14 4.3 DO CONTEÚDO DO PARECER .....................................................................................15

5 DISPOSIÇÕES FINAIS ..................................................................................................16

ANEXOS.............................................................................................................................17

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ICA 63-19/2008

PREFÁCIO

A edição desta Instrução tem por objetivo padronizar os procedimentos para a análise de obstáculos em Zonas de Proteção de Aeródromos, Helipontos e Auxílios à Navegação Aérea, no âmbito do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

A presente Instrução estabelece os procedimentos para a análise de obstáculos em Zonas de Proteção de Aeródromos, Helipontos e Auxílios à Navegação Aérea que possam causar riscos às atividades de proteção ao vôo, às operações aéreas dos aeródromos ou causar interferências nos sinais de Auxílios à Navegação Aérea.

1.2 ÂMBITO

As orientações aqui contidas aplicam-se aos Órgãos Regionais do DECEA envolvidos no processo de análise para implantação de obstáculos em Zonas de Proteção de Aeródromos, Helipontos e Auxílios à Navegação Aérea.

1.3 COMPETÊNCIA

A presente Instrução é de aplicação obrigatória a todos os Órgãos Regionais subordinados ao DECEA.

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2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS

2.1 DEFINICÕES

Os termos e expressões abaixo relacionados, empregados nesta publicação, têm os seguintes significados:

AERÓDROMO

Toda área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves.

APROXIMAÇÃO PARA CIRCULAR

Complemento de um procedimento de aproximação por instrumentos que exige que a aeronave execute, com referências visuais, uma manobra para circular o aeródromo e pousar.

AUXÍLIOS À NAVEGAÇÃO AÉREA

Equipamentos destinados a proporcionar apoio à navegação das aeronaves.

HELIPONTO

Espaço destinado a pousos e decolagens de helicópteros.

OBSTÁCULO

Acidente físico ou objeto de natureza temporária ou permanente, fixo ou móvel, situado em Zonas de Proteção de Aeródromo, Helipontos e Auxílios à Navegação Aérea e que tenha altura superior ao gabarito fixado pelos diversos Planos definidos nesta Instrução.

ÓRGÃOS REGIONAIS

São os Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) e o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP).

PARECER

Documento pelo qual se emite uma opinião especializada, um esclarecimento técnico ou uma orientação fundamentada sobre determinado assunto a fim de facilitar a decisão da autoridade competente.

PLANO AEROVIÁRIO ESTADUAL

Instrumento macrodiretor da política de desenvolvimento do Sistema Regional de Aeroportos que determina as diretrizes e metas fundamentais, bem como os recursos essenciais, para o pleno desenvolvimento da infra-estrutura aeroportuária no interior dos estados, aprovados pela ANAC.

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PLANO BÁSICO DE ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMOS (PBZPA)

Documento de aplicação genérica que estabelece as restrições impostas ao aproveitamento das propriedades dentro da Zona de Proteção de um aeródromo (ZPA).

PLANO BÁSICO DE ZONA DE PROTEÇÃO DE HELIPONTOS (PBZPH)

Documento que estabelece as restrições impostas ao aproveitamento das propriedades dentro da Zona de Proteção de um heliponto.

PLANO DE ZONA DE PROTEÇÃO DE AUXÍLIO À NAVEGAÇÃO AÉREA (PZPA)

Documento que estabelece as restrições impostas ao aproveitamento das propriedades dentro da Zona de Proteção de um auxílio à navegação aérea.

PLANO DIRETOR AEROPORTUÁRIO

Conjunto de documentos que apresenta a orientação para implantação e desenvolvimento de um aeródromo e que oficializa a diretriz de expansão do aeroporto, orientando seu crescimento físico, área patrimonial e investimento no horizonte de vinte anos, aprovado pela ANAC.

PLANO ESPECÍFICO DE ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMOS (PEZPA)

Documento, de aplicação específica, que estabelece as restrições impostas ao aproveitamento das propriedades dentro da Zona de Proteção de um ou mais aeródromos.

PROCEDIMENTO DE NAVEGAÇÃO AÉREA

Série de manobras, predeterminadas, realizadas com o auxílio dos instrumentos a bordo das aeronaves, com proteção específica contra os obstáculos, desde o fixo de aproximação inicial ou, quando aplicável, desde o princípio de uma rota de chegada até um ponto a partir do qual seja possível efetuar o pouso e, caso este não se realize, até uma posição na qual se apliquem os critérios de circuito de espera ou de margem livre de obstáculos em rota. São classificados como procedimentos de precisão, de não precisão, para pouso direto ou para circular.

PROCESSO

É o documento ou o conjunto de documentos que exige um estudo mais detalhado, bem como procedimentos expressados por despachos, relatórios técnicos e anexos.

SAÍDA PADRÃO POR INSTRUMENTO (SID)

Rota de saída, em regras de vôo por instrumentos, que liga / une / conecta o aeródromo, ou uma pista especifica do aeródromo, a um ponto significativo específico, normalmente numa rota ATS, na qual a fase em rota do vôo pode ser iniciada.

SINALIZAÇÃO DE OBSTÁCULOS

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Pintura, iluminação e balizas dispostas nos obstáculos, com a finalidade de torná-los contrastantes com o meio em que se encontram.

SUPERFÍCIES LIMITADORAS DE OBSTÁCULOS

Superfícies que definem um volume de espaço aéreo no aeródromo e em suas proximidades que deve ser mantido livre de obstáculos, de modo a permitir que as operações das aeronaves sejam conduzidas de forma segura, evitando interdição ou restrições às operações do aeródromo.

SUPERFÍCIES LIVRES DE OBSTÁCULOS (OFZ)

Superfícies aplicáveis aos aeródromos, com operação IFR de precisão, que têm por finalidade servir de limite aos auxílios à navegação aérea, às aeronaves e a outros veículos autorizados a transitar nas proximidades da pista. Destas superfícies só podem sobressair os objetos montados sobre suportes frágeis de pequenas dimensões e extremamente necessários.

2.2 ABREVIATURAS

As abreviaturas utilizadas nesta Instrução têm os seguintes significados:

ANAC Agência Nacional de Aviação Civil CBA Código Brasileiro de Aeronáutica CINDACTA Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo COMAR Comando Aéreo Regional DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo ICA Instituto de Cartografia da Aeronáutica IFR Regras de Vôo por Instrumentos OACI Organização de Aviação Civil Internacional PBZPA Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo PBZPH Plano Básico de Zona de Proteção de Heliponto PEZPA Plano Específico de Zona de Proteção de Aeródromo PZPA Plano de Zona de Proteção de Auxílio à Navegação Aérea SISCEAB Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro SRPV-SP Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo VFR Regras de Vôo Visual

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3 DA ANÁLISE DE OBSTÁCULOS

3.1 DO PROCESSO

3.1.1 Conforme o capítulo XIV, art. 76, da Portaria no 1.141/GM5, de 8 de Dezembro de 1987, a autorização para aproveitamento de propriedades situadas dentro do Plano de Proteção de Aeródromo e Heliponto e do Plano de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea é de competência exclusiva do Comando Aéreo Regional – COMAR sob cuja administração se encontre o aeródromo ou o auxílio à navegação aérea.

3.1.2 Segundo o capítulo XIII, art. 74, inciso I, alínea 4, da Portaria no 1.141/GM5, é da competência dos Comandos Aéreos Regionais (COMAR), dentre outras atribuições, o seguinte:

“No caso de autorização para aproveitamento de que trata esta Portaria, emitir a decisão final do requerimento, publicá-la em Boletim Interno da Organização, comunicá-la ao interessado por meio de ofício e arquivar o processo para controle e fiscalização, após verificar a viabilidade da pretensão, através dos pareceres dos seguintes órgãos:

a) Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo - CINDACTA e Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo - SRPV-SP, quanto às implicações nas atividades de proteção ao vôo;

b) Serviço Regional de Engenharia - SERENG, quanto aos projetos de infra-estrutura aeroportuária e confirmação das informações inclusas no processo; e

c) Gerência Regional de Aviação Civil - GERAC, quanto aos interesses de transporte aéreo.”

3.2 DAS COMPETÊNCIAS

3.2.1 Conforme definido no art.5o da Portaria no 1.141/GM5, o Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos contém as seguintes áreas: Faixa de Pista, Áreas de Aproximação, Áreas de Decolagem, Áreas de Transição, Área Horizontal Interna, Área Cônica e Área Horizontal Externa.

3.2.2 Além do disposto no art.13 da Portaria no 1.141/GM5, e conforme o Anexo 14 da OACI, somente poderão ser instalados na Faixa de Pista objetos ou equipamentos que sejam extremamente indispensáveis para a operação do aeródromo, devendo, mesmo assim, serem frangíveis.

3.2.3 A mesma Portaria define em seu art. 14 quais os obstáculos que podem ser implantados nas Áreas de Aproximação, Decolagem e Transição. 3.2.4 Os Órgãos Regionais do DECEA, com base na legislação existente, analisarão os riscos que a implantação do obstáculo proporcionará às atividades de proteção ao vôo, à operação aérea no aeródromo ou heliponto, tanto para as aproximações visuais como por instrumentos e, ainda, as possíveis interferências nos sinais dos Auxílios à Navegação Aérea.

3.2.6 A análise efetuada pelos Órgãos Regionais do DECEA, referentes às atividades de proteção ao vôo e aos Auxílios à Navegação Aérea, tem o caráter de assessoramento à decisão final dos COMAR.

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4 DO PARECER EMITIDO PELOS ÓRGÃOS REGIONAIS

4.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO AO PARECER

4.1.1 O Parecer, conforme exemplificado nos Anexos, deverá levar em consideração toda a possibilidade de evolução futura do(s) aeródromo(s), prevista nos documentos oficiais de planejamento, tais como Planos Diretores Aeroportuários, Planos Aeroviários e outros, devendo considerar até a última etapa de desenvolvimento planejada.

4.1.2 Deverá considerar as violações nas superfícies do Plano Específico e, caso este não exista para o aeródromo em questão, do Plano Básico, além de verificar as interferências nos procedimentos de navegação aérea e nos Planos de Zona de Proteção dos Auxílios à Navegação Aérea que possam causar riscos às atividades de proteção ao vôo, às operações aéreas do(s) aeródromo(s) ou heliponto(s) e, ainda, causar interferências nos sinais dos Auxílios à Navegação Aérea.

4.1.3 Deverá considerar o previsto na Portaria no 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987 e na Portaria no 398/GM5, de 04 de junho de 1999.

4.1.4 Para implantações de natureza perigosa, deverá considerar os riscos que possam proporcionar às operações aéreas nos aeródromos e helipontos como, por exemplo, a atração de pássaros, devendo o COMAR ser informado quanto aos riscos, ou não, de sua implantação.

4.1.5 Visando à avaliação pelo COMAR, deverão estar explícitos os riscos, ou não, que a implantação, caso seja autorizada, causará às atividades de proteção ao vôo e às operações aéreas do(s) aeródromo(s) ou heliponto(s). Além disso, as possíveis interferências nos sinais dos Auxílios à Navegação Aérea também deverão constar do Parecer.

4.1.6 O prazo máximo para a emissão do Parecer, devolução ao COMAR para complementação das informações ou solicitação de levantamentos de campo, a partir da data de entrada do processo no Órgão Regional, é de 30 (trinta) dias corridos.

4.2 DOS IMPEDIMENTOS

4.2.1 Durante a análise do processo, sempre que forem observadas discrepâncias ou incoerências nos dados recebidos do COMAR, tais como cota do terreno, distâncias em relação aos aeródromos, localização e documentação em desacordo com o previsto na legislação vigente, o mesmo deverá ser restituído ao COMAR, juntamente com as solicitações requeridas.

4.2.2 É vedado aos Órgãos Regionais o recebimento ou a requisição de qualquer documentação ou pedido de informação diretamente do/ao interessado, devendo todo o processo e/ou qualquer contato ou solicitação ocorrer por intermédio do COMAR.

4.2.3 Não cabe aos Órgãos Regionais, em nenhuma hipótese, a emissão de decisão final referente aos aproveitamentos em Zonas de Proteção de aeródromos, helipontos e Auxílios à Navegação Aérea.

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4.3 DO CONTEÚDO DO PARECER

4.3.1 O Parecer enviado aos COMAR deverá ater-se à interferência do obstáculo nas superfícies dispostas nas legislações previstas nesta Instrução, e que possa causar riscos às atividades de proteção ao vôo, às operações aéreas dos aeródromos ou interferência nos sinais dos Auxílios à Navegação Aérea.

4.3.2 Os Pareceres deverão possuir a seqüência dos campos apresentados a seguir, segundo o significado de cada um dos termos e seus conteúdos:

a) campo “ASSUNTO”: Deverá ser preenchido de forma sucinta, contendo a solicitação inicial do interessado.

b) campo “ANEXOS”: Deverá listar a relação dos documentos que acompanharão o Parecer, excluindo os documentos já constantes do processo. Caso não haja tal situação, este campo deverá ser relacionado com a sigla “NIL”.

c) campo “OBJETIVO”: Deverá conter o objeto específico do Parecer. d) campo “DOCUMENTOS ANALISADOS”: Deverá conter a relação dos

documentos que foram analisados ou consultados para a elaboração do Parecer.

e) campo “DADOS”: Deverá conter a descrição sucinta e objetiva dos fatos concretos, relacionados com o assunto analisado.

f) campo “ANÁLISE”: Deverá conter a confrontação da situação ou fato descrito no Campo “DADOS” com a legislação em vigor.

g) campo “CONCLUSÃO”: Deverá mencionar o resultado das observações levantadas no campo “ANÁLISE”, expresso de forma clara, concisa e objetiva, de modo a não permitir interpretações ambíguas.

h) campo “ELABORADO POR”: Deverá conter o(s) nome(s), posto(s) e rubrica(s) do(s) responsável(is) pela elaboração do Parecer.

i) campo “REVISADO POR”: Deverá conter o nome, posto e rubrica do responsável pela revisão do Parecer.

4.3.3 No campo “CONCLUSÃO”, não deverão ser utilizadas, por parte dos Órgãos Regionais, termos como “FAVORÁVEL”, “DESFAVORÁVEL”, “NADA TEM A SE OPOR” e outros que dêem idéia de encerramento do processo, já que o Parecer é meramente um documento de assessoramento aos COMAR.

4.3.4 Caso sejam constatados riscos para as atividades de proteção ao vôo, operações aéreas dos aeródromos ou helipontos ou interferência nos sinais dos Auxílios à Navegação Aérea, o Parecer deverá explicitar em seu campo “CONCLUSÃO” as restrições operacionais que serão ocasionadas à circulação aérea se a implantação for autorizada.

4.3.5 Caso não sejam constatados riscos para as atividades de proteção ao vôo, operações aéreas dos aeródromos ou helipontos ou interferência nos sinais dos Auxílios à Navegação Aérea, deverá constar no Parecer, no campo “CONCLUSÃO”, que, se a implantação for autorizada, não ocasionará restrições operacionais à circulação aérea.

4.3.6 Caso seja constatada qualquer incompatibilidade com os Planos Aeroviário Estadual, Diretor Aeroportuário ou qualquer outro relacionado à localidade em questão, deverá constar no Parecer, no campo “CONCLUSÃO”, que, caso a implantação seja autorizada, irá causar restrições a Plano(s) já existente(s), especificando-o(s).

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5 DISPOSIÇÕES FINAIS

5.1 Os casos não previstos nesta Instrução serão apreciados pelo Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA.

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Anexo A – Exemplo de Parecer 1

MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

SERVIÇO REGIONAL DE PROTEÇÃO AO VÔO DE SÃO PAULO

Número: 5/DO-ATM/08 PARECER

Data: 20 JAN 2008

RESPONSÁVEL:

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Ch do SRPV-SP

ASSUNTO Solicitação para instalação de torre de telecomunicações. ANEXOS Ofício no 8/XXX/2008, de 03 de janeiro de 2008.

1. OBJETIVO

1.1 Analisar, sob o ponto de vista do gerenciamento de tráfego aéreo, a instalação de uma torre de telecomunicações próxima ao aeródromo de SBXX.

2. DOCUMENTOS ANALISADOS

2.1 Ofício no 8/XXX/2008, de 03 de janeiro de 2008, do COMAR IV;

2.2 Portaria no 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987 e Portaria no 398/GM5, de 04 de junho de 1999.

3. DADOS

3.1 Localização da torre: coordenadas geográficas: S04º28’35’’/W045º44’00’’.

3.2 Cota do terreno: 30 metros.

3.3 Altura total da torre: 72 metros.

4. ANÁLISE

4.1 A Empresa Malta Representações, com sede em São Paulo, em nome da Empresa Meridiano Engenharia de Telecomunicações S/A, requereu ao COMAR IV autorização para a instalação de uma torre de telecomunicações no Aeródromo SBXX.

4.2 O local pretendido para a instalação da torre dista 300 metros da THR 12 do aeródromo SBXX, interferindo na superfície da Área Horizontal Interna da Zona de Proteção de Aeródromo, violando seu gabarito em 20 (vinte) metros.

4.3 A referida violação interfere no circuito visual da RWY 12, nos procedimentos de saída Tupi e no procedimento de aproximação VOR Z RWY 12, ocasionado prejuízos ao tráfego aéreo local, pois inviabiliza as operações VFR e IFR para a citada RWY.

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5. CONCLUSÃO 5.1 A implantação da torre reduzirá a operacionalidade do aeródromo SBXX, interferindo em aproximação da RWY 12 e procedimento de saída da RWY 30, bem como no circuito de tráfego visual para a RWY 12. 5.2 Encaminhar o presente Parecer ao COMAR IV para conhecimento e decisão final.

ELABORADO POR:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Esp CTA Ch da Seção ATM

REVISADO POR:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Ten Cel Av Ch da DO-ATM

Anexo B – Exemplo de Parecer 2

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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

SERVIÇO REGIONAL DE PROTEÇÃO AO VÔO DE SÃO PAULO

Número: 5/DO-ATM/08 PARECER

Data: 20 JAN 2008

RESPONSÁVEL:

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Ch do SRPV-SP

ASSUNTO Solicitação para instalação de torre de telecomunicações. ANEXOS Ofício no 8/XXX/2008, de 03 de janeiro de 2008.

1. OBJETIVO

1.1 Analisar, sob o ponto de vista do gerenciamento de tráfego aéreo, a instalação de uma torre de telecomunicações próxima ao aeródromo de SBXX.

2. DOCUMENTOS ANALISADOS

2.1 Ofício no 8/XXX/2008, de 03 de janeiro de 2008, do COMAR IV;

2.2 Portaria no 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987 e Portaria no 398/GM5, de 04 de junho de 1999.

3. DADOS

3.1 Localização da torre: coordenadas geográficas: S04º28’35’’/W045º44’00’’.

3.2 Cota do terreno: 30 metros.

3.3 Altura total da torre: 72 metros.

4. ANÁLISE

4.1 A Empresa Malta Representações, com sede em São Paulo, em nome da Empresa Meridiano Engenharia de Telecomunicações S/A, requereu ao COMAR IV autorização para a instalação de uma torre de telecomunicações no Aeródromo SBXX.

4.2 O local pretendido para a instalação da torre dista 12.300 metros da THR 12 do aeródromo SBXX, interferindo na superfície da Área Horizontal Externa da Zona de Proteção de Aeródromo, violando seu gabarito em 15 (quinze) metros.

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4.3 A referida violação, no entanto, não interfere no circuito de tráfego aéreo do aeródromo ou em qualquer dos procedimentos de vôo por instrumentos de SBXX. Além disso, também não inviabiliza a aplicação do Plano Diretor previsto para a localidade.

5. CONCLUSÃO 5.1 Em vista do exposto, a implantação da torre de telecomunicações não implicará em qualquer tipo de restrição à circulação aérea do aeródromo analisado. 5.2 Encaminhar o presente Parecer ao COMAR IV para conhecimento e decisão final.

ELABORADO POR:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Esp CTA Ch da Seção ATM

REVISADO POR:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Ten Cel Av Ch da DO-ATM

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Anexo C – Exemplo de Parecer 3

MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

SERVIÇO REGIONAL DE PROTEÇÃO AO VÔO DE SÃO PAULO

Número: 5/DO-ATM/08 PARECER

Data: 20 JAN 2008

RESPONSÁVEL:

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Ch do SRPV-SP

ASSUNTO Solicitação para instalação de torre de telecomunicações. ANEXOS Ofício no 8/XXX/2008, de 03 de janeiro de 2008.

1. OBJETIVO

1.1 Analisar, sob o ponto de vista do gerenciamento de tráfego aéreo, a instalação de uma torre de telecomunicações próxima ao aeródromo de SBXX.

2. DOCUMENTOS ANALISADOS

2.1 Ofício no 8/XXX/2008, de 03 de janeiro de 2008, do COMAR IV;

2.2 Portaria no 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987 e Portaria no 398/GM5, de 04 de junho de 1999.

3. DADOS

3.1 Localização da torre: coordenadas geográficas: S04º28’35’’/W045º44’00’’.

3.2 Cota do terreno: 30 metros.

3.3 Altura total da torre: 72 metros.

4. ANÁLISE

4.1 A Empresa Malta Representações, com sede em São Paulo, em nome da Empresa Meridiano Engenharia de Telecomunicações S/A, requereu ao COMAR IV autorização para a instalação de uma torre de telecomunicações no Aeródromo SBXX.

4.2 O local pretendido para a instalação da torre dista 200 metros da THR 12 do aeródromo SBXX, estando localizado na Área de Transição da RWY 12/30, violando seu gabarito em 5 (cinco) metros.

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5. CONCLUSÃO 5.1 Em vista do exposto, foi constatado que o obstáculo está localizado em área de Transição do Aeródromo (área inviolável), ultrapassando seu gabarito em 5 (cinco) metros, não cabendo, portanto, a análise referente aos riscos para as atividades de proteção ao vôo, operações aéreas do aeródromo ou interferência nos sinais dos auxílios à navegação aérea. 5.2 Encaminhar o presente Parecer ao COMAR IV para conhecimento e decisão final.

ELABORADO POR:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Esp CTA Ch da Seção ATM

REVISADO POR:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Ten Cel Av Ch da DO-ATM

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Anexo D – Exemplo de Parecer 4

MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

SERVIÇO REGIONAL DE PROTEÇÃO AO VÔO DE SÃO PAULO

Número: 5/DO-ATM/08 PARECER

Data: 20 JAN 2008

RESPONSÁVEL:

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Ch do SRPV-SP

ASSUNTO Solicitação para instalação de torre de telecomunicações. ANEXOS Ofício no 8/XXX/2008, de 03 de janeiro de 2008.

1. OBJETIVO

1.1 Analisar, sob o ponto de vista do gerenciamento de tráfego aéreo, a instalação de uma torre de telecomunicações próxima ao aeródromo de SBXX.

2. DOCUMENTOS ANALISADOS

2.1 Ofício no 8/XXX/2008, de 03 de janeiro de 2008, do COMAR IV;

2.2 Portaria no 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987 e Portaria no 398/GM5, de 04 de junho de 1999.

3. DADOS

3.1 Localização da torre: coordenadas geográficas: S04º28’35’’/W045º44’00’’.

3.2 Cota do terreno: 30 metros.

3.3 Altura total da torre: 72 metros.

4. ANÁLISE

4.1 A Empresa Malta Representações, com sede em São Paulo, em nome da Empresa Meridiano Engenharia de Telecomunicações S/A, requereu ao COMAR IV autorização para a instalação de uma torre de telecomunicações no Aeródromo SBXX.

4.2 O local pretendido para a instalação da torre dista 200 metros da THR 12 do aeródromo SBXX, estando localizado na Área de Transição da RWY 12/30, não violando, entretanto, o seu gabarito.

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4.3 A referida implantação não interfere nos circuitos de tráfego aéreo do aeródromo ou em qualquer dos procedimentos de vôo por instrumentos de SBXX. Além disso, também não inviabiliza a aplicação do Plano Diretor previsto para a localidade.

4.4 No entanto, o obstáculo viola a Área de Implantação Proibida do VOR XXX, prevista no Plano de Zona de Proteção do VOR da localidade.

5. CONCLUSÃO 5.1 O obstáculo interfere na Área de Implantação Proibida do VOR XXX, prevista no Plano de Zona de Proteção do VOR da localidade. 5.2 Encaminhar o presente Parecer ao COMAR IV para conhecimento e decisão final.

ELABORADO POR:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Esp CTA Ch da Seção ATM

REVISADO POR:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Ten Cel Av Ch da DO-ATM