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Jornal interno
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1
Santa Casa da Misericórdia de Silves “ A Idade do Saber”
Julho 2012 Nesta edição:
A nossa entrevista
As Encarregadas Gerais
Passeio ás Barragens
Os meus bolinhos
Dia da Criança
Dia da espiga
Visita a uma exposição
Cantinho da poesia
Cantinho da culinária
Cantinho das orações
Passatempos
Festa do "Cantinho dos Avós ”
No dia 15 de Junho, houve uma festa apre-
sentada pelas educadoras de infância, auxiliares e
crianças da creche. A festa decorreu ao ar livre, no
interior da Instituição, havia muita gente a assistir.
Eu e alguns amigos assistimos á festa juntos do
principio ao fim.
Por volta das dezanove e trinta minutos,
esta festa terminou e começou outra no largo da mata, onde havia comida e bebida
com abundancia. Este arraial tinha muita gente, a noite estava boa e convidava a estar
na festa. Eu e os meus amigos sentamo-nos e serviram-nos a comida com muito cari-
nho e dedicação. No arraial havia sardinhas e carapaus assados, batatas cozidas, sala-
da, arroz á valenciana, caracóis, bifanas e muitos doces. Cerca das vinte e duas horas
fui com o meu filho para casa e a festa continuou, estava muito animada.
Esta festa foi muito importante e vou recorda-la por muito tempo.
Sr. Domingos Matias, 86 anos.
2
A Nossa entrevista
Entrevista á Dr.ª Andreia Martins
A Assistente Social tem um papel fundamental na vida
desta instituição. Sente-se realizada?
Sim, sinto-me realizada, pois tive a possibilida-
de de ficar na Cidade onde nasci e, ajudar as pessoas
da minha terra. Posso afirmar que nem sempre traba-
lhei na área da terceira idade mas neste momento é
um desafio e cada dia é uma nova aprendizagem pois
como cada família e cada utente têm as suas próprias
características, isso significa diferentes abordagens de lidar com o mesmo problema.
Tratar de todos os assuntos dos utentes é meritório mas por vezes chato. Sente-se satisfeita?
Sim, principalmente quando consigo resolver ou atingir o objetivo proposto ou ambicionado pelo
utente/família. Nem sempre é fácil pois a enorme burocracia e a lei, nem sempre protetora dos mais
carenciados, existente no nosso País implica por vezes uma maior demora ou até mesmo um resultado
negativo. Transmitir más noticias, explicar aos utentes/famílias o porquê dessas contrariedades são ine-
rentes às minhas funções. Fica a imagem de alguém que supostamente deveria ajudar e não o fez.
Aprendi a lidar tentando manter alguma serenidade e, não perder a educação e os valores transmitidos
pelos meus pais, a quem muito devo a pessoa que me tornei.
Na sua adolescência alguma vez pensou ser assistente social e vir a trabalhar com a terceira idade?
Aos 14-15 anos e, no meu percurso académico tive que escolher a minha área de estudo, fiz
alguns testes psicotécnicos que sempre indicaram esta profissão. Segui a área de humanísticos via ensi-
no que depois me deu acesso ao curso na área de serviço social. Nesse momento sentia de facto que
onde me sentiria mais realizada seria numa Instituição de Solidariedade onde poderia apoiar crianças/
idosos, que pelas suas características inerentes à sua faixa etária necessitavam de mais apoio, carinho,
encaminhamento etc….
Como prevê o futuro desta instituição?
Realmente gostaria de conseguir prever o futuro da Santa Casa da Misericórdia de Silves pois,
do apoio desta instituição dependem muitos utentes e suas famílias.
Acredito que a Santa Casa da Misericórdia de Silves que apoia uma série de utentes e suas
famílias não deixará de o fazer, mas no clima económico que existe em Portugal teremos certamente
alguma contenção nas despesas, sem pôr em causa o bem estar dos utentes e o nível de qualidade atin-
gido.
Sr. Afonso Correia, 84 anos
3
As Encarregadas da Santa Casa da Misericórdia de Silves
Vem a Santa Casa da Misericórdia de Silves, desenvolvendo uma ação social a
todos os títulos louvável. Compõe-se esta Instituição de cinco valências diferentes , tais
como: Unidade de Cuidados continuados, Creche e Jar-
dim de Infância “ O Cantinho dos Avós ” , Centro de Dia
Rainha D. Leonor, Lar Adelaide Mascarenhas Vieira e Lar
Nossa Senhora da Conceição..
Todas estas valências, têm uma Senhora encarre-
gada que não se poupa a esforços para levar a bom ter-
mo a sua missão, juntamente com as empregadas que
sob as suas ordens colabo-
ram.
Não é tarefa fácil mandar, é preciso saber mandar.
Além de terem a missão de
orientar o serviço, elas trabalham
em comunhão com as emprega-
das auxiliando-se mutuamente
nas necessidades do dia a dia.
Não é só mandar, quem
manda tem de saber mandar: que cuidados,que preocupa-
ções sente quem manda; man-
dei assim devia ter mandado
de outra forma, não vi as coi-
sas por este prisma e devia ter visto. Enquanto que quem
obedece cumpre a ordem e fica consciente do dever
cumprido.
A sua missão é honrosa, auxiliar quem necessita
mas por vezes é mal reconhecida.
Ás encarregadas e empregadas em geral, sigam
em frente, haverá sempre quem reconheça a sua humani-
tária ação; tenham a consciência que prestam um bom
serviço á instituição e aos utentes que tanto necessitam.
Sr. Afonso Correia, 84 anos.
D. Letícia Alves
Encarregada do Lar Adelaide
Mascarenhas Vieira
Otília Tomé
Encarregada da Unidade de
Cuidados Continuados
Julieta Pedro
Encarregada do Lar Nossa
Senhora da Conceição
Dina Correia
Encarregada do Centro de
dia Rainha D. Leonor
4
Passeio ás Barragens
No passado dia 18 de Abril, a Santa Casa da Misericórdia de Silves proporcio-
nou, um agradável passeio aos seus
utentes.
Quinze utentes das várias valên-
cias, acompanhados de três funcionárias
saíram da Instituição por volta das 14
horas, com destino ás barragens do Ara-
de e do Funcho..
“ P assamos pela Barragem de
Silves ou do Arade, a água não era muita
e seguimos para a barragem do Funcho.
Chegamos á Barragem do Funcho a entra-
da estava fechada e tivemos de deixar as
carrinhas , cá em cima e fomos a pé até á
barragem , apreciamos a paisagem, a água
da barragem estava muito clarinha . Depois
viemos para cima, sentamo-nos numas
sombras onde tinham umas mesas e ban-
cos de pedra, lanchamos e tiramos fotografias.
Gostei muito do passeio ás barragens, das companhias, foi um bom convívio ” .
Sr, Joaquim Louzeiro 82 anos.
5
Os meus bolinhos
Eu não costumo participar nos jogos, nas pinturas nem na ginástica porque
tenho problemas de saúde.
Um dia destes as animadoras convidaram-me para fazer uns bolinhos, fiquei
entusiasmada com o convite porque
sempre gostei muito de cozinhar.
No dia combinado ( 2 6 de Abril )
fiz uns bolinhos na sala dos almoços no
Centro de Dia. Antes de começar colo-
quei uma touca na cabeça, um
avental e umas luvas.
Primeiro, numa tigela de inox,
coloquei 4 ovos inteiros, juntei mais ou
menos 10 colheres de sopa de açúcar, 8 colheres
de leite, raspa de limão, um bocadinho de canela
em pó, duas colheres de sopa bem cheias de mar-
garina derretida e 3 colheres de sopa de azeite.
Depois estes ingredientes foram muito bem
misturados com a batedeira. De seguida juntei fari-
nha aos poucos mexendo bem. A massa foi muito
bem amassada até conseguirmos fazer os boli-
nhos.
Untamos os tabuleiros com óleo e
fomos colocando os biscoitos para depois
irem ao forno.
Depois dos
bolinhos cozidos e
frios , foram apre-
sentados no nosso
lanche.
Foi um dia diferente que gostaria de repetir.
D Maria Emília Santos, 81 anos.
6
Dia da Criança
Alguns dias antes, do dia da criança fizemos algumas lembranças para oferecer-
mos ás crianças da creche da Santa Casa da Misericórdia de Sives e assim podemos
lembrar o dia da criança. Numa tarde ,as animadoras deram-nos flores desenhadas em
papel, que
nós recorta-
mos, para
decorar de
d i v e r s a s
m a n e i r a s .
Umas foram pintadas e decoradas com conchi-
nhas, com botões , com estrelinhas… . Foram feitas tam-
bém bolinhas de papel de seda muito pequeninas e
depois foram coladas nas flores, ficou um trabalho muito
bonito!
Numa outra tarde, depois das flores secas, enquan-
to eu escrevia na parte
de trás da flor ( Dia da
Criança 1/6/2012 ) , as outras colegas iam colando os
chupas nas flores e dando os últimos retoques.
No dia da
criança, juntamo-
nos e antes
de almoço
fomos visitar
as crianças
mais cresci-
das, as
crianças dos 5 e 6 anos.
As crianças ficaram encantadas e nós ficamos muito contentes por oferecermos
os chupas que eles tanto gostaram. Depois fizemos uma roda todos juntos e divertimo-
nos todos. Este convívio foi maravilhoso!
D. Isilda Marmeleiro, 78 anos; D. Natividade,84 anos e D. Felismina Martins, 75 anos.
7
Apanha da espiga
A quinta-feira da Ascensão, tem uma grande tradi-
ção é o dia de apanhar a espiga ,é neste dia que coalha
a amêndoa e nasce o
pinhão. Este ano a
quinta-feira da Ascen-
são foi no dia 17 de
Maio e nesse dia de
manhã fomos apanhar a espiga perto da barragem
do Arade. As espigas e as flores apanhamos nós,
a oliveira, a romanzeira e o alecrim ofereceram-
nos.
Depois regressamos a casa para as ani-
madoras prepararem tudo e fazer-mos os ramos
da espiga, na parte da tarde no auditório.
Sr. Manuel Neto, 85 anos.
Elaboração de ramos
Na parte da tarde, eu e várias amigas, jun-
tamo-nos no auditório da Santa Casa da Miseri-
córdia de Silves e fizemos os raminhos da espi-
ga. Alguns dos raminhos foram oferecidos a pes-
soas amigas que trabalham nesta casa a quem
desejamos muita saúde e paz.
Todos os anos neste dia fazia o ramo
da espiga, e pendurava-o atrás da porta até
ao próximo ano.
Esta foi sempre minha tradição.
D. Conceição Lima, 88 anos
8
Exposição de pintura
No dia 15 de Junho, pelas 14.30, saímos da Santa Casa da Misericórdia de sil-
ves e fomos
visitar uma
e xp o s i ç ã o
de pintura,
na Escola
Dr.º Garcia
Domingos.
Alguns alu-
nos, acompanhados da professora Noélia, vieram-nos receber e acompanharam-nos
até á exposição.
Numa das muitas salas de aulas estavam expostos os nossos quadros, os qua-
dros que pintamos ao longo do ano com a
colaboração da professora Noélia.
Alguns professores felicitaram-nos
pelo nosso trabalho.
Os alunos e a escola ofereceram-
nos um lanche e depois continuamos a
visitar a exposição.
A exposição continuava noutras
salas de aulas com trabalhos realizados
pelos alunos ao longo do ano. Vimos trabalhos muito bonitos feitos com diversos mate-
riais. A cerâmica, a tapeçaria, a pintura de telas e de azulejos, as esculturas, os dese-
nhos foram só alguns dos muitos traba-
lhos que vimos.
Depois da exposição vimos muitos
alunos na rua da escola a prepararem a
festa do final do ano escolar.
Foi uma tarde muito bem passada
nesta escola que sempre nos recebeu
muito bem. Obrigada a todos por tudo!
D. Conceição Lima,88 anos e D. Orquidea, 65 anos.
9
O cravo depois de seco
Foi recolher-se ao jardim,
A rosa lhe respondeu
Tudo no mundo tem fim.
D. Laurinda Medronho ( falecida )
Cantinho da poesia
Ninguém diga que não erra
Sem erros não há ninguém
Se alguém pensa que não erra
Isso é um erro que tem.
Sr. Antonio Águas, anos.
O dia da criança
É um dia para não esquecer
Lembro muito os meus filhos
Quando os ia adormecer.
D. Felismina Martins, 75 anos
São João para ver as moças
Fez uma fonte de prata,
As moças não vão á fonte
São João todo se mata.
D. Maria Freire ,90 anos. Recordar é viver
Os sonhos que já lá vão
Aqui no meu jardim
- Ó roseira dá-me um botão
Que eu te darei um beijinho
Os sonhos que já lá vão
Nas asas de um passarinho.
D. Conceição Rodrigues, 79 anos
O dia da criança
É um dia exemplar,
Quem me dera ser criança
Para com elas brincar.
D. Isilda Marmeleiro,78 anos.
A folha da oliveira
Não é larga nem comprida
Mas dá para escrever
A saudade de uma amiga.
D. Beatriz Jonatas, 78 anos.
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Cantinho da Culinária
Bacalhau no pingo
Ingredientes:
Bacalhau demolhado
Leite ,
Óleo
Farinha,
Batatas fritas aos quadradinhos,
Alho, cebola, salsa
Vinagre
Preparação:
1.º Colocar o bacalhau demolhado cerca de 30
minutos dentro de leite.
2.º Passar o bacalhau pela farinha e fritar em
óleo.
3.º No óleo da fritura do bacalhau deixar refu-
gara cebola, o alho e a salsa picados. (depois
de frito pode passar pelo passador).
4.º Num pirex colocar o bacalhau frito, por
cima coloque as batatas fritas aos quadradi-
nhos.
5.º Regar o bacalhau e as batatas com o
molho e coloque no frigorifico.
Deixe algum tempo a refrescar, retire e junte
umas gotas de vinagre.
D. Isilda Marmeleiro, 78 anos.
Bolo de laranja
Ingredientes:
6 ovos,
O peso dos ovos em
açúcar,
Metade do peso dos ovos em farinha,
Raspa de limão
Fermento em pó,
Um copo de sumo de laranja.
Mexer tudo muito bem e bater com a varinha.
Colocar a massa numa forma untada com
margarina e polvilhada com farinha.
Leve ao forno cerca de 30 a 45 minutos.
D Rosa Brito, 82 anos,
Sardinhas de molho tomate
Ingredientes:
Sardinhas limpas( Colocar sal nas sardinhas
um pouco antes de as fritar)
Cebola picada
Azeite
Pimento picado
Tomate sem pele picado
Preparação:
Numa frigideira coloque a cebola, o azeite, o
pimento e o tomate e deixe fritar (se não fizer
molho suficiente junte um pouco de água).
Quando estiver quase frito junte as sardinhas
e deixe coze-las.
Pode acompanhar as sardinhas com arroz
seco ou batatas cozidas.
D. Maria Catulina Guerreiro, 73 anos.
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Cantinho das Orações
Nesta cama me deitei
Sete anjos nela achei
Três aos pés,
Quatro á cabeceira
E a nossa senhora
Na minha dianteira.
Ámen
D. Isilda Marmeleiro 78 anos
O meu (nome de alguém )
Por fora de casa anda
Com leite da virgem
Anda borrifado
As armas de Cristo armado
Deus adiante
E paz em dia
Deus o acompanhe
E a virgem Maria
Tão bem guardado seja,
O meu (nome de alguém ) por lá,
E a gente por cá
Como Jesus Cristo
No ventre da virgem Maria
Ámen
D. Barbara Águas 83 anos
Eu ouvi fazer trovões
Acolhi-me ao trevisco
Eu chamei por santa Barbara
Acudiu-me Jesus Cristo
Ámen
D. Rosa Brito 82 anos
12
Passatempos
Ficha Técnica:
Nome: A Idade do saber Publicação : trimestral /Julho 2012 7ª Edição Editado por: Santa Casa da Misericórdia de Silves Largo Comendador Vilarinho Apartado 96 Silves Telefone n.º : 282 442 635 Correio eletrónico: [email protected]
Adivinhas
Qual é a coisa que pesa mais no
mundo?
( a çanalab a )
D. Maria Catulina,73 anos.
O que é que vai deitado e vem de pé?
( o ratnac o )
D. Josélia Agostinho ,61 anos.
São doze irmãs,
cada uma tem quatro quartos,
todas têm meias
E nenhuma tem sapatos.
( s aroh sa )
D. Barbara Águas,83 anos
O que é que podemos matar sem ter
medo da justiça?.
( o pmet o )
D. Beatriz Jonatas, 78 anos.