Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Lídia Scherer Monteiro
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II
IDENTIDADE CULTURAL E PUBLICIDADE: AS REPRESENTAÇÕES DA
GAUCHIDADE NOS CARTAZES DA EXPOINTER
Santa Maria, RS
2018
Lídia Scherer Monteiro
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II
IDENTIDADE CULTURAL E PUBLICIDADE: AS REPRESENTAÇÕES DA
GAUCHIDADE NOS CARTAZES DA EXPOINTER
Trabalho Final de Graduação apresentado ao
Curso de Publicidade e Propaganda, Área de
Ciências Sociais, da Universidade Franciscana
- UFN, como pré-requisito para aprovação da
disciplina de Trabalho Final de Graduação II.
Orientadora: Profa. Dra. Pauline Neutzling Fraga
Santa Maria, RS
2018
Universidade Franciscana - UFN
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o artigo
IDENTIDADE CULTURAL E PUBLICIDADE: AS REPRESENTAÇÕES DA
GAUCHIDADE NOS CARTAZES DA EXPOINTER
Elaborado por
Lídia Scherer Monteiro
Como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Publicidade e Propaganda
Prof.ª Drª. Pauline Neutzling Fraga
Orientadora
Prof.ª Angélica Moreira Pereira
1ª examinador
Prof.ª Claudia Buzzati Souto
2ª examinador
IDENTIDADE CULTURAL E PUBLICIDADE: AS REPRESENTAÇÕES DA
GAUCHIDADE NOS CARTAZES DA EXPOINTER¹
Lídia Scherer Monteiro²
Pauline Neutzling Fraga³
Universidade Franciscana, Santa Maria, RS
RESUMO:
O presente artigo é resultado de uma pesquisa de natureza qualitativa que objetivou analisar a
representação da identidade cultural do gaúcho (indivíduo sul-brasileiro, de língua
portuguesa) nos cartazes da feira agropecuária internacional Expointer, ao longo dos 40 anos
de existência do evento, realizado anualmente no município de Esteio/RS. A revisão teórica
abarcou a reflexão sobre os conceitos de cultura e identidade cultural, segundo Jacks (2009),
representações sociais, de acordo com Golin (2009) e gauchidade, baseada em Fraga (2009).
A metodologia proposta selecionou um corpus de 12 cartazes, sendo o critério de seleção
peças que apresentam representações humanas e a técnica qualitativa. Como resultados, pode-
se identificar que a representação de identidade cultural do gaúcho é expressivamente
retratada aos moldes do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).
PALAVRAS-CHAVE: cultura, identidade cultural, identidade regional gaúcha,
representação social, cartaz.
ABSTRACT:
This article is the result of a research of a qualitative nature that aimed to analyze the
representation of the cultural identity of the gaucho (a South-Brazilian individual, Portuguese
language) on the posters of the international agricultural fair Expointer, during the 40 years of
the event, annually in the municipality of Esteio / RS. The theoretical review included
reflection on the concepts of culture and cultural identity, according to Jacks (2009), social
representations, according to Golin (2009) and gauchity, based on Fraga (2009). The proposed
methodology selected a corpus of 12 posters, being the selection criterion pieces that present
human representations and the qualitative technique. As results, one can identify that the
representation of cultural identity of the gaucho is expressively portrayed to the molds of the
Traditional Gaucho Movement (MTG).
KEY WORDS: culture, cultural identity, regional identity gaucho, social representation,
poster.
1
1. INTRODUÇÃO
Ao longo do contexto histórico do estado do Rio Grande do Sul, pode-se levar em
conta inúmeras características específicas que definem e identificam esta região, os povos que
no Sul se situaram foram se aproximando por diversos fatores, é possível citar que a
comunicação foi um fator de relevância desta união, criando assim traços de representação em
comum.
De acordo com Brum e Bezzi (2008), as representações sociais são um conjunto de
símbolos e práticas que caracterizam um grupo social determinado por semelhanças, e em
relação ao que compõem o atual cenário regional do estado do Rio Grande do Sul estas
representações foram constituídas devido ao histórico de ocupações e colonização ocorridos
no sul do país durante um longo período de tempo da história.
Brum e Bezzi (2008) também citam que o relacionamento entre as diversas etnias
unificadas que ocorreram no mesmo espaço geográfico começaram a criar e cultuar com o
objetivo de replicar por todos os pertencentes do mesmo grupo comunitário da região,
formando assim que os identificavam. Essa união de características comuns formam a
chamada identidade cultural, que no Rio Grande do Sul, por muitos é considerada bastante
acentuada.
Em 1947 foi dado início a este movimento cultural relacionado à criação do mito do
sujeito sul-rio-grandense, liderado por oito homens que desejavam afirmar e replicar seus
conceitos de cultura gaúcha. Com este propósito foi criado o Movimento Tradicionalista
Gaúcho, que deu origem aos Centros de Tradições Gaúchas, os CTG’s. E para que houvesse
disseminação destes conceitos convencionados por este grupo social, as escolas tiveram papel
importante na disseminação destas ideias.
A instituição escolar é um dos principais ambientes de integração entre
conhecimento de história e aquisição de costumes e valores. Instituições públicas
estaduais, que possuem Departamentos de Tradições Gaúchas (DTG), ou realizam
práticas deste âmbito com frequência, transformam-se em locais para disseminação
de conceitos e imagens, muitas vezes estereotipadas, vindas de espaços e fontes
literárias que apresentam versões históricas e tradições adotadas por grupos sociais
específicos, cultivando um “olhar direcionado” sobre a história e a constituição do
sujeito gaúcho (GOMES, 2015 p. 6).
Se tratando mais especificamente a respeito do surgimento dos Centro de Tradições
gaúchas (CTG’s), segundo Jacks (1987), é possível identificar que o primeiro CTG criado foi
liderado por estudantes do Colégio Julio de Castilhos, alunos vindos do interior, o CTG foi
2
chamado de 35 Centro de Tradições Gaúchas, estabelecido da cidade de Porto Alegre na data
de 24 de abril de 1948. Tal nomenclatura foi dada em forma de homenagem à Revolução de
1835, na qual revolucionários do sul do país lutaram para defender seus ideais e por forma de
reconhecimento são mencionados como exemplos e tidos como heróis.
Após a criação do primeiro CTG, muitos outros foram estabelecidos no decorrer na
região sul do Estado e para organização e regulamentação das entidades foi criado um
movimento denominado Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). que também segundo
Jacks (1987) foi dividido em 27 coordenadorias que são chamadas de Regiões
Tradicionalistas (RT), organização criada em 1966 na cidade de Tramandaí que para os
tradicionalistas tinha a função de fiscalizar entidades filiadas que não cumpriam as
deliberações estabelecidas em congresso como uma forma de determinar a política ideal do
movimento, um rumo para que todos seguissem.
Uma identidade cultural pode ser conceituada como conjunto de ações desenvolvidas
por um mesmo grupo que se interliga de diversas formas, principalmente pela sua
comunicação, que acaba sendo um fator importante para a comunidade. Junto a comunicação,
outro ponto que pode ser considerado um reforço da cultura é a publicidade: para Jacks
(1987), a publicidade tem o poder de afirmar a construção de uma identidade, ou seja, traz a
ideia de cultura já formulada por um determinado grupo e replica para seu público em geral
como uma verdade, no sentido da expressão mais original, legítima, mostrando traços da
mesma.
A publicidade dificilmente ficaria imune a um movimento de tamanha expressão, já
incorporado em outros setores da indústria cultura e seria automaticamente levada a
fazer o mesmo, pois ela é a “engrenagem de transmissão” deste mecanismo. É
preciso ressaltar que a publicidade só se abriu às influências nativistas quando os
valores em jogo já estavam consolidados e aceitos pela maioria da população
(JACKS, 1987, p.117).
Para melhor exemplificar como funciona esta forma de replicação da identidade cultural
gaúcha, podemos citar um evento realizado no Rio Grande do Sul e que traduz representações
do gaúcho criadas e divulgadas pelo MTG e da mídia. A Expointer, que teve início em 1901,
ainda com o nome de Exposição Internacional de Animais, em 1972 já contava com a
participação de 13 países, realizada na cidade de Esteiro, no Rio Grande do Sul a exposição
abrange o setor do agronegócio, segundo dados do próprio site Expointer (2017).
3
A importância da Expointer se dá, além da exposição da excelência da produção
primária, também pela diversidade de atrações que proporciona, seja na realização
de seminários, workshops voltados ao manejo no campo, palestras, audiências
públicas de interesse do setor agropecuário, dinâmicas de maquinário agrícola,
shows, áreas de lazer, alimentação e uma variedade de atrações que levam centenas
de milhares de pessoas ao parque no período da feira, que se torna centro de
atenções em âmbito estadual e nacional. A Expointer assume a condição de elo entre
o meio rural e o urbano (EXPOINTER, 2017, online).
Desde a primeira edição do evento, a divulgação da Expointer é feita principalmente
pelo seu cartaz oficial, impresso, criado pelo setor de Comunicação da Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Irrigação do Governo do Estado do Rio Grande do Sul que demanda
de colaboradores exclusivos para desenvolvimento da campanha, segundo o site Expointer
(2017).
Devido à relevância econômica da Expointer, que em 2017 se encontrava em sua 40ª
edição, sua comunicação publicitária também alcança alta visibilidade pública. Portanto, as
representações de gauchidade expressas em seus cartazes tornam-se relevantes objeto de
investigação no intuito de se compreender como a cultura gaúcha é midiaticamente difundida.
Considerando-se esse contexto, o problema de pesquisa desta investigação foi assim definido:
como os cartazes de divulgação do evento Expointer representam a identidade cultural
gaúcha? Como objetivo geral, definiu-se compreender de que forma os cartazes de divulgação
do evento Expointer tem representado a identidade cultural gaúcha no transcorrer dos 40 anos
de existência do evento. Noutros termos, identificar quais características são atribuídas a esta
identidade regional via esses cartazes. Por fim, como objetivos específicos, estabeleceu-se: a)
analisar os elementos verbais e não-verbais dos cartazes do evento Expointer; b) observar se
as representações da gauchidade propostas pelos cartazes se modificaram ao longo dos 40
anos de existência do evento; c) identificar a representação da identidade cultural gaúcha mais
recorrente nos cartazes reforça ou atualiza o já consagrado estereótipo do gaúcho midiático
(sul-brasileiros, de língua portuguesa), cuja origem está relacionada à fundação do primeiro
CTG (Centro de Tradições Gaúchas) e ao MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho).
A Expointer – conhecida feira e realizada no Rio Grande do Sul anualmente – consiste
em uma exposição internacional não só de animais, mas de tudo que envolve o setor
agropecuário e agroindustrial, a feira tem o propósito de apresentar as inovações do meio,
premiar os melhores produtores e animais. A primeira Exposição Internacional de Animais,
Expointer, ocorreu no ano de 1972 como é relatado no site Expointer (2017). A partir daí teve
início um ciclo de exposições que contou
4
com a participação de vários países e os eventos se repetiram a cada dois anos até o ano de
1984, após esta data, a exposição começou a ser anual e se realiza desta forma até hoje.
Juntamente com os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Paraná, a
primeira edição do evento teve a presença de 13 países como o Canadá, Holanda, França,
Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Áustria, Suécia, Dinamarca, Bélgica, Uruguai,
Argentina e Chile. Tamanha grandiosidade do evento e importância para a produtividade do
campo é possível ser mensurada com números que apontam sua relevância e assim perceber a
sua evolução tanto econômica como por reconhecimento nacional e mundial além do número
de interessados/visitantes crescente. Segundo o site G1-RS (2017) na última edição da feira,
que ocorreu de 26 de agosto a 03 de setembro de 2017, foram contabilizados mais de 382,6
mil visitantes e R$ 1,937 bilhão em comércio, tendo aumento na maioria dos setores que
compõe a exposição.
Um evento como a Expointer que tem influência nas inovações e mudanças do setor
agropecuário e agroindustrial mundialmente a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação
do governo do Estado do Rio Grande do Sul designa um grupo de profissionais que cuida e
promove a comunicação e desenvolve a divulgação completa da exposição. Por meio de uma
pesquisa exploratória pode ser constatado que tal divulgação ocorreu em diversos veículos
que tratam de assuntos referentes ao agronegócio (CANAL RURAL, 2017; CAMPO E
LAVOURA, 2017; BOM DIA RIO GRANDE, 2017; além de revistas e jornais como
GLOBO RURAL), entre outras.
O estudo contribui ao campo acadêmico ao abordar a relação entre a publicidade e a
criação de estereótipos culturais, como neste caso, as representações sociais da identidade
cultural gaúcha que, ao ser divulgada em um evento de reconhecimento estadual e mesmo
nacional, influencia a constituição do imaginário social dos gaúchos sobre sua própria
identidade gaúcha, divulgando e difundindo sua interpretação própria da cultura do Rio
Grande do Sul. Registra-se também que o objeto empírico desta pesquisa – os cartazes de
divulgação da Expointer – é inédito entre o banco de monografias defendidas junto ao Curso
de Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana e, talvez – não se pode afirmar
com certeza – seja inédito também considerando-se outras instituições e investigadores.
6
2. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E A PUBLICIDADE
Para que a temática de representações sociais e sua relação com publicidade regional
gaúcha pudesse ser debatida e analisada com intuito de compreender foi importante buscar os
conceitos já estudados por autores que traduzissem os significados e possíveis interações entre
eles.
Para Hall (2000), representação social é conceituada como uma série de práticas de
produção de sentido por meio de sistemas simbólicos os quais dão sentido ao que entendemos
e é possível considerar também que além de formar a ideia do que somos, estes sentidos das
representações podem formar o que queremos ser.
A representação, compreendida como um processo cultural, estabelece identidades
individuais e coletivas e os sistemas simbólicos nos quais ela se baseia fornecem
possíveis respostas às questões: Quem sou eu? O que eu poderia ser? Quem eu quero
ser? Os discursos e os sistemas de representação constroem os lugares a partir dos
quais os indivíduos podem se posicionar e a partir dos quais podem falar. (HALL,
2000 p. 17)
A representação, como um fenômeno cultural, também é conceituada por Fraga (2009)
que diz que ela necessita da mensagem para se fazer relação para o homem, que por sua vez
irá perceber através da sua cultura, ele sempre identifica representações de acordo com a sua
bagagem cultural que pode ser a que ele está inserido socialmente e além dos suas próprias
percepções e intepretações da realidade.
Para Golin (2004) o conceito de representação social é algo criado no Rio Grande do
Sul, ela afirma ser um tipo de reelaboração histórica do passado pelos antepassados que
forjam uma identidade tradicional inserida em um tempo vago e disfarçada de tradicional, ou
seja, é reformulado com contexto histórico apenas com elementos de valores entendidos como
importantes e relevantes, o autor cita também que a sociedade rio-grandense é compreendida
como sendo não tradicional e sim conservadora.
Quando tratarmos da produção cultural sulina de características “tradicional” há a
necessidade de grafar o termo entre aspas. Ele está impregnado do sufixo nominal
ismo, pois, no âmbito de um movimento sociocultural doutrinado autorepresenta-se
integrado a um corpus que opera na sociedade com a ambição de se converter em
expressão gentílica. Portanto, mesmo que diversas expressões não se encontrem
organizadas sob ditames e a vigilância do Movimento Tradicionalista Gaúcho, assim
mesmo, seu conteúdo se encontra em uma imanência complementar de composição
de “tradicional” (ismo). Trata-se de uma vontade de pertencimento ao gauchismo
(GOLIN, 2004, p. 112).
7
Complementando em relação a publicidade, para Fraga (2009) ela vem ocupando cada
vez mais espaço na vida social. As relações de consumo que desempenham um papel na
distinção dos indivíduos e grupos sociais, e que tem o objetivo de diferenciar, identificar,
aproximar e afastar pessoas e suas ideologias, ou seja, a segmentação de mensagens e
públicos está perdendo espaço para a crescente individualização dos discursos persuasivos.
Mesmo ainda não sendo um campo científico autônomo, as pesquisas e a própria
atividade mercadológica desenvolvida pela publicidade contribuem para o campo das
Ciências Sociais – que estudam o comportamento individual e coletivo.
A publicidade enquanto representação midiática nasceu estrategicamente como
solução à necessidade de aprimoramento das transações comerciais, não apenas
diminuindo, para tanto, a resistência dos consumidores, mas também motivando e
fazendo circular abertamente na sociedade os desejos de consumo de diferentes
grupos sociais. E conforme foram se aperfeiçoando e diferenciando as sociais e seus
valores, também a publicidade precisou se transformar – aprimorando as suas
técnicas (FRAGA, 2009, p. 23).
Este crescimento tem a intenção de se fortalecer, reestruturar as estratégias de
identificação com seus públicos, segundo Fraga (2009) a publicidade pode conceber
identidades – identificar o perfil do público para determinado produtos/serviço e marcas – e
também se apropriar das identidades já existentes. A relação entre representação social e
publicidade é citada por Jacks (1999) como elemento a ser trabalhado pelos responsáveis pela
criação na área da publicidade ao elaborar peças que tem o objetivo de interagir com o
público pertencente à cultura em questão, ou seja, para dialogar com a população é necessário
que se use alguns dos códigos compreendidos pelos sujeitos da comunidade em comum.
Segundo Everardo Rocha (1985, p.26), “a publicidade retrata através dos símbolos
que manipula, uma série de representações sociais sacralizando momentos do
cotidiano”. Então estas “representações conferem significados culturais à
publicidade, do mesmo modo que aos outros produtos da indústria cultural e, se
estes valores foram consagrados pela aceitação pública, por que a publicidade não
poderia desempenhar um papel importante na manipulação de símbolos que vão ao
encontro da afirmação identidade cultural? (ROCHA, citado por JACKS, 1999, p.
93).
A publicidade chegou como uma estratégia comercial em meio a sociedade como forma
de circulação maior de consumo, aproximação da sociedade com representações inseridas na
indústria cultural.
3. IDENTIDADE CULTURAL E GAUCHIDADE
8
Identidade cultural e gauchidade são dois tópicos relevantes a serem conceituados
quando se quer entender sobre cultura gaúcha, para iniciar podemos citar Gomes (2015), que
diz que a identidade cultural é formada desde a infância e um dos primeiros contatos que com
o que nos cerca culturalmente é a escola, lugar este que o contexto histórico e mostram
hábitos e costumes. Ainda segunda a autora, o conceito de identidade regional indica uma
condição social, relacionada a tradições e costumes que despertam sentimento de
pertencimento por parte das pessoas.
Para Gomes (2015) é possível analisar e fica claro que o Rio Grande do Sul é um dos
estados brasileiros que possui peculiaridades que reforçam a ideia de valorização da sua
própria identidade regional, e em relação à identidade nacional é evidenciada fazendo com
que se mostre mais importante a figura do gaúcho do que da de cidadão brasileiro, o
pertencimento nacional só é destacado na questão de distinguir a identidade com a dos países
vizinhos.
A identidade cultural aos moldes do MTG é bastante consolidada principalmente por
seus criadores e propagadores e devido ao grande número dos Centros de Tradições Gaúchas
e a ampla divulgação via os meios de comunicação de massa – especialmente os pertencentes
ao Grupo RBS (Rede Brasil-Sul de Comunicação), precisamente mais de 1.350 no estado e
outros 500 fora dele, e por difundirem seus ideais sempre em busca de preservar o histórico de
batalhas do Rio Grande do Sul como cita Jacks (2003).
No processo histórico de organização social deste local, os moradores mais
influentes desenvolveram um perfil que representa suas relações com a vida no meio
rural (charqueadores, cidades fazendeiras), e a vida urbana (a mineração, a criação
de polos industriais), associadas às profissões de destaque no crescimento local.
Com a chegada do Movimento Tradicionalista, esses sujeitos encontraram uma
oportunidade de legitimar estas relações, utilizando os mitos do movimento como
uma forma de preservação do passado e de reconhecimento social. O envolvimento
entre a escola e o MTG não ocorreu por acaso, o movimento surgiu dentro de um
espaço escolar, e possuía o objetivo de cultivar essas “tradições” para as próximas
gerações, e assim expandiram suas práticas para os espaços de ensino, através dos
membros de CTGs, que atuavam nas escolas. (GOMES, 2015, p. 37).
Para Ulpiano (1987), a identidade cultural sempre realiza a contextualização do
homem com seu meio, seu grupo social, sua história, e, um processo de consciência que
impede sua alienação. Partindo deste princípio, com a cultura gaúcha não seria diferente, os
gaúchos possuem um conjunto de comportamentos e hábitos recorrentes do cultivo das
tradições divulgadas pelos MTG e CTGs, mídia, poder público. Estas ações são descritas por
Meneses como algo que une o ser humano ao seu meio. É possível citar vários componentes
9
que situam e identificam a cultura gaúcha, como a dança de salão nos CTGs (Centro de
Tradições Gaúchas), o amor pelo pago, pelo o cavalo e o chimarrão. O gaúcho tem como sua
principal característica exaltar suas conquistas, por vezes este orgulho mascara suas derrotas,
principalmente na guerra.
Segundo Jacks (1999), no Rio Grande do Sul é possível identificar características de
duas subculturas, a das correntes migratórias como a açoriana, alemã e italiana, que são as
mais representativas, além da polonesa, russa, holandesa, japonesa, judia e negra. E além
dessa existência da gaúcha, uma subcultura que antecedeu todas as outras culturas citadas e
que contém simbologia que afirma sua identidade perante as outras regiões brasileiras.
A hegemonia dessa subcultura mostra: a representação da figura do gaúcho com
suas expressões campeiras, envolvendo o cavalo, a bombacha, o chimarrão e a
construção de um tipo social livre e bravo serviu também de modelo para grupos
étnicos diferentes, o que estaria a indicar que esta representação une os habitantes do
Estado em contraposição ao resto do País (OLIVEN citado por JACKS, 1999, p. 72).
Ainda sobre os significados do gaúcho, Lisboa (2009) relata que o termo pode ser
usado tanto para o homem do campo, que é representado pelo peão – sujeito do meio rural,
ligado a lida campeira, pecuária e agricultura – tanto para qualquer outro sujeito nascido no
Rio Grande do Sul, seja do rural ou urbano. Lisboa (2009) em outras palavras cita que além
desse modelo, também podem ser associadas outras ideias referentes à noção do que pode ser
o gaúcho, como: a do sujeito pilchado (indumentária), como única característica; à do gaúcho
macho (sexo masculino), forte e valente; a do gaúcho dos pampas; a do gaúcho do CTG
(entidade tradicionalista); e a mais atual, a do gaúcho urbanizado (morados da cidade).
A cultura gaúcha conforme os parâmetros do MTG evidencia o orgulho que o gaúcho
mostra por suas origens, pelo seu pago. Este é o ponto que é explorado pelas marcas e
programas. Como cita Lisboa (2009), a gauchidade no âmbito televisivo é além de mostrar
apenas costumes e tradições do povo gaúcho, mas também tem o caráter de produzir sentidos
ao receptor da mensagem.
O gaúcho é um tipo idealizado e possui um estereótipo formulado pelo MTG, porém,
de acordo com uma pesquisa realizada Grupo RBS, por meio da qual 1.800 pessoas foram
entrevistadas, incluindo especialistas no tema, foi possível identificar cinco diferentes tipos de
gaúcho que ilustram o atual cenário do Rio Grande do Sul. As classificações foram separadas
em perfis: o gaúcho fiel, que representa 35% dos entrevistados, que dizem seguir à risca as
tradições além de ser bem religiosos; o gaúcho raiz, que representa 14% dos entrevistados e
10
dizem que são bem tradicionalistas, porém, não são ligados à religião;, o gaúcho desapegado,
que representa 13% dos entrevistados e são os que acham que a tradição não é tão importante,
o gaúcho não praticante, que representa 24% dos entrevistados que não frequentam CTG’s
mas apreciam a tradição e usam alguns apetrechos, como a alpargata e ainda o gaúcho
exportação, que representam 14% dos entrevistados e são os gaúchos que moram fora do país,
mas ainda cultivam traços da cultura gaúcha.
Com a pesquisa é possível identificar como se dá a formas de cultuar uma tradição,
ainda sobre o estudo realizado pelo Grupo RBS podemos observar que a região da campanha é
onde mais se concentram os tradicionalistas e outro dado apontado na pesquisa é que 73% dos
entrevistados, independentemente da idade, afirmam valorizar a tradição gaúcha.
Podemos também citar a participação de uma figura pública que fez parte deste
levantamento a cantora, jornalista e apresentadora de televisão Shana Muller.
A estampa desta mulher gaúcha tem inspirado jovens meninas a cantar e a se vestir.
Em 2014, a artista lançou a grife Shana Müller Original, criada em parceria com a
Santa Fé, de Gramado. Além disso, é colunista do Jornal Zero Hora, onde uma vez
por mês assina a coluna Pampianas.
É a primeira mulher a apresentar o Galpão Crioulo, programa exibido há mais de
três décadas na RBSTV, ao lado de Neto Fagundes, desde 2012. Nos palcos, Shana
Müller canta e encanta! Comunica-se com o público e prende a atenção, com um
repertório regional gaúcho e latino-americano (SHANA MÜLLER, 2017, online).
O estudo foi apresentado pelo programa Jornal do Almoço que faz parte da grade de
programação do Grupo RBS e teve o apoio de pesquisa do site Consumoteca como citado
pelo próprio programa Jornal do Almoço (2017) que pode confrontar dados e chegar nos
resultados da pesquisa, que foi apresentada ao público no dia 10 de novembro de 2017. O
levantamento tem a importância de ressaltar a relevância do estudo cultural a fim de
identificar perfis e características e como elas são adaptadas e reformuladas ao longo do
tempo.
4. EXPOINTER: 40 ANOS DE HISTÓRIA
A Expointer é considerada a maior feira de exposição de animais da américa latina,
além de ser a maior feira nacional e internacional de agropecuária. A feira teve seu início no
dia 24 de fevereiro de 1901, porém com o nome de Exposição Estadual do Rio Grande do Sul,
foi somente no ano de 1972 que passou a ser denominada Exposição Internacional de
Animais. Foi a partir daí que o evento começou a contar com a presença de representantes de
11
vários estados como São Paulo, Santa Catarina e Paraná, e também com representação
internacional como França, EUA, Alemanha, Uruguai, etc como o próprio site do evento
Expointer (2017) cita.
No ano de 1974, segundo Expointer (2017), o governo da Alemanha doa três esferas,
que serviam como estande do seu país, para o governo do Estado do Rio Grande do Sul. As
esferas foram cobertas com as cores do Estado do RS e hoje são consideradas um
símbolo/ícone da feira. O ano de 1977 foi um marco na história da Expointer, pois, o local do
evento passou a ser chamado de Parque Estadual de Exposições Assis Brasil (PEEAB), como
uma forma de homenagear um dos maiores políticos e produtores rurais do Estado no começo
do século XX.
Já na década de 90, no ano de 1998, ocorre expansão da área total do Parque de
Exposições Assis Brasil, que contava com 64 hectares e passou a ter 141. A Expointer de
1999 ficou marcada por mudanças significativas, como a criação de uma logomarca que
trouxe uma identidade visual à feira. A partir de então, a feira bate o recorde de público a cada
ano que se passa. Em 2011, a Expointer ficou marcada com a implantação de um sistema
informatizado de acesso ao parque que garantiu uma entrada ágil, segura e eficiente aos
visitantes (EXPOINTER, 2017).
A última edição, ocorrida de 26 de agosto a 03 de setembro de 2017, segundo a Veja
(2017) não apresentava expectativa de crescimento muito maior em relação à edição anterior
de 2016, que chegou a movimentar 1,92 bilhão de reais. Porém os números foram positivos
para a maioria dos setores.
5. METODOLOGIA
A pesquisa realizada é de modo qualitativo a fim de explorar características imagéticas
específicas dos cartazes com intuito de identificar elementos, pois, fazer uma pesquisa
qualitativa tem como finalidade principal captar componentes sem necessidade de
abrangência de todo o universo envolvido.
De acordo com Guerra (2014) na pesquisa qualitativa o pesquisador tem o objetivo de
se inteirar na compreensão dos fenômenos que estuda, seja ações de grupos ou organizações.
Este tipo de pesquisa, Guerra (2014), também relata preocupa-se com a interpretação e
inserção no meio pesquisado.
Para Moraes (1999) a análise de conteúdo é considerada uma metodologia de pesquisa
constituída por descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas, que ajudam a
12
reinterpretar as mensagens e atingir uma compreensão de seus significados. Moraes (1999)
cita também que, e constituída por 5 etapas principais, preparação das informações,
unitarização ou transformação do conteúdo em unidades, descrição e interpretação.
6. UNIVERSO DA PESQUISA
Consiste em todos os 40 cartazes impressos criados para divulgação das 40 edições de
existência da Expointer desde 1972 (ano da criação do evento) até o atual de 2017 (última
edição, no ano passado).
Na Tabela 1, disponível no Apêndice A estão representados os 40 cartazes referentes às
40 edições da Expointer, juntamente com seu ano de edição, slogan, instituições
promotoras/realizadoras, apoiadores/patrocinadores e os tipos de elementos que compõem
cada cartaz de divulgação – representações humanas, figuras culturais, símbolos
característicos do evento.
Foram analisados 12 cartazes que apresentavam representações de figuras humanas
(incluindo-se figuras de esculturas, por exemplo) ou de partes do corpo humano (figuras de
mãos, por exemplo). Assim, serão analisados os cartazes das seguintes edições/anos: 5ª edição
(1979), 8ª edição (1985), 14ª edição (1991), 16ª edição (1993), 19ª edição (1996), 20ª edição
(1997), 21ª edição (1998), 35ª edição (2012), 36ª edição (2013), 38ª edição (2015), 39ª edição
(2016) e 40ª edição (2017) de acordo com a prévia pesquisa exploratória já levantada pela
autora do estudo concluindo que as edições mencionadas contêm conteúdo condizente com o
estudo apresentado.
Para se tornar possível analisar as características presentes nos 12 cartazes extraídos da
Expointer, foi necessário criar um conjunto de categorias que identificassem e aspectos de que
natureza expostos nos mesmos. Os cartazes também foram agrupados por de símbolos
semelhantes, ou seja, com elementos que tivessem relação, como as roupas, objetos, idades e
características.
Para que pudessem serem detalhadas e identificar as características das peças, foram
desenvolvidos três critérios de avaliação dos cartazes, classificados como: Ícones da tradição
gaúcha, Iconografia, Cores dos textos verbal e não verbal.
Os três critérios de avaliação que serão usados neste estudo foram baseados em alguns
dos critérios estipulados na dissertação de Fraga (2009) que foram escolhidos para
identificação de elementos também imagéticos de peças impressas, portanto fica propício
reaplicar para que haja uma boa definição da pesquisa.
a) ícones associados à cultura gaúcha: por esta categoria objetivou-se observar os
elementos materiais tais como cuia, lenço, chapéu.
13
Alguns dos ícones que a pesquisa busca identificar são mencionados por Jacks (1999)
que é a pilcha, nome da indumentária utilizada pelo gaúcho (homem) e o chimarrão, bebida
típica do gaúcho a roda de chimarrão que pode;
b) iconografia: será importante na identificação de elementos e personagens que
compõe os leitautes dos cartazes;
c) cores dos textos verbal e não verbal: foi escolhido devido ele ser um componente
fundamental para análise do cartaz por mostrar que tipo de cores são usadas e qual o
fundamento das mesmas;
d) personagens humanos: por essa categoria pretendeu-se analisar as imagens que
retratassem personagens de corpo inteiro ou plano que revelassem partes do corpo de
personagens, como rostos e mãos.
A forma de analisar os cartazes foi através da identificação dos mesmos, por meio de
comparação da imagem já elaborada para o evento e resultados apontado em texto explicativo
com descrição dos elementos compostos na peça publicitária com o intuito de encontrar
resposta ao problema de pesquisa.
7. ANÁLISE E RESULTADOS
A pesquisa teve como intuito adentrar e compreender os conceitos de identidade e
representações principalmente, e para tal, foram captados elementos para análise em busca de
resposta das definições apresentadas, estas concepções estão dispostas nos próximos
parágrafos e seguidas de explicações complementadas e justificadas pelos próprios autores
citados anteriormente, sendo assim, a mesma tem a finalidade de apontar resultados de uma
investigação científica.
7.1 O CARTAZ COMO MÍDIA E O CORPUS DE 12 CARTAZES DA EXPOINTER
A função dos cartazes para Moles (1974) é de que o cartaz tenha seis principais
funções, começando pela função de informar algo, ou seja, preço, lugar, produto e outros
fatores que envolvem a divulgação, a segunda função é convencer, usar da argumentação para
persuadir o público, a terceira é a educadora, que como o cartaz se situa em meio a sociedade
ele adquire a tarefa de propagar algo cultural, algo que vai ser lido e transmitido, a quarta
função se trata da ambiência, um cartaz não tem, obrigatoriamente, que fazer parte da
14
composição harmônica do ambiente em que é colocado, a quinta função fala da estética geral
do cartaz, que possui o caráter de trazer consigo poesia, beleza para o local de fixação e por
último a sexta função que remete a criação de mecanismos, os responsáveis por estimular o
consumo e movimentar o mercado.
O primeiro cartaz é uma representação idêntica à estátua do Laçador criada por
Antônio Caringi, inaugurada em 20 de setembro de 1958 em homenagem ao 123º aniversário
da revolução farroupilha e localizada na cidade de Porto Alegre. No segundo cartaz, é
possível identificar o desenho de um homem a cavalo segurando um tipo de lança. A
composição dos cartazes é feita respectivamente por estátua com bandeiras e homem com
uma lança da mão, o desenho do formato do mapa do Rio Grande do Sul.
As cores de fundo dos cartazes são claras, tom cinza com representações sobrepostas,
no primeiro cartaz há representação imagética da estátua do laçador também em cor cinza
com o entorno feito com bandeira dos países participantes do evento e uma espécie de laço
nas cores da bandeira do Rio Grande do Sul e o texto verbal na cor preta, no segundo cartaz
há a representação de um homem a cavalo também em tons de cinza e branco com bandeiras
das cores dos países das mesmas e o texto na cor azul e vermelho.
Figura 1; cartazes A e B.
Fonte: http://www.expointer.rs.gov.br/exposicao-40-expointer
No cartaz C da Figura 2 aparece a cuia de chimarrão, item símbolo da cultura gaúcha
como bebida típica, já no cartaz D, da Figura 2, não foi possível identificar ícones relevantes
15
que remetessem a cultura gaúcha, podendo classificar como cartaz genérico, que pode ser
produzido para qualquer região ou evento do setor rural.
O cartaz C da Figura 2 possui a imagem de uma mão (masculina) segurando uma cuia
de chimarrão onde está desenhado o mapa do mundo no porongo e na imagem do cartaz D da
Figura 2 também mãos (masculinas) segurando itens da agricultura como os grãos, animais
como, equinos, ovinos e gado de corte.
No cartaz C da Figura 1 apresenta uma cuia com suas cores normais (cor típica do
material de fabricação de cuias, ou seja, o porongo) e fonte do texto em branco sobrepostas
em fundo verde e preto, no segundo cartaz o fundo é em tom claro, bege, com imagem de
produtos e animais da agricultura e com fonte do texto marrom e verde.
Figura 2; cartazes C e D.
Fonte: http://www.expointer.rs.gov.br/exposicao-40-expointer
Os símbolos da cultura gaúcha estão identificados no cartaz pelo chapéu e pelo lenço
nos dois homens que estão representando a imagem do gaúcho oriundo da regulamentação do
MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho).
Em ambos cartazes (E e F) da Figura 3 possuem a imagem de um homem com lenço e
chapéu e no segundo (cartaz F, Figura 3) aparece ainda a imagem da cuia de chimarrão e toda
imagem é formada por pequenos pontos/desenhos.
No cartaz à esquerda, o fundo é composto pela imagem de um campo verde com céu
azul claro, na frente a imagem do gaúcho com camisa de tom cinza, lenço branco com
16
bandeiras dos países participantes do evento, chapéu preto e fonte da escrita em roxo, já no
segundo cartaz a composição da imagem é feita por pontos e formam a imagem de um gaúcho
com camisa branca. Lenço vermelho e chapéu marrom.
Figura 3; cartazes E e F.
Fonte: http://www.expointer.rs.gov.br/exposicao-40-expointer
Os ícones da cultura gaúcha estão mais presentes no último cartaz, da 40ª edição do
evento, onde aparece a imagem do gaúcho com chapéu e lenço no pescoço. No primeiro
cartaz apresenta-se a imagem representativa de neto e avo no campo com os animais e
maquinário agrícola, que mostra como é a vida no espaço rural, no segundo cartaz a criança
ainda é representada como figura do meio rural, juntamente com os demais integrantes deste
tipo de produção, os profissionais e colaboradores, no terceiro cartaz mostra somente crianças
em um campo verde com os símbolos da Expointer representados em formato de balão
remetendo a infância e ao futuro do campo. As cores dos quatro cartazes têm ligação devido
ao fato de ter o campo verde em todas as imagens e o céu que está azul com tons alaranjados
remetendo ao entardecer do dia.
17
Figura 4; cartazes G, H, I e J.
Fonte: http://www.expointer.rs.gov.br/exposicao-40-expointer
Nestes cartazes pode-se observar que a cultura gaúcha não está representada em
nenhuma característica imagética ou em texto verbal presente na peça publicitária, das quais
já foram citadas pelos autores estudados anteriormente sobre representações e cultura do Rio
Grande do Sul.
Os elementos que compõe os cartazes são trabalhadores do meio rural (agricultores e
profissionais das indústrias), homens e mulheres (diferentes idades), adultos, campo verde,
céu claro e azul, verduras, animais e as esferas símbolo do evento Expointer.
As cores são semelhantes nos dois cartazes por conter céu azul e campo verde, além de
textos verbais em preto, azul e branco, e roupas dos personagens em tons de azul, verde e
branco.
18
Figura 5; cartazes L e M.
Fonte: http://www.expointer.rs.gov.br/exposicao-40-expointer
7.2 SÍNTESE ANALÍTICA
Na figura 1, cartaz A, pode se observar a presença imagética de uma estátua que
representa a real estátua do laçador, situada em Porto Alegre, obra símbolo dos gaúchos, já no
cartaz B, está representada a imagem de um homem a cavalo, com vestimentas que remetem à
indumentária gaúcha, como lenço, camisa e etc.
Na figura 2, cartaz C, pode ser identificado um dos símbolos da cultura gaúcha que é o
chimarrão, mencionado por Jacks (1999, p. 89) “bebida simbólica que traduz uma prática
democrática, associativa e fraternal”. No cartaz D da figura 2 já não se tem características da
imagem do gaúcho como as citadas pelos autores que dissertam sobre o simbolismo que
envolve a figura do gaúcho.
Na figura 3, cartaz E, é possível identificar características da cultura gaúcha devido
apresentação de indumentária gaúcha que veste o homem que está na imagem. Na Figura 3,
cartaz F também possui traços que remetem a indumentária típica gaúcha descrita pelo MTG
que está apresentada na figura do homem.
Na Figura 4, cartaz G traz a imagem de duas pessoas, um idoso e uma criança, que
retratam a imagem de avô e neto, na composição do cartaz não está explicito representações
gaúchas. Na Figura 4, cartaz H, estão expostos vários elementos, seis representações
humanas, com idades diferente, ambos os sexos e a ideia de profissões diferentes entre eles
também, a cultura gaúcha não está apresentada na peça publicitária.
19
Na Figura 4, cartaz I, mostra as representações humanas de três crianças, de ambos os
sexos (duas meninas e um menino), também não mostra traços de representações de cultura
gaúcha em sua elaboração. E na figura 4, cartaz J (última edição do evento) a identidade
cultural gaúcha volta a ser retratada em elementos, como a representação do homem usando a
indumentária que está posicionado acima dos demais integrantes da peça publicitária.
A Figura 5, cartaz L não faz referência a uso de indumentária ou algo relativo a cultura
gaúcha, apenas representações humanas de ambos os sexos, além de elementos que
identificam o evento Expointer (esferas símbolo). E na Figura 5, cartaz M, também pode-se
identificar semelhantes ao do cartaz L que mostrar pessoas e elementos remetentes a feira, e
também sem as representações culturais descritas anteriormente.
Sobre a análise dos 12 cartazes do corpus de pesquisa, pode-se montar uma tabela para
melhor identificar e visualizar cada elemento de representação cultural aparente e quais os
mais recorrentes, a Tabela elaborada está disponível no Apêndice 2, Tabela B, nela estão
citados os elementos que mais foram ocorrentes nas peças publicitárias de acordo com análise
feita.
Para concluir, pode-se dizer que é possível notar a presença de diversos elementos nas
composições dos cartazes, também é notável que nem todos os analisados e descritos
apresentaram traços de representações gaúcha – as quais citadas por alguns autores
mencionados no referencial e elaboradas pelo MTG – também pode-se afirmar que ao longo
da criação dos cartazes (uma peça por edição/ano) os critérios de elementos foram mudados
sem relação com os demais, nem sempre se apresentou o mesmo contexto imagético e âmbito
cultural.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Inicialmente foi problematizado que, como os cartazes de divulgação do evento
Expointer representam a identidade cultural gaúcha? Após, houve busca por referências de
autores em relação ao assunto para pesquisa e aplicação do mesmo em forma de análise pode-
se constatar resultados da pergunta feita na introdução do estudo.
De acordo com os objetivos propostos pela pesquisa, foram analisados inicialmente os
elementos verbais e não-verbais dos cartazes do evento Expointer, e foi possível identificar
neles características que representam a cultura gaúcha como as dispostas pelos autores citados
na pesquisa, tais elementos foram representados por imagens, desenhos, cores símbolos e
20
textos verbais, que em alguns dos casos era visivelmente remetente a cultura gaúcha abordada
pelo MTG.
Já o segundo objetivo que era o de observar as modificações das representações da
Gauchidade nos cartazes ao longo das 40 edições do evento, e como observado nos cartazes
do evento, pode-se constatar que as imagens eram elaboradas com diferentes elementos
imagéticos a cada edição, porém, sempre reforçando a imagem do gaúcho, como um homem,
que faz uso de costumes moldados e de indumentária típica da região sul do Brasil.
E como terceiro objetivo que seria o de buscar identificar os elementos apontados
como os mais recorrentes nas peças publicitárias que reforçassem ou atualizassem o
estereótipo do gaúcho pode ser reconhecido que foi a representação do gaúcho como um
homem (sexo masculino) que usa indumentária típica como lenço, camisa e chapéu e faz
referência a representação ditada pelo MTG.
O modelo de estudo apresentado nesta pesquisa serve e interessa para área da
comunicação como um fator de identificar mensagens imagéticas de cultura inseridas na
publicidade, não só identificando a imagem de representação do gaúcho, mas de qualquer
outra cultura representada por ilustrações em peças publicitárias, fazendo com que seja
possível apontar características e decifrar mensagens com melhor entendimento deste campo
que ainda tem muito a explorar.
Como o estudo apresentado (aparentemente) é inicial e inédito na área da
comunicação, devido ao fato de não ser encontrado outros trabalhos/artigos acadêmicos de
mesmo campo de estudo, ou seja, representação cultural nos cartazes do evento Expointer,
fica a oportunidade de melhor desenvolver a temática novamente, em próximos estudos, mais
atuais, com complementações de novos autores e outros pontos de vista.
O presente estudo teve como principal finalidade uma pesquisa avançada para a
conclusão do curso de Publicidade e Propaganda, porém, ao longo deste processo de
desenvolvimento de pesquisa qualitativa, muitos pontos foram levantados e compreendidos
através da mesma, assim como outras atividades acadêmicas exercidas ao longo da jornada
universitária, essa também contou com desafios/dificuldades e aprendizados que serviram
para auxiliar na composição e criação de métodos de pesquisa melhor elaborados e
específicos de temáticas.
As principais dificuldades apontadas para introdução a pesquisa, foram principalmente
se distanciar, ou seja, se deslocar dos conceitos já intrínsecos e individuais já tidos em relação
a temática (tradicionalismo gaúcho), e também tentar elaborar conteúdo que não fosse
21
resultante de conceitos pessoais, acrescentado citações já estudadas sem “copiá-las” e também
não obter espécie de enaltecimento entre algumas características por conhecimento individual,
como elogios e comentários que qualificavam a temática dissertada na pesquisa.
O estudo foi de grande valor a academia devido ao fato de explorar novos conhecimentos e
áreas e ainda por ir em busca de significaR muitas vezes já subentendidos de diferentes formas.
22
REFERÊNCIAS
CANAL RURAL. Tudo o que você precisa saber sobre a 40ª Expointer. Disponível em <
http://www.canalrural.com.br/noticias/expointer/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-
expointer-68604 > Acesso em 20 out. 2017.
EXPOINTER. Disponível em: <http://www.expointer.rs.gov.br/historia> Acesso em 18 out.
2017.
FRAGA, Pauline Neutzling. As Representações da Identidade Regional no Discurso
Publicitário Contemporâneo. Disponível em:
<http://cascavel.ufsm.br/tede/tde_arquivos/29/TDE-2009-07-28T150845Z-
2155/Publico/FRAGA,%20PAULINE%20NEUTZLING.pdf> Acesso em: 12 out. 2017.
G1-RS. Expointer 2017 supera público e vendas da edição anterior. Disponível em:
<https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/expointer/2017/noticia/expointer-2017-supera-
publico-e-vendas-da-edicao-anterior.ghtml> Acesso em 18 out. 2017.
GLOBO.COM. Pavilhão da Agricultura Familiar da Expointer tem aumento de 15% nas
vendas. Disponível em < https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/pavilhao-da-
agricultura-familiar-da-expointer-tem-aumento-de-15-nas-vendas.ghtml > Acesso em 24 out.
2017.
GOLIN, Tau. Identidades: Questões sobre as representações socioculturais no gauchismo.
Passo Fundo: Ed. Clio, Méritos, 2004.
GOMES, Fernanda Santos. A construção da identidade gaúcha: Relações entre ensino de
história e Movimento Tradicionalista Gaúcho. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/139283/000990209.pdf?sequence=1>
Acesso em 18 out. 2017.
GUERRA, Eliane Linhares de Assim. Manual Pesquisa Qualitativa. Disponível em <
http://disciplinas.nucleoead.com.br/pdf/anima_tcc/gerais/manuais/manual_quali.pdf > Acesso
em 15 out 2017.
LISBOA, Flavi Ferreira. Mídia Regional: gauchidade e formato televisual do Galpão
Crioulo. Disponível em <
http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/2519/FlaviLisboaFilhoCo
municacao.pdf?sequence=1&isAllowed=y > Acesso em 20 out. 2017.
JACKS, Nilda. Mídia Nativa: Indústria Cultural e Cultura Regional. Porto Alegre: Ed.
Universidade /UFRGS, 2003.
23
MOLES, Abraham. O Cartaz. São Paulo: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1974.
MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-
32, 1999.
MÜLLER, Shana. Disponível em < http://www.shanamuller.com.br/site/ > Acesso em 27 de
novembro de 2017.
NETO, Helena Brum; BEZZI, Meri Lourdes. Ruralidade e representações sociais no Rio
Grande do Sul: Perspectivas de Desenvolvimento Regional. Disponível em: <
http://www.geografia.fflch.usp.br/inferior/laboratorios/agraria/Anais%20XIXENGA/artigos/B
rum-Neto_H.pdf > Acesso em 15 out. 2017.
PEREIRA, Lúcia et. Al. Os símbolos da cultura gaúcha e sua Apropriação pela
publicidade. Revista Internacional de Folkcomunicação. Online: v.2 n.3, 2004. Disponível
em < http://www.revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/570 > Acesso em 20 de out.
2017.
PERUZZOLO, Adair Caetano. A circulação do corpo na mídia. Santa Maria: Imprensa
Universitária, 1998.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais /
Tomaz Tadeu da Silva (org.). Stuart Hall, Kathryn Woodward. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2000.
SPERB, Paula. Expointer tem expectativa cautelosa para negócios em 2017. Disponível
em < http://veja.abril.com.br/blog/rio-grande-do-sul/expointer-tem-expectativa-cautelosa-
para-negocios-em-2017/ > Acesso em 16 de out. 2017.
APÊNDICE 1, TABELA 1:
2
Edição: 1ª /1972
Título do Evento:
1ª Exposição Internacional
de Animais do Rio Grande
do Sul
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Bandeiras e roseta.
Edição: 2ª/1974
Título do Evento:
Exposição Internacional de Animais do Rio Grande do Sul
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Bandeiras, globo e laço.
Edição: 3ª/1976
Título do Evento:
Exposição Internacional de Animais
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Bandeiras, círculo e fotografia.
4
Edição: 4º/1978
Título do Evento:
Exposição Internacional de Animais
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Globo e fotografias.
Edição: 5ª/1979
Título do Evento:
Exposição Internacional de Animais
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Bandeiras e estátua laçador.
Edição: 6ª/1982
Título do Evento:
Exposição Internacional de Animais
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Bandeiras e fotografias.
Edição: 7ª/1984
Título do Evento:
Exposição Internacional de Animais
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura,
Ministério da Agricultura e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Cores da bandeira do Brasil em fundo azul.
Edição: 8ª/1985 Título do Evento: Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura,
Ministério da Agricultura e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Bandeiras, mapa Rio Grande
do Sul, desenho homem e cavalo.
25
Edição: 9ª/1986
Título do Evento: Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura,
Ministério da Agricultura e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Esferas símbolo, foto.
Edição: 10ª/1987 Título do Evento: Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Fotografia
Edição: 11ª/1988
Título do Evento: Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Chapéu e bandeiras.
Edição: 12ª/1989 Título do Evento: Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Chapéus e bandeiras.
Edição: 13ª/1990 Título do Evento: Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Varig e
Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Bandeiras, capa de cavalo e campo.
Edição: 14ª/1991 Título do Evento: Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Varig e
Banco do Brasil.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Chimarrão, corres da bandeira e mão humana.
Edição: 15ª/1992 Título do Evento: Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Varig e
Banco do Brasil.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Planeta terra e boleadeiras.
Edição: 16ª/1993
Título do Evento: Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Varig e
Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Homem gaúcho, campo e bandeiras.
26
Edição: 17ª/1994 Título do Evento: Expointer
Slogan: Um mundo de
negócios e atrações.
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Varig e
Banco do Brasil.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Planeta terra e bandeiras.
Edição: 18ª/1995 Título do Evento: Expointer
Slogan: A maior exposição
agropecuária e agroindustrial
da América do Sul.
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banco do
Brasil.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Planeta terra, luz no RS, bandeiras, esferas símbolo.
Edição: 19ª/1996
Título do Evento: Expointer
Slogan: A maior feira
agropecuária e agroindustrial
da América do Sul.
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Mãos humanas, animais e
alimentos.
Edição: 20ª/1997 Título do Evento: Expointer
Slogan: Vencendo pela
qualidade.
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Avô
e neto, animais e campo.
Edição: 21ª/1998
Título do Evento: Expointer
Slogan: Vencendo pela
qualidade.
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Gaúcho com chimarrão.
Edição: 22ª/1999
Título do Evento: Expointer
Slogan: Agropecuária
desenvolvendo o Rio
Grande.
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Roseta em branco.
Edição: 23ª/2000
Título do Evento: Expointer
Slogan: Agropecuária
desenvolvendo o Rio
Grande.
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Planeta terra e bandeiras.
Edição: 24ª/ 2001 Título do Evento: Expointer
Slogan: Agropecuária
desenvolvendo o Rio
Grande.
Promoção/Realização:
Governo do Estado, Secretaria da Agricultura e abastecimento, Ministério da
Agricultura, FETAG e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Nuvens em amarelo.
27
Edição: 25ª/2002
Título do Evento:
Expointer
Slogan: Agropecuária
desenvolvendo o Rio
Grande.
Promoção/Realização:
Governo do Estado, Secretaria da Agricultura e abastecimento, Ministério da Agricultura, FETAG e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Terra.
Edição: 26ª/2003
Título do Evento:
Expointer
Slogan: A força do
agronegócio movimentando
a nossa economia.
Promoção/Realização:
Governo do Estado, Secretaria da Agricultura e abastecimento, Ministério da Agricultura, FETAG e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Fotografias e esferas
símbolo.
Edição: 27ª/2004 Título do Evento: Expointer
Slogan: A força do
agronegócio movimentando a
nossa economia.
Promoção/Realização:
Governo do Estado, Secretaria
da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura, FETAG e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul,
Big, Nacional e Polar.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Campo, céu e esferas símbolo.
Edição: 28ª/2005
Título do Evento:
Expointer
Slogan: A força do
agronegócio movimentando
a nossa economia.
Promoção/Realização: Governo do Estado, Secretaria da Agricultura e abastecimento, Ministério da Agricultura, FETAG e
FARSUL.
Apoio/Patrocínio:
Banrisul.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Esferas símbolo, bandeira do RS e céu.
Edição: 29ª/2006
Título do Evento:
Expointer
Slogan: A força do agronegócio movimentando a nossa economia.
Edição: 30ª/2007
Título do Evento:
Expointer
Slogan: O melhor do
agronegócio está aqui. Promoção/Realização:
Edição: 31ª/2008 Título do Evento: Expointer
Slogan: O melhor do
agronegócio está aqui.
Promoção/Realização: Governo do Estado, Secretaria da Agricultura e
abastecimento.
Apoio/Patrocínio: Banrisul
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Edição: 32ª/2009
Título do Evento:
Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura,
Pecuária, pesca e
agronegócio.
Apoio/Patrocínio: SulGás,
Irga, Banrisul, Corsan,
28
Promoção/Realização: Não
identificado.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Esferas símbolo, cores da bandeia do RS.
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura e
abastecimento, Ministério da
Agricultura, Prefeitura de
Esteio, FETAG, SENAR,
Casa Rural e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Rosetas da cor da bandeira
do RS.
Rosetas formando a palavra
Expointer, céu e campo.
CEEE
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Roseta e fotografias.
Edição: 33ª/2010
Título do Evento:
Expointer
Slogan: O melhor do
agronegócio está aqui.
Promoção/Realização:
Governo do Estado,
Secretaria da Agricultura,
Pecuária, pesca e
agronegócio.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Roseta, céu e campo.
Edição: 34ª/2011
Título do Evento:
Expointer
Slogan: Qualidade e
inovação para o Rio Grande
crescer.
Promoção/Realização: Governo do Estado, Secretaria da Agricultura e abastecimento, Ministério da Agricultura, Prefeitura de Esteio, FETAG, SENAR,
Casa Rural e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: SulGás,
Banrisul, Corsan, CEEE.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Céu,
esferas símbolo, planeta
terra representado.
Edição: 35ª/2012 Título do Evento: Expointer
Slogan: Rio Grande
sustentável, economia mais
forte.
Promoção/Realização:
Governo do Estado, Secretaria da Agricultura e abastecimento, Ministério da Agricultura, Prefeitura de Esteio, FETAG, SENAR,
Casa Rural e FARSUL.
Apoio/Patrocínio: Banrisul e
outros não identificados.
Personagens e elementos (Humanos e animais): Três pessoas, esferas símbolo, céu
e campo.
Edição: 36ª/2013
Título do Evento:
Expointer
Slogan: Não Possui
Promoção/Realização:
Não identificado.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Três Crianças, balões com
esferas símbolo, céu e campo.
Edição: 37ª/2014
Título do Evento:
Expointer
Slogan: A festa do campo.
Do desenvolvimento. De
todos os gaúchos.
Promoção/Realização: Não
identificado.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Balões com esferas símbolo, céu e lavoura.
Edição: 38ª/2015
Título do Evento:
Expointer
Slogan: Com o campo, todo
o estado cresce.
Promoção/Realização: Não
identificado.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais):
Cinco pessoas, animais,
alimentos, campo, céu,
esferas símbolo.
Edição: 39ª/2016
Título do Evento: Expointer
Slogan: Com o campo, o Rio
Grande dá certo.
Promoção/Realização: Não
identificado.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Seis pessoas, animais, trator, alimentos, céu e campo.
Edição: 40ª/2017
Título do Evento:
Expointer
Slogan: O campo cria o
futuro.
Promoção/Realização:
Não identificado.
Apoio/Patrocínio: Não
identificado.
Personagens e elementos
(Humanos e animais): Quatro pessoas, animais,
alimentos, esferas símbolo, céu e lavoura.
29
APÊNDICE 2, TABELA 2:
Elemento Repetições Observação
Lenço 4 5ª, 16ª, 21ª e 40ª edição.
Chapéu 7 8ª, 16ª, 20ª, 21ª, 38º, 39ª e 40ª edição.
Cuia/chimarrão 2 14ª e 21ª edição.
Cores da Bandeira do RS 5 14ª, 21ª, 35ª, 36ª e 40ª edição.