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1 Identidade excelência no ensino formação de cidadãos Santa Maria

Identidade Santa Maria...COLÉGIO SANTA MARIA Av. Sargento Geraldo Santana, 890/901 Jardim Marajoara – São Paulo/SP (11) 2198-0600 [email protected] CONSELHO EDITORIAL

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Identidade

excelência no ensino formação de cidadãos

Santa Maria

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COLÉGIO SANTA MARIAAv. Sargento Geraldo Santana,

890/901Jardim Marajoara – São Paulo/SP

(11) [email protected]

www.colsantamaria.com.br

CONSELHO EDITORIAL

Irmã Diane Clay CundiffIrmã Anne V. Horner Hoe

Adriana Freitas Adriana TizianiKarine RamosMárcia RufinoMuriel Rubens

Silvio Soares Moreira FreireSueli A. G. Gomes

Suzana TorresVanini A. Mesquita

EDITORA

Suze Smaniotto

REVISÃO

Rita de Cássia Cereser Sógi

COLABORADORES

Adriana Francato - Amanda de Oliveira - Ana Claudia Lasinskas - Carine Agnol - Caroline Mieko

Agata Moreira - Elizabeth Nishiyama Muniz - Gilda Parazzoli Ramirez - Gustavo Almeida - João

Neto - Libia Xavier - Luciane Dege Magalhães - Luiz de Mello

Machado Junior - Marcos Iki - Maria Soledad Más Gandini - Mariana Portis - Mayra Oliveira Lourenço - Orgides Neta - Pedro

Moisés de Carvalho - Roberta Edo - Sonia Maria Brandão - Tais Dias - Tatiane Fernandes - Tauany Pazini - Valéria Conte Delbem -

Veronice Leal - Wallace Marante

DIAGRAMAÇÃO

Gabriel de Moraes Luiz

IMPRESSÃO

Gráfica Santa Marta

TIRAGEM

6 mil exemplares

A Revista Caleidoscópio é uma publicação do Colégio Santa Maria. Não é permitida a publicação de seus textos sem a devida autorização.

Errata: na edição anterior, a foto da pág 19 não corresponde ao 9º ano.

EXPEDIENTEMosaico • IDENTIDADE SANTA MARIA CALEIDOSCÓPIO #89

Acesse o QR Code para conhecer os trabalhos expostos pela série na Semana Pe. Moreau

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08

Todos juntos e misturados

Mensagem ao Leitor

Sumário

O4 Comunidades de aprendizagem

O5 Alegria de aprender

O8 Corpo que aprende

10 Nossos gigantes

12 Além dos muros

14 Deixa comigo

16 Protagonismo

18 Na rede

20 Indo além

23 Vale o clique

O5 1O 2018

No início de novembro, assumi a coordenação das Missões da Congregação das Irmãs da Santa Cruz na América do Sul. Trata-se de um exercí-cio de responsabilidade, que conciliarei com a direção geral do Santa Maria juntamente com a

Irmã Anne, nossa vice-diretora geral. Continuaremos a traba-lhar no sentido de nos mantermos fiéis aos valores humani-zantes e ao projeto pedagógico da Escola. Esse compromisso é e sempre será assumido por todos: eu, irmã Anne, os diretores Silvio Freire e Maria Cecília Ferraiol, toda a equipe de orienta-ção, coordenadores, chefes de departamentos, professores e colaboradores em geral.

Mas o que me leva a trazer uma informação como essa para a Caleidoscópio? Para explicitar que os textos desta edição es-pelham essa dinâmica, de uma administração comprometida com o compartilhamento. Não se trata de uma administração maior, mas de um grupo maior, em que cada um colabora e tem consciência de suas responsabilidades específicas, sem perder a noção do conjunto.

Isto é, ao ler a revista e vivenciar a Educação Santa Maria, é possível compreender como professores e alunos exercem esse compartilhamento de saberes no cotidiano das aulas. Há um exercício constante da transferência do papel tradicional de dis-tribuição de informações, para um formato de trabalho conjun-to, não apenas entre alunos e professores, mas também entre alunos e alunos. Deste modo, o protagonismo dos estudantes aparece. Ou seja, eles escolhem os assuntos relevantes para o ensino e para a aprendizagem, para além do caráter da individu-alidade, com aplicação e corresponsabilidade voltada ao todo, à sua classe/turma e ao Planeta.

Usando como analogia a coordenação e direção por mim assumidas, fica explícito que, assim como eu, os professores desempenham papéis de coordenação e treinamento, buscan-do planejar aquilo que é necessário na organização das ações de ensino e de aprendizagem, de tal forma que o aprendizado assuma a centralidade do “fazer educacional”. Os professores ensinam habilidades acadêmicas, físicas e emocionais, para que os alunos desenvolvam projetos de aplicação, sempre usando pesquisas de campo ou de estudo, como importantes ferramen-tas para resolução de situações de ensino-aprendizagem, que eles elegeram como relevantes.

Com base nessa concepção de trabalho, adiantamos que, em breve, realizaremos uma pesquisa com pais, alunos e cola-boradores. Queremos conhecer ideias da comunidade escolar que possam contribuir para a coerência e a sustentação cada vez maiores do nosso projeto pedagógico. É muito importante que todos participem!

Enquanto isso, convidamos a todos para apreciarem a leitu-ra desta edição, identificando a contribuição de cada membro do Santa Maria no sentido de formarmos crianças e jovens pre-parados, protagonistas e dispostos à construção de um mundo efetivamente melhor.

Irmã Diane Clay Cundiff - diretora geral do Colégio Santa Maria

NIrmã Diane Clay Cundiff e Irmã Anne Veronica Horner Hoe

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Vivência com a EJA

ivências e experiências inova-doras na formação dos nossos alunos despertam novas ideias,

sentimentos e atitudes. A proposta é levá--los ao campo da reflexão, da emoção e da ação, construindo uma história de vida mais consistente, com o corpo, a mente e o interior, preparando-os para uma apren-dizagem mais humana.

Com esse propósito, o 7º ano do ensino regular da manhã e o 7º e 8º da EJA (Educação para Jovens e Adul-tos) vivenciaram uma troca de expe-riências extremamente rica. Os alunos foram divididos em três grandes grupos e convidados a explorar os ambientes que apresentavam jogos de lógica, experimen-tos científicos e contação de histórias.

Diálogo, troca, interesse mútuo e inclusão deram tom e significado à atividade. Foi preciso entender o universo de cada um, lembrando que cada jovem ou adulto ali presente possuía trajetórias de vida dife-rentes, mas naquele momento todos haviam adquirido seme-lhanças em função do ambien-te em que estavam inseridos.

Por serem temas tão di-versos, os alunos apresenta-

vam uma certa timidez, que desaparecia totalmente no momento em que inte-ragiam e participavam das dinâmicas. Assim, sentiram-se pertencentes à co-munidade escolar. Apropriarem-se dessa cultura e depositarem nela suas vivências foi transformador e desenvolveu nesses alunos habilidades e competências de forma crítica, divertida e eficaz.

V

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Conversa com autor

ernando Nuno foi recebido com muito entusiasmo pelo 6º ano. A leitura compartilhada do li-

vro Robinson Crusoé, escrito original-mente pelo inglês Daniel Defoe, em 1719, e adaptado pelo escritor brasi-leiro, permitiu aos alunos uma importan-te reflexão acerca da vida solitária e dos limites da sobrevivência humana.

A obra permite pensar o ser humano de forma universal e atemporal, pois, como percebido por muitos alunos, nos momen-tos de maior desespero, Robinson recorre a promessas a Deus que se perdem no momento seguinte em que o perigo fica para trás. A identificação com traços da personalidade da personagem levou mui-tos a se colocarem no lugar dele e a pensar se agiriam de modo similar ou não.

Logo no início da conversa, Fernando falou sobre a importância da leitura das obras clássicas usando expressões acessí-veis aos alunos. “Ler essas obras funcio-nam como vitamina para o cérebro, pois nos deixam mais inteligentes e capazes de analisar as situações da realidade em que vivemos, ajudando-nos a agir e a to-mar decisões”, disse.

Questionado sobre os desafios de adaptar uma obra escrita há trezentos anos, o autor explicou que procurou man-ter-se fiel ao enredo original, não alterando nenhum fato. Muitas foram as curiosida-des dos alunos, que não só quiseram saber fatos dos bastidores da vida de um escritor, mas também outros livros que escreveu ou adaptou, e sobre o que deseja escrever.

“Achei muito interessante ouvir o ponto de vista do escritor a respeito da produção da obra, criando uma versão,

sem alterar fatos do enredo original”Beatriz Pellegrini e Souza (6º F)

“Eu gostei do fato de o Fernando ter sempre consigo um caderninho onde anota ideias que vai tendo no decorrer do dia, e tudo o que acha interessante,

isso o ajuda na produção de seus textos”Isabella Gomes de Faria (6º D)

Comunidades de aprendizagem CALEIDOSCÓPIO #89

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Alegria de aprender

Utilizando sempre uma metodologia constituída por brincadeiras e atividades lú-dicas, o aluno, aos poucos, vai adquirindo maior familiaridade com a cultura brasilei-ra e de outros povos e com os elementos formadores da linguagem musical, sabendo discriminá-los e usá-los de forma criativa em execuções individuais e coletivas.

O uso do corpo, da voz e de objetos so-noros também é fundamental no processo de aquisição e de apropriação da música. Ao longo do processo, como síntese de pro-jetos interdisciplinares que ocorrem ao lon-go do ano, são realizadas apresentações nas quais os alunos tocam, cantam, dançam e representam. “Eu gosto muito de tocar e de interpretar. Estou estudando bastante as falas e as músicas para repre-sentar um dos personagens de ‘Os Músicos de Bremen’ aqui no Colégio”, diz Lucas K. Fantini Veiga, do 2º ano.

“O trabalho com a Música é realizado por meio de jogos, brincadeiras, desafios e atividades que envolvem o contato com instrumentos e objetos sonoros, canto em

conjunto e sons corporais. Num ambiente descontraído e dinâmico, o aluno explora sonoridades, cria sonorizações, movimenta--se pelo espaço, canta e se expressa usando a música como linguagem comunicativa”, explica a professora Adriana Francato. O processo de aprendizagem é interativo e baseia-se em projetos que podem envolver outros componentes da Área de Lingua-gens e de Ciências da Natureza.

A música também está muito presente nos Cursos Extracurriculares e tem agregado habilidades diferenciadas para aqueles que mostram interesse em aprender a tocar te-clado, violão e violino. A área tem ainda o grupo Sing Club, que trabalha com técnica vocal, melodia, ritmo e harmonia musical. Para Elisa Gomes Nunez, do 6º C, que há três anos participa das aulas de teclado, o maior prazer é poder tocar uma música sem precisar ouvi-la, pois ela mesma a produz com o instrumento. “Além disso, o curso de teclado me ajudou a ler com mais ra-pidez, pois desenvolvi uma técnica com as letras das partituras e melhorou mi-nha coordenação motora”, revela.

Já Natália Satiko Fukushima, do 6º D, também no curso de teclado há três anos, conta que começou a fazer as aulas porque sua mãe queria que ela estimulasse mais o cérebro através da música e que tivesse mais concentração. “Eu me sinto orgulhosa quando mostro uma partitura musical para minha família, que acha difícil entendê-la, e para mim é muito fácil. Depois que co-mecei a fazer teclado, tenho mais foco e fico mais concentrada. Quando quero me concentrar, vou fundo”, declara.

música atua diretamente no sis-tema emocional, favorecendo a atenção, a concentração e a me-

mória e, consequentemente, a tomada de decisões. Os níveis altos de motivação que a música provoca garantem comportamentos de atenção continuada necessários para a ação, inclusive em áreas do cérebro ligadas à cognição, às competências linguísticas na apropriação da leitura e da escrita. O estudo da música modifica o cérebro em dimensões ligadas ao conhecimento. Além disso, é um fator único de socialização na vida emocional, formando a identidade cultural de um povo.

No Fundamental I, o trabalho começa com o canto para explorar e perceber os elementos construtivos da música, como altura, intensidade, ritmo e melodia, por meio de jogos, danças e brincadeiras corporais, composição e criação, execução e apreciação musical. Esses elementos são aprimorados do 2º ao 5º ano, culminando na aquisição da compreensão da lingua-gem musical tradicional e no estudo de ins-trumentos como a flauta.

A

uma linguagem poderosaMúsica,

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“Quando ouvi meu nome ser anunciado, fiquei emocionada e percebi que a minha dedicação

valeu a pena”Gabriela F.H. de Moraes ( 5º F)

“Só de ver o meu nome no quadro dos medalhistas eu fiquei muito feliz. Foi a minha

primeira medalha”Lucas K.P. Sarabando Simões ( 5ºF)

“Eu fiquei muito emocionada e não acreditei quando ganhei

a medalha”Manuela Meira (2º F)

“Para conseguir a medalha da OBA, eu estudava 15

minutos por dia”João Pedro Cruvinel (2º F)

“Estudava todos os dias e meu pai fazia sempre uma pergunta sobre o estudo”Murilo Rocha F.de Mello (2º F)

Alegria de aprender CALEIDOSCÓPIO #89

s olimpíadas científicas vivenciadas pelos alu-nos do Santa Maria são uma grande oportuni-dade para participar de competições e porta de

entrada para um novo mundo de aprendizado. Quando entram em contato com esse ambiente, os estudan-tes agregam uma nova visão de mundo. Estudar, conhecer novos saberes exige persistência, desperta curiosidades e desenvolve competências e habilidades. Em adição a isso, o Santa Maria notifica a excelência acadêmica espelhada em cada um de seus alunos, que buscam respostas frente aos desafios do século XXI.

A

O prazer de estudar para uma

Ciência de Fronteira na

olimpíada de conhecimento

Olimpíada de Química 2020Olimpíada de Química do estado de São Paulo é um evento anual de alto nível de exigência acadêmica para o qual estudan-

tes da 1ª e 2ª série do Ensino Médio podem ingres-sar de diversas formas: classificação de destaque como treineiros de exatas e biológicas na FUVEST ou no Torneio Virtual de Química da Unicamp, ou ainda por meio de redações sobre um tema específico.

O tema proposto para 2020 é “Nanoquímica e Nanomateriais”, um assunto ao mesmo tem-po atual, complexo e muito desafiador. Para que os alunos do Santa Maria possam elaborar suas redações com a qualidade conceitual exigida e qualificar-se para a prova que acontecerá no Instituto de Quími-ca da USP em junho de 2020, já iniciamos um intenso processo de preparação, que envolve a instrumentalização teórica-prática

por meio de aulas de “imersão” em Química e na orientação para a elaboração do texto argumen-tativo-dissertativo científico, numa parceria entre professores de Química e Língua Portuguesa.

“É expressiva a mobilização de alunas e alu-nos para esta atividade que os estimula a refletir sobre a importância da Química no contexto atual e futuro”, revela Maria Sole-dad Más Gandini, orientadora da 2ª série. Do conjunto de redações que forem apresentadas, a equipe de Ciências da Natureza do Ensino Mé-dio poderá selecionar apenas três da 1ª série e duas da 2ª, que serão enviadas à organização do

evento em novembro. “Depois, é esperar e torcer para ver nos-sos alunos, mais uma vez, encarando e superando com sucesso esse desafio”, finaliza a orientadora.

A

“Foi importante estudar no Colégio e com meu

pai. Baixamos aplicativos, compramos livros, peguei

outros na Biblioteca, fiz provas anteriores e procurei em diferentes

sites curiosidades sobre Astronomia e a

Astronáutica. Tudo isso resultou numa medalha”Luana S. Caboclo Terra ( 5º F)

“Independentemente de ter conseguido medalha

ou não, fiquei feliz porque os aprendizados que eu tive,

sei que vou levar para minha vida toda”

Rodrigo Berti de Melo S. Santos ( 5º F)

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Já sei ler!

er se aprende lendo”, não temos neurônios prontos para esta ha-bilidade, temos que construí-los

com o exercício e, assim, multiplicá-los em novas conexões. E não se trata apenas de deco-dificar as palavras, juntando os sons das sílabas que as letras formam. Ler interpretando, rela-cionando com suas próprias experiências, para compartilhar com o outro, relatar o que pensou e aprender mais ouvindo os diferentes relatos.

Em meados de outubro, todos os alunos do 1º ano do Fundamental estão lendo e es-crevendo, descobrindo o prazer da leitura. An-dam com livros mostrando que já leem letra script. E com que prazer contam suas conquis-tas! Um novo mundo se abre à imaginação, à criação, ao conhecimento.

“L

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aprendizagem e integraçãoNatacci e Arthur Consiglio Campelo, ex-alu-nos que desfrutaram deste espaço e hoje partilham suas experiências com seus alunos!

“A intencionalidade proposta nas ativi-dades provoca a tomada de decisões e de consciência nos alunos transformando o que vivenciaram - saltar, arremessar, correr, desviar, girar, chutar - em conceitos sobre a movimentação de seu corpo e a busca do aprimoramento para superar os desafios”, afirma o professor Cleber Teodoro, após uma aula de jogo com uma equipe de alu-nos do 2º ano. A aprendizagem inclui ainda pensar e executar os movimentos, modifi-cando o que a experiência mostrou ser mais eficiente para chegar ao resultado desejado. Isso num ambiente de partilha, colaboração com o outro, dedicação e esforço.

No Fundamental II, as aulas de Educação Física são espaços férteis e privilegiados para o ensino e a aprendizagem das diferentes habilidades motoras, sociais e cognitivas, pois possibilitam o conhecimento de si, do ou-tro e a comunicação e interação com o meio social e natural. O aprendizado destas práticas contribui para que todos desenvolvam habili-

Corpo que aprende

Educação Física compõe a área de Linguagens, tendo como objeto de estudo o corpo, suas formas

de comunicação e aprendizagem, o que chamamos de alfabetização corporal nos primeiros anos do Fundamental. Além do movimento, os espaços privilegiados do Pré-dio Menino Jesus oferecem paisagens que despertam a fantasia e a imaginação para os alunos da Educação Infantil, 1º e 2º ano.

Com seus cinco mil metros quadrados de Mata Atlântica preservada e mais de 60 espécies de aves, o bosque proporciona a caminhada ecológica para a formação de hábitos de manutenção dos ambientes naturais, reconhecimento das espécies de árvores e seus frutos, das habilidades de

observação, imaginação e repertório para a expressão artística.

A caminhada é desafiadora em meio a diversos obstáculos naturais: subidas e des-cidas desniveladas, raízes de árvores, tron-cos e galhos. O espaço proporciona uma ex-periência sensorial muito rica: os diferentes perfumes das flores, o canto dos pássaros, a textura das árvores e seus frutos (banana, chuchu, mamão, abacate, jabuticaba, amo-ra, entre outros), repertório amplo para a construção de novos conhecimentos.

E no fim do percurso, concretiza-se de forma simbólica um dos valores mais impor-tantes que cultivamos: a amizade. Nenhum aluno esquece o descanso no Tronco da Amizade, atestam os professores Cláudio

A

CALEIDOSCÓPIO #89

Movimentos com propósito de

A Educação Física transcende a dimensão biológica e instrumental do corpo em movimento. Como centro de educação das linguagens, o Santa Maria promove o desenvolvimento de uma linguagem corporal que facilite e oportunize o diálogo e a comunicação com o mundo. Para cada faixa etária, um diferente foco de trabalho; para cada segmento, a estrutura adequada para viabilizar o propósito planejado

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identificam tanto com o curso que acabam levando esta atividade mais a sério, bus-cando espaços em que possam treinar para competir, além dos campeonatos escolares. Notamos que a participação nos campeona-tos revela a importância de cada um exercer seu papel e ter a responsabilidade no cole-tivo. Jogos e torneios externos propor-cionam um intenso exercício de controle emocional e dedicação, já que expõem os

estudantes a novas formas de executar o es-porte escolhido. Nos jogos realizados ao lon-go do ano, nossos alunos têm obtido bons resultados no Vôlei, Futsal, Futebol de Cam-po e nas competições de Ginástica Artística e Judô. Em outubro realizamos um torneio esportivo que, além das modalidades cita-das, tivemos apresentações de Ginástica Rítmica e jogos da Oficina de esportes dos alunos de 2º e 3º ano.

dades de superação pessoal, persistência, di-álogo, cooperação, tolerância e colaboração.

Desse modo, o componente curricular de Educação Física busca desenvolver habilidades que, ao longo do processo formativo, contri-buirão para que alunos e alunas tornem-se mais conscientes sobre a relação das atividades corporais com outras ques-tões, tais como ética, consumo, trabalho, saúde, violência, exclusão e preconceito. Aliado a esta concepção, o Santa Maria, além de valorizar a prática motora, oportuniza aos alunos conhecerem e apreciarem os diversos segmentos da cultura corporal.

Em 2018, novas reflexões surgiram entre os pares do componente que fizeram com que instituíssemos no Colégio a Semana de Educação Física como um projeto fixo e anual do Fundamental II, em que buscamos extrapo-lar os nossos objetivos, ampliando as reflexões numa perspectiva crítica da Educação Física. Pela seção Vale o Clique (página 23), veja de-talhes e fotos do evento deste ano, ocorrido em outubro. Ali também estão informações sobre alguns de nossos alunos atletas, que se dedicam com paixão e afinco a um esporte.

Nas modalidades esportivas dos Cursos Extracurriculares também percebemos o quanto os alunos se destacam e descobrem suas habilidades. Em muitas situações se

EM CONJUNTO COM A DIREÇÃO, a coordenação e o Grêmio Gênese, os professores de Educação Física do Ensino Médio realizaram a XXI edição dos Jogos Interclasses, evento que se tornou tradição no Colégio e que mobiliza muitas alunas e alunos. Dividida em três etapas que ocorrem ao longo do ano, a competição tem por objetivo estimular a prá-tica de atividades motoras através da utilização do desporto, promovendo a realização de movimentos variados, o conhecimento das modalidades esportivas, a valorização do movimento corporal no cotidiano, a integração, a interação e ações colaborativas. Em cada etapa, as turmas disputam um torneio com fase de classificação, quartas de finais, semifinais e finais em um tipo de jogo coletivo e uma modalidade do atletismo (corrida de velocidade, salto em distância e em altura). A escolha dos jogos coletivos é feita por votação direta, com a participação de todas as séries. Neste ano as meninas escolheram Handebol, Futebol Minicampo e Basquetebol. Já os meninos optaram por Futsal, Voleibol e Basquetebol. Depois de muitos jogos e jogadas, muito esforço, grandes alegrias e também frustrações, em outubro, ocorreu a última etapa e chegamos à classificação final: a 3ª série B foi a turma campeã, com a 3ª A em segundo lugar e a 2ª D em terceiro.

Jogos Interclasses do Ensino Médio

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Educação Infantil do Colégio Santa Maria é pensada para e com as crianças e suas fa-mílias. Tem o compromisso com a infância

e valoriza o brincar, o criar, o conviver, a relação com a natureza, com o outro e com o corpo que aprende por meio de diferentes linguagens.

Nosso Projeto Pedagógico é pautado em uma con-cepção de infância e de criança que a compreende como sujeito potente, capaz de atuar, avaliar, construir, reconstruir, levantar hipóteses, problematizar e mani-festar-se de diferentes formas, que devem ser valoriza-das, validadas, viabilizadas e potencializadas.

Em suas interações, relações e práticas cotidia-nas que vivencia no contexto escolar, a criança constrói sua identidade pessoal e coletiva, brin-ca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona, produzindo cul-tura e construindo aprendizagens. Tudo isso pas-sa pelo olhar atento dos educadores que acolhem e possibilitam experiências significativas de aprendi-zagem. A intencionalidade pedagógica do professor se constrói no diálogo entre os interesses e as ne-cessidades das crianças, planejando propostas que podem ser apresentadas como convites.

Preocupados com a educação e formação das crian-ças, buscamos, por meio da aprendizagem participativa, apresentar-lhes a arte, a literatura, a poesia, a música, a escultura, o raciocínio lógico, ou seja, instigamos as crianças a conhecerem a beleza do patrimônio cultural da humanidade, e de maneira indissociável, buscamos valorizar a beleza cotidiana, que nos surpreende diaria-mente nos gestos, nas manifestações de carinho, ao observar uma flor, nos cheiros, sabores, brincadeiras, nas sensações de felicidade e alegria de estar junto.

Nossos gigantes CALEIDOSCÓPIO #89

A

Brincar,

cuidar e aprend

er

Infância bem vivida

aliada ao pleno

desenvolvimento

infantil

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A organização dos tempos e dos espaços é pensada intencionalmente com o objetivo de privile-giar as relações entre as crianças, a acessibilidade aos materiais, suas escolhas e autonomia. Para materiali-zar a aprendizagem, trabalhamos com projetos que englobam as diferentes linguagens, de acordo com a intencionalidade da professora e com o interesse das crianças, que realizam pesquisas investigativas, em busca de respostas para as suas perguntas sobre o mundo, os objetos e as pessoas. Para organizar um

trabalho pedagógico por meio de projetos, é preciso partir de uma situação, de

uma interrogação, de um problema real, de uma questão que afete

ao grupo tanto do ponto de vista socioemocional quanto cognitivo. Projetar significa prever e antecipar ideias. Os

conceitos são relacionados e determinados por fatos que nascem da própria experiência do grupo com o objetivo de produzir conhecimentos.

Todo esse processo vivido produz materiais que for-mam a memória pedagógica do trabalho e represen-tam uma fonte de consultas para as crianças, para os docentes e para as famílias que compartilham conosco momentos enriquecidos de experiências, descobertas, aprendizagens, crescimento e desenvolvimento.

“Quando falamos de múltiplas linguagens, queremos ainda enfatizar os livros, o teatro, as histórias infantis, pois

são linguagens que servem de apoio ao processo ensino/aprendizagem. A brincadeira, a arte e a literatura, mediadas pelo corpo que se move, que comunica o que não é dito com palavras, também são linguagens diferenciadas que a criança usa para internalizar o mundo a que ela pertence e exteriorizar a

sua percepção da realidade. São formas muito singulares de experimentação, de vivências, de sensações e de

apropriação da cultura que também permitem o contato com as emoções, o estreitamento

das relações sociais e das negociações e o partilhar da vida em grupo”

(PLETSCH, 2005, p. 3).

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trismo e territorialidades, revelando contradições entre os direitos indígenas fundamentais, como o acesso à terra para a reprodu-ção do seu modo de vida tradicional, e o conflito com os agentes públicos e as vicissitudes de uma experiência de cidade-metrópo-le que cresce de forma desordenada e sem planejamento. Leia mais sobre a iniciativa dos alunos na aldeia na página 17.

Por sua vez, a 2ª série trabalha o tema “arquiteturas da de-sigualdade”. Partindo da observação e discussão sobre os dife-rentes espaços de uma fazenda de café, a Fazenda Ibicaba, no

interior do estado, e seus dife-rentes espaços de poder e vida: a casa grande, a senzala e a vila dos imigrantes. A partir desses lugares tão distintos, abre-se uma reflexão sobre experiên-cias de poder e construção de uma memória negra, imigrante e das elites. O trabalho contou ainda com itinerários pela cida-de de São Paulo, centro e peri-ferias para entender como, no processo de expansão urbana, a memória negra foi apagada pelas elites e pelo Estado.

Na 3ª série, a partir do con-ceito de “lugares de memória”

da cidade de São Paulo, discute-se o quanto as ditaduras do Estado Novo (1937-1945) e Civil-Militar (1964-1985) imprimiram na paisa-gem da metrópole uma “arquitetura da repressão” e, do outro lado, como os movimentos de resistência também inventaram espaços identificados com a luta contra esses modelos de Estado. Em 2019, o grande eixo foi o debate em torno dos 40 anos da assinatura da Lei da Anistia no Brasil e suas implicações sobre o processo de apa-gamento da História da Ditadura Civil-Militar no Brasil.

Com um olhar mais acurado, percebe-se que os três proje-tos articulam-se sob algumas bases. Uma delas é a de ampliar a capacidade crítica sobre o passado e sobre as diversas formas de ser e viver, contribuindo para a superação de preconceitos e estereótipos. Desde a experiência nas aldeias de São Paulo, pas-sando pelos espaços de memória no centro, buscamos construir coletivamente não somente projetos pautados pelo comprometi-mento com exigências acadêmicas e conceituais, como também experiências de convivência com o diverso e com a alteridade.

Vivências do Ensino Médio

á muito tempo, o Ensino Médio do Santa Maria in-veste em um programa de Saídas de Estudos pensa-do para cada série com o cuidado de retomar os ei-

xos fundamentais que ficam a cargo das Ciências Humanas e, sempre que possível, integra-se a outros componentes e áreas. Mesmo sendo um trabalho com tradição na Escola, temos o cuidado de atualizar e aperfeiçoar os métodos e temas, sempre preocupados com a necessidade de dialogar com o presente.

Os projetos contam com diversas etapas, desde o planeja-mento e pré-campo, com introdução ao tema, oficinas, aulas preparatórias, orientações e roteiros de estudo que antecedem as saídas, como na experiência pós-campo, os conhecimentos são revividos à luz de novas discussões.

A 1ª série visita a Aldeia Tekoa Pyau, conhecida no passado pelo título de “a menor terra indígena do mundo”. O estudo propõe uma análise concreta da experiência Guarani no meio urbano, discutindo os conceitos de cultura, identidade, etnocen-

H

Além dos muros CALEIDOSCÓPIO #89

O estudo do meio é um recurso pedagógico que possibilita aos estudantes vivenciarem, de maneira intencional, experiências para elaborar ou ampliar conhecimentos. Ao entrar em contato com os espaços e sujeitos históricos

diferentes do seu cotidiano, dão significado à aprendizagem

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Indo mais fundo na questão ambiental

m outubro, as turmas do 9º ano parti-ciparam de um observatório ambien-tal no Parque Ecológico Imigrantes,

no município de São Bernardo Campo. A ativida-de está inserida no projeto da série, que discutiu no terceiro bimestre a questão do meio ambiente e sua relação com as políticas públicas.

A visita ao parque ocupou boa parte da manhã e contou com monitores preparados para receber grupos escolares e discutir, junto com os professores e com os alunos, temas relacionados ao meio ambiente, previamente abordados em sala de aula por dife-rentes componentes curriculares, em atividades interdisciplinares.

O objeto do estudo foi a Mata Atlântica. Hoje, praticamente 90% dela em toda a extensão territorial brasileira está destruída. Do que restou, acredita-se que 75% está sob risco de extinção total, necessitando de atitudes urgentes de órgãos de preser-

vação ambiental às espécies que estão sendo eliminadas da natureza de forma acele-rada. Os remanescentes da Mata Atlântica situam-se principalmente nas Serras da Mantiqueira e do Mar, onde se encontra o Parque.

Temas como desmata-mento, reflorestamento, desenvolvimento susten-tável, importância do meio ambiente para a manuten-ção da vida dos seres hu-manos e do planeta foram

debatidos e serão aprofundados em discussões posteriores em sala de aula, tendo como objetivo aumentar a consciência e salientar a importância da conservação do meio ambiente para a nossa geração e para as gerações futuras, para que os se-res humanos possam desfrutar de um mundo ambientalmente sustentável, plenamente habitável e saudável para todos. Afi-nal, de que adiantará um mundo repleto de tecnologia se os elementos mais simples, responsáveis para a manutenção da vida, estão desaparecendo?

m 2019, o estudo do meio do 6º ano foi para a cidade de Santos. O objetivo foi que os alunos pudessem uti-lizar as habilidades desenvolvidas ao longo do ano nos

diferentes componentes, produzindo análises sólidas sobre os as-pectos naturais e humanos da cidade. Orientadas pelo projeto da série, “Somos diferentes, não desiguais”, as turmas partiram para Santos em busca de coletar materiais e fontes sobre a formação e o desenvolvimento da cidade e de sua população.

As salas e seus grupos de trabalho se guiaram pelas questões: Quem são, como vivem e de onde vieram os habitantes de Santos? Quais marcas do passado estão presentes nos espaços cotidianos da população santista? Por que os diferentes lugares de Santos possuem paisagens tão distintas? De que maneira os Sujeitos His-tóricos se relacionam com outros Sujeitos e com o Poder Público?

Eles realizaram entrevistas em diferentes bairros, divididos em grupos, além da investigação comum a todas as turmas no Centro Histórico, Museu do Café e Praia. O objetivo é que cons-truam um panorama da cidade. Além das entrevistas, fizeram diversos registros orais e escritos sobre a região e as instituições específicas que cada turma conheceu nos bairros. Os materiais coletados foram sistematizados em sala e possuem como objeti-vo final a produção de uma Notícia (gênero abordado em Língua Portuguesa no bimestre), a partir de fotografias, contabilização de dados e pesquisas, além de outras análises dentro dos com-ponentes e nos atravessamentos do Projeto da Série.

Um olhar para Santos

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E

O melhor do estudo do meio é visitar uma cidade que eu nunca tinha visitado. Aprendi sobre sua história e como foi se transformando. Espero um dia poder voltar lá” - Fernando Pini (6º A)

Eu achei muito legal, pois foi um dia bem descontraído, tivemos a oportunidade de fazer algo diferente, sem perder o intuito pedagógico. Visitamos vários locais diferentes, recebemos informações. Gostei muito de fazer as entrevistas, pois foi um meio de descobrirmos mais sobre a cultura, a economia e a vida das pessoas que moram em Santos. Gostei da meditação na praia, ficamos bem relaxados, vivenciando o que praticamos nas aulas de Ensino Religioso” - Rachel Aoki (6º G)

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Deixa comigo CALEIDOSCÓPIO #89

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reforma do Ensino Médio no Santa Maria traz a oportunidade de repensar importantes aspectos do trabalho desenvolvido ao longo

dos três anos que compõem esta importante etapa na vida de nossos alunos e de suas famílias. Completa-mente inserida nesse processo, a área de Linguagens e Suas Tecnologias vem se debruçando sobre as espe-cificidades deste componente curricular para atender às crescentes demandas da nossa comunidade.

Um dos principais objetivos do Inglês é o de oferecer um curso envolvente e eficaz, para que todos os nossos alunos e alunas saiam do

Ensino Médio plenamente preparados para atuar em qualquer área profissio-

nal que escolherem, dentro ou fora de nosso país. Um outro aspecto impor-

tantíssimo do nosso curso é a pre-paração para os certificados de

proficiência em Língua Ingle-sa. Hoje, cada um de

nossos alunos

pode concluir seus estudos com até dois certificados diferentes da Universidade de Cambridge.

O processo de certificação internacional não é fá-cil. Para que os alunos possam atingir o nível de co-nhecimento exigido, é necessário que o curso dentro da escola seja compatível, por isso nossos alunos são expostos ao idioma desde a Educação Infantil e com programas apropriados para cada faixa etária. Há a necessidade de preparação contínua, obrigando uma carga horária ampla, adoção de material di-dático exclusivo e treinamento da equipe de pro-fessores. Profissionais experientes, salas de aula adequadas e planejamento estratégico são ele-mentos-chave para que o investimento – bas-tante alto, é importante salientar – traga os resultados esperados. E são exatamente esses elementos que fazem do nosso Curso de Inglês uma experiência única e muito gratificante para nossos alunos e suas famílias.

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Inglês no Ensino Médio:

experiência inesquecível em constante aprimoramento criativo

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mbora hoje em dia tenhamos acesso a informações, imagens, histórias e no-tícias sobre outras culturas, nada se

compara à experiência de conviver com pes-soas falantes de outro idioma que estejam de maneira passageira ou permanente em nosso país. Quando convivemos e desfrutamos dessa oportunidade, percebemos e desenvolvemos não só o senso de respeito, empatia e acolhi-mento, mas somos expostos também ao aperfei-çoamento do uso da língua em questão.

Em agosto de 2017, por exemplo, a 1ª série do Ensino Médio recebeu um intercambista canaden-se, Maxen Adam. Vindo de Vancouver, Canadá, o novo aluno recebeu a atenção curiosa de todos. Os estudantes apresentaram ao intercambista nossa cultura e nossos costumes. Nas aulas foram organi-zadas rodas de conversa com temáticas sobre atua-lidade trazidas pelos alunos semanalmente.

Este ano, o segmento recebeu a visita de quatro estudantes da Saint Mary’s College, Notre Dame, Indiana, que vieram acompanhar trabalhos pasto-rais desenvolvidos no Santa Maria. Um dos objeti-vos também foi a interação e, para tanto, foram selecionadas famílias de alunos do Ensino Médio que gentilmente hospedaram e proporcionaram esse intercâmbio com as estudantes universitárias.

Nossos alunos puderam pôr em prática anos de aprendizagem de Língua Inglesa e, durante atividades em aulas com as visitantes, trocaram experiências e esclareceram dúvidas referentes aos diversos temas de interesse dessa faixa etária.

Ao hospedar as alunas por uma semana, as famílias desfrutaram de prazerosos momentos de intercâmbio cultural. “Foi uma experiên-cia incrível pra mim e pra minha família. Foi a primeira vez que tive contato com pessoas que falam apenas inglês e pude aprimorar minha fluência e vocabulário”, revela Lívia Tadim Rodri-gues, aluna da 3ª série B.

Santa Maria faz parte do grupo de instituições geridas pela Congregação das Irmãs da Santa Cruz e, embora pouco conhecido ou divulga-

do, temos parceria e forte ligação com a St Edward’s University em Austin, Texas, que nos presenteia com bolsas de estudos anuais para nossos alunos de Ensino Médio interessados em cursos oferecidos pela universidade. A bolsa é integral durante o primeiro ano de estudos e, após essa fase, as famílias devem arcar com a diferença de custos referente às escolhas feitas por seus filhos. O primeiro passo nessa caminhada é demonstrar interesse conversando com os professores de Inglês do Ensino Médio e escrever uma carta de apresentação em inglês para apreciação da Sister Diane.

Nossa ex-aluna Nicole Londero foi uma das pes-soas que transformou seu sonho em realidade e hoje, após estar graduada pela St Edward’s, reside e trabalha em Austin.

Mais recentemente, Vitor Silva, formando de 2018, escreveu sua carta e hoje está cursando a universidade norte-americana com bolsa anual de aproximadamente U$ 21,000. “As minhas aulas de Inglês me ajudaram muito a decidir entre estudar em Austin ou ficar no Brasil. Sabia que tinha aprendido bastante e hoje percebo que meu nível é muito bom, pois consigo acompanhar todas as aulas sem pro-blemas, mesmo tendo feito o nível mais elementar oferecido no Ensino Médio”, revela.

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Experiências singulares

Estudar nos Estados Unidos com bolsa: sonho ou realidade?

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o contraturno, os alunos do 7° ano desenvolvem ativi-dades do projeto Ecoestu-

dantil, que tem como objetivos o de-senvolvimento do pensamento crítico sobre o consumismo e suas conse-quências, além da adoção de práti-cas com impacto positivo ambiental, social e econômico.

Na busca por tais objetivos, eles trabalham na construção de aque-cedores solares de água, que se-rão posteriormente doados para os moradores de uma comunida-de, e ainda desenvolvem oficinas vol-tadas para os pais e as crianças dessa mesma localidade. As atividades são pensadas, organizadas e co-

locadas em prática pelos próprios alu-nos, sendo a pro-fessora mediadora no processo. Em um de nossos encontros de planejamento, sur-giu a ideia de orga-nizarmos uma tarde

em comemoração ao Dia da Criança, com a intenção de proporcionar algo diferente do tradicional “momento de distribuição de presentes”.

Assim, os alunos optaram por atividades que pudessem envolver todos os presentes no dia: as crianças e os pais, que participam do projeto, e eles, possibilitando a troca e a parti-lha entre todos, independentemente da idade. Ao final desse momento, um lanche coletivo foi realizado, com quitutes produzidos pelos nossos alunos, que se propuseram, logo no início do projeto, a cozinhar tudo aquilo que seria consumido nos sábados em que estamos na comunidade. Juntamente com o lanche, as crianças receberam um sa-quinho produzido pelos alunos cheio de gostosuras, todas elas fruto da do-ação arrecada por nós.

“Acompanhar esses momentos e verificar a autonomia, a responsa-bilidade ampla, os cuidados com o outro, a empatia com o olhar livre de pré-conceitos me faz crer que para ser protagonista é preciso cultivar, porque a semente de ser já existe, é necessá-rio apenas aflorá-la”, declara a profes-sora Caroline Mieko Agata Moreira.

N

Tardes de sábado em comunidade

Protagonismo CALEIDOSCÓPIO #89

o formar-se em Me-dicina, Cecília Malve-zzi não quis fazer es-

pecialização e focar-se em um determinado campo do corpo humano. Preferiu especializar--se na pessoa como um todo, por isso atua como Médica de Família. Nessa área, um dos instrumentos do profissional é reconhecer o outro como sujeito, com valores e desejos, que devem ser ouvidos e res-peitados na conduta médica. “Isso estudei na minha for-mação, mas já fazia parte da minha bagagem; tinha apren-dido em casa e o Santa Maria reforçou”, declara.

Cecília estudou no Santa Maria do Jardim à 2ª série do Ensino Médio, nas décadas de 80 e 90. Recorda-se com entusiasmo de participar de missões com outros colegas

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Protagonista na sociedade

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cada ano, a 1ª série do Ensino Médio visita a Aldeia Tekoa Pyau, situada no Pico do Jaraguá. Ali a população gua-rani mbyá se organiza para manter vivo seu modo de

vida, a despeito de todas as pressões do entorno. O estudo do meio é organizado pela área de Ciências Humanas, que propõe toda uma discussão a partir de seus currículos, pensando este momento como uma experiência fundamental, potencializada por conceitos como o de cultura, etnocentrismo, formas distintas de política, direito à terra.

Justamente no final de semana que antecedeu nossa visita este ano, a aldeia sofreu um grave revés: um incêndio destruiu três casas, deixando vinte indígenas desabrigados e destruindo todas suas posses.

Sensibilizados por este evento, que intensifica a precarização a que os guaranis urbanos estão sujeitos, os estudantes se mo-bilizaram para promover uma campanha de arrecadação de alimentos, cobertores e roupas. Organizados a partir de cada sala, demonstraram protagonismo na gestão da arrecadação e in-centivaram as outras séries para participar do movimento.

Alunas e alunos estão cientes de que esta iniciativa apenas mi-tiga uma realidade bastante severa de descaso do poder público e da maior parte da sociedade nacional. Mas, ao se mobilizarem, ao envolverem-se diretamente com uma cultura que é diferente da sua, passam a participar ativamente da vida pública de sua cidade, aproximando-se de suas questões e das dificuldades que existem para superar suas desigualdades.

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Empatia, protagonismo e engajamento

do Colégio, dando aulas de reforço escolar em uma co-munidade da periferia de São Paulo. “Foi muito importante ter noção da realidade, não viver em uma ‘bolha’”, expli-ca. Como médica, a ex-alu-na expandiu ainda mais seu olhar, trabalhando em diferen-tes pontos do Brasil, inclusive na área de saúde indígena, no Alto Rio Negro, noroeste amazônico. Atualmente, vive em São Carlos, interior de São Paulo, onde integra a unida-de de Saúde da Família do Sistema Único de Saúde. Se a formação escolar teve alguma influência em sua carreira? “O Santa Maria ressaltou o sentimento de compaixão, que temos potencial para aju-dar o outro”, revela.

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Bom, isso é coisa de criança grande, você pode pensar! Nada disso. No 1º ano do Fundamental, por exemplo, a turminha do Integral teve a ideia de criar seu próprio parque de diversões. Que brinquedos construir? Como fazer para movimentar um barco viking sem que as pessoas caiam? Muitos problemas para solucionar.

ompreender, utilizar e criar. Com estes três verbos em mente, o NETi – Núcleo de Edu-cação e Tecnologia da Informação – propõe

projetos que fazem uso de ferramentas digitais na aprendizagem. E nesse caso, os dois primeiros, com-preender e utilizar, dão sustentação ao terceiro: criar.

É muito importante que nossas crianças enten-dam a tecnologia e como funciona, percebendo que não há mágica alguma ali. A partir disso, é bastante saudável que saibam utilizar e dominem os mais di-ferentes recursos de mídia, o que tem sido chamado de letramento ou fluência digital. Aí sim, na hora de criar, tudo fica ainda mais interessante. Pensar, solucionar, inventar, construir, enfim, todo o proces-so passa a ser natural nas atividades que envolvem aprendizagem criativa. No Santa Maria, há inúme-ras iniciativas que desafiam o aluno a produzir conteúdo e a colocar a mão na massa.

Onde tudo

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Na rede CALEIDOSCÓPIO #89

se cria

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Mas todo mundo tem problema, não é mes-mo? Que o digam as turmas de 4º, 5º e 6º ano, que usam o computador de placa única micro:bit, sucata e dispositivos eletrônicos para prototipar soluções tendo em vista questões da vida co-tidiana. Durante as aulas de Matemática, o 6ºA, por exemplo, está trabalhando na construção de um gadget que inclui um jogo para facilitar o aprendizado de fração e porcentagem.

E como é de desafio que a gente gosta, esses mesmos inventores do Fundamental II estão partici-pando da gincana “Change the World”, proposta pela Unicef, onde será preciso criar algo que tenha foco na sustentabilidade global. A preocupação com o ambiente também é o elemento de combustão para a chuva de ideias que ocorre no “Pequenos Inventores”, projeto de Ciências do 3º ano.

E para aqueles que querem avançar ainda mais, é possível cursar atividades de robótica no Extra-curricular, onde ocorre o aprendizado de conceitos como engrenagens, roldanas, polias, sensores e mo-tores, além da programação de robôs.

Engana-se quem imagina que só trabalhamos criatividade com ferramentas “sofisticadas”. Sabe o Power Point? Nas mãos das crianças do 2º ano, palavras e imagens ganham movimentos que saem da imaginação e transformam poesias em anima-ções. Cecilia Meireles, Vinícius de Moraes, Marina Colasanti e Sérgio Capparelli foram alguns dos es-critores escolhidos para bailarinas rodopiarem, focas baterem palmas e dromedários se multiplicarem nas telas dos computadores. Um conteúdo clássico tra-balhado de forma lúdica e prazerosa.

Como disse Steve Jobs, “a melhor maneira de criar valor no século 21 é conectar a criatividade à tecnologia”. É nisso que acreditamos: uma geração que irá criar valor humanizante para este mundo.

Veja aqui as poesias em animações do 2º ano

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Ler, pesquisar,

viajar, imaginar,

criar, explorar,

conhecer, se encantar

e muito mais

nino Maluquinho e visitaram a exposição que continha informações sobre a vida e obra de Ziraldo, grande autor da literatura infantil brasileira.

Outro momento especial este ano foi a contação do livro “Princesas em greve”, apresentado aos alunos do 5º ano. Na obra, as princesas dos contos de fadas entram em greve para conquistar o direito de trabalhar em todas as profissões, o direito de estudar, o direito à liberdade de escolha e, principal-mente, ao respeito mútuo. A história foi toda encenada e mostrou aos alunos a importân-cia do conhecimento na luta por conquistas pessoais e coletivas, relacionando os contos com aspectos da vida na sociedade atual.

Para as turmas do Jardim II e Pré, da Educação Infantil, existe o projeto Biblio-chila, desenvolvido para proporcionar aos

Indo além

Biblioteca Pe. Moreau cumpre um importante papel na formação de seus estudantes, pois, além

de disponibilizar um rico acervo de ma-teriais, possui projetos de incentivo à leitura e à formação de leitores em po-tencial, levando-os a entender a leitura como um instrumento capaz de trans-formar suas vidas e o ambiente em que estão inseridos.

Um grande diferencial do Santa Maria são as Aulas de Biblioteca, preparadas pela própria equipe em parceria com a orientação educacional. As turmas da Educação Infantil e Fundamental I possuem horários fixos dentro da grade curricular para que frequentem o es-paço, levem livros emprestados e participem das contações de histórias, que buscam en-volver os alunos com a literatura utilizando de diversas estratégias, tais como encenações, te-atro com fantoches, teatro de sombras, teatro mudo, músicas, brincadeiras, jogos, debates, rodas de conversa, vídeos etc. As crianças se encantam por poder participar das encena-ções, que possibilitam a exploração da ima-ginação, da espontaneidade, da oralidade, da criatividade e da expressão corporal.

No decorrer do ano, a equipe prepa-ra também algumas semanas especiais que abordam autores e gêneros literários. Este ano tivemos a Semana Especial Ziral-do. Os alunos apreciaram a encenação de uma das histórias de travessuras do Me-

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CALEIDOSCÓPIO #89

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das atividades propostas é a realização de resenhas como forma de indicação dos li-vros que mais gostaram. Já as Exposições Literárias são realizadas durante todo o ano. As turmas preparam exposições ba-seadas nos livros trabalhados em cada sé-rie. Este ano, tivemos eventos sobre Jorge Amado, sobre a cultura indígena e sobre a cultura africana. Todos foram visitados pelas turmas do Fundamental II e monito-rados pelos próprios alunos.

Um momento muito aguardado pelos alunos é o encontro com o autor. As turmas recebem a visita do autor de uma obra lida por elas, e durante um bate-papo conhecem sua história, suas inspirações e curiosidades sobre a obra. Em 2019, vale destacar a visita do autor moçambicano Mia Couto, um expoente da literatura afri-cana e premiado internacionalmente. O encontro aconteceu no Auditório com as turmas de 8º e 9º ano do Fundamental. A troca de experiências foi muito rica, tanto para os alunos quanto para o autor, que expressou sua alegria em poder estar no Brasil e compartilhar suas histórias e co-nhecimentos com os brasileiros, que para

ele “é um povo contador de histórias, as-sim como os moçambicanos”.

Um evento de grande destaque é a tra-dicional Feira de Livros do Santa Maria, que este ano chegou à sua 34ª edição com o tema “O brilho da Lua no universo de Leo-nardo da Vinci”. Para ornamentar o espaço, a Biblioteca preparou uma caixa mágica onde os alunos podiam visualizar as invenções de Leonardo da Vinci com luz fluorescente e efeito 3D. A experiência lúdica foi um suces-so! Os alunos visitaram a feira acompanhados das famílias e, além de explorarem os livros disponíveis nos estandes, participaram de di-versas atrações disponíveis com a presença de autores, ilustradores e caricaturistas.

Através de todas essas atividades, pro-jetos e eventos, a Biblioteca busca se apro-ximar dos alunos, bem como tornar-se um ambiente mágico onde a imaginação e o poder das histórias presentes na leitura encantem os estudantes, além de propor-cionar reflexões, debates e a formação do leitor crítico. A Biblioteca Pe. Moreau é um espaço acolhedor e agradável que reúne conhecimento, tecnologias para facilitar pesquisas, lazer e cultura!

pais e filhos uma boa experiência de con-tação de história em família, estimular a criatividade do aluno e despertar o hábito da leitura. Outro projeto é o Meu Peque-no Livro, voltado para os alunos do 1º ano do Fundamental, em fase de alfabetização. No decorrer das aulas, eles compõem esse livro a partir das histórias ouvidas, fazendo os registros permeados de imaginação e de-sempenhando o papel de autor e ilustrador do seu próprio livro.

Para o Fundamental II, dois projetos são realizados em parceria com a equipe de Língua Portuguesa. No Santa Leitura, os alunos visitam o espaço junto com os professores para escolherem livros que agradem seu gosto literário. Para tanto, preparamos um espaço aconchegante com tatames e o caminhão “Book Truck”. Uma

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o Período Integral do Santa Maria, são realizadas atividades que contemplam as diversas áreas artísticas, lúdicas e pedagógicas. A rotina é organizada de acordo com cada faixa etária e os

alunos têm a possibilidade de experimentar diferentes oficinas, en-tre elas: esporte, tecnologia, língua inglesa, teatro, jardinagem, artesanato, culinária, artes e xadrez.

As propostas são apresentadas às crianças e, a partir de conversas, são adaptadas ou modificadas. O objetivo é despertar a curiosidade e possibilitar que elas sejam sujeitos ativos no planejamento.

Nas atividades realizadas, as intencionalidades vão além do olhar pe-dagógico. São momentos de construir e fortalecer as relações interpessoais; de enriquecer as vivências do mundo infantil; de partilhar saberes e experi-ências e extrapolar o conteúdo/habilidades do currículo, trazendo uma nova perspectiva do que é ser e estar no ambiente escolar, desenvolvendo de forma plena seus aspectos afetivos, cognitivos e sociais.

Nmuito além do acompanhamento

de estudo

“Eu fico no Integral três vezes por semana, mas gostaria de ficar a semana toda para

poder participar de tudo que tem” Julia Gonçalves de Oliveira (5º ano)

“No Integral as aulas são muito divertidas, nós aprendemos brincando”

Sofia Lee Chen (4º ano)

“Nos divertimos e aprendemos coisas novas. Eu amo o Integral e queria que se prolongasse até o 6º ano”

Pedro Henrique Maia (5º ano)

“Gosto de brincar e das aulas de esportes e culinária. É

sempre muito legal”João Pedro Freitas Oliveira (1º ano)

“Eu gosto muito do Integral porque temos a oportunidade de conhecer colegas de outras séries, além de tirarmos

dúvidas das lições de casa com as professoras”Juliana Marques (5º ano)

“As coisas mais legais do Integral são: fazer

lição com a ajuda de uma professora,

não ter que levar lições para casa e também

aprender várias brincadeiras diferentes”

Gabriel Torres dos Santos (4º ano)

Período Integral:

Indo além CALEIDOSCÓPIO #89

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Com o aplicativo QR Code, veja conteúdos especiais

Contação de história – Deu vontade de ouvir uma história contada com carinho e emoção? Clique para conhecer a narração da aluna Maria Clara Brito Martins do livro “Para onde vamos”, de Jairo Buitrago. O áudio foi gravado no estúdio do NETi e apresentado nas aulas de Biblioteca.

Semana de Educação Física – Projeto fixo e anual do Fundamental II, o evento busca extrapolar os objetivos da área, ampliando as reflexões numa perspectiva crítica da Educação Física. Acesse o conteúdo dos temas debatidos em outubro e veja as fotos.

Alunos atletas - No contexto da cultura corporal, vale destacar o esforço e a disciplina dos atletas para alcançar grandes resultados na jornada esportiva. Veja aqui alguns alunos que competem nas mais diferentes áreas do esporte e seus resultados expressivos.

Lugares de Memória – Encerrando um ciclo de Estudos em Humanidades, as turmas da 3ª série do Ensino Médio visitaram sítios que são registros da História da Ditadura Civil-Militar na cidade de São Paulo. Conheceram centros de repressão e espaços de resistência em diversas formas de expressão. O resultado foi a produção de curtas documentários autorais que levaram em conta as discussões em torno dos 40 anos da Lei de Anistia. A ideia é materializar a importância da construção da democracia no país e incentivar o debate sobre o papel da juventude nessa elaboração. Conheça alguns dos trabalhos assinados pelos alunos.

Pátio em Prosa - Na noite de 11 de outubro, o pátio do prédio de Santa Cruz foi cenário de mais um Pátio em Prosa, evento que prima pelo desenvolvimento de habilidades socioemocionais dos alunos envolvidos. Estavam presentes cerca de 50 estudantes do Ensino Médio para uma roda de conversa sobre o documentário “O silêncio dos homens”, que aborda a temática das masculinidades no Brasil atual. Durante o encontro, os presentes puderam experimentar a escuta e se expressar por meio da dança, da escrita e da fala. Veja as fotos para entender a dinâmica.

Projeto Missão Ícaro 19 – Em comemoração ao cinquentenário da chegada do homem à Lua, as turmas do Ensino Médio realizaram uma série de atividades formativas que tiveram as relações entre o céu e a sociedade como eixo condutor. O projeto buscou, através de diferentes espaços e linguagens, envolver e instigar os estudantes a refletir sobre a temática, percorrendo diferentes espaços da escola para a realização de cineclubes e palestras ou, ainda, uma visita ao Planetário do Parque do Ibirapuera. Educadores de diferentes áreas se integraram a esta Missão e aceitaram o desafio de embarcar nesta exploração. Aqui estão fotos de atividades e link para os filmes trabalhados em sala.

IV Semana de Filosofia – Evento realizado entre os dias 14 e 16 de outubro pela equipe do 9º ano. Inspirado no 50º aniversário da chegada do homem à Lua, o trabalho envolveu o conceito de sociedade, analisando a busca pelo domínio do espaço como um movimento de contraste entre duas propostas civilizatórias. Ao mesmo tempo, apostamos no resgate do pensamento filosófico/científico, à luz dos chamados “filósofos da ciência”. Os alunos apresentaram os resultados das suas pesquisas sobre os avanços tecnológicos imaginados em obras de ficção e ainda refletiram sobre as sociedades utópicas e distópicas. Veja algumas fotos do evento.

Torneio interno de esportes – De 28 de setembro a 10 de outubro, aconteceu um torneio de esportes interno com a presença de escolas convidadas. Crianças e jovens foram premiados com a entrega de medalhas de participação ou de classificação nas modalidades de Ginástica Artística e Rítmica, Judô, Futebol de Campo, Futsal, Oficina de Esportes e Vôlei. Mais uma experiência para o crescimento pessoal que mostra como o esforço e a dedicação são necessários para se chegar às conquistas, além de fortalecer laços de amizade, enriquecendo o convívio social e o aprendizado de respeito ao próximo.

Copa Adere – Em 1º de novembro, sediamos a XV Copa Adere de Futsal Inclusivo, campeonato que objetiva estimular a prática esportiva, valorizando a inclusão e a socialização entre os participantes. O evento contou com a participação dos integrantes da Adere e mais quatro escolas convidadas. O Santa Maria foi representado pelos alunos que frequentam o voluntariado. Por meio das fotos, curta a animação do evento.

Vale o clique

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