Upload
anonimo98
View
10
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
ET HTHETH ETHTE HTEHTRHST TR THSET HSETH ETH ETH STEH TEET HTHETH ETHTE HTEHTRHST TR THSET HSETH ETH ETH STEH TEET HTHETH ETHTE HTEHTRHST TR THSET HSETH ETH ETH STEH TE
Citation preview
2
Verso 1
Ano 2012
INSTALADOR E REPARADOR DE REDES DE COMPUTADORES
Cleber Gomes Caldana
Os textos que compem estes cursos, no podem ser reproduzidos sem autorizao dos editores
Copyright by 2012 - Editora IFPR
IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARAN
Reitor
Prof. Irineu Mario Colombo
Pr-Reitor de Extenso, Pesquisa e Inovao
Silvestre Labiak Junior
Organizao
Marcos Jos Barros
Cristiane Ribeiro da Silva
Projeto Grfico
Leonardo Bettinelli
Diagramao
Allan Vitikaski
Introduo
Este material didtico tem como finalidade abordar conceitos tericos e disponibilizar atividades prticas para o curso de Instalador e Reparador de Redes de Computadores. O referido curso, segundo o Guia PRONATEC, visa formar um profissional que: Planeja, instala e repara redes de computadores sob superviso tcnica permanente, prestando suporte tc-nico no uso de equipamentos e programas e efetuando configuraes de recursos e sistemas locais e remotos de redes, de acordo com projetos e normas tcnicas, em condies de qua-lidade, segurana, preservao ambiental e patrimonial.
SUMRIO
Unidade 1
1 . O Mundo do Trabalho............................................................................................09
1.1 tica: o que se trata?.............................................................................................09
1.2 Marketing Pessoal ................................................................................................10
1.3 Empreendedorismo................................................................................................10
1.4 O Empreendedor: Conceito e Caractersticas......................................................11
Unidade 2
1 . A Arquitetura de um computador.......................................................................13
Unidade 3
3 . Redes de computadores (Estrutura Fsica) .......................................................17
3.1 Classificao das redes de computadores ...........................................................18
3.2 Comunicao de dados/mensagens ....................................................................20
3.3 Meios de transmisso ..........................................................................................22
3.4 Redes sem fio (Wireless Networks) ......................................................................24
3.5 Equipamentos de redes de computadores ...........................................................24
3.6 Equipamentos de rede sem fio .............................................................................26
3.7 Ferramentas para redes de computadores ..........................................................27
Unidade 4
4 . Redes de computadores (Estrutura lgica) ......................................................28
4.1 Protocolos ............................................................................................................28
4.2 Endereamento IP ...............................................................................................29
4.3 Mscara de sub-redes ......................................................................................... 30
Unidade 5
5. Tutoriais ................................................................................................................31
5.1 Tutorial 1 - Montagem de um cabo de par tranado ............................................31
5.2 Tutorial 2 Instalando uma Placa de Rede..........................................................34
5.3 Tutorial 3 Configurar Rede Lgica (TCP/IP) ......................................................35
Unidade 6
6. Atividades .............................................................................................................38
Unidade 7
7. Auto avaliao ......................................................................................................41
Referncias ..............................................................................................................43
9Unidade 11. O MUNDO DO TRABALHO
1.1. TICA: O QuE SE TRATA?
A tica pode ser considerada uma rea do conhecimento que trata do bom ou mau / certo ou errado. Em relao a origem da palavra, a tica vem do grego ethos, e tem seu correlato no latim morale, com o mesmo significado.
A tica daquelas coisas que todo mundo sabe o que so, mas que no so fceis de explicar, quando algum pergunta. (VALLS, 1993 apud VELASQuES, 1999). MOREIRA (2001) destaca que alguns autores diferenciam tica e moral de vrios modos:
tica princpio, moral so aspectos de condutas especficas;
tica permanente, moral temporal;
tica universal, moral cultural;
tica regra, moral conduta da regra;
tica teoria, moral prtica.
A todo o momento nos deparamos com questes ticas como, por exemplo:
Direitos desiguais em funo de religio, raa, sexo e direitos especiais e minorias;
O aborto;
A explorao do prximo, (enriquecimento ilcito por meio de mal uso da poltica, prostituio, guerras e embargos...);
A violncia (individual, social, institucional);
Perpetuao da ignorncia como instrumento de poder e manipulao;
A misria;
E se faz necessrio ter clareza que, conforme o conjunto de valores e crenas de cada indivduo, o mesmo assumira determinadas posturas frente aos exemplos apresentados anteriormente.
Tais aspectos ticos tambm so apresentados no cotidiano das organizaes, ou seja, tem-se o conceito de tica Empresarial, que de acordo com MOREIRA (2001):
em essncia, a determinao das pessoas que fazem parte de uma sociedade, empresa, fun-dao ou associao de primarem pelas aes enraizadas nos valores de honestidade, verdade e justia, em quaisquer atividades nas quais representam essas sociedades: (compra, venda, concorrncia, relaes trabalhistas, relaes sociais diretas com a comunidade local, relaes sociais com a macro sociedade, relaes com o governo, relaes com os rgos financeiros, transparncia, qualidade do produto oferecido, eficincia do servio prestado, respeito ao con-sumidor, etc..
10
Assim, tem-se que a tica, busca compreender o ncleo da conduta humana, ela no relativa, no sentido de ser uma aqui e outra ali, ela OBJETIVA e universal, TRANSCENDE S PESSOAS. VELASQuEZ (1999)
1.2. MarketiNg PESSOAL
As organizaes esto cada vez mais na busca dos melhores colaboradores. Para tanto s experincia profissional no basta, e necessrio ser um profissional tico, que possua boa capacidade de comunicao, a habilidade de se auto motivar e de motivar as pessoas a sua volta. Tais caractersticas fazem parte do perfil buscado pelas organizaes para ser seus futuros colaboradores. Aspectos que merecem ateno especial:
Acreditar na prpria capacidade de realizao e de superao de dificuldades;
Estar pronto para as mudanas, pois elas sempre acontecero;
Possuir atitude positiva na resoluo de problemas;
Ter clareza dos objetivos que se quer atingir;
Manter-se motivado;
Ser gentil e atencioso com as pessoas, fazendo com que esta caracterstica o dife-rencie dos demais;
A apresentao pessoal e muito importante para o desenvolvimento profissional;
utilize-se de linguagem formal no ambiente das organizaes.
1.3. EMPREENDEDORISMO
A definio de empreendedor evoluiu com o decorrer do tempo, medida que a estrutura econmica mundial mudava e ficava mais complexa. De acordo com HISRICH e PETERS (2004, p.26), o termo empreendedor vem do francs entrepreneur e seu sentido literal inicial aquele que est entre ou intermedirio. De acordo com o autor, um dos pri-meiros intermedirios foi Marco Plo que tentou estabelecer rota comercial com o oriente. Ele como comerciante buscava financiamento com a pessoa que possua bens e pagava uma quantia pelo emprstimo e aps a viagem dividia os lucros com o financiador.
DORNELAS (2005) descreve que na idade mdia, o empreendedor era o indivduo que gerenciava grandes projetos, mas no corria muitos riscos, geralmente eram membros dos governos. um tpico empreendedor desta fase o clrigo que era encarregado de obras como castelos e fortificaes. O autor afirma que no sculo XVII o empreendedor era a pessoas que fazia algum acordo com o governo para desempenhar um servio ou fornecer um produto, como o valor do contrato era fixo, os lucros e prejuzos eram totalmente do empreendedor.
11
CANTILLON apud HISRICH e PETERS (2004,p.29) desenvolveu umas das primeiras teorias do empreender pois observando que os comerciantes e outros proprietrios compram a um preo certo e vendem a um preo incerto, portanto operam com risco, ou seja para ele o empreendedor aquele que trabalha com e assume os riscos.
J o termo empreendedorismo pode ser considerado algo relativamente novo, que tem sido muito explorado neste sculo. No h, porm, um consenso entre os autores sobre a definio deste, uma vez que, segundo HISRICH, PETERS e SHEPHERD (2004, p. 30), existem empreendedores em todas as reas e, desta forma, cada um v empreendedorismo sob seu prisma. HISRICH, PETERS e SHEPHERD (2004), definem empreendedorismo como:
Empreendedorismo o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforo necessrios, assumindo os riscos financeiros, psquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfao e da independncia financeira e pessoal.
Outro conceito complementar de empreendedorismo apresentado por DORNELAS (2003, p.35), o qual afirma que o mesmo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situao atual e buscar, de forma incessante, novas oportunidades de negcio, tendo como foco a ino-vao e a criao de valor. Essa criao de valor ocorre pelos empreendedores, geralmente, criarem algo novo, onde no havia nada antes; valor esse que criado dentro das empresas e do mercado. (MORRIS e KuRATKO (2002) apud DORNELAS, 2004)
1.4. O EMPREENDEDOR: CONCEITO E CARACTERSTICAS
DOLABELA (1999) afirma que duas correntes principais tendem a conter elementos comuns a maioria das definies existentes. So as dos economistas que associaram o em-preendedor a inovao e a tolerncia a riscos e os comportamentalistas que enfatizam aspec-tos atitudinais como a criatividade e a intuio.
DOLABELA (1999) define que o empreendedor uma pessoa que compra uma em-presa e introduz inovaes, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir seja na forma de fazer propaganda dos seus produtos e/ou servios, agregando no-vos valores. Para FILION (1999) um empreendedor uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza vises, alm de ser uma pessoa criativa marcada pela capacidade de planejar e alcanar metas, mantendo a mente sempre atenta, dessa forma continua sempre a aprender a respeito de novas oportunidades de negcio. DEGEN (1989) ressalta ser raro os traos de personalidade e comportamento que impulsionam a concretizao de novas ideias, no entan-to afirma que as pessoas que tem vontade de criar, realizar, se destacam independente da rea de atuao fazendo com que as coisas realmente aconteam.
As caractersticas empreendedoras podem ser adquiridas e desenvolvidas. O em-preendedor deve identificar as caractersticas que exigir seu trabalho e se adequar a elas. DOLABELA (1999) ressalta que o empreendedor no fruto de herana gentica e por isso possvel que as pessoas aprendam a ser empreendedora, no em um sistema tradicional, mas sim em um sistema de aprendizagem especfico e singular.
12
As mudanas pessoais no desenvolvimento do empreendedor devem ocorrer em qua-tro esferas: Comportamental; Gerencial; Tcnica; Cultural. Os empreendedores normalmente apresentam as seguintes caractersticas: Energia; Autoconfiana; Objetivos de longo prazo; Tenacidade; Fixao de metas; Assumir riscos moderados; Atitude positiva diante do fracasso; utilizao do feedback sobre o seu comportamento; Iniciativa; Saber buscar e utilizar recur-sos; No aceitar padres impostos; Tolerncia ambiguidade e incerteza.
De acordo com DORNELAS (2001) os empreendedores possuem ainda habilidades: Tcnicas: saber escrever, capaz de ouvir as pessoas e captar informaes, bom orador, saber liderar e trabalhar em equipe. Ter experincia na rea de atuao; Gerenciais: Administrao de marketing, finanas, produo, estratgia, tomada de deciso, negociao; Pessoais: dis-ciplina, persistncia, assumir riscos, inovador, orientado para mudanas,visionrio.
13
Unidade 2 2. A ARQUITETURA DE UM COMPUTADOR
O computador uma mquina composta por dispositivos eletrnicos que so projeta-dos para receber dados, realizar clculos, processar informaes, executar decises lgicas e exibir as informaes processadas. Os dispositivos fsicos que compem um computador so chamados de Hardware (Exemplo: Placa Me, Processador, Discos e Memria) e os progra-mas executados so denominados Software (Exemplo: Sistema Operacional, Editor de Texto, Navegadores, entre outros). A arquitetura geral dos computadores compreende unidades ou sees conforme mostram a figura 01:
Figura 01: Arquitetura Geral do Computador
Entrada e Sada: Estes dispositivos, denominados Perifricos, possibilitam a entra-da de dados no computador para o processamento (Entrada) ou exibem as informaes pro-cessadas e armazenadas pelo computador (Sada). A seguir esto descritos e exemplificados os principais tipos de perifricos.
Teclado Mouse Webcam Scanner Leitor de barras Leitor DigitalFigura 02: Exemplos de Perifricos de Entrada
Impressora Monitor Plotter Caixa de Som Projetor Fone de ouvidoFigura 03: Exemplos de Perifrico de Sada
14
Armazenamento: So dispositivos que tem como finalidade armazenar as informa-es processados pelo computador. Os dispositivos de armazenamento so classificados como memria interna ou principal e memria externa ou auxiliar.
A memria interna, definida como RAM (random access Memory), armazena as infor-maes que esto sendo inseridas e processadas pelo usurio durante o uso do computador, as informaes contidas nessa memria so perdidas ao desligar o computador. A memria externa armazena as informaes do usurio de forma permanente para posterior leitura, al-terao ou processamento. Alguns exemplos de memrias secundrias ou externas so: HD (Hard-Disc), Pen-Drive, DVD, CD, etc..
Figura 04: Memria Interna / Principal (RAM)
Figura 05: Exemplos de Memrias Externas / Auxiliares
Processamento: A Unidade Central de Processamento ou CPU (Central Proces-sing Unit) composta por diversos componentes que realizam todo o rocessamento (compa-raes, clculos, decises lgicas, entre outros) das informaes e realiza a interligao entre todos os dispositivos do computador (perifricos de entrada, sada, memrias e processador).
Processador: Principal componente do computador que executa todo o processa-mento das informaes. O processador define a velocidade de processamento do computador e executa clculos, comparaes, decises lgicas, comparaes, etc..
Figura 06: Microprocessadores
Placa Me ou Motherboard: Componente responsvel por interligar todos os com-ponentes. A figura 7 exibe as principais conexes da placa me para os perifricos, placas, memrias e processador.
15
Figura 7: Esquema da Placa Me
Figura 8: Principais Conexes da Placa Me
16
Barramentos e Slots: Barramentos so as linhas de comunicao da placa me que realizam a comunicao entre os dispositivos conectados. A conexo dos dispositivos (peri-fricos, memrias, processadores, entre outros) nos barramentos da placa me realizado atravs dos Slots. Atualmente h diversos modelos de Barramentos/Slots, entre eles: PCI, PCMCIA e USB.
Figura 09: Barramentos
Figura 10: Tipos de Slots
Gabinete: Estrutura metlica composta por uma fonte de alimentao de energia para os componentes embutidos no gabinete (CPU, HD, entre outros). Os modelos de gabinetes mais utilizados so: Torre, Mini Torre, Mesa/Desktop.
Figura 11: Exemplos de Gabinetes
17
Unidade 33. REDES DE COMPUTADORES (ESTRUTURA FSICA)
Rede de computadores uma estrutura composta por hardware (equipamentos) e softwares (programas) que permite a comunicao e compartilhamento de informaes entre dois ou mais computadores atravs de um sistema de comunicao. O sistema de comuni-cao o modelo que descreve como os computadores esto interligados e as regras que organizam o trfego das informaes.
Figura 12: Esquema de uma Rede de Computadores
Dentre os principais objetivos e vantagens das Redes de Computadores, destacam-se:
Compartilhamento de recursos: tornar acessveis a cada computador da rede os dados e dispositivos que existem dentro da organizao. Assim, impressoras, unidades de CD-rOM, discos, conexes a outras redes podem ser utilizados por todos os computadores da rede;
Aumento da confiabilidade: pode-se, por exemplo, ter multiplicados os arquivos em duas ou mais mquinas para que, em caso de defeito de uma delas, cpias dos arquivos continuem acessveis em outras mquinas. Alm disso, o sistema pode continuar operando em caso de defeito em um computador, pois outra mquina pode assumir a sua tarefa. A con-tinuidade de funcionamento de um sistema ponto importante para um grande nmero de aplicaes, como: aplicaes militares, bancrias, etc..
Reduo de custos: computadores de pequeno porte apresentam uma relao pre-o/desempenho melhores que os grandes. Assim, sistemas que utilizariam apenas uma m-quina de grande porte e de custo muito elevado podem ser concebidos base da utilizao de um grande nmero de microcomputadores (ou estaes de trabalho), manipulando dados presentes em um ou mais servidores de arquivos. Alm disto, os computadores pessoais, em
18
sua maioria so de arquitetura aberta, possibilitando a escolha de diversos fornecedores de hardware, software, treinamento e suporte tcnico;
Reduo da redundncia de dados: No compartilhamento de recursos eliminada a duplicidade da mesma informao em diversos computadores. Por exemplo, evitaria que uma planilha para controle de estoque, utilizada por vrios funcionrios, estivesse com verses diferentes, em mquinas diferentes.
3.1 CLASSIFICAO DAS REDES DE COMPUTADORES
As redes de computadores podem ser classificadas quanto a sua abrangncia geo-grfica. Os tipos de redes de computadores quanto a sua abrangncia geogrfica so PAN, LAN, MAN e WAN.
Redes Locais Redes Metropolitanas Redes de Longa distnciaPequena extenso geogrfica.Meio fsico proprietrio (no compartilhado com outras organizaes).Menores taxas de erros.Taxas constantes de transmisso.
Mdia extenso geogrfica.Normalmente, utilizadas por empresas com vrias sedes em uma mesma cidade.Utilizam-se de links de rdio ou fibras pticas.Normalmente ligam diversas redes locais.Meio fsico proprietrio ou compartilhado. taxas de transmisso variveis (dependendo do meio fsico)
Grandes extenso geogrfica.Servios pblicos de comunicao.Meio fsico no proprietrio (compartilhado com vrias orga-nizaes).Maiores taxas de erros de trans-misso.Taxas variveis de transmisso (variando de alguns Kbytes/s at a Gbytes/s
Tabela 01: Tipos de Redes quanto a Abrangncia Geogrfica
PAN Personal Area Network: Rede de rea Pessoal que permite a conexo de vrios dispositivos em uma rea geogrfica muito pequena (dezena de metros).
Figura 13: Rede Pessoal de Computadores
19
LAN Local Area Network: Redes de reas Locais permitem a conexo de vrios computadores em uma rea geogrfica relativamente pequena para troca de arquivos, men-sagens e compartilhamento de recursos (impressora, internet, etc.);
Figura 14: Rede Local de Computadores
MAN Metropolitan Area Network: Redes de reas Metropolitanas permitem a co-nexo de vrios computadores ou interligam redes locais em uma rea geogrfica que com-preende redes localizadas em localidades, cidades ou estados diferentes;
Figura 15: Rede Metropolitana de Computadores
WAN Wide Area Networks: Redes de reas Amplas interconectam computadores ou redes de computadores localizados em reas geogrficas distantes. A Internet um exem-plo de redes de computadores do tipo WAN.
Figura 16: Rede Ampla (Mundial) de Computadores
20
Outra classificao para as Redes de Computadores quanto ao modelo de co-municao utilizado (Topologia). Os tipos de redes quanto a sua topologia so:
Redes ponto-a-ponto: Rede estruturada com apenas dois pontos de comunica-o. Quando dois computadores que no esto diretamente conectados desejam se co-municar fazem de modo indireto enviando a mensagem por meio de um terceiro compu-tador ligado a rede. A mensagem recebida integralmente pelo computador intermedirio que retransmite ao prximo computador;
Redes multiponto ou de difuso: Todos os computadores ligados nesta topolo-gia de rede compartilham um nico canal de comunicao. Uma mensagem enviada por um computador e recebida por todos os demais conectados na rede, sendo usado um en-dereo na mensagem para identificar o destinatrio. As redes locais pertencem geralmen-te a esse tipo de redes. Alguns tipos de topologias de redes de difuso so o barramento, o satlite e o anel.
Ponto-a-ponto Multiponto ou Difuso
Figura 17: Topologia de Redes de Computadores
As topologias de rede definem a organizao dos dispositivos de rede. Essas topo-logias podem ser ordenadas de maneira fsica (como os computadores esto conectados fisicamente) ou lgica (forma como os equipamentos compartilham o meio fsico comum). uma rede pode utilizar topologias diferentes na sua organizao fsica e lgica. Por exemplo, atualmente as topologias de barramento e anel so organizadas, de modo geral, fisicamente como uma estrela.
3.2 COMUNICAO DE DADOS/MENSAGENS
A comunicao utilizada pelas redes de computadores classificada quanto ao seu tipo, forma ou sentido da transmisso das mensagens enviadas entre os computadores inter-ligados em uma rede. As classificaes so explicitadas nas figuras 18 e 19:
21
Figura 18: Tipos de Comunicao
Comunicao Unidirecional (simplex): H fluxo de informaes em um nico sentido.
Comunicao Bidirecional Alternada (Hall-Suplex): H um fluxo de informaes em am-bos os sentidos, mas no ao mesmo tempo.
22
Comunicao Bidirecional Simultnea (Full-Duplex): H um fluxo de informaes em ambos os sentidos simultaneamente.
Transmisso Paralela: Na transmisso pa-ralela, os bits que compem um carcter so transportados de forma simultnea, cada um possuindo seu prprio canal.
Transmisso Serial: Na transmisso serial, os bits que compem um carcter so trans-portados um aps o outro, utilizando apenas um canal.
Figura 19: Forma de Comunicao.
3.3 MEIOS DE TRANSMISSO
Os meios de transmisso so os meios fsicos que transportam as informaes
entre os computadores conectados em uma rede. Os meios de transmisso mais utilizados atualmente so:
Cabo de Par Tranado: O cabo de par tranado (tambm chamado de uTP Un-shielded twisted Pair) baseada na tecnologia de cabos comuns de telefone sendo uma das tecnologias mais utilizadas como meio de transmisso. So necessrios equipamentos adicio-nais (hub, switch, roteadores, etc.) para a elaborao de uma rede de computadores utilizando o cabo de par tranado.
Figura 20: Cabo de Par Tranado
23
Cabo de Par Tranado
Vantagens Desvantagens Tecnologia bem difundida com vrios forne-cedores para cada componente adicional;
Falha localizada: uma falha afeta somente os computadores conectados ao componen-te que falhou. Exemplo: uma falha no cabo entre o hub e o computador afeta somente o computador;
Meio barato: o par tranado e os conectores so de baixo custo;
Possibilita construir redes hierrquicas de nvel mdio para isolar trfego e falhas;
Escalvel para ambientes de redes maio-res, ou seja, possvel conectar novos hubs/switchs rede existente;
Fcil para adicionar um novo computador basta simplesmente conect-lo no hub mais prximo.
Componentes adicionais como hub e/ou switchs so necessrios;
Componentes adicionais, os quais devem ter manuteno e ser monitorados periodica-mente, so necessrios;
O meio muito susceptvel a rudos de in-terferncia;
Limitado a curtas distncias. (mx. 100 metros).
Tabela 02: Cabo de Par Tranado (Vantagens / Desvantagens)
Fibra ptica: A transmisso em fibra ptica realizada pelo envio de um sinal de luz modulado, atravs de um cabo tico. O cabo consiste de um filamento de slica ou plstico, por onde feita a transmisso de luz. Ao redor do filamento existe outra substncia de baixo ndice de refrao, que faz com que os raios sejam refletidos internamente, minimizando, assim, as perdas de transmisso. A fibra ptica imune interferncia eletromagntica e a rudos, e por no irradiar luz para fora do cabo ela permite um isolamento completo entre o transmissor e o receptor.
Figura 21: Cabo de Fibra ptica
Fibra ptica
Vantagens Desvantagens Capacidade de suportar altssima taxa de transmisso;
No sofre interferncias eletromagnticas;
Possibilidade de ser usada para ligar longas distncias.
Custo elevado;
Necessidade de conhecimento elevado para instalao e conexo dos dispositivos;
Necessidade de equipamentos especiais para interconexo.
Tabela 03: Fibra ptica (Vantagens/Desvantagens)
24
3.4 REDES SEM FIO (WireleSS NetWOrkS)
As redes sem fio (WLANs) suportam as mesmas funcionalidades que as redes com meio de transmisso a fio, mas utilizam a tecnologia de transmisso baseada em ondas. Os meios transmisso de dados das redes sem fio so: radiodifuso, micro ondas, infravermelho e laser.
Figura 22: Rede sem Fio (Wireless)
3.5 EQuIPAMENTOS DE REDE DE COMPuTADORES
A instalao de uma rede de computadores envolve um conjunto de equipamentos especficos conforme a tecnologia e topologia de rede a ser estruturada. A seguir sero expla-nados os principais equipamentos utilizados por uma rede de computadores.
Placa de Rede: A placa de rede (tambm denominada como adaptador de rede) o hardware que controla todo o envio e recepo de dados entre computadores conectados em uma rede.
Figura 23: Placa de Rede
HUB: O HuB um dispositivo que tem a funo de interligar diversos computadores (atravs de portas) em uma LAN (rede local). O HuB recebe dados vindos de um computador e os transmite a todos os computadores conectados na rede. No momento em que isso ocor-re, nenhum outro computador consegue enviar outra informao pois a transmisso de uma nova informao ocorre aps a informao anterior ter sido completamente distribudo a todos
25
os computadores da rede. A quantidade de portas, ou seja, entradas para conectar compu-tadores na rede variam entre 8, 16, 24 e 32 portas conforme o modelo. Este equipamento recomendado para redes pequenas e/ou domsticas com poucos computadores.
Figura 24: Dispositivo de Rede (HuB)
Switch: O Switch um equipamento com funo similar ao HuB, mas sua tecnologia envia informaes de maneira mais eficiente, pois os dados transmitidos pelo computador de origem so enviados somente ao computador destino, no a todos os computadores da rede como o HuB faz. Dessa forma o trfego de informaes fica reduzido aumentando o desem-penho da rede. Essa caracterstica do Switch tambm diminui a ocorrncia de erros.
Figura 25: Dispositivo de Rede (Switch)
Roteadores: O roteador (em ingls router) o dispositivo de rede que permite a interconexo de redes de computadores permitindo a comunicao de dados entre compu-tadores conectados em redes distintas. O roteador possui uma programao que analise os dados da rede e define a melhor rota para a comunicao de dados.
Figura 26: Dispositivo de Rede (Roteador)
26
3.6 EQuIPAMENTOS DE REDE SEM FIO
Placa de Rede Wireless: A placa de rede wireless o hardware que permite a cone-xo sem fio entre computadores de uma rede controlando o envio e recepo de dados.
Figura 27: Dispositivo de Rede sem Fio (Placa de Rede Wireless)
Access Point: O Access Point (ou ponto de acesso) tem a mesma finalidade do HuB em redes com fio mas por ser conexo sem fio no h limite de computadores conectados na rede entretanto o desempenho da transmisso de dados do access Point decai com o acrs-cimo de computadores conectados na rede. Devido a tecnologia sem fio h fatores que inter-ferem na propagao do sinal, entre eles: paredes, portas, fluxo de pessoas, enfim qualquer obstculo localizado entre o computador e o ponto de acesso.
Figura 28: Dispositivo de Rede sem fio (access Point)
Roteador Wireless: O roteador wireless tem a mesma finalidade do roteador em re-des com fio entretanto utilizando a tecnologia de transmisso de dados via onda (wireless).
Figura 29: Dispositivo de Rede sem fio (Roteador Wireless)
27
3.7 FERRAMENTAS PARA REDES DE COMPUTADORES
Existem ferramentas utilizadas para a instalao, reparo e testes em redes de compu-tadores. A seguir so apresentadas algumas ferramentas teis para essa atividade.
Alicate de Crimpagem: Alicate multiuso utilizado para crimpar cabo par tranado de redes de computadores. O termo crimpar significa preparar um cabo de par tranado para conectar dispositivos em uma rede.
Figura 30: Alicate de Crimpagem
Punch Down: Alicate fixador muito til que conecta cabos de redes em RJ-45 fmea.
Figura 31: Alicate Puch Down (RJ - 45 Fmea)
Estador de cabo: O testador de cabos confere a transmisso de informaes nos cabos de par tranado e conectores RJ-45 para redes de computadores ou telefonia RJ-11/12. Efetua testes de transmisso e recepo de sinal desde o ponto do usurio (espelho/caixa de superfcie) at hub/switch ou rack (patch panel). Verifica tambm se os cabos esto conectados de forma correta e a sua polarizaro. Um visor aponta se o cabo testado apre-sentar algum erro.
Figura 32: Testador de Cabo
28
Unidade 44. REDES DE COMPUTADORES (ESTRUTURA LGICA)
A implantao de uma rede de computadores compreende, alm da estruturao da parte fsica, a instalao e configurao da parte lgica (software). Os conceitos e recursos inerentes a parte lgica de uma rede de computadores so detalhados neste captulo.
4.1 PROTOCOLOS
Para que as informaes trafeguem em uma rede de computadores importante que todos os dispositivos usem a mesma linguagem ou protocolo. um protocolo um conjunto de regras que torna compatvel e eficiente a comunicao entre computadores de uma rede. Outra definio de protocolo de comunicaes : um conjunto de regras ou padres que de-terminam o formato e a transmisso das informaes.
Visando a compatibilidade da comunicao entre os dispositivos de redes produzidos por fabricantes diferentes, a ISO (international Organization for Standardization) realizou uma pesquisa e descreveu o modelo OSI (Open Systems interconnection). O modelo OSI estru-turado em camadas e apresenta um conjunto de regras aplicveis a todas as redes.
Figura 33: Camadas do Protocolo OSI
Apesar do reconhecimento universal do modelo OSI, h outros modelos de protocolo de comunicao utilizados, entre eles: NETBEuI, IPX\SPX e TCP/IP. O modelo de protoco-lo mais utilizado para estruturao lgica de uma rede de computadores e o mais utilizado tambm na Internet o TCP/IP - transmission Control Protocol/internet Protocol. O TCP/IP um conjunto de protocolos para a comunicao entre computadores para que compartilhem recursos atravs de uma rede. A arquitetura TCP/IP surgiu com a criao de uma rede patro-cinada pelo Departamento de Defesa do governo dos uSA, a sua tarefa era manter os rgos do governo e universidades comunicados contra catstrofes que afetassem aquele pas. O
29
conjunto de protocolos TCP/IP dividido em quatro camadas: aplicao, transporte, rede e enlace ou interface de rede. O TCP/IP no especifica a camada fsica, pois ele executa sobre qualquer meio fsico disponvel atualmente (cabo, fibra ou redes sem fio).
Figura 34: Camadas do Protocolo TCP/IP
4.2 ENDEREAMENTO IP
Os computadores de uma rede estruturada atravs do protocolo TCP/IP recebem um endereo nico que o identifica na rede, o endereo IP. um endereo IP composto por uma sequncia de 4 nmeros decimais separados por pontos. Cada sequncia, denominada oc-teto, permite 256 combinaes diferentes que so representadas pelos nmeros de 0 a 255. Os dois primeiros octetos identificam a rede e os dois ltimos identificam o dispositivo (host).
Figura 35: Exemplo de Endereamento IP
O endereamento IP possui cinco classes sendo que somente trs so utilizadas para definir endereamento. Cada classe reserva um nmero diferente de octetos para o endere-amento da rede.
Classe Endereo IP MscaraA 1.0.0.0 at 127.255.255.255 255.0.0.0B 128.0.0.0 at 191.255.255.255 255.255.0.0C 192.0.0.0 at 223.255.255.255 255.255.255.0
Tabela 04: Classes de Endereamento IP
30
A quantidade de dispositivos conectados em uma rede TCP/IP define qual classe de endereos mais adequada. A classe C permite enderear 254 dispositivos na rede. A classe B possibilita enderear at 65.534 dispositivos e a classe A oferece uma gama de 16.777.214 de endereos.
Classe A 105.216.56.185 45.210.173.98 124.186.45.190 89.42.140.202 34.76.104.205 98.65.708.46Classe B 134.65.108.207 189.218.34.100 156.23.219.45 167.45.208.99 131.22.209.198 190.22.107.34Classe c 222.45.198.205 196.45.32.145 218.23.108.45 212.23.187.98 220.209.198.56 198.54.89.3
Tabela 05: Exemplos de Endereos IP vlidos
4.3 MSCARA DE SUB-REDES
A mscara de sub-rede o recurso que diferencia a diviso dos octetos no endereo IP para identificao da rede e identificao do dispositivo. A mscara de sub-rede utiliza o mesmo formato numrico do endereo IP. Todas as classes de endereos IP possuem uma mscara de sub-rede padro. Para a classe A 255.0.0.0 e para a classe C 255.255.255.0.
Figura 36: Mscaras de Sub-Rede
31
Unidade 55. TUTORIAIS
5.1 TUTORIAL 1 MONTAGEM DE UM CABO DE PAR TRANADO
Materiais Necessrios:
Cabo de Par Tranado;
Alicate de Crimpagem;
2 conectores modelo RJ-45.
Figura 37: Materiais utilizados na montagem de um cabo de par traado.
PASSO 1 SEQuNCIA DOS FIOS
Para o correto funcionamento dos cabos de par traado deve ser observada a sequncia de cores dos fios. H dois padres que podem ser adotados o EIA/TIA 568A e EIA/TIA 568B.
Figura 38: Padres para Cabo de Par Tranado.
PASSO 2 TIPOS DE CABOS
Defina o tipo de cabo que ser feito. H dois tipos: Cabo Direto e o Crossover.
Cabo Direto: Cabos utilizados para conectar os computadores aos dispositivos de rede (HuB, Switch ou ROTEADOR). Neste tipo as pontas devem ser feitas no mesmo padro para toda a rede.
32
Cabo Crossover: Cabos utilizados para conectar computadores diretamente, sem a necessidade de uma conexo com um dispositivo de rede (HuB, Switch ou ROTEADOR). No cabo crossover uma ponta utiliza o padro EIA/TIA 568A e outra o EIA/TIA 568B. Em alguns casos, o padro de uma delas foge de um desses dois. Isso ser explicado logo abaixo. Estes cabos tambm so utilizados para conexo direta de HuB ou Switch.
PASSO 3 PREPARAR O CABO (RETIRAR A CAPA PROTETORA)
Prepare as pontas do cabo retirando a capa que protege os fios. Para retirar a capa basta encaixar o cabo nas lminas de decapagem e gire o alicate at que a capa seja cortada. Tenha cautela ao realizar este procedimento pois se utilizar muita fora ir cortas o fios do cabo. Caso isso ocorra corte o pedao do cabo danificado e reinicie o processo.
Figura 39: Partes do Alicate de Crimpagem
PASSO 4 PREPARAR O CABO (ORDENAR OS FIOS POR CORES)
Os cabos coloridos esto organizados em pares, separe-os e estique-os para facilitar o manuseio. Organize os fios conforme o tipo de cabo que deseja montar.
Figura 40: Preparo do cabo por cores
PASSO 5 PREPARAR O CABO (PREPARAR OS FIOS)
utilizando a lmina de corte do alicate de crimpar apares os fios de maneira bem ali-nhada. Aps o corte insira-os no conector RJ-45.
33
Figura 41: Separao dos cabos para Crimpagem
PASSO 6 CONECTAR OS FIOS
Observe que os fios coloridos no podem ficar externos ao conector. A capa protetora do cabo deve ficar interna at aproximadamente a metade do conector RJ-45. Se isso no ocorrer, diminua o tamanho dos fios internos. Certifique-se de que todos os fios coloridos es-to conectados nas placas douradas do conector. Caso os fios no fiquem conectados corre-tamente os dados no sero devidamente transmitidos.
Figura 42: Modo de conectar os fios ao conector
PASSO 7 FIXAR O CONECTOR RJ-45
Encaixe o conector RJ-45 na cava especfica do alicate de crimpar e pressione o alica-te com fora para que as travas metlicas encostem-se aos fios coloridos. Aps isso, analise o conector e verifique se todas as travas esto abaixadas. Caso alguma no esteja devidamente abaixada, repita o processo.
34
Figura 43: Crimpagem no Alicate, cabo conectado corretamente.
5.2 TUTORIAL 2 INSTALANDO UMA PLACA DE REDE
Materiais Necessrios:
Computador com Sistema Operacional (Windows);
Placa de Rede (ethernet ou Wireless);
Chave de Fenda.
Figura 44: Materiais utilizados para a instalao de uma placa de rede.
PASSO 1 ABRINDO O G ABINETE
Desligue o computador e retire da tomada o cabo de energia. Desconecte todos os cabos conectados ao gabinete do computador. Abra o gabinete do computador e identifique o slot PCI livre para conectar a placa de rede. Faa a limpeza da placa de rede e do slot para retirada de poeira e resduos que possa prejudicar o equipamento.
Figura 45: Abrindo Gabinete
PASSO 2 INSTALANDO A PLACA DE REDE
Encaixe a placa de rede no slot PCI com firmeza. Cuidado no utilize muita fora para no danificar os contatos da placa de rede e da placa me. Aps a conexo da placa de rede fixe o parafuso que prende a placa no gabinete.
35
Figura 46: Instalando a placa de rede.
PASSO 3 INSTALAR O DriVer DA PLACA DE REDE
Conecte todos os cabos no gabinete do computador e ligue o computador. acesse o Sistema Operacional Windows. Caso a placa de rede utilizar a tecnologia plug and play, o Win-dows instalar automaticamente o driver. Caso a instalao no acontea automaticamente ser necessrio o CD de instalao da placa de rede e o CD de instalao do Windows pode ser solicitado. 5.3 TuTORIAL 3 CONFIGuRAR REDE LGICA (TCP/IP)
Materiais Necessrios:
Computador com Sistema Operacional (Windows 7);
Placa de Rede (ethernet ou Wireless) instalada;
PASSO 1 aCeSSE O PAINEL DE CONTROLE DO WiNDOWS
Figura 47: acesso do painel de controle do Windows
36
PASSO 2 aCeSSE A CENTRAL DE REDE E COMPARTILHAMENTO
Figura 48: acesso a central de rede e compartilhamento
PASSO 3 SELECIONE ALTERAR CONFIGURAES DO ADAPTADOR
Figura 49: Alterar configurao do adaptador
PASSO 4 aCeSSE AS PROPRIEDADES (BOTO DIREITO DO MOUSe) DO ADAPTA-DOR DE REDE
Figura 50: Propriedades do adaptador de rede
37
PASSO 5 SELECIONE PROTOCOLO TCP/IP VERO 4 E CLIQuE EM PROPRIEDADES
Figura 51: Seleo de propriedades do protocolo TCP/IP
PASSO 6 DEFINA O ENDEREO IP E A MSCARA DE SUB-REDE.
Figura 52: Configurar endereo IP e mscara de sub-rede.
38
Unidade 6ATIVIDADES
ExERCCIO 1 TICA NA VIDA PROFISSIONAL
Discuta e reflita com os alunos a seguinte situao:
Seu irmo sofre de diabetes em uma de suas crises, a insulina estava em falta nas farm-cias, e ele corria risco de vida. A legislao probe que se compre insulina de atravessadores. O que voc faria?
ExERCCIO 2 MArketiNg PESSOAL
ETAPA 1: Cada aluno devera Elaborar seu Currculo Vitae. Leve-os ao laboratrio de inform-
tica para que o mesmo possa elabor-lo. Imprima-o.
ETAPA 2: Faa uma simulao de entrevista de emprego com alguns alunos sorteados. Aps as entrevistas discuta os pontos positivos e negativos em sala.
ExERCCIO 3 EMPREENDEDORISMO
Capacidade de pensar diferente. Desenhe no mais que 4 linhas retas (sem tirar o lpis do papel) de modo que todos os pontos sejam cruzados por pelo menos uma linha.
ExERCCIO 4 PERFIL EMPREENDEDOR
Flexibilidade e Criatividade com Competncia
Este no um teste cientfico, mas trabalha o auto-conhecimento.
Responda as 10 questes abaixo com sinceridade sobre seus hbitos profissionais.
1. Quando trabalho numa tarefa, eu tendo a ...A) Fazer toda a tarefa com um nvel consistente de trabalho.B) Alternar momentos de maior ou menor energia em determinados momentos.
2. Se h um problema, eu usualmente ...
A) Sou um dos que apresenta muitas solues, algumas no convencionais.
B) Apresento uma ou duas solues consistentes que sero normalmente aceitas pelas pessoas
3. Quanto mantenho registros, eu tendo a ...
A) Ser muito cuidadoso com a documentao dos projetos.
B) Ser um pouco desleixado, deixando a documentao para depois.
39
4. Em reunies, geralmente sou visto como ...
A) Algum que mantm o grupo funcionando bem e em ordem.
B) uma pessoa que desafia ideias e a autoridade.
5. Meu estilo de pensamento poderia ser mais apropriadamente descrito como ...
A) Pensamento linear, indo de A para C para C.
B) Um gafanhoto, pulando de uma ideia para outra.
6. Se tenho que liderar um projeto ou grupo ...
A) Parto da ideia geral e deixo as pessoas descobrirem como fazer as tarefas.
B) eu tento estabelecer objetivos, cronogramas e resultados esperados.
7. Se existem regras a serem seguidas, eu ...
A) Geralmente as sigo.
B) Tendo a questionar se tais regras so aplicveis ou no.
8. Eu gosto de estar prximo a pessoas ...
A) Inteligentes, estveis e slidas.
B) Espertas, estimulantes e que mudam frequentemente.
9. No meu escritrio ou em casa, minhas coisas esto ...
A) Aqui e ali, em vrias pilhas.
B) Guardadas sistematicamente, ou pelo menos, em uma ordem razovel.
10. Eu geralmente entendo que a forma como as pessoas fizeram coisas no passado ...
A) Deve ter seu mrito reconhecido e provm de sabedoria acumulada.
B) Pode sempre ser melhorada.
ExERCCIO 5 ARQUITETURA DO COMPUTADOR
Observe um computador e identifique e descreva todos os componentes existentes nesta mquina.
ExERCCIO 6 ARQUITETURA DO COMPUTADOR
Sob a superviso do instrutor abra o gabinete de um computador, analise-o e descre-va em detalhes (modelo, marca, tipo, etc.) os componentes disponveis dentro do gabinete analisado.
ExERCCIO 7 CABO DE PAR TRANADO
Sob a superviso do instrutor monte um cabo de par tranado direto/paralelo e um crossover. Teste os cabos montados com o testador de cabos (caso tenha o equipamento disponvel).
40
ExERCCIO 8 PLACA DE REDE etHerNet
Sob a superviso do instrutor instale uma placa de rede ethernet em um computador com o Sistema Operacional Windows e, se disponvel, em um Computador com o Sistema Operacional linux.
ExERCCIO 9 PLACA DE REDE WireleSS
Sob a superviso do instrutor instale uma placa de rede wireless em um computador com o Sistema Operacional Windows e, se disponvel, em um Computador com o Sistema Operacional linux.
ExERCCIO 10 REDE DE REA LOCAL (LAN)
Sob a superviso do instrutor monte um cabo de par tranado crossover e configu-re uma rede local conectando dois computadores. Troque arquivos entre os computadores conectados.
ExERCCIO 11 REDE DE REA LOCAL (LAN)
Sob a superviso do instrutor monte e configure uma rede com 4 computadores utili-zando cabo de par tranado e um dispositivo de rede (se disponvel). Compartilhe um recurso (HD, Impressora, etc.) de um computador e acesse o recurso compartilhado atravs dos de-mais computadores.
ExERCCIO 12 REDE DE REA LOCAL (LAN)
Sob a superviso do instrutor monte e configure uma rede com 4 computadores uti-lizando placas de redes wireless e um access point (se disponvel). Compartilhe um recurso (HD, Impressora, etc.) de um computador e acesse o recurso compartilhado atravs dos de-mais computadores.
ExERCCIO 13 REDE DE REA LOCAL (LAN)
O instrutor ir incluir um erro na estrutura fsica e lgica da rede local montada no exerccio 7. Detecte e corrija o erro.
ExERCCIO 14 REDE DE REA LOCAL (LAN)
O instrutor ir incluir um erro na estrutura fsica e lgica da rede local montada no exerccio 8. Detecte e corrija o erro.
41
Unidade 77. AuTO AVALIAO
Ao trmino do treinamento faa uma reflexo e anlise sobre seu aproveitamento deste con-tedo e responda o questionrio abaixo. A sua avaliao franca e honesta muito importante para que possveis melhorias sejam feitas. Marque um x nas perguntas e ao trmino desta-que esta folha e entregue ao instrutor.
Aluno(a):______________________________________________ Data: ___/____/_____
QuESTIONRIO DE AuTO AVALIAO
QuestesConcordo
PlenamenteConcordo
ParcialmenteDiscordo
ParcialmenteDiscordo
TotalmenteMostrei interesse e motivao pelo contedoUtilizei a apostila para atividades em sala de aulaEstudei a apostila extra sala de aulaFui disciplinado e bem comportadoFui cordial e educa-do com o instrutor e os colegas de salaConsegui acompa-nhar e assimilar o contedoConsegui resolver os exerccios pro-postosParticipei das aulas interagindo com o instrutor e colegas da salaFui Pontual e Com-pareci em todas as aulasTive cuidado e organizao com o material, carteira e cadeira.Sempre que tive dvidas perguntei ao instrutor
42
Quais foram os aspectos positivos da sua participao neste contedo?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Quais foram os aspectos negativos da sua participao neste contedo?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Gostaria de registrar algum comentrio ou sugesto?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
43
BIBLIOGRAFIA
Aprenda Tecnologia: O mundo da tecnologia de forma fcil e interativa. Disponvel em: http://conhecendotecnologia.blogspot.com/2010/11/redes-de-computadores.html. Acessado em 21/12/2011.
L.J. FILION, L.J.; F. DOLABELA. Boa idia! E agora? Plano de Negcio, o caminho seguro para criar e gerenciar sua empresa. So Paulo: Cultura Editores Associados, 2000.
Clube da Informtica: Seu guia de referncia na Internet. Disponvel em: http://www.clube-dainformatica.com.br/site/2008/06/01/o-que-e-um-projeto-de-redes-de-computadores-final/. Acessado em 22/12/2011.
Empreendedorismo Corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em or-ganizaes estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
Empreendedorismo Corporativo: Conceitos e aplicaes. Revista de negcios. Blumenau, v.9. n.2. p.81-90, Abril/Junho, 2004. Disponvel em: proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/article/down-load/289/276. Acessado em 20/12/2011.
HISRICH, R.D.; PETERS, M.P.; SHEPHERD, D.A. Empreendedorismo. 7 ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
DORNELAS, Jos Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negcios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
MOREIRA, Joaquim Maranho. tica Empresarial no Brasil. So Paulo, Ed. Pioneira.
VAZQuEZ, Adolfo Sanchez. tica. Rio de janeiro, Ed. Civilizao Brasileira.
Guia Pronatec de Cursos FIC 2011. Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica. Braslia: 2011.
Internet Rpida. Disponvel em: http://adsinternetrapida.blogspot.com/p/redes-lan-man-wan.html. Acessado em 20/12/2011.
iPhoneros. Disponvel em: http://iphoneros.com/2237/avances-en-la-liberacion-del-bluetooth--en-el-iphone-3g. Acessado em 22/12/2011.
VANCONCELOS, Laercio. Computao. Disponvel em: http://www.laercio.com.br/artigos/hardware/hard-020/hard-020.htm. Acessado em 22/12/2011.
M&S Manuteno e Suprimentos. Disponvel em: http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/segmento/cabos-de-fibra-otica/. Acessado em 22/12/2011.
Mundo Plano TP3. Disponvel em: http://mundoplanotp3uminho.pbworks.com/w/page/1851973/Banda%20Larga%20e%20Fibra%20%C3%93ptica. Acessado em 22/12/2011.
44
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Lusa. 2 ed. So Paulo: Editora de Cultura, 2006.
DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor. 6 ed. So Paulo: Cultura, 1999.
PPLWARE no comments. Disponvel em: http://pplware.sapo.pt/networking/lan-man-wan--pan-san-%E2%80%A6-sabe-a-diferenca/. Acessado em 21/12/2011.
Redes de Computadores. Diogo Roberto Olsen e Marcos Aurelio Pchek Laureano. Curitiba: 2010.
Sistemas de Informaes Gerenciais. Disponvel em:http://sisinfog.blogspot.com/2009/09/componentes-de-um-sistema-de-informa-cao.html. Acessado em 20/12/2011.
SuA PESQuISA. Conceito de tica. Disponvel em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/etica_conceito.htm. Acessado em 20/12/11.
Tecmundo. Disponvel em: http://www.tecmundo.com.br/. Acessado em 22/12/2011.
FORMAO INICIAL E CONTINUADA
EMPREENDEDORISMO
EMPREENDEDORISMO
rica Dias de Paula Santana e Ximena Novais de Morais
Os textos que compem estes cursos, no podem ser reproduzidos sem autorizao dos editores
Copyright by 2012 - Editora IFPR
IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARAN
Reitor
Prof. Irineu Mario Colombo
Pr-Reitor de Extenso, Pesquisa e Inovao
Silvestre Labiak Junior
Organizao
Marcos Jos Barros
Cristiane Ribeiro da Silva
Projeto Grfico e Diagramao
Leonardo Bettinelli
Introduo
Certamente voc j ouviu falar sobre empreendedorismo, mas ser que voc sabe
exatamente o que significa essa palavra, ser que voc possui as caractersticas necessrias
para tornar-se um empreendedor? Esse material busca responder essas e outras perguntas a
respeito desse tema que pode fazer a diferena na sua vida!
No dia 29 de dezembro de 2008 foi promulgada a Lei n 11.892 que cria a Rede Federal de
Cincia e Tecnologia. Uma das instituies que compe essa rede o Instituto Federal do
Paran, criado a partir da escola tcnica da Universidade Federal do Paran. Voc deve estar
se perguntando O que isso tem a ver com o empreendedorismo?, no mesmo? Pois tem
uma relao intrnseca: uma das finalidades desses instituies federais de ensino estimular o
empreendedorismo e o cooperativismo.
E como o IFPR vai estimular o empreendedorismo e o cooperativismo? Entendemos que a
promoo e o incentivo ao empreendedorismo deve ser tratado com dinamismo e versatilidade,
ou seja, esse um trabalho que no pode estagnar nunca. Uma das nossas aes, por
exemplo, a insero da disciplina de empreendedorismo no currculo dos cursos tcnicos
integrados e subsequentes, onde os alunos tem a oportunidade de aprender conceitos bsicos
sobre empreendedorismo e os primeiros passos necessrios para dar incio a um
empreendimento na rea pessoal, social ou no mercado privado.
Neste material, que servir como apoio para a disciplina de empreendedorismo e para
cursos ministrados pelo IFPR por programas federais foi desenvolvida de forma didtica e
divertida. Aqui vamos acompanhar a vida da famlia Bonfim, uma famlia como qualquer outra
que j conhecemos! Apesar de ser composta por pessoas com caractersticas muito diversas
entre si, os membros dessa famlia possuem algo em comum: todos esto prestes a iniciar um
empreendimento diferente em suas vidas. Vamos acompanhar suas dvidas, dificuldades e
anseios na estruturao de seus projetos e atravs deles buscaremos salientar questes
bastante comuns relacionadas ao tema de empreendedorismo.
As dvidas desta famlia podem ser suas dvidas tambm, temos certeza que voc vai se
Anotaes
identificar com algum integrante! Embarque nessa conosco, vamos conhecer um pouco mais
sobre a famlia Bonfim e sobre empreendedorismo, tema esse cada vez mais presente na vida
dos brasileiros!
Sumrio
HISTRIA DO EMPREENDEDORISMO..........................................................................................................7
TRAANDO O PERFIL EMPREENDEDOR.....................................................................................................8
PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES ...............................................................................12
ANLISE DE MERCADO ...............................................................................................................................14
PLANO DE MARKETING ...............................................................................................................................15
PLANO OPERACIONAL ................................................................................................................................17
PLANO FINANCEIRO....................................................................................................................................18
EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITRIO .................................................................................21
INTRAEMPREENDEDORISMO ....................................................................................................................23
REFERNCIAS .............................................................................................................................................25
Anotaes
HISTRIA DO EMPREENDEDORISMO
Antes de apresent-los a famlia Bonfim, vamos conhecer um pouco da histria do
empreendedorismo?
Voc deve conhecer uma pessoa extremamente determinada, que depois de enfrentar
muitas dificuldades conseguiu alcanar um objetivo. Quando estudamos a histria do Brasil e
do mundo frequentemente nos deparamos com histrias de superao humana e tecnolgica.
Pessoas empreendedoras sempre existiram, mas no eram definidas com esse termo.
Os primeiros registros da utilizao da palavra empreendedor datam dos sculos XVII e
XVIII. O termo era utilizado para definir pessoas que tinham como caracterstica a ousadia e a
capacidade de realizar movimentos financeiros com o propsito de estimular o crescimento
econmico por intermdio de atitudes criativas.
Joseph Schumpeter, um dos economistas mais importantes do sculo XX, define o
empreendedor como uma pessoas verstil, que possui as habilidades tcnicas para produzir e
a capacidade de capitalizar ao reunir recursos financeiros, organizar operaes internas e
realizar vendas.
notvel que o desenvolvimento econmico e social de uma pas se d atravs de
empreendedores. So os empreendedores os indivduos capazes de identificar e criar oportuni-
dades e transformar ideias criativas em negcios lucrativos e solues e projetos inovadores
para questes sociais e comunitrias.
O movimento empreendedor comeou a ganhar fora no Brasil durante a abertura de
mercado que transcorreu na dcada de 90. A importao de uma variedade cada vez maior de
produtos provocou uma significativa mudana na economia e as empresas brasileiras precisa-
ram se reestruturar para manterem-se competitivas. Com uma srie de reformas do Estado, a
expanso das empresas brasileiras se acelerou, acarretando o surgimento de novos empreen-
dimentos e trazendo luz questo da formao do empreendedor.ngua e linguagem e sua
importncia na leitura e produo de textos do nosso cotidiano.
Perfil dos integrantes da famlia Bonfim
Felisberto Bonfim: O pai da famlia, tem 40 anos de idade. Trabalha h 20 anos na mesma
empresa, mas sempre teve vontade de investir em algo prprio.
Pedro Bonfim: O filho mais novo tem 15 anos e faz o curso de tcnico em informtica no IFPR.
Altamente integrado s novas tecnologias, no consegue imaginar uma vida desconectada.
Clara Bonfim: A primognita da famlia tem 18 anos e desde os 14 trabalha em uma ONG de
7
Unidade 1seu bairro que trabalha com crianas em risco social. Determinada, no acredita em projetos
impossveis.
Serena Bonfim: Casada desde os 19 anos, dedicou seus ltimos anos aos cuidados da casa e
da famlia. Hoje com 38 anos e com os filhos j crescidos, ela quer resgatar antigos sonhos que
ficaram adormecidos, como fazer uma faculdade.
Benvinda Bonfim: A vov da famlia tem 60 anos de idade e famosa por cozinhar muito bem e
por sua hospitalidade.
Todos moram juntos em uma cidade na regio metropolitana de Curitiba.
TRAANDO O PERFIL EMPREENDEDOR
Muitas pessoas acreditam que
preciso nascer com caractersticas
especficas para ser um empreen-
dedor, mas isso no verdade,
essas caractersticas podem ser
estimuladas e desenvolvidas.
O sr. Felisberto Bonfim uma
pessoa dedicada ao trabalho e a
famlia e que embora esteja satis-
feito com a vida que leva nunca
deixou para trs o sonho de abrir o prprio negcio. H 20 anos atuando em uma nica empre-
sa, h quem considere no haver mais tempo para dar um novo rumo vida. Ele no pensa
assim, ele acredita que possvel sim comear algo novo, ainda que tenha receio de no possu-
ir as caractersticas necessrias para empreender. Voc concorda com ele, voc acha que
ainda h tempo para ele comear?
Responda as questes abaixo. Elas serviro como um instrumento de autoanlise e a
partir das questes procure notar se voc tem refletido sobre seus projetos de vida. Se sim, eles
esto bem delineados? O que voc considera que est faltando para alcanar seus objetivos?
Preste ateno nas suas respostas e procure tambm identificar quais caractersticas pessoais
voc possui que podem ser utilizadas para seu projeto empreendedor e quais delas podem ser
aprimoradas:
a) Como voc se imagina daqui h 10 anos?
_______________________________________________________________________
8
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
b) Em que condies voc gostaria de estar daqui h 10 anos?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
c) Quais pontos fortes voc acredita que tem?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
d) Quais pontos fortes seus amigos e familiares afirmam que voc tem? Voc concorda com
eles?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
e) Para voc, quais seus pontos precisam ser melhor trabalhados
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
f) Na sua opinio, voc poderia fazer algo para melhorar ainda mais seus pontos fortes? Como?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
9
g) Voc acha que est tomando as atitudes necessrias para atingir seus objetivos?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
h) O que voc acha imprescindvel para ter sucesso nos seus objetivos?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
A ousadia uma caracterstica extremamente importante para quem pretende iniciar
um projeto empreendedor - necessrio estar disposto a correr riscos e buscar novas alternati-
vas, mesmo se outras pessoas disserem que no vai dar certo (o que provavelmente sempre
ocorrer em algum momento da trajetria). Isso nos leva a uma outra caracterstica muito
importante para um empreendedor, ele precisa ser positivo e confiante, ou seja, precisa acredi-
tar em si e no se deixar abalar pelos comentrios negativos. Um empreendedor precisa ser
criativo e inovador, precisa estar antenado ao que est acontecendo no mundo e estar atento s
necessidades do mercado e da comunidade, precisa ser organizado e manter o foco dos seus
objetivos.
Voc j ouviu falar do pipoqueiro Valdir? Valdir Novaki tem 41 e nasceu em So Mateus
do Sul-PR, casado e tem 1 filho. Durante a adolescncia trabalhou como boia fria. Mora em
Curitiba desde 98 e durante muito tempo trabalhou com atendimento ao pblico em lanchonete
e bancas de jornal. Parece uma histria corriqueira, mas o que Valdir tem de to especial? Valdir
conquistou a oportunidade de vender pipoca em carrinho no centro da cidade de Curitiba, mas
decidiu que no seria um pipoqueiro qualquer, queria ser o melhor. Em seu carrinho ele mantem
uma srie de atitudes que o diferenciam dos demais. Alm de ser extremamente cuidadoso
com a higiene do carrinho, Valdir preocupa-se com a higiene do cliente tambm, oferecendo
lcool gel 70% para que o cliente higienize suas mo antes de comer a pipoca e junto com a
pipoca entrega um kit higiene contendo um palito de dentes, uma bala e um guardanapo. Ele
tambm possui um carto fidelidade, onde o cliente depois de comprar cinco pipocas no carri-
nho ganha outro de graa. Pequenas atitudes destacaram esse pipoqueiro e hoje, alm de
possuir uma clientela fiel, faz uma srie de palestras por todo o pas, sendo reconhecido como
um empreendedor de sucesso. A simpatia com que atende a seus clientes faz toda a diferena,
as pessoas gostam de receber um tratamento especial.
10
Conhea mais sobre o pipoqueiro Valdir em:
.
H quem julgue que o papel que ocupam profissionalmente muito insignificante, mas
no verdade, basta criatividade e vontade de fazer o melhor. Toda atividade tem sua importn-
cia! Falando em criatividade, vamos estimul-la um pouco?
1)J pensou em procurar novas utilidades para os objetos do dia a dia? Como assim? Pense
em algum material que voc utiliza em seu trabalho ou em casa e em como voc poderia
utiliz-lo para outra finalidade diferente da sua original. Lembre-se que nem sempre dispo-
mos de todos os instrumentos necessrios para realizar uma determinada atividade. Nesses
momentos precisamos fazer da criatividade nossa maior aliada para realizar as adaptaes
necessrias para alcanar o xito em nossas aes!
2)Agora vamos fazer ao contrrio, pense em uma atividade do seu dia que voc no gosta ou
tem dificuldade de fazer. Pensou? Ento imagine uma alternativa para torn-la fcil e rpida,
pode ser mesmo uma nova inveno!
E a? Viu como a imaginao pode ser estimulada? Habitue-se a fazer as mesmas
coisas de formas diferentes: fazer novos caminhos para chegar ao mesmo lugar, conversar com
pessoas diferentes e dar um novo tom a sua rotina so formas de estimular o crebro a encon-
trar solues criativas. Como vimos, a inovao e a criatividade extremamente importante
para um empreendedor, por isso nunca deixe de estimular seu crebro! Leia bastante, faa
pesquisas na rea que voc pretende investir e procure enxergar o mundo ao redor com um
olhar diferenciado!
Refletindo muito sobre a possibilidade de abrir seu prprio negcio, o pai da famlia
procurou em primeiro lugar realizar uma autoanlise. Consciente de seus pontos fortes e fracos,
ele agora se sente mais seguro para dar o prximo passo: planeja. Antes de tomar alguma
deciso importante em sua vida, siga o exemplo do sr. Felisberto!
11
PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES
Planejar palavra de ordem em
todos os aspectos de nossa vida,
voc concorda? Quando quere-
mos fazer uma viagem, comprar
uma casa ou um carro, se no
realizarmos um planejamento
adequado certamente corremos o
risco de perder tempo e dinheiro
ou, ainda pior, sequer poderemos
alcanar nosso objetivo.
Para comear um empreendimento no diferente, necessrio definir claramente
nossos objetivos e traar os passos necessrios para alcan-los. Para operacionalizar a etapa
de planejamento, o Plano de Negcios uma ferramenta obrigatria.
O plano de negcios caracteriza-se como uma ferramenta empresarial que objetiva
averiguar a viabilidade de implantao de uma nova empresa. Depois de pronto, o empreende-
dor ser capaz de dimensionar a viabilidade ou no do investimento. O plano de negcios
instrumento fundamental para quem tem inteno de comear um novo empreendimento, ele
que vai conter todas as informaes importantes relativas a todos os aspectos do empreendi-
mento.
Vamos acompanhar mais detalhadamente os fatores que compem um Plano de
Negcios.
Elaborao de um Plano de Negcio
1. Sumrio executivo
um resumo contendo os pontos mais importantes do Plano de Negcio, no deve ser
extenso e muito embora aparea como primeiro item do Plano ele deve ser escrito por ltimo.
Nele voc deve colocar informaes como:
Definio do negcio
O que o negcio, seus principais produtos e servios, pblico-alvo, previso de
faturamento, localizao da empresa e outros aspectos que achar importante para garantir a
12
viabilidade do negcio.
Dados do empreendedor e do empreendimento
Aqui voc deve colocar seus dados pessoais e de sua empresa tal como nome, endere-
o, contatos. Tambm dever constar sua experincia profissional e suas caractersticas
pessoais, permitindo que quem leia seu Plano de Negcios, como um gerente de banco para o
qual voc pediu emprstimo, por exemplo, possa avaliar se voc ter condies de encaminhar
seu negcio de maneira eficiente.
Misso da empresa
A misso deve ser definida em uma ou no mximo duas frases e deve definir o papel
desempenhado pela sua empresa.
Setor em que a empresa atuar
Voc dever definir em qual setor de produo sua empresa atuar: indstria, comr-
cio, prestao de servios, agroindstria etc..
Forma Jurdica
Voc deve explicitar a forma como sua empresa ir se constituir formalmente. Uma
microempresa, por exemplo, uma forma jurdica diversa de uma empresa de pequeno porte.
Enquadramento tributrio
necessrio realizar um estudo para descobrir qual a melhor opo para o recolhimen-
to dos impostos nos mbitos Municipal, Estadual e Federal.
Capital Social
O capital social constitudo pelos recursos (financeiros, materiais e imateriais) dispo-
nibilizados pelos scios para constituio da empresa. importante tambm descrever qual a
fonte de recursos
13
DICA: Tenha muito cuidado na hora de escolher seus scios, essencial que eles tenham os
mesmos objetivos e a mesma disponibilidade que voc para se dedicar ao negcio, se vocs
no estiverem bastante afinados h um risco muito grande de enfrentarem srios problemas
na consecuo do empreendimento.
Diferencial: saliente o diferencial do seu produto ou servio, ou seja, por qual razo os
consumidores iro escolher voc ao invs de outro produto ou servio.
ANLISE DE MERCADO
Clientes
Esse aspecto do seu Plano de Negcio extremamente importantes, afinal nele que
ser definindo quais so os seus clientes e como eles sero atrados. Comece identificando-os:
Quem so?
Idade?
Homens, mulheres, famlias, crianas?
Nvel de instruo?
Ou ainda, se forem pessoas jurdicas:
Em que ramo atuam?
Porte?
H quanto tempo atuam no mercado?
importante que voc identifique os hbitos, preferncias e necessidades de seus
clientes a fim de estar pronto para atend-los plenamente e para que eles possam t-lo como
primeira opo na hora de procurar o produto/servio que voc oferece. Faa um levantamento
sobre quais aspectos seus possveis clientes valorizam na hora de escolher um produ-
to/servio, isso vai ser importante para voc fazer as escolhas corretas no mbito do seu empre-
endimento. Saber onde eles esto tambm importante, estar prximo a seus clientes vai
facilitar muitos aspectos.
14
Concorrentes
Conhecer seus concorrentes, isto , as empresas que atuam no mesmo ramo que a
sua, muito importante porque vai te oferecer uma perspectiva mais ampla e realista de como
encaminhar seu negcio. Analisar o atendimento, a qualidade dos materiais utilizados, as
facilidades de pagamento e garantias oferecidas, iro ajud-lo a responder algumas perguntas
importantes: Voc tem condies de competir com tudo o que oferecido pelos seus concorren-
tes? Qual vai ser o seu diferencial? As pessoas deixariam de ir comprar em outros lugares para
comprar no seu estabelecimento? Por qu? Em caso negativo, por que no?
Mas no esquea de um aspecto muito importante: seus concorrentes devem ser visto
como fator favorvel, afinal eles serviro como parmetro para sua atividade e podem at
mesmo tornar-se parceiros na busca da melhoria da qualidade dos servios e produtos oferta-
dos.
Fornecedores
Liste todos os insumos que voc utilizar em seu negcio e busque fornecedores. Para
cada tipo de produto, pesquise pelo menos trs empresas diferentes. Faa pesquisas na inter-
net, telefonemas e, se possvel, visite pessoalmente seus fornecedores. Certifique-se de que
cada fornecedor ser capaz de fornecer o material na quantidade e no prazo que voc precisa,
analise as formas de pagamento e veja se elas sero interessantes para voc. Mesmo aps a
escolha um fornecedor importante ter uma segunda opo, um fornecedor com o qual voc
manter contato e comprar ocasionalmente, pois no caso de acontecer algum problema com
seu principal fornecedor, voc poder contar com uma segunda alternativa. Lembre-se, seus
fornecedores tambm so seus parceiros, manter uma relao de confiana e respeito com
eles muito importante. Evite intermedirios sempre que possvel, o ideal comprar direto do
produtor ou da indstria, isso facilita, acelera e barateia o processo.
PLANO DE MARKETING
Descrio
Aqui voc deve descrever seus produto/servio. Especifique tamanhos, cores, sabo-
res, embalagens, marcas entre outros pontos relevantes. Faa uma apresentao de seu
produto/servio de maneira que possa se tornar atraente ao seu cliente. Verifique se h exign-
cias oficiais a serem atendidas para fornecimento do seu produto/servio e certifique-se que
15
segue todas as orientaes corretamente.
Preo
Para determinar o preo do seu produto/servio voc precisa considerar o custo TOTAL
para produzi-lo e ainda o seu lucro. preciso saber quanto o cliente est disposto a pagar pelo
seu produto/servio verificando quanto ele est pagando em outros lugares e se ele estaria
disposto a pagar a mais pelo seu diferencial.
Divulgao
essencial que voc seja conhecido, que seus clientes em potencial saibam onde voc
est e o que est fazendo, por isso invista em mdias de divulgao. Considere catlogos,
panfletos, feiras, revistas especializadas, internet (muito importante) e propagandas em rdio e
TV, analise e veja qual veculo melhor se encaixa na sua necessidade e nos seus recursos
financeiros.
Estrutura de comercializao
Como seus produtos chegaro at seus clientes? Qual a forma de envio? No se
esquea de indicar os canais de distribuio e alcance dos seus produtos/servios. Voc pode
considerar representantes, vendedores internos ou externos, por exemplo. Independente de
sua escolha esteja bastante consciente dos aspectos trabalhistas envolvidos. Utilizar instru-
mentos como o telemarketing e vendas pela internet tambm devem ser considerados e podem
se mostrar bastante eficientes.
Localizao
A localizao do seu negcio est diretamente ligada ao ramo de atividades escolhido
para atuar. O local deve ser de fcil acesso aos seus clientes caso a visita deles no local seja
necessria. importante saber se o local permite o seu ramo de atividade. Considere todos os
aspectos das instalaes, se de fcil acesso e se trar algum tipo de impeditivo para o desen-
volvimento da sua atividade.
Caso j possua um local disponvel, verifique se a atividade escolhida adequada para
ele, no corra o risco de iniciar um negcio em um local inapropriado apenas porque ele est
disponvel. Se for alugar o espao, certifique-se de possvel desenvolver sua atividade nesse
16
local e fique atento a todas as clusulas do contrato de aluguel.
PLANO OPERACIONAL
Layout
A distribuio dos setores da sua empresa de formas organizada e inteligente vai
permitir que voc tenha maior rentabilidade e menor desperdcio. A disposio dos elementos
vai depender do tamanho de seu empreendimento e do ramo de atividade exercido. Caso seja
necessrio voc pode contratar um especialista para ajud-lo nessa tarefa, mas se no for
possvel, por conta prpria procure esquematizar a melhor maneira de dispor os elementos
dentro de sua empresa. Pesquise se o seu ramo e atividade exige regulamentaes oficiais
sobre layout, preocupe-se com segurana e com a acessibilidade a portadores de deficincia.
Capacidade Produtiva
importante estimar qual sua capacidade de produo para no correr o risco de
assumir compromissos que no possa cumprir - lembre-se que necessrio estabelecer uma
relao de confiana entre voc e seu cliente. Quando decidir aumentar a capacidade de produ-
o tenha certeza que isso no afetar a qualidade do seu produto/servio.
Processos Operacionais
Registre detalhadamente todas as etapas de produo desde a chegada do pedido do
cliente at a entrega do produto/servio. importante saber o que necessrio em cada uma
delas, quem ser o responsvel e qual a etapa seguinte.
Necessidade de Pessoal
Faa uma projeo do pessoal necessrio para execuo do seu trabalho, quais sero
as formas de contratao e os aspectos trabalhistas envolvidos. importante estar atento
qualificao dos profissionais, por isso verifique se ser necessrio investir em cursos de
capacitao.
17
PLANO FINANCEIRO
Investimento total
Aqui voc determinar o valor total de recurso a ser investido. O investimento total ser
formado pelos investimentos fixos, Capital de giro e Investimentos pr-operacionais.
Agora que voc tem uma noo bsica de como compor um plano de negcios acesse
a pgina e encontre mais informaes sobre como elaborar o planejamento financeiro de seu
Plano de Negcio, alm de outras informaes importantes. L voc encontrar exemplos de
todas as etapas de um Plano de Negcio.
Faa pesquisas em outros endereos eletrnicos e se preciso, busque o apoio de
consultorias especializadas. O sucesso do seu projeto ir depender do seu empenho em buscar
novos conhecimentos e das parcerias conquistadas para desenvolv-lo.
Pesquise tambm por fontes de financiamento em instituies financeiras, buscando
sempre a alternativa que melhor se adequar as suas necessidades. No tenha pressa, estude
bastante antes de concluir seu plano de negcio. importante conhecer todos os aspectos do
ramo de atividade que voc escolher, valorize sua experincia e suas caractersticas pessoais
positivas. Lembre-se que o retorno pode demorar algum tempo, certifique-se que voc ter
condies de manter o negcio at que ele d o retorno planejado. Separe despesas pessoais
de despesas da empresa. Busque sempre estar atualizado, participe de grupos e feiras correla-
tas sua rea de atuao.
Planejar para clarear!
Aps buscar auxlio especializada e estudar sobre o assunto, o pai concluiu seu plano
de negcios. A partir dele pde visualizar com clareza que tem em mos um projeto vivel e at
conseguiu uma fonte de financiamento adequada a sua realidade. Com o valor do financiamen-
to investir na estrutura de seu empreendimento que ser lanado em breve.
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL
Que bolo maravilhoso! Voc uma tima
anfitri. Eu quero a receita desse quindim! A
senhora j pensou em vender seus quitutes?
Eu? No, imagine, eu no
tenho capacidade para isso!
18
Ser mesmo que a dona Benvinda no tem capacidade para empreender?
Vamos analisar a situao: a vov muito conhecida no seu bairro e admirada pela sua
simpatia. Seus quitutes so conhecidos por todos e no a primeira vez que algum sugere que
ela comece a vend-los. primeira vista, o cenrio parece ser favorvel para que ela inicie seu
empreendimento: ela tem uma provvel clientela interessada e que confia e anseia por seus
servios.
Ao conversar com a famlia, incentivada por todos. Com a ajuda dos seus netos, a
vov vai atrs de informaes e descobre que se enquadra nos requisitos para ser registrada
como microempreendedora individual.
Voc conhece os requisitos para se tornar um microempreendedor individual?
A Lei Complementar 128/2008 criou a figura do Microempreendedor Individual MEI,
com vigncia a partir de 01.07.2009. uma possibilidade de profissionais que atuam por conta
prpria terem seu trabalho legalizado e passem a atuar como pequenos empresrios.
Para se enquadrar como microempreendedor individual, o valor de faturamento anual
do empreendimento deve ser de at 60 mil reais. No permitida a inscrio como MEI de
pessoa que possua participao como scio ou titular de alguma empresa.
O MEI possui algumas condies especficas que favorecem a sua legalizao. A
formalizao pode ser feita de forma gratuita no prprio Portal do Empreendedor. O cadastro
como MEI possibilita a obteno imediata do CNPJ e do nmero de inscrio na Junta
Comercial, sem a necessidade de encaminhar quaisquer documentos previamente. Algumas
empresas de contabilidade optantes pelo Simples Nacional esto habilitadas a realizar tambm
a formalizao.
Custos
H alguns custos aps a formalizao. O pagamento dos custos especificados abaixo
feito atravs do Documento de Arrecadao do Simples Nacional, que pode ser gerado online :
5% de salrio mnimo vigente para a Previdncia.
Se a atividade for comrcio ou indstria, R$ 1,00 fixo por ms para o Estado.
Se a atividade for prestao de servios, R$ 5,00 fixos por ms para o Municpio.
19
Exemplo de atividades reconhecidas para o registro como MEI:
A dona Benvinda se registrou como doceira. So diversas as atividades profissionais
aceitas para o registro como microempreendedor individual. Algumas delas so: Arteso,
azulejista, cabeleireiro, jardineiro, motoboy. Para conhecer todas as atividades, acesse o site
.
Todos podem empreender!
Hoje a vov est registrada como microempreendedora individual e aos poucos sua
clientela est crescendo. Recentemente ela fez um curso para novos empreendedores e j est
com planos de expandir seus servios nos prximos meses, talvez ela precise at mesmo
contratar um ajudante para poder dar conta das encomendas que no param de aumentar.
O microempreendedor individual tem direito a ter um funcionrio que receba exclusivamente
um salrio mnimo ou o piso salarial da categoria profissional a qual pertena.
Atividade Formativa
Acesse o contedo sobre microempreendedor individual no Portal do Empreendedor e
discuta com seus colegas sobre o tema.
Pense em algum que exera uma atividade profissional informalmente. Quais vantagens
voc apontaria para convencer essa pessoa a realizar seu cadastro como
Microempreendedor Individual?
Pesquise sobre linhas de crdito e incentivo especficas para microempreendedores
individuais no Brasil.
Muitas pessoas acreditam que caractersticas empreendedoras j vem de bero: ou se
nasce com elas ou no h nada a ser feito. Pois saiba que possvel atravs de uma educao
voltada para o empreendedorismo desenvolver caractersticas necessrias para o incio de um
empreendimento. Esse empreendimento no precisa ser necessariamente um negcio com
Em
pree
nder
20
fins lucrativos, pode ser um um objetivo pessoal, um sonho em qualquer rea da sua vida.
A pedagogia empreendedora de Fernando Dolabela afirma que a educao tradicional
a qual somos submetidos nos reprime e faz com que percamos caractersticas importantes no
decorrer de nossa trajetria, levando muitas pessoas a crer que no so capazes de empreen-
der. Sua proposta de educao busca romper com esse pensamento e inserir no sistema
educacional aspectos que priorizem a criatividade e a autoconfiana para que quando estas
crianas atingirem a idade adulta possam enxergar a possibilidade de abrir um negcio como
uma alternativa vivel.
No podemos esquecer que empreendedor, em qualquer rea, algum que tenha
sonhos e busque de alguma forma transformar seu sonho em realidade. O sonho pode ser abrir
um negcio, fazer um curso, aprender uma lngua ou mudar a realidade social em que vive.
inegvel que para realizar qualquer um desse itens essencial estar comprometido com o
trabalho, ser ousado e estar disposto a enfrentar desafios.
O empreendedorismo pode ser aprendido e est relacionado mais a fatores culturais do
que pessoais e consiste em ser capaz de cultivar e manter uma postura e atitudes empreende-
doras.
O Pedro est tendo seu primeiro contato com o empreendedorismo na sala de aula e
eles e seus amigos j esto cheio de ideias. Eles planejam usar os conhecimentos adquiridos
na disciplina e escrever um projeto para dar incio a uma empresa jnior na rea de informtica.
Inspire-se
Certamente voc j deve ter ouvido falar da Cacau Show, mas voc conhece a histria
dessa marca? Voc sabia que ela nasceu do sonho de um rapaz que vendia chocolates de porta
em porta em um fusca? No? Ento leia mais em:
e inspire-se!
EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITRIO
Educao empreendedora
O empreendedor
aquele que tem como objetivo
maior o lucro financeiro a partir
Que belo trabalho! Moro em outra cidade e gostaria de levar um projeto parecido para l!
21
de um empreendimento, correto? No necessariamente! O objetivo maior do empreendedor
social ou comunitrio pode ser desde o desenvolvimento social de uma comunidade inteira
luta pela preservao de uma reserva ambiental.
Vejamos o exemplo da Clara. Desde a sua adolescncia ela atua em uma organizao
no-governamental que lida com crianas carentes, dando nfase na emancipao social
dessas crianas atravs da arte, de esportes e da educao. O projeto, que comeou com uma
pequena dimenso, hoje atende no apenas seu bairro, como trs outros prximos. impor-
tante lembrar que o sucesso do projeto dependeu de sujeitos empreendedores, que se compro-
meteram com a causa e, com criatividade e competncia foram capazes de expandir o projeto.
Agora com o apoio da Clara e com o esprito empreendedor de mais um grupo, uma nova cidade
ser atendida pelo projeto e novas crianas sero beneficiadas!
Vamos conhecer mais sobre empreendimentos sociais e comunitrios?
Empreendedorismo Social
O empreendedorismo social ultrapassa a noo de mera filantropia - h espao aqui
para metas, inovao e planejamento. Muitas organizaes no governamentais tem uma
estrutura semelhante a qualquer empresa com fins lucrativos.
A Pastoral da Criana um exemplo de um empreendimento social de sucesso. Sua
fundadora, a Dr Zilda Arns, aliou sua experincia profissional como mdica pediatra e sanitaris-
ta e sua prpria sensibilidade para identificar um mtodo simples e eficaz para combater a
mortalidade infantil. Qual foi o ponto inovador do trabalho assumido pela Pastoral da Criana?
Foi confiar s comunidades afetadas pelo problema de mortalidade infantil o papel de multipli-
cadores do saber e de disseminadores da solidariedade.
Empreendedorismo Comunitrio
O empreendedorismo comunitrio consiste no movimento de organizao de grupos e
pessoas com o propsito de alcanar um objetivo comum, fortalecendo uma atividade que, se
realizada individualmente, no seria capaz de alcanar a projeo adequada no mercado. No
Brasil, a economia solidria ascendeu no final do sculo XX, em reao excluso social
sofrida pelos pequenos produtores e prestadores de servio que no tinham condies de
concorrer com grandes organizaes.
Imagine um pequeno produtor de leite em uma regio onde atua um grande produtor de
leite. Sozinho, ele no tem condies de concorrer com o grande produtor no mercado ou
22
receber financiamentos para expandir sua produo, por exemplo. Ao se aliar com outros
pequenos produtores, o negcio adquire uma nova dimenso, onde so favorecidos no ape-
nas os prod