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02-02-2018 II Congresso dos Auditores e Contabilistas Certificados de Cabo Verde
Ivanilde da Costa
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PAPEL DAS AUDITORIAS NA GOVERNAÇÃO
DAS EMPRESAS
II Congresso dos Auditores e
Contabilistas Certificados de Cabo Verde
Ivanilde da Costa Professora Coordenadora do Curso de Contabilidade do ISCEE, PUP
Presidente do Conselho Fiscal da Caixa Económica de Cabo Verde
02-02-2018
II Congresso dos Auditores e Contabilistas Certificados de Cabo Verde
Ivanilde da Costa 2
Sumário
I. Governação das empresas
II.Auditoria Interna
III.Auditoria Externa
IV.Governação das empresas em Cabo Verde
02-02-2018 II Congresso dos Auditores e Contabilistas Certificados de Cabo Verde
Ivanilde da Costa
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Surgiu da necessidade
de recuperação da
credibilidade
I. Governação das empresas
02-02-2018 II Congresso dos Auditores e Contabilistas Certificados de Cabo Verde
Ivanilde da Costa
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As decisões são tomadas quase a todo o momento. As informações para a tomada de decisão são necessárias, relevantes, fidedignas e tempestivas, para que os resultados planeados pela gestão sejam alcançados, pois este procura a decisão óptima.
I. Governação das empresas
Enquadramento:
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Ivanilde da Costa
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I. Governação das empresas
“É o sistema através do qual as
organizações são
dirigidas e controladas” (Cadbury Report, 1992).
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Ivanilde da Costa
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A estrutura do Corporate Governance especifica a distribuição dos direitos
e das responsabilidades dos diferentes participantes na empresa – o
conselho de administração, os gestores, os accionistas e outros
intervenientes – e dita as regras e os procedimentos para a tomada de
decisões nas questões empresariais.
OCDE - Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Económico (1999)
fornece também a estrutura através da qual a empresa estabelece os seus objectivos e as formas de atingi-los e monitorizar a sua performance.
I. Governação das empresas – cont.
02-02-2018 II Congresso dos Auditores e Contabilistas Certificados de Cabo Verde
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Princípio geral:
“O governo das empresas deve promover e potenciar o
desempenho das sociedades, bem como do mercado de
capitais, e sedimentar a confiança dos investidores, dos
trabalhadores e do público em geral na qualidade e
transparência da administração e da fiscalização e no
desenvolvimento sustentado das sociedades.”
IPCG, 2017
I. Governação das empresas – cont.
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Recomendações:
IPCG, 2017
“A sociedade deve instituir mecanismos que assegurem,
de forma adequada e rigorosa, a produção, o tratamento
e a atempada divulgação de informação aos seus órgãos
sociais, aos acionistas, aos investidores e demais
stakeholders, aos analistas financeiros e ao mercado em
geral.”
I. Governação das empresas – cont.
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Melhorar o desempenho da organização;
Promover a gestão de risco;
Aumentar a confiança dos investidores no mercado de
capitais;
Melhorar a reputação da organização através de
melhor transparência e reporte da informação;
Apoiar na prevenção e detecção de comportamentos
fraudulentos.
Os objectivos do governo das empresas podem ser
resumidos da seguinte forma:
I. Governação das empresas – cont.
(Almeida, 2005)
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Ivanilde da Costa
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GESTÃO DE RISCO
Princípio:
“Tendo por base a estratégia de médio e longo
prazo, a sociedade deverá instituir um sistema
de gestão e controlo de risco e de auditoria
interna que permita antecipar e minimizar os
riscos inerentes à atividade desenvolvida.”
I. Governação das empresas – cont.
IPCG, 2017
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II. Auditoria Interna
“ É uma actividade independente, de garantia objectiva e de consultoria,
concebida para acrescentar valor e melhorar as operações de
uma entidade ajudando-a a cumprir os seus objectivos através de uma
abordagem sistemática e disciplinada na avaliação e melhoria da
eficácia dos processos de gestão do risco, controlo interno e
governação.”
IIA – Normas internacionais para a prática profissional de
auditoria interna. In: Carlos Baptista da Costa de Auditoria
Financeira – Teoria e & Pratica, p.118 11ª edição
Definição:
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Por que a Auditoria Interna se faz necessária?
Exigência regulatória (Bacen, Susep, Regras do
NovoMercado, Sarbanes& Oxley, etc);
Fortalecimento do ambiente do governo das
empresas;
Exigência do acionista, conselho e/ou comitê de
auditoria;
Histórico de erros e/ou fraudes nas áreas
operacionais;
Crescimento repentino nos negócios aumentando o
risco operacional.
II. Auditoria Interna
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Identifica quatro categorias de objectivos:
Estratégicos
Operacionais
Relato
Conformidade
02-02-2018
Fonte: Adaptado, José Araújo
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II. Auditoria Interna
COSO - ERM
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Considera todos os níveis da organização:
Entidade
Subsidiária/Divisão
Processos das unidades de negócio
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Fonte: Adaptado, José Araújo
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II. Auditoria Interna
COSO - ERM
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Acrescenta ao anterior modelo três novos componentes:
definição de objectivos
identificação de eventos
resposta ao risco
Os 8 componentes estão inter-relacionados
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Fonte: Adaptado, José Araújo
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II. Auditoria Interna
COSO - ERM
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“Um bom Controlo Interno previne mais desfalques do que os que são encontrados pelos bons auditores ”
Arens, A., Elder, R. e Beasley, M.
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II. Auditoria Interna
Controlo Interno
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III. Auditoria Externa
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III. Auditoria Externa
IIA – Normas internacionais para a prática profissional de auditoria interna. In:
Carlos Baptista da Costa de Auditoria Financeira – Teoria e & Pratica, p.60,61
11ª edição
“É o exame das demonstrações financeiras de uma
entidade realizado de acordo com as normas
internacionais de auditoria por um profissional
qualificado e independente, com o objectivo deste
expressar a sua opinião sobre se tais
demonstrações financeiras apresentam de forma
verdadeira e apropriada, em todos os aspectos
materiais, a posição financeira da entidade numa
determinada data, o seu desempenho financeiro e fluxos
de caixa no período findo na referida data, de acordo
com o referencial contabilístico aplicável.”
Definição:
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Credibilização da Informação
Financeira
III. Auditoria Externa
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IV. Governação das empresas em Cabo Verde
Os desafios que Cabo Verde enfrenta para diminuir a pobreza e garantir a
sua sustentabilidade económica, a importância que os diversos governos
têm vindo a atribuir ao sector privado, ao investimento externo e à
modernização do mercado financeiro
justificam a implementação de padrões de governabilidade empresariais internacionais, ainda que adequados às características do país.
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IV. Governação das empresas em Cabo Verde
Na sua generalidade as sociedades anónimas em
Cabo Verde ainda não utilizam as práticas
normalmente aceites como Best Practices da
governação de empresas.
Existe um Código das Empresas Comerciais.
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.
IV. Governação das empresas em Cabo Verde
Existe Código de Governo Societário das
Instituições Financeiras, o Banco de Cabo Verde, no
uso da competência que lhe é conferida pelo artigo
33.º, número 1 da Lei n.º 62/VIII/2014, de 23 de abril.
Não existe um Código de Governo das Sociedades.
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Num contexto económico muito específico como é o caso de Cabo
Verde, país sem recursos naturais, com uma base produtiva muito
débil e fortemente dependente do exterior, a utilização das
melhores práticas de governo das empresas afigura-se-nos de
extrema importância para a garantia de um crescimento
económico sustentado.
IV. Governação das empresas em Cabo Verde
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Promoção de discussões alargadas sobre o tema pela
comunidade académica e empresarial;
Criação de um Código de Governo das Empresas;
Atualização do Código das Empresas Comerciais;
Divulgação espontânea de informações por parte das
entidades que permitam ao mercado avaliar
adequadamente o desempenho e o governo das
empresas, aumentando a credibilidade perante o
mercado e a comunidade.
IV. Governação das empresas em Cabo Verde
Recomendações:
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FIM MUITO OBRIGADA!
“Quanto mais estudo, menos sei e mais me divirto! Mario Capecchi