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1 III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR Sumário A APRENDIZAGEM NAS ENFERMARIAS INFANTIS: O PAPEL DO PROFESSOR HOSPITALAR RELATO DE EXPERIÊNCIA ................... 3 A DOCÊNCIA NO UNIVERSO HOSPITALAR: UM BREVE PERCURSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE DERAM ORIGEM AO ATENDIMENTO EDUCACIONAL-HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DE NITERÓI/RJ ...................................................................................................... 4 A INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA PELO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM PEDIATRIA ONCOLÓGICA 1 ............................................ 6 A REABILITAÇÃO FUNCIONAL E COGNITIVA EM PACIENTES ADULTOS COM LESÃO MEDULAR E CEREBRAL ................................ 8 ARTE-EDUCAÇÃO COMO OBJETO DE CONSTRUÇÃO DA AUTO- ESTIMA: POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DE EDUCADORES COM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS .................................................... 9 ATENDIMENTO EDUCACIONAL NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA DO HUPE .......................................................................................................... 10 ATENDIMENTO PEDAGÓGICO ÀS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS E ACOMPANHANTES NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – HUB ............................................................................................ 11 ATIVIDADES LÚDICAS NA PEDAGOGIA HOSPITALAR: FONTE GERADORA DE DESENVOLVIMENTO NA CRIANÇA HOSPITALIZADA ........................................................................................... 13 BRINCAR E APRENDER: QUEM QUER SABER? ................................. 14 DEPENDE DE NÓS... UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA CLASSE HOSPITALAR CANTO DO ENCANTO ..................................................... 16 ECOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA HOSPITALIZADA ........................................................................................... 18 EDUCAÇÃO É INCLUSÃO: ATUAÇÃO DO PROGRAMA DE APOIO PEDAGÓGICO DA ETS NO HCPA ............................................................. 20 FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR ............................................... 22

III E N E I E B SOBRE A E NO A H Sumário · Essas atividades são contextualizadas dentro de projetos pedagógicos, a partir de temas geradores. Ao realizar as atividades dentro

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

SumárioA APRENDIZAGEM NAS ENFERMARIAS INFANTIS: O PAPEL DOPROFESSOR HOSPITALAR RELATO DE EXPERIÊNCIA ...................3

A DOCÊNCIA NO UNIVERSO HOSPITALAR: UM BREVEPERCURSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE DERAM ORIGEM AOATENDIMENTO EDUCACIONAL-HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DENITERÓI/RJ ......................................................................................................4

A INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA PELO PROFISSIONAL DEEDUCAÇÃO FÍSICA EM PEDIATRIA ONCOLÓGICA1 ............................................6

A REABILITAÇÃO FUNCIONAL E COGNITIVA EM PACIENTESADULTOS COM LESÃO MEDULAR E CEREBRAL................................8

ARTE-EDUCAÇÃO COMO OBJETO DE CONSTRUÇÃO DA AUTO-ESTIMA: POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DE EDUCADORESCOM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS ....................................................9

ATENDIMENTO EDUCACIONAL NA ENFERMARIA PEDIÁTRICADO HUPE ..........................................................................................................10

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO ÀS CRIANÇAS HOSPITALIZADASE ACOMPANHANTES NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DEBRASÍLIA – HUB ............................................................................................ 11

ATIVIDADES LÚDICAS NA PEDAGOGIA HOSPITALAR: FONTEGERADORA DE DESENVOLVIMENTO NA CRIANÇAHOSPITALIZADA ...........................................................................................13

BRINCAR E APRENDER: QUEM QUER SABER? .................................14

DEPENDE DE NÓS... UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA CLASSEHOSPITALAR CANTO DO ENCANTO .....................................................16

ECOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇAHOSPITALIZADA ...........................................................................................18

EDUCAÇÃO É INCLUSÃO: ATUAÇÃO DO PROGRAMA DE APOIOPEDAGÓGICO DA ETS NO HCPA.............................................................20

FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ATENDIMENTOESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR...............................................22

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: TRANFORMANDO AÇÕESEDUCACIONAIS NA CLASSE HOSPITALAR 1

.................................................................. 24

O RESGATE DO BRINCAR NO HOSPITAL: A IMPORTÂNCIA DALUDICIDADE PARA AS CRIANÇAS COM CÂNCER1

............................................. 26

OS SIGNIFICADOS DAS ATIVIDADES LÚDICAS SOB O OLHAR DASCRIANÇAS HOSPITALIZADAS POR CÂNCER1 .................................... 28

PONTO DE ENCONTRO: APOIO PSICOPEDAGÓGICO AOSACOMPANHANTES DO HOSPITAL INFANTIL ISMÉLIA SILVEIRA30

PROGRAMAS DE ESTIMULAÇÃO PRECOCE PARA CRIANÇASDESNUTRIDAS GRAVES HOSPITALIZADAS NA PRIMEIRAINFÂNCIA1 ......................................................................................................32

PROJETO VAMOS BRINCAR: “HORA DO CONTO” ...........................33

PROJETO VAMOS BRINCAR: UMA EXPERIÊNCIA DEACOMPANHAMENTO PSICOPEDAGÓGICO HOSPITALAR ...........35

UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA NOCENTRO DE ENSINO ESPECIAL HELENA ANTIPOFF1

.................................. 37

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

A APRENDIZAGEM NAS ENFERMARIAS INFANTIS: O PAPEL DOPROFESSOR HOSPITALAR RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autoras:

Lilia Pinto PedrozaClaudia Pereira

O professor hospitalar é um profissional que tem a formação de Educador e atua auxiliando o

indivíduo a descobrir-se como pessoa plena em potencial, capaz de agir como transformador da

sociedade, favorecendo o exercício da cidadania. Na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, o

professor hospitalar faz parte da equipe interdisciplinar que atende a criança e a família durante a

internação, buscando uma abordagem integrada e global do indivíduo no seu processo de reabilitação.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar como o professor hospitalar atua em

enfermarias pediátricas, transformando o ambiente em um local de experiências significativas.

Nas enfermarias pediátricas, as atividades realizadas englobam avaliações psicopedagógicas,

acompanhamento de desenvolvimento e aprendizagem, estimulação cognitiva, acompanhamento escolar,

reeducação da escrita, comunicação alternativa, atividades culturais e de lazer, visitas domiciliares e

escolares, orientações a professores e familiares, discussão e estudo de caso em equipe interdisciplinar.

Essas atividades são contextualizadas dentro de projetos pedagógicos, a partir de temas geradores.

Ao realizar as atividades dentro da própria enfermaria, incluindo todas as crianças, mesmo as

que estão restritas ao leito e que estão fora do processo de escolarização, verificamos um aumento

qualitativo da aprendizagem de conteúdos e da interação social. Desse modo, observamos que essas

crianças e suas famílias percebem a possibilidade de inserção na vida escolar formal e reintegração

social.

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Lilia Pinto Pedroza – [email protected] – Professora Hospitalar da Rede Sarah de Hospitais deReabilitação - Sarah Centro

Claudia Pereira Brandão – [email protected] – Professora Hospitalar da Rede Sarah deHospitais de Reabilitação - Sarah Centro

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

A DOCÊNCIA NO UNIVERSO HOSPITALAR: UM BREVEPERCURSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE DERAM ORIGEM AOATENDIMENTO EDUCACIONAL-HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DE

NITERÓI/RJ

Autoras:

Rejane de Souza Fontes (Fundação Municipal de Educação de Niterói)[email protected] – (21) 2603-8287 / 9191-9277

Ana Lúcia Tarouquella Schilke (Fundação Municipal de Educação de Niterói)Liliana Hochman Weller (Universidade Plínio Leite)

Historicamente, o locus de trabalho e pesquisa do professor é a escola, mas, nem todos osestudantes (crianças e adolescentes) têm a possibilidade de concluir seus estudos sem interrupçõesprovocadas por problemas de saúde. Os portadores de necessidades educativas especiais (deficiênciafísica, visual, mental e auditiva, múltiplas deficiências, condutas típicas e superdotação) adquiriram osdireitos de ensino especializado por meio do art. 9o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionalnº 5692/71, agora ratificados pelo artigo 4o, Inciso III da LDB 9394/96, que amplia em seu artigo 58,

2º§, o atendimento educacional através de classes especializadas.

Com o intuito de regulamentar a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de

Deficiência, o Presidente da República aprova, em 20 de dezembro de 1999, o Decreto No 3.298

(Brasil, 1999) que admite em seu Art. 24, Inciso V “o oferecimento obrigatório dos serviços de

educação especial ao educando portador de deficiência em unidades hospitalares e congêneres

nas quais esteja internado por prazo igual ou superior a um ano” (p. 8). Além disso, delega em

seu Art. 26 a obrigatoriedade da oferta deste tipo de atendimento pedagógico às instituições hospitalares

e congêneres. Mas, como a própria letra da lei ressalta, este atendimento é restrito a crianças portadoras

de deficiência e hospitalizadas por período igual ou superior a um ano. Excluindo-se, portanto, as

crianças, ainda que não deficientes, necessitam de um atendimento educacional especializado por

estarem hospitalizadas durante um determinado período de suas vidas.

Em 2001, com a instituição das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação

Básica (Brasil, 2001), o Conselho Nacional de Educação, pela primeira vez, após a publicação da

LDB 9394/96, sinaliza o atendimento educacional a todas as crianças em tratamento de saúde que

implique internação hospitalar. No artigo 13 deste documento, o MEC indica a ação integrada entre os

sistemas de ensino e de saúde, através de classes hospitalares, na tentativa de dar continuidade ao

processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças hospitalizadas.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

Em dezembro de 2002, o MEC publica o documento intitulado Classe Hospitalar e

atendimento pedagógico domiciliar (Brasil, 2002), na tentativa de estruturar ações de organização

do sistema de atendimento educacional fora do âmbito escolar, promovendo a oferta do

acompanhamento pedagógico também em espaços hospitalares.

E foi com base nestas políticas públicas que acabamos de arrolar que, em novembro de 2004,

a Fundação Municipal de Educação de Niterói (RJ), em parceira com a Universidade Federal

Fluminense, celebram a assinatura de um convênio para a implantação oficial do Programa Pedagogia

Hospitalar no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), disponibilizando três professoras de sua

rede para o atendimento pedagógico a crianças/adolescentes hospitalizados. Depois de uma breve

capacitação em temas específicos da área da saúde, estas professoras estão atuando na Enfermaria

Pediátrica a partir de uma prática que busca transcender uma visão de transferência da escola para o

hospital, através de um trabalho que prioriza a escuta pedagógica sensível da criança em questão e que

procura construir um novo olhar sobre a aprendizagem em tempos e espaços diferenciados da escola,

como é o caso do hospital.

REFERÊNCIAS

BRASIL. (1999). Decreto NO 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei No 7.853,de 24 de outubro de 1989 e dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da PessoaPortadora de Deficiência. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília – DF.

______. (2001). Resolução CNE/CEB n.º 2, de 11 de setembro de 2001. Estabelece as DiretrizesNacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Diário Oficial [da] RepúblicaFederativa do Brasil. Brasília – DF.

______. (2002). Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias eorientações. Brasília: MEC; SEESP.

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A INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA PELO PROFISSIONAL DEEDUCAÇÃO FÍSICA EM PEDIATRIA ONCOLÓGICA1

Autoras:

Dra. Silvana Maria Moura da SilvaRosana de Oliveira Bispo

RESUMO

No Brasil, o câncer infantil representa a quarta causa de morte entre crianças de 1 a 14 anos deidade. Entretanto, nos países desenvolvidos está em segundo lugar, perdendo somente para acidentese traumatismos. A proporção de mortalidade por câncer infantil na faixa etária de 0 a 9 anos é de700 meninos para 550 meninas. Os avanços nos tratamentos do câncer proporcionaram mudanças:de doença fatal , o mesmo passou a ser visto como doença crônica, passível de cura, se fordescoberta logo no início. A quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia já não representam osúnicos meios de tratamento. Aliados a elas estão outras intervenções, como àquelasrealizadas através de atividades lúdicas. É fundamental que os profissionais que trabalhamem hospitais infantis saibam da importância do brincar e o que ele representa para as crianças epara a sua recuperação mais rápida. Considerando esses aspectos, este projeto busca analisar ascontribuições do profissional de educação física na intervenção terapêutica, através de atividadeslúdicas, desenvolvidas com crianças hospitalizadas por câncer em um no hospital em São Luís -Ma, segundo os relatos das mesmas, dos pais e/ou responsáveis. A fundamentação teórico-metodológica desta intervenção é a fenomenologia, que se baseia no princípio de que para poderintervir terapeuticamente é necessário conhecer; para atuar é preciso compreender o fenômeno.As crianças participantes desta pesquisa serão em número de 15, na faixa etária de 02 a 10 anos,com diagnóstico de câncer e internadas no setor de pediatria do referido hospital, no período deagosto/2004 a julho/2005. A intervenção será realizada, individualmente ou em grupos, cincovezes por semana, durante todo o período de internação das crianças, tendo duração média de50 minutos (individualmente) e de 2 horas quando em grupos.

Palavras-chave: Intervenção terapêutica, Profissional de Educação Física, Pediatria oncológica.

1 Subprojeto de Pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/UFMA/CNPqdesenvolvido pelo Departamento de Educação Física da UFMA

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Dra. Silvana Maria Moura da Silva – Coordenadora do Subprojeto de Pesquisa: IntervençãoTerapêutica pelo Profissional de Educação Física em Pediatria Oncológica

Rosana de Oliveira Bispo – Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica –PIBIC/UFMA/CNPq

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A REABILITAÇÃO FUNCIONAL E COGNITIVA EM PACIENTESADULTOS COM LESÃO MEDULAR E CEREBRAL

Autoras:

Roberta Temporal SoaresJuliana de Souza Leitão Rodrigues

INSTITUIÇÃO: Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor

Após uma lesão medular ou cerebral os pacientes em geral passam a conviver com seqüelas

que interrompem suas atividades de vida diária, profissionais e acadêmicas. Muitas vezes a idéia de

incapacidade e a falta de estimulação motora e/ou cognitiva apropriada dificulta de forma importante o

retorno à vida social. O presente trabalho visa apresentar a atuação do professor hospitalar nos

programas de reabilitação do paciente lesado medular e lesado cerebral e as estratégias de estimulação

cognitivas e/ou motoras realizadas por Professores Hospitalares, por meio de atividades pedagógicas

diversificadas que acontecem durante o programa de reabilitação do paciente lesado medular e cerebral

adulto internado no Hospital Sarah - Brasília. Estas são realizadas por meio de abordagens individuais

e em grupos formados por pacientes, que após serem admitidos e avaliados pela equipe interdisciplinar,

são inseridos nas atividades conforme seus interesses e o tipo de estimulação cognitiva e/ou motora

que necessitam. Dessa maneira, torna-se possível a estimulação de habilidades, tais como: coordenação

motora fina, habilidade manual, raciocínio lógico - matemático, planejamento de ação, flexibilidade

mental e raciocínio verbal, em atividades que se caracterizam por propiciar aos pacientes a vivência de

ações que o mesmo realizava em seu dia-a-dia anterior à lesão. São exemplos destas atividades: grupo

de reeducação da escrita, oficina de trabalhos manuais, oficina de culinária, atividades de vida prática,

e socializações. O programa pedagógico contribui para o retorno do pacientes às atividades de vida

diária e reintegração social, pois esses desenvolvem novas estratégias motoras e/ou cognitivas para

resolução de problemas que são vivenciadas nestas atividades.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

ARTE-EDUCAÇÃO COMO OBJETO DE CONSTRUÇÃO DA AUTO-ESTIMA: POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DE EDUCADORES

COM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS

Autores:

Josenilda Nery de Lima Gonzaga;Stela Maris Bretas Souza;

Carlos Alberto C. Calazanz

INSTITUIÇÃO: Curso de Pedagogia – Unileste/MG, Timóteo/MG,Centro de Terapia Renal do Hospital Márcio Cunha – Ipatinga/MG

RESUMO

O Projeto Arte-Educação para pacientes renais se caracteriza como uma pesquisa de iniciação científicado curso de Pedagogia do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste/MG, apoiado pormédicos do Setor de Hemodiálise e assistentes sociais do Hospital Márcio Cunha. É problema depesquisa as questões relativas ao paciente renal crônico, bem como as possibilidades de humanizaçãono ambiente hospitalar com criações de propostas sócio educativas. A pesquisa tem por objetivospotencializar a criatividade dos pacientes renais crônicos e possibilitar estruturação de novos conceitosao ambiente hospitalar, procurando elevar a auto-estima e melhoria de vida dos pacientes. A metodologiaé através da utilização das artes plásticas como mecanismo de elevação de auto-estima de pacientes.As pesquisadoras entendem que a junção entre Arte-Terapia e Arte-Educação são interdisciplinaresentre os cursos de Pedagogia e Psicologia do Unileste/MG e do serviço social e médico do HospitalMárcio Cunha. O trabalho se desenvolve com os pacientes renais que freqüentam as terças, quintas esábados pela manhã o referido hospital. Durante um ano de hemodiálise de 8 (oito) pacientes queforam acompanhados demonstraram uma aprendizagem significativa quanto ao uso dos recursosdisponibilizados, as técnicas e a interpretação textual dos desenhos. Dessa forma, a medida que vão sefamiliarizando com os materiais a serem utilizados, começam a vir a tona sentimentos, frustrações edesejos. Aos pacientes atendidos é oferecido a oportunidade de sociabilização, expressão, auto-estimae livre exploração da criatividade. Este projeto apresenta um diferencial no que se refere as questõesde humanização hospitalar porque intervém de forma direta na realidade das pessoas envolvidas.

Palavras-Chave: auto-estima – arte-educação – pacientes renais – humanização hospitalar

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

ATENDIMENTO EDUCACIONAL NA ENFERMARIA PEDIÁTRICADO HUPE

Autoras:

Dra. Eneida Simões da FonsecaMs Marlene Dias Pereira Pinto

INSTITUIÇÃO: Universidade do Estado do Rio de JaneiroPrograma de Alfabetização, Documentação e Informação

Coordenação: Anna Helena Moussatché

O Programa de Alfabetização, Documentação e Informação (PROALFA) do Centro de

Educação e Humanidades da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) desenvolve e

supervisiona vários projetos.

Um dos projetos diz respeito ao acompanhamento da escolaridade da criança hospitalizada na

enfermaria de pediatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE).

Sabemos que a interrupção da rotina infantil por questões de saúde pode acarretar uma série

de problemas. O atendimento escolar no ambiente hospitalar é um direito da criança hospitalizada

(Resolução no. 41/1995).

O atendimento às crianças da enfermaria de pediatria do HUPE teve inicio em 1997. Atualmente

o Projeto de Apoio Pedagógico na Enfermaria de Pediatria do HUPE conta com a participação de

duas bolsistas graduandas de Pedagogia que desenvolvem as atividades escolares com esta clientela,

três vezes por semana no período da tarde. As crianças atendidas estão na faixa etária até 12 anos e

que sofrem de doenças respiratórias, anemia e leucemia, dentre outras. A enfermaria conta com 12

leitos e são atendidas uma média de 15 crianças por mês.

Durante o tempo que permanecem internadas, as crianças dão continuidade tanto a seu

desenvolvimento quanto a atividades que possibilitem sua aprendizagem, apesar de suas condições de

hospitalização.Para tal são adaptados os temas oferecidos nos projetos de alfabetização e letramento

do PROALFA. A rotina pedagógica privilegia diferentes atividades de leitura e escrita, sendo incluídas

ainda aquelas de desenho, oralização e jogos diversos.

Percebemos que o contato com as atividades escolares no ambiente hospitalar altera a

percepção da criança sobre sua condição de saúde e melhora sua auto-estima.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO ÀS CRIANÇAS HOSPITALIZADASE ACOMPANHANTES NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE

BRASÍLIA – HUB

Autoras:

Da Silva, Adriana Maria Arantes Leme;Campos, Rebeca da Silva;

Maciel, AdrianaDe Souza, Amaralina Miranda

INTRODUÇÃO

A hospitalização infantil tem sido um tema de constante interesse entre vários profissionais da saúde

e da educação preocupados com assistência e desenvolvimento global da criança. Crianças hospitalizadas,

pela própria condição da doença e do isolamento de seu contexto social passam a apresentar necessidades

educacionais especiais, assim como a família que pode expressar diversas necessidades.

OBJETIVOS

Identificar necessidades e interesses de crianças e seus acompanhantes, hospitalizados nas

pediatrias do HUB, através de interações verbais e não verbais, para dinamizar recursos pedagógicos,

lúdicos e artísticos visando estimular as interações pessoais, as trocas afetivas, a criatividade, a iniciativa,

a auto estima, aspectos cognitivos e multisensoriais, buscando contribuir também com a humanização

do atendimento no hospital.

METODOLOGIA

· Escuta pedagógica

Diálogos e interações com bebês, crianças, e acompanhantes.

· Para os bebês

Estimulação multisensorial - através de brinquedos, objetos de cores, formas, tamanhos e

texturas diferentes.

· Para as crianças

Atendimento educacional através de instrumentos e procedimentos lúdico -pedagógicos - jogos,

brincadeiras, músicas, histórias, atividades disciplinares, plásticas e cênicas.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

· Para os acompanhantes

Orientação e incentivo para a participação nas atividades desenvolvidas.

RESULTADOS E CONCLUSÕES

O trabalho desenvolvido, durante três meses, caracterizado como estágio final do curso de

Pedagogia, Habilitação Magistério para Educação Especial que teve o caráter dinâmico e flexível

durante toda a intervenção, possibilitou a posse de uma gama de informações a respeito dos pacientes

e pais, permitindo o planejamento, a elaboração e execução de atividades que estimularam os aspectos

sociais, cognitivos e afetivos de todos os envolvidos no ambiente hospitalar. Podemos concluir que as

intervenções educativas realizadas funcionaram como um enriquecimento ambiental hospitalar de caráter

físico e humano favorecendo melhor qualidade de vida aos internos.

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Da Silva, Adriana Maria Arantes Leme;

Campos, Rebeca da Silva;

Maciel, Adriana

Alunas do Curso de Magistério para Ensino Especial da Faculdade de Educação - Universidade deBrasília

De Souza, Amaralina Miranda – Profa.Assistente do Depto. de Teoria e Fundamentos - Área deEducação Especial - Faculdade de Educação – UniversidadeEndereço eletrônico para contato: [email protected] e [email protected]

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

ATIVIDADES LÚDICAS NA PEDAGOGIA HOSPITALAR: FONTEGERADORA DE DESENVOLVIMENTO NA CRIANÇA

HOSPITALIZADA

Autoras:

Aline Daiane Nunes MascarenhasProfª Ms. Susana Couto PimentelProfª Juliana Laranjeira Pereira

RESUMO

A presente pesquisa intitulada de “Atividades Lúdicas na Pedagogia Hospitalar: fonte geradora dedesenvolvimento na criança hospitalizada” surgiu a partir de um trabalho interdisciplinar do curso depedagogia da UEFS. Esse trabalho tem como objetivo explicitar os aspectos da hospitalização infantile a importância da inclusão de atividades lúdicas como fonte geradora de desenvolvimento para acriança hospitalizada. A metodologia utilizada para a construção desse trabalho, baseia-se em pesquisabibliográfica e aplicação de atividades lúdicas (jogo, desenho, brincadeiras e etc) no contexto hospitalar.A intenção de trabalhar sobre a importância de atividades lúdicas no ambiente hospitalar é devido àescassez de estudos que demonstre a efetividade de recursos lúdicos como uma forma dedesenvolvimento para a criança hospitalizada. Considera-se o lúdico nesse contexto, como atividadesque irão beneficiar o aspecto afetivo, social e cognitivo da criança hospitalizada. Conclui-se que asatividades lúdicas devem ser implementadas dentro do âmbito hospitalar a fim de promover odesenvolvimento integral (afetivo, social e cognitivo) da criança, além de favorecer o seu restabelecimento.

Palavras-chave: Atividades lúdicas, Criança hospitalizada, Desenvolvimento infantil.

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Aline Daiane Nunes Mascarenhas – [email protected] – Discente do curso deLicenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual de Feira de Santana

Profª Ms. Susana Couto Pimentel – Orientadora e Docente da disciplina Aprendizagem,desenvolvimento humano e educação

Profª Juliana Laranjeira Pereira – Orientadora e Docente da disciplina de Psicologia

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

BRINCAR E APRENDER: QUEM QUER SABER?

Autoras:

Novaes, LuizaPortugal, Gabriela

É imperativo estudar a criança doente, hospitalizada, e seu brincar, em todas as suas possíveisvertentes, assim como construir novas oportunidades de gerenciar a sua educação neste período.

Este trabalho apresenta a idéia de um projeto alternativo de atenção pedagógica, cujo instrumentoé o brincar, para crianças com hospitalização breve. É um método não formal de ensino-aprendizagem,com o objetivo de promover aprendizagem, conhecimento e desenvolvimento. E responder as questõesde como atender o direito da criança a um acompanhamento curricular escolar, a estimular cognitiva eemocionalmente, interferir na sua recuperação, em seu compromisso responsável por sua saúde.

Aspectos da teoria de L. Vygostky sobre pensamento, linguagem e desenvolvimento servemde base referencial. A relação do homem com o mundo, na perspectiva histórico-cultural, é sempremediada; na infância é com o brincar, sua atividade principal. O brincar é capaz de criar zonas dedesenvolvimento proximal o que influencia o desenvolvimento infantil. A linguagem no brincar, comseus papéis de permitir o intercâmbio social e ser pensamento generalizante, possibilita a aprendizagemdesejada, a ação ou feito de aprender, adquirir informações, habilidades, atitudes, valores, em inter-

relação com o meio sócio-cultural.

Mediante uma metodologia qualitativa é construído um instrumento para que, através de umaintervenção, sob observação-participante, em uma atividade transversal ao brincar da criança, sejaobtido um processo de aprendizagem. Cartazes com letras do alfabeto, usados pendurados ao pescoço,um por dia, para trabalhar vocabulário, sua aprendizagem, compreensão, ampliação, aplicação, corretagrafia, com a fala de uma palavra antes de iniciar um diálogo, ou uma jogada, ou uma tarefa da brincadeira,ou um brincar. Na dúvida, o uso do dicionário é estimulado.

As categorias de análise obtidas pela interpretação dos relatos dos brincares são: 1) A ação dacriança – conhecer uma palavra, não saber o que é, poder conhecer seu significado, incorporar umnovo conhecimento e utilizá-la de uma maneira adequada, eis a função social da comunicação. 2) Oprocesso de construção da palavra – a associação com o tema do jogo, relacionando-se palavras emcadeia, expressa uma aprendizagem, com trocas com meio social e cultural. 3) Informação sobreprevenção/promoção de saúde – a partir da palavra dita relaciona-se com temas gerais que um educador,como também promotor de saúde, deve dominar, e trabalha-se a questão do compromisso pela saúde.

O hospital ao receber as crianças, colocar à disposição delas uma sala de brincar, possibilitara intervenção e a relação com os adultos, das crianças entre si, gera trocas, informações e formações,

assim como, novos conhecimentos. Dá chances a que a aprendizagem ocorra e, logo, o desenvolvimento.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Novaes, Luiza – Médica-Pediatra/UFPel/RS; Docente da Escola de Medicina UCPel/RS; Mestreem Saúde e Comportamento UCPel/RS; Doutora em Ciências da Educação Universidade de Aveiro/Portugal.

Portugal, Gabriela – Professora Doutora do Departamento de Ciências da Educação Universidadede Aveiro, Portugal.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

DEPENDE DE NÓS... UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA CLASSEHOSPITALAR CANTO DO ENCANTO

Autoras:

Annelize D. Silva;Cláudia M. Kjaedegaard;

Edymara L. Pereira;Eliana B. Rocha;Raquel B. Garcia;

Rosângela B. Scárdua;Silvana A.T. Fraga;

Tatiana N. K.Machado;Terezinha C.Bragança;

Cleuza M. Hehr;Eliane S. Custódio;

Tânia M. Bitti.

INSTITUIÇÃO: Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória – HINSG – Santa Lúcia – Vitória/ES

A Classe Hospitalar Canto do Encanto surgiu de uma iniciativa do Serviço Social da Unidade

de Oncologia do hospital em parceria com a ACACCI em 2001.

A partir de 2004 foi efetivado convênio com a Secretaria Estadual de Educação e Esportes do

Estado, garantindo assim, a validação dos estudos das crianças/adolescentes hospitalizados pela escola

regular onde se encontram matriculados, evitando com isso a evasão e a repetência escolar desses sujeitos.

A Escola Canto do Encanto oferece atendimento pedagógico a 130 crianças/adolescentes por

dia, hospitalizados ou em fase de tratamento médico, matriculados ou não nos sistemas de ensino,

favorecendo o seu ingresso, retorno e adequada integração à escola de origem.

O atendimento pedagógico se estende a todas as enfermarias do hospital e é realizado dentro

da classe ou no leito, para aqueles que por motivos clínicos não podem locomover-se desse espaço.

O trabalho pedagógico desenvolvido visa promover uma aprendizagem significativa capaz de

contemplar as reais necessidades do cotidiano de crianças e adolescentes hospitalizados, tanto a nível

local quanto global.

Atualmente, a equipe pedagógica está desenvolvendo os trabalhos pedagógicos a partir do

tema “Meio Ambiente”, enfocando os subtemas: ÁGUA, LIXO, PLANTAS e ANIMAIS; despertando

nas crianças/adolescentes, uma melhor compreensão e reflexão crítica acerca do meio ambiente e das

problemáticas ambientais do momento.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

Os conteúdos curriculares envolvendo atividades de leitura, escrita, interpretação de textos,

cálculos matemáticos, jogos, brincadeiras, música, teatro, desenhos, dança, visitas temáticas, entre

outros, são desenvolvidos de forma interdisciplinar, dentro de cada subtema referido, e a partir das

indicações feitas pelas escolas de origem dessas crianças/adolescentes.

O projeto Classe Hospitalar “Canto do Encanto”, tem se mostrado inovador e fundamental

para o desenvolvimento global da criança/adolescente hospitalizado, prevenindo possíveis prejuízos

cognitivos em crianças submetidas a freqüentes hospitalizações.

O projeto pedagógico adotado mostra-se adequado e capaz de gerar interesse nos alunos,

pois participam das atividades propostas, percebendo-se como integrantes e transformadores do meio

ambiente, descobrindo-se então como agentes, e não apenas pacientes, no processo de busca de uma

melhor qualidade de vida.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

ECOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇAHOSPITALIZADA

Autoras:

Novaes, LuizaPortugal, Gabriela

O adoecer de uma criança, um processo social, é vivido, por vezes, no hospital, onde além da

família, do pediatra, outros elementos da equipe de saúde com ela estabelecem relações e inter-relações,

influenciando positiva ou negativamente seu papel de doente, período de internamento, desenvolvimento

e recuperação. Assim, também, a sociedade em que vive a criança, a cultura a qual pertence.

Na perspectiva do modelo ecológico do desenvolvimento humano de Bronfenbrenner se

demonstra a importância para a criança hospitalizada de inter-relações promotoras de desenvolvimento,

contribuidoras de comprometimento com a saúde; por meio de aprendizagens, condutoras de atitudes

saudáveis.

A criança ao adoecer faz uma transição ecológica, assume novo papel, mas segue de forma dinâmica

seu desenvolvimento em uma multiplicidade de contextos, às custas das inter-relações que estabelece. Um

novo ambiente ecológico é formado e a mãe acompanhante é o elemento influenciador do sistema N+2 para

as relações diádicas estabelecidas entre a criança e os membros da equipe. Seu papel estimulador determina

o potencial de desenvolvimento existente no contexto hospitalar, inclusive no brincar.

Por meio de uma metodologia qualitativa, apresenta-se um estudo descritivo, exploratório,relatando uma observação-participante, de um brincar livre, um teatro, ocorrido em uma sala de brincar,elemento do microsistema do ambiente ecológico da criança hospitalizada. A história encenada éconstruída na inter-relação criança-investigadora, com participação da mãe, com o tema alimentação,foco de atenção pela doença presente. Com pressupostos da análise de discurso verifica-se que aequipe de saúde, ao interagir com a criança, a enriquece com marcantes, criativas experiências,proporcionando desenvolvimento e aprendizagem no tópico relevante – dificuldade com alimentação emanutenção da glicemia. O brincar funciona como agente de desenvolvimento, já que a criança aceita,responde, participa dele ativamente, em níveis crescentes de complexidade, sob influência positiva da

mãe, com reflexos na interação com a pesquisadora.

Nesta díade de atividade conjunta, a reciprocidade, o equilíbrio de poder e o afeto garantem a

motivação para a manutenção da atividade, o prazer, o bem estar expressos pela criança, com

repercussões no seu comportamento. As interações estabelecidas com o brincar permitem à criança

adquirir conhecimentos úteis, importantes para promoção de sua saúde na vida extra-hospitalar, em

sua cota de responsabilidade, validando seu desenvolvimento. A equipe de saúde precisa estar alerta à

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

importância da qualidade das inter-relações estabelecidas com a criança, família, no hospital. Quanto

mais contextos, e mais distintos, a criança participar, maiores as chances de maturidade, experiência e

desenvolvimento.

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Novaes, Luiza – Médica-Pediatra/UFPel/RS; Docente da Escola de Medicina UCPel/RS; Mestreem Saúde e Comportamento UCPel/RS; Doutora em Ciências da Educação Universidade de Aveiro/Portugal.

Portugal, Gabriela – Professora Doutora do Departamento de Ciências da Educação Universidadede Aveiro, Portugal.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

EDUCAÇÃO É INCLUSÃO: ATUAÇÃO DO PROGRAMA DE APOIOPEDAGÓGICO DA ETS NO HCPA

Autoras:

Sylvia Graciela Sosa Mérola ([email protected])Sandra Mara Amazonas de Albuquerque ([email protected])

Judis Blacher ([email protected])Dóris Rechden Lobato

Rosiméri Campos EstimaLuciana Guterres Nunes

INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Técnica em Saúde – Hospital de Clínicasde Porto Alegre/RS

O programa de Apoio Pedagógico (PAP) é um projeto pioneiro no Rio Grande do Sul e

desenvolvido em parceria entre a Escola Estadual Técnica em Saúde – ETS e o Hospital de Clínicas

de Porto Alegre – HCPA desde agosto de 1990. A ETS é responsável pela operacionalização do

trabalho realizado e conta com uma equipe de professores da Rede Estadual que atende alunos da

Educação Infantil ao Ensino Médio.

O PAP busca, através da construção do conhecimento, a melhora na qualidade de vida do

paciente e tem o compromisso de promover a inclusão social no ensino regular contínuo e a aprendizagem

no ambiente hospitalar.

O Programa de Apoio Pedagógico está presente nas seguintes unidades do HCPA: Pediatria

(10° Sul), Oncologia Pediátrica (3° Leste) e Centro de Atenção Psicossocial - CAPS.

A intervenção do professor no ambiente hospitalar consiste, basicamente, em ministrar aulas

em pequenos grupos e/ou prestar atendimento individualizado, no leito; participar de reuniões com

equipes multidisciplinares; manter o vínculo com a escola de origem estabelecendo um sistema de

troca de informações sobre o aproveitamento escolar da criança, suas habilidades e necessidades

educacionais e, principalmente, favorecer a inclusão e o diálogo entre os sujeitos envolvidos no processo

escolar e hospitalar.

No período letivo, as três unidades do PAP atendem em média 850 crianças e adolescentes

por ano. Sendo o HCPA um hospital-escola, referência no atendimento de doenças crônicas e

transplantes, a abrangência do programa tem contemplado, não apenas crianças do Rio Grande do

Sul, como também algumas de outros estados do Brasil.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

A dinâmica do programa é desenvolvida num espaço produtivo e lúdico a partir de ações

vinculadas ao cotidiano, dentro e fora do hospital, propiciando, na medida do possível, desafios

que auxiliem crianças e adolescentes na estruturação do pensamento e permitam o desenvolvimento

da autonomia.

Os profissionais da classe hospitalar vivenciam no dia-a-dia situações que mobilizam sentimentos

de dor e sofrimento, mas que são compensadas, invariavelmente, por outras experiências muito

gratificantes. A equipe de professores do Programa de Apoio Pedagógico acredita que, conforme

Carvalho (1997, p.18) a criança hospitalizada (...) não é apenas um simples objeto de assistência, de

ensino e de pesquisa (...) e sim alguém que tenta nos dizer ou nos fazer entender as suas ansiedades, as

suas fantasias e as suas necessidades.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ATENDIMENTOESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

Autoras:

Michele Quinhones Pereira (Autora)Maria Alcione Munhóz (Orientadora)

INTRODUÇÃO

A discussão em torno da formação do professor na prática para o atendimento escolar no

ambiente hospitalar, tem instigado a preparação deste para atuar com a diversidade do cotidiano

pedagógico. O professor necessita de aportes teóricos nas áreas da saúde e educação, pois são

muitas as discussões a respeito das competências de cada área. A presente pesquisa tem como objetivo

a formação do professor de alunos que se encontram em situação de internação hospitalar. O estudo

pretende pesquisar como é o processo de formação de professores para alunos que se encontram em

situação de internação hospitalar, nos Cursos de Pedagogia e Educação Especial das Instituições de

Ensino Superior de Santa Maria-RS.

METODOLOGIA

O estudo propõe uma pesquisa descritiva com característica de estudo de caso que utilizará

como instrumento para a coleta de dados entrevistas semi-estruturadas, que serão aplicadas aos

professores que atuam no ambiente hospitalar, acadêmicas do último semestre que estão em prática de

ensino dos cursos e os coordenadores dos Cursos de Pedagogia e Educação Especial. Por se tratar

de um estudo em andamento, foram realizadas até o momento, algumas leituras relacionadas: a formação

de professores e ao atendimento pedagógico-educacional hospitalar, que fundamentaram o presente

plano de estudo e que contribuirão para a elaboração das entrevistas.

CONCLUSÃO

Até a presente data, os estudos realizados apontam para a necessidade de pensar a formação

de professores para o atendimento escolar no ambiente hospitalar, visto que existem particularidades

na ação docente desses profissionais.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Michele Quinhones Pereira – [email protected] – Educadora Especial, Especialistaem Educação Especial, Mestranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação daUFSM.

Maria Alcione Munhóz – Drª em Educação, Profª do Deptº de Educação Especial e Profª credenciadano Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSM.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: TRANFORMANDO AÇÕESEDUCACIONAIS NA CLASSE HOSPITALAR 1

Autoras:

Carmo, Daniela doFreitas, Soraia Napoleão

Ortiz, Leodi Conceição MeirelesSilva, Fernanda Godoy da

Zardo, Sinara PollomComin, Juliana de Oliveira

Finger, Alenia VarelaLeitão, Cristine Lorentz de Carvalho

Santos, Raquel Machado dosSouza, Carolina de

INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Santa Maria/RS

INTRODUÇÃO

A classe hospitalar assume função de promover apoio educacional especializado, flexibilizando

roteiro de ações compatíveis com o processo pedagógico em ambiência hospitalar.

OBJETIVO

Tendo como suporte a Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, a pesquisa temcomo objetivo investigar uma prática de estimulação das inteligências inter e intrapessoal de crianças

em tratamento para neoplasia.

METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos da pesquisa obedecem aos paradigmas da pesquisaqualitativa, possibilitando a aproximação entre pesquisadoras e pacientes-alunos do setor de Hemato-Oncologia do Hospital Universitário de Santa Maria. Os dados são coletados e registrados em dois

instrumentos: diário de campo e ficha de avaliação, respondida pelos pacientes.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

CONCLUSÃO

O projeto encontra-se em fase de execução. Embora os resultados sejam parciais, podemos

observar que a estimulação das inteligências pessoais beneficia a melhora da auto-imagem e autoconceito,

promove o respeito à singularidade, a aceitação e convívio com o “eu” subjetivado na dimensão de

paciente oncológico. Portanto, essa nova abordagem concorre para a minimização dos efeitos emocionais

provocados pela terapêutica.

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Carmo, Daniela do – [email protected] – Apresentadora e Acadêmica do Curso de Pedagogia/UFSM

Freitas, Soraia Napoleão – Profª Drª Coordenadora do Projeto de Pesquisa

Ortiz, Leodi Conceição Meireles – Profª Ms. Orientadora do Projeto de Pesquisa e Coordenadorado Setor Educacional do Serviço de Hemato-Oncologia/ HUSM

Silva, Fernanda Godoy da – Bolsista PIBIC e CNPq e Acadêmica do Curso de Educação Especial/UFSM

Zardo, Sinara Pollom – Bolsista FIPE e Acadêmica do curso de Pedagogia/ UFSM

*Comin, Juliana de Oliveira

*Finger, Alenia Varela

*Leitão, Cristine Lorentz de Carvalho

*Santos, Raquel Machado dos

*Souza, Carolina de

*Participantes do Projeto de Pesquisa

1 Projeto de Pesquisa vinculado ao Grupo de Pesquisa em Educação Especial: Interação e Inclusão Social

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O RESGATE DO BRINCAR NO HOSPITAL: A IMPORTÂNCIA DALUDICIDADE PARA AS CRIANÇAS COM CÂNCER1

Autoras:

Dra. Silvana Maria Moura da SilvaEmanuela Nava Lima

Rosana de Oliveira BispoRuth França Cutrim

Shirlene Diniz dos AnjosNilza Cleide Gama dos Reis

RESUMO

O câncer infantil, no Brasil, representa a quarta causa de morte entre crianças de 1 a 14 anos de idade,correspondendo a um índice preocupante. Os avanços nas áreas médica, farmacêutica e biológicacontribuem para que a mesma perca sua qualidade de doença aguda e fatal, passando a ter característicasde doença crônica e ser passível de cura, se for descoberta logo no início. Considerando esses avanços,houve uma transformação na assistência da criança com câncer, pois há duas ou três décadas, preparava-se a família para a morte de seu filho e os cuidados centrava-se no seu conforto físico. Entretanto,outras intervenções, além da administração de quimioterápicos, da radioterapia e da cirurgia, foramsendo implementadas como aquela através de atividades lúdicas. Tal intervenção pode aumentar asdefesas do sistema imunológico, favorecer o desenvolvimento infantil, tornar a recuperação mais rápidae menos traumatizante para a criança. Esta pesquisa pretende realizar investigação científica e intervençãoterapêutica pelo profissional de Educação Física, através de atividades lúdicas, utilizando-as comoinstrumentos facilitadores do processo de recuperação e do resgate da alegria em crianças hospitalizadaspor câncer, podendo facilitar a compreensão pela criança da situação da doença e a expressão de seussentimentos, bem como contribuir para a humanização do atendimento hospitalar, favorecer as defesasimunológicas, facilitar o processo de recuperação, aumentar as chances de sobrevida das crianças emelhorar a qualidade de vida das mesmas. As crianças participantes desta pesquisa serão aquelas comdiagnóstico de câncer e internadas no Setor de Pediatria e na Casa de Apoio de um hospital públicoem São Luís-MA, no período de agosto/2004 a julho/2005, com idades entre dois a oito anos. Osinstrumentos de coleta de dados serão análise de documentos do hospital; entrevistas estruturada enão estruturada e observações assistemáticas. Espera-se que a intervenção terapêutica lúdicaproporcione momentos alegres e prazerosos para as crianças usuárias dos serviços de saúde pública eque possa ajudá-las a passar por uma hospitalização menos traumatizante, bem como a se recuperaremmais rapidamente.

Palavras-chave: Brincar, Hospital, Crianças, Câncer.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Dra. Silvana Maria Moura da Silva – Coordenadora do Projeto de Pesquisa Brincar no Hospital:O Resgate da Alegria Infantil no Aldenora Belo

Emanuela Nava Lima – Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica –PIBIC/UFMA/CNPq

Rosana de Oliveira Bispo – Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica –PIBIC/UFMA/CNPq

Ruth França Cutrim – Aluna do Curso de Licenciatura em Educação Física da UFMA e voluntáriado Projeto de Pesquisa Brincar no Hospital: O Resgate da Alegria Infantil no Aldenora Belo

Shirlene Diniz dos Anjos – Aluna do Curso de Licenciatura em Educação Física da UFMA e voluntáriado Projeto de Pesquisa Brincar no Hospital: O Resgate da Alegria Infantil no Aldenora Belo

Nilza Cleide Gama dos Reis – Aluna do Curso de Licenciatura em Educação Física da UFMA evoluntária do Projeto de Pesquisa Brincar no Hospital: O Resgate da Alegria Infantil no Aldenora Belo

1 Parte do Projeto de Pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/UFMA/CNPq desenvolvido pelo

Departamento de Educação Física da UFMA

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

OS SIGNIFICADOS DAS ATIVIDADES LÚDICAS SOB O OLHAR DASCRIANÇAS HOSPITALIZADAS POR CÂNCER1

Autoras:

Dra. Silvana Maria Moura da SilvaEmanuela Nava Lima

RESUMO

O câncer compreende a denominação dada a um grupo de mais de duzentas doenças distintas, commultiplicidade de causas, possibilidade de morte e diferentes formas de tratamento. A criançahospitalizada por câncer é submetida a intensas cargas de estresse e de ansiedade durante a internação.Os tratamentos dolorosos e agressivos e a ausência de espaços adequados para brincar são algunsaspectos a serem considerados na intervenção. Diante desta realidade atípica ao desenvolvimentoinfantil, a intervenção terapêutica lúdica, através de brincadeiras, jogos, dramatizações, brinquedoscantados, leituras de livros infantis, relatos de histórias, comemoração de datas festivas, oficinas deartes, pode facilitar a compreensão pela criança da situação da doença e a expressão de seussentimentos infantis, bem como contribuir para a humanização do atendimento hospitalar, favoreceras defesas imunológicas, facilitar o processo de recuperação, aumentar as chances de sobrevida dascrianças e melhorar a qualidade de vida das mesmas. Portanto, o referido projeto tem como objetivoprincipal analisar os significados das atividades lúdicas realizadas em um hospital público em SãoLuís- MA pelas crianças internadas com câncer com base em seus relatos para compreender osimbolismo expresso por elas durante a realização das brincadeiras. As crianças participantes destapesquisa serão aquelas com diagnóstico de câncer e internadas no Setor de Pediatria e na Casa deApoio do referido hospital, no período de agosto/2004 a julho/2005, com idades entre 02 a 10 anos.A seleção inicial das crianças terá como base critérios pré-estabelecidos (faixa etária, diagnóstico etempo mínimo de internação). A fundamentação teórico-metodológica, que orienta esta proposta deintervenção terapêutica, apresenta como quadro de referência a fenomenologia. Sendo assim, a atitudebásica da proposta de intervenção é baseada no seguinte: para poder intervir terapeuticamente énecessário conhecer; para atuar é preciso compreender o fenômeno. Cada criança hospitalizada vivede maneira única e peculiar as situações relacionadas à sua doença e seu tratamento.

Palavra-chave: Simbolismo, Atividades Lúdicas, Câncer, Crianças.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Dra. Silvana Maria Moura da Silva – Coordenadora do Subprojeto de Pesquisa: Os Significadosdas Atividades Lúdicas sob o Olhar das Crianças Hospitalizadas por Câncer

Emanuela Nava Lima – Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/UFMA/CNPq

1 Subprojeto de Pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/UFMA/CNPq desenvolvido peloDepartamento de Educação Física da UFMA

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

PONTO DE ENCONTRO: APOIO PSICOPEDAGÓGICO AOSACOMPANHANTES DO HOSPITAL INFANTIL ISMÉLIA SILVEIRA

Autoras:

Danielle Sarmento do Prado

Edicléa Mascarenhas Fernandes

INSTITUIÇÃO: Hospital Infantil Ismélia da Silveira – Duque de Caxias/RJ

De acordo com Fernandes (2002), a integralidade de assistência à saúde é um dos princípios

máximos que norteiam o Sistema Único de Saúde. E a atenção integral à saúde constitui-se como um

encontro que produz afetos. Sabendo-se que o relacionamento da criança enferma com a instituição

hospitalar, não decorria desta forma, nos últimos anos houve uma renovação no procedimento hospitalar;

esse espaço que antes era somente permitido a médicos, enfermeiros e técnicos da área de saúde, hoje

abre espaço para os profissionais da área pedagógica, uma vez que a criança enferma, assim como

qualquer outra, apresenta o desenvolvimento que lhe é possível de acordo com uma diversidade de

fatores com os quais interage e, dentre eles, as limitações que o diagnóstico clínico lhe impõe... um ser

em desenvolvimento tem sempre possibilidades de usar e expressar, de uma forma ou de outra, o seu

potencial (Fonseca, 2003).

Para possibilitar tais condições, foi criado em 2002, no hospital em questão, o Programa Vamos

Brincar, com o objetivo de tomar o ato da internação menos doloroso e traumatizante para a criança,

proporcionando um ambiente alegre e descontraído. Afinal, a criança por está em desenvolvimento, encontra-

se mais vulnerável a desenvolver a “síndrome do hospitalismo”, que a remete a um quadro depressivo, que

numa visão holística do entendimento do processo de adoecimento e cura, configura-se como um entrave

para a alta hospitalar (Fernandes, 2002). Zavaschi, in Ceccim (1997) alerta para outro fator importante, a

reação dos familiares mediante à doença, no momento que um filho adoece, por mais estruturada que seja

a família, todos adoecem, Por isso, dentro do Programa Vamos Brincar foi criado o Projeto Ponto de

Encontro, para dar suporte psicopedagógico a estes familiares fragilizados, e que experimentam sentimentos

desconfortantes, gerando dificuldades no relacionamento interpessoal.

O presente projeto tem como objetivos, minimizar os problemas de relacionamento interpessoal,

possibilitar um espaço de entretenimento e descontração, desenvolver o hábito de reflexão e auto-

avaliação, além de possibilitar a troca de informações sobre assuntos que elevam a qualidade de vida.

Sendo realizado, junto aos acompanhantes das crianças internadas no Hospital Infantil Ismélia da

Silveira, localizado no município de Duque de Caxias na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

A metodologia utilizada baseasse na pesquisa-ação por possibilitar a articulação da teoria-

práxis; o Ponto de Encontro é realizado uma vez por semana com uma hora duração, e acontece no

espaço externo das enfermarias; os acompanhantes são convidados nas enfermarias à participar do

grupo, sendo que na maioria dos encontros, há uma participação em “massa”; para sensibilizar o grupo

são utilizados diversos recursos, tais como, frases e textos de reflexão, textos instrucionais com assuntos

de interesse, dinâmicas de grupo, músicas, e até mesmo atividade física de relaxamento.

Os resultados apontam para uma significativa melhoria no relacionamento interpessoal:

acompanhante/criança, acompanhante/acompanhante, acompanhante/equipe de enfermagem e

acompanhante/equipe médica, e um aumento de interesse nos assuntos abordados nos grupos.

REFERÊNCIAS

FERNANDES, E.M. Programa Vamos Brincar, 2002 (mimeo)

FONSECA, E,S. Atendimento escolar no ambiente hospitalar. São Paulo: Memnon:

2003,

ZAVASCHI, M,L.; BASSOLS, A.M.S.; PALMA,R.B. A criança frente à doença e à

morte: aspectos psiquiátricos. In: CECCIM, R.B. & CARVALHO, P.R.A. (org.) Criança

hospitalizada: atenção integral como escuta à vida. Porto Alegre: Editora da

Universidade/UFRGS, 1997.

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Danielle Sarmento do Prado: Economista Doméstico e Pós-graduanda em Psicopedagogia da UNIG;

Edicléa Mascarenhas Fernandes: Psicóloga, Pedagoga, Psicopedagoga, Mestre em Educação eDoutora em Saúde da Criança, da Mulher pelo IFF-FIOCRUZ e Coordenadora do Projeto VamosBrincar.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

PROGRAMAS DE ESTIMULAÇÃO PRECOCE PARA CRIANÇASDESNUTRIDAS GRAVES HOSPITALIZADAS NA PRIMEIRA

INFÂNCIA1

Autora:

Dra. Silvana Maria Moura da Silva2

RESUMO

O problema, que justifica a elaboração desta investigação, compreende a importância dos programasde estimulação precoce como forma de prevenir deficiências, desde mais tenras idades, como os doisprimeiros anos de vida, sobretudo quando as crianças encontram-se internadas por apresentaremfatores de alto risco como a desnutrição grave. Soma-se a isso, a escassez de condições humanizantesem muitas unidades hospitalares, desde a falta e/ou inadequação de estímulos lúdicos apropriados aomundo infantil e a falta de convívio carinhoso da mãe (responsável) com a criança. Procura-se elaborarprogramas de estimulação precoce destinados às crianças marasmáticas na 1a. infância, face aosatrasos neuromotores apresentados por elas, bem como da avaliação das oportunidades de estimulaçãoexistentes no hospital. Cinco crianças de dois meses a dois anos, hospitalizadas por diagnóstico demarasmo, déficit de peso igual ou inferior a 40%, são objetos de avaliação-intervenção precoce durantetrês meses do período de sua internação. Utilizam-se como instrumentos de coleta de dados a Escalado Desenvolvimento Psicomotor da Primeira Infância de Silva e Pérez-Ramos, para avaliação dascrianças; do Inventário Cumulativo de Estimulação Ambiental de Pérez-Ramos, adaptado ao ambientehospitalar, para apreciação das carências estimuladoras deste contexto. Os programas elaborados sãoresultantes da análise de diversos programas de estimulação precoce como complemento ao diagnósticodo bebê e do ambiente hospitalar efetuados. Como resultado do estudo apresenta-se a organizaçãode um programa básico de estimulação psicomotora, além da detecção das carências no processoevolutivo das crianças estudadas e do ambiente hospitalar de sua convivência. Conclui-se que aefetivação de programas de estimulação precoce na primeira infância poderá ser um fator de prevençãode deficiências, sobretudo se os programas forem introduzidos em idades mais tenras e se abrangerema natureza multifocal.

Palavras-Chave: Programas de estimulação precoce, desnutrição grave, hospital, 1a. infância

1 Parte integrante da Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação Física da UNICAMP.2 Doutora em Educação Motora/UNICAMP. Mestre em Educação Especial/UFSCar. Professora Adjunta do Departamento de EducaçãoFísica da UFMA. Professora dos Mestrados em Ciências da Saúde; em Educação e em Saúde da Mulher, do Adolescente e da Criança.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

PROJETO VAMOS BRINCAR: “HORA DO CONTO”

Autoras:

Fátima Jane da Silva Almeida (Autora)Edicléa Mascarenhas Fernandes (Coordenadora)

“Hoje eu sei que não me contavam histórias para me fazer dormir,mas para me fazer sonhar”.

Osvaldo Montenegro

A “Hora do Conto” é uma das vertentes do PROJETO VAMOS BRINCAR, desenvolvido

no Hospital Infantil Ismélia da Silveira, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Estado Rio de

Janeiro. O projeto é uma iniciativa da Profª Drª Edicléa Mascarenhas Fernandes, e agrega como

voluntários uma equipe interdisciplinar: professoras, bióloga, psicopedagogas, economista doméstica,

acadêmicos de psicologia, desde 2002.

O objetivo da “Hora do Conto”, não é somente entreter as crianças hospitalizadas, levando-as

momentos de alegria, sonhos e de fantasia, mas de através das histórias contadas e cantadas, lidas com

elas e para elas, detectar problemas e encaminha-las aos profissionais competentes.

Através de histórias, as crianças identificam-se com os personagens, com a trama inserindo-se

no contexto e muitas vezes expõe seus medos, anseios e traumas, usando a “voz” do personagem. A

“Hora do Conto” começou com o “Grupo Pré-cirúrgico”, onde utilizamos o livro ”A Operação de

Lili”, que tem como contexto uma elefoa Lili, que é muito amiga do sapo Gregório, e eles gostavam de

brincar juntos, só que um dia Lili aspirou Gregório e ele ficou entalado em sua tromba, é era necessário

uma pequena cirurgia. Lili ficou com muito medo da anestesia, de sentir dor, no final da história Lili está

feliz, uma vez que a cirurgia terminou bem e ela não viu e nem sentiu nada. Nesse momento chamamos

as crianças a participar contando de si, quem está com medo e do que tem medo, conversamos com

elas e com os responsáveis, pois muitos passam informações errôneas sobre o tipo de cirurgia e as

intervenções a que elas serão submetidas. Dispomos de um material projetivo: uma caixa com bonecos

caracterizados de profissionais de saúde, kit com estetoscópio, injeção, termômetro, máscara cirúrgica

e propomos brincadeiras após a história contada e quando observamos que os medos e anseios são

extremamente fortes, encaminhamos a criança e o responsável para uma avaliação psicológica com a

coordenadora do projeto.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

Estendemos a Hora do Conto às enfermarias, nesse momento, além dos aspectos focados

anteriormente como objetivo, consideramos outras observações, tais como: dicção, memória, atenção

concentrada e reflexa, percepção visual e auditiva, encadeamento de idéias e capacidades de análise,

síntese e observação, permitindo-nos um trabalho psicopedagógico, através de jogos, brincadeiras e

de atividades, para avaliar o desenvolvimento global da criança. Além de oferecer às famílias, um novo

olhar do ambiente do hospital como local que cuida do corpo e suas patologias, mas também do

intelectual e do psicológico, através do vínculo criado pelo carinho, dedicação e de momentos de

alegria, a Hora do Conto no Projeto Vamos Brincar é um espaço de ressignificação das práticas

hospitalares.

“O objetivo da estória é dizer o nome,dar às crianças símbolos que lhes permitam falar

sobre seus medos.E é sempre mais fácil falar sobre si mesmo

fazendo de conta quese está falando sobre flores, sapos, elefantes, patos...”

Rubem Alves

REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem & IANNI, André. A Operação de Lili. São Paulo: Paulus, 1999.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

PROJETO VAMOS BRINCAR: UMA EXPERIÊNCIA DEACOMPANHAMENTO PSICOPEDAGÓGICO HOSPITALAR

Autoras:

ALMEIDA, F.J.S.;COUTO, L.M.;CRUZ, M.G.;

FERNANDES, E.M.;LIMA, D.M.;

PRADO, D.S.;SILVA, E.C.A.;SINNO, M.V.

INSTITUIÇÃO: Hospital Infantil Ismélia da Silveira – SUS/SMS – D.Caxias/RJ

O Projeto Vamos Brincar configura-se como um campo de intervenção psicopedagógica

multidisciplinar em atenção profilática à saúde mental infanto-juvenil, fundamentado no princípio de

integralidade na assistência à saúde.

O projeto foi implantado no Hospital Infantil Ismélia da Silveira em 2002, tendo como objetivos

acompanhar através do brincar os pacientes e prevenir processos de depressão e hospitalismo,

possibilitar melhor conhecimento sobre o processo de adoecimento e mecanismos de enfrentamento

do mesmo pela criança, mediar os espaços de interação criança-acompanhante e manter intercâmbio

com outros espaços de vida da criança, como a escola.

Há sessões de estudos semanais, utilizando-se os referenciais teóricos de Winnicot, Brazelton,

Kramer, Piaget, Alicia Fernández, Sara Pain, Jorge Visca, Ricardo Ceccin, Santa Rosa e outros

pesquisadores de práticas hospitalares humanizadoras.

O brincar apresenta-se como fio condutor para avaliação e acompanhamento dos internos no

cotidiano das enfermarias. Na cartografia hospitalar destacam-se como territórios de atuação da

psicopedagogia: a sala e o pátio de recreação, os centros de interesse, as reuniões quinzenais com o

grupo de acompanhantes, o grupo pré-cirúrgico, a videoteca, a hora do conto, o espaço de

acompanhamento e suporte à visita dos irmãos e familiares aos domingos, o ponto de encontro com

acompanhantes, os grupos focais com demais profissionais e as enfermarias de lactentes, pré-escolares,

escolares e adolescentes.

Neste sentido a psicopedagogia hospitalar contribui com um enfoque diferenciador e singular

no corpus de práticas hospitalares humanizadoras.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Profª Drª Edicléa Mascarenhas Fernandes – Professora Adjunta da Faculdade de Educação daUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Psicóloga do Hospital Infantil Ismélia da Silveira,Psicopedagoga, Mestre em Educação, Doutora em Ciências/Fiocruz.End: Rua Quintino Bocaiúva, 50 – Centro25010-280 – Duque de Caxias/RJTel: 27714357E-mail: [email protected]

Fátima Lacerda Almeida – Bióloga e contadora de história

Lenir Martins Couto – Pedagoga cursando pós-graduação em Psicopedagogia

Maria Gorette Cruz – Licenciada em Língua Portuguesa cursando pós-graduação em Psicopedagogia

Danielle Muniz Lima – Estudante de graduação de Psicologia

Danielle Sarmento Prado – Economista doméstico e pós-graduanda em Psicopedagogia

Edna Carla Alves da Silva – Pedagoga cursando pós-graduação em Psicopedagogia

Míriam Valéria Sinno – Pedagoga cursando pós-graduação em Psicopedagogia

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA NOCENTRO DE ENSINO ESPECIAL HELENA ANTIPOFF1

Autoras:

Dra. Silvana Maria Moura da SilvaRuth França Cutrim

Nilza Cleide Gama dos Reis

RESUMO

A pessoa com necessidades especiais tem o direito de participar de práticas desportivas formais e nãoformais como qualquer outra pessoa, desenvolvendo as suas potencialidades. Entretanto, ainda ébastante discriminado em todos os setores sociais. A Educação Física Adaptada veio para suprir esteanseio, cooperando ainda na melhoria da qualidade de vida e como elemento facilitador da inclusãosocial. Esta área se desenvolve através de atividades psicomotoras, esporte pedagógico, recreação elazer especial e técnicas de orientação e de locomoção, tornando-se fundamental no processo dedesenvolvimento das capacidades individuais do indivíduo com necessidades especiais. Este projetotem como principal objetivo proporcionar aos alunos do Curso de Licenciatura em Educação Física,oriundos da disciplina Educação Física Especial, oportunidades para que estes desenvolvam atividadesfísicas, recreativas e de iniciação desportiva adaptada às pessoas com necessidades especiais eportadoras de deficiência mental, auditiva e física no Centro de Ensino Especial Helena Antipoff emSão Luís-MA. O desenvolvimento destas atividades irá possibilitar a vivência corporal através deatividades rítmicas e da dança; desenvolverá o esquema corporal, a lateralidade, a coordenaçãodinâmica global, a coordenação motora fina, a estruturação espacial e a orientação espacial através deatividades recreativas diversificadas; estimulará a aquisição e/ ou o aperfeiçoamento de movimentosfundamentais e específicos das diferentes modalidades esportivas; favorecerá a socialização e aafetividade entre os alunos e os bolsistas de extensão; melhorará a auto-estima dos alunos comnecessidades especiais através da exploração de suas potencialidades e estimulará a criatividade atravésde situações-problema relacionadas às situações da vida diária. Os participantes deste projeto sãotodos os alunos do Centro de Ensino Especial Helena Antipoff freqüentadores das salas de EducaçãoFísica, psicomotricidade e dança, com idade entre 14 e 25 anos e de ambos os sexos.

Palavras-chave: Educação Física Adaptada, deficiência, necessidades especiais.

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III ECONTRO NACIONAL E I ENCONTRO BAIANO SOBRE ATENDIMENTO ESCOLAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

REFERÊNCIAS DAS AUTORAS

Dra. Silvana Maria Moura da Silva – Coordenadora do Projeto, Professora do Departamento deEducação Física da UFMA.

Ruth França Cutrim – Bolsista de Extensão e aluna do Curso de Licenciatura em Educação Físicada UFMA.

Nilza Cleide Gama dos Reis – Bolsista de Extensão e aluna do Curso de Licenciatura em EducaçãoFísica da UFMA.

1 Projeto de Extensão desenvolvido pelo Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).