Upload
internet
View
103
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
III Jornadas de Contabilidade do ISVOUGA
A Contabilidade e Perspetivas Futuras
01/12/2014
Método de Equivalência Patrimonial
Paulo Jorge NaiaProfessor-Adjunto (Eq.) do ISCA-UA e TOC n.º 56034([email protected])
Definições
Empresa-mãe: é uma entidade que detém uma ou mais subsidiárias.
Grupo: é constituído por uma empresa-mãe e todas as suas subsidiárias.
Subsidiária: é uma entidade (aqui se incluindo entidades não
constituídas em forma de sociedade, como, p. ex., as parcerias) que é
controlada por uma outra entidade (designada por empresa-mãe).
Controlo: é o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de
uma entidade ou de uma atividade económica a fim de obter benefícios
da mesma.
2
Definição de controlo
Deve presumir-se que uma entidade concentrada obteve o controlo de outra
entidade concentrada quando adquire mais de metade dos direitos de voto da
outra entidade, a menos que seja possível demonstrar que essa propriedade não
constitui controlo. Mesmo que uma das entidades concentradas não adquira mais
de metade dos direitos de voto de outra entidade concentrada, ela pode ter obtido
o controlo da outra entidade se, como resultado da concentração, ela obtiver:
(a) Poder sobre mais de metade dos direitos de voto da outra entidade em
virtude de um acordo com outros investidores; ou
(b) Poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da outra entidade
segundo uma cláusula estatutária ou um acordo; ou
(c) Poder para nomear ou demitir a maioria dos membros do órgão de
gestão da outra entidade; ou
(d) Poder de agrupar a maioria de votos nas reuniões do órgão de gestão da
outra entidade.
3
Definições
Associada: é uma entidade (aqui se incluindo as entidades que não
sejam constituídas em forma de sociedade, como, p. ex., as parcerias)
sobre a qual o investidor tenha influência significativa e que não seja
nem uma subsidiária nem um interesse num empreendimento conjunto.
Influência significativa: é o poder de participar nas decisões das políticas
financeira e operacional da investida ou de uma atividade económica
mas que não é controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas. A
influência significativa pode ser obtida por posse de ações, estatuto ou
acordo.
4
Definição de influência significativa
Se o investidor detiver, direta ou indiretamente (por exemplo, através de
subsidiárias), 20% ou mais do poder de voto na investida, presume-se
que tem influência significativa, a menos que o contrário possa ser
claramente demonstrado.
Se o investidor detiver, direta, ou indiretamente (por exemplo, através de
subsidiárias), menos de 20% do poder de voto na investida, presume-se
que não tem influência significativa, a menos que o contrário possa ser
claramente demonstrado.
5
Definição de influência significativa
A existência de influência significativa por parte de um investidor é
geralmente evidenciada por uma ou mais das seguintes formas:
(a) Representação no órgão de direção ou órgão de gestão
equivalente da investida;
(b) Participação em processos de decisão de políticas, incluindo a
participação em decisões sobre dividendos e outras distribuições;
(c) Transações materiais entre o investidor e a investida;
(d) Intercambio de pessoal de gestão; ou
(e) Fornecimento de informação técnica essencial.
6
Definição de influência significativa
Ao avaliar se uma entidade tem influência significativa, deverá ser tida
em conta a existência e o efeito de potenciais direitos de voto.
Uma entidade perde influência significativa sobre uma investida quando
perde o poder de participar nas decisões de política financeira e
operacional da investida.
A perda de influência significativa pode ocorrer com ou sem alteração
nos níveis absolutos ou relativos de propriedade. Pode ocorrer, por
exemplo, quando uma associada passa a estar sujeita ao controlo de um
governo, tribunal, administrador ou regulador. Pode também ocorrer
como resultado de um acordo contratual.7
Definições
Método da equivalência patrimonial: é um método de contabilização pelo qual o
investimento ou interesse é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente
ajustado em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte
do investidor ou do empreendedor nos ativos líquidos da investida ou da entidade
conjuntamente controlada. Os resultados do investidor ou empreendedor incluem
a parte que lhe corresponda nos resultados da investida ou da entidade
conjuntamente controlada.
Controlo conjunto: é a partilha de controlo, acordada contratualmente, de uma
atividade económica, e existe apenas quando as decisões estratégicas
financeiras e operacionais relacionadas com a atividade exigem o consentimento
unânime das partes que partilham o controlo (os empreendedores).
8
O controlo
Para avaliar se uma entidade tem o controlo, é necessário avaliar se a entidade
tem potenciais direitos de voto.
Estes potenciais direitos de voto existem se uma entidade for proprietária
de warrants de ações, opções call de ações, instrumentos de dívida ou de capital
próprio que sejam convertíveis em ações ordinárias, ou de outros instrumentos
semelhantes que tenham a capacidade, se exercidos ou convertidos, de
conceder à entidade o poder de voto ou de reduzir o poder de voto de uma
terceira entidade relativamente às políticas financeiras e operacionais da
entidade relativamente à qual podem ser exercidos ou convertidos os potenciais
direitos de voto.
9
Método da equivalência patrimonial
Pelo MEP, o investimento numa entidade é inicialmente reconhecido
pelo custo e a quantia escriturada é aumentada ou diminuída para
reconhecer a parte do investidor nos resultados da investida depois da
data da aquisição.
A parte do investidor nos resultados da investida é reconhecida nos
resultados do investidor.
As distribuições recebidas de uma investida reduzem a quantia
escriturada do investimento.
10
Método da equivalência patrimonial
Podem também ser necessários ajustamentos na quantia escriturada,
para alterações no interesse proporcional do investidor na investida
resultantes de alterações no capital próprio da investida que não tenham
sido reconhecidas nos resultados da investida.
Tais alterações incluem as resultantes da revalorização de ativos fixos
tangíveis e das diferenças de transposição de moeda estrangeira.
A parte do investidor nessas alterações é reconhecida diretamente no
seu capital próprio.
11
Método da equivalência patrimonial
O investimento evidenciado nas demonstrações financeiras da investida
corresponde à quota-parte do investidor nos capitais próprios da
investida.
Esquematicamente os registos a efetuar nas principais alterações ao
capital próprio das participadas são:
Natureza da alteração Débito Crédito
Lucro do período Participações Financeiras Rendimentos e Ganhos
Prejuízo do período Gastos e Perdas Participações Financeiras
Revalorizações Participações Financeiras Capital Próprio
Distribuição de dividendos Depósitos à Ordem Participações Financeiras
Aumento de capital por
incorporação de reservas---- ----
Aumento de capital realizado em
dinheiroParticipações Financeiras Depósitos à Ordem
12
Método da equivalência patrimonial
Quando existirem potenciais direitos de voto, a parte do investidor
nos resultados da investida e nas alterações no capital próprio da
investida é determinada na base dos interesses de propriedade
então existentes e não reflete o possível exercício ou conversão de
potenciais direitos de voto.
As demonstrações financeiras disponíveis mais recentes da investida
são usadas pelo investidor na aplicação do MEP. Quando as datas de
relato do investidor e da investida forem diferentes, esta prepara, para
uso do investidor, demonstrações financeiras na mesma data das
demonstrações financeiras do investidor a não ser que isso se torne
impraticável.13
Método da equivalência patrimonial
As demonstrações financeiras do investidor devem ser preparadas
usando políticas contabilísticas uniformes para transações e
acontecimentos idênticos em circunstâncias semelhantes.
Se uma investida usar políticas contabilísticas diferentes das do
investidor para transações e acontecimentos idênticos em circunstancias
semelhantes, devem ser feitos ajustamentos para conformar as políticas
contabilísticas da investida às do investidor quando as demonstrações
financeiras da investida forem usadas pelo investidor na aplicação do
MEP.
14
Investimentos em associadas
Um investimento numa associada deve ser contabilizado usando o MEP,
exceto se existirem restrições severas e duradouras que prejudiquem
significativamente a capacidade de transferência de fundos para a
empresa detentora, caso em que deve ser usado o método do custo.
Um investidor deve descontinuar o uso do MEP a partir da data em que
perder a influência significativa sobre uma associada. Nessa
circunstância, o custo a considerar para efeitos de mensuração inicial
como ativo financeiro deve corresponder ao da quantia escriturada
desse investimento à data em que deixou de ser uma associada.
15
Investimentos em associadas
Os resultados provenientes de transações “ascendentes” e
“descendentes” entre um investidor (incluindo as suas subsidiárias
consolidadas) e uma associada são reconhecidos nas demonstrações
financeiras do investidor somente na medida em que correspondam aos
interesses de outros investidores na associada, não relacionados com o
investidor. Transações “ascendentes” são, por exemplo, vendas de
ativos de uma associada ao investidor. Transações “descendentes” são,
por exemplo, vendas de ativos do investidor a uma associada. Assim, a
parte do investidor nos resultados da associada resultantes destas
transações é eliminada.
16
Investimentos em associadas
Um investimento numa associada é contabilizado usando o MEP a partir
da data em que se torne uma associada. Na aquisição do investimento,
qualquer diferença entre o custo do investimento e a parte do investidor
no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes
identificáveis da associada é contabilizada de acordo com a NCRF 14 -
Concentrações de Atividades Empresariais. Portanto:
(a) O goodwill relacionado com uma associada é incluído na quantia
escriturada do investimento. Contudo, a amortização
desse goodwill não é permitida e não é portanto incluída na
determinação da parte do investidor nos resultados da associada;
17
Investimentos em associadas
Um investimento numa associada é contabilizado usando o MEP a partir da data
em que se torne uma associada. Na aquisição do investimento, qualquer
diferença entre o custo do investimento e a parte do investidor no justo valor
líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da associada é
contabilizada de acordo com a NCRF 14 - Concentrações de Atividades
Empresariais. Portanto:
(b) Qualquer excesso da parte do investidor no justo valor líquido dos ativos,
passivos e passivos contingentes identificáveis da associada acima do custo
do investimento é excluído da quantia escriturada do investimento e é
incluído como rendimento na determinação da parte do investidor nos
resultados da associada do período em que o investimento é adquirido.
18
Investimentos em associadas
Serão feitos ajustamentos apropriados na parte do investidor nos
resultados da associada, após a aquisição, para contabilizar, por
exemplo, a depreciação dos ativos depreciáveis baseada nos seus
justos valores à data da aquisição.
De forma semelhante, serão feitos ajustamentos apropriados na parte do
investidor nos resultados da associada, após a aquisição, para ter em
conta perdas por imparidade reconhecidas pela associada em itens tais
como o goodwill ou ativos fixos tangíveis.
19
Investimentos em associadas
Se a parte de um investidor nas perdas de uma associada igualar ou
exceder o seu interesse na associada, o investidor descontinua o
reconhecimento da sua parte de perdas adicionais.
20
Investimentos em subsidiárias
Nas demonstrações financeiras individuais de uma empresa-mãe, a
valorização dos investimentos em subsidiárias deve ser efetuada de
acordo com o MEP. Nos casos em que se verifiquem restrições severas
e duradouras que prejudiquem significativamente a capacidade de
transferência de fundos para a empresa detentora, deve ser usado o
método do custo.
A valorização dos investimentos em entidades conjuntamente
controladas e em associadas nas demonstrações financeiras individuais
é efetuada nos termos da NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos
Conjuntos e Investimentos em Associadas.
21
Perdas por imparidade
Tendo aplicado o MEP e reconhecido as perdas da associada, o
investidor deve determinar se é necessário reconhecer qualquer perda
por imparidade adicional com respeito ao conjunto de interesses na
associada.
22
Método do custo
Pelo método do custo, uma investidora regista o seu investimento na
investida ao custo.
A investidora somente reconhece rendimentos até ao ponto em que
receba distribuições, a partir dos lucros líquidos acumulados da
investida, de proveniência subsequente à data da aquisição pela
investidora.
As distribuições recebidas em excesso de tais lucros, são consideradas
uma recuperação do investimento, sendo registadas como uma redução
do custo do investimento.
23
Transição entre o MEP e o método do custo e transição entre o método do custo e o MEP
Um investidor deve descontinuar o uso do MEP a partir da data em que perder a
influência significativa sobre uma associada. Nessa circunstância, o custo a
considerar para efeitos de mensuração inicial como ativo financeiro deve
corresponder ao da quantia escriturada desse investimento à data em que deixou
de ser uma associada.
Aquando da primeira aplicação do MEP, devem ser atribuídas às partes de capital
as quantias correspondentes à fração dos capitais próprios que elas
representavam no início do período, por contrapartida da conta 5711 -
Ajustamentos em ativos financeiros - Relacionados com o método da
equivalência patrimonial - Ajustamentos de transição (Nota de enquadramento à
conta 41 - Investimentos financeiros ).
24
Transição entre o MEP e o método do custo e transição entre o método do custo e o MEP
25
A compra 80% de B por 100.000 no início de X1D IF/Sub/MEP 100.000,00C DO 100.000,00
RLP de B em X1 = 60.000D IF/Sub/MEP 48.000,00C ORG 48.000,00
Lucros atribuídos a A = 48.000 x 75% = 36.000D Contas a receber 36.000,00C IF/Sub/MEP 36.000,00
Lucros não atribuídos a AD RT 12.000,00C AAF/MEP/LNA 12.000,00 Sc 12.000,00
Doação obtida por B = 40.000Contabilização do efeito da doação líquida de IRC (25%) em AD IF/Sub/MEP 24.000,00 Sd 136.000,00C AAF/MEP/OVCP 24.000,00 Sc 24.000,00
Transição entre o MEP e o método do custo e transição entre o método do custo e o MEP
26
A aliena 7/8 da part financeira por 140.000,00Saldo IF correspondente 119.000,00Ganho 21.000,00
D DO 140.000,00C IF/Sub/MEP 119.000,00C ORG 21.000,00
Reclassificação de 7/8 dos saldos credores de AAF para RTD AAF/MEP/LNA 10.500,00D AAF/MEP/OVCP 21.000,00C RT 31.500,00
Reclassificação do IFD IF/Outras/PartCap 17.000,00C IF/Sub/MEP 17.000,00
Reclassificação de 1/8 dos saldos credores de AAF para OVCPD AAF/MEP/LNA 1.500,00D AAF/MEP/OVCP 3.000,00C OVCP 4.500,00
A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros que representem participações de capital
são mensurados de acordo com os métodos indicados no quadro
seguinte, conforme NCRF 13 - Interesses em empreendimentos
conjuntos e investimentos em associadas, NCRF 15 - Investimentos em
subsidiárias e consolidação e NCRF 27 - Instrumentos financeiros:
27
Participações Nas contas individuais Nas contas consolidadas
Em subsidiárias Por regra método da equivalência patrimonial.
Método da consolidação integral.
Em associadas Por regra método da equivalência patrimonial.
Método da equivalência patrimonial.
Em empreendimentos conjuntos (entidades conjuntamente controladas).
Método da consolidação proporcional ou método da equivalência patrimonial.
Método da consolidação proporcional.
Noutras entidades Método do custo ou método do justo valor (conta 14).
Método do custo ou método do justo valor.
A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros
O uso do método da equivalência patrimonial nas contas
individuais de uma empresa-mãe que elabore contas consolidadas
deve ser complementado com a eliminação, por inteiro dos saldos e
transações intragrupo, incluindo rendimentos e ganhos, gastos e
perdas e dividendos.
Os resultados provenientes de transações intragrupo que sejam
reconhecidos nos ativos, tais como inventários e ativos fixos, são
eliminados por inteiro. As perdas intragrupo podem indicar uma
imparidade que exija reconhecimento nas demonstrações financeiras
consolidadas.
28
A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros
Operações descendentes com subsidiárias: adaptado de José Rodrigues de Jesus e Susana
Rodrigues de Jesus, “Alguns Aspetos da Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial – II”,
Revista Revisores e Auditores, n.º 55
A detém 70% do capital de B e no ano X1 vende mercadorias a B, por 4.000 u.m. e com o CMV de
3.200 u.m., tendo B conservado no termo daquele ano a totalidade das mercadorias adquiridas a A e
vendido integralmente as mesmas em X2. O lucro é de 800 u.m. a eliminar totalmente.
Em X1
Em X2
29
D Gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com subsidiárias
800
C Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos 800
D Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos 800
C Reversões de gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com subsidiárias
800
A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros
Operações descendentes com associadas
A detém 20% do capital de B e no ano X1 vende mercadorias a B, por 4.000 u.m. e com
o CMV de 3.200 u.m., tendo B conservado no termo daquele ano a totalidade das
mercadorias adquiridas a A e vendido integralmente as mesmas em X2. O lucro é de
800 u.m. a eliminar proporcionalmente, ou seja, 160 u.m..
Em X1
Em X2
30
D Gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com associadas
160
C Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com associadas diferidos
160
D Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com associadas diferidos
160
C Reversões de gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com associadas
160
A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros
Operações ascendentes com subsidiárias
A detém 70% do capital de B e no ano X1, B vende mercadorias a A, por 4.000 u.m. e
com o CMV de 3.200 u.m., tendo A conservado no termo daquele ano a totalidade das
mercadorias adquiridas a B e vendido integralmente as mesmas em X2. O lucro é de
800 u.m. a eliminar proporcionalmente, ou seja, 560 u.m..
Em X1
Em X2
31
D Investimentos financeiros 560
C Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos
560
D Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos
560
C Reversões de gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com subsidiárias
560
A nota de enquadramento à conta 41 - Investimentos financeiros
Operações ascendentes com associadas
A detém 20% do capital de B e no ano X1, B vende mercadorias a A, por 4.000 u.m. e
com o CMV de 3.200 u.m., tendo A conservado no termo daquele ano a totalidade das
mercadorias adquiridas a B e vendido integralmente as mesmas em X2. O lucro é de
800 u.m. a eliminar proporcionalmente, ou seja, 160 u.m..
Em X1
Em X2
32
D Investimentos financeiros 160
C Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com associadas diferidos
160
D Diferimentos - Ganhos e perdas em operações com associadas diferidos
160
C Reversões de gastos e perdas por diferimentos de ganhos em operações com subsidiárias
160
A nota de enquadramento à conta 419 - Perdas por imparidade acumuladas
Esta conta regista as diferenças acumuladas entre as quantias registadas e as
que resultem da aplicação dos critérios de mensuração dos correspondentes
ativos, podendo ser subdividida a fim de facilitar o controlo e possibilitar a
apresentação em balanço das quantias líquidas.
As perdas por imparidade anuais serão registadas na subconta da conta 65, e as
suas reversões (quando deixarem de existir as situações que originaram as
perdas) são registadas na subconta da conta 762.
Quando se verificar o desreconhecimento dos ativos a que respeitem as
imparidades, a conta em epígrafe será debitada por contrapartida da
correspondente conta da classe 4.
33
A nota de enquadramento à conta 57 – Ajustamentos em ativos financeiros
57 - Ajustamentos em ativos financeiros
Evidencia os ajustamentos decorrentes, designadamente, da
utilização do método da equivalência patrimonial em subsidiárias,
associadas e entidades conjuntamente controladas.
5711 - Ajustamentos em ativos financeiros - Relacionados com o
método da equivalência patrimonial - Ajustamentos de transição
Quando da transição para a aplicação do método da equivalência
patrimonial, esta conta regista a diferença entre as quantias
atribuídas às partes de capital, correspondentes à fração dos
capitais próprios que representavam no início do período, e as
quantias por que se encontravam expressas.
34
A nota de enquadramento à conta 57 – Ajustamentos em ativos financeiros
5712 - Ajustamentos em ativos financeiros - Relacionados com o
método da equivalência patrimonial - Lucros não atribuídos
Esta conta será creditada pela diferença entre os lucros imputáveis
às participações e os lucros que lhes forem atribuídos (dividendos),
movimentando-se em contrapartida a conta 56 - Resultados
transitados.
5713 - Ajustamentos em ativos financeiros - Relacionados com o
método da equivalência patrimonial Decorrentes de outras
variações nos capitais próprios
Esta conta acolherá, por contrapartida das contas 411 a 413 os
valores imputáveis à participante na variação dos capitais próprios
das participadas, que não respeitem a resultados.35
As notas de enquadramento às contas 6852 e 7851
6852 - Gastos e perdas em subsidiárias, associadas e empreendimentos
conjuntos - Aplicação do método da equivalência patrimonial
Esta conta regista os gastos e perdas relativos às participações de capital,
derivados da aplicação do método da equivalência patrimonial, sendo
considerados para o efeito apenas os resultados dessas entidades.
7851 - Rendimentos e ganhos em subsidiárias, associadas e
empreendimentos conjuntos - Aplicação do método da equivalência
patrimonial
Esta conta regista os rendimentos e ganhos relativos às participações de
capital derivados da aplicação do método da equivalência patrimonial, sendo
considerados para o efeito apenas os resultados dessas entidades.
36
Procedimentos contabilísticos na adoção do MEP
De acordo com o MEP, o custo de aquisição de uma participação
será ACRESCIDO:
da quantia correspondente à proporção nos resultados líquidos
positivos (lucros) da entidade participada;
da quantia correspondente à proporção em outras variações positivas
nos capitais próprios da entidade participada;
da quantia da cobertura de prejuízos que tenha sido
deliberada.
37
Procedimentos contabilísticos na adoção do MEP
De acordo com o MEP, o custo de aquisição de uma participação será
REDUZIDO*:
da quantia correspondente à proporção nos resultados líquidos
negativos (prejuízos) da entidade participada;
da quantia correspondente à proporção noutras variações negativas
nos capitais próprios da entidade participada;
da quantia dos lucros distribuídos à participação.
38* Até à concorrência do saldo devedor da conta 41x9
Procedimentos contabilísticos na adoção do Método do Custo
De acordo com o Método do Custo, a investidora regista o seu
investimento na investida ao custo.
A investidora somente reconhece rendimentos até ao ponto em que
receba distribuições, a partir dos lucros líquidos acumulados da
investida, de proveniência subsequente à data da aquisição pela
investidora.
39
Procedimentos contabilísticos na adoção do Método do Custo
Nalgumas circunstâncias, a investidora pode ter pago à ex-investidora,
aquando da aquisição do investimento financeiro, os dividendos
declarados e ainda não pagos pela investida.
Neste caso, tais dividendos são acrescentados ao preço do investimento
financeiro, devendo, aquando do recebimento, serem tratados como
recuperação de pagamentos (fluxo de caixa) e não como rendimentos.
40
Divulgações
Um investidor deve fazer as seguintes divulgações:
(a) O justo valor de investimentos em associadas para os quais
sejam publicadas cotações de preços;
(b) Informação financeira resumida das associadas, incluindo as
quantias agregadas de ativos, passivos, rendimentos e resultados;
(c) As razões pelas quais se concluiu existir influência significativa
quando o contrário era presumível pelo facto de um investidor deter,
direta ou indiretamente através de subsidiárias, menos de 20% dos
votos ou do potencial poder de voto da investida;
41
Divulgações
Um investidor deve fazer as seguintes divulgações:
(d) As razões pelas quais se concluiu não existir influência
significativa quando o contrário era presumível pelo facto de um
investidor deter, direta ou indiretamente através de subsidiárias, 20%
ou mais dos votos ou do potencial poder de voto da investida;
(e) A data de relato das demonstrações financeiras de uma
associada, quando essas demonstrações financeiras forem usadas
na aplicação do MEP e forem de uma data de relato ou de um
período que seja diferente da data de relato ou período do investidor,
e forem a razão para o uso de uma data de relato ou de um período
diferente;42
Divulgações
Um investidor deve fazer as seguintes divulgações:
(f) A natureza e a extensão de quaisquer restrições significativas
(por exemplo, resultantes de acordos de empréstimo ou requisitos
regulamentares) sobre a capacidade das associadas para transferir
fundos para o investidor sob a forma de dividendos em dinheiro ou
de reembolsos de empréstimos ou adiantamentos;
(g) A parte não reconhecida nas perdas de uma associada, tanto
para o período como cumulativamente, se um investidor
descontinuou o reconhecimento da sua parte nas perdas de uma
associada;
43
Divulgações
Um investidor deve fazer as seguintes divulgações:
(h) O facto de uma associada não ter sido contabilizada usando o
MEP; e
(i) Informação financeira resumida das associadas, quer
individualmente, quer em grupo, que não tenham sido contabilizadas
usando o MEP, incluindo as quantias dos ativos totais, passivos
totais, rendimentos e resultados.
44
Divulgações
Os investimentos em associadas contabilizados usando o MEP devem ser
classificados como ativos não correntes. A parte do investidor nos resultados
dessas associadas, e a quantia escriturada desses investimentos, devem ser
divulgadas separadamente. A parte do investidor em quaisquer unidades
operacionais descontinuadas dessas associadas também deve ser divulgada
separadamente.
De acordo com a NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes, o investidor divulgará:
(a) A sua parte nos passivos contingentes de uma associada incorridos
juntamente com outros investidores; e
(b) Os passivos contingentes que surjam pelo facto de o investidor ser
solidariamente responsável pela totalidade ou parte dos passivos da
associada. 45
O MEP nas PE e nas ME
No que diz respeito ao MEP, quer a NCRF-PE quer a NC-ME são
omissas.
Assim, caso uma entidade que adote a NCRF-PE ou a NC-ME e tenha
empreendimentos conjuntos ou investimentos em associadas terá que
adotar a NCRF 13.
46
Muito Obrigado.
47