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ILHABELA AOS OLHOS DO MAR IF VIAGEM 56 What If IF VIAGEM 57 What If P O R R O S A N N E W O E L Z primeira vez que vi Ilhabela na minha “proa”, logo de imediato me apaixonei. Eu vinha de uma viagem de 60 milhas entre Santos e a Ilha de São Sebastião. Vinha voando baixo com vento a favor, a bordo de um veleiro de 41 pés (12,5 metros). Anoitecia e eu chegava pelo sul da Ilha, ao brilho hipnótico do farol da Ponta da Sela. Conforme fui me aproximando, aos poucos fui descobrindo Ilhabela; de fora para dentro. As suas belezas, mistérios, contos, lendas e toda a sua magia. Sim, a Ilhabela é mágica! Aqueles típicos raros lugares que tem o poder de agradar a todos, a gregos e troianos, a pobres e ricos, a casados e solteiros, a homens e mulheres, a aventureiros e a aposentados. Coloquei meus pés em terra firme e foi ali, no pier do Yacht Clube de Ilhabela, que decidi que aquela seria a MINHA ilha; mesmo antes de conhecê-la ao todo. Um sentimento de ‘lar’ bateu muito forte, e explorando fui cada vez me apaixonando mais. Para quem é amante da vela, Ilhabela não é chamada de ‘’CAPITAL DA VELA’’ à toa. Os bons ventos da Ilha sopram constantemente e, algumas vezes, até em rajadas mais fortes. O canal de São Sebastião é o palco da maior regata internacional que acontece na América Latina em Julho: a ROLEX ILHABELA SAILING WEEK. Em 2013 completará sua 40° edição. É quando posso arriscar dizer que o coração da Ilha bate mais forte. Gente bonita, o ar do iatismo predomina em todos os cantos, velas, ventos e esquinas. O mar brilha diferente, as esteiras de espuma dos veleiros enfeitam as águas do canal, as pessoas sonham. Sonham no deslizar sobre ondas, numa competição séria, porém amigável de quem anda mais rápido sobre as águas! Ilhabela é pura vela! Os outros esportes que me perdoem... A Ilhabela não poderia deixar de ser a maior ilha marítima do litoral brasileiro: dona de 336 km quadrados de área de pura beleza verde e com 180 km de orla, as 39 praias te encantam, nas mais variadas fontes da natureza - coqueiros, riachos, e um grande trecho de Mata Atlântica bem preservada. Não podemos esquecer também as 300 cachoeiras, fontes de água pura e frescor em meio a tanto verde! Claro, também são as fontes matriarcais dos famosos ‘’borrachudos’’ que é – e creio que sempre será – a marca registrada e inesquecível de Ilhabela! Quem nunca voltou com alguns pontinhos vermelhas para casa?

Ilhabela

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ILHABELA AOS OLHOS DO MAR

I F V I A G E M 56What If I F V I A G E M57 What If

P O R R O S A N N E W O E L Z

primeira vez que vi Ilhabela na minha “proa”, logo de imediato me apaixonei. Eu vinha de uma viagem de 60 milhas entre Santos e a Ilha de São Sebastião. Vinha voando baixo com vento a favor, a bordo de

um veleiro de 41 pés (12,5 metros). Anoitecia e eu chegava pelo sul da Ilha, ao brilho hipnótico do farol da Ponta da Sela.

Conforme fui me aproximando, aos poucos fui descobrindo Ilhabela; de fora para dentro. As suas belezas, mistérios, contos, lendas e toda a sua magia. Sim, a Ilhabela é mágica! Aqueles típicos raros lugares que tem o poder de agradar a todos, a gregos e troianos, a pobres e ricos, a casados e solteiros, a homens e mulheres, a aventureiros e a aposentados.

Coloquei meus pés em terra firme e foi ali, no pier do Yacht Clube de Ilhabela, que decidi que aquela seria a MINHA ilha; mesmo antes de conhecê-la ao todo. Um sentimento de ‘lar’ bateu muito forte, e explorando fui cada vez me apaixonando mais.

Para quem é amante da vela, Ilhabela não é chamada de ‘’CAPITAL DA VELA’’ à toa. Os bons ventos da Ilha sopram constantemente e, algumas vezes, até em rajadas mais fortes. O canal de São Sebastião é o palco da maior regata internacional que acontece na América Latina em Julho: a ROLEX ILHABELA SAILING WEEK. Em 2013 completará sua 40° edição. É quando posso arriscar dizer que o coração da Ilha bate mais forte. Gente bonita, o ar do iatismo predomina em todos os cantos, velas, ventos e esquinas. O mar brilha diferente, as esteiras de espuma dos veleiros enfeitam as águas do canal, as pessoas sonham. Sonham no deslizar sobre ondas, numa competição séria, porém amigável de quem anda mais rápido sobre as águas! Ilhabela é pura vela! Os outros esportes que me perdoem...

A Ilhabela não poderia deixar de ser a maior ilha marítima do litoral brasileiro: dona de 336 km quadrados de área de pura beleza verde e com 180 km de orla, as 39 praias te encantam, nas mais variadas fontes da natureza - coqueiros, riachos, e um grande trecho de Mata Atlântica bem preservada. Não podemos esquecer também as 300 cachoeiras, fontes de água pura e frescor em meio a tanto verde! Claro, também são as fontes matriarcais dos famosos ‘’borrachudos’’ que é – e creio que sempre será – a marca registrada e inesquecível de Ilhabela! Quem nunca voltou com alguns pontinhos vermelhas para casa?

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Sofisticação, charme e conforto não faltam na Ilha. Na Vila não tem como não passear entre as lojinhas, galerias e cafés; comer uma pizza nas pizzarias próximas ao pier da Vila, e ouvir uma música ao vivo no Estaleiro e encerrar a noite – aos que têm mais pique – no Creoula.

No Shopping Ardhentia você também encontra ótimos pontos de alimentação, temakeria, e lojas com uma vista perfeita para a orla do Perequê. Caso também precisem de apoio com internet ou computação, a Speedmax (também localizada no Perequê) te auxiliará em tudo que for preciso.

Ilhabela tem para todos os gostos e situações: desde a melhor comida a quilo no Max Restaurante a frutos do mar, e a famosa casquinha de camarão do Restaurante Viena.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção em Ilhabela, desde a minha primeira vez, foi o sentimento de paz por estar lá. As pessoas, sejam os caiçaras locais, sejam os turistas, os visitantes, e os ‘’imigrantes’’: todos têm uma paz de espírito e uma simpatia de causar inveja a qualquer um. A brisa, a maresia, os sorrisos tomam conta de nós! Foi o que me convenceu após alguns anos desde minha chegada à vela, a me mudar para lá. Meus 12 meses de experiência como ‘’ilhéu’’ beirou quase a perfeição! Todos te conhecem, te dão ‘’bom dia’’, vivem na mesma sintonia por estarem em Ilhabela. A mistura de pessoas humildes e queridas, com as que ali visitam de todos os lugares do mundo, permite que todos estejam e

A BRISA, A MARESIA, OS SORRISOS TOMAM CONTA DE NÓS!

se sintam num mesmo ‘barco’. Talvez seja essa a especialidade do por que nos sentirmos em casa ao atravessar a Balsa São Sebastião – Ilhabela.

O mar verde esmeralda, a Mata Atlântica próxima a nós, as pessoas, a cultura caiçara, a orla da praia para uma corrida pela manhã, os pores do sol, a vida saudável e a simplicidade de poder viver com os pés na areia, foi tudo isso e muito mais que me fez provar que ILHABELA é realmente tudo o que seu próprio nome já diz. Bela!

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SONHOS, CONSUMISMO E FELICIDADESeria clichê falar algo sobre o Natal por aqui? Se sim, ótimo: é exatamente sobre isso que eu quero falar. De repente deturpamos tanto o real significado do Natal que ele virou apenas uma coletânea de clichês, pseudo regras e pseudo felicidades. Como já dizia um comercial lá no longínquo começo dos anos 90: "Família, abração, meia-noite... Tô fora!". Não mudou muita coisa.

Nos impuseram um monte de coisas para nos sentirmos dignos do feriado perfeito, e qualquer coisa fora dos clichês pode causar depressão em muita gente. Reunir a família em torno do peru de Natal, comer até a barriga gritar por socorro, encher a cara. Bonecas para as meninas, carrinhos para os meninos - não importa o modelo, importa o preço e a frequên-cia do mesmo nos comerciais. Para os mais grandi-nhos, uma roupa escolhida de qualquer jeito (e como eles odeiam isso!) ou dinheiro. Os adultos se reúnem nos amigos secretos infinitos...

E as viagens? A cada feriado, um novo recorde de congestionamento. Filas pra estacionar o carro, ir no supermercado, na padaria, comprar um sorvete, tomar uma ducha... O espaço ao sol está disputadíssimo, mas todo mundo parece se contentar em apenas estar lá.

Apesar do Natal significar a celebração do nascimento de Jesus, estamos comemorando da forma mais errada possível - nos tornamos fúteis sem nem perceber, e inocentemente achando que estamos fazendo a coisa certa.

Independente de religião, tenho esse quase utópico sonho com o dia em que as pessoas vão entender que celebrar o nascimento de Jesus é algo muito mais simples e significa apenas uma coisa: comemorar um milagre que se tornou realidade. E comemorar este milagre é fazer do Natal o dia de tornar sonhos em

realidade. É deixar o altruísmo falar mais alto, sem pensar em consequências e segundas intenções. Realizar-se no sentimento gratificante de ver uma pessoa que sonha durante tanto tempo com seu presente, vendo ele se materializar na frente de seus olhos: o brilho da Estrela Guia refletido no brilho de seu olhar. É doar um prato de comida a quem sente fome e não pode ter uma ceia. É doar um pouco de seu tempo e atenção para aqueles que não tem com quem comemorar.

E é também permitir-se realizar um sonho próprio – por que não? Se reunir a família para uma ceia é, para você, algo feliz: faça-o. Mas faça com carinho, e não por obrigação. Compartilhe seus sonhos e faça da ceia de Natal um momento mágico. Pense nos presentes que você irá comprar, veja se aquilo irá realmente trazer um sorriso a alguém – um presente bom não é necessariamente um presente caro, seja original. Se para você é importante uma roupa nova, compre! Não só porque alguém te disse que é necessário, mas porque aquilo irá te fazer feliz – e faça questão de comprar a roupa mais linda que encontrar.

Mas não se esqueça do principal: Ame! Ame alguém, ame a si próprio, se faça feliz e faça feliz a quem você puder!

Feliz Natal!

Será que esquecemos o real significado de comemorarmos o Natal ou simplesmente nos tornamos muito preguiçosos para pensar nisso?

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