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Mikaella Carolina Silva
IMAGEM CORPORAL E AUTOESTIMA EM ADULTOS PRATICANTES DE DANÇA
Palmas – TO
2019
Mikaella Carolina Silva
IMAGEM CORPORAL E AUTOESTIMA EM ADULTOS PRATICANTES DE DANÇA
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) II elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Educação Física pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA). Orientadora: Prof.ª Dr.ª Bárbara Pereira de Souza Rosa
Palmas – TO
2019
Dedico esse trabalho a minha família...
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade dada por Ele para que eu pudesse
ingressar em uma faculdade e com 100% de bolsa, sem essa benção certamente seria mais difícil
chegar até aqui. A minha filha Maria Ísis que chegou no segundo semestre do curso, no começo
de tudo e que ao invés de atrapalhar como muitos diziam me fez ter mais força de vontade,
mesmo ainda não tendo completado nem os seus 3 anos, ela me ensina sobre amor e gratidão
todos os dias e sou grata por tê-la, essa vitória sem dúvidas é por ela.
A minha mãe Margareth de Cássia por ser exemplo de dedicação e determinação, ela
me ensinou a ler, escrever e principalmente a gostar de estudar, sem dúvidas o que eu sou hoje
eu aprendi com ela, ao meu pai Valdir Pereira por sempre ter uma palavra de animo, por todas
as vezes que eu pensei em desistir ter dito “ você vai vencer, já está quase acabando”, eu aprendi
a ter fé vendo a fé que o meu pai tem em mim. Agradeço a minha irmã Raphaela por todas as
vezes que me ajudou a realizar com qualidade as atividades a mim proposta, dedicando o seu
tempo e paciência a isso.
Agradeço ao meu namorado e futuro parceiro de profissão Helioenai Santos pela
tamanha paciência, dedicação e colaboração para me acompanhar e incentivar a permanecer no
meu caminho, se mostrando sempre confiante na minha capacidade de vencer.
Aos meus colegas de profissão, meu agradecimento por esses 4 anos de caminhada, pela
troca de conhecimento e parceria e aos meus professores agradeço por todos os ensinamentos
e experiências propostas.
RESUMO
SILVA, Mikaella Carolina. Imagem corporal e autoestima em adultos praticantes de dança. 2019. 46f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso Bacharelado em Educação Física, Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas/TO, 2019.
O processo de reconhecimento da imagem corporal vem sendo ressaltada no decorrer dos anos,
e leva em consideração todas as experiências internas e externas do cotidiano em que as pessoas
vivem, e a autoestima também passa por esse processo de formação. A dança como qualquer
outro exercício físico apresenta vantagens fisiológicas e psicológicas para seus praticantes. O
presente estudo teve como objetivo averiguar a imagem corporal (IC) e autoestima em adultos
praticantes de dança em Palmas – TO. O estudo foi aplicado em campo, com o objetivo
metodológico exploratório, abordagem quantitativa e procedimento transversal. Os
instrumentos de coleta de dados foram: o questionário investigativo, a Escala de Silhueta
tradicional, a Escala de autoestima (Rosenberg self-esteem scale - RSE) e as medidas
antropométricas. A pesquisa foi realizada na Verbo Escola de Dança localizada na região norte
de Palmas, com 15 alunos com idade igual ou superior a 18 anos. A coleta foi realizada entre
março e abril de 2019, após a aprovação do Comitê de Ética e todos TCLE devidamente
assinados. Com a realização dos testes foram apresentados os seguintes resultados, 86,66% dos
participantes apresentaram um nível médio de autoestima, superando a expectativa da hipótese
apresentada pelo trabalho, em contrapartida a percepção e a satisfação com a imagem corporal
apresentou resultados negativos, 73,32% das participantes apresentaram uma percepção erronia
do seu volume corporal, consequentemente a satisfação ficou comprometida, apresentando
assim 79,99% de insatisfação com a imagem que se vê no espelho. Portanto, concluímos com
a pesquisa que, mesmo com a prática regular da dança, que se trata de uma modalidade que
apresenta valores expressivos no autoconhecimento corporal, as praticantes da amostra ainda
possuem uma percepção da imagem corporal distorcida da realidade, fazendo com que
consequentemente se apresente insatisfeita com a mesma. A autoestima, ao contrário da
imagem corporal apresentou resultados esperados, confirmando assim que no grupo
participante a dança influencia para que haja uma boa autoestima e a melhora significativa da
mesma.
Palavras-chave: Imagem corporal. Autoestima. Dança.
ABSTRACT
SILVA, Mikaella Carolina. Body image and self-esteem in adults practicing dance. 2019. 46f. Course Completion Work (Undergraduate) - Bachelor's Degree in Physical Education, University Center Luterano de Palmas, Palmas / TO, 2019.
The process of recognition of body image has been emphasized over the years and takes into
account all the internal and external experiences of the daily life in which people live, and self-
esteem also goes through this process of formation. Dance like any other physical exercise has
physiological and psychological advantages for its practitioners. The present study had as
objective to verify the body image (CI) and self - esteem in adults practicing dance in Palmas -
TO. The study was applied in the field, with the exploratory methodological objective,
quantitative approach and transversal procedure. The instruments of data collection were the
investigative questionnaire, the traditional Silhouette Scale, the Rosenberg self-esteem scale
(RSE) and the anthropometric measures. The research was carried out in the Verbo School of
Dance located in the northern region of Palmas, with 15 students aged 18 or over. The collection
was carried out between March and April 2019, after the approval of the Ethics Committee and
all TCLE duly signed. With the performance of the tests, the following results were presented:
86.66% of the participants presented an average level of self-esteem, surpassing the expectation
of the hypothesis presented by the work, in contrast the perception and satisfaction with body
image presented negative results, 73, 32% of the participants presented an erronia perception
of their body volume, consequently the satisfaction was compromised, thus presenting 79.99%
dissatisfaction with the image seen in the mirror. Therefore, we conclude with the research that,
even with the regular practice of dance, that it is a modality that presents expressive values in
the body self-knowledge, the practitioners of the sample still have a perception of the distorted
body image of reality, causing, consequently, is unsatisfied with it. Self-esteem, unlike body
image, showed expected results, thus confirming that in the participant group, the dance
influences the self-esteem and its significant improvement.
Keywords: Body image. Self esteem. Dance.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 1 – Nível de autoestima em adultas praticantes de dança............................................. 21
Gráfico 2 – Percepção da Imagem Corporal............................................................................. 23
Gráfico 3 – Satisfação com a Imagem Corporal........................................................................ 24
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Características da amostra....................................................................................... 20
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABEP Associação Brasileira de Empresa de Pesquisa
CEP Comitê de Ética
CEULP
CONEP
Centro Universitário Luterano de Palmas
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
EC
EF
Esquema Corporal
Educação Física
EST Escala de Silhuetas tradicional
IC Imagem Corporal
RSE Rosenberg Self-Esteem Scale
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
TCLE
TO
OMS
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Tocantins
Organização Mundial da Saúde
LISTA DE SÍMBOLOS
Kg Quilogramas
XX Século vinte
% Porcentagem
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 13
2.1 DANÇA .............................................................................................................................. 13
2.2 IMAGEM CORPORAL ..................................................................................................... 14
2.3 AUTOESTIMA .................................................................................................................. 15
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 17
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 19
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 25
APÊNDICES ........................................................................................................................... 29
ANEXOS ................................................................................................................................. 33
1 INTRODUÇÃO
Dança é a arte do movimento do corpo (INFANTE, 2011), porém, quando se observa
um dançarino em movimento, isto é mais que uma mudança física de posição, é uma arte visual
vibrante de imagens rápidas criadas por força, equilíbrio e graça (HASS, 2011). Tuner (2014)
amplia esta visão ao dizer que a dança é a forma de expressão do corpo onde se transmite
significados através de coreográficas, músicas e fantasias, sendo expressada de várias formas,
podendo assim trazer diferentes significados.
A imagem corporal é a junção de atitudes e competências humanas na sua totalidade, a
consciência de avaliar de forma interna e externa o seu eu, entender que a imagem do corpo é
formada pelo reconhecimento físico, mental e emocional (BARROS, 2005). Nos modelos
engessados de formação do esquema corporal, observasse a construção da imagem corporal
apenas com relação a conceitos mentais neurológicos, mas com as novas formas de estudos e
educação da imagem corporal deve ser levado em consideração que aspectos psicológicos e
emocionais estão seriamente interligados a construção da auto visão do ser humano (SILVA;
ALEXANDRE, 2014).
Aguiar (2014) apresenta que existe uma relação eficiente entre a prática de atividade
física com a melhoria da aparência física e da imagem corporal, assim impactando
positivamente também na autoestima. Ainda para o autor, embora não seja uma melhoria notada
a curto prazo, essa relação entre saúde física e bem-estar mental, que ocasiona a melhoria da
autoestima, mostra efeitos positivos em todas as faixas etárias.
Capanga e Souza (2006) observaram que é a partir dos 12 anos de idade que mulheres
começam a sofrer com as transformações que ocorrem no seu corpo, buscando uma adaptação
e um aprendizado de como vai se identificar dali por diante. Esse momento representa a fase
onde a problemática em relação ao corpo feminino, a adaptação e o medo da não aceitação
começam a surgir, fazendo da adolescência uma fase percebida muitas vezes como difícil
quanto a aceitação e entendimento do corpo.
Frente a possibilidade de alteração da autoestima e da imagem corporal pela prática de
atividade física, foi apresentada a seguinte proposta deste estudo: “Qual a relação entre imagem
corporal (IC) e autoestima em adultos praticantes de dança em Palmas – TO? ”. Como hipótese
presumimos que com a prática regular da dança, em adultos, além de benefícios corporais
estéticos, fisiológicos e sociais, podem apresentar melhora em aspectos emocionais, como por
exemplo, aumento da autoestima e, consequentemente, maior satisfação com sua IC.
Teve-se como objetivo geral a averiguar a imagem corporal e autoestima em adultos
praticantes de dança em Palmas – TO e como objetivos específicos a produção de texto
12
reflexivo e crítico sobre IC e autoestima, discussão dos impactos da dança sobre a IC e
autoestima e descrever a relação entre os resultados encontrados e a literatura contemporânea.
O trabalho foi proposto levando em consideração como justificativa que o assunto
tratado vem sendo reconhecido como alarmante e um agravo a saúde pública, problemas
psicológicos são cada vez mais frequentes levando inclusive a outras patologias, principalmente
os que fazem correlação com a autoimagem. Pessoas com distúrbios ou problemas com a IC
podem utilizar a atividade física não como melhoria da saúde, mas como viés de culto corpo, o
que pode ocasionar outros problemas.
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DANÇA
Nas origens da humanidade a dança era uma manifestação naturalista, se tratava de
reproduzir as forças da natureza, como o vento, acreditando assim que traria para si a força
desse elemento. Além disso, a dança surgiu como forma de expressão de sentimentos, de uma
necessidade de se exibir ao outro (CAMINADA, 1999).
Antropólogos e arqueólogos ditam que o homem dança desde os primórdios da
humanidade, mas não com o intuito de espetáculo ou saúde, nos tempos antigos usavam a dança
para exibir corpos, para se comunicarem entre si, cultuar seus rituais, aquecer seus corpos antes
de batalhas e como forma de celebração (PORTINARI, 1989).
O ser humano antes de falar, já dançava. A dança foi sua primeira manifestação social, uma prática corporal que nasceu junto com ele, servindo para ajudá-lo a firmar-se como membro de sua comunidade. É uma das formas de manifestação da raça humana por meio de seu corpo, constituindo consequentemente parte significativa de seu patrimônio cultural (VARGAS, 2007, p. 43).
A dança se encontra com a Educação Física (EF) através do estudo do corpo em
movimento. Mas cada área por algum tempo focou em objetivos próprios, a EF no mecanismo,
esporte e biologia do corpo, já a dança utilizava o estudo do corpo humano como forma de
expressão, cultura, linguística, criação de opiniões, demonstrando intensões.
Quando a EF começou a ser vista como área de formação academia, entendendo seu
poder pedagógico e de responsabilidade sobre a formação do ser humano, ampliou o seu olhar
sobre as formas de estudo do corpo humano em movimento, foi assim que se encontrou
novamente com a dança. Assim, foi dado início as matérias acadêmicas na área da EF que
abrangia a musicalização, expressão e vivencias rítmicas (BOGNAR, 2017).
A dança assim como qualquer outra atividade física faz com que o corpo se adapte
fisiologicamente para a realização daquela prática, a queima de calorias, melhoria da
flexibilidade, aquecimento do corpo, aumento cardiorrespiratório, produção de suor, perda de
peso e melhoria estética acontece nos praticantes de dança assim como acontece nos praticantes
de outras modalidade, sendo elas aeróbicas como a dança ou não.
A dança é a atividade que consegue integrar o corpo com a mente. Através disso
podemos analisar que, além de benefícios físicos e corporais a prática regular da modalidade
traz benefícios satisfatórios em questões psicológicas, como por exemplo melhoria a
autoestima, quebra bloqueios psicológicos, realização de momentos de lazer e melhoria na
socialização (ARCE; DÁCIO, 2007).
14
Levando em consideração a interferência social da dança na vida do praticante, podemos
assim citar a mesma como fonte de influência na formação pessoal e da personalidade do
indivíduo. (SHIBUKAWA et al., 2011). Segundo Almeida (2014), a dança é considerada uma
atividade física que engloba as mais diversas competências humanas, tanto capacidades físicas
como mentais do ser humano, sendo assim se trata de uma atividade completa, trazendo
inúmeros benefícios.
Szuster (2011), cita que além de influências fisiológica, afetiva e cognitiva a dança
através da sua versatilidade é um agente de motivação para a melhoria de vida e alegria pessoal
e coletiva. Segundo Robatto (1994) a dança pode ter seis funções: auto expressão, comunicação,
diversão e prazer, espiritualidade, identificação cultural, ruptura e revitalização da sociedade,
isso faz com que a dança e seus benefícios englobem todas as faixas etárias e sexo.
2.2 IMAGEM CORPORAL
Segundo Tavares et al. (2010) as pesquisas sobre imagem corporal se iniciaram no começo
do século XX, com Hilde Bruch em 1962 propôs que a anorexia nervosa aparentava seus
primeiros sintomas através da perturbação da imagem corporal. Entre os anos 60 e 70 os
pesquisadores tinham o foco de suas pesquisas em pessoas com transtornos alimentares e
alterações de peso, investigando a IC dos mesmos. Essas pesquisas foram realizadas por anos,
por diversos pesquisadores, em públicos diferentes, até que no fim dos anos 80 o foco das
pesquisas mudou, partindo para a pesquisa sobre insatisfação corporal.
Os estudos sobre IC cresceram na escola britânica, o neurologista Henry Head foi o
primeiro a construir a teoria que: “cada indivíduo constrói um modelo ou figura de si mesmo
que constitui um padrão contra os julgamentos de postura e dos movimentos corporais”
(FISHER, 1990, p. 5). Ainda para o autor, foi Paul Schider que deu a maior contribuição nesta
área, na psicologia, neurologia e psiquiatria, ele considera que a IC é influenciada por vários
fatores, avaliado a mesma no contexto orgânico, da psicanálise e também na sociologia,
complementando ainda que, os ocorridos no dia a dia interferem e contribuem para a construção
da IC.
Seguindo a ideologia da sociedade ocidental, o mundo se encontra em um declínio de
propagação da juventude, beleza ligada ao corpo, gerando assim o padrão que a beleza estar no
ser magro. E para complementar todo esse estereótipo imposto pela sociedade a mídia faz
ênfase nesse padrão, criando ainda assim maior insatisfação por parte das pessoas que se
consideram fora do contexto de beleza, gerando assim transtornos ansiedade, distúrbios
alimentares, e a busca constante de cirurgias plásticas (VERAS, 2010).
15
Ao passar dos anos é observado na sociedade uma maior pressão para que os padrões
de beleza sejam cumpridos, aumentando assim expressivamente a preocupação com a IC.
O corpo que se vê está na moda. Ele é exibido em cartazes, novelas, filmes, etc. A nudez vem emergindo cada vez mais limpa. Se somarmos o número de produtos cosméticos que existem no mundo, de academias para se modelar o corpo, de empresas que produzem roupas para se mostrar o corpo, veremos que talvez um décimo da economia mundial gira em torno da produção para tomar o corpo que se vê bonito, atraente, vistoso, moreno, atlético. É a indústria do “olhe para mim”, forma oficial de exibicionismo e de chamar a atenção. (GAIRSA, 2005, p. 295).
Por fim, a IC corporal está inteiramente ligada à saúde, física, fisiológica, psicológica e
social, partindo da afirmação que ela é formada através de contextos internos e externos do
nosso cotidiano. Ela se resulta no que somos ao todo, com todas as experiências adquiridas
(BARROS, 2005).
2.3 AUTOESTIMA
Autoestima se trata da avaliação que o indivíduo faz sobre si mesmo, ela parte de uma
aprovação ou aversão ao seu eu, refere-se ao quanto ele se sente capaz, significativo, bem-
sucedido e valioso. Além disso pode ser intendida ao valor que o indivíduo se dá, ao quando
ele valoriza suas capacidades, relacionamentos, sua efetividade em acontecimentos futuros,
aceita a si mesmo e ao outro, o ponto primordial da autoestima é a valorização
(COOPERSMITH, 1989).
Mruck (1998) cita 5 motivos para se pesquisar sobre a autoestima, o primeiro deles é a
autoestima se associa com aspectos da personalidade, segundo faz relação com a saúde mental
e psicológica além disso, a baixa autoestima está ligada a casos de depressão e suicídio, abrange
as ciências sociais e eleva a importância da mesma.
No início do século XX Cooley propôs a teoria THE- looking glass self
(HEATHERTON; WYLAND, 2003). A teoria cita que a sociedade não existe de forma
individual e que somos moldados através do outro, assim como vemos nossa imagem e aparecia
no espelho, moldamos nossa personalidade através de ações dos outros, acreditamos que somos
algo, se as pessoas afirmarem isso.
Mas as influências externas podem variar de acordo com o gênero, por exemplo,
HEATHERTON; WYLAND (2003) afirmam que, em meninas a autoestima é afetada por
relacionamentos e em meninos pelo sucesso ou fracasso. Rosenberg (1989) indica que desde a
infância o ser humano tem a prática do alto julgamento, mas que apenas após o período da
inconstância da adolescente é que a autoestima se estabiliza (BLOCK; ROBINS, 1993).
Assim como a sociedade em que se vive influencia na autoestima a mídia está
fortemente ligada a essa formação, os meios de comunicação são de acesso fácil e rápido e traz
16
muitos benefícios para a população em geral, mas além disso a mídia impõe padrões para serem
seguidos e consequentemente aprovados fazendo assim com que quem não se encaixe em tais
padrões se sintam inferiorizados. Maldonado (2006) cita, que pesquisas mostram que apenas de
5% a 8% da população mundial tem os padrões divulgados pela mídia, principalmente no Brasil
onde a miscigenação é tão grande, acaba ocorrendo um desprezo pelas diferenças, exigindo que
mulheres e homens sigam os padrões das novelas e revistas.
Consequentemente essa influência ocorre de forma mais acentuada na adolescência,
onde a própria idade, mudanças hormonais e físicas já trazem inseguranças significativas. Estes
jovens, principalmente as meninas acabam não conseguindo lidar com sua IC sendo discrepante
á que é apresentada pela mídia, ocasionando até mesmo a depressão (MALDONADO, 2006).
No entanto a autoestima não se trata somente da aversão que você tem de si. Segundo
Mosquera e Stabauns (2008) são características de uma autoestima positiva: segurança e
confiança em si, saber reconhecer suas qualidades e também suas limitações, buscar sempre
pela felicidade e se respeitar e respeitar aos demais.
17
3 METODOLOGIA
O presente estudo foi aplicado em campo, com o objetivo metodológico exploratório,
abordagem quantitativa e procedimento transversal. A pesquisa foi realizada na Verbo Escola
de Dança de Palmas- TO, a coleta de dados aconteceu no dia 30/03 com a turma das 08:00
horas, dia 01/04 com as turmas de 18:30 e 19:30 e no dia 02/04 com as turmas de 19:30 e 20:30.
Amostra de conveniência, foi composta por 15 mulheres com idades entre 18 e 53 anos, que
representa o total de adultos praticantes de dança da instituição.
Os critérios de inclusão foram: ter idade entre 18 e 60 anos; e estar praticando dança por
12 semanas contínuas. Os critérios de exclusão foram: fazer uso de recursos farmacológicos
para o desempenho físico na dança e/ou medicamentos psicotrópicos; apresentar limitações
físico-funcionais e/ou cognitivas que afetem a aplicação da avaliação; déficit visual moderado
ou severo.
Inicialmente, a pesquisadora conversou com a instituição, explicou os objetivos da
pesquisa, e pediu autorização para realizar a pesquisa (ANEXO A). Em seguida realizou-se o
convite para o possível participante da pesquisa, caso não aceito o mesmo automaticamente foi
excluído da amostra, em caso de aceitação foi assinado o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE A). A realização da coleta de dados seguiu a seguinte ordem:
Questionário Investigativo e os Dados Antropométricos (estatura, peso, IMC) (APÊNDICE B),
Escala de Silhuetas (ANEXO B), Questionário de Autoestima (RSE) (ANEXO C).
O Questionário Investigativo é onde estarão contidas perguntas sobre características
sociais dos participantes, tais como: nome, data de nascimento, data da avaliação, medidas
antropométricas e perguntas sobre a prática de atividades físicas. O questionário foi impresso e
entregue para que cada participante pudesse responder, as informações recolhidas nesse
instrumento foram utilizadas para a melhor personalização dos participantes.
Foi utilizada a RSE, na versão em Língua Portuguesa traduzida e adaptada para o Brasil
por Hutz (2000), a partir do instrumento original de Rosenberg (1965). A RSE é uma escala
que contém 10 itens, dentre esses 10 itens, 6 equivalem a uma visão positiva e as outros 4 são
referentes a uma visão negativa de si mesmo. No formato Likert de 4 pontos (1 – discordo
totalmente, 2- discordo, 3 – aceito a 4 – concordo totalmente), as pontuações fazem mensuração
a autoestima e a auto aceitação. Ao total elas poderiam marcar nesse questionário até 40 pontos,
sendo que: menos de 25 pontos significaria – baixa autoestima, existe um problema
significativo de autoestima, de 26 a 29 pontos- média autoestima, não apresenta problema de
autoestima grave, porém é conveniente melhorar, de 30 a 40 pontos- elevada autoestima,
18
considerando autoestima normal. apresentaram um baixo nível de autoestima, sendo esse
problema bem significativo
A EST, foi desenvolvida para a avaliação da Imagem Corporal, Kakeshita (2008) adaptou a
mesma para crianças e adultos brasileiros e foi validada por Scagliusi et all (2006), que a
adequou para que fosse possível a utilização do instrumento em pesquisas realizadas com a
população Brasileira. O teste possui 15 figuras sobre cada sexo, representando um índice de
massa corporal em cada uma delas. Em relação á boa percepção que foram os valores
encontrados da fórmula: IMC AS (silhueta atual) –IMC real, que tem como referência de
valores de -1,25 e 1,25 e a percepção perfeita que é quando a mesma formula tem resultado
equivalente e 0.
A satisfação foi mensurada através da fórmula: IMC SD (silhueta desejada) – IMC SA
(silhueta atual) os valores da satisfação normal se dá quando o resultado do cálculo fica entre
-1,25 e 1,25, satisfação perfeita quando a formula apresenta resultado equivalente a 0, todos os
demais resultados que poderão se originar dessa fórmula são subdivididos em: resultados
negativo é classificado como insatisfeito querendo diminuir o volume corporal e em resultados
positivos insatisfeito querendo aumentar o volume corporal. Dito isso, os resultados da coleta
de dados serão apresentados nos gráficos abaixo.
Foi efetuada uma avaliação física nos participantes para mensurar a estatura, e a massa
corporal, realizando em seguida o cálculo tradicional do Índice de Massa Corporal (IMC). Para
mensurar a estatura foi utilizado o Estadiômetro de parede (Sanny, São Paulo, Brasil), que tem
a capacidade de 2.200mm e divisão de 1mm, o participante teve sua massa corporal avaliada
em uma balança mecânica antropométrica (Modelo 111, Balmak, Santa Bárbara d’Oeste – SP,
Brasil). E por último foi calculado o IMC fazendo a divisão da massa em kg, pela estatura em
metros, elevada ao quadrado, tendo como referência os padrões da OMS (2016).
O presente estudo baseia-se nas diretrizes éticas de pesquisa que envolve seres humanos,
de acordo com o Conselho Nacional de Ética e Pesquisa o (CONEP), estabelecidos na resolução
nº466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o projeto foi submetido ao Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), via
Plataforma Brasil, onde foi analisado e aprovado sob o número de parecer 3.187.714 e CAAE
03621318.0.0000.5516 (ANEXO D).
19
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O respectivo estudo se baseia em um grupo amostral de 15 adultos participantes de
dança para analisar a imagem corporal e autoestima, entre outras características.
Tabela 1 – Características da amostra
VARIÁVEL n (%)
Sexo Feminino 15 100%
Idade
18 a 29
30 a 39
40 a 53
6
6
3
40%
40%
20%
Faz outra atividade
além da dança
Sim
Não
7
8
46.66%
53.33%
Tempo de prática
em dança
3 a 6 meses
7 meses a 1 ano
1 ano e meio a 3 anos
Há mais de 3 anos
4
4
4
3
26.66%
26.66%
26.66%
20%
Frequência por
semana
2 vezes por semana
3 vezes por semana
+ 3 vezes por semana
8
3
4
53.33%
20%
26.66%
IMC (kg/m2)
Magro ou baixo peso (<18,5)
Normal ou eutrófico (18,5-24,9)
Sobrepeso (25-29,9)
Obesidade (>30)
1
11
3
0
6.66%
73.33%
20%
0
Fonte: Autoria própria, 2019.
No que diz respeito ao sexo, 100% dos entrevistados eram mulheres, com idade entre
18 e 53 anos (Tabela 1). É notório que as mulheres participam mais das aulas de dança do que
os homens, e que as atividades coletivas são mais procuradas por elas com intuito de integração
e convívio social.
Em 2013, o Ministério do Esporte realizou uma pesquisa sobre a prática do esporte e de
atividades físicas no Brasil, foram entrevistados 8.902 pessoas entre 14 e 75 anos, 9,8% das
entrevistadas começaram a prática de alguma atividade física entre 18 e 25 anos e 5,8% entre
26 e 40 anos, entre as atividades mais praticadas a dança estava em 8º lugar, sendo ela praticada
por 8,2% das mulheres e 3,5% por homens, justificando assim o público exclusivo de mulheres
participante da pesquisa.
Entre as entrevistadas 53,33% praticavam outra atividade além da dança, sendo elas
natação, corrida ou musculação. O tempo de prática apresentou uma porcentagem equilibrada
de acordo com a classificação imposta, apenas quem prática a dança a mais de 3 anos apresentou
20
uma porcentagem menor do que as demais, já a frequência por semana apresentando uma
diferença significativa, onde a frequência às aulas por 2 vezes por semana representou 53.33%
das participantes (Tabela 1).
Sobre o IMC, 73,33% (n=11) (Tabela 1) apresentaram IMC dentro da classificação
normal ou eutrófico, pelo protocolo e valores de referências propostos pela OMS (2016). O
IMC é o cálculo utilizado para avaliação da adiposidade corporal, segundo a OMS (2016) a
classificação para adultos tem como base a associação do IMC e doenças crônicas ou
mortalidade. Sendo assim, neste estudo a maioria dos indivíduos apresentaram características
saudáveis se observamos o IMC.
Os resultados serão apresentados no gráfico abaixo.
Gráfico 1 – Nível de autoestima em adultas praticantes de dança
Fonte: Autoria própria, 2019
Dentre as participantes da pesquisa, 13,34% No que diz respeito a autoestima, foi
utilizado a Escala o Rosenberg Self Esteem para medir o nível de autoestima de adultas
praticantes de dança e 86,66% das participantes apresentaram um nível de autoestima
considerado médio, com sugestão de melhora.
Em um estudo feito por Marba, Silva e Guimarães (2016) que avaliaram 50 alunas da
aula de dança do Sesi- CAT – Centro de atividade do trabalhador de Araguaína – TO, com a
faixa etária entre 20 e 60 anos constatou que 32% das alunas procurou a dança como atividade
física em busca de melhoria da autoestima. Em 2009, pelos autores Santana, Corradini e
86,66%
2%
Nível de autoestima em adultas praticantes
de dança.
média
autoestima
baixa
autoestima
21
Carneiro foi realizada uma pesquisa em Campinas com 50 indivíduos entre 49 e 60 anos,
praticantes de dança, 20% das entrevistadas apontaram que após as aulas de dança melhoraram
a autoestima.
O grau de percepção e satisfação da imagem corporal foi verificado através da Escala
de Silhuetas Tradicional, e a leitura dos resultados os dados foram divididos em 2 grupos, o de
percepção e o de satisfação com a IC. A percepção é subdividida em hiperesquimática que se
refere a visão aumentada de uma parte ou do corpo em ralação ao tamanho real,
hiporesquemática que se trata da visão diminuída de uma parte ou de todo corpo em relação ao
tamanho real.
Gráfico 2 – Percepção da Imagem Corporal
Fonte: Autoria própria, 2019.
Das mulheres entrevistadas, a grande maioria apresentou uma percepção corporal
distorcida para mais, 66,66% do grupo, apresentou uma visão corporal maior do que é
realmente, classificada como hiperesquemática, 6,66% apresentou uma visão corporal menor
do que realmente é, 13,33% obteve uma percepção perfeita e 13,33% obteve uma boa
percepção. Perante esses resultados, observamos que, mesmo com a prática da atividade física,
especificamente da dança, a percepção da imagem corporal do grupo em sua maioria permanece
equivocada e inapropriada para a realidade do mesmo.
66,66%13,33%
13,33%
6,66%
Percepção da Imagem Corporal
Hiperesquemática
Boa
Perfeita
Hiporesquemática
22
Gráfico 3 – Satisfação com a Imagem Corporal
Fonte: Autoria própria, 2019.
A satisfação do grupo pesquisado com a imagem corporal segue o patamar da percepção
corporal, como o grupo em sua maioria apresentou uma percepção corporal erronia de si,
consequentemente a satisfação com a sua imagem ficou prejudicada e distorcida, em sua grande
maioria 53,33% o grupo se apresenta insatisfeito com sua imagem corporal desejando a
diminuição do volume da mesma, 26,66% também se apresenta insatisfeito mas gostaria de
aumentar seu volume corporal e apenas 20% apresentou uma satisfação perfeita.
Um estudo realizado em Porto Alegre, por Hass, Garcia e Bertoletti (2010), com 31
bailarinas adultas brasileiras e 9 bailarinas radicadas dos Estados Unidos, utilizando um
protocolo diferente da pesquisa atual o BSQ, mas com o mesmo intuito de investigar o nível de
satisfação com a imagem corporal das participantes, as quais praticavam balé clássico e jazz
apresentou que ambos os grupos apresentam insatisfação e distorção da imagem corporal.
Compactuando com o presente estudo, o artigo relata que independente da modalidade a
preocupação com o corpo magro faz parte da dança no geral, explicando o porquê das
praticantes em sua maior parte vê seu volume corporal maior do que realmente é.
Um estudo realizado por Cunha e Machado (2018) em uma escola de dança no Pará
utilizando a Escala de Silhuetas (Stunkard, Sorenson, Schlusinger,1983) adaptada por Scagliusi
e colaboradores (2006) que se trata de um instrumento semelhante ao da pesquisa atual, que
tem como parâmetro a medição da satisfação com a imagem corporal apresentou os seguintes
resultados: 88,9 % de insatisfação com a IC e 88,8% dos participantes tinham o desejo de
aumentar ou diminuir o seu volume corporal.
53,33%
26,66%
20%
Satisfação com a Imagem Corporal
Diminuir o volume corporal
Aumentar o volume
Perfeita
23
Portanto ambos os estudos fazem ênfase em uma característica importante apresentada
por praticantes de dança no geral, por um preconceito já estabelecido na sociedade os
praticantes dessa modalidade buscam sempre um corpo considerado “perfeito” e mesmo que
por muitas vezes alcance o corpo ideal dentro de seus padrões permanece insatisfeito,
compactuando com os autores Monthuy-Blanc, Malano e Therme (2010) que citam exatamente
esse comportamento por parte dos bailarinos em seu estudo.
Por fim, é importante considerar sobre ás variáveis discutidas acima que, como a
percepção com a imagem corporal está comprometida e erronia consequentemente a satisfação
com a mesma apresentariam resultados negativos.
24
5 CONCLUSÃO
A partir desse estudo conclui-se que, mesmo com a prática regular da dança, que se trata
de uma modalidade que apresenta valores expressivos no autoconhecimento corporal, as
praticantes da amostra ainda possuem uma percepção da imagem corporal distorcida da
realidade, fazendo com que consequentemente se apresente insatisfeita com a mesma. Portanto,
os resultados apresentados não corresponderam positivamente a hipótese da pesquisa.
Como segunda variável tínhamos a autoestima que ao contrário da imagem corporal
apresentou resultados esperados, confirmando assim que no grupo participante a dança
influencia para que haja uma boa autoestima e a melhora significativa da mesma com foi
apresentada na discussão.
Apresentar um estudo prático e claro foi a proposta principal do projeto, para atingir não
apenas profissionais ou futuros profissionais da área da Educação Física mas também a
população praticante e não praticante da modalidade, fazendo assim com que fique claro os
benefícios da mesma e que também se entenda que a visão erronia da sua imagem é o que te
faz ser insatisfeito com a mesma, cabendo assim uma intervenção profissional.
25
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29
APÊNDICES
30
APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da pesquisa: IMAGEM CORPORAL E AUTOESTIMA EM ADULTOS PRATICANTES DE DANÇA e nós gostaríamos de entrevistá-lo. Caso haja alguma palavra ou frase que o (a) senhor (a) não consiga entender, converse com o pesquisador responsável pelo estudo ou com um membro da equipe desta pesquisa para esclarecê-los. OBSERVAÇÃO: Caso o participante não tenha condições de ler e/ou compreender este TCLE, o mesmo poderá ser consentido através de assinatura por um membro da família ou responsável legal. A JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: A estudo se justifica na necessidade de apresentar aos praticantes de dança, aos profissionais da área e aos não praticantes também os possíveis impactos positivos da dança na imagem corporal e na autoestima de adultos. O objetivo deste estudo é averiguar a imagem corporal e autoestima em adultos praticantes de dança em Palmas – TO. Como procedimentos para a coleta de dados serão utilizados como instrumentos o Questionário Investigativo, a Escala de Silhueta tradicional e o Rosenberg self-esteem scale (RSE) e as medidas antropométricas. FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA Os participantes da pesquisa serão acompanhados pelo avaliado, que estará presente durante toda a coleta de dados, aberto a perguntas e disponível para esclarecer quaisquer duvida que vier a surgir, dando total apoio aos participantes. DESCONFORTOS E RISCOS E BENEFÍCIOS: Durante a coleta de dados pode ocorrer algum tipo de desconforto ou cansaço por parte dos participantes, para que seja minimizado tais ocorrências a aplicação será feita de uma forma dinâmica e podendo conter até pequenos intervalos para que os participantes possam descansar. Como a pesquisa tem chances de indicar aos participantes insatisfação ou desconforto com a sua IC e baixa autoestima, será feita a conscientização para que ele melhore a sua percepção corporal, em caso de persistência mais agravante de desconforto causado pela pesquisa será indicado e financiado pelo o pesquisador um tratamento com um psicólogo para reversão de tal quadro. Como forma ainda de diminuir o risco de constrangimento e desconforto por parte dos participantes, a coleta será feita individualmente e os resultados serão enviados via e-mail para os participantes, lembrando que os dados só serão utilizados como base para o estudo. Em caso de ainda assim persistência de algum desses sintomas o participante poderá abandonar a pesquisa a qualquer momento. Para isolar o risco de vazamento de informações sobre os participantes, os resultados serão armazenados apenas números como identificação, mas ainda assim se mantem sob responsabilidade do pesquisador quaisquer quebra de sigilo dos participantes. Como benefícios ao final da pesquisa poderá ser identificado que a pratica regular da dança pode trazer interferências positivas na autoestima e IC dos participantes, trazendo assim uma melhor perspectiva de qualidade de vida para os mesmo. Caso tenha a ocorrência de algum problema relacionado a IC ou a autoestima do participante, será aproveitada a pesquisa para conscientiza-los sobre as formas de intervenções para que tais aspectos sejam tratados. GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE SIGILO: Você será esclarecido(a) sobre a pesquisa em qualquer aspecto que desejar. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. O(s) pesquisador(es) irá(ão) tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Os resultados da pesquisa serão enviados para você e permanecerão confidenciais. Seu nome ou o material que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão. Você não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Uma cópia deste consentimento informado será arquivada e outra será fornecida a você.
Rubrica do Pesquisador Responsável
Rubrica do(a) Participante
Rubrica do(a) Pesquisador Acadêmico
31
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR EVENTUAIS DANOS: A participação nesta pesquisa não acarretará custos aos participantes, como também não será disponível nenhuma remuneração financeira adicional para participação na pesquisa. Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos ou tratamentos propostos pelo estudo (nexo causal comprovado), o participante tem direito a tratamento, bem como às indenizações legalmente estabelecidas, que serão supridas pelo pesquisador responsável.
DECLARAÇÃO DA PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELA PARTICIPANTE: Eu, __________________________________________________ fui informada(o) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e motivar minha decisão se assim o desejar. O pesquisador responsável BÁRBARA PEREIRA DE SOUZA ROSA e a acadêmica-pesquisadora MIKAELLA CAROLINA SILVA certificaram-me de que todos os dados desta pesquisa serão confidenciais. Também sei que caso existam gastos adicionais, estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa. QUEM DEVO ENTRAR EM CONTATO EM CASO DE DÚVIDA Caso o(a) sr(a) tenha qualquer dúvida sobre esta pesquisa, o sr(a) pode me perguntar ou entrar em contato com o pesquisador BÁRBARA PEREIRA DE SOUZA, responsável a Coordenação da Pesquisa ou com o Comitê de Ética em Pesquisa – CEP/CEULP/ULBRA, [Avenida Teotônio Segurado 1501 Sul Palmas/TO, Complexo Laboratorial, telefone (63) 3219-8076 de segunda a sexta no horário comercial (exceto feriados)], órgão responsável pelo esclarecimento de dúvidas relativas aos procedimentos éticos da pesquisa e pelo acolhimento de eventuais denúncias quanto à condução do estudo., ou Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Luterano de Palmas – CEPCEULP, situado no endereço: Avenida Teotônio Segurado 1501 Sul Palmas - TO CEP 77.019-900, telefone (63) 3219-8076 - E-mail: [email protected]. Esse termo de consentimento foi elaborado em duas vias. Após a sua confirmação em participar, uma via permanecerá retida com o pesquisador responsável e a outra com o(a) sr(a). Palmas/TO____/____/____
Contato do Pesquisador Responsável Profa. Dra.Bárbara Pereira de Souza Rosa Tel.: (63) 98117-8615 Endereço: Avenida Teotônio Segurado 1501 Sul Palmas E-mail: [email protected]
Pesquisador Acadêmico Nome: Mikaella Carolina Silva Tel.: (63) 98428-9744 Endereço: E-mail: [email protected]
Rubrica do Pesquisador Responsável
Rubrica do(a) Participante
Rubrica do(a) Pesquisador Acadêmico
32
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO E DADOS ANTROPOMÉTRICOS
Nome:
Data de Nascimento: Data de Avaliação:
Estatura: Massa Corporal: IMC:
Faz prática de outra atividade física além da dança? Sim ( ) Não ( )
Qual?______________________________
Quanto tempo você frequenta as aulas de dança?
Quantas vezes por semana?
Email:
33
ANEXOS
34
ANEXO A – TERMO DA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE
35
ANEXO B – Escala de Silhuetas para Adultos (KAKESHITA, 2008).
36
ANEXO C – ROSENBERG SELF-ESTEEM SCALE (RSE) (HUTZ, 2000).
Leia cada frase com atenção e faça um X na opção mais adequada:
1. Eu sinto que sou uma pessoa de valor, no mínimo, tanto quanto as outras pessoas.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
2. Eu acho que eu tenho várias boas qualidades.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
3. Levando tudo em conta, eu penso que eu sou um fracasso.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
4. Eu acho que sou capaz de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das pessoas.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
5. Eu acho que eu não tenho muito do que me orgulhar.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
6. Eu tenho uma atitude positiva com relação a mim mesmo.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
7. No conjunto, eu estou satisfeito comigo.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
8. Eu gostaria de poder ter mais respeito por mim mesmo.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
9. Às vezes eu me sinto inútil.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
10. Às vezes eu acho que não presto para nada.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
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ANEXO D – Aprovação do projeto em Comitê de Ética
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