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RELAÇÃO IMAGEM -‐ TEXTO
• O que é uma imagem? Qual a diferença entre imagens e palavras?
• A nossa própria compreensão “teórica” das imagens vinculam-‐se a práticas culturais e sociais.
MITCHELL,W.J.T. Iconology: Image, Text, Ideology. Chicago and London : The University of Chicago Press, 1986.
IMAGENS
• Grande quantidade e variedade de coisas que são designadas por “imagem”.
• São pinturas, mapas, diagramas, sonhos, alucinações, projeções, memórias etc.
• A segunda constatação é de que apesar de todas essas coisas poderem ser designadas por “imagens”, não significa necessariamente que elas tenham algo em comum.
• Para solucionar esta questão, Mitchell propõe que pensemos as imagens como sendo uma família-‐extensa, que tivesse migrado no tempo e no espaço e sofrido profundas modificações neste processo. (MITCHELL, 1986:9)
• A palavra “imagem” envolve aparência, semelhança ou similaridade.
• A imagem gráfica diz respeito a pinturas e desenhos, (história da arte)
• Espelhos e projeções, referindo-‐se ao campo da física.(ótica)
• A imagem perceptual abrange todos os campos de conhecimento, envolvendo o processo de apreensão de dados sensíveis, espécies e aparências.
• A imagem mental envolve os sonhos, memórias, idéias e fantasmata, abarcando os campos da psicologia e da epistemologia.
• Imagem verbal refere-‐se à expressão de metáforas e descrições, sendo campo de conhecimento da crítica literária.
Toda imagem verbal é uma imagem mental
• Mas as imagens verbais referem-‐se a dois tipos antitéticos de práticas lingüísticas:
1. Imagens verbais, a linguagem metafórica, figurativa ou ornamental;
2. Imagem verbal referir-‐se a uma palavra que é uma imagem de uma idéia -‐ alegorias
IMAGENS PICTÓRICAS
• São inevitavelmente convencionais e contaminadas pela linguagem.
• A dialética entre a palavra e a imagem tem sido uma constante na fábrica de signos que a cultura trama em volta de si mesma.
• Necessidade de elaboração uma crítica histórica dessas diferenças entre palavra-‐imagem
FONTES ICONOGRÁFICAS/ CONHECIMENTO HISTÓRICO
• as imagens são uma forma de suporte a representações.
• As imagens não são apenas um registro do real externo e objetivo, na busca de seu grau de fidelidade, pois a imagem é:
• “uma construção discursiva, que depende de formas históricas de percepção e leitura, das linguagens e técnicas disponíveis, dos conceitos vigentes”. (MENESES, 1996:152)
3 aspectos fundamentais na análise de imagens
1. Deixar de lado a falsa polaridade entre real e imaginário, pois a imagem está dentro do real, à medida que práticas e representações são indissociáveis.
2. Necessidade de a imagem ter um valor probatório. É uma falsa questão, pois o valor documental das imagens refere-‐se à problemática das representações sociais, à possibilidade de compreensão do imaginário – e não pela capacidade de as imagens confirmarem traços empíricos.
3. Capacidade do olhar do viajante de instituir um conhecimento sobre a nossa realidade.
• O olhar, portanto, institui seu próprio objeto. A imagem não só é instituída historicamente, como é, também, instituinte. Daí, para um verdadeiro dimensionamento histórico, a necessidade de estudar o circuito da imagem: sua produção, circulação, apropriação, em todas suas variáveis. (MENESES, 1996:154)
REFERÊNCIA TEÓRICAS
• PANOFSKY, Erwin. Ensaios de Iconologia.
• MITCHELL,W.J.T. Iconology: Image, Text, Ideology. Chicago and London : The University of Chicago Press, 1986.
• Ulpiano Bezerra de Meneses. Análise Iconográfica e fontes históricas.
• Gombrich, E. Arte e Ilusão.
