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3090-1017 1 MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016 VERDE Manutenção do jardim durante as férias Página 7 DIVULGAÇÃO O FIM DO BARULHO Em áreas com muito ruído, a solução é investir no isolamento acústico B uzina de carro, pesso- as gritando, música alta. Quando estamos dentro de casa o que mais queremos é paz e silêncio. Mas nem sempre é assim. Por conta disso, quando se vive em grandes cidades urbanas, estamos sujeitos a quase tudo inclusive a poluição sonora, um incômodo que pode causar es- tresse e dores de cabeça. Mas, a melhor solução para manter um lar mais silencioso e bem simples é proteção. Não é fácil resolver este pro- blema, pois há muitos pontos a serem verificados, mas o combate ao ruído é importante e deve ser prioridade principal- mente nas obras novas. Como evitar esta situação? Não se pode proibir as pessoas de conversar ou escutar música, então o jeito é prepara o am- biente para que o som deixe de ecoar. Para tanto, especialistas indicam o uso do forro acústico, isto é, que absorva aos sons ao invés de propagá-los. Além disto, optar por móveis esto- fados, que têm um coeficiente de absorção acústica muito maior do que as cadeiras de plástico, e podem ser tão fáceis de limpar quanto elas. O arquiteto Achilles Fernan- des explica a melhor forma de precaução. “Ruídos são um in- cômodo. Muitas vezes, ao ter a casa ou apartamento próximo a vias de bastante fluxo de veícu- los, precisamos avaliar bem an- tes de fazer qualquer negócio. E, para resolver esses problemas, a arquitetura passou a adotar vários recursos que amenizam essa situação. Exemplo disso são as esquadrias com vidros duplos, que cria um espaço entre os vidros amenizando os ruídos”, explicou. Em casos mais extremos, quando o desejo é reduzir ao máximo o ruído, o profissional recomenda que as paredes se- jam forradas igualmente com materiais fono-absorventes. “Existem várias opções, e o custo não é tão alto quanto se imagina. O ruído é péssimo em qualquer situação – tanto para dormir, quanto para se concentrar no trabalho. Ame- nizar os barulhos é sinônimo de qualidade de vida”, destacou. Soluções Com estas medidas, ou seja, forro, piso e paredes absor- ventes, o ruído que eventu- almente for produzido dentro dos ambientes será absorvi- do lá mesmo e as pessoas poderão conversar, dormir ou ouvir música com toda a tranquilidade. “O ambiente vai ficar bastante aconchegante, principalmente se o arquiteto ou decorador for caprichoso”, acrescenta Fernandes. Para o arquiteto, a mesma sugestão vale para o piso. “Ao invés de cerâmica ou materiais vinílicos, que tal utilizar um bom carpete? Claro, um carpete ba- ratinho é difícil de limpar, prin- cipalmente quando cai algum líquido, mas existem carpetes e tapetes modernos, feitos com alta tecnologia e que são facíli- mos de limpar – basta um bom aspirador de pó. Quem já teve a oportunidade de viajar aos Estados Unidos e Europa deve ter observado o largo uso que lá se faz dos carpetes, inclusive em restaurantes, e ninguém parece se importar com isto. É que lá se utiliza materiais que, felizmente, hoje estão disponí- veis também no Brasil”. Para acabar com as dúvidas, Achilles Fernan- des explica a diferença entre absorção acústica e isolamento, assim como o isolamento térmico do isolamento acústico. “O material é que diz respei- to sobre como ele conduz o som, calor ou vibrações através dele”. Uma parede feita de cobre, diz Fernandes, é um excelente condu- tor de eletricidade e de calor, mas um péssimo condutor de som. Agora imaginemos uma pare- de feita de cortiça. Ela é péssima condutora de eletricidade, ou seja, ela é um isolante elétrico, é um excelente isolante, tanto que pode ser usada em câ- maras frigoríficas. Já em termos de acústica, ela é praticamente ineficiente, ou seja, o som produzido de um lado da parede chegaria quase que com a mesma intensidade do outro lado”, disse. A maneira como as moléculas do material se acomodam umas com as outras é que determi- na suas características sonoras. Um material isolante acústico pode ser péssimo absorvente, como é o caso das pare- des e vidros, que isolam mas não absorvem. Já um material que é bom isolante térmico, como cortiça e isopor, são péssimos absorventes acústicos mas excelentes isolantes térmicos. Entendendo as diferenças Barulho incomoda bastante quem vive em metrópole e pode até trazer consequências para a saúde FOTOS: DIVULGAÇÃO LINDIVAN VILAÇA Uma das tarefas que cabe ao arquiteto é relação à qualidade sonora, ou seja, antes de tudo é evitar que o ruído gerado em um cômo- do se propague para outro. O ideal é que a lavanderia, por exemplo, fique longe da sala, e os ruídos pro- duzidos na garagem não devem atingir os quartos, e assim por diante, e isto só se consegue pensando cuidadosamente no proje- to, antes da construção. E como se consegue isto? Utilizando paredes ou divi- sórias mais robustas. Fer- nandes afirma quanto mais densas, melhor. “As portas devem, de preferência, ser de material maciço, como aquelas tipo ‘mexicano’, que têm uma isolação acústica aceitável. Os dutos de ar condicionado, se existirem, devem ser revestidos de ma- terial absorvente, para que o ruído de um cômodo não atinja o vizinho”, indica. Mas todas estas medidas para reduzir o ruído gera- do internamente de nada adiantarão se o edifício es- tiver muito sujeito ao ruído urbano, aquele que vem de fora e que tanto vem dimi- nuindo a qualidade de vida nas grandes cidades. Combater o ruído eleva o custo da construção, sem dúvida. Mas um projeto cri- terioso e o uso de materiais adequados mantêm a des- pesa dentro do razoável. Em compensação, o que se ganha na valorização do imóvel, no conforto das pessoas e na produtividade compensa em muito o in- vestimento. “Seja num edi- fício comercial, seja numa residência, o combate ao ruído é fundamental. Sua saúde e seu bolso agra- decem, afinal uma pessoa saudável e descansada pro- duzirá muito mais e gasta- rá menos com remédios e médicos”, completa. Investimentos para o futuro

Imóveis & Decor - 10 de janeiro de 2016

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Imóveis & Decor - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016

VERDE

Manutenção dojardim durante as férias

Página 7

DIVULGAÇÃO

O FIM DO BARULHO

Em áreas com muito ruído, a solução é investir no isolamento acústico

Buzina de carro, pesso-as gritando, música alta. Quando estamos dentro de casa o que

mais queremos é paz e silêncio. Mas nem sempre é assim. Por conta disso, quando se vive em grandes cidades urbanas, estamos sujeitos a quase tudo inclusive a poluição sonora, um incômodo que pode causar es-tresse e dores de cabeça. Mas, a melhor solução para manter um lar mais silencioso e bem simples é proteção.

Não é fácil resolver este pro-blema, pois há muitos pontos a serem verifi cados, mas o combate ao ruído é importante e deve ser prioridade principal-mente nas obras novas. Como evitar esta situação? Não se pode proibir as pessoas de conversar ou escutar música, então o jeito é prepara o am-biente para que o som deixe de ecoar. Para tanto, especialistas indicam o uso do forro acústico, isto é, que absorva aos sons ao invés de propagá-los. Além disto, optar por móveis esto-fados, que têm um coefi ciente de absorção acústica muito maior do que as cadeiras de plástico, e podem ser tão fáceis de limpar quanto elas.

O arquiteto Achilles Fernan-des explica a melhor forma de precaução. “Ruídos são um in-cômodo. Muitas vezes, ao ter a casa ou apartamento próximo a vias de bastante fl uxo de veícu-los, precisamos avaliar bem an-tes de fazer qualquer negócio. E, para resolver esses problemas, a arquitetura passou a adotar vários recursos que amenizam essa situação. Exemplo disso são as esquadrias com vidros duplos, que cria um espaço

entre os vidros amenizando os ruídos”, explicou.

Em casos mais extremos, quando o desejo é reduzir ao máximo o ruído, o profi ssional recomenda que as paredes se-jam forradas igualmente com materiais fono-absorventes. “Existem várias opções, e o custo não é tão alto quanto se imagina. O ruído é péssimo em qualquer situação – tanto para dormir, quanto para se concentrar no trabalho. Ame-nizar os barulhos é sinônimo de qualidade de vida”, destacou.

SoluçõesCom estas medidas, ou seja,

forro, piso e paredes absor-ventes, o ruído que eventu-almente for produzido dentro dos ambientes será absorvi-do lá mesmo e as pessoas poderão conversar, dormir ou ouvir música com toda a tranquilidade. “O ambiente vai fi car bastante aconchegante, principalmente se o arquiteto ou decorador for caprichoso”, acrescenta Fernandes.

Para o arquiteto, a mesma sugestão vale para o piso. “Ao invés de cerâmica ou materiais vinílicos, que tal utilizar um bom carpete? Claro, um carpete ba-ratinho é difícil de limpar, prin-cipalmente quando cai algum líquido, mas existem carpetes e tapetes modernos, feitos com alta tecnologia e que são facíli-mos de limpar – basta um bom aspirador de pó. Quem já teve a oportunidade de viajar aos Estados Unidos e Europa deve ter observado o largo uso que lá se faz dos carpetes, inclusive em restaurantes, e ninguém parece se importar com isto. É que lá se utiliza materiais que, felizmente, hoje estão disponí-veis também no Brasil”.

Para acabar com as dúvidas, Achilles Fernan-des explica a diferença entre absorção acústica e isolamento, assim como o isolamento térmico do isolamento acústico. “O material é que diz respei-to sobre como ele conduz o som, calor ou vibrações através dele”.

Uma parede feita de cobre, diz Fernandes, é um excelente condu-tor de eletricidade e de calor, mas um péssimo condutor de som. Agora imaginemos uma pare-de feita de cortiça. Ela é péssima condutora de eletricidade, ou seja, ela é um isolante elétrico, é um excelente isolante, tanto que pode ser usada em câ-maras frigorífi cas. Já em termos de acústica, ela é praticamente inefi ciente, ou seja, o som produzido de um lado da parede chegaria quase que com a mesma intensidade do outro lado”, disse.

A maneira como as moléculas do material se acomodam umas com as outras é que determi-na suas características sonoras. Um material isolante acústico pode ser péssimo absorvente, como é o caso das pare-des e vidros, que isolam mas não absorvem. Já um material que é bom isolante térmico, como cortiça e isopor, são péssimos absorventes acústicos mas excelentes isolantes térmicos.

Entendendo as diferenças

Barulho incomoda bastante quem vive em metrópole e pode até trazer consequências para a saúde

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ÃOLINDIVAN VILAÇA

Uma das tarefas que cabe ao arquiteto é relação à qualidade sonora, ou seja, antes de tudo é evitar que o ruído gerado em um cômo-do se propague para outro. O ideal é que a lavanderia, por exemplo, fi que longe da sala, e os ruídos pro-duzidos na garagem não devem atingir os quartos, e assim por diante, e isto só se consegue pensando cuidadosamente no proje-to, antes da construção.

E como se consegue isto? Utilizando paredes ou divi-sórias mais robustas. Fer-nandes afi rma quanto mais densas, melhor. “As portas

devem, de preferência, ser de material maciço, como aquelas tipo ‘mexicano’, que têm uma isolação acústica aceitável. Os dutos de ar condicionado, se existirem, devem ser revestidos de ma-terial absorvente, para que o ruído de um cômodo não atinja o vizinho”, indica.

Mas todas estas medidas para reduzir o ruído gera-do internamente de nada adiantarão se o edifício es-tiver muito sujeito ao ruído urbano, aquele que vem de fora e que tanto vem dimi-nuindo a qualidade de vida nas grandes cidades.

Combater o ruído eleva o

custo da construção, sem dúvida. Mas um projeto cri-terioso e o uso de materiais adequados mantêm a des-pesa dentro do razoável. Em compensação, o que se ganha na valorização do imóvel, no conforto das pessoas e na produtividade compensa em muito o in-vestimento. “Seja num edi-fício comercial, seja numa residência, o combate ao ruído é fundamental. Sua saúde e seu bolso agra-decem, afi nal uma pessoa saudável e descansada pro-duzirá muito mais e gasta-rá menos com remédios e médicos”, completa.

Investimentos para o futuro

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EXPEDIENTEEDIÇÃO Mellanie [email protected]

REPORTAGEMLindivan Vilaça

FOTOSArquivo EM TEMPO

REVISÃODernando Monteiro eJoão Alves

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira

TRATAMENTO DE FOTOSKleuton Silva

Investimento certeiro: imóveis para aluguelO importante ao avaliar um imóvel para investimento, especialmente se for para locação, é saber se há demanda

De acordo com o co-ordenador do Índice FipeZAP, Eduardo Zyl-berstajn, quem com-

pra um imóvel para investi-mento tem dois vetores: o potencial de valorização e o retorno com o aluguel. “Pre-cisamos deixar claro que o que ocorreu nos últimos anos em relação à valorização dos imóveis foi uma exceção e nos próximos anos isso será mais modesto”, avalia.

Zylberstajn explica que, para defi nir o imóvel a ser compra-do para locação, é necessário fazer contas de custos, ma-nutenção e retorno e sempre comparar com o retorno que o investimento teria em um ativo fi nanceiro. “Muita gente compara com a poupança e CDI, mas isso é equivocado. A comparação deve ser feita com juro real e não com juro nominal, como o CDI”, ensina.

O importante ao avaliar um imóvel para investimento, es-pecialmente se for para loca-ção, é ver se há demanda para aquele tipo de apartamento ou casa na região. “Naturalmente, imóveis com garagem, quintal e mais de um banheiro tendem a ter um apelo maior para lo-cação, mas não são só esses os pontos que devem ser ava-liados. A localização perto de estação de metrô, por exemplo,

tem uma boa demanda”.Também se deve levar em

consideração que o imóvel para locação pode fi car desocupado e isso precisa ser previsto no planejamento do investidor.

Para Marco Goggi, diretor-presidente da Lopes VNC, o investidor busca o imóvel que dê a melhor taxa de retorno (aproximadamente de 0,6% ao mês). “Normalmente são apar-tamentos menores, de um ou dois dormitórios, de 30 a 100 metros quadrados e estão em prédios novos, com infraestru-tura moderna, bem localizados e com rápido processo de ven-da ou locação”, diz.

Segundo ele, os bairros me-lhores são sempre de fácil acesso, próximos a transporte público e têm vias de acesso rápido para as principais ave-nidas, aeroportos e regiões próximas aos centros comer-ciais e fi nanceiros.

CONTAS

Para defi nir o imóvel a ser comprado para locação, é necessá-rio fazer contas de custos, manutenção e retorno e sempre comparar com o retorno que o inves-timento teria em um ativo fi nanceiro

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AÇÃO

Antes de comprar, pesquise se a área é valorizada e tem demanda, além de considerar os custos de manutenção

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Transforme o seu

HOME THEATERConheça melhor o sistema e faça dele a área mais disputada de sua casa

faz com que quem ouça se sinta dentro de cada cena.

SistemaA maior e mais pesada cai-

xa acústica do home thea-ter, chamada de subwoofer, é responsável por reproduzir os sons mais graves do sistema e possui duas categorias, ativa ou passiva. A primeira possui um amplifi cador interno à caixa acústica e ao autofalante; e a segunda é formada pelo auto-falante e pela caixa e necessita de um amplifi cador externo, que pode ser o próprio receiver.

O home theater wireless (sem fi o) utiliza a tecnologia Blue-tooth. Ela é idêntica às dos demais aparelhos com fi o e as duas caixas traseiras são liga-das remotamente ao receiver, sem o uso de cabos. O grande benefício do home theater wi-reless é a ausência de fi os.

“Seja a opção tradicional ou wireless, o equipamento terá um melhor desempenho caso seja instalado por um time al-tamente capacitado. O sucesso do home theater é garantido com a execução de um projeto técnico especializado, que ofere-cerá uma atmosfera de cinema mesmo em casa”, fi naliza Alves.

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Moderno, o home theater promete transformar a sala no ambiente ideal para a reprodução de fi lmes em alta defi nição de som e imagem

O home theater está presente em muitos lares brasileiros, em versões que vão das

mais simples às complexas. Porém, não basta comprar o equipamento e instalá-lo conforme um manual, já que cada ambiente tem um forma-to diferente e características acústicas ímpares. “Um home theater bem projetado será a vitrine da casa”, afi rma Pau-lo Alves, diretor comercial e sócio-fundador da Home & Tech, primeira franqueadora na área de áudio, vídeo e automação do Brasil.

Segundo ele, a boa perfor-mance do equipamento não é resultado somente da compra de produtos de alta tecnolo-gia, mas, sim, de um projeto integrado por uma equipe com ampla experiência em esco-lher e instalar corretamente os melhores componentes, bem como “calibrá-los” com a acús-tica ideal de cada ambiente.

“Bem mais do que simples ‘caixinhas’ que prometem trazer realismo aos fi lmes, o equipamento propicia a repro-dução de alta defi nição de som e imagem, oferecendo entrete-nimento de alta performance para as pessoas compartilhem experiências memoráveis. Tra-ta-se de um sistema de equi-pamentos integrado a outros dispositivos eletrônicos que, juntos, possuem capacidade de reproduzir a qualidade de áudio e vídeo de grandes salas de cinema”, ensina.

ModelosO home theater é um equipa-

mento dividido em três partes: as caixas acústicas e o subwoo-fer, responsáveis pelo áudio, externos ou de embutir; o vídeo (blu-ray, TV ou projetor e tela) e todo o sistema, que é integrado por meio do receiver, que dis-tribui o áudio e o vídeo, com opções para conectar acessó-rios usuais, como smartphones, videogames, Apple TV, laptops, câmeras digitais, entre outros.

Para que o home theater seja instalado, um estudo prévio do ambiente é recomendável, pois o sistema será conectado

de maneira ainda mais efi caz após um projeto exclusivo para cada ambiente, que especifi -cará a confi guração mais indi-cada para o local. Além disso, ele também será responsável por indicar seus respectivos equipamentos, que determi-narão se o aparelho será 5.1, 7.1, 9.2 canais ou superior.

“Os primeiros números re-presentam a quantidade de caixas que compõem o sistema – já os segundos, correspon-dem à quantidade de subwoo-fers, maior e mais pesada caixa acústica que reproduz os sons graves do home theater. O sistema 7.1 signifi ca que o aparelho traz sete caixas e um subwoofer”, exemplifi ca Alves.

Entenda os termos Cada caixa acústica tem

a sua função específi ca no home theater. A caixa acústica central (frontal) é responsável pela voz principal e as laterais (frontais) têm a incumbência de reproduzir a trilha sonora e as vozes secundárias. Já as caixas acústicas surround (tra-seiras) transmitem os efeitos especiais de sonoplastia.

“A disposição correta de cada caixa acústica está ligada a uma série de parâmetros, como a dis-tância das caixas para o ouvinte e a angulação delas, que melho-ram o espectro e a amplitude sonora”, afi rma o empresário.

Tal distância das caixas acús-ticas pode ser confi gurada no sistema, porém, a posição delas deve ser respeitada, caso sejam frontais ou traseiras, bem como a angulação. O cuidado propor-ciona maior conforto auditivo e o melhor aproveitamento na execução das mídias, transmi-tidas com mais fi delidade.

Atualmente, há diversas tec-nologias disponíveis – cada uma, com a capacidade de atender projetos específi cos, como 5.1 canais, 5.2 canais, 7.1 canais, entre outras, além de sistemas avançados com a tecnologia Dolby Atmos, 5.2.2 canais, 7.2.2 canais etc. A Dolby cria, ao redor do espectador, aparelhos sonoros correspondentes à ação transmitida nas telas em dife-rentes níveis auditivos, o que

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O que será tendência em interiores em 2016

PauloRicardo

Sachs

Atuante no mercado

nacional e internacional de mobiliário e alta deco-

ração

Arquitetando

A abundância de vegetação exuberante é definitivamen-te uma tendência, mas não só em banheiros - o foco de designers é o aumento da introdução de plantas em residências ambientalmente amigáveis. como um todo”

[email protected]

Espaços incomuns: cozinha, materiais e cobrePantone de cores para 2016

Tendência do mercado é continuar no vermelhoA previsão é da FipeZap, que revelou um estudo indicando uma queda real de 10% no preço dos imóveis em 2016

Depois da perda real de 8,48% em 2015 diante da infl ação calculada pelo Índice Nacional de

Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa é que o preço de vendas de imóveis con-tinue avançando em ritmo muito mais baixo do que a infl ação.

“Enquanto essa situação de recessão continuar, acredito que o mercado imobiliário vai continuar sofrendo”, diz a previsão do economista do FipeZap, Raoni Costa.

No meio do ano, a Fipe lançou um estudo apontando queda nominal de 5% no preço dos imóveis em 2016, o que leva-ria a uma perda real de mais de 10% em 2016 segundo as expectativas para a infl ação, que hoje estão na casa dos 7%.

Oferta de imóveisPara Costa, a oferta de imó-

veis deve começar a cair a partir deste ano. “O número de venda de imóveis ainda é razoável, porque você está vendendo imóveis construídos em 2013 e 2014, diz ele.

“O ano de 2015 já foi um em que a gente viu uma retração muito grande no lançamento de novos imóveis e, em 2016,

a gente vai dar um passo a mais nisso”, aponta.

Segundo ele, a tomada de decisão de compra – que é mais lenta no mercado imobi-liário do que no resto do mer-cado -, mudou e isso impactará a oferta, que tende a se retrair ao longo dos próximos anos.

AluguelOs imóveis alugados estão

em situação ainda pior que a dos imóveis à venda. O pre-ço dos aluguéis recuou sete vezes consecutivas ao longo de 2015 e, nos 12 meses encerrados em junho, a perda real chega a 14%.

“Eu interpreto da seguinte maneira: muitos proprietários que iam vender imóveis não estão dispostos a baixar tanto o preço e resolvem alugar, o que fez aumentar a oferta de aluguéis”, diz ele.

Porém, sua aposta é de que haverá uma alteração na ten-dência nos próximos meses e que o preço do aluguel não fi cará tão mais fraco que o preço da venda de imóveis por muito mais tempo.

“A diferença entre eles deve começar a se fechar, mas não dá para esperar

muita coisa do mercado de aluguel”, afirma.

Comprar ou alugar?Para o consumidor que está

na dúvida entre comprar ou alugar um apartamento, Costa diz que sua expectativa se mantém no aluguel.

“Eu acho que é um bom momento para quem busca alugar e, se o aluguel con-tinuar caindo, o contrato de aluguel é muito mais curto que o fi nanciamento de um apartamento”, diz ele.

Para quem se decidiu pela compra, a dica é ter caute-la, pois adiar a compra pode render uma grande economia.

“A taxa de juros hoje está muito alta, se o consumidor tem o dinheiro guardado, ele conseguirá um bom rendi-mento se aplicá-lo em um fundo”, diz Costa.

Ou seja, para quem tem di-nheiro guardado, comprar um imóvel hoje pode representar perda de dinheiro.

“O melhor momento para comprar o imóvel será quando eles pararem de perder em rela-ção a infl ação e voltarem a subir. Mas quando isso vai acontecer é difícil saber”, completa. O economista da FipeZap, Raoni Costa, diz que comprar imóvel, hoje, pode representar perda de dinheiro

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Esta matéria conta com algumas informações de Mirian Castilho, residen-te na Bélgica. Possui um

Studio de Design de Interiores e 3D. Estudou e formou-se no centro da Europa. Costuma fre-quentar todos eventos sobre Arquitetura, Design e Constru-ção na continente, buscando todas informações referentes ao setor. Chegou 2016 e já apresenta as novas tendências de estilo e design. Neste ano elas são tão distintas e com tanta riqueza de expressões, que não importa quantos arti-gos sobre as tendências voce pesquise, sempre haverá algo mais a ser visto, ou revisitado. Mais uma vez está de volta a possibilidade de brincar com cores alegres, dar ênfase a natureza em espaços incomuns - como o banheiro ou cozinha. As inovações vão muito além como riqueza dos acessórios, na funcionalidade como o ên-fase ao arranjo minimalista de espaços. Não obstante, na no-breza dos materiais utilizados, algumas dicas - cobre, bronze e mármore estarão presentes. A

paleta de cores para este ano é preenchido com tons de rosa, vermelho “carne” e pêssego. Os designers não hesitam em apostar em cores que marcam o novo momento. O famoso “rosa cor de boca” de maquia-gem, sem o brilho, invade a decoração. As cores profundas temperamentais como o preto e roxo são muito inteligentemen-

te combinados com as superfí-cies brilhantes de cobre e latão. Nesta linha de pensamento, uma forte referência para 2016 é a visibilidade de materiais tais como compostos de latão, cobre, madeira e mármore nos projetos de design de interiores. Os múltiplos usos do cobre e do bronze, sua plasticidade, e característica amigável tornam

um campo rico para a explo-ração artística. Revestimentos de cortiça e mármore estão voltando fortemente, madeira, pedra e concreto bruto estão também aqui com a sua pre-sença intemporal. Outra grande mudança no olhar das casas é a presença de objetos decorati-vos funcionais, logo não haverá espaço para itens inúteis. Vai

tornar-se cada vez mais importante adquirir objetos que podem ser utili-zados de acordo com o tempo e o espaço da vida da pessoa. A cozinha, por exemplo, pode ser completamente escondi-da para abrir espaço adicio-nal para entretenimento ou de tornar-se presente quando necessário. Nos movemos em direção ao minimalismo, cuja estética tranquila nos permite escapar da correria da cidade, jogando com a ilusão de ótica em ambientes como cozinha

e banheiro, usando papéis de parede

ou paredes ver-des. A grande mudança é no ambiente do-méstico que ganha um ar de spa: o banheiro. Ele

tende a trans-formar-se em

uma área de re-laxamento. Será

comum ter bancos e assentos no interior

banheiro porque na verda-de é lá que nós ouvimos música, lemos e relaxamos nele. Dessa maneira por que não transfor-má-lo em um belo e acolhedor jardim? Desenhador ucraniano Olga Akulova tem alguns muito bons sucessos neste domínio. Algo mais como tendência in-ternacional? Sim, o mercado e desmistifi cação de contratar um epecifi cador está em alta. Esta coluna de hoje é também uma homenagem póstuma ao grande arquiteto André Sá, que nos deixou no fi nal de 2015. Esteja com Deus.

Escondida ou presente: mobilidade em alta e maior aproveitamento

Alumínio e cortiça: mistura e cortiça que volta

Mármore vem com toda força

Belíssimo show de luminárias e mate-rial natural: luxo

Os espaços com abundância do verde

Vermelho carne, carmin: vermelhos em alta

Arquitetura minimalista Olga Akulova: sucesso ucranianano

A forte tendência do roxo, aqui emoldurado pela funcionalidade: prateleiras

Composição de Guilherme Torres e Associados: lúdico

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O que será tendência em interiores em 2016

PauloRicardo

Sachs

Atuante no mercado

nacional e internacional de mobiliário e alta deco-

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Arquitetando

A abundância de vegetação exuberante é definitivamen-te uma tendência, mas não só em banheiros - o foco de designers é o aumento da introdução de plantas em residências ambientalmente amigáveis. como um todo”

[email protected]

Espaços incomuns: cozinha, materiais e cobrePantone de cores para 2016

Tendência do mercado é continuar no vermelhoA previsão é da FipeZap, que revelou um estudo indicando uma queda real de 10% no preço dos imóveis em 2016

Depois da perda real de 8,48% em 2015 diante da infl ação calculada pelo Índice Nacional de

Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa é que o preço de vendas de imóveis con-tinue avançando em ritmo muito mais baixo do que a infl ação.

“Enquanto essa situação de recessão continuar, acredito que o mercado imobiliário vai continuar sofrendo”, diz a previsão do economista do FipeZap, Raoni Costa.

No meio do ano, a Fipe lançou um estudo apontando queda nominal de 5% no preço dos imóveis em 2016, o que leva-ria a uma perda real de mais de 10% em 2016 segundo as expectativas para a infl ação, que hoje estão na casa dos 7%.

Oferta de imóveisPara Costa, a oferta de imó-

veis deve começar a cair a partir deste ano. “O número de venda de imóveis ainda é razoável, porque você está vendendo imóveis construídos em 2013 e 2014, diz ele.

“O ano de 2015 já foi um em que a gente viu uma retração muito grande no lançamento de novos imóveis e, em 2016,

a gente vai dar um passo a mais nisso”, aponta.

Segundo ele, a tomada de decisão de compra – que é mais lenta no mercado imobi-liário do que no resto do mer-cado -, mudou e isso impactará a oferta, que tende a se retrair ao longo dos próximos anos.

AluguelOs imóveis alugados estão

em situação ainda pior que a dos imóveis à venda. O pre-ço dos aluguéis recuou sete vezes consecutivas ao longo de 2015 e, nos 12 meses encerrados em junho, a perda real chega a 14%.

“Eu interpreto da seguinte maneira: muitos proprietários que iam vender imóveis não estão dispostos a baixar tanto o preço e resolvem alugar, o que fez aumentar a oferta de aluguéis”, diz ele.

Porém, sua aposta é de que haverá uma alteração na ten-dência nos próximos meses e que o preço do aluguel não fi cará tão mais fraco que o preço da venda de imóveis por muito mais tempo.

“A diferença entre eles deve começar a se fechar, mas não dá para esperar

muita coisa do mercado de aluguel”, afirma.

Comprar ou alugar?Para o consumidor que está

na dúvida entre comprar ou alugar um apartamento, Costa diz que sua expectativa se mantém no aluguel.

“Eu acho que é um bom momento para quem busca alugar e, se o aluguel con-tinuar caindo, o contrato de aluguel é muito mais curto que o fi nanciamento de um apartamento”, diz ele.

Para quem se decidiu pela compra, a dica é ter caute-la, pois adiar a compra pode render uma grande economia.

“A taxa de juros hoje está muito alta, se o consumidor tem o dinheiro guardado, ele conseguirá um bom rendi-mento se aplicá-lo em um fundo”, diz Costa.

Ou seja, para quem tem di-nheiro guardado, comprar um imóvel hoje pode representar perda de dinheiro.

“O melhor momento para comprar o imóvel será quando eles pararem de perder em rela-ção a infl ação e voltarem a subir. Mas quando isso vai acontecer é difícil saber”, completa. O economista da FipeZap, Raoni Costa, diz que comprar imóvel, hoje, pode representar perda de dinheiro

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Esta matéria conta com algumas informações de Mirian Castilho, residen-te na Bélgica. Possui um

Studio de Design de Interiores e 3D. Estudou e formou-se no centro da Europa. Costuma fre-quentar todos eventos sobre Arquitetura, Design e Constru-ção na continente, buscando todas informações referentes ao setor. Chegou 2016 e já apresenta as novas tendências de estilo e design. Neste ano elas são tão distintas e com tanta riqueza de expressões, que não importa quantos arti-gos sobre as tendências voce pesquise, sempre haverá algo mais a ser visto, ou revisitado. Mais uma vez está de volta a possibilidade de brincar com cores alegres, dar ênfase a natureza em espaços incomuns - como o banheiro ou cozinha. As inovações vão muito além como riqueza dos acessórios, na funcionalidade como o ên-fase ao arranjo minimalista de espaços. Não obstante, na no-breza dos materiais utilizados, algumas dicas - cobre, bronze e mármore estarão presentes. A

paleta de cores para este ano é preenchido com tons de rosa, vermelho “carne” e pêssego. Os designers não hesitam em apostar em cores que marcam o novo momento. O famoso “rosa cor de boca” de maquia-gem, sem o brilho, invade a decoração. As cores profundas temperamentais como o preto e roxo são muito inteligentemen-

te combinados com as superfí-cies brilhantes de cobre e latão. Nesta linha de pensamento, uma forte referência para 2016 é a visibilidade de materiais tais como compostos de latão, cobre, madeira e mármore nos projetos de design de interiores. Os múltiplos usos do cobre e do bronze, sua plasticidade, e característica amigável tornam

um campo rico para a explo-ração artística. Revestimentos de cortiça e mármore estão voltando fortemente, madeira, pedra e concreto bruto estão também aqui com a sua pre-sença intemporal. Outra grande mudança no olhar das casas é a presença de objetos decorati-vos funcionais, logo não haverá espaço para itens inúteis. Vai

tornar-se cada vez mais importante adquirir objetos que podem ser utili-zados de acordo com o tempo e o espaço da vida da pessoa. A cozinha, por exemplo, pode ser completamente escondi-da para abrir espaço adicio-nal para entretenimento ou de tornar-se presente quando necessário. Nos movemos em direção ao minimalismo, cuja estética tranquila nos permite escapar da correria da cidade, jogando com a ilusão de ótica em ambientes como cozinha

e banheiro, usando papéis de parede

ou paredes ver-des. A grande mudança é no ambiente do-méstico que ganha um ar de spa: o banheiro. Ele

tende a trans-formar-se em

uma área de re-laxamento. Será

comum ter bancos e assentos no interior

banheiro porque na verda-de é lá que nós ouvimos música, lemos e relaxamos nele. Dessa maneira por que não transfor-má-lo em um belo e acolhedor jardim? Desenhador ucraniano Olga Akulova tem alguns muito bons sucessos neste domínio. Algo mais como tendência in-ternacional? Sim, o mercado e desmistifi cação de contratar um epecifi cador está em alta. Esta coluna de hoje é também uma homenagem póstuma ao grande arquiteto André Sá, que nos deixou no fi nal de 2015. Esteja com Deus.

Escondida ou presente: mobilidade em alta e maior aproveitamento

Alumínio e cortiça: mistura e cortiça que volta

Mármore vem com toda força

Belíssimo show de luminárias e mate-rial natural: luxo

Os espaços com abundância do verde

Vermelho carne, carmin: vermelhos em alta

Arquitetura minimalista Olga Akulova: sucesso ucranianano

A forte tendência do roxo, aqui emoldurado pela funcionalidade: prateleiras

Composição de Guilherme Torres e Associados: lúdico

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Sistema fracionado pode diminuir custos de lazerProjeto permite compartilhar despesas com outros proprietários e utilizar direito de uso para viajar a outros destinos

O sonho de ter uma propriedade para o lazer da sua famí-lia parece distante?

Saiba que há uma maneira mais em conta de realizá-lo – e ter ao seu dispor serviços de hotelaria e a possibilida-de de utilizar seu direito de propriedade para visitar mais de 100 países. Trata-se do sistema fracionado (também conhecido pela expressão em inglês, fractional), um conceito que começa a se fortalecer no Brasil, mas que existe há décadas em mercados como os Estados Unidos.

O vice-presidente de assun-tos turísticos e imobiliários do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), Caio Calfat, explica melhor o con-ceito do fractional.

O que é fractional?Trata-se da “propriedade

de uma segunda habitação, para fins de lazer, exerci-da de maneira fracionada e compartilhada”.

O que significa dizer que um imóvel é fracionado e compartilhado?

Signifi ca que um grupo de pessoas tem direito de usá-lo de modo alternado. O em-preendedor pode defi nir que cada pessoa usará um apar-tamento de um resort durante, por exemplo, quatro semanas por ano. Assim, o conjunto é dividido em frações (12 ou 13,

por exemplo) adquiridas pelos compradores, que se alternam no uso do imóvel.

Qual a vantagem de di-vidir com tantas pessoas o uso de um imóvel?

Quem tem casa de férias acaba usando-a bem pouco – ela fi ca vazia a maior parte do tempo. Os custos de manu-tenção, porém, permanecem, mesmo quando não há nin-guém na residência. Ao dividir o uso de um imóvel, dividem-se também os custos de mantê-lo. Cabe no orçamento.

Mas como defi nir quem vai desfrutar do imóvel na alta temporada?

Geralmente, os empreendi-mentos dividem as datas em alta, média e baixa temporada. E fazem um calendário rota-tivo, de modo que todos os proprietários possam desfru-tar igualmente cada uma delas ao longo do tempo (quem pe-gou réveillon no primeiro ano não deve, em princípio, pegar novamente no ano seguinte).

Por que o fractional ofe-rece serviços hoteleiros?

Os estabelecimentos para esse tipo de propriedade são quase sempre construídos em formatos similares a fl ats ou hotéis nos quais um grupo de pessoas compartilha o uso de um apartamento. Assim, também dão direito a, por exemplo, serviço de quarto e café da manhã.

Como o fractional per-

mite que eu passe mi-nhas férias também em outros países?

Normalmente, as proprieda-des fracionadas estão ligadas a grandes redes mundiais de compartilhamento. Apenas duas das maiores, a RCI e a Interval, têm entre 7 mil e 8 mil hotéis espalhados pelo mundo. Quem compra uma fração pode trocar suas se-manas por estadias em vários destinos do mundo.

Qual lei ampara os direi-tos dos proprietários?

Ainda não há uma norma específi ca para o fractional no Brasil, por isso, como diz a advogada Márcia Rezeke, é preciso “pegar emprestado alguns institutos jurídicos”. Assim, os empreendimentos costumam ser feitos com base no condomínio voluntário, pre-visto no Código Civil, ou na concessão real de direito de uso, prevista no decreto-lei 271, de 1967.

Qual a diferença entre essas normas?

Tomando o exemplo da divi-são em 12 frações, no condo-mínio voluntário cada pessoa é dona de 1/12 do imóvel. A quota-parte de cada um não é estável. Se um proprietário falecer, sua parte será divi-dida entre seus herdeiros. Já na concessão de uso não há transferência da propriedade, e, por isso, as frações são sempre as mesmas. Em qual-quer caso, pode-se transferir, vender ou alugar sua fração.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Os estabelecimentos que funcionam com o sistema fractional são semelhan-tes a fl ats ou hotéis: dispõem de boa infraestrutura e serviços de hotelaria

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Tome as medidas necessárias para a correta manutenção das plantas de casa

Como manter o jardim vivo durante as férias

Com o período de fé-rias chegando é preciso elaborar um esquema funcional para manter

as plantas vivas durante a au-sência da família ou aguentar até receber a visita de um cui-dador. A arquiteta e paisagista Lucia Manzano dá algumas di-cas para as plantinhas fi carem sempre verdes e lindas. Confi ra!

1Opte por plantas resisten-tes à seca como cactos

e suculentas;

2Sistemas de irrigação são ótimos recursos para gran-

des espaços que precisam de rega constante;

3Uma dica legal é o uso de um gel (composto por

98% de água e 2% de ce-lulose). Ao ser enterrado e entrar em contato com as bactérias do solo, duran-te o processo de quebra de seus compostos há a transformação do gel para o estado líquido; liberando lentamente a unidade. Esse processo pode durar de 30 a 90 dias;

4As plantas que ficam den-tro de casa, precisam

ficar em lugares com ilumi-nação natural (sem insola-ção direta) e boa circulação de ar.

Seguindo essas dicas, suas plantas continuarão lindas não apenas durante as fé-rias, mas também, ao longo do ano todo.

VERÃO

Para dar aquele ‘up’ no décor da casa de praia

Com a chegada do ve-rão, muita gente arruma as malas e parte para o litoral do Brasil, que é cheio de praias maravi-lhosas. Os mais sortudos ainda têm até casa por lá! No entanto, por fi carem muito tempo fechadas, as casas de praia costumam apresentar alguns sinais da ação da tão famosa vilã do litoral: a maresia.

Em alguns casos, proprie-tários de imóveis dessas regiões optam por uma de-coração simples, para não terem tanto trabalho com a manutenção. E isso defi niti-vamente é uma bobagem. Para dar vida e deixar a casa de veraneio com um aspec-to mais vibrante e moderno, a dica da Moldura Minu-to é apostar nos quadros. Por serem objetos de fácil instalação dependendo das dimensões e que facilmen-te “andam” pela casa, são ótimas opções para dar um

up no décor.As molduras da Moldura

Minuto são fabricadas a partir de elementos que ajudam a preservar a obra, mesmo expostas a altas temperaturas e a incidên-cia de raios solares. A mar-ca trabalha apenas com passe-partout de celulose de pH neutro, que auxilia a oxidação em contato com o ar ou o calor, mantendo-se claro e protegendo a obra emoldurada.

Além dos vidros comuns, trabalham também com vi-dros que possuem proteção UV. Opções como antirre-fl exo e o vidro museu, de-senvolvidos especialmente para atender as necessida-des especiais de obras de arte e fotografi as contem-porâneas, que refl ete ape-nas 0,5% de luz, permitindo a máxima nitidez. Proteção para você ousar na deco-ração e dar personalidade à sua casa de praia.

Há diversos jeitos de manter as plantas vivas, caso você não tenha quem possa ir até a sua casa regá-las com a frequência que cada uma pede

Quadros são excelentes peças para decorar um ambiente

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Escolha de corretores demanda muita atençãoEm meio a tantos profi ssionais, siga as dicas para garantir que esta assessoria seja prestada de forma adequada

Uma das mais antigas do país, a profi ssão de corretor de imóveis começou a ser exercida

ainda durante a colonização, quando as pessoas ganhavam a vida procurando pousadas para os recém-chegados ao Brasil. De lá para cá, a categoria cresceu, o surgimento de cursos específi cos contribuiu para a profi ssionalização dos serviços e hoje a categoria agrega quase 300 mil pessoas em todo país, segundo o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci). Em meio a tantos profi ssionais, para garantir que esta assesso-ria seja prestada de forma ade-quada, são necessários alguns cuidados, como orienta o presi-dente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Lúcio Delfi no.

De acordo com ele, a lei 6.530/1978 defi ne como cor-retor de imóveis a pessoa física (corretor autônomo) ou jurídica (imobiliária) que exerce a inter-mediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis, e opina quanto à comercialização imobiliária. “No caso da compra e venda, o corretor pode ser contratado pelo comprador ou pelo vendedor e sua remune-ração, geralmente, corresponde a um percentual do valor da

negociação, que varia de 6% a 8%, conforme defi nido pela tabela do sindicato da categoria. Já na locação, a remuneração, normalmente, observa o percen-tual de 10% do valor do aluguel, podendo o corretor/imobiliária cobrar um percentual maior no ato do recebimento do primeiro aluguel”, conta Delfi no.

IntermediaçãoDe acordo com ele, o paga-

mento da corretagem é devido por quem contrata o corretor ou imobiliária que faz a intermedia-ção da compra e venda, permuta ou locação do imóvel. Caso o consumidor faça a contratação, o presidente da ABMH faz um alerta. “Infelizmente, é comum que pessoas que não possuem habilitação legal atuem como cor-retores de imóveis. Por isso, antes de contratar o profi ssional, é ne-cessário que interessado solicite o número de registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) e, se pairarem dúvidas, ve-rifi que a regularidade do registro junto à referida entidade”.

Tratar com profi ssionais sé-rios e responsáveis, além de evitar problemas, garante a agi-lidade e qualidade do negócio, seja a locação, permuta, compra ou venda de um imóvel, como es-clarece Delfi no. “Embora muita

gente não saiba, o corretor de imóveis responde por eventu-ais perdas e danos causados ao cliente. Segundo o Código Civil, o profi ssional é obrigado a executar seu trabalho com dili-gência e prudência, a prestar ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e outros fatores que possa infl uir nos resultados da incumbência, assim como do andamento do negócio.”

A obrigação de prestar es-clarecimentos e informações é devida mesmo quando o cliente não solicitar. “Ou seja, o corre-tor responde por sua omissão de forma objetiva. Assim, se o cliente tiver algum prejuízo por falta de cuidado e zelo do corretor (ou imobiliária) no momento da execução do negó-cio, pode pleitear a indenização cabível. Essa falta de cuidado inclui a omissão de algum risco ou a falta de observância dos documentos necessários à re-alização do negócio.”

Embora seja responsabili-dade do corretor/imobiliária, o presidente da ABMH recomen-da que o consumidor procure se informar. “Recorra a um advo-gado antes de assumir qualquer obrigação. É melhor prevenir que remediar!”, lembra.

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O corretor é obrigado a prestar esclarecimentos e informações aos clientes mesmo quando não for solicitado

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