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MANAUS, DOMINGO, 12 DE JULHO DE 2015 (92) 3090-1017 Sonho realizado cada vez mais cedo A maioria dos financiamentos de imóveis no Brasil é feita por pessoas com menos de 35 anos S egundo estudo de novembro de 2013 da Caixa Econômica Federal, 57% dos fi- nanciamentos deste ano fo- ram para pessoas com idade inferior a 35 anos. Nesse mesmo período, a Caixa atin- giu um total de R$ 100,1 bilhões em contratações do crédito imobiliário. Desse montante, o total da carteira tem 44% dos clientes com menos de 35 anos de ida- de. Técnicos da Caixa afirmam que esse índice indica aumen- to de estabilidade profissional nessa faixa etária no país. O maior indicativo disso seria justamente a utilização de re- cursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiar os imóveis. O empresário Alisson Duar- te, 35, buscou uma estratégia ousada para conseguir o primeiro imóvel: “Um imóvel é um investimento para o fu- turo. Achei mais interessante investir nisso do que esperar, poupar e aí comprar. Procurei um corretor profissional para me deixar sempre a par das melhores ofertas e consegui uma que se encaixava no meu perfil” conta. E para comprovar que a ini- ciativa é uma tendência entre jovens dessa idade, Duarte afirma que não é o único do seu meio a ter essa ideia. “Meu sócio e mais umas quatro pessoas que eu conheço têm esse projeto de investir em um imóvel. Estamos sempre ana- lisando as melhores oportuni- dades do mercado” afirma. Minha casa, minha vida Uma avaliação sobre o perfil dos 1,6 milhão de beneficiá- rios do programa Minha Casa Minha Vida mostra que em 2013 a idade mé- dia das pessoas que adquiriram novas unidades habitacionais está em torno de 35 anos. De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, a média dos beneficiários da chamada faixa 1 (renda de até R$ 1,6 mil) é de 38 anos. No caso da Faixa 2 (renda acima de R$ 1,6 mil e até R$ 3,1 mil), a idade média cai para 34 anos. E na faixa 3 (renda acima de R$ 5 mil), a idade média é de 36 anos. A tendência na aquisição de imóveis por pessoas mais jovens reflete-se também no crédito imobiliário em geral. “As pessoas mais novas cada vez mais estão tendo acesso (à habitação) pelas con- dições mais facilitadas no País para o crédito imobiliário”, afirmou o vice-presidente de Habitação da CAIXA, José Ur- bano Duarte. “No passado, a maio- ria das pessoas demorava mais tem- po para ter acesso à moradia”, completou. De acordo com o balanço anual do banco, em 2013, as contratações de crédito ha- bitacional atingiram o valor recorde de R$ 134,9 bilhões no ano, superior a 2012 em 26,4%. A maior parte dos tomadores de crédito imo- biliário - 45% - tem idade inferior a 35 anos. Corretor dá dicas O corretor Paulo César Bar- bosa deu dicas para jovens que tem interesse em adquirir um imóvel. “Quem tem renda mensal entre R$ 8 mil a R$ 10 mil deve procurar imóveis na planta entre R$ 150 mil a R$ 180 mil”. A forma de obter um local próprio para viver depende do tipo que se deseja. “No caso de imóveis prontos, é preciso dar 50% de entrada” explica. Outro item importante para ser observado na compra é a presença ou não de “Habite-se”. “Habite-se” é um documento, emitido pela prefeitura, ates- tando que o imóvel foi cons- truído seguindo as exigências da legislação municipal onde o empreendimento está lo- calizado. “Se existir o documento, o imóvel pode ser financiado por vários bancos, como HSBC, Banco do Bra- sil, Caixa e Santan- der. Caso contrário, apenas pelo Bra- desco, que tem ta- xas mais salgadas” explica Barbosa.

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Imóveis & Decor - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 12 DE JULHO DE 2015 (92) 3090-1017

Sonho realizado cada vez mais cedo A maioria dos fi nanciamentos de imóveis no Brasil é feita por pessoas com menos de 35 anos

Segundo estudo de novembro de 2013 da Caixa Econômica Federal, 57% dos fi -

nanciamentos deste ano fo-ram para pessoas com idade inferior a 35 anos. Nesse mesmo período, a Caixa atin-giu um total de R$ 100,1 bilhões em contratações do crédito imobiliário.

Desse montante, o total da carteira tem 44% dos clientes com menos de 35 anos de ida-de. Técnicos da Caixa afi rmam que esse índice indica aumen-to de estabilidade profi ssional nessa faixa etária no país. O maior indicativo disso seria justamente a utilização de re-cursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para fi nanciar os imóveis.

O empresário Alisson Duar-te, 35, buscou uma estratégia ousada para conseguir

o primeiro imóvel: “Um imóvel é um investimento para o fu-turo. Achei mais interessante investir nisso do que esperar, poupar e aí comprar. Procurei um corretor profi ssional para me deixar sempre a par das melhores ofertas e consegui uma que se encaixava no meu perfi l” conta.

E para comprovar que a ini-ciativa é uma tendência entre jovens dessa idade, Duarte afi rma que não é o único do seu meio a ter essa ideia. “Meu sócio e mais umas quatro pessoas que eu conheço têm esse projeto de investir em um imóvel. Estamos sempre ana-lisando as melhores oportuni-dades do mercado” afi rma.

Minha casa, minha vidaUma avaliação sobre o perfi l

dos 1,6 milhão de benefi ciá-rios do programa Minha Casa

Minha Vida mostra que em 2013 a idade mé-

dia das pessoas que adquiriram

novas unidades habitacionais está em torno de 35 anos. De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, a média dos benefi ciários da chamada faixa 1 (renda de até R$ 1,6 mil) é de 38 anos. No caso da Faixa 2 (renda acima de R$ 1,6 mil e até R$ 3,1 mil), a idade média cai para 34 anos. E na faixa 3 (renda acima de R$ 5 mil), a idade média é de 36 anos.

A tendência na aquisição de imóveis por pessoas mais jovens reflete-se também no crédito imobiliário em geral. “As pessoas mais novas cada vez mais estão tendo acesso (à habitação) pelas con-dições mais facilitadas no País para o crédito imobiliário”, afirmou o vice-presidente de Habitação da CAIXA, José Ur-bano Duarte. “No passado, a maio-ria das pessoas demorava mais tem-po para ter acesso à

moradia”, completou. De acordo com o balanço

anual do banco, em 2013, as contratações de crédito ha-bitacional atingiram o valor recorde de R$ 134,9 bilhões no ano, superior a 2012 em 26,4%. A maior parte dos tomadores de crédito imo-biliário - 45% - tem idade inferior a 35 anos.

Corretor dá dicasO corretor Paulo César Bar-

bosa deu dicas para jovens que

tem interesse em adquirir um imóvel. “Quem tem renda mensal entre R$ 8 mil a R$ 10 mil deve procurar imóveis na planta entre R$ 150 mil a R$ 180 mil”. A forma de obter um local próprio para viver depende do tipo que se deseja. “No caso de imóveis prontos, é preciso dar 50% de entrada” explica.

Outro item importante para ser observado na compra é a presença ou não de “Habite-se”. “Habite-se” é um documento, emitido pela prefeitura, ates-tando que o imóvel foi cons-truído seguindo as exigências da legislação municipal onde o empreendimento está lo-

calizado. “Se existir o documento, o imóvel pode ser fi nanciado por vários bancos, como HSBC, Banco do Bra-sil, Caixa e Santan-der. Caso contrário, apenas pelo Bra-desco, que tem ta-

xas mais salgadas” explica Barbosa.

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Sonegação de informação: alerta para investidoresComissão de Valores Mobiliários divulga nomes de companhias que sonegam informações periódicas à autarquia

A Superintendência de Relações com Em-presas da Comissão de Valores Mobiliários

(CVM) divulgou no último dia 1º de julho a relação de nove companhias abertas que es-tão inadimplentes em, no mínimo, três meses, no envio de informações periódicas à autarquia, vinculada ao Minis-tério da Fazenda. Criada em 1976, a CVM tem a missão de fi scalizar, normatizar, discipli-nar e desenvolver o mercado de valores mobiliários.

Segundo o superintendente de Relações com Empresas da CVM, Fernando Soares Vieira, o comunicado tem o objetivo de alertar aos investidores e o público em geral, que conside-rem essa informação nas suas relações com tais companhias abertas, ou em suas decisões sobre investimentos.

RelatóriosEntre as nove companhias

relacionadas, estão a constru-tora Mendes Júnior Engenha-ria, do Grupo Mendes Júnior, envolvido na Operação Lava Jato, da Polícia Federal; e a Refi naria de Manguinhos, cujos gestores foram denunciados por sonegação, no início do mês passado, pela Coordena-

doria de Combate à Sonegação Fiscal do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Entre os relatórios não en-viados à CVM estão os for-mulários de demonstrações fi nanceiras padronizadas, de informações trimestrais e de referência. As demais compa-nhias abertas com atraso no envio dos documentos à CVM

são a Cerâmica Chiarelli, atu-almente em recuperação judi-cial; a Construtora Sultepa; a DHB Indústria e Comércio; a DUXXI Imobiliária; a IGB Ele-trônica; a RJ Capital Partners; ea SDV Administradora de Shopping Centers. Entre os relatórios não enviados à CVM estão os formulários de demonstrações financeiras padronizadas de referência

REPRODUÇÃ

O

CVMA competência da CVM abrange as companhias de capital aberto e incentivadas, fundos de investimento, ofertas públicas de valores mo-biliários e as institui-ções participantes do sistema de distribuição, assim como os clien-tes e investidores que operam no mercado de valores mobiliários

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3MANAUS, DOMINGO, 12 DE JULHO DE 2015

Construtoras apostam em modernidade e designers renomados para atrair clientes que buscam investir em imóveis diferenciados e cheios de requintes

Concorrer no mercado imobiliário e atender o gosto cada vez mais refi nado e exigente

dos clientes é o grande desafi o das construtoras em Manaus. No entanto, essa é, também, uma oportunidade de apresen-tar um imóvel requintado e de qualidade. Para atender a es-sas demandas, as construtoras apostam no diferencial, aca-bamento sofi sticado, design e nome de peso da arquitetura e paisagismo brasileiro.

De acordo com a gerente de marketing da Capital Rossi, Taísa Pi, a construtora traz, como principal marca, a ousa-dia na arquitetura e paisagis-mo dos empreendimentos. Um exemplo disso é o condomínio Terraço Vieiralves.

“A Capital Rossi procura ou-sar com arquitetura de Welton Oliva, paisagismo de Takeda Arquitetos e decoração de Ma-riana Távora. Este ano, entre-gamos o primeiro condomínio de alto padrão na cidade, o Terraço Vieiralves. Ele está situado no coração do bairro. O local permite que o mo-rador tenha diversas opções de saída para outras áreas da cidade, sem falar de tudo o que há nas

proximidades como centros comerciais, supermercados e entre outras coisas”, ressaltou. Ao total, desde a fundação da empresa até março deste ano, a construtora já contabilizava aproximadamente 9 mil unida-des vendidas na região.

Já o diretor executivo da SKN Incorporadora, Eduardo Han, destaca que, para atender esse mercado cada vez mais exigente, a construtora aposta na inovação. “Com o Soberane Live+Work, por exemplo, tra-zemos um conceito novo de mixed use, que une em um só local a área residencial, offi ce e mall. Outro ponto forte é a confi ança que o cliente pode ter na empresa com relação a qualidade no produto e o tempo da entrega. As obras do Sobe-rane estão em ritmo acelerado, e o cliente pode acompanhar in loco, com visitas agendadas”, explicou o diretor.

Han afi rma, ainda, que outro ponto de destaque é a exi-gência do cliente com relação a quem assina o projeto, pois muitas vezes o designer é um dos pontos p r e -

ciosos para a venda do imóvel. “O designer é, com certeza, um grande fator para o cliente na hora de buscar o diferencial, quando estão procurando um empreendimento. Muitas ve-zes é um fator decisivo. Por conta disso, a SKN preza por escolher grandes profi ssionais para assinar seus projetos”, destaca. No caso do Sobera-ne Live+Work, revela o diretor executivo, a arquitetura do edi-fício é assinada pela premiada Afl alo & Gasperini Arquitetos, com decoração de Fernanda Marques e paisagismo de Be-nedito Abbud.

Atualmente, a empresa apos-ta em três empreendimentos na cidade: o Soberane Live+Work, no Adrianópolis, que reúne re-sidencial, offi ce e mall em um só lugar; no Ilhas Gregas, e no Ilha Bela, os dois últimos situados na Pon- t a Negra, com v i s t a

privilegiada para o Rio Negro e a fl oresta. Ainda este ano, a construtora terá fará o lança-mento de um empreendimento no bairro Praça 14.

Driblando a criseApesar do momento contur-

bado na economia do País, as construtoras buscam oferecer alternativas aos clientes, com campanhas, promoções e faci-lidades. A SKN usa como estra-tégia oferecer custo benefício, como ressaltou Eduardo Han.

“Nossa estratégia é o custo benefício, afi nal, o cliente quer mais qualidade, mais serviços, mais espaços para lazer. E oferecer isso tudo, com um preço acessível e condições de negociação diferenciada é a chave para fechar bons ne-gócios”, justifi ca.

De igual forma, para manter as vendas em alta, a Capital Rossi aposta na campanha “Compra Fácil Capital Rossi”.

A iniciativa proporciona op-ções de compra de apar-

tamentos na planta ao cliente, em fase de

construção ou, ainda, pron-tos para mo-rar em diver-sos bairros de Manaus.

MOARA CABRAL

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Eduardo Han diz que as incorporadoras

apostam na inovação

Soberane conta com áreas de mixed use, como o mall

Direrencial de condomínios é design inovador

que atraique atraique atraique atraique atraique atraique atraique atraiO diferencial

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No ultimo artigo, comecei a explicar o ciclo de venda dos imóveis. Relembrando, é composto de seis fases: abor-dagem, entrevista, demons-tração, objeção, fechamento e a pós-venda. Hoje, vamos destacar a fase da entrevista, aquela, que você batalha mui-to para atrair o cliente a um estande de vendas. Enfi m ele chegou, senta-se a sua frente, sua mão começa a suar, as pernas tremem e você pensa: o que faço agora?

Inicialmente, respire fundo, mentalmente peça que a Jesus a devida inspiração e diga que vai dar tudo certo.

Vencida a fase da aborda-gem, é hora de perguntar. O

corretor de imóveis deve dar uma atenção especial à en-trevista. É na entrevista, que você tem a oportunidade de conhecer o potencial do cliente, descobrir suas necessidades, através de uma interação bila-teral, baseada em perguntas e respostas, aproveite e reforce os aspectos de confi ança e credibilidade.

Primeira pergunta a ser feita! Pergunte qual o nome, telefone e email do cliente e anote em um caderno, jamais em um pedaço de papel. Pas-mem! Eu já vi cliente sair da mesa e o corretor esqueceu de anotar nome e telefone. Feito o registro, retribua com o seu cartão de visita. Isso

é básico. estrategicamente, uma entrevista bem conduzi-da ajuda o corretor de imóveis a desenvolver com sucesso as próximas fases no processo de venda de imóveis.

Para os corretores, o fator tempo é um recurso muito importante e valioso na fase da entrevista. Deve ser bem aproveitado e controlado. Se o cliente se mostra disponível e interessado, deve-se aprovei-tar esta ocasião para reforçar o relacionamento, enquanto as perguntas são formuladas. Mais vai ter caso em que o cliente vai entrar no estande e vai logo dizendo “ eu estou apressado e só quero saber o preço” . Quase sempre eu

respondia: “Senhor cliente, já ajudei muitos clientes a fa-zerem excelentes investimen-tos. Quero ajudá-lo, também. Porem,preciso lhe fazer algu-mas perguntas. Serei breve. As suas respostas serão preser-vadas por mim, em terá sigilo absoluto. Afi nal o senhor quer economizar tempo e dinheiro, estou certo?”.

Utilize a técnica PDP. Como psicólogo, o corretor de imóveis precisa saber que as diferentes atitudes que os clientes mani-festam são formas que utilizam para se proteger. Como diplo-mata, o profi ssional irá dar um atendimento atencioso e com muita dedicação e como profes-sor, deve saber transmitir seus

conhecimentos, respeitando a forma e o conteúdo.

Na entrevista, você precisa formular perguntas e prestar muita atenção nas respos-tas. Elas permitiram saber, verifi car, condicionar e in-duzir à decisão. Enquanto o corretor ouve, as palavras do cliente lhe dirão não apenas o que ele pensa, mas como ele pensa. Planeje antes as perguntas que quer fazer. Faça um de cada vez, e não a faça muito longa.

Lembre-se que o cliente não compra o imóvel, compra o que o imóvel pode proporcionar em termos de: lucro, prazer, orgu-lho, paz de espírito e dor. Pense nisso! O seu futuro agradece.

Carlos Cé[email protected]

Carlos Célio é corretor de

imóveis e perito avaliador

É na entre-vista que você tem a oportu-nidade de conhecer o potencial do cliente, descobrir suas neces-sidades”

O cidadão que deseja ad-quirir um imóvel necessita de plena segurança para a concretização da operação de compra e venda. Para tanto, deve exigir algumas certidões que revelem a situação do imóvel e do proprietário.

E mais importante ainda do que as certidões sobre ações civis da Justiça Federal e a de execuções fi scais estadual e municipal, estão aquelas que demonstrem a situação do vendedor junto à Dívida Ativa da União, do Estado e do Município.

É que o Código Tributário Nacional, art. 185, presume fraudulenta a alienação de bens, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regular-mente inscrito como dívida ativa, salvo se o devedor reservou bens ou rendas su-fi cientes ao total pagamento

da dívida inscrita.Assim, a pessoa que mes-

mo não possuindo execu-ções fi scais federais, esta-duais e municipais contra si, mas tenha obrigações tributárias inscritas em Dívi-da Ativa da União, do Estado ou do Município, não pode vender imóvel sob pena de ser considerada fraudulenta a negociação, prejudicando aquele que o adquirir, salvo, como visto, se o devedor possua outros bens para ga-rantir a dívida tributária.

E nem a alegação de boa fé do adquirente é capaz de reverter esse quadro, mes-mo a despeito da Súmula n° 375 do STJ, cuja dicção é: “O reconhecimento da frau-de de execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente”.

Como se observa, somen-te a má-fé do adquirente

implica no reconhecimento da fraude. Entretanto, con-siderando que o tratamento a ser dado na fraude fi scal é diverso ao da fraude civil, porque nesse afronta-se o interesse privado e naquele o interesse público, posto que os tributos servem à sa-tisfação das necessidades coletivas, o Superior Tribu-nal de Justiça vem enten-dendo que a referida súmula não se aplica às execuções fi scais, ou seja, a boa fé do adquirente de bem imó-vel, cujo proprietário pos-sui obrigações tributárias inscritas em Dívida Ativa, não é fator decisivo para a manutenção do negócio.

Portanto, é preciso extre-mo cuidado e exigir sempre a apresentação de certi-dão que demonstre a situ-ação do vendedor peran-te a Dívida Ativa federal, estadual e municipal.

*Ananias Ribeiro de Oliveira Júnior*Ananias Ribeiro de Oliveira Júnior

A certidão de dívida ativa * O Autor é Pro-fessor de Direito

Tributário na Uni-versidade Federal

do Amazonas e na Escola Superior

da Magistratura do Amazonas,

Especialista em Di-reito Tributário pela

UFAM e Mestre pela Universidade

Federal de Pernam-buco. Advogado.

É preciso extremo cuidado e exigir sem-pre a apre-sentação de certidão que demonstre a situação do vendedor”

O que você precisa saber dos clientes

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Paulo Ricardo Sachs

atuante no mercado nacional de móveis e

alta decoraçãoO mercado de revestimentos a cada ano demonstra um cres-cimento na ordem de 7%, tanto na área fabril como no varejo e aposta em marcas que incorpo-ram design, com padronagens exclusivas e cada vez mais com tecnologia de ponta.

Mas como o mercado vem trazendo a diversifi cação nas oportunidades, empresários com visão a frente incluem em seus investimentos outros segmentos como é o caso da Ponta Negra Pisos e Reves-timentos. A empresa está há mais de dez anos no mercado faz parte do Grupo Bringel, co-nhecido também pela segmen-tação na venda e distribuição de produtos hospitalares.

Loja bacana que agrega vá-rios materiais para construção civil trazendo no mix além de pisos e revestimentos, metais, louças para banheiros e lava-bos, ferragens e a poderosa marca de rejuntes Quartzolit da famosa Weber, líder mundial na produção de argamassas e soluções industrializadas para este segmento. Além destas marcas a Incepa e a internacio-nal Docol fazem parte do mix oferecido aos clientes.

A equipe da loja é bastante criteriosa com os produtos que trabalham, percebe-se noto-riamente pelo atendimento. Nenhum fabricante entra no mix de venda da loja se não houver um treinamento cons-tante direcionado a equipe de vendas para que tenham domínio sobre os atributos dos produtos, argumentação de vendas (objeção) e acima de tudo qualidade.

Ponto para loja, pois sa-bemos que Manaus ainda

O mercado vem trazendo a di-versificação nas oportunidades, empresários com visão a frente incluem em seus investimentos ou-tros segmentos.

[email protected]

FOTOS: PAULO RICARDO SACHS E CECRISA

Portinari: Banheiro clean, revestimentos diferenciados

Construção, pisos, metais e Portinari: Ponta Negra Revestimentos

carece deste tipo de aten-dimento qualificado.

A grande novidade e inves-timento será a introdução do espaço técnico Portinari. O espaço será destinado ao atendimento aos consumido-res, arquitetos, engenheiros, decoradores e designers de interiores, onde ocupará todo espaço superior da loja dispon-do de uma estrutura com cadis-tas para desenvolvimento de um pré-projeto e atendimento realizado por profi ssionais al-tamente treinados.

A cerâmica Portinari faz parte da Cecrisa, uma das maiores empresas de reves-timentos cerâmicos do Bra-sil. Suas origens remontam a década de 1970. A cerâmica Portinari tem como missão proporcionar uma experiência de inovação e valor adequado, superando desta forma a ex-pectativa dos clientes e profi s-sionais que a especifi cam.

Atualmente além do Brasil o produto Portinari é comercia-

lizado em mais de 50 países, sendo a única a possuir o certifi cado LEED que é o selo de certifi cação de pratica de sustentabilidade. São coleções desenvolvidas com base em pesquisas de tendências glo-bais e investimentos em tecno-logia, diferenciadas e inovado-ras, refl etindo o compromisso da marca com design, auten-ticidade e o valor agregado, proporcionando sofi sticação a qualquer ambiente, resultan-do em um portfólio dos mais completos do mercado de re-vestimentos cerâmicos.

Previsto para inaugurar em Setembro, o novo espaço técnico Portinari terá uma parceria com o Mulan Café. Mas a loja já comercializa a Portinari além de outras cerâmicas como Elizabeth, Porto Design, Eliane entre outras. Vale conferir! A Pon-ta Negra Revestimentos fica no Boulevard Álvaro Maia, 1348. Fone 3211-6262. Es-tacionamento próprio.

Linha infantil de azulejos: diferencial

Banheiros e SPAS: marca Astra presente

Pastilhas metalizadas: toque moderno

Pedra Grés: peças muito procuradas Louças diferenciadas: opções para o cliente Cozinha com piso e parede Portinari

Peça diversifi cada em cores: tendência Piso e Parede Portinari: elegância Em um living: Padrões Portinari amadeirados

Fachada da loja: Amplo estacionamento Composição de ladrilho hidráulico: tendência Banheiro Portinari com detalhes madeirados

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Humanização singularMais do que decorar, ceramista Norma Grinberg fala sobre ampliação da sociabilidade e conforto em suas obras

Por meio de peças criadas para luga-res específicos, o artista plástico é

o responsável por poten-cializar a humanização e intensificar as interações entre os moradores nas áreas comuns de condo-mínios. A ceramista Nor-ma Grinberg (www.norma-grimberg.com.br) afirma que “o trabalho em equipe feito entre artista e arqui-teto é fundamental para transformar espaços frios e impessoais em locais de convivência agradáveis e confortáveis, por serem personalizados”.

As obras pensadas ex-clusivamente para condo-mínios fazem com que os ambientes sociais trans-cendam o aspecto mera-mente funcional de “rece-ber” pessoas para torná-los convidativos e singulares.

Enquanto visitantes estão aguardando o elevador no hall, ou circulando rapida-mente por ele, por exemplo, as peças dão personalida-de ao espaço e tornam a espera agradável.

“Quando réplicas de quadros e esculturas de obras renomadas decoram as áreas sociais de um prédio, por exemplo, elas simplesmente preenchem espaços vazios. Já obras pensadas unicamente para aquele ambiente, muitas vezes desde a elaboração da planta, cumprem uma função específica”, explica a artista. Tais peças com-pletam o sentido criado pela arquitetura ao invés de simplesmente ocupar paredes em branco.

A cerâmica é o princi-pal material explorado por Norma, única brasileira a integrar a International

Academy of Ceramics (IAC). Segundo a artista, além de incorporar a ideia de proximidade com as pessoas, já que as peças são criadas diretamente pelas mãos dos artistas, a cerâmica é resistente a intempéries e mudan-ças de temperaturas e, portanto, pode ser usada em ambientes internos e externos.

Norma se inspira nas correntes minimalista e construtivista, marcadas por cores limitadas, for-mas geométricas simples e compreensão universal. A artista já desenvolveu obras para construtoras como Even, Rossi, Feller e Odebrecht, bem como para diversos condomínios nas principais capitais do país, como São Paulo, Rio de Ja-neiro, Salvador, Fortaleza e Florianópolis.

Norma Grinberg humaniza suas peças exclusivas

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Humanização singularHumanização singular

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7MANAUS, DOMINGO, 12 DE JULHO DE 2015

EXPEDIENTEEDIÇÃO Mellanie HasimotoGuto Oliveira

REPORTAGEMFred Santana

FOTOSArquivo EM TEMPO

REVISÃODernando Monteiro

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira

TRATAMENTO DE FOTOSKlinger Santiago

Brasileiros gastam US$ 2,7 bilhões com imóveis Até março deste ano, as cidades mais procuradas pelos brasileiros no país foram Miami e Orlando, na Flórida

São Paulo - No ano passado, os investi-dores brasileiros re-presentaram 6% das

vendas de imóveis realizadas na Flórida para estrangei-ros não residentes, segundo dados de um relatório do segmento imobiliário daque-le Estado americano. Com isso, o Brasil ocupa o terceiro lugar na lista de países que mais buscam imóveis nos Estados Unidos, atrás do Canadá e da Venezuela.

Foram 6,7 mil imóveis vendidos para brasileiros, que somaram uma cifra de US$ 2,7 bilhões em 2014. O preço médio dos empreen-dimentos era de US$ 409,6 mil, superior aos demais compradores estrangeiros, que gastaram em média US$ 300,6 mil.

A forte procura por in-vestimentos fora do país acompanha o sentimento

de frustração com o cenário político e econômico local, afi rma Daniel Rosenthal, di-retor e idealizador da Investir USA Expo, evento que reúne incorporadoras, imobiliárias americanas, serviços jurídi-cos e investidores no Brasil.

“O alto grau de insatis-fação acaba se misturando com a vontade de ter outro lugar para morar”, afi rma. A última edição do USA Expo, que aconteceu em março de 2015, em São Paulo, bateu recorde de negociação, com um volume de US$ 32 mi-lhões em acordos.

De acordo com o levanta-mento, metade dos compra-dores tinham a intenção de alugar o imóvel ou passar férias. Do total investido, 8% dos brasileiros apostaram em fi ns comerciais e outros 44% escolheram condomí-nios ou apartamentos.

O trabalho de Rosenthal

no Investir USA Expo pas-sa pela detalhamento e acompanhamento de todos estágios necessários para que um brasileiro possa comprar seu imóvel nos EUA. No entanto, segundo ele, o estilo americano nos negócios acaba por cho-car-se com o famoso “jei-tinho brasileiro”, criando situações embaraçosas.

Um deles é o de pechin-char, tentando um desconto no valor do imóvel, o que não é muito usual no mercado americano. Alguns chegam a propor fazer o negócio “por fora”, sem corretor, para não pagar a comissão. Ele afi rma ainda que os com-pradores também tentam fugir dos impostos e têm difi culdades para cumprir os prazos americanos para documentos e pagamentos, mais rígidos e condiciona-dos por multas.

DIVULGAÇÃO

Cada vez mais brasi-leios buscam investi-menos fora do país

FATURAMENTO

Aluguel residencial em Atlanta (EUA) 7,5%Aluguel residencial no Rio de Janeiro 3,8%Fundo de Investimento em Fundos de Renda Fixa (FIF-RF) 0,5%Letra Financeira do Tesouro (LFT) 1%CBD com 95% do CDI 1,4%Poupança 0,2%

Rendimento Anual RealTipo de Investimento

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