8
MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 (92) 3090-1017 Fazendo da crise uma oportunidade de negócios Aprenda como aproveitar e investir com a grande quantidade de imóveis disponíveis no mercado O mercado imobiliário brasileiro tem apre- sentado uma carac- terística interessan- te nos últimos meses: com a grande oferta nos últimos anos, há imóveis em estoque que podem servir para aquecer o mercado. “Tivemos um ciclo altamente virtuoso, que come- çou em 2004, com auge em 2011. De lá para cá, passamos por uma fase de transição. Não diria que o setor está em crise, mas, sim, saindo da euforia e voltando para a realidade”, opina Márcia Chagas Cohen, corretora e membro do Sindi- cato dos Corretores de Imóveis do Amazonas (Sindimoveis). Como o mercado não pode parar, as incorporadoras têm oferecido grandes descontos a clientes (5% a 10% em geral e, em alguns casos, 30%) para obter geração de caixa para honrar vencimentos e iniciar novos empreendimentos, além da redução de despesas com manutenção de imóveis em estoque. Participações impor- tantes de empreendimentos têm sido vendidas pelas in- corporadoras para investido- res e fundos, e muitos desses empreendimentos eram e são ainda estrelas do mercado imobiliário. Sendo assim, esse é o mo- mento certo para investir, prin- cipalmente para quem tem um dinheirinho guardado ou aque- le crédito sobrando. “Quem ti- ver dinheiro à vista pode con- seguir boas oportunidades de negócios, aproveitando esse cenário de desaquecimento. Já para quem pretende finan- ciar, a tendência de elevação de juros pode aumentar os custos das parcelas a serem quitadas”, afirma. Crédito Em relação à oferta de cré- dito, todos os bancos têm sido afetados pela captação líqui- da negativa das cadernetas de poupança. Isso, porém, afetou mais a Caixa, que detém 68% do mercado de crédito imobiliário e 34% do estoque de poupança. A queda na poupança, aliás, é uma das maiores da história. Assim, instituições finan- ceiras irão priorizar a conces- são de financiamentos para a moradia popular, quem tem como o funding o FGTS. O funding imobiliário é uma fonte de recursos utilizada pelos bancos e instituições financeiras para pagar os fi- nanciamentos habitacionais contratados pelos clientes. Neste setor, o montante de empréstimos em 2015 pelo banco pode até superar o de 2014. O mercado imobiliário está em transição, mas não está tão ruim quanto se imagi- na. Na habitação social, não há nenhum indício de queda. Desburocratização O Comitê de Desburocrati- zação, plano da prefeitura de Manaus para diminuir a buro- cracia nos processos de libera- ção de alvarás de construção e funcionamento das atividades econômicas do município, ins- tituído na última segunda-feira (3), tende a favorecer o mer- cado imobiliário local. “Com processos mais ágeis e custos mais baixos, milhares de famílias poderão, finalmente, regularizar a situação de seu imóvel, garantindo seus direitos e abrindo novas possibilidades para a obtenção de crédito e a transmissão da propriedade, entre outros benefícios. Quem ganha é o desenvolvimento so- cial”, explica. De acordo com a corretora, a formalização converte locais de moradia em endereços. Gera informações para a arrecada- ção de tributos e torna pos- sível a obtenção de recursos para o investimento em bens e serviços públicos, como trans- porte coletivo, escolas, postos de saúde, criação de áreas de lazer, entre outros. Além disso, a regularização impede a venda de lotes ou imóveis irregulares ou clandestinos com falsos con- tratos, vinculados a contraven- tores que vivem à margem da cidade legal. COMITÊ A medida faz parte do conjunto de ajustes voltados para desem- baraçar a liberação de alvarás de construção e de funcionamento, entre outros licen- ciamentos junto ao município, bem como promover a simplifi- cação e melhoria das atividades econômicas FRED SANTANA

Imóveis & Decor - 9 de agosto de 2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Imóveis & Decor - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

Citation preview

MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 (92) 3090-1017

Fazendo da crise umaoportunidade de negóciosAprenda como aproveitar e investir com a grande quantidade de imóveis disponíveis no mercado

O mercado imobiliário brasileiro tem apre-sentado uma carac-terística interessan-

te nos últimos meses: com a grande oferta nos últimos anos, há imóveis em estoque que podem servir para aquecer o mercado. “Tivemos um ciclo altamente virtuoso, que come-çou em 2004, com auge em 2011. De lá para cá, passamos por uma fase de transição. Não diria que o setor está em crise, mas, sim, saindo da euforia e voltando para a realidade”, opina Márcia Chagas Cohen, corretora e membro do Sindi-cato dos Corretores de Imóveis do Amazonas (Sindimoveis).

Como o mercado não pode parar, as incorporadoras têm oferecido grandes descontos a clientes (5% a 10% em geral e, em alguns casos, 30%) para obter geração de caixa para honrar vencimentos e iniciar novos empreendimentos, além da redução de despesas com manutenção de imóveis em estoque. Participações impor-tantes de empreendimentos têm sido vendidas pelas in-corporadoras para investido-res e fundos, e muitos desses empreendimentos eram e são ainda estrelas do mercado imobiliário.

Sendo assim, esse é o mo-mento certo para investir, prin-cipalmente para quem tem um dinheirinho guardado ou aque-le crédito sobrando. “Quem ti-ver dinheiro à vista pode con-seguir boas oportunidades de negócios, aproveitando esse

cenário de desaquecimento. Já para quem pretende fi nan-ciar, a tendência de elevação de juros pode aumentar os custos das parcelas a serem quitadas”, afi rma.

CréditoEm relação à oferta de cré-

dito, todos os bancos têm sido afetados pela captação líqui-da negativa das cadernetas de poupança. Isso, porém, afetou mais a Caixa, que detém 68% do mercado de crédito imobiliário e 34% do estoque de poupança.

A queda na poupança, aliás, é uma das maiores da história.

Assim, instituições fi nan-ceiras irão priorizar a conces-são de fi nanciamentos para a moradia popular, quem tem como o funding o FGTS. O funding imobiliário é uma fonte de recursos utilizada pelos bancos e instituições fi nanceiras para pagar os fi -nanciamentos habitacionais contratados pelos clientes.

Neste setor, o montante de empréstimos em 2015 pelo banco pode até superar o de 2014. O mercado imobiliário está em transição, mas não está tão ruim quanto se imagi-na. Na habitação social, não há nenhum indício de queda.

DesburocratizaçãoO Comitê de Desburocrati-

zação, plano da prefeitura de Manaus para diminuir a buro-cracia nos processos de libera-ção de alvarás de construção e funcionamento das atividades econômicas do município, ins-tituído na última segunda-feira (3), tende a favorecer o mer-cado imobiliário local.

“Com processos mais ágeis e custos mais baixos, milhares de famílias poderão, fi nalmente, regularizar a situação de seu imóvel, garantindo seus direitos e abrindo novas possibilidades para a obtenção de crédito e a transmissão da propriedade, entre outros benefícios. Quem ganha é o desenvolvimento so-cial”, explica.

De acordo com a corretora, a formalização converte locais de moradia em endereços. Gera informações para a arrecada-ção de tributos e torna pos-sível a obtenção de recursos para o investimento em bens e serviços públicos, como trans-porte coletivo, escolas, postos de saúde, criação de áreas de lazer, entre outros. Além disso, a regularização impede a venda de lotes ou imóveis irregulares ou clandestinos com falsos con-tratos, vinculados a contraven-tores que vivem à margem da cidade legal.

COMITÊA medida faz parte do conjunto de ajustes voltados para desem-baraçar a liberação de alvarás de construção e de funcionamento, entre outros licen-ciamentos junto ao município, bem como promover a simplifi -cação e melhoria das atividades econômicas

FRED SANTANA

01 - IMÓVEIS&DECOR.indd 8 07/08/2015 23:09:39

2 MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

O locatário não irá aceitar um imóvel que esteja em condições precárias. Por conta disso, é necessário deixar tudo em ordem para receber o morador

Como fazer manutenção de imóveis para aluguel

Nada como entrar em um imóvel novo com hidráulica, elétrica e acabamentos impe-

cáveis. Mas para que isso aconteça é importante que o proprietário deixe o imó-vel sempre em bom estado de conservação. Seja para venda ou para locação, o imóvel precisa estar pron-

to para receber o novo morador.

Seja uma pin-tura ou a troca de pisos,

o proprietário não pode dei-xar que nenhum problema

se acumule, pois, se isso ocorre, os danos à pro-

priedade podem ser irreparáveis. As di-cas são da Imóvel Rápido, um por-

tal de busca que propicia, aos usu-ários além de imó-veis selecionados, o melhor conteúdo com dicas sobre decoração, fi nan-

ciamento e compra e venda de imóveis.

1 Manutenção preven-tiva

Muitas pessoas acham desnecessária a ma-nutenção preventiva, mas isso é um erro. Com a prevenção é possível achar o problema no

início e cuidar para não agravar. Por isso, faça trimestralmente uma avaliação do imóvel.

Comece pela parte esté-tica como pisos, pinturas e revestimentos. Fique de olho nas rachaduras. Para a parte hidráulica, as torneiras, chu-veiros e descargas precisam ser analisadas para a verifi ca-ção de vazamentos. Na parte elétrica, tomadas, pontos de luz, chuveiros e disjuntores devem ser vistoriados com cautela e de preferência com a energia desligada.

2Pessoal especializado Quando o assunto é

reforma, o pensamento é sempre um “quanto irei gas-tar?”. Infelizmente, mão de obra qualifi cada é mais cara, contudo é mais seguro. Por isso, quando verifi car que existe algum pro-blema, contrate pessoal espe-cializado, assim sua residência estará segura.

3Limpeza e organiza-ção

Quando um possível comprador está fazendo a vi-sitação do imóvel que ainda está habitado, ele não tem so-mente a ideia de como fi carão os móveis no ambiente, mas terá toda a experiência que o local poderá propor, seja o odor de bichos de estimação,

mofo ou nicotina.Locais muito entulhados fa-

zem com que possíveis com-pradores desistam. É preciso deixar todos os cômodos em ordem; se for o caso contra-te um home staging, que irá mudar alguns aspectos do imóvel para que agrade aqualquer comprador.

4Acessórios Não descuide de aces-

sórios como jardim, pis-cina ou churrasqueira. Mesmo não parecendo muito importan-te, os espaços de lazer estão com procura cada vez maior, seja pelo aumento da família

ou mesmo para receber melhor os amigos. A área de descanso precisa estar em ordem.

5 Pendências fi nancei-ras

Este é o quesito mais importante. Não deixe taxas, impostos ou contas acumula-rem. Mantenha tudo em ordem. Faça um acordo, pague tudo, não deixe nada para o próximo morador. Quando se investe na manutenção do imóvel fazendo melhorias, o interesse dos po-tenciais compradores aumen-ta. No caso dos imóveis que estão para locação, funciona da mesma maneira.

O imóvel é um bem que precisa estar em constante manutenção

REPRODUÇÃ

O

02 - IMÓVEIS&DECOR.indd 2 07/08/2015 23:12:38

3MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

CONGRESSO

Com palestras internacionais, 18º Conami acontece em SC

Quatro palestras interna-cionais estão confi rmadas para o 18º Congresso Nacio-nal do Mercado Imobiliário (Conami), que acontece de 30 de setembro e 2 de outubro, no Majestic Palace Hotel, em Florianópolis (SC). Dos EUA virão Lori Burger (Califórnia), presidente do Instituto de Ges-tão Imobiliária (IREM); Russ Salzman (Chicago), vice-pre-sidente executivo e CEO do Irem; e Franck Dossa, membro da Associação dos Corretores de Imóveis de Miami.

O evento também terá a participação do presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Gestão e Ad-ministração de Condomínios, Vitor Amaral. Palestrantes e

lideranças nacionais também fazem parte da programação.

“O Conami é, sem dúvidas, o mais importante evento empresarial do segmento e, neste ano, acontece em um momento da economia que exige ainda mais conheci-mento, inovação, avaliações precisas, troca de experiên-cias e referências de outros mercados”, explicou Fernando Willrich, presidente do Secovi de Florianópolis e Tubarão, responsável pela organização do congresso.

O 18º Conami tem o apoio dos Secovis de todo o Brasil, da Fecomércio-SC e CRECI-SC. Mais informações e inscrições pelo site www.conami2015.com.br.

DIV

ULG

AÇÃO

Congresso em Florianópolis traz grandes nomes do mercado imobiliário

Portarias despreparadas podem facilitar crimesBandidos estão clonando carros de moradores e entrando com carrões, para passarem despercebidos pela portaria

Muitas pessoas de-sistem de morar em residências por questões de segu-

rança. De fato, para quem trabalha e estuda em grandes cidades é preocupante deixar a moradia sozinha por muito tempo. Por isso, os condomí-nios residenciais e de apar-tamentos aparentemente se tornam as melhores opções, com diversos aparelhos de segurança e monitoramento. Mas será que somente isto é necessário? Geralmente,

quando se visita um aparta-mento, levamos em considera-ção as câmeras e a portaria. Há, porém, outro item muito importante a ser considerado: a liberação de entrada de ve-ículos para o estacionamento ou imediações.

“É comum vermos nos noti-ciários ações de bandidos que realizaram assaltos e roubos por meio da portaria, não somente pela aparência, por desatenção de funcionários, mas também com a clona-gem de placas e modelos de

carros, que tem se tornado muito comum hoje em dia”, afi rma o especialista em con-domínios da GS Terceirização,Amilton Saraiva.

No entanto, explica o pro-fi ssional, alguns cuidados es-peciais podem evitar a vul-nerabilidade, como o sistema de controle, que é importante, porque quando o portão for acionado ajuda a identifi car se é realmente o morador ou não. Mas, mesmo assim, é fundamental conferir os da-dos do veículo e realizar uma

identifi cação visual minuciosa para verifi car se é mesmo o condômino em questão.

“O que pode facilitar muito também são as regras in-ternas de identifi cação das pessoas, realizadas na maio-ria das vezes pelos próprios condôminos”, completa.

Visto isso, investir em pro-fi ssionais de portaria qualifi -cados e treinados é vantajoso, pois evita riscos à segurança e qualquer prejuízo aos con-dôminos. “Não se deve contra-tar qualquer pessoa para esta

função, e é aconselhável a con-tratação realizada por meio de uma empresa terceirizada, que ofereça apenas profi ssio-nais preparados e capacita-dos, pois o colaborador para a função certamente precisa ser uma pessoa de confi ança”, aponta Saraiva.

Ele diz, ainda, que além de estar sempre em alerta, o porteiro precisa saber ler, ter facilidade de memorização e concentração. “Estas qualifi -cações são fundamentais ao recrutar e selecionar pesso-

as, porque o ideal é escolher sempre perfi s de profi ssionais capazes e adequados para cada trabalho. Investimento e pessoal qualifi cado, então, es-tão fortemente relacionados a um bom resultado quanto à segurança”, orienta, comple-tando que “é por isso que de nada adianta ter pressa para liberar a entrada de automó-veis no condomínio se isto pode proporcionar brechas de vulnerabilidade e resultar na invasão de ‘espertalhões’no domicílio”.

Investir em profi s-sionais qualifi cados evita riscos à segu-rança e prejuízos aos condôminos

DIV

ULG

AÇÃO

03 - IMÓVEIS&DECOR.indd 3 07/08/2015 23:13:57

4 MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

No artigo de hoje, concluo as fases do ciclo de venda do imóvel. Apesar de ser a última fase, não deixa de ser a menos importante, pelo contrário, é o início de um novo ciclo. Mais difícil que conseguir um novo cliente é mantê-lo. E a forma de se relacionar com o cliente é o que vai diferenciar um corretor do outro. Com esta mudança no mercado, o pós-venda deixa de ser um serviço adicional e passa a ter um papel estratégico no ciclo de venda do imóvel.

O pós-venda é o conjunto de atividades de marketing reali-zadas após a venda do produto ou a prestação do serviço e que abrangem pesquisas de satisfa-ção, serviços de manutenção, promoções especiais e outras formas de atendimento, tendo por objetivo a fi delização do cliente.

Uma visão que muitos profi s-sionais têm é de que seu traba-lho atinge o objetivo quando eles conseguem fechar uma venda na assinatura do contrato. É justamente aí que começa o verdadeiro processo comercial. Quase sempre, quando um clien-te atendido por mim conclui a compra de um apartamento na planta, eu gero um novo encon-tro e faço a seguinte pergunta: o senhor gostaria de escolher o seu vizinho? Ele para para pensar e muitas das vezes indica um parente ou amigo.

O corretor deve entender mui-to de “Marketing de relaciona-

Carlos Cé[email protected]

Carlos Célio é corretor de

imóveis e perito avaliador

Mais difícil que con-seguir um novo cliente é mantê-lo. E a forma de se rela-cionar com o cliente é o que vai diferenciar um corretor do outro”

Amplie o relacionamento

mento”, para reter, manter o cliente, fazer com que ele volte e compre sempre com ele e principalmente para ampliar o relacionamento.

Na defi nição de Cavalheiros Franceses, marketing de re-lacionamento é o marketing que estabelece laços com o cliente, com os consumidores, individualmente, por meio de correspondência, telefonemas, internet e até visitas pessoais. O objetivo é conhecer intima-mente os clientes, para melhor

atendê-los e assim conservar sua fi delidade.

É uma verdade independen-temente do ramo: se o seu cliente tem um ótimo relaciona-mento com você, aumentam as chances de ele gastar mais. E repetir a compra. Essa máxima é ainda mais importante no mer-cado imobiliário. Quanto mais o corretor de imóveis investir no relacionamento, maiores são as chances de vender para esse cliente – quem sabe se tornando o seu consultor imobiliário.

Quem não gosta de ser lem-brado em dias especiais? Pois bem, encaminhe um e-mail de-sejando boas festas em alguns feriados, como Páscoa e Natal, e votos de felicidades nos ani-versários dos seus clientes.

Lembre-se ! Uma venda nunca termina! Aproveite o relaciona-mento com o seu cliente, pres-te a atenção às oportunidades de realizar o upselling e/ou o cross-selling de seus produtos e serviços. Tenha sempre em mente e demonstre ao cliente

sua intenção de lhe servir da melhor forma e de oferecer as melhores soluções.

É importante investir na re-tenção dos clientes. Concentrar-mo-nos apenas na obtenção de clientes é como tentar encher uma banheira sem tapar o ralo. Além disso, reter clientes é mui-to menos dispendioso do que adquirir novos clientes.

A Lei da Mente é melhor ser o primeiro na mente do que o primeiro no mercado. Pense nisso! O seu futuro agradece.

DIVULGAÇÃO

04 - IMÓVEIS&DECOR.indd 4 07/08/2015 23:15:52

5MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Paulo Ricardo Sachs

atuante no mercado nacional de móveis e

alta decoração

O fi nal do ano entra em reta fi nal e o trabalho dos ar-quitetos, decoradores, designers de interiores

também se acentua devido a soli-citação dos clientes em estar com casa totalmente apta para receber os convivas para as festas de fi nal de ano. Mas o que a arquitetura tem haver com isso? Tem e muito. Nos dias atuais com a globalização, a arte do bem receber e a arquitetura de eventos, restaurantes e de mesa está em alta. Novos segmentos de negócios chegam ao mercado. A própria arquiteta Larissa Guerra, profi ssional reconhecida na cidade de Manaus possui um segmento de seu negócio especializado em arquitetura de eventos.

Bem receber engloba desde a eti-queta básica como e onde o anfi trião senta a mesa, o qual geralmente senta-se as pontas ou ao meio, ta-lheres bem colocados, garfos ao lado direito facas ao esquerdo, lâminas viradas para dentro, colheres a fren-te, taças em ordem decrescentes por tamanho de dentro para fora: o maior água, do meio para vinho tinto e da ponta para vinho branco, no caso de champagne este deverá estar atrás de todos.

Souplast são bem vindos pois

servem como base para a troca dos pratos durante uma refeição. Pratos? O correto são três pratos, o menor para pão, o prato fundo consommé ou sopas, ou massa com molho; prato raso a refeição princi-pal. Guardanapos ao lado esquerdo raramente e mais corretamente ao centro do prato, passado em um anel.

Paliteiros, como profetizou Danu-sa Leão: somente trancado em um banheiro escuro e só, é totalmente out. Nos dias atuais onde a gas-tronomia está em alta percebe-se, que o empresariado restauranter começa a investir na arquitetura para melhor receber, em nossa en-cantadora Manaus.

Podemos notar claramente o investimento dos empresários do ramo de gastronomia no bem re-ceber. O arquiteto Paulo Brasil que realizou o projeto do restaurante Bless, reuniu alguns estilos para nortear o projeto, com a idéia da Chef Bianca Paes, surgindo então o conceito de pegar uma casa clássica e antiga e colocar no Vieiralves.

Com uma personalidade exu-berante, Bianca buscou junto ao arquiteto integrar os elementos elegantes de forma linear, os que se estendem a mesa do Bless, um

restaurante chic, elegante, clássico e leve.

E não para por aí. O bem receber está na apresentação dos pratos e também na gentileza dos anfi triões. O arquiteto Arteiro Tavares apostou em elementos reciclados e susten-táveis, mistura bacana de mate-riais como percebe-se na entrada do Bistrô na composição de uma grande sacada do arquiteto: ladrilho hidráulico e acabamento amadeira-do gerando equilíbrio na entrada do Bistrô de Martina Caminha e Igor Gazinho, que buscaram a inspiração pelas viagens ao redor do mundo trazendo com riqueza de detalhes uma decoração sustentável como containers, pallets e garrafas.

Selma Reis e seu Zefi nha Bistrô, trazem ao espaço sua experiência de anos do Buff et Selma Reis: inspi-ração na decoração do Zefi nha. Ele é rústico em determinado ambien-te, moderno em outro tornando-se uma grande espaço atemporal. Por sua vez o Restaurante e Bar Salo-mé apresenta uma proposta mais descontraída trazendo conceito e atmosfera diferenciada aos seus clientes e sabendo receber com mui-ta elegância e cordialidade, sendo um dos espaços mais interessantes arquitetonicamente falando.

A arquitetura do bem receber en-globa bom gosto, bem receber, bem estar com estilo e sofisticação.

[email protected]

FOTOS: ANA CLAUDIA JATAHY

Arquitetura do bem receber e bem-estar

Chef Martina Caminha: receben-do com cortesia e simpatia

Hall de entrada do Salomé: arquite-tado com bom gosto

Detalhes a mesa fazem a diferença: Bless Mesa no Bless: elegância do bem receberInox na escada, papel de parede vindo de Lisboa e lustre de Cristal: elementos de luxo

Orsine Oliviera Jr. e e Chef Bianca Paes Bar-reto posam para a coluna: bem receber

ChezMartina: detalhe enriquecedor, acaba-mento amadeirado e ladrilho

A fachada do Chez Martina: sustentável e com elementos de equilíbrio

A mesa e arquitetura: passamanarias nas cadeiras e móveis de antiquário

Kleber Loureiro posa para a coluna junto aos antepastos: bem receber

Alegria, alegria: cara e arquitetura de bistrô Zéfi nha Bistrô: harmonia e luxo à mesaSalomé Bar e Restaurante: riqueza de deta-lhes rústicos e de bom gosto

Arquitetura de eventos: Larissa Guerra e sua luxuosa criação

05 - IMÓVEIS&DECOR.indd 5 07/08/2015 23:17:31

6 MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Caixa Econômica destina R$ 1 bi para construçãoO fi nanciamento para as empresas é de até 80% do valor do empreendimento e limitado a 50% do valor das vendas

A Caixa Econômica Federal lançou esta semana uma linha de crédito imobiliá-

rio para que construtoras e incorporadoras possam usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para obras de imóveis resi-denciais de até R$ 300 mil em todo o país. O banco informou que liberou R$ 1 bilhão para este segmento. A iniciativa visa aquecer o mercado imo-biliário e fomentar ainda mais o programa habitacional “Mi-nha Casa, Minha Vida”.

Segundo a Caixa, o fi nan-ciamento para as empresas é de até 80% do valor do empreendimento e limitado a 50% do valor das vendas. As taxas de juros são a partir de 8,5% ao ano.

A linha de crédito anuncia-da ontem pela Caixa para as empresas do ramo da constru-ção civil vem reforçar o foco social dado pelo banco neste ano de crise econômica. Há pouco mais de uma semana, a Caixa já havia destinado R$ 4 bilhões para fi nanciamento de imóveis de pessoa física pelo sistema pró-cotista do FGTS, para unidades residenciais de até R$ 400 mil.

“Acho que esse novo pro-grama é um complemento do anterior. Não é a solução que o mercado esperava, mas é positivo, é o que dá para fa-zer agora”, avalia Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-Rio, que é o sindicato da habitação no Rio de Janeiro.

Ele complementa: “As condi-ções são boas. Apesar de ter um impacto restrito nas vendas, pois não vão atingir um grande número de pessoas, não deixa de ser um benefício para o mer-cado, pois sinaliza que a Caixa está querendo dar condições do setor voltar a se recuperar”.

Para o professor de Econo-mia do Ibmec-RJ, Alexandre Espírito Santo, a tentativa do governo de fomentar a cons-trução civil é válida porque o setor é conhecido por ser um dos maiores multiplicadores de renda. Mas pondera: “As pessoas estão começando a perceber que a taxa de de-semprego só está começan-do a subir. Os trabalhadores estão com medo de perder o emprego. Como que nesse cenário o indivíduo que está receoso vai se aventurar em uma dívida? Mesmos as taxas de juros mais favoráveis ainda são altas para uma pessoa que

está desempregada”, avalia.A empresa interessada em

participar da linha de crédi-to da Caixa deve apresen-tar o projeto de engenha-ria e documentação no site do banco (www.caixa.gov.br) área de “downloads”, opção “Documentos para Avaliação de Crédito a Empresas da Construção Civil”.

Correção do FGTS O governo negociou com o

presidente da Câmara, depu-tado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a votação de proposta alternativa ao projeto que muda a remuneração do FGTS que atualmente é de

3%. A correção passaria a 6%. Para o Secovi-SP, o au-mento seria risco de morte para o programa Minha Casa, Minha Vida, que benefi cia famílias de baixa renda.

“Se o projeto for aprovado como está, prejudica milhões de trabalhadores, pois eles serão impedidos de ter aces-so à casa própria, porque os juros do programa aumenta-riam substancialmente para aquisição que é paga durante 20, 30 anos pelo mutuário”, explica Flávio Prando, vice-presidente de Habitação Eco-nômica do Secovi-SP.

A ideia do governo é elevar escalonadamente a correção do FGTS nos próximos três anos, para nivelar com as re-gras da caderneta de poupan-ça em 2018.

O presidente da Câma-ra Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, também apresentou proposta, mas que não foi acolhida por Cunha. O projeto visa dividir os rendimentos do fundo com os trabalhadores.

“Uma parcela da aplicação dos recursos do FGTS voltaria para os empregados e não se aumen-taria o custo do projetos habita-cionais”, explicou Prando.

R$ 4 BILHÕESNa tentativa de aque-cer o mercado imobi-liário e de construção, a Caixa Econômica Fe-deral já havia lançado, no dia 24 de julho, um programa de crédito para a compra da casa própria, voltada para pessoas físicas

Correntistas da CEF são beneficiados com taxas menores

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

06 - IMÓVEIS&DECOR.indd 6 07/08/2015 23:18:17

7MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

EXPEDIENTEEDIÇÃO Mellanie HasimotoGuto Oliveira

REPORTAGEMFred Santana

FOTOSArquivo EM TEMPO

REVISÃODernando Monteiro

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira

TRATAMENTO DE FOTOSKlinger Santiago

Salas de banho ganhammais espaço na decoraçãoCompactos, os banheiros se tornaram um desafi o na hora de decorar com sofi sticação, mas sem perder a comodidade

Um novo conceito ga-nha cada vez mais espaço na decoração: as salas de banho. Se

antes o banheiro era um am-biente apenas reservado para as necessidades básicas, hoje é o local ideal para relaxar e esque-cer a correria do dia a dia.

A diferença entre esses dois espaços está nos elementos decorativos e tecnológicos que transmitem aconchego e conforto aos usuários.

Além de móveis específi cos para esses ambientes úmidos, os metais sanitários também acompanham essa tendência. Com tecnologia aliada ao design, as peças atendem o usuário de forma completa. O ambiente criado pela ar-quiteta Ana Paula Ferreira, que utilizou itens da Docol, marca especializada em me-tais sanitários, traz elementos

que induzem ao relax, como o misturador para mesa.

Pequenos ambientesOutro elemento que vem ga-

nhando espaço é a banheira. E ter uma em casa deixou de ser privilégio de quem dispõe de uma grande sala de banho. Mo-delos compactos são ideais para quem tem um banheiro reduzido, mas não abre mão do conforto de um banho de imersão, aliado ao estilo que só as banheiras freestanding agregam ao espa-ço. Doka Bath Works referência em louças e metais para banho indica modelos ideais para am-bientes pequenos.

As banheiras compactas assinadas pela marca inglesa Victoria+Albert, chegam até 1,65 metros de comprimento e podem ser facilmente insta-ladas em banheiros pequenos, pois não precisam ser embu-

tidas em alvenaria. Modelos como IOS, Mozzano e Edge, da linha contemporânea, são opções para projetos menores e unem o tamanho reduzido ao forte apelo estético com ex-clusivo design ergonômico que possibilita total relaxamento.

Versáteis, as banheiras fre-estanding agregam a função higiênica à função terapêuti-ca, pois os banhos de imersão em água quente auxiliam no relaxamento muscular, ideal para aliviar a tensão após um dia estressante de traba-lho. Além disso, as peças são excelentes elementos de es-tilo pelo design diferenciado que agrega valor a qualquer projeto. Fabricadas em Quar-rycast, composto de rocha vulcânica, não desbotam, não amarelam e mantêm a tem-peratura da água quente pormuito mais tempo.

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

As banheiras de imersão compactas ganham cada vez mais destaque. As da Doka Bath Works podem ser usadas na decoração de pequenas salas de banho, sem deixar de lado a comodidade

O ambiente da arquiteta Ana Paula Ferreira

aposta em tec-nologia aliada

ao design

07 - IMÓVEIS&DECOR.indd 7 07/08/2015 23:20:13

8 MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

08 - PUBLICIDADE.indd 8 07/08/2015 23:20:44