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alcochete Informação da Câmara Municipal de Alcochete JUNHO 2016 | Número 21 | Distribuição Gratuita www.cm-alcochete.pt CÂMARA RECUPERA EMBARCAÇÃO TRADICIONAL PAÍS E NO MUNDO ALUNOS DISTINGUEM-SE NA ROBÓTICA GRANDE PLANO VEREADOR JOSÉ LUÍS ALFÉLUA DESTACA PRÓXIMAS OBRAS MUNICIPAIS BIODIVERSIDADE SAL DA FUNDAÇÃO OBTÉM CERTIFICAÇÃO › PÁGINA 9 › PÁGINA 11 › PÁGINAS 12 E 13 › PÁGINAS 4 E 5 BOTE LEÃO ESTÁ DE VOLTA AO TEJO

InAlcochete n.º 21 - junho 2016

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Informação da câmara municipal de Alcochete.

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alcochete

Informação da Câmara Municipal de AlcocheteJUNHO 2016 | Número 21 | Distribuição Gratuita

www.cm-alcochete.pt

CÂMARA RECUPERA EMBARCAÇÃO TRADICIONAL

PAÍS E NO MUNDOALUNOS DISTINGUEM-SE NA ROBÓTICA

GRANDE PLANOVEREADOR JOSÉ LUÍS ALFÉLUA DESTACA PRÓXIMAS OBRAS MUNICIPAIS

BIODIVERSIDADE SAL DA FUNDAÇÃO OBTÉM CERTIFICAÇÃO› PÁGINA 9

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BOTE LEÃO ESTÁDE VOLTA AO TEJO

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2.inalcochete | junho 2016 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

FICHA TÉCNICA

PERIODICIDADE Bimestral | PROPRIEDADE Câmara Municipal de Alcochete | MORADA Largo de São João 2894-001 AlcocheteTelef.: 212 348 600 DIRECTOR Luís Miguel Carraça Franco, Presidente da Câmara Municipal de Alcochete | EDIÇÃO SCI – Sector de Comunicação e Imagem COORDENAÇÃO DE REDAÇÃO Susana Nascimento REDAÇÃO Íngride Nogueira, Micaela Ferreira, Rosa Monteiro | FOTOGRAFIA SCI | PAGINAÇÃO CJORGE – Design & Comunicação e Rafael Rodrigues/SCI | IMPRESSÃO EmpresaGráfica FUNCHALENSE | DEPÓSITO LEGAL 327832/11 | REDAÇÃO E FOTOGRAFIA SCI – Sector de Comunicação e Imagem Telef.: 212 348 658 | [email protected] | TIRAGEM 10 000 | ISSN 2182-3227 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Inalcochete

CONTACTOS ÚTEISCâmara Municipal de Alcochete – 212 348 600 | Comunicação de Avarias, Roturas e Entupimentos – 919 561 411 Serviço Municipal de Protecção Civil – 912 143 999 | Canil Municipal – 914 432 270 | Cemitério – 212 348 638Posto de Turismo – 212 348 655 | Bombeiros Voluntários de Alcochete – 212 340 229 ou 212 340 557 | GuardaNacional Republicana – 265 242 623 | Centro de Saúde de Alcochete – 212 349 320 | Extensão de Saúde emSamouco – 212 329 600 | Farmácia Nunes – 212 341 562 | Farmácia Cavaquinha – 212 348 350 | Farmácia Póvoas– 212 301 245 | Táxis – 917 217 923 – 917 484 115 – 965 473 100 – 937 256 051 | Transportes Sul do Tejo– 211 126 200 | Transtejo – 210 422 400.

i nSÍNTESE

O 42.º aniversário do 25 de Abril foi comemorado em Alcochete com umaprogramação cultural e desportiva assegurada pelas autarquias locais e pelomovimento associativo do concelho, que decorreu de 13 de abril a 13 de maio. Não faltaram atividades para todos os públicos, havendo outrastambém que, ano após ano, se tornam uma referência na programação,como a atividade “Na Voz dos Jovens” que se estendeu a todas as freguesias do concelho, e as confraternizações populares na noite de 24 de abril, em Alcochete e Samouco. No dia 25 de abril, os festejoscomeçaram bem cedo, mas foi à noite, nos paços do concelho, que osautarcas locais refletiram, na sessão solene da assembleia municipal, sobre o 42.º aniversário desta data e o atual contexto político, económico e social. Para o presidente da câmara municipal, comemorar e lutar por Abril nesta“nova fase” da vida política nacional “(…) significa recuperar e repor os valores da justiça social, da valorização do trabalho, dos direitos sociaisuniversais de todo o povo, como o direito à saúde (tão violentado emAlcochete nos últimos tempos), à educação, à segurança social e à cultura”. Luísa Ortigoso e João Balão fecharam “a emissão” deste dia de festejos “em direto” da Rádio Teatro Livre com “Uma noite em abril” que levou os convidados a reviverem aquela que foi a noite mais longa de Abril de 74.

INICIATIVAS CULTURAIS E DESPORTIVAS ASSINALARAM 42.º ANIVERSÁRIO

25 DE ABRIL

HÁBITOS SAUDÁVEIS EM DESTAQUE NA 5.ª FEIRA DA SAÚDEDe 20 a 22 de maio, o jardim do Rossio foi palco da 5.ª feira da saúde, umainiciativa organizada pela câmara municipal, em parceria com o ACES, queapresentou um conjunto de propostas no âmbito do tema “Alimentação, atividade física e bem-estar”. Mais de quarenta atividades estiveram presentesnesta “mostra saudável” que convidou os visitantes a experimentarem e participarem em rastreios, demonstrações, atividades de lazer e degustações. Para além do espaço dedicado às entidades, a feira integrouainda um espaço infantil, com atividades pedagógicas e lúdicas para o público infanto-juvenil, e o espaço yoga, onde decorreu o I Festival de Yogade Alcochete. A abertura oficial deste evento promotor de uma saúde preventiva contoucom a presença do executivo municipal, do coordenador de saúde pública do agrupamento de centros de saúde do arco ribeirinho (ACES), MárioDurval, da doutora clínica do ACES, Maria José Branco, e de vários representantes e parceiros locais que integram a rede social concelhia.

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junho 2016 | inalcochete.3Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Caros(as) Munícipes,

O Concelho de Alcochete é, consabidamente, exuberante no que respeita àrealização de eventos, promovidos pelas autarquias e pelas entidades que,nomeadamente, integram o movimento associativo e que visam a dinamiza-ção das mais diversas e transversais actividades e a evocação e valorizaçãoda nossa matriz identitária. Na esteira dessa constatação, podemos registar a afirmação de que, sem pre-juízo da relevância de eventos que já se realizaram e dos que, no decurso dopresente ano, ainda se vão realizar, este sexto mês de 2016, para além decoincidir com o início do período estival, apresenta uma prolixidade e umaimportância que lhe conferem a necessidade de uma caracterização maispormenorizada.Assim, e não respeitando integralmente a regra da ordenação cronológica,quando o leitor se encontrar a ler estas nossas palavras, a Freguesia de S. Fran-cisco estará a viver e a sentir o pulsar das tradicionais Festas de Confraterni-zação Camponesa e, em simultâneo, a Vila de Alcochete apresentar-se-á po-sitivamente transfigurada com os costumes, os trajes, a animação e os ri-tuais de mais uma edição da Feira Quinhentista, não se preterindo uma refe-rência à Associação de Pescadores de Alcochete que, tendo apresentado,com o apoio técnico da autarquia, uma candidatura a fundos comunitáriose obtido o correspectivo apoio financeiro, inaugurará a sua nova sede social.

As Festas em honra do Santo Padroei-ro de Alcochete, São João Baptista,proporcionarão certamente momen-tos de exteriorização de Fé e de Devo-ção, assumindo, neste contexto, a pas-sagem da Procissão pelas ruas umaênfase particular, em que os ando-res, o silêncio respeitoso dos fiéis, ascolchas adornando as janelas e va-randas e os acordes harmoniosos daBanda de Alcochete conferirão à Ce-lebração uma impressiva atmosferaemocional.Num outro domínio, o Festival Inter-nacional de Papagaios de Alcochete,que anualmente se renova e revitali-za, tendo a Praia dos Moinhos comocenário de privilégio, conceder-nos-ámomentos de intensa beleza artísti-

ca e cénica, honrando, assim, a importância que o mérito lhe conferiu.Concedamos, finalmente, destaque ao assunto que merece o estatuto de títu-lo deste editorial: o passeio inaugural e o baptismo do “Bote Leão”, a novís-sima embarcação tradicional da Câmara Municipal.O “Bote Leão” original consubstancia uma componente da nossa identidadecolectiva, sendo ainda recordado por quem dedicou a sua vida às actividadesmarítimas.Ora, na prossecução de políticas de valorização da identidade e de promoçãoda vocação turística do concelho, a Câmara Municipal tomou a decisão deadquirir uma nova embarcação tradicional, que replicasse a original e cujaconstrução obedecesse estritamente às antigas técnicas de construção naval,permitindo, dessa forma, o seu registo no Livro de Honra e a sua integraçãona Marinha do Tejo.Durante meses, no Estaleiro Naval de Jaime Costa, em Sarilhos Pequenos, asmadeiras foram sendo carinhosamente tratadas e trabalhadas e o novo “BoteLeão” foi assumindo as suas formas elegantes, como resultado do saberadmirável de mestres de um ofício nobre e que deve ser perpetuado.Importa sublinhar que, para a concretização deste objectivo, a Câmara Muni-cipal teve a inestimável parceria e o significativo apoio financeiro da Luso-ponte – circunstâncias que resultaram da credibilidade que a autarquia pos-sui –, acrescidos dos fundos comunitários que resultaram da apresentação eexecução da pertinente candidatura.E, assim, no dia 19 de Junho, como corolário do labor artístico dos mestres,Alcochete assistirá ao “regresso” do seu novo “Bote Leão” que, depois do res-pectivo baptismo e com as velas cheias pelo vento, voltará a pincelar o Tejocom as suas cores vivas e garridas. Que as águas e os ventos lhe sejam sem-pre bonançosos!

UM REGRESSODESEJADO

EDITORIAL

Na prossecução de políticas de valorização da identidade e de promoção da vocação turística do concelho, a Câmara Municipal tomou a decisão de adquirir uma nova embarcação tradicional, quereplicasse a original e cuja construção obedecesse estritamente às antigas técnicas de construção naval

LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCOPresidente da Câmara Municipal de Alcochete

Os serviços camarários procederam à reparação e manutenção de 36 bancos colocados em vários espaços,nomeadamente nas ruas doMercado, do Bocage e João deDeus, no cemitério de Alcochetee envolvente e no jardim dolargo Almirante Gago Coutinho.Esta intervenção foi executadapor administração direta e temum custo de €3.505,09.

MOBILIÁRIO URBANOFOI REQUALIFICADO

ATENDIMENTOAtendimento ao público nos seguintes dias,mediante marcação: Presidente, Luís MiguelFranco – quinta-feira à tarde. | Vereadores JoséLuís Alfélua, Susana Custódio e Jorge Giro –terça-feira à tarde. | Vereadora Raquel Prazeres– quinta-feira de manhã. | Vereadora MariaTeresa Sarmento – quinta-feira, da 15h30 às 17h30.| Vereador Vasco Pinto – quarta-feira à tarde.

O parque infantil na urbanizaçãodos Flamingos, em Alcochete,beneficiou de uma intervençãode reabilitação que envolveu aaquisição de uma nova estruturapara baloiço e a execução de várias reparações realizadaspor administração direta.Com um custo total de €2.200,00,as reparações realizadas pelosserviços municipais foram efetuadas no portão, banco, brinquedo “cavalinho” e numaparte da vedação.

PARQUE INFANTILDOS FLAMINGOS REABILITADO

Semanalmente enviamos aosnossos subscritores o que de mais importante acontece emAlcochete, com especial enfoquepara as iniciativas culturais e desportivas que se realizam no Concelho.Guardamos para si um lugar emcada um dos nossos eventos,(no fórum cultural, na bibliotecae nos núcleos museológicos. Saiba tudo sobre a atividademunicipal e subscreva a nossaNewsetter em www.cm-alcochete.pt.

JÁ SUBSCREVEU A NEWSLETTER DO MUNICÍPIO?

O Presidente escreve ao abrigo do antigo acordo ortográfico.

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4.inalcochete | junho 2016 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

través de um rigoroso pla-neamento financeiro, a câ-mara municipal recuperoupara Alcochete uma das em-

barcações mais acarinhadas pelas suasgentes, que depois da fragata Alcatejo,assume-se como a embarcação de re-creio do município.“Criámos as condições para a constru-ção do bote Leão, que obedeceu a umrigoroso planeamento quer na sua cons-trução, quer do ponto de vista financei-ro”, diz o presidente da câmara, quesalienta a forma exemplar como decor-reu o processo negocial com a adminis-tração da Lusoponte, em particular ointeresse manifestado pelo Eng. Ferrei-ra do Amaral, Dr. António Rosa e o Eng.Firmino de Sá, que se traduziu “numapoio financeiro mecenático de 200 mileuros”. “Ao abrigo do PROMAR a autar-quia obteve um outro apoio financeiro,muito significativo, na ordem dos 120mil euros, assumindo a câmara munici-pal um esforço financeiro de 49 mil euros,o que faz com que o bote Leão seja umsucesso do ponto de vista financeiro e daconstrução”, conclui Luís Miguel Franco.Para o autarca, Alcochete tem agora umaembarcação tradicional à disposição dapopulação, que valoriza o concelho doponto de vista cultural e é sustentáveldo ponto de vista da sua utilização: “O

bote Leão vai ser importante para recu-perar uma parte das memórias coleti-vas, que vagueiam nas tradições orais etambém no plano da vocação turística enáutica de Alcochete”.“Importa ainda sublinhar que a cons-trução de uma nova embarcação tradi-cional de acordo com as técnicas maistradicionais vai permitir o registo do boteLeão no livro de honra da Marinha doTejo”, acrescenta Luís Miguel Franco.

O bote Leão foi construído de raiz noestaleiro naval de Jaime Costa. “Pela importância que esta embarcaçãotem para as gentes de Alcochete e pelasua história, a câmara municipal fez mui-to bem em optar pela construção de umbote novo e para mim foi uma alegriaconstrui-lo de raiz aqui no meu estalei-ro, e saber que ainda há pessoas vivas emAlcochete que conheceram o bote Leão(original)”, afirma o mestre de estaleiro.

ESTALEIRO DE JAIME COSTA DÁ FORMA AO “LEÃO”Jaime Costa é o elo de ligação de umaequipa de homens conhecedores destaarte tradicional da construção naval, emque “todas as decisões são partilhadas etodas as dúvidas discutidas até à deci-são final ser encontrada”.Não é muito extensa mas valorosa aequipa que tornou possível a constru-ção do bote. Além do mestre de estalei-ro Jaime Costa refiram-se os nomes deFrancisco Gregório, João Estrela, Joãode Castro, Leonel Lopes, Diogo Gomes,Franco Calhau, José Carlos e alguns aju-dantes, caso do José Pedro, um dos poucorapazes que ganhou gosto pelo ofício.Construída de forma tradicional fazen-do jus a técnicas utilizadas nas antigasembarcações de madeira que navegavamno Tejo, e respeitando a forma original,com base nos desenhos originais cedi-dos pelo Museu de Marinha, o bote Leãotem 15 metros de comprimento, 4,70 mde largura, 1,90 m de pontal e capacidadepara 45 passageiros. O mastro tem 17 me-tros e sustenta uma vela latina quadran-gular, tradicionalmente conhecida por ca-rangueja, auxiliada por uma vela de estai. “A construção desta embarcação foi fei-ta com muito rigor com base nos méto-dos tradicionais, desde a escolha das ma-deiras ao seu tratamento”, referiu JaimeCosta. As madeiras utilizadas foram opinho manso, em toda a estrutura daembarcação, pinho bravo, revestimentoexterior e interior, e madeira exótica, emtodas as partes da embarcação expos-tas diretamente ao sol e à chuva, devi-do à sua resistência ao apodrecimento.Na construção tradicional o carpinteironaval desempenha uma função funda-mental na aplicação de todos os mate-riais utilizando técnicas antigas e ferra-mentas que muitas vezes são construí-das por si para um determinado efeito.“Os pregos, cavilhas e ferragens utiliza-dos na embarcação foram feitos à mãoem aço macio, zincados a quente”, des-taca Jaime Costa que sublinha: “Nós fa-zemos tudo desde as sapatas aos ca-dernais e aos cabos de arame”.Depois de devidamente tratadas, as ma-

TURISMO NÁUTICO. Em 2016 a câmara municipal “devolve” ao Tejo uma das embarcaçõesmais emblemáticas de Alcochete – o bote “Leão”– cujas lendas e histórias ficaramgravadas na memória das gentes locais. De entre os barcos do Tejo, Alcochete adotoucomo seus a fragata e o bote. Mas este último distinguia-se dos outros pelo modo gracioso e veloz como cortava as águas do Tejo. Havia quem lhe chamasse o rei dosnordestes. Aqui o vento sopra de norte e é preciso saber tirar partido dele, mas também é a mão do mestre que faz a diferença a manejar as velas.

“REI DOS NORDESTES” ESTÁ DE VOLTA AO TEJO

i nFOCO

A

A HISTÓRIA DO BOTE LEÃO DE 1781 A 2016

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junho 2016 | inalcochete.5Informação da Câmara Municipal de Alcochete

FOCO

O bote Leão fará a sua viagem inau-gural no dia 19 de junho, desde oestaleiro onde foi construído em Sa-rilhos Pequenos, aportando à pontecais de Alcochete onde terá lugar umaanimação. Este é um dia de festa quecomeça de manhã e pretende envol-ver a comunidade alcochetana.

16 DE JUNHO21h00 | Inauguração da exposi-ção: "Bote Leão - o Rei dos Nor-destes regressa ao Tejo"21h30 | Conversa da Borda d'ÁguaNúcleo de arte sacra

18 DE JUNHOInscrição no livro de registo daMarinha do Tejo

19 DE JUNHOviagem inaugural do bote Leãoateliês para crianças, atuaçõesdos ranchos folclóricos do con-celho e animaçãoA partir das 15h30 | chegada dobote Leão a AlcocheteCerimónia oficial de inauguraçãoBatismo do bote Leão por suaexcelência reverendíssima, D.José Ornelas Carvalho, Bispo deSetúbal2.º Desfile de Fanfarras dos Bom-beiros Voluntários de Alcochete

12 A 19 DE JUNHOSemana da Caldeirada à Fraga-teiro(programa especifico emwww.cm-alcochete.pt)

deiras começam a tomar forma nas há-beis mãos de Francisco Gregório que se-gundo Jaime Costa é “o primeiro inter-veniente de grande importância na em-barcação. Ele é um mestre de carpinta-ria naval e envolveu-se em todas a fasesde construção do barco, nos desenhos,no desenvolvimento dos planos e naconstrução do próprio bote”.“O “Chico Cadete” de Alcochete é umapessoa de grande conhecimento de quemeu também fui aprendiz, no tempo demeu pai”, referiu com emoção Jaime Cos-

ta, que acrescenta “Graças a ele têm-serealizado bons trabalhos neste estalei-ro, e neste ofício pessoas com o valordele já há poucas”.Dos desenhos fizeram-se os moldes emtamanho real e começou-se então a assen-tar a quilha, a roda de proa e o cadastre,seguindo-se o enchimento da embarca-ção, as cavernas e os braços, as cintas ea parte de cima da embarcação, que sódepois é “fechada”, ou seja, colocado orevestimento com o tabuado. Depoistem início uma das operações mais im-

A LIGAÇÃO DO BOTE LEÃO A ALCOCHETESobre a origem desta embarcação poucose sabe, mas Manuel Leitão, no seu livro“Barcos do Tejo”, refere uma declaração, de1965, do mestre António da Costa Cruz, pro-prietário de um estaleiro de construções ereparações navais, em Alcochete, referindoque (…) o “Leão” teria sido construído naJunqueira, em Lisboa, havia mais de 140 anos(…). No entanto a inscrição do ano 1781 naantepara da ré sugere que a construção éanterior e o mais provável é que tal tenhaacontecido.Mas é na segunda metade do século XIXque começa a relação afetiva com a popula-ção de Alcochete, assente na relação dos seusproprietários com a vila ribeirinha, mas tam-bém pelas características da embarcaçãoque sempre foram objeto de admiração dequem a via navegar.Em 1900 as comunicações entre Lisboa eAlcochete faziam-se pelos barcos à vela Leãopertencente ao Exmo. Marquês de Soydos,D. António Pereira Coutinho, e Diana per-tencente à viúva do Comendador Estêvãode Oliveira (…). Ambas as embarcações eramfamosas pela sua velocidade e são conheci-das histórias sobre disputas de corridas, notransporte entre margens, publicou o Jor-nal A voz de Alcochete em 1950.O bote Leão serviu a população de Alco-chete até à década de 60 do século passa-do, contribuindo decisivamente para o de-senvolvimento da vila, pois com as outrasembarcações de Alcochete impulsionou umaintensa atividade fluvial, não só no abaste-cimento de mercadorias à capital, mas tam-bém np transporte de pessoas e no carregoe descarrego de navios fundeados no rioTejo. São três as emblemáticas embarcações

que nesta altura faziam a ligação entre Al-cochete e Lisboa: a falua Diana e o bote Leão,que em 1907 passaram a pertencer à empre-sa portuguesa de navegação fluvial, assimcomo o vapor de Alcochete, que assegurou acarreira entre as duas margens de 1904 a 1958.Só em outubro de 1917 é que o bote é re-gistado em nome da empresa, por ter ini-ciado nesse ano a sua função no transportede carga e passageiros. O bote Leão nave-gava à vela e a remos e tinha lotação para26 passageiros.Em 1925 a embarcação foi transferida paraa delegação marítima do Barreiro, e o seu re-gisto ficou afeto ao cais de Alcochete, man-tendo-se propriedade da empresa até 1939,ano em que foi vendida pela quantia de vintemil escudos a Manuel Brigue, morador emAlcochete. Em 1941 o barco foi adquirido porJoão Baptista Damiães, residente em Alco-chete pela quantia de vinte e oito mil escudos. Após a sua morte a embarcação ficou duran-

te mais de uma década parada na praia deAlcochete e só em 1967 foi comprada porJoão Augusto Vieira, um dos elementos doGrupo de Amigos do Museu de Marinha, pelaquantia de oito mil escudos, que depois aofereceu ao referido museu. A última reparação do bote Leão foi da res-ponsabilidade do mestre António da CostaCruz e foi primorosamente pintado por Au-gusto Rodrigues. A sua última viagem realizou-se a 27 de ju-nho de 1967 de Alcochete para a Doca do BomSucesso, em Lisboa, onde ficou a aguardara entrada no museu, de cujo patrimóniopassou a fazer parte. Mas a entrada tardoue o Leão apodreceu nas águas do rio em quesempre navegou. Contudo durante esseperíodo o Museu de Marinha desenhou pla-nos do bote que permitiram à câmara mu-nicipal recuperar a embarcação. Do boteLeão de 1781 apenas resta a cana do leme queestá em exposição no Museu de Marinha.

portantes – a calafetagem que asseguraa impermeabilização da embarcação. Ocalafate é talvez o operacional mais im-portante na garantia da navegabilidadeda embarcação. É um trabalho duro erepetitivo, em que manualmente LeonelLopes comprimiu infindáveis metrosde estopa entre as tábuas da embarca-ção, numa operação repetida muitasvezes, no interior e exterior da mesma.“Alcochete já foi terra de calafates” dizo mestre de estaleiro, que sublinha quenesta função “não havia como a malta

de Alcochete e lembro-me quando traba-lhava no estaleiro do meu pai, do JoãoRoque, do Zé Maria, do Tondela que erao Ti Carlos, do Alfredo, do Penetra, osmelhores calafates eram de Alcochete”.De volta ao bote. A pintura é uma das úl-timas fases da construção do bote e apósa colocação do leme, mastro e velas obote está pronto a navegar. Dito assimparece fácil, mas foram 15 meses detrabalho árduo e com muita dedicaçãode gente que vive com muita intensida-de as embarcações tradicionais. Mas fal-ta ainda falar da pintura tradicional tãocaracterística nestas embarcações. Osmotivos e temáticas utilizadas no boteLeão respeitam os motivos do bote ori-ginal, sendo as cores predominantes overmelho e o amarelo, que são as coresdo município de Alcochete. Na proa odesenho do Leão corta as águas do Te-jo, e respeita o desenho de Augusto Ro-drigues, e os registos conhecidos da em-barcação original. No topo do mastro,no calcês, predominam novamente o ver-melho e amarelo, que identificam o pro-prietário da embarcação. No interior obote Leão mantém alguns motivos flo-rais destacando-se na antepara o bra-são da câmara municipal de Alcochete. São aguardadas as boas manobras eboa velocidade do bote Leão nas águasdo Tejo, as linhas são boas, quem o ga-rante é o mestre do estaleiro Jaime Cos-ta agora depende do mestre da embar-cação e da tripulação. A partir de 1 dejulho ficaremos a saber!

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6.inalcochete | junho 2016 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

REQUALIFICAÇÃO. A câmara municipal vai avançar com a requalificação da rotunda que ligaas avenidas D. Manuel I e a D. João II, localizada numa das principais entradas da vila de Alcochete. Esta intervenção está contemplada na conclusão das obras da urbanização do Cerradinho da Praia e envolve a realização de um conjunto de trabalhos que representamum investimento total de €91.438,72.

rabalhos de pavimen-tação, arranjo dasáreas verdes e a recu-peração de uma outra

rotunda, que dá acesso ao fó-rum cultural de Alcochete, sãotambém outros trabalhos quevão ser concretizados no âm-bito desta intervenção que vi-sa a melhoria da imagem urba-na desta área residencial da vila.Sendo esta uma das principaisentradas na vila, a requalifica-ção da rotunda situada no iní-cio da urbanização do Cerra-dinho da Praia integra aindauma outra empreitada, no va-lor de €7.450, para a colocaçãodo brasão do concelho em cal-çada portuguesa. Colocado nu-ma parte do terreno que serámodelado para permitir a suatotal visualização a quem cir-cula na avenida D. João II, obrasão terá um cunho artísticoe será executado por mestrescalceteiros que, recorrendo àsnecessárias variações no tipo e

T

RUA JOÃO FACCO VIANA “GANHA” NOVO PASSEIO

ara melhorar a circu-lação pedonal, a au-tarquia alargou opasseio existente en-

tre as ruas O Século, José An-dré dos Santos e a João FaccoViana. Esta intervenção, queincluiu trabalhos de arranque,colocação de lancis e pavimen-tação em calçada está concluí-da e vai garantir uma maior se-

gurança de circulação nestesarruamentos da vila. Tratando-se de arruamentos inseridos nonúcleo antigo da vila de Alco-chete, o passeio apresentavauma configuração estreita difi-cultando a circulação automóvele pedonal no mesmo local, umasituação que foi ultrapassadacom esta intervenção no valorde €2.100 (+IVA).

PSERVIÇOS MUNICIPAIS PAVIMENTAM ÁREA DE RECREIO DA RESTAURAÇÃO

omo resposta a umapreocupação do agru-pamento de escolase da associação de

pais da escola E.B. do 1.º cicloda Restauração, a câmara mu-nicipal pavimentou 130m2 daárea de recreio deste estabeleci-mento. Esta zona, que se en-contrava em areia, apresentavaproblemas diversos dadas as

dificuldades de escoamento deáguas. Para resolver este cons-trangimento, a autarquia colo-cou três sumidouros para dre-nagem de águas pluviais esubstituiu toda a área em areiapor pavimentos com diferentestonalidades. Esta requalifica-ção no parque escolar foi reali-zada por administração direta eteve um custo de €7.500.

C

i nLOCAL

ALCOCHETE TERÁ BRASÃO NA ENTRADA DA VILA

cor da calçada, vão recriar omais fielmente possível a he-ráldica do concelho. Para real-çar este elemento patrimonial,

serão ainda plantadas quatroárvores que devidamente en-quadradas e combinadas comum projetor de iluminação vão

dar mais notoriedade e visibi-lidade ao brasão do concelho.Na rotunda de acesso ao fó-rum cultural os dois exempla-

res de palmeiras já existentesserão mantidos e será criadauma onda em seixo e granito,com o restante espaço preen-chido com relva. Para além das intervenções derequalificação a concretizar nasrotundas, serão ainda concluí-dos um conjunto de trabalhosna envolvente exterior e no in-terior da urbanização do Cer-radinho da Praia. Numa exten-são de 1600m2 serão executa-dos passeios em calçada miú-da e diferenciadas as áreas deestadia. Nos canteiros que cir-cundam a urbanização, os es-paços verdes serão enriqueci-dos com a colocação de relvanuma área que totaliza 1526m2e, no canteiro com maior di-mensão, serão plantadas trêsoliveiras e um novo sistema derega, complementar ao existen-te, será subterrâneo. No âmbi-to do mobiliário urbano, estáprevista a colocação de bancose papeleiras. Estas ações so-mam-se aos trabalhos já reali-zados numa 1.ª fase em que foicolocada a sinalização verticale horizontal, com a pintura depassadeiras e definição de lu-gares de estacionamento, e co-locado um contentor subterrâ-neo.

câmara municipal deAlcochete adquiriu, es-te mês, um reboquepara dar apoio ao tra-

balho realizado pelos serviçosoperacionais. Aumentar a ca-pacidade e celeridade dos tra-balhos, assim como reduzir osrecursos logísticos necessáriospara a execução de cada inter-venção foram os objetivos quelevaram a autarquia a adquirir,por ajuste direto, este equipa-mento que representa um in-vestimento de €7.626 (IVA in-cluído). O reboque vai permitir que osserviços municipais asseguremo transporte de equipamentosque não podem circular na viapública.

AUTARQUIA ADQUIRE REBOQUE PARA SERVIÇOSOPERACIONAIS

A

REQUALIFICAÇÃO DA ENVOLVENTE DO CERRADINHO DA PRAIA II

Page 7: InAlcochete n.º 21 - junho 2016

LOCAL

junho 2016 | inalcochete.7Informação da Câmara Municipal de Alcochete

câmara municipalaprovou por maioria,com as abstençõesdos vereadores do PS

e do CDS/PP, a prestação decontas e o relatório de gestãode 2015, documentos que tam-bém foram aprovados pormaioria na assembleia munici-pal, com 15 votos a favor pelaCDU e as abstenções do PS,CDS/PP e PSD.Na apresentação dos docu-mentos em reunião de câmaraa 13 de abril, o presidente daedilidade considerou “o relató-rio de gestão globalmente mui-to positivo”. “Estamos peranteum excelente exercício, quenos deve motivar a continuar

a ser racionais, não perdendooportunidades que possamsurgir no futuro”, disse.Luís Miguel Franco destacou aredução muito significativa dadívida global, em particular dadívida de curto prazo, assim co-mo o aumento da receita, con-jugados com a política de con-tenção da despesa. Segundo oautarca, a manter-se esta polí-tica será possível sanear a dívi-da de curto prazo da autarquianum horizonte de 3 a 4 anos.A 31 de dezembro de 2015, a dí-vida total do município era de€10.851.158, quando em 2014tinha sido de €12.765.215, ten-do-se verificado uma diminui-ção de €1.241.114 na dívida

de curto prazo que, caso nãoestivesse refletida a comparti-cipação do município para ofundo de apoio municipal, se-ria de cerca de €1.700.000. No exercício de 2015 as dívi-das a terceiros de médio e lon-go prazo diminuiram €672.943e registou-se uma. redução de290 mil euros nas despesas compessoal.Em 2015, a despesa, no mon-tante de €14.074.225, registouuma redução de 15% face a2014, dividindo-se em despesascorrentes (€12.103.671) e des-pesas de capital (€1.970.553).No referido ano, o município re-gistou um resultado líquido po-sitivo de €2.626.898,80 e uma

receita total de €14.241.268,repartida por receitas correntesno montante de €13.804.206 ereceitas de capital no valor de€435.681.O Plano Plurianual de Investi-mento teve em 2015 uma exe-cução de 44% com um investi-mento de €988.294 que inci-diu maioritariamente na áreado ordenamento do território.Saliente-se que no âmbito darecuperação financeira do mu-nicípio, o Plano de Saneamen-to Financeiro que está em vi-gor, sob proposta da câmaramunicipal, foi aprovado pelaassembleia municipal de Alco-chete por maioria, com abs-tenção do PSD.

RECUPERAÇÃO FINANCEIRAMARCA CONTAS DA AUTARQUIA EM 2015GESTÃO. A redução da dívida e da despesa e o aumento da receita marcaram o exercício de 2015 da câmara municipal que, apesar da contenção, está preparada e atenta a novas oportunidades de investimento.

A

sinalização horizontalnas vias e passadeiraspara peões está adju-dicada a uma empre-

sa externa e representa uma in-tervenção no valor de €19.359,52com IVA.Os trabalhos vão decorrer naavenida da Revolução 1383-85,incluindo o entroncamento coma rua Carlos Manuel RodriguesFrancisco, nas avenidas dos Bar-ris e do Brasil, em Alcochete, eem passadeiras para peões si-tuadas nas três freguesias doconcelho.

SINALIZAÇÃOHORIZONTALREFORÇADA NO CONCELHO

A

s serviços munici-pais instalaram na ruaAntónio Pereira Cou-tinho, em Alcochete,

uma ilha ecológica, constituídapor um molok para resíduossólidos urbanos de 5m3, o quepermitiu a anulação de cincocontentores de superfície, e umecoponto para resíduos reciclá-veis. Os dois equipamentosforam reaproveitados e a insta-lação da ilha ecológica visa mi-nimizar a ocupação no espaçopúblico e rentabilizar a recolhados resíduos sólidos urbanos.

LAVAGEM DE CONTENTORESA higienização com lavagemmecânica de 183 contentoresde superfície foi já realizadapor uma empresa externa, açãoque teve um custo total de€738,00.Nesta primeira fase foramabrangidos os contentores lo-calizados no centro da vila deAlcochete, nas urbanizaçõesdos Flamingos, Barris e Cerra-do da Praia e na zona urbanade São Francisco e numa segun-da fase serão lavados os con-tentores situados nas restantesáreas.

ILHA ECOLÓGICARENTABILIZARECOLHA DE RESÍDUOS

O

urbanização da Que-brada Norte, em Al-cochete, beneficiouda instalação de cin-

co postes com placas toponí-micas, permitindo a identifica-ção das ruas das Goiabas, dasTâmaras, dos Abacaxis, dos Ca-

jús e das Groselhas. Com umvalor total de €2.460,00 incluí-do IVA, foram ainda instaladosmais dois postes com placastoponímicas, um na avenida daRevolução 1383/85 e outro narua Padre Francisco AntónioFerreira.

ARUAS NA QUEBRADA NORTE COM PLACAS TOPONÍMICAS

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8.inalcochete | junho 2016 Informação da Câmara Municipal de AlcochetePUBLICIDADE

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junho 2016 | inalcochete.9Informação da Câmara Municipal de Alcochete

RIO FRIO APURA CAMPEÕES NACIONAISDE CCE E ENDURANCE

o campeonato nacional de rai-des, os cavaleiros Beatriz Mar-tin Correia, com Repoker, Isa-bel Nogueira, com Maravilha,

e João Pedro Carpinteiro, com Xenia daTapada, foram os grandes vencedores,com as medalhas de ouro, prata e bron-ze, respetivamente. Paralelamente ao cam-peonato nacional de juniores e jovenscavaleiros, a competição internacionalreuniu um “número record de partici-pantes num CEI 2*em Portugal”, referiuo presidente do conselho de administra-ção da Sociedade Agrícola de Rio Frio.Sobre esta prova teste para o europeu,que o polo equestre organiza em setem-bro, Ramos Rocha destacou a adoção denovas soluções de beneficiação das “boascondições naturais que Rio Frio tempara se afirmar nesta disciplina ao maisalto nível internacional”.Em abril realizaram-se as provas de en-sino, os saltos de obstáculos e o cross numconcurso completo de equitação muitodisputado, nos escalões seniores, junio-res e jovens cavaleiros. Pedro Marianocom Muriel de Belene, vice-campeão dejovens cavaleiros em 2015, sagrou-se cam-peão nacional sénior, num CNC E***. Ocampeonato nacional de jovens cavalei-ros confirmou João Netto Bacatelo, comBenny Fortunus, como bi-campeão, numCNC** e Anthony Lupi Hart, com Tomgard’Vinci, sagrou-se campeão nacional dejuniores, depois de em 2015 ter sido vi-ce-campeão.Os dois eventos equestres totalizaram a

EQUITAÇÃO. O polo equestre de Rio Frio organizou, nos meses de março e abril, dois campeonatos nacionais de endurance e CCE, respetivamente, apurando os melhoresbinómios, cavalo e cavaleiro, de Portugal, e ainda uma competição internacional de juniores e jovens cavaleiros.

N

i nBIODIVERSIDADE

participação de 134 conjuntos e obtive-ram por parte de treinadores e cavalei-ros uma opinião bastante positiva. “Nãosó pelo número de participantes envol-vidos, mas também pela qualidade dasprovas e referências de satisfação por par-te dos concorrentes nacionais e interna-cionais, pensamos que, com praticamen-te um ano e meio de atividade, o poloequestre de Rio Frio já é uma referênciaincontornável nas provas de CCE a nívelnacional e nas provas de endurance a nívelnacional e internacional, contribuindo assimdecisivamente para a afirmação da voca-ção de desporto equestre desta região

do arco natural do Tejo”, referiu o presi-dente da Sociedade Agrícola de Rio Frio.A coudelaria de Rio Frio começa tam-bém a marcar pontos, destacando-se, nasúltimas competições que tiveram lugarno polo equestre, o cavalo Eferia e a éguaFlor de Rio Frio. “São cavalos jovens danova geração da coudelaria de Rio Frioque pretendemos ver focada na produ-ção de cavalos com aptidões funcionais ebons desempenhos no desporto eques-tre e no lazer. Contamos apresentar aolongo do ano outros exemplares que de-monstram que estamos no bom cami-nho”, concluiu Ramos Rocha.

SAL DAS SALINAS DO SAMOUCO TEM CERTIFICADO DE QUALIDADEqualidade do sal produzidopela Fundação das Salinasdo Samouco foi recentemen-te reconhecida através da

certificação pela Sativa, que certificoutambém a produção artesanal de plan-tas halófitas.“A obtenção destas certificações com-prova que a estratégia seguida pela Fun-dação é a mais correta e demonstraque é possível manter atividades den-tro das áreas protegidas sem que estastenham influência negativa na nature-za”, destaca Firmino de Sá, presidentedo conselho de administração da Fun-dação. Em Portugal é reconhecido ointeresse socioeconómico, ambiental ecultural da produção de sal alimentar,na forma tal qual, (portaria nº78/2008)

pois fomenta o aproveitamento de re-cursos naturais e utilização de ener-gias renováveis, constituindo um fatorde desenvolvimento sustentável das zo-nas onde estão implantadas as unida-des produtivas. Para Firmino de Sá a

importância da certificação destes pro-dutos atingiu outra dimensão, pois “ascondicionantes impostas na ZPE doestuário do Tejo obrigaram-nos a usartoda a criatividade, arte e engenho nocumprimento de todas as regras, crian-

do um trabalho mais qualificado, naprodução e nas atividades de suporte aessa mesma produção, tendo subjacen-te a preservação do património histó-rico-cultural e natural”. Subjacente aesta certificação está a produção total-mente artesanal do sal, a ausência deutilização de meios mecânicos motori-zados, o uso de técnicas tradicionaisartesanais, em que a secagem é feitanaturalmente ao sol, respeitando ascaracterísticas físico-químicas e bacte-riológicas a que deve obedecer o salmarinho tradicional. O sal produzidonas salinas do Samouco pode seradquirido no local ou em algumaslojas de produtos biológicos nas ver-tentes sal marinho artesanal – tal qualfino e tal qual grosso – e flor de sal.

A

ALCOCHETE LEVANATUREZA, NÁUTICAE DESPORTO EQUESTRE À BTL

nquadrada na estratégia depromoção turística do muni-cípio, a câmara municipal es-teve mais uma vez presente na

Bolsa de Turismo de Lisboa, que decor-reu na Fil – Feira Internacional de Lisboa,entre os dias 2 e 6 março, a convite daEntidade Regional de Turismo da Regiãode Lisboa. A participação do municípiona BTL 2016 contribuiu para a afirmaçãodo concelho nos segmentos de turismode natureza, náutico e equestre, assimcomo para a promoção de produtos quegeram valor ao território e para a conso-lidação do posicionamento de Alcocheteno arco natural do Tejo.A biodiversidade, assente no valioso pa-trimónio natural que distingue o conce-lho, a náutica, com enfoque nos despor-tos de vento que encontram em Alcoche-te as condições ideais para uma práticaregular durante todo o ano, e o desportoequestre, marcado pelas diversos even-tos que vão assumindo destaque na es-fera nacional e internacional, nortearama estratégia promocional do município.Associaram-se à autarquia a associaçãoAlcochete Aktivo, a Gilteatro, a Fundaçãodas Salinas do Samouco e a SociedadeAgrícola de Rio Frio, que apresentaramos seus produtos turísticos e realizaramações promocionais como degustaçãode vinho, demonstração de kitesurf, umateliê de pães de sal e um ateliê de moi-nhos de vento.A 19 de março o município participou no2º Fórum Ibérico do Tejo em Vila Francade Xira, com um stand promocional daspotencialidades turísticas do concelhoem particular no segmento náutico. Orien-tada para a sustentabilidade do Tejonesta 2ª edição foram discutidas ques-tões relacionadas com os recursos hídri-cos, a dimensão transfronteiriça do rio, ea importância do Tejo para as comuni-dades que o envolvem, nas vertentes am-biental, económica e sociocultural.

E

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10.inalcochete | junho 2016 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

i nVIDA

SAÚDE. O município de Alcochete, em conjunto com as câmaras municipais da Moita e do Montijo, aderiu ao movimento “Cidade dos Afetos” através da assinatura, a 15 de março, da carta de compromisso com a delegada de saúde e o Agrupamento de Centros de Saúde Arco Ribeirinho.

MUNICÍPIO ADERE AO MOVIMENTO“CIDADE DOS AFETOS”

s municípios aderentes com-prometem-se a apoiar todas asiniciativas da comunidade quepossam desenvolver a afetivi-

dade entre os cidadãos, as instituições eo concelho como um todo, a colaborarmutuamente para desenvolver iniciativasque ajudem a catalisar outros parceirospara alargar o movimento, a divulgar oprojeto e a promover a Semana dos Afe-tos, nos respetivos concelhos, no mês defevereiro de cada ano.“O município de Alcochete formalizahoje a sua adesão ao projeto “Cidade dosAfetos”, mas é parceiro deste projeto háalgum tempo, pois dinamiza e divulgainiciativas que promovem os afetos eintegra algumas iniciativas-âncora da“Cidade dos Afetos”, referiu a vereadorada Educação e Saúde, Susana Custódio,que reivindicou mais cuidados de saúdepara a população.A cerimónia contou ainda com as inter-venções do diretor-geral da saúde, dospresidentes das câmaras municipais dasCaldas da Rainha, Moita e Montijo, da re-presentante do presidente da câmaramunicipal do Barreiro, da diretora execu-

tiva em exercício do ACES Arco Ribeiri-nho, do coordenador da Unidade de Saú-de Pública Arnaldo Sampaio do ACES Arco

Ribeirinho e do coordenador da Unidadede Saúde Pública Zé Povinho do ACESOeste Norte.

oze turmas do pré-escolar darede pública estão abrangidasno “1.º Salto no Pré-Escolar”,um projeto de educação e

expressão físico-motora que será dina-mizado por professores de educaçãofísica até ao final do ano letivo. Uma vezpor semana, e em aulas de 40 minutos,os “pequenos” alunos concretizam vá-rios exercícios de acordo com o progra-ma de educação e expressão físico-mo-tora, desde atividades rítmicas expressi-vas, ginástica, deslocamentos, equilí-brios, entre outros. Para a vereadora do desporto, SusanaCustódio, este é mais um projeto inte-grado na política de promoção de saúde

que a câmara municipal tem vindo a de-senvolver junto do público escolar. “Co-meçámos o ano passado com as novasementas escolares e, associada a umaalimentação saudável, a estimular e in-cutir nas crianças a prática de exercíciocomo uma rotina diária é, sem dúvida,uma promoção de saúde”, destaca Su-sana Custódio, referindo ainda que esteé um projeto que, desde logo, teve oapoio quer da direção do agrupamentode escolas, quer dos encarregados deeducação. Estão abrangidos no “1.º salto” os alu-nos do pré-escolar do Monte Novo, daRestauração, do Passil, Samouco e SãoFrancisco.

PROGRAMA DESPORTIVO CHEGA AO PRÉ-ESCOLAR

D

O

e 3 a 5 de junho, a vila de Alco-chete vai recuar no tempo coma realização de mais uma edi-ção da Feira Quinhentista, nu-

ma organização da câmara municipal,do agrupamento de escolas de Alco-chete e da associação GilTeatro. Partin-do da visita de D. Manuel I a Alcochetepara averiguação das obras da igreja dasua terra de nascimento, esta iniciativatem como tema “Da visitação às obrasda igreja Matriz” e vai decorrer no largoda Misericórdia, na avenida Comenda-dor Estêvão de Oliveira, nos largosAntónio dos Santos Jorge, de São João,Almirante Gago Coutinho e na avenida 5de outubro envolvendo as principais ar-

térias do núcleo antigo com atividadesde cariz histórico, mercantis, anima-ções de rua e de lazer. Para além da promoção do conhecimen-to histórico sobre a época de quinhen-tos, este evento contribui ainda para adivulgação das potencialidades turísti-cas do concelho inserindo-o no calendá-rio das feiras de índole histórica. Animações de rua e de música com osStrella do Dia e Jograis do Rei, dançasantigas e orientais, ateliês de esgrima,falcoaria e peças de teatro como “Pe-cados Medievais”, “A Invocação De-moníaca” e “O Pranto de Maria Parda”são alguns dos momentos a não per-der nesta feira.

ALCOCHETE REGRESSA À ÉPOCA QUINHENTISTA

D

CÁRITAS RECOLHEROUPA USADA EM ALCOCHETE

o âmbito do Projeto Amigo, omunicípio de Alcochete cele-brou um protocolo com a Cá-ritas Portuguesa para instala-

ção de contentores no concelho para arecolha, reutilização e reciclagem de rou-pa usada.O protocolo entre as duas entidades foiassinado a 25 de fevereiro pelo vereadordos Espaços Verdes e Higiene Urbana, Jor-ge Giro, pelo presidente da Cáritas Por-tuguesa, Eugénio Fonseca e por MichelePosca, gerente da empresa responsávelpor todo o processo de recolha, reutiliza-ção e reciclagem de roupa.“Este protocolo tem várias componen-tes: social porque permite a criação depostos de trabalho, tendencialmentepara jovens e desempregados de longaduração; económica, através do apoioefetivo aos grupos socio-caritativos queprestam um serviço ímpar às famíliascarenciadas do nosso concelho; e am-biental porque 95% da roupa que é depo-sitada em aterro pode ser reutilizada ereciclada”, salientou o vereador dos Es-paços Verdes e Higiene Urbana.Os contentores da Cáritas Portuguesaestão colocados em todo o concelho e arecolha de roupa vai permitir apoiar oGrupo Socio-Caritativo da Paróquia deSão João Baptista, que presta ajuda a108 famílias, e o Grupo Sócio-Caritativoda Paróquia de São Brás, que tem a seucargo 50 famílias.

N

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junho 2016 | inalcochete.11Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Como surgiu a robótica na escola E. B.2,3 El-Rei D. Manuel I?Carlos Rosa Gonçalves: A robótica sur-giu em 2008 no Clube de Ciência e Tecno-logia através de um projeto de CiênciaViva. Adquirimos material da LegoMainstorm e concorremos nesse ano aoFestival Nacional de Robótica (FNR). Fi-cámos em terceiro lugar no escalão dedança robótica dos 8 aos 14 anos eganhámos o prémio de melhor progra-mação com a equipa “Os Marítimos” noRoboCup (campeonato mundial) que serealizou em Suzhou, na China.

A modalidade de eleição é a dança ro-bótica. Em que consiste?Beatriz Miguel: Competimos na dançarobótica que é uma das várias modali-dades do FNR e do RoboCup. Consisteem construir uma equipa onde haja in-teração entre robôs e humanos com mú-sica, coreografia, cenário, trajes e o obje-tivo é integrar todos esses elementos ecriar uma apresentação de cerca de doisminutos.

Quais as coreografias apresentadaspelas várias equipas?CRJ: Participamos há oito anos nos fes-tivais e em alguns anos concorremoscom mais de uma equipa. “Os Maríti-mos” foi a primeira e resultou muito bem.Depois tivemos o “Fado” no FNR emCastelo Branco. O “Maravilhoso Mundodo Mar”, que levámos ao Robocup deSingapura, ficou em segundo lugar noFNR da Batalha. Também tivemos umaequipa muito interessante, que ficouem terceiro lugar do Nacional, que foi a“Batalha das Energias” e que levámos aoMundial do México em 2012, onde ga-nhámos o prémio Superteam, que é con-siderado o melhor prémio do Robocupem termos de dança robótica, porqueconsiste em montar em 48 horas umasuper equipa baseada em três países.No nosso caso calhou-nos dois paísesmuito difíceis na comunicação, a Chinae o Japão. Assim criámos uma superteamde dança robótica chamada “Universe”,que apelava à união da cultura ociden-tal com a oriental.

Onde se inspiram para criar as coreo-grafias?BM: No início do ano letivo fazemos umbrainstorming para ver quais são asideias que temos e a partir daí decidimoso tema mais adequado para esse ano. A

apresentação tem que ter uma coreo-grafia e dependendo do tema e dos ro-bôs que construimos para a equipa, cons-truimos a coreografia, porque tudo temde estar conjugado.

Qual é a tecnologia utilizada nos robôs?Duarte Pereira: Utilizamos o sistemaLego Mainstorm com NXT que nos per-mite programar por blocos e fazer con-juntos de movimentos. Este sistema dá-nos a vantagem de podermos facilmen-te reutilizar as peças de ano para ano,mudando apenas a sua configuração.CRJ:Ou seja, a Lego tem blocos de cons-trução e nós podemos utilizar esses blo-cos de construção para fazer os maisdíspares robôs. Este ano, por exemplo,tivemos um caldeirão, uma ratazana,uma viola e um humanóide, muito dife-rentes, por exemplo, dos robôs do anopassado, em que tivemos um candeei-ro, uma aranha, um relógio e um sapato.O trabalho conjunto entre professorese alunos processa-se numa base de coo-

peração e autonomia.

Quais os “ingredientes” para se atin-gir um bom resultado final?CRJ: Temos que dizer que cooperamoscom uma equipa de Alenquer há já seisanos, inicialmente ligada ao Agrupamen-to de Escolas de Alenquer, depois aoSporting Clube de Alenquer. Em relaçãoao Agrupamento de Escolas de Alcoche-te, temos alunos que vão desde o 5.º ao12.º ano. Cada aluno tem tarefas atri-buídas apesar de privilegiarmos a poli-valência, ou seja, cada aluno deve per-ceber um bocadinho de programação,de sensores, de construção dos robôs etrabalhamos todos em conjunto para queo resultado da equipa seja bom e é o quetemos conseguido ao longo destes anos.

Quais as competências que os jovensdesenvolvem com a robótica?CRJ: Desenvolvem muitas competên-cias ao nível científico, ou seja, sãoobrigados a lidar com eletricidade, com

eletrónica, com princípios da física, co-mo o som e a luz, a desenvolver com-petências na área da informática com aprogramação e utilização dos computa-dores para, por exemplo, fazer o filmeda equipa, o som da apresentação e criartoda uma dinâmica como a conceçãodo poster da equipa. Tudo isso é feitoem computador e os alunos desenvol-vem competências associadas a essastarefas. Há ainda uma parte interessan-te, a coreografia da dança, em que de-senvolvem competências que têm a vercom a parte física e criativa. Temos ain-da a produção de cenários e desde hádois anos que apresentamos música aovivo. Penso que é na escola um dos clu-bes que desenvolve mais e diversifica-das competências nos alunos.

Já estiveram em Singapura, na China,no México… onde representaram o no-me de Alcochete e de Portugal. Quaisos prémios mais significativos?CRJ: Em termos internacionais, os pré-mios mais significativos foi o deSuzhou para melhor programação, o demelhor Superteam do mundo no Ro-bocup do México em 2012, o de melhorequipa de dança no Robocup Júnior naHolanda no ano passado, e este ano o2.º lugar no Romecup que se realizouem março em Roma. No Festival Nacio-nal de Robótica, de 2008 a 2014, ganhá-mos sempre prémios. O mais significa-tivo terá sido o “Maravilhoso Mundo doMar”, em que conseguimos o 2.º lugarna Batalha.

Qual o balanço da participação noRomecup em março?CRJ: Foi excelente porque ficámos emsegundo lugar.BM: Foi uma boa experiência não sóporque conseguimos uma boa presta-ção mas também porque se realizou emRoma, que tivemos oportunidade de co-nhecer. Não estávamos à espera do se-gundo lugar por ser uma competiçãonacional italiana e nós sermos outsiders.Por isso acho que ainda se realça maiso prémio que conseguimos com “A Via-gem Medieval”.

Os custos de participação em eventosnacionais e internacionais são onero-sos. Conseguem apoios para a vossaatividade?CRJ: Este ano temos a louvar a ajudapreciosa da Câmara Municipal de Al-cochete, que nos permitiu levar um alu-no com dificuldades e que é excelentena programação, e o apoio do IRL-Ins-tituto da Retina e Diabetes Ocular deLisboa. Quem nos ajuda muito são ospais, sem os quais os alunos não pode-riam participar nas competições e te-mos também o apoio do Agrupamentode Escolas.

Quais os próximos desafios?CRJ: Queremos reforçar a equipa atual,manter o tema da Idade Média e relati-vamente à nossa participação interna-cional estamos a pensar em ir à ao cam-peonato júnior austríaco que é muitointeressante .

ROBÓTICA. Os alunos do Agrupamento de Escolas de Alcochete distinguem-se por teremalcançado vários prémios nacionais e mundiais na modalidade de dança robótica, o últimodos quais em Roma. Beatriz Miguel e Duarte Pereira, alunos, e Carlos Gonçalves, professor ementor do projeto, falam-nos da dinâmica da robótica e das competências dos alunos.

i nNO PAÍS E NO MUNDO

EQUIPA DE ROBÓTICA DISTINGUIDA COM PRÉMIOSINTERNACIONAIS

EQUIPA DE ROBÓTICA QUE ALCANÇOU ESTE ANO O 2.º PRÉMIO NO ROMECUP EM ITÁLIA

BEATRIZ MIGUEL E DUARTE PEREIRA MONTAM ROBÔ, ORIENTADOS PELO PROFESSOR CARLOS GONÇALVES

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12.inalcochete | junho 2016 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Sendo o vereador responsável pela lo-gística da câmara municipal, quais osdesafios que se colocam aos serviçosoperacionais?Os desafios na logística são diários por-que este setor dá resposta a todas assolicitações, quer internas quer externase, apesar de haver sempre planeamento,são muitas as imprevisibilidades, o quedificulta a execução deste setor. Nos últi-mos anos, também se tem registado ainoperacionalidade de alguns dos equi-pamentos e viaturas municipais pelo des-gaste e anos que têm não se justificandoo seu arranjo, dado os elevados custosassociados. Esta é uma situação que seagrava se considerarmos ainda que, nosúltimos quatro anos, houve uma redu-ção drástica no número de trabalhado-res da câmara municipal, sobretudo nasáreas operacionais. O impacto desta realidade só é atenuadocom toda a colaboração e boa vontade

dos trabalhadores que, apesar de teremo seu trabalho definido, mostram dispo-nibilidade para colaborar noutros servi-ços e, portanto, não poderia deixar dereferir este empenho. Estamos a proce-der a uma manutenção preventiva e rigo-rosa de todos os nossos equipamentosde modo a perpetuar, o mais possível, asua utilização, assim como a diligenciara aquisição de alguns equipamentos eviaturas que estão em falta no municí-pio, para poder corresponder e prestarum melhor serviço público às nossaspopulações.

Apesar das dificuldades, a autarquia tem,mesmo assim, conseguido dar passosimportantes principalmente na área daeficiência energética?Nos últimos anos demos mais um saltoqualitativo nesta área, aliás, é nos mo-mentos difíceis que devemos encontrarnovas e melhores soluções. Havendo cons-

ciência de que este é uma área que temmuito para explorar e rentabilizar recur-sos, foram várias as ações promovidaspelo município: remodelámos a ilumina-ção pública no centro histórico da vilacom a colocação de balastros eletrónicoscom sistema diming, o que permite aredução do fluxo luminoso e, consequen-temente, a redução dos encargos finan-ceiros com a energia; implementámossistemas LED nalgumas urbanizações donosso concelho, como o Cerradinho daPraia e uma parte da urbanização dosBarris; interviemos nas freguesias de SãoFrancisco e de Samouco com a substitui-ção de 256 luminárias por iluminaçãoLED; e estamos a diligenciar junto dosurbanizadores para que nas novas urba-nizações seja implementado este siste-ma mais eficiente, como é o caso da ur-banização que nasceu na Rua da Tacôa,e da superfície comercial “Bom Dia –Continente” e da sua zona envolvente. A

instalação de relógios astronómicos emtodos os postos de transformação (PT) doconcelho permite ao município gerir oshorários da iluminação pública e assimreduzir os encargos financeiros da fatu-ra energética. Por último a implementa-ção do sistema Inovgrid, com a colocaçãodas EDP boxes nas casas dos munícipes,um equipamento inteligente que permi-tirá no futuro (visto que nem todas asfuncionalidades estão operacionais) con-sultar, gerir e alterar os consumos do-mésticos.

Com vista a reduzir o consumo energé-tico, o município vai avançar com maisinvestimento nesta área?A câmara municipal aderiu ao pacto dosautarcas e, tendo 2008 como o ano dereferência, assumiu como compromissoimplementar um conjunto de medidasde eficiência energética até 2020, quepermitam a redução de CO2 em 20%, oque nos obriga a concretizar um conjun-to de ações para atingirmos esses objeti-vos. Para 2016 estão previstas mais duasintervenções: na freguesia de Alcochetevamos continuar a substituir as luminá-rias de vapor de sódio por tecnologiaLED nas urbanizações dos Flamingos, donúcleo C e do núcleo D. Se for possívelvamos também substituir os equipamen-tos que estão em falta na urbanizaçãodos Barris. A segunda intervenção será no

SERVIÇO PÚBLICO. Responsável por áreas como a rede viária, as obras municipais, a mobilidade urbana, o setor energético e a logística, o vereador José Luís Alfélua revelaquais as prioridades e os desafios diários que surgem nestas áreas operacionais. O autarcarecorda o “salto qualitativo” que o município de Alcochete conseguiu dar no capítulo da eficiência energética, mesmo numa altura desfavorável para as autarquias locais, e quea mobilidade sustentável e a rede viária são dossiês prioritários para a câmara municipal.

A RECUPERAÇÃO DA REDE VIÁRIAÉ UMA PREOCUPAÇÃO ATÉ AO FINAL DO MANDATO

ENTREVISTA AO VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL, JOSÉ LUÍS ALFÉLUA

i nGRANDE PLANO

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junho 2016 | inalcochete.13Informação da Câmara Municipal de Alcochete

pavilhão municipal de Alcochete onde,com a colocação de iluminação LED, ha-verá uma redução uma redução de maisde 60% na fatura energética. Estas medi-das vão permitir uma enorme reduçãoda emissão de CO2 sendo mais um con-tributo do município a favor das ques-tões ambientais que tanto o nosso plane-ta carece.

Ainda no que respeita à sustentabilida-de, a câmara municipal quer colocar emprática um plano de mobilidade urbanasustentável que candidatou a fundoscomunitários?No âmbito do novo quadro comunitário,a câmara apresentou várias candidaturas,uma delas é o PAMUS, o plano de mobi-lidade urbana sustentável que está im-buído nos objetivos estratégicos do PEDALe do POCENAVA, planos de ação já ela-borados pelo município. Alcochete é umconcelho plano, com grande aptidão paraa utilização dos modos suaves e de cir-culação pedonal e, perante estas carate-rísticas, a câmara, no âmbito do PAMUS,candidatou duas intervenções ao abrigodo novo quadro comunitário: a constru-ção de uma rede de bikesharing que, talcomo o nome sugere, é um sistema par-tilhado de bicicletas, com postos dispo-níveis em determinados locais do conce-lho e a criação de uma rede ciclável e pe-donal, que contempla a ligação de váriospontos estratégicos do concelho. Foram vá-rias as candidaturas que o município apre-sentou ao abrigo deste quadro comunitá-rio e vamos ver até onde é possível chegar.

No capítulo dos transportes públicos,quais os motivos que levaram a autarquiaa delegar as suas competências na AML?O novo regime jurídico, a lei 52/2015,definiu várias autoridades responsáveispelos transportes, entre as quais os mu-nicípios. Os contratos de concessão comos operadores terminam em dezembrode 2019, o que obriga à realização degrandes e morosos concursos públicos,o que pressupõe um trabalho preparató-rio que é necessário realizar para, poste-riormente, conseguir negociar o melhorpossível. E grande parte dos municípios

não tem know-how suficiente para todoeste processo que poderá ganhar contor-nos de grande dimensão. Neste momen-to, julgo que todos os municípios já avan-çaram com esta descentralização, comexceção de três – Barreiro, Lisboa e Cas-cais – por questões muito específicas.Esta é uma delegação vantajosa e não hánenhuma decisão que, seja tomada semque os municípios tenham conhecimen-to prévio. Com a proximidade da caduci-dade dos alvarás e das atuais conces-sões, esta poderá também ser a alturaideal para que a AML e os municípios pos-sam colocar em prática um sistema detransportes e de bilhética que nunca foipossível implementar e que poderá vir aalterar, de uma vez por todas, a mobili-dade na área metropolitana de Lisboapara que, acima de tudo, os utilizadoresfinais possam ter ao seu dispor uma re-de de transportes mais barata, mais aces-sível e mais eficiente.

Alcochete tem, atualmente, uma rede detransportes públicos que não corres-ponde às necessidades da população ea câmara municipal tenta colmatar asnecessidades mais prementes…Se o nosso movimento pendular de car-reiras de Alcochete para Lisboa pode con-siderar-se razoável, a mobilidade no ter-ritório concelhio é muito deficiente sen-do, por isso, o nosso grande problema.Apesar das várias diligências efetuadasjunto dos operadores, as reivindicaçõesdo município não têm tido efeitos práti-

cos, visto tratarem-se de linhas que nãosão rentáveis. Não faz qualquer sentidoque um munícipe, residente na Fonte daSenhora ou no Passil, que queira deslo-car-se até Alcochete, tenha que ir primei-ro ao Montijo e, a partir daí, deslocar-seaté Alcochete. Para além do tempo que édespendido em transportes e dos custosacrescidos, as carreiras são reduzidas.Para minorar estas dificuldades de mobi-lidade a câmara municipal, através deprojetos como o “Vamos à Vila”, assegu-ra gratuitamente, uma vez por semana, otransporte de munícipes das áreas ruraisaté à sede do concelho para tratar deassuntos tão diversos, como bens e ser-viços de primeira necessidade. Aliás, es-tas dificuldades acresceram nos últimosanos porque o Estado tem criado mais res-trições na prestação de alguns serviçospúblicos, como no caso específico do Pas-sil, onde foi encerrada a extensão do cen-tro de saúde, sem uma explicação préviaà câmara municipal. Sendo a saúde umbem fundamental, e não descurando quenas áreas rurais encontra-se a populaçãomais idosa e fragilizada, a câmara munici-pal assume um papel decorrente das másdecisões tomadas pelo poder central.

Relativamente à rede viária, quais asestradas municipais que a autarquia pre-tende requalificar até ao final do man-dato?O plano de saneamento financeiro traz-nos alguns constrangimentos do pontode vista do investimento. De qualquer for-ma, em 2016, a câmara conseguiu con-templar em orçamento a pavimentaçãode dois troços da estrada municipal 502,que estabelece a ligação entre Alcochetee Atalaia. Trata-se de uma via com bas-tante tráfego, tem dois troços muito pro-blemáticos e, de facto, é uma interven-ção prioritária. O processo para o con-curso está a decorrer e a nossa expecta-tiva é que, no último trimestre de 2016,se possa começar com esta obra. Este é oinício da recuperação da rede viária, queé uma preocupação até ao final do man-dato. Para além desta intervenção, se tu-do correr como o previsto, pretendemosainda pavimentar na íntegra a rua do Lá-

paro, desde a avenida da Sociedade Im-parcial 15 de Janeiro de 1898 até à ro-tunda do Batel. Esta é uma via que, peloseu reperfilamento, carece de vários tra-balhos extra ao nível de infraestruturase, por isso, trata-se de uma obra com cus-tos elevados, sendo que o município temos recursos financeiros necessários paraa sua realização.Numa escala menor, mas também no querespeita à rede viária, a câmara munici-pal vai proceder a um conjunto de inter-venções ao nível da sinalização horizon-tal, com pintura, quer de passadeiras,quer de marcas, que reforçam a delimi-tação das vias, que contribuirá para o re-forço de uma cultura de segurança noconcelho de Alcochete.

A curto prazo vão também arrancar asobras de requalificação de uma das prin-cipais entradas na vila de Alcochete?Vamos iniciar, brevemente, as obras derequalificação da urbanização do Cerra-dinho da Praia II, que englobará as requa-lificações do espaço exterior desta urba-nização incluindo a rotunda de acessoao fórum cultural e a rotunda que possi-bilita a entrada na rua do Cerradinho daPraia. Dizer também que nesta última serácolocado um enorme brasão do concelhode Alcochete, em calçada e com recurso acores o mais fidedignas possível àquiloque são as cores do brasão original. Nasáreas interiores da urbanização vamosconcluir as obras em falta ao nível dopavimento e na área infantil, plantar es-pécies arbóreas e colocar mobiliário ur-bano. E, portanto, esta é uma obra queestá orçamentada em 100 mil euros.Ainda este ano, queremos terminar a in-tervenção na praceta Dr. Simões Arrôs,com a conclusão da requalificação dosespaços verdes.

Sendo o eleito responsável pela coope-ração autárquica, não podemos deixarde abordar a relação do município comas juntas de freguesia. Como se articulao trabalho entre as autarquias locais?A lei das autarquias locais – a lei 75/2013 – definiu um conjunto de competên-cias para as autarquias, nomeadamentepara as juntas de freguesia, que não sãoexequíveis nas de pequena dimensão, comoé o nosso caso. Delegar competênciasnas juntas e não lhes atribuir os meiosnecessários para exercer essas mesmascompetências gera constrangimentosque só são ultrapassados com boa von-tade e pela excelente colaboração queexiste entre a câmara municipal e as jun-tas de freguesia, o que evita que os muní-cipes sejam os grandes penalizados pelaincongruência da lei. Nem a câmara mu-nicipal, nem as juntas de freguesia con-cordam com os valores descentralizadosnos contratos interadministrativos. Con-tudo, foram os acordos possíveis, aten-dendo também às dificuldades económi-co-financeiras. Entendemos nós que, as-sim que estiverem criadas outras condi-ções, estes valores devem ser exponencia-dos de modo a que as juntas de freguesiapossam exercer melhor as suas compe-tências e ter também um papel de regis-to significativo ao nível de investimento.

GRANDE PLANO

Com a colocação de iluminação LED [nopavilhão de Alcochete]haverá uma redução de mais de 60% na faturaenergética.

Vamos iniciar, brevemente,as obras de requalificaçãoda urbanização do Cerradinho da Praia II.

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14.inalcochete | junho 2016 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Quais as origens das festas de confra-ternização camponesa?As festas surgiram na década 70, atra-vés das cegadas (teatro cómico ou demaldizer). O Francisco Espadinha, quefazia parte desse teatro comprou, na al-tura, um gravador e, em tom de brinca-deira, a anteceder o seu aniversário gra-vou um anúncio das festas de S. Fran-cisco, havendo logo vozes que o quise-ram chamar à razão. E de uma brinca-deira passou para a realidade. Corria oano de 73 e o “Chico” Espadinha organi-zou as primeiras festas de São Francis-co, de uma forma simples, apenas comum conjunto musical. Em 74 aconteceuo 25 de abril mas em 75 voltaram a con-cretizar-se as festas. Durante meses pre-paravam-se as festas que se realizavamapenas na rua da Sociedade e eram asmulheres da terra que criavam os enfei-tes em papel. Tentámos recuperar umasérie de fotografias para que memóriasdas festas não se perdessem. Nos anos80, o então presidente da junta de fre-guesia, o senhor Parreira, criou os “Azuise Brancos”, um grupo de jovens que ti-nha como principal objetivo organizaras festas, o que veio dar um novo fôlegoàs mesmas, que perdurou até aos anos90. Depois em 2002 foi criada a associa-ção das festas de confraternização cam-ponesa e o Alfredo Ribeiro, que teve a co-ragem de criar a associação, é tambémoutro dos nomes importantes na histó-ria das festas. O ano passado homenageámos dozepessoas que contribuíram para a reali-zação das festas desde a sua criação.Homenageámos a “tia” Edeviges e o Vito-rino, o “Chico” Espadinha, o Alfredo Ribei-ro, a Maria de Fátima e outros elemen-tos dos “Azuis e Brancos”. Tentámosreunir várias gerações no palco e foi mui-to giro porque ninguém estava à espera!Este ano vamos repetir esta homenagem.

Atualmente quantas pessoas dão vidaa esta associação e como é que surgiua ideia de se tornarem “dirigentes” asso-ciativos?Informalmente falei com o anterior pre-sidente, o Rui Outeiro, e manifestei von-tade de organizar as festas, muito antesde ter um grupo de pessoas que pudes-se partilhar desta intenção. Só maistarde é que informei “a malta” que ha-via essa possibilidade e assim foi. Ini-cialmente eramos um grupo de catorze,neste momento, somos dez e temosmuito gosto em continuar com as fes-tas, tendo a perfeita noção que, se nãohouvesse esta carolice, tudo isto se per-deria.Cada direção tem um mandato de doisanos, mas, para nós o importante é orga-nizar com as festas o tempo que for ne-cessário para que as mesmas sejam aqui-lo que idealizámos. Este poderá ser osegundo de muitos anos até haver al-

guém que tenha o mesmo interesse evontade em dar continuidade às festas.

O que ambicionam melhorar?Tentámos melhorar um conjunto deaspetos. Chegámos a realizar na juntade freguesia uma sessão aberta à popu-lação para ouvirmos as várias opiniões.Começamos logo por abdicar de um diade festa, visto que as festas começavaminicialmente à sexta-feira e terminavamà terça, o que era um erro porque a fre-guesia é pequena e, assim, optámos porquatro dias de festa para melhorar aprogramação. Num espaço de dez anos,as festas decaíram muito e é assim que,na maioria dos casos se perdem as tra-dições. Queremos contrariar essa ten-dência com um melhor programa queatraia visitantes dos concelhos vizinhoscomo Montijo e a Moita e da freguesiado Pinhal Novo.

Quais os principais atrativos destaedição que decorre de 2 a 5 de junho?No panorama musical apostámos emtrês bons artistas. Quinta-feira teremosum espetáculo com Rebeca que é umaartista conhecida do público e poderáser um fator de atratividade. Na sexta-feira apostámos na Dina T. que traba-lhou com a Nuxa, e a fechar, no domin-go, teremos o Saúl que é cabeça de car-taz. No sábado, que é um dia com mui-ta afluência, será a noite da sardinhaassada e a gala de folclore, que recupe-

entusiasmo por parte das pessoas e, àsvezes, é assim que surgem as tradições.Ficou combinado que voltaríamos a as-sinalar o Dia do Associativismo destaforma, que resultou de algo informal,mas tendo como base a amizade que éo espírito da festa. E será novamente umdos momentos altos das festas!

Do que vive a associação de festas?Vive principalmente do apoio da câma-ra, sem o qual seria muito difícil reali-zar as festas. Sobrevive também da pu-blicação do programa das festas (atra-vés da publicidade) e realizamos sem-pre o peditório onde tanto os comercian-tes, como a restante população contri-buem muito e são uma grande ajuda. Depois, conseguimos fazer face aos restan-tes custos com a presença dos feirantes.

Em outubro realizam-se as festas emhonra de São Francisco de Assis. Comonasceu a ideia de organizar estas festas?Este ano será a terceira edição destasfestas, que vão decorrer de 7 a 9 deoutubro, e que são eminentemente reli-giosas mas que, mesmo assim vão inte-grar duas largadas. Em junho mantere-mos a missa mas a procissão só se rea-lizará em outubro. Falámos com opadre e propusemos realizar uma festa,no mês em que se assinala o dia de SãoFrancisco de Assis por que fazia todo osentido, diferenciar assim o religioso daconfraternização camponesa.

A AMIZADE É O ESPÍRITO DAS FESTASENTREVISTA A VÍTOR BENTO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DAS TRADICIONAIS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO CAMPONESA DE SÃO FRANCISCO

FESTAS. As tradicionais festas de confraternização camponesa de São Francisco abrem o calendário anual das festas do concelho. Nesta 42.ª edição, Vítor Bento partilhoumemórias das gentes locais que têm dado vida a estas festividades, assim como a vontade que a atual associação tem em recuperar autênticos momentos de expressão e confraternização camponesa como são a gala de folclore e o almoço camponês.

rámos o ano passado e este ano volta aestar em destaque na programação por-que faz todo o sentido, uma vez que asfestas são “de confraternização campo-nesa”, e teremos ainda a saída da cha-ranga. O ano passado realizámos tam-bém, pela primeira vez, o almoço cam-ponês que correu tão bem que, este ano,estamos à espera de uma maior partici-pação. Este ano vamos ter também umtoureio a pé, com dois novilhos puros,pela escola de toureio do Montijo, quevai ser algo diferente e o sunset vaca queterá algumas modificações. Vamos ternovidades, melhorámos outras ativida-des e tentámos inovar a pouco custo.

Como surgiu o conceito do almoço cam-ponês?O ano passado, o domingo das festascoincidiu com o dia do Associativismoe tivemos a ideia de sair com a charan-ga à tarde para uma ronda pelas coleti-vidades da freguesia. E pensámos reali-zar um almoço para a organização dasfestas, mas, de- cidimos “abrir” essealmoço à população, como se fosse umpiquenique, oferecido por nós. Falámoslogo com alguns co- merciantes que dis-ponibilizaram apoio imediato e, esteano, também já temos empresários quenos fazem questão de ajudar. À tarde,fizemos o périplo pelas sedes do clube,do rancho, do grupo motard e da socie-dade. Foram dois momentos com gran-de impacto, recebidos com um grande

i nMOVIMENTO

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MOVIMENTO

junho 2016 | inalcochete.15Informação da Câmara Municipal de Alcochete

JOVENS DO CONCELHO COMPETEM NOS JOGOS DO FUTURO 2016

CONCERTO DE ROCK LEVOUBANDAS JOVENS AO SAMOUCO

sta iniciativa pretende estimu-lar no espaço intermunicipal aprática desportiva, contribuirpara a afirmação do movimen-

to associativo popular e do poder local,no que respeita ao desenvolvimento des-portivo, e promover formas de organiza-ção, partilha de experiências, projetos eatividades desportivas de âmbito inter-municipal.As competições abrangem diferentes es-calões etários constituídos por jovens deambos os géneros nascidos entre 2000 e2004.Em colaboração com o Vulcanense FutebolClube, a autarquia organiza a competi-ção de ténis e a demonstração de karaté.As partidas de ténis vão realizar-se noscourts do complexo desportivo do Valbome do Grupo Desportivo Alcochetense, nodia 4 de junho, entre as 9h00 e as 18h00,nas quais vão participar jovens tenistasde Alcochete, Almada, Barreiro, Moita,Montijo, Seixal e Sesimbra. Na demonstração de karaté que se reali-za no mesmo dia, entre as 14h30 e as18h00, no pavilhão gimnodesportivo deAlcochete, estão inscritos jovens de Al-cochete, Moita e Palmela.

O concelho de Alcochete estará tambémrepresentado nas competições de futebol11, futebol 7, que decorrem no Caixa Fu-tebol Campus, no Seixal, de futsal, que serealizam no pavilhão municipal da Quin-ta do Conde, concelho de Sesimbra, e nata-

ção, na piscina municipal das Manteiga-das, em Setúbal. Na cerimónia de abertura dos jogos quevai decorrer, a 3 de junho, em Setúbal,vai participar a Associação de Danças Se-vilhanas Rocieras de Alcochete.

E

banda LyricalMinds vai repre-sentar o município de Alcoche-te no Festival Liberdade, noBarreiro, com atuação no dia

10 de junho, às 17h00, no palco da Paz.Este grupo foi apurado para participarno festival para a juventude, promovidopela Associação de Municípios da Regiãode Setúbal, no concerto em Samoucoque encerrou as comemorações do 25 deAbril e em que também participaram asbandas Persona 77, The Crying Grapes eSmash.Para a vereadora da Educação e Juventu-de, o concerto em Samouco “é uma ini-

ciativa que se impunha na programaçãopara a juventude”, uma vez que foi iden-tificada a necessidade “de criar espaçospara possibilitar que os jovens criadoresmostrem e partilhem os seus projetos”.Susana Custódio disse ainda que o obje-tivo da autarquia “é que 2016 seja o anode arranque para uma mostra de proje-tos musicais” e que está a ser projetada arealização de uma mostra de artes plás-ticas dirigida à juventude, iniciativas quedeverão assumir um caráter de continui-dade. Para a vereadora da Juventude, ofundamental é que "os jovens sintamque os autarcas estão próximos deles”.

A Entre os dias 17 e 19 de junho oFutebol Clube de São Franciscoorganiza a 2ª edição do torneio“Globalchance” em futsal, no pa-vilhão gimnodesportivo de Al-cochete, envolvendo cerca de 650atletas e técnicos, em representa-ção de 21 clubes de vários conce-lhos do país.Além do Futebol Clube de SãoFrancisco vão participar neste tor-neio as equipas do Sport Lisboa eBenfica, Sporting Clube de Portu-gal, C.F. Os Belenenses, Vitória deSantarém, C.R. Barroquense, Aca-demia F. Setúbal, José Mira Futsal,Quinta dos lombos, C.B. CharnecaCaparica, Leões de Porto Salvo, Es-toril Praia, AMSAC, Futsal Almei-rim, GR Vilaverdense, Valejas AC,Bombeiros do Pinhal Novo, Bom-beiros do Montijo e Bombeiros Sa-padores de Lisboa, nos escalões detraquinas, benjamins, iniciados, in-fantis, juvenis, juniores, seniores eveteranos.

FUTEBOL CLUBE DE SÃO FRANCISCOORGANIZA“GLOBALCHANCE” EM FUTSAL

APOSENTO DO BARRETE VERDEREATIVA GRUPO DEDANÇAS SEVILHANAS

A convite do Aposento do Barrete Ver-de um grupo de apaixonados pelasdanças sevilhanas reativaram o gru-po do Aposento, que se tivesse con-tinuado ativo faria este ano 25 anos. Sob orientação de Jorge Perinú, ogrupo tem atualmente 15 elementosque reavivou um grupo formado ini-cialmente em 1991, pelo então pre-sidente do Aposento, José Caninhas.“A recetividade ao nosso grupo temsido muito boa, não têm faltado con-vites para atuações e as próximas vãoser nas festas de São Francisco”, re-fere Jorge Perinú, que adiantou queas demonstrações que tem realiza-do nas escolas, a convite do agrupa-mento de Escolas de Alcochete têmtido sucesso, garantindo a entrada denovos elementos para o grupo.

ASSOCIAÇÃO DE PESCADORES INAUGURA NOVA SEDE

No próximo dia 4 de junho, às 16h00,a associação de pescadores de Alco-chete inaugura a nova sede, situadana rua do Norte, em Alcochete. Comnovas instalações, os pescadores deAlcochete têm, ao seu dispor, umasede com as condições necessáriaspara a realização de ações de forma-ção, convívios e outros eventos queconstem no plano de atividades. Para além da nova sede, neste dia, aassociação de pescadores vai tambéminaugurar uma embarcação que, se-gundo o presidente da associação,Fernando Rei, será batizada de “Baía”,em homenagem ao antigo tesourei-ro, Carlos Baía. Com lotação para 7pessoas, esta embarcação vai asse-gurar o transbordo dos pescadorespara as suas embarcações. A associação de pescadores concluiassim uma etapa que teve início coma apresentação de uma candidatura,ao abrigo do PROMAR – ProgramaOperacional de Pesca. A candidatu-ra foi aprovada e financiada na suatotalidade, permitindo a requalifica-ção da sede e a aquisição da embar-cação, duas ações que vão propor-cionar mais condições para a ativida-de desenvolvida pela associação.

DESPORTO. Alcochete vai participar na edição 2016 dos Jogos do Futuro, que se realizade 3 a 5 de junho, numa organização conjunta das câmaras municipais da região de Setúbal, movimento associativo popular e associações distritais das modalidades aderentes.

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DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIADE 6 DE JANEIRO DE 2016LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presi den -te da Câ ma ra Municipal do concelho de Al -co chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setem-bro, na reunião ordinária, realizada em 6 dejaneiro de 2016, foram aprovados os seguintesassuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Ratificação do despacho do Sr. Presidente daCâmara, datado de 15 de dezembro de 2015,relativo à decisão de declarar a caducidade doAlvará de Obras de Construção n.º 85/2007 ede exercer a faculdade de ser a Câmara Mu-nicipal a promover a realização das obras deurbanização associadas ao referido alvará porconta do titular do mesmo, acionando a cau-ção destinada a garantir a boa e regular execu-ção das mesmas, ao abrigo das disposiçõesconjugadas dos n.os 3 e 4 do art.º 71.º e no n.os1 e 3 do art.º 84.º do Decreto-Lei n.º 136/2014,de 9 de setembro;

› Aprovação do projeto de Declaração de Re-conhecimento do Interesse Público Municipalno licenciamento das obras de alteração e deampliação das instalações da empresa Hor-tícolas Saturnino, Lda., sitas na Estrada Muni-cipal 1004, no lugar do Pinheiro do Marco, naFreguesia de Alcochete, para efeitos do proce-dimento de regularização no âmbito do De-creto-Lei n.º 165/2014, de 5 de novembro – Re-metido à Assembleia Municipal;

› Emissão de parecer relativo à constituição decompropriedade em prédios rústicos – Reque-rimento n.º 3325/SGD, de 9 de dezembro e re-querimento n.º 3397/SGD, de 16 de dezembro;

› Ratificação do Despacho n.º 51/15 – Proto-colo Plurianual entre o Município de Alcochetee a Lusoponte SA;

› Ratificação do Despacho nº 52/15 – 10.ªAlteração às Grandes Opções do Plano de2015 – PPI e AMR’S;

› Ratificação do Despacho nº 53/2015 – 10.ª Al-teração ao Orçamento de 2015;

› Atribuição de medalhas.

Propostos pelo senhor vereador José LuísAlfélua:› Empreitada de “Execução de Brasão em Cal-çada à Portuguesa” Proc. N.º I-02/15.

Proposto pela senhora vereadora SusanaCus tó dio:› Nomeação do Representante do Município

na CPCJ – Comissão de Proteção de Crianças eJovens;

› Aceitação de Doação de frigorífico para a Es-cola EB1/JI do Passil;

› Celebração de Protocolo de Parceria com aAssociação Doggy Clube.

Proposto pela senhora vereadora RaquelPrazeres:› Doação de instrumento musical à Banda daSociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898;

› Feira Quinhentista – Normas de Participação;

›Denúncia do Protocolo de Colaboração entrea Fundação João Gonçalves Júnior e o Mu-nicípio de Alcochete para utilização das Salinascomo Núcleo Museológico.

E, para constar, se lavrou o presente edi tal eou tros de igual teor que vão ser afi xados noslugares pú bli cos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Admi-nis tração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 8 de janeiro de 2016

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIADE 20 DE JANEIRO DE 2016LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presi den -te da Câ ma ra Municipal do concelho de Al -co chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setem-bro, na reunião ordinária, realizada em 20 dejaneiro de 2016, foram aprovados os seguintesassuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Ratificação do despacho do Sr. Presidente daCâmara, datado de 6 de janeiro de 2016, relati-vo à modificação do “Contrato de concessãode uso privativo” de parcela dominial sita naavenida D. Manuel I, celebrado entre o Mu-nicípio de Alcochete e a empresa “Alcache Bar– Hoteleiros, Lda.”;

› Ratificação do Despacho n.º 1/2016 – 1.ª Al-teração ao Orçamento de 2016;

›Ratificação do Despacho n.º 2/2016 – Encargosrelativos à gestão das despesas com Pessoal.

Propostos pela senhora vereadora Raquel Pra- zeres:› Alienação de sucata;

› Regulamento de Fundos de Maneio;

› Constituição de Fundos de Maneio.

Proposto pelo senhor vereador Vasco Pinto:› Voto de Louvor ao Grupo de ForcadosAmadores de Alcochete e a Marcelo Lóia, cabodo Grupo de Forcados Amadores do Aposentodo Barrete Verde de Alcochete pelos desem-penhos na Temporada Tauromáquica de 2015– Remetido à Assembleia Municipal para co-nhecimento.

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Admi- nis tração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 21 de janeiro de 2016

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIADE 3 DE FEVEREIRO DE 2016LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presi den -te da Câ ma ra Municipal do concelho de Al -co chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setem-bro, na reunião ordinária, realizada em 3 de feve-reiro de 2016, foram aprovados os seguintesassuntos:

Propostos pelo senhor Presidente:› Retificação aos valores constantes do anexo Ido Acordo de Colaboração com a FundaçãoJoão Gonçalves Júnior visando a implementa-ção da CAF do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo doEnsino Básico no concelho de Alcochete.

› Obras de conservação necessárias à manu-tenção da segurança, salubridade e arranjoestético do prédio sito na rua D. Nuno ÁlvaresPereira n.os 5 e 7, freguesia de Alcochete:1. Homologação da nomeação dos técnicos edo auto de vistoria ao prédio;2. Ordem de execução das obras de conserva-ção;3. Acionamento das medidas de tutela delegalidade urbanística e tributárias.

› Pedido de receção provisória das obras deurbanização realizadas no âmbito do Alvará deObras de Construção e de Urbanização n.º 12/2015:1. Homologação do auto de vistoria;2. Ordem de correção das deficiências nasobras de urbanização assinaladas no auto devistoria.

› Reuniões descentralizadas para o ano de 2016.

Proposto pela senhora vereadora SusanaCustódio:› Isenções e reduções de pagamento de taxaspara o Movimento Associativo.

Atribuição de apoio financeiro – Proposto pelasenhora vereadora Susana Custódio:› Organização de Reformados, Pensionistas eIdosos da Freguesia do Samouco - €816,00 (oi-tocentos e dezasseis euros).

E, para constar, se lavrou o presente edi tal eou tros de igual teor que vão ser afi xados noslugares pú bli cos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Admi-nis tração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 4 de fevereiro de 2016

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIADE 17 DE FEVEREIRO DE 2016LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presi den -te da Câ ma ra Municipal do concelho de Al -co chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setem-bro, na reunião ordinária, realizada em 17 defevereiro de 2016, foram aprovados os seguintesassuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Autorização prévia no âmbito da Lei dosCompromissos – Prestação de serviços de alu-guer operacional de 3 viaturas por 48 meses –Repartição de Encargos – Retificação – Reme-tido à Assembleia Municipal;

› Obras de demolição e limpeza do terreno,necessárias à correção das condições de segu-rança e salubridade do prédio sito na travessaHélder Martins n.º 12 e rua do Norte, freguesiade Samouco:1. Homologação da nomeação dos técnicos edo auto de vistoria ao prédio;2. Licenciamento, execução das obras de de-molição e limpeza do terreno;3. Acionamento das medidas de tutela de le-galidade urbanística.

Propostos pelo senhor vereador José LuísAlfélua:› Empreitada de “Reformulação do arranjo pai-sagístico da praça Dr. Manuel Simões Arrôs” –Proc. N.º I-01/16;

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junho 2016 | inalcochete.17Informação da Câmara Municipal de Alcochete

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALCOCHETE

DELIBERAÇÕES DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 29 DE FEVEREIRO DE 2016FERNANDO MANUEL CATUM LEIRIA, Presidente da Assem-bleia Municipal do Concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 do artigo 56.ºda Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, na sessão ordinária reali-zada em 29 de fevereiro de 2016, foram aprovados os seguintesassuntos:

› Moção apresentada pela CDU sobre o “Dia Internacional daMulher” – Aprovada por maioria, com 17 votos a favor (CDU e2 PS); 4 abstenções (2 PS e 2 CDS-PP); 3 votos contra (1 CDS-PPe 2 PSD).

› Voto de Louvor ao Grupo de Forcados Amadores de Alco-chete e a Marcelo Lóia, cabo do Grupo de Forcados Amadoresdo Aposento do Barrete Verde de Alcochete e pelos desempe-nhos na temporada tauromáquica de 2015 – Aprovado porunanimidade.

› Autorização prévia no âmbito da Lei dos Compromissos –Prestação de Serviços de Aluguer Operacional de 3 Viaturaspor 48 meses – Repartição de Encargos – Retificação – Apro-

vado por maioria, com 17 votos a favor (15 CDU e 2 CDS-PP); 5abstenções (4 PS e 1 CDS-PP) e 2 votos contra do PSD.

› Aprovação do Projeto de Reconhecimento do Interesse Pú-blico Municipal no licenciamento das obras de alteração e deampliação das instalações da empresa Hortícolas Saturnino,Ld.ª, sitas na Estrada Municipal 1004, no lugar do Pinheiro doMarco, na freguesia de Alcochete, para efeitos do procedi-mento de regularização no âmbito do Decreto-Lei n.º165/2014, de 5 de novembro – Aprovado por unanimidade.

› Retificação aos valores constantes do Anexo I do Acordo deColaboração com a Fundação João Gonçalves Júnior, visandoa implementação da CAF do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo doEnsino Básico no concelho de Alcochete – Aprovado pormaioria, com 21 votos a favor (CDU, PS e CDS-PP) e 2 absten-ções do PSD.

› Modificação dos Acordos de Execução para a Delegação deCompetências da Câmara Municipal de Alcochete nas Juntas deFreguesia de Alcochete, Samouco e S. Francisco – Aprovadospor maioria, com 22 votos a favor (CDU, PS e CDS-PP) e 2 abs-tenções do PSD.

› Protocolo de Delegação de Competências entre o Municípioe a Área Metropolitana de Lisboa, com a natureza de contratointeradministrativo, outorgado nos termos previstos nos arti-gos 6.º n.º 2 e 10.º do Regime Jurídico do Sistema Público deTransporte de Passageiros, conjugado com o disposto nosartigos 116.º a 123.º e 128.º a 130.º da Lei n.º 75/2013, de 12 desetembro – Aprovado por unanimidade.

› Foi rejeitada por maioria, uma Saudação à “Eleição do Prof.Dr. Marcelo Rebelo de Sousa” bem como uma Moção sobre “Construção do Aeroporto Complementar de Lisboa na BaseAérea N.º 6”.

E, para constar, se lavrou o presente Edital e outros de igualteor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Administração e Ges-tão de Re cur sos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 1 de março de 2016O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA,

Fernando Manuel Leiria

› Modificação do “Acordo de execução para adelegação de competências da Câmara Muni-cipal de Alcochete na Junta de Freguesia deAlcochete – Remetido à Assembleia Municipal;

› Modificação do “Acordo de execução para adelegação de competências da Câmara Muni-cipal de Alcochete na Junta de Freguesia deSamouco – Remetido à Assembleia Municipal;

› Modificação do “Acordo de execução para adelegação de competências da Câmara Mu-nicipal de Alcochete na Junta de Freguesia deS. Francisco – Remetido à Assembleia Municipal.

Proposto pela senhora vereadora Susana Cus-tódio:› Apoio no âmbito do Torneio Internacional deConcurso Completo de Equitação Barrocad’Alva 2016.

Atribuição de apoio financeiro – Propostopela senhora vereadora Susana Custódio:› Comissão de Reformados da Freguesia de Al-cochete - €900,00 (novecentos euros).

Proposto pela senhora vereadora RaquelPrazeres:› Apoio à CERCIMA no âmbito do espetáculocom a Academia Dance Fusion.

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Admi- nis tração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 18 de fevereiro de 2016

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIADE 24 DE FEVEREIRO DE 2016LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presi den -te da Câ ma ra Municipal do concelho de Al -co chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setem-bro, na reunião extraordinária, realizada em 24 defevereiro de 2016, foi aprovado o seguinte assunto:

Propostos pelo senhor vice-presidente:› Protocolo de Delegação de Competênciasentre o Município e a Área Metropolitana deLisboa, com a natureza de contrato Interadmi-nistrativo, outorgado nos termos previstos nosartigos 6.º, n.º 2 e 10.º do Regime Jurídico doSistema Público de Transporte de Passageiros,conjugado com o disposto nos artigos 116.º a123.º e 128.º a 130.º da Lei n.º 75/2013, de 12

de setembro – Mais foi deliberado remeter àAssembleia Municipal.

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Admi-nis tração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 25 de fevereiro de 2016

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIADE 02 DE MARÇO DE 2016LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presi den -te da Câ ma ra Municipal do concelho de Al -co chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro,na reunião ordinária, realizada em 02 de marçode 2016, foram aprovados os seguintes assuntos:

Propostos pelo senhor vice-presidente:› Ratificação do Despacho n.º 5/2016 – 1.ª Alte-ração às Grandes Opções do Plano de 2016 –PPI e AMRS;

› Ratificação do Despacho n.º 6/2016 – 2.ª Al-teração ao Orçamento de 2016;

› Aprovação dos termos e condições do Acor-do de Colaboração para a Plataforma Local deOperacionalização e Gestão de Reserva Natu-ral do Estuário do Tejo/ Paisagem ProtegidaLocal do Açude da Agolada / Paisagem Prote-gida Local do Açude do Monte da Barca para aimplementação da marca Natural.PT;

› Tomada de Posição “Por mais e melhores cui-dados de saúde no concelho de Alcochete”.

Atribuição de apoio financeiro:› Agrupamento de Escolas de Alcochete: €350,00.

Proposto pela senhora vereadora Raquel Pra -zeres:› Alienação de sucata – Análise da proposta;

› Alienação de viatura usada.

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Admi-nis tração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 04 de março de 2016

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIADE 16 DE MARÇO DE 2016LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presi den -te da Câ ma ra Municipal do concelho de Al -co chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setem-bro, na reunião ordinária, realizada em 16 demarço de 2016, foram aprovados os seguintesassuntos:

Propostos pelo senhor Presidente:› Pedido de receção provisória das obras deurbanização realizadas no âmbito do Alvará deobras de construção e de urbanização n.º12/2015:1. Homologação do auto de receção provisória;2. Redução da caução.

Propostos pela senhora vereadora Raquel Pra-zeres:› Processo Disciplinar 2/2015.

› Apoio à realização da Festa do “Círio dos Ma-rítimos” de Alcochete.

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Admi- nis tração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 17 de março de 2016

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIADE 30 DE MARÇO DE 2016LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presi den -te da Câ ma ra Municipal do concelho de Al -co chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setem-bro, na reunião ordinária, realizada em 30 demarço de 2016, foram aprovados os seguintesassuntos:

Propostos pelo senhor Presidente:› Ratificação do Despacho n.º 9/16 – 2.ª Alte-ração às Grandes Opções do Plano de 2016 –PPI e AMR’S;

› Ratificação do Despacho n.º 10/2016 – 3.ª Al-teração ao Orçamento de 2016.

Propostos pela senhora vereadora SusanaCustódio:› Assinatura da Carta de Compromisso – Cida-de dos Afetos – Ratificação;

›Celebração de Protocolo com Cereja Aventura.

Proposto pela senhora vereadora RaquelPrazeres:› Alienação de viatura usada – Análise das pro-postas.

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Admi-nistra ção e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 1 de abril de 2016

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIADE 13 DE ABRIL DE 2016LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presi den -te da Câ ma ra Municipal do concelho de Al -co chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro,na reunião ordinária, realizada em 13 de abril de2016, foram aprovados os seguintes assuntos:

Proposto pelo senhor Presidente:› Prestação de Contas de 2015 e Relatório deGestão de 2015 – Remetido à Assembleia Mu-nicipal.

Propostos pela senhora vereadora SusanaCustódio:› Isenção do pagamento de taxas – AssociaçãoCultural e Desportiva da Comissão de Mora-dores do Bairro 25 de Abril;

›Normas para Concurso de “Bandas Amadorasdo Concelho de Alcochete”.

Proposto pelo senhor vereador Jorge Giro:› Isenção de tarifa de resíduos sólidos urbanos(RSU) – ano 2016 – Freeport Leisure Portugal, SA.

Atribuição de apoios financeiros – Propostospela senhora vereadora Raquel Prazeres:› Grupo Desportivo da Fonte da Senhora -€75,00 (setenta e cinco euros);

› Rancho Folclórico “Os Camponeses de S.Francisco” - €75,00 (setenta e cinco euros).

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.E eu, Cláudia Santos, chefe da Divisão de Admi-nistração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 15 de abril de 2016

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

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18.inalcochete | junho 2016 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

na Brandão tomou posse no lugar de deputada pela CDU e o deputado Sérgio Duarte foi eleito, por escrutínio secreto, com 18 votos afavor e 4 em branco, 2.º secretário da mesa da assembleia, em substituição de Sónia Ramos, que pediu a suspensão do mandato por umperíodo de oito meses.No período de perguntas ao Executivo, a deputada Natacha Patinha solicitou informações sobre a privatização da Simarsul.Na discussão do voto de pesar pelos atentados em Bruxelas, apresentado pelo CDS/PP, o deputado Fábio Bernardo disse que faltava elencar

as verdadeiras razões dos atentados e que a bancada da CDU concordava com o voto de pesar, exceto quando se refere a “uma solução político/eco-nómica e militar” e perguntou se a defesa da soberania implica fechar as fronteiras e voltar as costas a quem precisa de ajuda e que a CDU estavade acordo que se deviam tomar medidas políticas.A deputada Natacha Patinha apresentou a moção “40 Anos da Constituição da República Portuguesa” e disse que a Constituição é um texto que deveser lido por todos.O presidente da assembleia municipal destacou que a Constituição portuguesa é um dos textos mais progressistas do mundo e lembrou que o CDSfoi o único partido que votou contra a Constituição, tendo o PSD aprovado à última hora.Fábio Bernardo manifestou orgulho pelo facto do PCP ter votado a favor da Constituição e de sempre a ter defendido desde 1976 e questionou seas alterações à Constituição não contribuíram para favorecer o grande capital e retirar o maior número possível de direitos aos trabalhadores.O presidente da junta de freguesia de Samouco recordou ter estado na Assembleia da República aquando da aprovação da Constituição em 1976.A moção “40 Anos da Constituição da República Portuguesa” foi aprovada com 22 votos a favor pelas bancadas da CDU, PS e CDS/PP, tendo a ban-cada do PSD votado contra.Na discussão da moção “25 de Abril” apresentada pela CDU, em resposta ao deputado do PSD, Luiz Batista, o presidente da assembleia municipalreferiu que a assembleia é um órgão político e que não é possível retirar da moção frases que são políticas. A deputada Paula Pereira disse que defen-der o 25 de Abril é não praticar as políticas que o governo do PSD/CDS realizaram nos últimos quatro anos. Para a deputada, o 25 de Abril defen-de-se todos os dias e por isso a bancada da CDU não está disponível para fazer qualquer alteração à moção que foi aprovada com 15 votos favoráveisda CDU (15) e 4 do PS e 3 abstenções do CDS/PP e 2 do PSD.Já no período da ordem do dia, na discussão da “Prestação de Contas e Relatório de Gestão de 2015”, Fábio Bernardo salientou que a gestão muni-cipal de Alcochete é um exemplo para o Governo uma vez que foi possível recuperar sem despedimentos, sem privatizações, sem venda de patri-mónio e sem troika.O deputado Henrique da Câmara perguntou ao deputado do PSD, Luiz Batista, onde poderia a câmara arrecadar verbas se não fosse através dosimpostos diretos e felicitou o executivo municipal porque os números da Prestação de Contas e Relatório de Gestão 2015 são excelentes.A “Prestação de Contas de 2015 e o Relatório de Gestão de 2015” foram aprovados com 15 votos favoráveis da CDU e as abstenções do PS, CDS/PP e PSD.A bancada da CDU apresentou uma declaração de voto.

o período de perguntas e assuntos relevantes à câmara, Iolanda Nunes solicitou esclarecimentos quanto às diferenças entre água distri-buída e consumida e o fornecimento de dados em metros cúbicos relativos aos gráficos que caraterizam o setor em 2016.A deputada questionou em que medida o espaço de estacionamento público em frente ao restaurante situado no largo da Feira emAlcochete não afeta a segurança de quem utiliza a esplanada desse restaurante.Solicitou ainda informação prévia em relação à inserção de conteúdos na página da assembleia.

Na análise do ponto “Prestação de Contas e Relatório de Gestão de 2015”, Iolanda Nunes solicitou esclarecimentos quanto às rubricas de doações,promoção da saúde e dívidas a terceiros e criticou a falta de cuidado na redação dos documentos e na aplicação do acordo ortográfico.

Bancada do Partido Socialista

Bancada do PartidoSocialDemocrata

A Prestação de Contas e Relatório de Gestão de 2015, apresentados pela câmara municipal, constituiu o principal ponto da reunião da Assembleia Municipal que se realizou a 21 de abril, em Alcochete.

Bancada da Coligação Democrática Unitária

o período destinado a perguntas ao executivo, Luiz Batista criticou o funcionamento dos relógios astronómicos e perguntou a quem per-tence a jurisdição do terreno da ex-Dragapor, que está a ser alvo de degradação e vandalismo e provoca má vizinhança. Perguntou aindaquantas viaturas da câmara tinham sido abatidas na sequência da vinda de três novas viaturas para o município.Na discussão do voto de pesar em relação aos atentados em Bruxelas, Luiz Batista disse que o combate ao terrorismo é muito difícil eque a posição da bancada do PSD é de solidariedade com o voto de pesar da bancada do CDS/PP.

Na discussão da moção “40 Anos da Constituição da República Portuguesa”, Luiz Batista lembrou que o PSD ajudou à sua elaboração, questionou osignificado da expressão “avanços da contra revolução” constante na moção e disse não poder de maneira nenhuma concordar com o que nela vemexpresso.Em relação à moção “25 de Abril”, Luiz Batista sugeriu a alteração de alguns pontos da moção que, na sua opinião, não reflete o fenómeno da liber-dade e da democracia.Na discussão da “Prestação de Contas e Relatório de Gestão 2015”, Luiz Batista disse que as contas da câmara não são um motivo de satisfação, des-tacou o aumento das receitas ao nível do fornecimento de água, saneamento, RSU, IMI, IRS e derrama e defendeu a adoção de medidas como o IMIFamiliar.Para Luís Batista, a câmara mantém uma situação muito gravosa em relação aos pequenos fornecedores e continua a existir despesismo.A bancada do PSD apresentou uma declaração de voto em relação à votação da “Prestação de contas e relatório de gestão 2015”.

i nPLURAL

A

N

o período reservado à apresentação de moções e votos de pesar, Pedro Canteiro leu um voto de pesar pelos atentados em Bruxelas.A deputada Patrícia Figueira explicou que a interpretação do voto de pesar devia ser no sentido da defesa da soberania dos estados e dadefesa dos valores que orientaram a construção da União Europeia e não no sentido bélico.Pedro Canteiro esclareceu que, com o voto de pesar, se pretende condenar o ato de terrorismo em Bruxelas, o que não tem nada a ver coma questão dos refugiados.

Na discussão do ponto “Prestação de Contas e Relatório de Gestão de 2015”, o deputado Pedro Canteiro considerou interessante a câmara ter tidoum resultado positivo e ter equilibrado as receitas com as despesas, mas lamentou que as receitas venham dos impostos diretos. Considerou a der-rama outro aspeto interessante pois significa que as empresas do concelho estão a dar lucro, reflexo da boa anterior gestão nacional.O deputado disse que apesar da receita ter aumentado, isso não teve reflexos na vida do município pois mantêm-se os edifícios e os espaços públicosdegradados, as ruas e jardins sujos, as estradas, acessos pedonais e caminhos muito degradados.O deputado João Lopes solicitou mais esclarecimentos em relação à verba de €20.000 transferida para o agrupamento de escolas de Alcochete e per-guntou se este valor representa a totalidade das verbas transferidas para esta entidade e que percentagem representa em relação às transferênciasdo Ministério da Educação para a autarquia.Em relação à derrama, o deputado enalteceu as políticas do anterior governo porque a economia se desenvolveu e as empresas tiveram maioreslucros e perguntou se o executivo camarário tem intenção de criar dinâmicas para a atração de novas empresas para o concelho.

N

N

Por questões de paginação, não estão aqui explanadas as intervenções na íntegra dos deputados municipais, nem todas as votações realizadas. Para consultar todasas propostas que estiveram em votação, assim como as declarações de voto e moções deve aceder ao site institucional do Município (www.cm-alcochete.pt), no menu Assembleia Municipal.

Bancada do CDS/Partido Popular

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junho 2016 | inalcochete.19Informação da Câmara Municipal de Alcochete

edeada no Rego da Amoreira,em Alcochete, a Floragri é umaempresa do Grupo Alfeu Au-gusto Gonçalves “que foi cria-

da há 25 anos para autonomizar a ativi-dade da floricultura da exploração agrí-cola”, diz Marina Gonçalves, uma dasgestoras da empresa.O grupo foi fundado por Alfeu AugustoGonçalves e Lucinda dos Anjos Mendesdos Santos há 40 anos e a empresa é ge-rida atualmente por Alfeu Gonçalves, Ma-rina Gonçalves e Maria José Gonçalves.A estratégia da empresa, que em 2015registou um volume de vendas de cercade 1,2 milhões de euros, “assenta nadiversificação da produção de flores decorte, produzidas em estufa e ao ar li-vre, com o objetivo de satisfazer ao má-ximo as necessidades dos clientes, paraos quais importa em pequena escala va-riedades de flores que não são produzi-das em Portugal”, refere Marina Gonçalves.Com exportações pontuais para Espa-nha, a produção da Floragri é vendidaatravés de retalhistas para todo o país ea floristas da região de Lisboa e zonascentro e sul, escoando cerca de 10% daprodução no Mercado Abastecedor deLisboa.“Produz-se quase tudo o que é vendidoem termos ornamentais e que o merca-

do absorve, incluindo folhagens de cor-te e complemento de flor”, diz Rui Al-garvio, responsável técnico e agrário daempresa. A empresa tem 45 trabalhado-res e no pico da produção atinge umaárea cultivada de 20 hectares.A gerbera é a principal flor produzidaem cerca de três hectares, destacando-setambém o cultivo de cravos em doishectares de terreno. Durante todo o ano

são produzidas espécies como cravina,solomio, barbatus, rosas, gladíolos, gyp-sopyila, bocas de lobo, girassol, estrelí-cias, limónio, statice, solidago, margari-das, crisântemos, lilium, green wick ealstroemeira e uma enorme variedade defolhagens e ornamentais: araleas, mons-tera, fetus, aspidistra, espargo, pinheiri-nho e ruscus.Sazonalmente, a Floragri cultiva também

numerosas espécies, entre as quais fré-sias, tulipas, lírios, brássicas, flor de cerae lisianthus e aposta em introduzir nomercado novas flores e ornamentos comoas craspédia, trachelium, amaranthus emolucela.“Nos últimos anos tem havido um de-créscimo do consumo, situação que temacompanhado quase todos os setoresde atividade, mas existe uma tentativade melhorar as técnicas utilizadas parase conseguir melhores produções. Ospreços de venda a retalho das florestambém não sofreram evolução nos últi-mos 10 anos e os custos de produçãoaumentaram”, salienta aquele responsá-vel, referindo que os custos energéticostêm um peso e são um problema gravepara o setor.Apesar dos constrangimentos que a eco-nomia do país trouxe ao setor, a Floragritem acompanhado a evolução tecnológi-ca. “Há novas técnicas de produção cadavez mais vantajosas em termos da ren-tabilidade e da melhoria do ambiente enós temos acompanhado essa evoluçãotecnológica (…) Falo nomeadamente dahidroponia, a produção sem solo emvasos com substrato e outras inovaçõesao nível da produção. Também ao níveldo controlo de pragas há inovações tec-nológicas que se têm aplicado, comopor exemplo, a introdução da luta bioló-gica com a redução da aplicação de fito-fármacos com o objetivo de obter cadavez mais e melhores produções”, dizRui Algarvio.As infraestruturas são outra área de in-vestimento para a empresa. “O que nóstemos feito é tentar reabilitar as estufasque já têm uma certa idade”, afirma o téc-nico, para quem o setor tem vontade dese modernizar mais e criar mais empregose se verificar um aumento da procura.

i nEMPRESARIAL

FLORICULTURA. A Floragri Lda é uma empresa do setor da floricultura que utiliza técnicas inovadoras como a hidroponia e a luta biológica na produção de flores.

FLORAGRI PRODUZ FLORES PARA TODO O PAÍS

S

SOCIEDADE AGRÍCOLA PINHEIRO DA CRUZ MANTÉM TRADIÇÃO FAMILIAR

ropriedade da família Andra-de, a Sociedade Agrícola Pi-nheiro da Cruz Lda tem a suasede no concelho de Alco-

chete, no Pinheiro da Cruz e desenvol-ve a sua atividade nos setores agrícolae da floricultura.“A floricultura é um negócio familiar,iniciado há mais de 50 anos pelo avôJustino dos Santos, um dos pioneirosda atividade em Portugal que se ini-ciou com o cultivo de flores na zonado Cacém, que depois vendia nas ruasde Lisboa”, refere Manuel Andrade,proprietário e gerente da empresa.O negócio evoluiu e a necessidade deterrenos mais adequados à floricultu-ra levou a família a deslocar-se para azona da Moita e depois para Alcocheteonde já estão há mais de 40 anos.

Manuel Andrade, que também se dedi-ca à agricultura e é sócio da Primohorta,

está neste momento a cumprir a tradi-ção familiar da passagem da atividade

de produção de flores para a respon-sabilidade do seu filho, Paulo Andrade.A Sociedade Agrícola Pinheiro da Cruzproduz flores de corte e ornamentosde flor durante todo o ano em estufa:cravos, rosas, gerberas, cravinas, vivaz,antúrios, waxflower, ruscus, eucalipto,espargo e girassol, produções que de-pois vende no Mercado Abastecedorda Região de Lisboa, a floristas locali-zadas na capital e na própria explora-ção. Em 2015 vendeu 780.000 florespara o mercado interno.Com 12 trabalhadores e capacidadepara alargar a produção de flores a umaárea total de quatro hectares, a pers-petiva de mais investimento na empre-sa depende, segundo Manuel Andrade,da procura que está muito condiciona-da pelo reduzido poder económicodas famílias, a que se somam os eleva-dos custos de exploração e a concor-rência do mercado externo.

PFLORICULTURA. A Sociedade Agrícola Pinheiro da Cruz é uma empresa familiar que vende flores na região da Grande Lisboa.

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20.inalcochete | junho 2016 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

s unidades industriais de seca-gem e salga de bacalhau ini-ciaram a sua laboração em Al-cochete nos anos 40 e 50 do

século XX nos Moinhos da Praia, hojePraia dos Moinhos, na sequência davenda de terrenos baldios camarários.A decisão de instalar estas indústriassurgiu em 1941 com os requerimentosdas empresas interessadas em adquiriros terrenos, investimentos que a câ-mara municipal de Alcochete conside-rou então serem “uma necessidade vi-tal” para o concelho, dado que as prin-cipais atividades económicas no muni-cípio se restringiam à agricultura, em de-cadência, à safra do sal e ao tráfego no rio.A Bacalhau de Portugal, a Empresa Co-mercial e Industrial de Pesca (Pescal) ea Sociedade Nacional dos Armadores doBacalhau (SNAB) iniciaram assim ativi-dade em Alcochete, concelho que se tor-nou o maior centro nacional de seca-gem e preparação de bacalhau.O trabalho nas secas era muito duro eassegurado maioritariamente por mu-lheres vindas do norte do país, comdestaque para os distritos de Aveiro eViseu, mão-de-obra que já estava habi-tuada a trabalhar nesta indústria. Namaioria dos casos deslocavam-se sazo-nalmente para Alcochete e muitas aquicasaram e constituíram família. Nas se-cas trabalhavam poucas mulheres doconcelho de Alcochete por ser um tra-balho muito pesado e mal remunerado.As duras condições de trabalho que pro-vocavam doenças e acidentes justifica-vam a existência do serviço de enferma-gem e de médico nas secas, que tam-bém dispunham de dormitórios e refei-tórios que confecionavam os alimentos

i nENCANTOS & HISTÓRIA

SECAS DO BACALHAU: MEMÓRIAS DA INDUSTRIALIZAÇÃO EM ALCOCHETEINDÚSTRIA. Em meados do século XX, a instalação das secas do bacalhau em Alcochete representou a primeira industrialização do concelho e deu emprego a centenas de trabalhadores vindos de váriospontos do país, na sua maioria mulheres que contribuíram para mudar a demografia do concelho.

levados pelos trabalhadores. A seca daSNAB tinha ainda uma creche.No âmbito do plano de memórias do tra-balho, realizado pelo museu municipalde Alcochete em 2011 e 2012, foramentrevistados 22 ex-trabalhadores dastrês secas de bacalhau em Alcochete,dos quais 17 do sexo feminino, commédia de idades de 68 anos, 73% com afunção de manipuladoras de bacalhaue uma média de 18,5 anos de serviço.Segundo estes testemunhos, 59% consi-deraram o trabalho nas secas como umamudança de vida para melhor, sendo que36% são de opinião contrária e uma lar-

ga maioria (91%) considerou o trabalhomal pago, realidade que constituiu a prin-cipal razão para realização de greves.Apesar da dureza e das más condiçõesde trabalho (há quem fale em trabalhode escravo), 77% dos entrevistados ma-nifestaram gosto pelo trabalho que exe-cutavam porque era um meio de susten-to para a família e o ambiente era, ape-sar de tudo, alegre e de franca camara-dagem entre as trabalhadoras.Rosa Marques, nascida em 1941 na Ga-fanha da Encarnação (Aveiro) e residen-te em Alcochete dá-nos conta da sua ex-periência laboral: “Lavava estendia ba-

calhau, fazia os fardos e andava a carre-gar o peixe nos carrinhos fora e dentro,um trabalho difícil, em que o bacalhauera inicialmente lavado à mão e em quese trabalhava muitas horas por dia. Eraum trabalho duro e ganhávamos pouco(…) Só começámos a ganhar mais de-pois do 25 de abril”, diz.As mulheres chegavam a carregar umapadiola de cem quilos de bacalhau e far-dos de sessenta quilos para empilharna câmara frigorífica e algumas até par-ticiparam nas descargas do bacalhau.Não havia calçado nem vestuário ade-quados às condições de trabalho.Também no início da atividade nas se-cas, muito do trabalho extraordinário queera feito não tinha compensação econó-mica e não havia subsídio de férias, con-dição alterada após o 25 de Abril. Aolongo dos anos, os salários evoluíramde 1 escudo por dia até aos 70 mil escu-dos por mês, na categoria de manipula-doras.Do mesmo modo, as condições de tra-balho foram gradualmente melhoradasao longo do tempo, desde a lavagem dobacalhau com recurso a máquinas, à uti-lização de maquinaria para transportedo bacalhau para os estendais ao ar li-vre e à paragem momentânea do fun-cionamento das câmaras frigoríficas paracolocar e retirar o bacalhau.Contudo, a indústria de transformaçãodo bacalhau foi paulatinamente defi-nhando em Alcochete. A SNAB, que che-gou a empregar 250 pessoas, encerrouem 1992 e a Pescal laborou de 1945 aoinício da década de 60, chegando a em-pregar 180 pessoas. Já a Bacalhau de Por-tugal fechou portas na década de 80 doséculo passado.

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O documentário “As murtoseiras nas secas do bacalhau de Alcochete”, produzidopela câmara municipal da Murtosa, foi apresentado publicamente na biblioteca de Alcochete a 5 de março e apresenta as histórias de vida de Isabel Carramona,Maria Lucília Silva e Maria Antónia Figueiredo, na Murtosa, e Maria do CarmoSantos e Maria José Rendeiro, em Alcochete.“Estes testemunhos de vidas tão difíceis e de mulheres com tanta força, devem inspirar sobretudo as mais jovens a ter esta força de luta, de trabalho, a continuarem em frente e a terem esperança de que a vida pode melhorar” sublinhou a vereadora da Cultura, Raquel Prazeres.O vice-presidente da Câmara Municipal de Alcochete, José Luís Alfélua, tambémrecordou “a enorme atividade quando as secas estavam a laborar no período do verão, conjuntamente com as salinas de Alcochete a funcionarem em pleno”.Por sua vez, o vice-presidente da câmara da Murtosa, Januário Cunha, sublinhou queeste reencontro entre murtoseiros da Murtosa e os que vieram da Murtosa paraAlcochete representa “o início de uma bela amizade e de uma relação institucionalentre duas autarquias que mais não faz do que, no fundo, cruzar do ponto de vistainstitucional aquilo que há muitos anos já existe: esta relação íntima e imensa”.“Este filme mostra uma faceta daquilo que eram e que foram durante muitos anosos grandes fluxos migratórios de gente, não só da Murtosa, mas de toda a sua região”,disse. “É impossível escutar estas senhoras sem ter um profundo respeito por elas,por aquilo que elas passaram e pela tenacidade que tinham”, concluiu.

“AS MURTOSEIRAS NAS SECAS DO BACALHAU DE ALCOCHETE”

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