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8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa
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FACULDADE ASSIS GURGACZ
VERIDIANA BISCARO BONETTI
INCIDNCIA DE ESTRIAS EM ACADMICOS DA FACULDADE ASSISGURGACZ, IDENTIFICANDO A SUA PRINCIPAL CAUSA
CASCAVEL2007
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VERIDIANA BISCARO BONETTI
INCIDNCIA DE ESTRIAS EM ACADMICOS DA FACULDADE ASSISGURGACZ, IDENTIFICANDO SUA PRINCIPAL CAUSA
Trabalho de Concluso de Curso apresentado FaculdadeAssis Gurgacz FAG, como requisito parcial paraobteno do ttulo de Graduao em Fisioterapia.
Orientadora: Prof. Daniele Zanato
CASCAVEL2007
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FACULDADE ASSIS GURGACZ
VERIDIANA BISCARO BONETTI
INCIDNCIA DE ESTRIAS EM ACADMICOS DA FACULDADE ASSISGURGACZ, IDENTIFICANDO A SUA PRINCIPAL CAUSA
Trabalho apresentado no curso de Fisioterapia, da FAG, como requisito parcial para obtenodo ttulo de Bacharel em Fisioterapia, sob a orientao da Professora Daniele Zanato.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________ Professora Daniele ZanatoFaculdade Assis Gurgacz
Especialista
______________________________________ Professora Elisngela Serra Ferreira
Faculdade Assis GurgaczEspecialista
_______________________________________ Professora Ione BertoncelloFaculdade Assis Gurgacz
Mestre
Cascavel, 21 de novembro de 2007
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DEDICATRIA
Dedico este trabalho principalmente a Deus eaos meus pais, pelo incentivo, compreenso,amor e confiana, a oportunidade que mederam de estudar e pelos princpios que meensinaram ao longo de toda a vida, que fizeram
de mim algum responsvel e lutador, tornando possvel desta maneira, que eu completassemais uma etapa importante da minha vida.
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AGRADECIMENTOS
Agradeo em primeiro lugar a Deus, pelas oportunidades em minha vida e, por me dar
foras para superar todos os obstculos que encontro nos caminhos que escolho.
Aos meus pais Maria Estela e Adair e meu irmo Tiago, que muitas vezes abriram
mo de coisas particulares para poder me proporcionar oportunidades que me fizessem
crescer cada vez mais, no me deixando desistir, at chegar ao fim desta jornada. Pelo apoio e
carinho, cada um sua maneira, dedico este trabalho por serem os verdadeiros professores em
minha vida. Amo vocs!
Ao meu namorado Paulo Henrique, que dividiu comigo cada etapa desta realizao,
pelo seu apoio, carinho, compreenso e pacincia nas fases mais difceis e tambm pela
contribuio direta, com dedicao, na concretizao deste trabalho.
A todos os meus colegas de turma pelo tempo de convivncia e pela experincia
compartilhada durante estes quatro anos de luta. Em especial s minhas amigas Daniela e
Suellen por todos os momentos que passamos juntas. Fica a saudade, mas a amizade
construda vale mais do que tudo pois ser eterna. Adoro vocs!!
Ao meu grupo de estgio e aos companheiros de apartamento, pela amizade e
companheirismo. Vocs so muito especiais para mim.A minha orientadora Daniele Zanato pela ajuda com seu conhecimento, pacincia e
dedicao na realizao deste trabalho.
A todos os professores que estiveram ao meu lado em todas as etapas importantes da
minha formao.
A todos aqueles que, embora no mencionados aqui, contriburam de maneira direta
ou indireta para a concretizao deste trabalho, muito obrigada.
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RESUMO
As estrias so atrofias lineares, algo sinuosas, causadas pela ruptura das fibras colgenas eelsticas da pele, a princpio avermelhadas, depois esbranquiadas e abrilhantadas. Raras ounumerosas, dispem-se paralelamente umas s outras, e perpendicularmente s linhas defenda da pele, indicando um desequilbrio elstico localizado, caracterizando, portanto, umaleso da pele. As estrias atrficas so encontradas em ambos os sexos, com predominncia nofeminino, principalmente a partir da adolescncia, podendo o perodo de surgimento dasestrias variar. A cor normalmente caracterizada de acordo com o perodo de instaurao,quanto mais avermelhadas, mais recentes, e quanto mais esbranquiadas, mais antigas. Aestria um problema que no tem soluo, mas existem tratamentos alternativos quesuavizam as linhas que deformam a pele. Este estudo visou quantificar a incidncia doaparecimento de estrias em acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz. A amostra foi composta por 150 acadmicos, onde metade do sexo feminino e a outra metade do sexo masculino. A pesquisa caracteriza-se do tipo quantitativa, exploratria, tendo como corte transversal, ondeutilizou-se a aplicao de um questionrio auto-aplicvel, contendo 7 (sete) perguntasobjetivas, elaborado pela autora, buscando atingir os propsitos do estudo. Os resultadosforam analisados atravs de amostragem probabilstica estratificada, clculo de percentual para avaliar a prevalncia e grficos, usando o SPSS verso 13. Os resultados obtidos noestudo demonstraram que h predominncia de estrias no sexo feminino, tendo como causa aadolescncia, entre 13 a 18 anos, com colorao branca, e dentre as participantes, baixo ndicede tratamento para estrias. J no sexo masculino h aparecimento de estrias, com predomniotambm na adolescncia, com a idade entre 15 a 20 anos, com colorao branca predominante, onde apenas um indivduo realizou tratamento. Assim sendo, h significnciaquanto ao objetivo do estudo, porm sugere-se que sejam realizados novos estudos, pelaescassez de literatura referente ao assunto dentro da Fisioterapia.
Palavras-chave: Estrias. Adolescncia. Leso de pele.
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ABSTRACT
The grooves are lineal atrophies, something sinuous, caused by collagens strings rupture andelastic of the skin, I initiate her reddened, after whitish and lustered. Rare or numerous, theydispose at the same time each other, and to the rift lines of the skin, indicating a locatedelastic unbalance, characterizing, a lesion of the skin. The atrophic grooves are found in bothsexes, with predominance in the feminine, mostly from the adolescence, could the appearance period of the grooves vary. The groove is a problem that does not have solution, but there arealternative treatments that soften the lines that deform the skin. This study aimed quantify theincidence of the grooves appearance in academic of the Faculty Assis Gurgacz. The samplewas composed by 150 academic, where half the feminine sex and to other half the masculinesex. The search he features - in case that of type quantitative , exploratory , having as a hack transversal, where it used itself the application of an auto-applicable questionnaire, contend 7(seven) objective questions, elaborated by the author, seeking to reach the purposes of thestudy. The results were performed through sampling probabilistic stratified, calculation of percentile to evaluate the prevalence and graphic, using the SPSS version 13. The resultsobtained in the study demonstrated that there are grooves predominance in the feminine sex,having as cause the adolescence, between 13 and 18 years, like white coloration, and amongthe selected, low index of treatment for the grooves. Already in the masculine sex there isgrooves appearance, with predominance also in the adolescence, with age between 15 and 20years, with predominant white coloration, with treatment accomplishment, for only one of theindividuals selected. That being the case, there is significance regarding the goal of the study,however it suggests itself that are performed new studies, by the literature shortage regardingthe subject in the Physiotherapy.
Keywords: Grooves. Adolescence. Injury as of fur.
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SUMRIO
1 INTRODUO....................................................................................................................102 FUNDAMENTAO TERICA......................................................................................12
2.1 A PELE - ESTRUTURAS E FUNES...........................................................................12
2.1.1 Epiderme..........................................................................................................................13
2.1.2 Derme...............................................................................................................................15
2.1.3 Hipoderme........................................................................................................................17
2.1.4 Anexos da pele.................................................................................................................18
3 ESTRIAS...............................................................................................................................19
3.1 ESTRIAS ATRFICAS.....................................................................................................19
3.1.1 Incidncia.........................................................................................................................20
3.1.2 Localizao e sintomas....................................................................................................21
3.1.3 Sndrome de Cushing .......................................................................................................22
3.1.4 Elastose Focal Linear.......................................................................................................23
3.1.5 Sndrome de Marfan ........................................................................................................23
3.2 ETIOLOGIA.......................................................................................................................24
3.2.1 Teoria Mecnica...............................................................................................................25
3.2.2 Teoria Endocrinolgica....................................................................................................253.2.3 Teoria Infecciosa..............................................................................................................27
3.3 ABORDAGENS TERAPUTICAS...................................................................................28
3.4 SUGESTES PARA PREVENO DAS ESTRIAS.......................................................30
4 METODOLOGIA................................................................................................................32
4.1 TIPO DA PESQUISA.........................................................................................................32
4.2 ASPECTOS TICOS..........................................................................................................32
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4.3 LOCAL DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA.....................................................33
4.4 AMOSTRA.........................................................................................................................33
4.5 INSTRUMENTOS..............................................................................................................344.6 PROCEDIMENTO.............................................................................................................34
4.7 ANLISE DOS DADOS....................................................................................................35
5 RESULTADOS E DISCUSSO.........................................................................................36
6 CONSIDERAES FINAIS..............................................................................................46
7 REFERNCIAS...................................................................................................................48
APNDICES............................................................................................................................51
APNDICE A - QUESTIONRIO.......................................................................................52
APNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO............54
APNDICE C - CARTA DE ACEITAO DO CURSO DE FISIOTERAPIA..............56
APNDICE D - CARTA DE ACEITAO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL...57
ANEXOS..................................................................................................................................58
ANEXO A - CARTA DE ACEITAO DO COMIT DE TICA..................................59
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1 INTRODUO
A pele o manto de revestimento do organismo, indispensvel vida, e que isola os
componentes orgnicos do meio externo. Constitui-se em complexa estrutura de tecidos de
vrias naturezas, dispostos e inter-relacionados de modo a adequar-se, de maneira harmnica,
ao desempenho de suas funes (SAMPAIO E RIVITTI, 2001).
As estrias so regies de atrofia da pele. Possuem aspecto linear, com comprimento e
largura variveis. Podem ser raras ou numerosas, com disposio paralela umas s outras e
perpendiculares s linhas de clivagem da pele (GUIRRO E GUIRRO, 2002). Inicialmente tem
aspecto eritemato-violceas, finas e podem gerar prurido. Com a evoluo do quadro,
adquirem o aspecto esbranquiado, quase nacarado, tornando-se mais largas (MILANI, JOO
E FARAH, 2006).
Segundo Kede e Sabatovich (2004), a freqncia extremamente elevada das estrias,
sobretudo no sexo feminino, permite o questionamento se, de fato, devem ser consideradas
como anormais; no entanto, problemas de ordem esttica e/ou psicolgica, que muitas vezes
resultam, justificam a busca de tratamentos mais eficazes. O que complementa Guirro e
Guirro (2002), relatando que esses problemas alm de serem desagradveis aos olhos no
ponto de vista esttico, acarretam alteraes comportamentais e emocionais, alm de levar auma baixa-estima, impedindo assim a completa harmonia entre corpo e mente.
O que no se pode contestar a grande incidncia dessa afeco, segundo Azulay e
Azulay (1999), a maior prevalncia ocorre na faixa etria dos 14 aos 20 anos, sendo cerca de
3 a 6 vezes mais freqentes no sexo feminino do que no masculino.
A estria um problema que no tem soluo, mas existem tratamentos alternativos,
tanto mdicos como fisioteraputicos, que suavizam as linhas recentes, bem como as mais
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antigas e esbranquiadas que deformam a pele. A fisioterapia dermato-funcional vem
crescendo no mercado, e a cada dia proporcionando novas alternativas para tratar tais
distrbios estticos.Pouca ateno dedicada s estrias, em compndios e revistas de dermatologia,
tornando a literatura sobre esse assunto escassa e de difcil acesso. Sendo a falta de estudos
metodologicamente adequados, o que estimulou a realizao deste estudo. Assim sendo, este
trabalho teve como objetivo verificar a incidncia de estrias nos acadmicos da Faculdade
Assis Gurgacz, observando a sua principal causa.
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2 FUNDAMENTAO TERICA
2.1 A PELE ESTRUTURAS E FUNES
A pele ou ctis, o manto de revestimento do organismo, indispensvel a vida, e que
isola os componentes orgnicos do meio externo. Constitui-se em complexa estrutura de
tecidos de vrias naturezas, dispostos e interrelacionados de modo a adequar-se, de maneira
harmnica, ao desempenho de suas funes (SAMPAIO E RIVITTI, 2001).
Para OSullivan e Schimitz (1993), a pele denominada como o maior rgo corporal,
compreendendo 15% do peso total de um indivduo. Atua na regulao e conservao dos
fludos corporais, regulao trmica, excreo do suor e eletrlitos, secreo sebcea para
lubrificao, sntese de vitamina D, rgo sensorial e aspecto e individualizao esttica.
Para Porto (2001), alm de todas as funes j citadas da pele, ela d proteo ao
organismo contra agentes nocivos fsicos, qumicos ou biolgicos. Para Junqueira e Carneiro
(1999), a pele apresenta mltiplas funes, entre as quais, graas camada crnea que reveste
a epiderme, protege o organismo, contra a perda de gua, por evaporao, contra atrito e
tambm colabora para a termorregulao do corpo. Na pele podem-se observar mutaes donascimento velhice, em funo das condies ambientais, dos hbitos e do modo de vida.
A pele compe-se essencialmente de trs camadas: a epiderme, a derme e a hipoderme
(ARNOLD Jr, ODOM E JAMES, 1994).
Para o mesmo autor, a epiderme a camada mais externa e est diretamente ligada ao
meio ambiente. Ela formada por um arranjo ordenado de clulas, denominadas de
ceratincitos, cuja funo bsica sintetizar a ceratina, uma protena filamentosa com funo
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protetora. A derme a camada interna e seu principal componente uma protena estrutural
fibrilar denominada colgeno. Ela est localizada sobre o panculo, ou hipoderme, que
composto, principalmente, de lbulos de lipcitos ou clulas adiposas.
Ilustrao 1.1 Estruturas da pele
Fonte: https://reader010.{domain}/reader010/html5/0609/5b1b9f8f4db09/5b1b9f9512513.jpg
2.1.1 Epiderme
Para Porto (2001), a epiderme um epitlio estratificado formado de quatro camadas
celulares, as quais para Bechelli (1988) apud Pressi e Lima (2005), de dentro para fora
recebem, respectivamente, o nome de germinativa ou basal, malpighiana ou corpo mucoso,granulosa ou crnea.
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A epiderme de uma pessoa adulta compe-se de trs tipos bsicos de clulas: os
queratincitos, os melancitos e as clulas de Langerhans. A clula dendrtica indeterminada
e a clula de Merkel so dois tipos adicionais que podem ser encontradas ocasionalmentedentro e na camada basal da epiderme e na mucosa oral (ARNOLD JR, ODOM E JAMES,
1994).
As clulas de Langerhans so clulas dendrticas, de origem e funo discutidas. So
hoje consideradas clulas monocitrias macrofgicas de localizao epidrmica, com funo
imunolgica, atuando no processamento primrio de antgenos exgenos que atingem a pele.
Alm de sua localizao epidrmica, essas clulas so encontradas na derme, nos linfticos da
derme, linfonodos e timo (SAMPAIO E RIVITI, 2001).
Segundo Sampaio e Rivitti (2001), a camada granulosa, formada por clulas
granulosas, assim denominadas por caracterizarem-se pela presena de grande quantidade de
grnulos, os quais so de tamanho e forma irregulares e compe-se de queratohialina. Para
Junqueira e Carneiro (1999), a camada crnea composta por queratina, protena fibrosa
resistente, representada por clulas epidrmicas anucleadas. Para Stevens e Lowe (2001), a
camada crnea no celular, mas composto totalmente de remanescentes intracitoplasmticos
de queratina, depositados na superfcie aps a morte dos queratincitos que os produzem,
sendo que cada placa de queratina corresponde grosseiramente a formato do queratincito
pouco antes de sua morte. Junqueira e Carneiro (1999), complementam dizendo que a capacrnea varivel conforme a regio, sendo mais espessa nas regies palmoplantares,
conferindo proteo contra a penetrao de agentes qumicos e fsicos. Nas regies
palmoplantares existe mais uma camada, denominada estrato lcido, que se situa entre a
camada crnea e a granulosa, sendo composta de clula anucleadas, planas e transparentes.
Segundo os mesmo autores, dispostas sobre a membrana basal, separam a epiderme da
derme, as clulas so de dois tipos: a camada basal representa maioria, tm reproduo
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constante, dando origem s outras camadas epidrmicas; localizados entre as clulas basais,
encontram-se os melancitos ou clulas claras de Masson, assim denominadas por
apresentarem citoplasma claro e ncleo pequeno e picntico.Para Gamonal (2002) apud Pressi e Lima (2005), os melancitos so clulas
produtoras de pigmento e se localizam predominantemente ao nvel da camada basal na
proporo de dez queratincitos basais para um melancito.
A camada espinhosa ou malpighiana, est situada acima da camada basal, constituda
por um grupo de clulas escuras, achatadas, quase aderentes, com ncleo de difcil
visualizao pela presena de grande quantidade de grnulos cromatfilos gros de
queratomalina, que expressam a queratinizao da epiderme (JUNQUEIRA E CARNEIRO,
1999).
As funes da epiderme so: proteo contra traumas fsicos e qumicos,
principalmente em funo da camada crnea; resistncia s foras de tenso a epiderme;
preveno da desidratao e perda de eletrlitos, alm da proteo contra o encharcamento do
corpo quando em contato com a gua, graas impermeabilidade da queratina. Restrio da
passagem de corrente eltrica, devido alta impedncia que a caracteriza; proteo contra a
entrada de substncias txicas; proteo dos efeitos nocivos do UV, atravs da melanina
(CUC E NETO, 1990 apud PRESSI E LIMA 2005).
2.1.2 Derme
A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, um tecido conjuntivo que
contm fibras proteicas, vasos sanguneos, terminaes nervosas, rgos sensoriais e
glndulas. As principais clulas da derme so os fibroblastos, responsveis pela produo de
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fibras e de uma substncia gelatinosa, a substncia amorfa, na qual os elementos drmicos
esto mergulhados (SAMPAIO E RIVITH, 2000). Para Guirro e Guirro (2004), a derme
apresenta uma variao considervel de espessura nas diferentes partes do corpo sendo que asua espessura mdia de aproximadamente dois milmetros. Sua superfcie externa
extremamente irregular, observando-se as papilas drmicas.
O principal componente da derme o colgeno, uma protena fibrosa que atua como a
principal protena estrutural de todo o corpo. Ele encontrado nos tendes, ligamentos e no
revestimento dos ossos, da mesma forma que na derme, e representa 70% do peso seco da
pele (ARNOLD JR, ODOM E JAMES, 1994).
Segundo Farias (2004), na derme podem ser distinguidas duas regies:
Regio papilar: a camada mais superficial, que fica logo abaixo da epiderme e se
prolonga com as papilas drmicas. constituda por tecido conectivo frouxo, com fibras
elsticas e fibrilas de colgeno que ajudam a fixar derme na epiderme.
Regio reticular: a camada mais profunda do tecido conectivo denso, com grossos
feixes de fibras colgenas, fibras elsticas e reticulares, vasos sanguneos e linfticos,
corpsculos de Pacini , nervos, folculos pilosos, glndulas sudorparas e sebceas.
A epiderme penetra na derme e origina os folculos pilosos, glndulas sebceas e
glndulas sudorparas.
Para Sampaio e Rivitti (2001), a derme alm das camadas citadas acima divididatambm em:
Derme perianexial: estruturalmente idntica a derme papilar, dispondo-se, porm, em
torno dos anexos. Compe, juntamente com a derme papilar, a unidade anatmica
denominada derme adventicial.
As funes da derme so: promover a flexibilidade pele; determinar proteo contra
traumas mecnicos; manter a homeostase, armazenar sangue para eventuais necessidades
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primrias do organismo; determinar a cor da pele, por ao da melanina, hemoglobina e dos
carotenos; ruborizao, quando de respostas emocionais e a segunda linha de proteo
contra invases por microorganismos, por ao dos leuccitos e macrfagos a existentes(CUC E NETO, 1990 apud PRESSI E LIMA, 2005).
2.1.3 Hipoderme
Para Junqueira e Carneiro (1999), a hipoderme, tambm chamada de tecido celular
subcutneo, situa-se logo abaixo da derme e apresenta lbulos de clulas adiposas delimitadas
por septos conjuntivo-elsticos. rica em tecido adiposo e representa importante reserva
calrica para o organismo, alm de funcionar, em certas regies, como um coxim, conferindo
proteo contra traumas. Porm, para Farias (2004) e Junqueira e Carneiro (1999), constituda
por tecido conectivo frouxo no faz parte da pele em relao aos rgos subjacentes, embora
tenha a mesma origem da derme. Sua espessura varia, pois, ela pode acumular maior ou
menor quantidade de gordura, dependendo da regio e do estado de nutrio do indivduo.
Segundo Guirro e Guirro (2004), a tela subcutnea compe-se em geral de duas
camadas das quais a mais superficial a chamada de areolar, que composta por adipcitos
globulares e volumosos, em disposio vertical, onde os vasos sanguneos so numerosos edelicados. Abaixo da camada areolar existe uma lmina fibrosa, de desenvolvimento
conforme a regio, que a fscia superficialis ou subcutnea. Esta fscia separa a camada
areolar da camada mais profunda, a camada lamelar, sendo que nesta ocorre aumento de
espessura e ganho de peso, com aumento de volume dos adipcitos, que chegam a invadir a
fscia superficialis. Na camada lamelar ocorre a maior mobilizao de gorduras quando o
indivduo obeso inicia um programa de reduo ponderal.
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2.1.4 Anexos da pele
Segundo Bechelli (1988) apud Pressi & Lima (2005), os plos esto contidos nosfolculos pilosos, que resultam da invaginao da epiderme. Compe-se de trs camadas
concntricas: medula, crtex e epidermcula.
As unhas so lminas queratinizadas que recobrem a ltima falange dos dedos. Uma
unha tem quatro partes: a posterior ou raiz, que est em uma dobra da pele; a lmina, que est
aderente ao leito ungueal na sua poro inferior e as dobras laterais e a borda livre
(SAMPAIO E RIVITTI, 2001).
As glndulas sebceas so glndulas acinosas, ramificadas, produtora de lipdios,
originando-a na regio posterior do folculo piloso, distribuem-se por todo o corpo com
exceo das regies palmo-plantares. A grande maioria descarrega seu contedo na luz dos
folculos, por meio de um nico ducto. As restantes abrem-se diretamente na superfcie da
pele (CUC E NETO, 1990 apud PRESSI E LIMA, 2005).
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3 ESTRIAS
3.1 ESTRIAS ATRFICAS
Segundo Carramaschi (1995), as estrias tm sido motivo de estudo h muitos anos,
Roederer em 1773 fez o primeiro estudo cientfico em gestantes, Troisier e Menetrier em
1989, descreveram as estrias como uma doena incua e desfigurante. Em 1984, Unna
suspeitou que fatores endgenos influenciariam as fibras elsticas do tecido conjuntivo, e em
1936, Nardelli pela primeira vez as chamou de estrias atrficas. Assim teve incio a busca da
fisiopatologia e tratamento das estrias.
As estrias, estriaes atrficas ou striae distensae podem ser definidas como um
processo degenerativo cutneo e benigno (MAIO, 2004). Segundo Kede e Sabatovich (2004),
caracterizam-se clinicamente pela morfologia, em geral, linear, aspecto atrfico e superfcie
eventualmente, discretamente enrugada, com pequenas rugas transversais ao seu maior eixo
que desaparecem trao(AZULAY E AZULAY, 1999).
De acordo com Toschi (2004), as coloraes das estrias variam de acordo com a sua
fase evolutiva. considerado um processo de natureza esttica, uma vez que geraincapacitao fsica ou alterao da funo cutnea.
As estrias so classificadas como uma atrofia adquirida, e possuem vrias outras
denominaes decorrentes de diferentes idiomas, provveis etiologias e aspecto macroscpico
da pele: vergetures, atrophoderme, strie, macules atrophiques lineaires (GUIRRO E
GUIRRO, 2002).
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As estrias so causadas por uma atrofia tegumentar adquirida de aspecto linear, algo
sinuosa de um ou mais milmetros de largura, perpendicularmente s linhas de fenda da pele,
indicando um desequilbrio elstico localizado, portanto, uma leso da pele (TOSCHI, 2004;MAIO, 2004).
Para Toschi (2004), as estrias so ditas atrficas, pois so causadas pela ruptura das
fibras colgenas e elsticas da pele e, muitas vezes, com perda da colorao no local.
Freqentemente so observadas em indivduos obesos, durante gravidez, em conexo com a
sndrome de Cushing ou em pacientes tratados com corticides. Mas para Guirro e Guirro
(2002), as estrias caracterizam-se por serem leses atrficas, j que atrofia a diminuio de
espessura da pele, decorrente da reduo do nmero e volume de seus elementos e
representada por adelgaamento, pregueamento, secura, menor elasticidade e rarefao dos
plos. Apresentam um carter de bilateralidade, isto , existe uma tendncia da estria
distribuir-se simetricamente em ambos os lados.
3.1.1 Incidncia
As estrias atrficas so encontradas em ambos os sexos, com predominncia no
feminino, principalmente a partir da adolescncia. O perodo de surgimento das estrias podevariar (GUIRROE GUIRRO, 2002).
Sua maior prevalncia ocorre na faixa etria dos 14 aos 20 anos (55-65% nas mulheres
e 15-20% nos homens), ou seja, so cerca de 3 a 6 vezes mais freqentes no sexo feminino do
que no masculino, no qual tambm so mais discretas (AZULAY E AZULAY, 1999).
Essa afeco da pele observada em indivduos obesos, durante a puberdade, na
gestao, nas sndromes de Cushing , de Marfan , com o uso tpico ou sistmico de esterides,
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nos tumores da supra-renal, infeces, estresse, entre outras condies (AZULAY E
AZULAY, 1999; GUIRRO E GUIRRO, 2002).
Na gravidez pode ocorrer em at 90 % das vezes, principalmente no terceiro trimestre,fato predominantemente relacionado distenso mecnica. mais prevalente em multparas
do que em primparas. As localizaes preferenciais so: abdmen, mamas e quadris
(AZULAY E AZULAY, 1999).
3.1.2 Localizao e sintomas
Quanto localizao das estrias pode-se observar uma incidncia maior nas regies
que apresentam alteraes teciduais como glteos, seios, abdome, coxas, regio lombossacral
(comum em homens), podendo ocorrer tambm em regies pouco comuns como fossa
popltea, trax, regio ilaca, antebrao e poro anterior do cotovelo (GUIRRO E GUIRRO,
2004).
Ainda para os mesmos autores, o surgimento dos sintomas iniciais so variveis, sendo
que os primeiros sinais clnicos podem ser caracterizados por: prurido, dor (em alguns casos)
e erupo papular plana e levemente eritematosa (rosada). As estrias so denominadas nessa
fase inicial de rubras ( striae rubrae) . Na fase seguinte, onde o processo de formao j est praticamente estabelecido, as leses tornam-se esbranquiadas, quase nacaradas, sendo
denominadas nessa fase de estria Alba ( striae albae ).
Suas formas so variadas, podendo ser retilneas, curvilneas, em S ou em ziguezague
e a extenso pode variar de um a dois centmetros, podendo chegar at uns cinco centmetros
de largura. A cor, normalmente, caracterizada de acordo com o perodo de instaurao:
quanto mais avermelhadas, mais recentes; e quanto mais esbranquiadas, mais antigas.
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A evoluo natural do processo dura de 6 a 12 meses, perodo no qual as estrias
naturalmente esmaecem em colorao, o que d uma impresso de melhora e o que torna a
avaliao objetiva dos vrios tratamentos muito difcil (MAIO, 2004).
Em sua fase inicial, as estrias so protrusas em relao superfcie cutnea. Maistarde, evoluem para uma forma atrfica plana ou deprimida. Em alguns casos,adquirem uma configurao queloidiana e, em outros, se tornam pigmentadasespontaneamente ou durante a teraputica [...] (TSUJI, 1993 apud SANTOS, et al.2003).
3.1.3 Sndrome de Cushing
Segundo Guirro e Guirro (2002), a sndrome de Cushing pode ser causada no s pela
administrao de grandes quantidades de hormnios exgenos, como tambm por
glicocorticides produzidos por tumores adrenocorticais e tambm a hipersecreo do
hormnio adenocorticotrfico. mais freqente em mulheres, sobretudo entre a terceira e
quarta dcadas, geralmente aps uma gravidez.
Para os mesmos autores, com freqncia, os efeitos dos glicocorticides sobre o
catabolismo protico so profundos na sndrome de Cushing , causando uma reduo
acentuada das protenas teciduais em quase todas as partes do organismo, com exceo das
protenas hepticas e plasmticas.Em conseqncia do excesso do catabolismo protico, os pacientes com a sndrome de
Cushing tm depleo protica e, por isso, a pele e o tecido subcutneo so delgados e os
msculos esto mal desenvolvidos. Altas concentraes de glicocorticides, como as que
ocorrem na sndrome de Cushing , resultam em reduo da espessura da pele. Muitos pacientes
com a doena apresentam certo aumento de plos faciais e acne, mas isso causado pela
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secreo aumentada de andrgenos adrenais que, comumente, acompanham o aumento de
secreo de glicocorticides (GUIRRO E GUIRRO, 2002).
Os mesmos autores ainda falam que os pacientes tambm apresentam estrias prpurasno abdome, nas mamas e braos, linfocitopenia e diminuio da massa do tecido linfide,
ficando o organismo exposto a eventuais infeces.
3.1.4 Elastose Focal Linear
Para Cavalcante et al (1999), a elastose focal linear, tambm denominada de estria
elasttica, caracterizada por leses similares a estrias atrficas, em disposio horizontal,
localizadas principalmente na regio lombar. At o presente momento, a elastose focal linear
foi descrita principalmente em homens havendo relato de dois casos em mulheres. A
localizao preferencial da elastose focal linear a regio lombar. As leses so
assintomticas e, na maioria dos casos, trata-se de achado dermatolgico.
Para alguns autores, a elastose focal linear seria conseqente ao processo degenerativo
ou regenerativo da striae distensae . Para Hashimoto (1998), seriam quelides que surgiriam
no processo de regenerao de estrias atrficas. Porm, at o momento, a etiologia da elastose
focal linear desconhecida (CAVALCANTE et al, 1999).
3.1.5 Sndrome de Marfan
A sndrome de Marfan uma desordem do tecido conjuntivo com transmisso auto-
dominante (ARAJO et al, 2003), com envolvimento multissistmico, causada por mutaes
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no lcus do gene da fibrina, no cromossoma 15 (LEITE et al, 2003), o qual segundo Arajo et
al (2003), participa da sntese do colgeno tipo I.
Para Amaral et al (1996), a sndrome de Marfan afeta os sistemas ocular, esqueltico ecardiovascular. A manifestao sintomtica secundria s leses cardiovasculares,
geralmente ocorrendo em crianas maiores ou adultos.
Sua prevalncia de 1/10.000 habitantes na populao geral, sem prevalncia tnica,
sexual ou racial, sendo a mais comum das doenas hereditrias do tecido conjuntivo. uma
doena progressiva, principalmente, no que diz respeito s alteraes articas (LEITE et al,
2003).
3.2 ETIOLOGIA DAS ESTRIAS
Segundo Toschi (2004), a patognese ainda no plenamente conhecida. Os trabalhos
cientficos reconhecem sua natureza multifatorial e vm demonstrando os vrios fatores
implicados em sua origem. As mudanas nas estruturas que suportam foras tnsil e
elasticidade geram um afinamento do tecido conectivo que, aliado a maiores tenses sobre a
pele, produzem as estriaes cutneas.Para Guirro e Guirro (2002), a etiologia da estria bastante controversa, existindo
portanto trs teorias que tentam justific-la:
teoria mecnica;
teoria endocrinolgica;
teoria infecciosa.
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3.2.1 Teoria Mecnica
Na teoria mecnica, segundo Ventura e Simes (2003), acredita-se que h excessivodepsito de gordura nas clulas adiposas. Especialmente a que ocorre repentinamente, leva a
um dano s fibras elsticas e, em perodos de crescimento rpido, estirando a pele, chegando a
haver ruptura ou perdas dessas fibras. Pesquisas mostram que 75% a 95% das mulheres
chegam ao final da gestao com alguns pares de estrias. Normalmente, elas aparecem no
ltimo trimestre, quando a pele comea a ultrapassar os limites de resistncia das fibras
elsticas, j fragilizadas pelo aumento da atividade hormonal.
Para Guirro e Guirro (2002), as estrias so consideradas como seqelas de perodos
rpidos de crescimento, da as denominaes de stretch marks tambm designadas striae ctis
distensaie ou simplesmente striae distensae.
O estiramento da pele, com conseqente ruptura ou perda de fibras elsticas drmicas,
tido como fator bsico da origem das estrias. deste modo que os adeptos desta teoria
explicam o seu aparecimento. Com bases nestes fatos, eles afirmam que a distenso
abdominal promovida pelo crescimento do feto causa estria na gestante, assim como o estiro
de crescimento na puberdade causaria estrias nos adolescentes, bem como a deposio de
gordura no obeso.
3.2.2 Teoria Endocrinolgica
A teoria endocrinolgica, segundo Guirro e Guirro (2002), e Maio (2004), demonstra
atravs de fatos, que a teoria mecnica muito simplista ao afirmar que o estiramento da pele,
quer por crescimento ou deposio de gordura, seja causa para o aparecimento da estrias.
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Para Ventura e Simes (2003), estudos relatam que o fato que chama a ateno nas
estrias em geral, que elas ocorrem em adolescentes que podem ou no ser obesos. Elas so
encontradas em meninos ou meninas, obesos ou no, na adolescncia, perodo maisrepresentativo de uma estimulao adrenocortical que pode ser descrita como uma Sndrome
de Cushing fisiolgica. O uso tpico ou sistmico de esterides (cortisona), a atividade fsica
vigorosa, o estresse e desordens hormonais (estrgenos, progesterona e cortisol), dentre outras
condies, podem ser situaes facilitadoras ao aparecimento das estrias.
Para Sisson (1954) apud Guirro e Guirro (2002), no h dvidas quanto associao
de estrias com atividades esterides, pois o aparecimento das estrias no perodo de idade onde
so detectados sinais evidentes de alteraes no nvel de hormnios sexuais, sugere uma forte
influncia hormonal. O autor ainda afirma que a estria ocorre espontaneamente em curtos
perodos de estimulao cortical, simulando uma aplicao exgena de cortisona, ou pode se
estender por vrios anos durante toda a puberdade.
A origem mais provvel das estrias baseia-se na teoria endocrinolgica, que conforme
foi visto, postula que hormnio esteride est presente de forma atuante em todos os quadros
em que as estrias surgem (obesidade, adolescncia e gravidez), no podendo deixar de ser
mencionado o seu aparecimento com uso de medicamentos base de corticides tpicos ou
no, incluindo anabolizantes. Essa teoria tambm explica o fato da ocorrncia de estrias ser
bastante rara em crianas abaixo de cinco anos, ou at nove anos, mesmo que obesas (a menosque faa uso de corticide), pois a secreo desse hormnio s se inicia na puberdade; e ainda
dentro desta mesma linha, sendo o principal hormnio envolvido um andrgeno, poderia
explicar a associao do aparecimento de estrias com a acne, hirsutismo etc. (GUIRRO E
GUIRRO, 2002).
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Os mesmos autores, falam que com a teoria endocrinolgica pode-se explicar que o
aparecimento das estrias nas diversas patologias no tem como efeito causal a afeco em si,
mas sim as drogas utilizadas na sua teraputica.
3.2.3 Teoria Infecciosa
Para Ventura e Simes (2003), a teoria infecciosa, sugere que processos infecciosos
provocam danos s fibras elsticas, levando ao aparecimento de estrias. Wiener (1947) apud
Ventura e Simes (2003), em seus estudos, notou o aparecimento em adolescentes de estrias
prpuras aps febre tifide, tifo, febre reumtica e hansenase. Toschi (2004) e Guirro e
Guirro (2002), dizem que alguns medicamentos podem promover a hiperpigmentao das
estrias, como por exemplo, a bleomicina, o antibitico e anti-tumor, que em doses altas pode
promover ainda outros efeitos como: esclerose, gangrena, preguiamento e eritema. A
pigmentao inicial semelhante a que acontece na sndrome de Cushing , ou seja, violcea e
permanece neste estgio por muitos meses. A colorao pode ento evoluir para uma
tonalidade marrom escura, em comum, os processos que promovem a pigmentao de estrias,
presente nos casos de sndrome deCushing , conforme referido anteriormente e aps processos
inflamatrios.Segundo Guirro e Guirro (2002), esta teoria no possui muitos adeptos, j que os
estudiosos partidrios da teoria endocrinolgica conseguem explicar o surgimento das estrias
em decorrncia do tratamento efetuado base de corticides, sendo o tratamento, portanto, o
verdadeiro fator desencadeante do processo de formao de estrias.
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3.3 ABORDAGENS TERAPUTICAS
Segundo Guirro e Guirro (2002), na literatura disponvel sobre estrias, os autores so
unnimes em consider-las como sendo seqela irreversvel. Esta resistncia est embasada
no prprio exame histolgico da estria, onde se nota uma diminuio no nmero e volume dos
elementos da pele, e o rompimento das fibras elsticas. Observa-se ainda que a epiderme
delgada e h diminuio da espessura da derme, as fibras colgenas esto separadas entre si, e
no centro da leso no h muitas fibras elsticas, ao contrrio da periferia onde aparecem
onduladas e agrupadas.
A eficcia do tratamento grande, desde que controlada as variveis, diferindo o
nmero de sesses de acordo com a cor da pele, idade, tamanho das estrias etc.. Obviamente o
resultado pode variar em diferentes indivduos, como em qualquer outro tratamento de
diversas afeces. Este fato est centrado na capacidade reacional de cada indivduo, levando
em conta de que se deve realizar uma boa avaliao prvia, excluindo-se as contra-indicaes
(GUIRRO E GUIRRO, 2002).
Para Maio (2004), vrios so os princpios ativos para o tratamento de estrias. J para
Kede e Sabatovich (2004) e Azulay e Azulay (1999), no tratamento das estrias devemos
considerar a abordagem teraputica para estrias recentes e eritematosas e para as estrias albase tardias. Por vezes, elas encontram-se em fases diversas de evoluo necessitando de
teraputicas combinadas. Todos os autores nos mostram algumas teraputicas utilizadas para
o tratamento das estrias como: a eletroterapia, a massagem, o laser, a dermoabraso
superficial e a terapia medicamentosa.
Segundo Milani, Joo e Farah (2006), o tratamento das estrias varia de acordo com a
evoluo. Aplicao de substncias tpicas deve ser especfica para cada fase. Um mtodo
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em creme, promove uma melhoria das estrias recentes, provavelmente pelo seu efeito sobre a
diminuio da atividade da colagenase e aumento da produo de mucopolissacardeos. Deve-
se ressaltar que sua utilizao durante a gravidez est contra-indicada, ainda que os riscos deteratogenia no tenha sido estabelecidos. O tambm utilizado cido gliclico, em
concentraes de at 20% e a vitamina C tpica de 5 a 15% so sugeridos no tratamento das
estrias albas com melhoria tanto na aparncia e textura cutnea bem como no comprimento e
largura das estrias. O cido tricloroactico, o qual alguns autores referem sucesso com a
utilizao de baixas concentraes desse cido 15 a 20%, atravs da realizao de
quimioesfoliaes repetidas no nvel da derme papilar. Os peelings so realizados com
intervalos mensais. Uma melhora significativa relacionada textura, firmeza e cor pode ser
alcanada.
Atualmente encontramos tcnicas efetivas e seguras no tratamento tanto das estrias
eritematosas quanto das estrias albas. Ainda que os resultados por vezes no alcancem um
total desaparecimento das leses (KEDE E SABATOVICH, 2004). Vrias formulaes
teraputicas tm sido testadas para o tratamento das estrias atrficas, onde os resultados no
so unnimes, tampouco conclusivos (GUIRRO E GUIRRO, 2002), no contribuindo para
melhores resultados e satisfao dos pacientes (AZULAY E AZULAY, 1999).
3.4 SUGESTES PARA PREVENO DAS ESTRIAS
De acordo com Souza, Cavalcante Jr. e Arruda (1995), supe-se que os hbitos
alimentares incorretos, a falta de atividade fsica e a prpria constituio orgnica contribuem
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para o aparecimento das estrias. Algumas sugestes para a preveno das estrias so descritas
a seguir:
Inserir uma dieta adequadas rica em fibras e protenas; Praticar esportes e exerccios fsicos peridicos, controlados por especialistas (o ideal
comear a preveno na poca da puberdade);
Obedecer a ficha de controle de atividades fsicas, pois, a sobrecarga de exerccios
fsicos pode causar rompimento das fibras por causa do aumento excessivo da massa
muscular;
Avaliar a parte hormonal e identificar outros fatores determinantes, caso haja
predisposio gentica;
Ingerir bastante lquidos, pois a gua ajuda a eliminar as toxinas orgnicas e resduos
metablicos celulares.
Guirro e Guirro (2002), relatam ainda que no h evidncias comprovar de que a
hidratao da pele por meio de cosmticos possa prevenir o aparecimento de estrias, mas ela
parece auxiliar na preveno.
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4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DA PESQUISA
Este estudo caracteriza-se do tipo quantitativa, exploratria, tendo como corte
transversal, onde utilizou-se um questionrio auto-aplicvel elaborado pela autora, para a
abordagem dos dados. O questionrio (apndice A) contm 7 (sete) perguntas objetivas, as
quais foram respondidas pelos acadmicos durante as aulas, sob autorizao do coordenador
do curso.
4.2 ASPECTOS TICOS
O estudo recebeu parecer favorvel do Comit de tica em Pesquisa da Faculdade
Assis Gurgacz (CEP-FAG), em 13 de junho de 2007: Parecer 157/2007 (Anexo A). Tambm
foram solicitadas autorizaes para a pesquisa aos coordenadores dos cursos de Fisioterapia(Apndice C) e Engenharia Civil (Apndice D) da Faculdade Assis Gurgacz.
Os questionrios (Apndice A) foram respondidos voluntariamente, precedidas de
esclarecimento quanto aos aspectos ticos e legais, em conformidade com a Resoluo n
196/96 do Conselho Nacional de Sade, que visa assegurar os direitos e deveres da
comunidade, dos sujeitos e do Estado, incorporando sob a tica do indivduo e da coletividade
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dos quatro referenciais bsicos da biotica: Autonomia, Justia, Beneficncia e No
Maleficncia, garantindo sigilo das identidades e a veracidade dos resultados.
E por esse envolvimento preciso citar alguns riscos e benefcios que a mesma trouxeaos indivduos. Como riscos, importante ressaltar que o indivduo pode sentir-se
constrangido e que poderia haver danos morais ao mesmo pela divulgao dos dados pessoais.
Para amenizar estes riscos a pesquisadora comprometeu-se em preservar a identidade do
indivduo em sigilo. O benefcio esperado pelo estudo a contribuio cientfica, pois existe
uma falta de estudos metodologicamente adequados referentes a esse assunto.
Assim sendo, os indivduos selecionados foram convidados a assinar um termo de
consentimento livre e esclarecido (Apndice B), no qual consta a finalidade da pesquisa e os
procedimentos a serem realizados.
4.3 LOCAL DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
Este estudo teve como campo de investigao a Faculdade Assis Gurgacz, na cidade
de Cascavel PR.
4.4 AMOSTRA
Para o presente estudo, foram selecionados 150 indivduos, segundo os seguintes
critrios de incluso: acadmicos do sexo feminino ou masculino, idade entre 17 e 24 anos,
portadores ou no de pele estriada, que tenham assinado o termo de livre consentimento.
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Os acadmicos que no se enquadraram nos critrios de incluso estabelecidos no
foram submetidos coleta dos dados.
4.5 INSTRUMENTOS
Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se um questionrio (Apndice A),
contendo 7 (sete) perguntas objetivas, visando alcanar o objetivo da pesquisa que refere-se a
quantificar a incidncia do aparecimento de estrias nos acadmicos da Faculdade Assis
Gurgacz, com base em hipteses que interessem mesma.
4.6 PROCEDIMENTO
Antes da aplicao dos instrumentos de coleta de dados, foi solicitado aos
participantes do estudo, o preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido
(Apndice B).Assim feito, solicitou-se aos participantes que respondessem ao questionrio
(Apndice A), de forma que assinalassem as alternativas que correspondem suas afeces.
Durante o perodo de aplicao, a pesquisadora esteve presente no local, sanando as dvidas
dos participantes.
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4.7 ANLISE DOS DADOS
A anlise dos dados foi realizada atravs de amostragem probabilstica estratificada,
clculo de percentual para avaliar a prevalncia, grficos e tabelas, usando o programa SPSS
verso 13.
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5 RESULTADOS E DISCUSSO
Este estudo caracterizado do tipo campo onde utilizou-se um questionrio auto-
aplicvel elaborado pela autora, para a abordagem dos dados. O questionrio (Apndice A)
contm 7 (sete) perguntas objetivas, as quais foram respondidas pelos acadmicos durante as
aulas, sob autorizao do coordenador do curso. Os resultados foram analisados atravs de
amostragem probabilstica estratificada, clculo de percentual para avaliar a prevalncia,
grficos e tabelas, usando o SPSS verso 13.
A amostra foi composta por 150 acadmicos, onde 75 do sexo feminino e 75 do sexo
masculino, que apresentavam idade entre 17 a 24 anos, com uma idade mdia de 20,72 no
sexo feminino e de 20,10 no sexo masculino.
GRFICO 1 Incidncia de estrias nos sexos feminino e masculino
44%
56%
Masculino Feminino
Fonte: do autor
O grfico 1, apresenta a incidncia de estrias, demonstrando predomnio da afeco no
sexo feminino com 56%, enquanto no sexo masculino 44% apresentam estrias.
De acordo com Guirro e Guirro (2002), as estrias atrficas so encontradas em ambos
os sexos, com predominncia no feminino, principalmente a partir da adolescncia. Na mulher
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adulta saudvel a incidncia de estrias de 2,5 vezes mais freqente que no homem nas
mesmas condies. Concordando com a pesquisa onde obteve-se o maior percentual de estrias
nas mulheres.
GRFICO 2 Idade do aparecimento das estrias
0% 0%
7%
47%
22%
13%
5% 5%3%
6%
26%
0%4%
10%
20%
30%
9 a 10anos
11 a 12anos
13 a 14anos
15 a 16anos
17 a 18anos
19 a 20anos
21 a 23anos
No sabeou nolembra
Masculino Feminino
Fonte: do autor
O grfico 2 ilustra a idade do aparecimento de estrias nos acadmicos selecionados,
onde 3% do sexo feminino apresentaram a afeco entre 9 e 10 anos, e 6% entre 11 e 12 anos,
enquanto no sexo masculino ningum apresentou na mesma poca. J entre 13 e 14 anos, 7%
dos homens e 26% das mulheres apresentaram estrias. Observou-se, com isso, que o
aparecimento de estrias nas mulheres mais precoce em relao aos homens.
A maior incidncia de aparecimento das estrias tanto no sexo feminino quanto no sexo
masculino apresentaram entre 15 e 16 anos, onde 47% do sexo masculino e 30% do sexo
feminino. Entre 17 e 18 a incidncia foi de 22% no sexo masculino e 20% no sexo feminino.
Aos 19 e 20 anos, 13% do sexo masculino apresentaram estrias, enquanto 10% do sexo
feminino no mesmo perodo. Entre 21 a 23 anos 5% do sexo masculino e 4% do sexo
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feminino relataram o aparecimento de estrias. 5% do sexo masculino e 0% do sexo feminino
responderam que no sabiam ou no lembravam a idade do aparecimento das estrias.
Segundo Guirro e Guirro (2002), o perodo de surgimento das estrias pode variar. Deacordo com Kede e Sabatovich (2004), e Azulay e Azulay (1999), as estrias no ocorrem em
condies normais em pessoas acima de 45 anos nem comum em pr-puberes. Sua maior
prevalncia ocorre na faixa etria dos 14 aos 20 anos (55-65% em mulheres e 15-20% em
homens). Para Basak (1989) apud Guirro e Guirro (2002), elas ocorrem entre as idades de 10
a 16 anos para o sexo feminino e de 14 a 20 anos para o sexo masculino, sendo que a
incidncia dentro desses grupos etrios indica um intervalo de 21 a 72% para as meninas e de
6 a 40% para os meninos.
Sendo assim, pode observar que houve concordncia com a literatura, pois o
aparecimento das estrias predominou no sexo feminino na faixa etria dos 13 aos 18 anos e no
sexo masculino, observou-se maior predomnio durante a faixa etria dos 15 aos 20 anos.
GRFICO 3 Causa do aparecimento das estrias
62%
15%
22%
2%
2%
0%
61%
14%
0%
2%
6%
10%
6%
0%
Ado lescnc ia
Obesidade
Ac ademia
Ap s cirurgia
Po r uso de medicamentos
No sabe
Gravidez
Masculino Feminino
Fonte: do autor
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O grfico 3 apresenta qual a causa do aparecimento das estrias nos indivduos
selecionados, no qual houve predominncia durante a adolescncia em 61% no sexo feminino
e 62% no sexo masculino. Em segundo lugar predominou como causa do aparecimento dasestrias a obesidade, com 14% no sexo feminino e 13% no sexo masculino. No sexo
masculino, com 22% a causa foi academia, porm, 0% no sexo feminino. Como causa o uso
de medicamentos 6% das mulheres relataram o aparecimento, enquanto 2% dos homens
obtiveram a afeco. A gravidez como causadora do aparecimento ficou com 6% no sexo
feminino. 10% das mulheres, e 2% dos homens selecionados, responderam que no sabem a
causa das estrias, e somente 2% do sexo masculino e 0% do sexo feminino apresentaram
estrias aps cirurgia.
De acordo com os resultados obtidos Maio (2004), relata que a patognese ainda no
plenamente conhecida. Os trabalhos cientficos reconhecem sua natureza multifatorial e vm
demonstrando os vrios fatores implicados em sua origem. De acordo com Kede e Sabatovich
(2004), as causas mais comuns para a formao de estrias so: obesidade, gravidez e
puberdade (quando ocorre grande estiramento). O surgimento pode tambm estar associado
ao uso prolongado de corticides, tanto por via oral como tpica, para tratamento de algumas
patologias.
Silva, Takemura e Schwartz (1999) apud Guirro e Guirro (2004), citam que em
relao caracterizao das estrias, sete sujeitos relataram perodo de aparecimento dasestrias na adolescncia e trs na gravidez. Das 102 pacientes avaliadas tratadas pelas autoras,
a maior incidncia de aparecimento das estrias foi na adolescncia (45,5%), seguido pela
obesidade (30,5%), gravidez (19,5%) e medicamentos (4,5%).
Netto (2005), afirma que ocorrem na maioria das gestaes, aparecem na segunda
metade da gravidez e se localizam, preferencialmente, no abdome inferior, na regio gltea,
nas coxas e nos seios.
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Relacionado com a literatura encontrada sobre a causa do aparecimento das estrias,
observou-se que houve predomnio do aparecimento durante a adolescncia, tanto no sexo
feminino quanto no sexo masculino.
GRFICO 4 Localizao das estrias
19%22%
16%
6%
17%
9%
1%
10%10%
14%13%
4%
11%
6%
1%
7%
Braos Coxas Flancos Ombros Ndegas Abdomen Mamas Outros
Masculino Feminino
Fonte: do autor
O respectivo grfico apresenta a localizao das estrias, onde no sexo masculino
predominou com 22% nas coxas, seguido por 19% nos braos, 17% nas ndegas e 16% nos
flancos, enquanto nos ombros 6% dos homens relataram a afeco, 9% no abdmen, 1% nas
mamas e 10% observaram em outros lugares, como: axilas, costas e quadril. J no sexo
feminino, houve maior incidncia em coxas com 14%, seguido dos braos com 13%, ndegas
11%, flancos 10%, outros 7% que incluem as costas e regio popltea, 6% em abdmen, 4%
nos ombros e 1% nas mamas.
Os resultados encontrados no grfico 4, onde observou-se uma maior predominncia
do aparecimento das estrias em localidades como coxas, ndegas, e braos, tanto no sexo
feminino como no sexo masculino, so explicados por Guirro e Guirro (2002), que relatam
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que quanto localizao das estrias pode-se observar uma incidncia maior nas regies que
apresentam alteraes teciduais como glteos, seios, abdome, coxas, regio lombossacral
(comum em homens), podendo ocorrer tambm em regies pouco comuns como fossa popltea, trax, regio ilaca, antebrao, poro anterior do cotovelo.
De acordo com Azulay e Azulay (1999) e Kede e Sabatovich (2004), na mulher as
localizaes mais frequentes so ndegas, abdmen e mamas, enquanto nos homens,
predominam no dorso, regio lombossacra e parte externa de coxas. Existe, no entanto, uma
grande variao na distribuio bem como no acometimento de outras regies como raiz dos
membros superiores, axilas e trax. Pode-se afirmar que as estrias surgem perpendicularmente
ao eixo de maior tenso da pele e que acompanham a grosso modo, as linhas de clivagem da
pele (linhas de Langer).
Quanto ao baixo ndice de aparecimento das estrias em mamas, est relacionado
idade atualmente dos participantes e que houve baixo ndice de mulheres primparas e/ou
multparas
GRFICO 5 Colorao das estrias
62%
2%
25%
11%
65%
10%
20%
4%
Branca Branca/rosada Rosada No sei
Masculino Feminino
Fonte: do autor
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O grfico 5 ilustra a colorao das estrias, com predominncia da cor branca, onde
62% no sexo masculino e 65% no sexo feminino, seguida da colorao rosada com 25% no
sexo masculino e 20% no sexo feminino. 2% no sexo masculino e 10% no sexo femininoapresentam estrias com colorao branca e rosada, e 11% dos homens e 4% das mulheres no
souberam identificar a colorao de suas estrias.
Quanto aos resultados obtidos, Tsuji (1993) apud Santos e Simes (2003), explica que
a cor, normalmente, caracterizada de acordo com o perodo de instaurao: quanto mais
avermelhadas, mais recentes; e quanto mais esbranquiadas, mais antigas. Guirro e Guirro
(2002), afirmam tambm que as estrias so denominadas na fase inicial de rubras (striae
rubrae). Na fase seguinte, onde o processo de formao j est praticamente estabelecido, as
leses tornam-se esbranquiadas, quase nacaradas, sendo denominadas nessa fase de estria
Alba (striae albae).
GRFICO 6 Realizao de tratamento para estrias
2%
98%
12%
88%
Sim No
Masculino Feminino
Fonte: do autor
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O grfico 6 apresenta se houve ou no a realizao de tratamento para estrias, onde
2% do sexo masculino e 12% do sexo feminino, responderam que realizaram tratamento, com
diferentes abordagens teraputicas como: cremes, cirurgia de reduo de mama,galvanopuntura, remdios, peeling e laser. J 98% do sexo masculino e 88% do sexo
feminino, no realizaram tratamento para estrias.
De acordo com Guirro e Guirro (2002), na literatura disponvel sobre estrias, os
autores so unnimes em consider-las como sendo seqela irreversvel, o que confirma
Arnold Jr, Odom e James (1994), afirmando que no h tratamento efetivo para as estrias
atrficas. Porm, para Kede e Sabatovich (2004) e Azulay & Azulay (1999), atualmente
encontramos tcnicas efetivas e seguras no tratamento tanto das estrias eritematosas quanto
das estrias albas. Ainda que os resultados por vezes no alcancem um total desaparecimento
das leses, sem dvida algumas teraputicas atuais em muito contriburam para melhores
resultados e satisfao dos pacientes.
GRFICO 7 Realizao de tratamento com profissionais
2%
0%
10%
1%
Mdico/dermatologista Fisioterapeuta
Masculino Feminino
Fonte: do autor
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GRFICO 8 Resultado do tratamento realizado com profissionais
2%
0% 0% 0%
1%
4%
3% 3%
Ruim Regular Bom timo
Masculino Feminino
Fonte: do autor
Os respectivos grficos 7 e 8 apresentam se houve realizao de tratamento com
profissionais e qual foi o resultado deste tratamento. O grfico 7 ilustra que realizou-se
tratamento com mdico e fisioterapeuta, onde 2% no sexo masculino e 10% no sexo feminino
realizaram tratamento mdico e 0% no sexo masculino, e 1% no sexo feminino, realizaram
tratamento com fisioterapeuta.
O grfico 8, apresenta que no sexo masculino 2% do indivduos selecionados
responderam que o tratamento foi ruim, enquanto 0% regular, bom e timo. J no sexo
feminino, 1% das selecionadas responderam que o tratamento foi ruim, 4% regular, 3% bom e
3% timo.
Quanto ao profissional que realizou o tratamento, no sexo feminino, observou-se que
no tratamento fisioteraputico o resultado foi regular, enquanto no tratamento mdico as
respostas variam em ruim, regular, bom e timo, sendo que o maior ndice de respostas, se
deu quanto ao tratamento ter sido regular. J no sexo masculino s houve tratamento mdico,no qual o resultado foi ruim.
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De acordo com Guirro e Guirro (2002), a eficcia do tratamento grande. Obviamente
o resultado pode variar em diferentes indivduos, como em qualquer outro tratamento de
diversas afeces. Este fato est centrado na capacidade reacional de cada indivduo.Para os mesmos autores, vrias formulaes teraputicas tm sido testadas para o
tratamento das estrias atrficas, onde os resultados no so unnimes, tampouco conclusivos,
o que para Azulay e Azulay (1999), no contribuindo para melhores resultados e satisfao
dos pacientes.
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6 CONSIDERAES FINAIS
Considerando que as estrias so classificadas como uma atrofia adquirida, que indica
um desequilbrio elstico localizado, ou seja, uma leso da pele, as quais so observadas em
ambos os sexos. O objetivo deste estudo foi quantificar a incidncia do aparecimento de
estrias nos acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz, buscando analisar a localizao mais
comum, identificando a idade do aparecimento, o sexo mais afetado e as causas mais
freqentes do aparecimento das estrias. Pode-se observar que a incidncia de estrias foi
encontrada com maior ndice no sexo feminino, tendo como causa a adolescncia.
De acordo com os resultados obtidos, podemos considerar que houve relao com as
afirmaes encontradas na literatura, onde no estudo observou-se estrias em ambos os sexos,
mas com predomnio no sexo feminino, com as idades de maior incidncia no sexo feminino
entre 13 e 18 anos e no sexo masculino entre 15 a 20 anos.
Relacionando com a literatura consultada, observou-se que atualmente a colorao das
estrias, predomina na cor branca, devido idade dos participantes, pois em seu estgio inicial,
as estrias so violceas, adquirindo aps alguns meses uma tonalidade branca.
Podemos tambm analisar a causa mais freqente do aparecimento de estrias, visto que
h uma prevalncia maior durante a adolescncia. Quanto localizao da estrias tambm hsignificncia, estando de acordo com a literatura pesquisada, de que as estrias podem ser
observadas em regies que apresentem alteraes teciduais como glteos, seios, abdome,
coxas, flancos, podendo tambm ocorrer em regies como fossa popltea, costas, axilas e
regio ilaca.
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Sugestes quanto preveno das estrias foram descritas no estudo, mas alguns
autores relatam que no h comprovao em relao hidratao, por isso, deve-se tomar
algumas precaues, de acordo com alimentao, atividade fsica e fatores hormonais.O fisioterapeuta dermato-funcional deve sempre procurar um tratamento adequado
para cada patologia. Por essa razo, sugere-se que novos estudos sejam realizados, devido
escassez de literatura referente ao determinado assunto, dentro da rea da Fisioterapia.
Podendo assim, serem realizados com uma amostra maior, com diferentes faixas etrias,
procurando atingir mulheres multparas e obesos.
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7 REFERNCIAS
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APNDICES
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5) Voc j fez algum tratamento para estrias?
( ) No( ) Sim. Qual? ______________________________________
6) O tratamento para as estrias foram feitos com qual profissional?
( ) Mdico( ) Fisioterapeuta
( ) Outros? Quais? __________________________________
7) Como voc considera o resultado do tratamento?( ) Ruim( ) Regular ( ) Bom
( ) timo
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APNDICE B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Ttulo do Projeto: Incidncia de estrias em acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz,identificando a sua principal causa.
rea do Conhecimento: Cincias da SadeCurso: Fisioterapia Nmero de sujeitos no centro: Nmero total de sujeitos: 152 sujeitos.Patrocinador da pesquisa: autor do projeto.Instituio onde ser realizado: Faculdade Assis Gurgacz - FAG Nome dos pesquisadores e colaboradores: Pesquisador Responsvel: Daniele Zanato; Autor daPesquisa: Veridiana Biscaro Bonetti.
Voc est sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa acima identificado. Odocumento abaixo contm todas as informaes necessrias sobre a pesquisa que estamosfazendo. Sua colaborao neste estudo ser de muita importncia para ns, mas se desistir aqualquer momento, isso no causar nenhum prejuzo a voc.
Eu, ____________________________________ aceito participar como voluntrio (a) no
presente projeto de pesquisa. Discuti com o pesquisador responsvel sobre a minha deciso em participar e estou ciente que:
1. O objetivo desta pesquisa quantificar a incidncia de estrias em acadmicos da FAG.
2. O procedimento ser atravs de um questionrio que ser aplicado em sala, com a presenados acadmicos.
3. O benefcio esperado da pesquisa quantificar o nmero de indivduos que possuamestrias, qual a idade do aparecimento das mesmas e qual a principal causa para oaparecimento.
O desconforto e risco esperado que possa se sentir constrangido e que possa haver danosmorais ao mesmo. As medidas de proteo adotadas sero a preservao da identidade dosujeito e o cancelamento do questionrio do mesmo, que pode a qualquer momento retirar o questionrio. Os procedimentos para reduzir a ocorrncia dos possveis riscos edesconfortos sero os esclarecimentos de todas as questes do questionrio.
4. Declaro estar ciente de que no est prevista nenhuma forma de remunerao para a minha participao no presente estudo.
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5. Tenho a liberdade de desistir ou de interromper esta pesquisa no momento em que desejar,sem necessidade de qualquer explicao.
6. A minha desistncia no causar nenhum prejuzo minha sade ou bem estar fsico.
7. Os resultados obtidos durante este estudo sero mantidos em sigilo, mas concordo quesejam divulgados em publicaes cientficas, desde que meus dados pessoais no sejammencionados;
Poderei consultar o pesquisador responsvel (acima identificado), nas quintas-feiras nohorrio das 7:30 na sala dos professores de educao fsica ou o CEP-FAG, com endereona Faculdade Assis Gurgacz, Av. das Torres, 500, Cep 85807-030, Fone: (45) 3321-3965, e-mail:[email protected]
Sempre que entender necessrio obter informaes ou esclarecimentos sobre o projeto de pesquisa e minha participao no mesmo.
8. Esta pesquisa ser de carter pblico, a fim de ser divulgada em eventos cientficos denvel nacional e internacional, em diversos meios de comunicao e para acadmicos ou profissionais que tenham interesse no contedo da pesquisa assim colaborando com o meiocultural e educacional.
Declaro que obtive todas as informaes necessrias e esclarecimento quanto s dvidas por mim apresentadas e, por estar de acordo, assino o presente documento.
_____________( ), _____ de ____________ de ______.
__________________________________ Sujeito da pesquisa
mailto:[email protected]:[email protected]8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa
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APNDICE C CARTA DE ACEITAO DO CURSO DE FISIOTERAPIA
Cascavel, 19 de setembro de 2007.
Eu, Leda Paes Walcker, coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Assis
Gurgacz FAG declaro que recebi o pedido de autorizao para a realizao da coleta de
dados referente ao trabalho de concluso de curso titulado Incidncia de estrias em
acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz, identificando a sua principal causa. Solicitado
pela pesquisadora responsvel Daniele Zanato, docente do curso de Fisioterapia da
Faculdade Assis Gurgacz FAG.
Tendo conhecimento que o projeto ser encaminhado ao comit de tica e pesquisa
com seres humanos da FAG, e aps a concluso da pesquisa receberei uma cpia da mesma.
Venho por meio deste documento autorizar a realizao da coleta de dados pela
professora Daniele Zanato, durante o ms de setembro de 2007.
Atenciosamente,
___________________________ _______________________ Leda Paes Walcker Daniele Zanato
Coordenadora do Curso de Fisioterapia FAG Pesquisadora Responsvel
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APNDICE D CARTA DE ACEITAO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Cascavel, 27 de setembro de 2007.
Eu, Lgia Rachid, coordenador do curso de Engenharia Civil da Faculdade Assis
Gurgacz FAG declaro que recebi o pedido de autorizao para a realizao da coleta dedados referente ao trabalho de concluso de curso titulado Incidncia de estrias em
acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz, identificando a sua principal causa. Solicitado
pela pesquisadora responsvel Daniele Zanato, docente do curso de Fisioterapia da
Faculdade Assis Gurgacz FAG.
Tendo conhecimento que o projeto ser encaminhado ao comit de tica e pesquisa
com seres humanos da FAG, e aps a concluso da pesquisa receberei uma cpia da mesma.
Venho por meio deste documento autorizar a realizao da coleta de dados pela
professora Daniele Zanato, durante o ms de setembro de 2007.
Atenciosamente,
___________________________ _______________________ Lgia Rachid Daniele Zanato
Coordenador do Curso de Engenharia Civil FAG Pesquisadora Responsvel
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ANEXOS
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ANEXO A CARTA DE ACEITAO DO COMIT DE TICA