INCLUSO DE PESSOAS COM DEFICINCIA A temtica incluso social de grande interesse e demonstra que a nossa realidade segregadora e cruel, Pois no h muito espao aberto para manifestaes de diferena. Exemplificando isso podemos ver as condies de nossas cidades, que muito falham em gerar o mnimo de infraestrutura bsica que permita a incluso das pessoas portadoras de deficincias, e a situao vai a extremos maiores, como por exemplo, os preconceitos de pessoas definidas como normais. Sabemos que mesmo havendo avano nos ltimos anos, muito ainda pode ser feito. O esforo pela incluso no se trata apenas de conceder voz. Vou alm ao afirmar que a aceitao, no representa um favor muito menos uma concesso, de fato um direito garantido historicamente, resultado da ao dos movimentos sociais. Hoje em amparo pleno sob gide da lei, com a constituio, assegura-se em seus direitos fundamentais, que todos so iguais perante a lei, isso significa em termos prticos que as diferenas no representam fatores que justifiquem a excluso, de tal forma sendo dever da sociedade como um todo, - e isto toca nos e envolve nos enquanto sujeitos,- de ser sensveis a situao das PCDs- pessoas com deficincia, torna se fundamental portanto que tenhamos uma mente atenta as condies de vida destas pessoas, que a seu modo trabalham assim como qualquer outro cidado na construo de nosso pas. Sabemos das condies especiais que envolvem tais pessoas, reconhecemos que parece haver uma lacuna muito grande entre a lei e prtica, pois visvel que as pessoas no so iguais, mas juridicamente o so, e quando as heterogeneidades surgem, dever da sociedade suprir os elementos que eliminem esta diferena, ou seja tratar os desiguais, desigualmente a medida que sua desigualdade os diferencie do todo. Isso no significa dar privilgios excessivos aqueles em status diferenciado, na verdade uma busca por atenuar os problemas que estas pessoas j passam. Meu discurso representa um esforo por criar justia social em que deficientes e demais cidados encontrem se em igualdade, apesar das diferenas marcantes que possam ter. Aspectos como a mobilidade urbana, acesso a educao e sade, coisas do dia a dia que manifestam o nosso nvel de atraso e desrespeito com o cidado, situaes que j so vexatrias para quem no tem deficincia, sendo no entanto piores aos que padecem deficincias de ordem fsica ou mental. Com tudo isso que foi expresso aqui, apenas posso dizer que temos muito que aprender, e o pior de tudo que sabemos o que fazer e como fazer, mas obcecados por nossas prprias paixes ignoramos ou deixamos em segundo plano, algo que deveria ser prioridade, que ser cidado, e transformador da sociedade atravs de nossas crticas e envolvimentos nas questes sociais.