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5 Inclusão digital: uma reflexão acerca das dificuldades encontradas pelas escolas públicas para adotar as novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s). 1 Andreia da Silva Gomes 2 Resumo Inclusão digital é parte do fenômeno informação, logo, inclusão digital significa proporcionar a democratização de acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), criando condições para que os cidadãos sejam, de fato, incluídos na sociedade. Este artigo teve por objetivo levantar os problemas, ou as dificuldades, que ocorrem nas escolas públicas de nível médio do município de Cacoal - Rondônia e que impedem a adoção das novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas TIC‟s para auxiliar o professor no processo de ensino/aprendizagem do aluno. Justifica-se essa pesquisa porque atualmente, a era da informação tecnológica e a educação constitui a base para o desenvolvimento da cultura das pessoas. Dessa forma, é necessário que as escolas estejam adequadas para a preparação dos indivíduos, para, assim, fazer parte da preparação e adequação do cidadão ao novo mundo. Para atender aos objetivos deste artigo foi realizada uma pesquisa quantitativa, utilizando-se como técnicas de coleta de dados a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo através de entrevistas e aplicação de questionários, a uma população de 142 alunos matriculados regularmente nas escolas de ensino médio de Cacoal e 48 professores. Através da análise destes dados pode-se concluir que, apesar dos investimentos feitos pelo governo em infraestrutura e capacitação dos educadores, a inclusão digital ainda não existe, de fato, nas escolas. Como sugestão, além de mais investimentos em infraestrutura, também uma intensificação na formação digital dos educadores e a proposta para o governo disponibilizar equipamento aos educadores visando proporcionar maior contato desse educador com essa ferramenta de trabalho. Palavras-chave: Educação; Inclusão Digital; Tic‟s. INTRODUÇÃO A educação e a tecnologia são de suma importância para o crescimento de uma sociedade. A cada nova geração surge também um novo jeito de ser e viver no mundo. Ao longo da história percebe-se que o surgimento de novos dispositivos de comunicação produz simultaneamente modificações na estrutura do pensamento, nos modos de apreensão do conhecimento e nas interações sociais em geral. 1 Artigo de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Federal de Rondônia como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Administração sob a orientação da professora Ms. Adriana Rigolon. 2 Acadêmica do 8º período do Curso de Administração da Universidade Federal de Rondônia Campus de Cacoal E-mail: [email protected]

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Inclusão digital: uma reflexão acerca das dificuldades encontradas pelas escolas públicas para adotar as novas

possibilidades educativas disponibilizadas pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s).1

Andreia da Silva Gomes2

Resumo

Inclusão digital é parte do fenômeno informação, logo, inclusão digital significa proporcionar a democratização de acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), criando condições para que os cidadãos sejam, de fato, incluídos na sociedade. Este artigo teve por objetivo levantar os problemas, ou as dificuldades, que ocorrem nas escolas públicas de nível médio do município de Cacoal - Rondônia e que impedem a adoção das novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas TIC‟s para auxiliar o professor no processo de ensino/aprendizagem do aluno. Justifica-se essa pesquisa porque atualmente, a era da informação tecnológica e a educação constitui a base para o desenvolvimento da cultura das pessoas. Dessa forma, é necessário que as escolas estejam adequadas para a preparação dos indivíduos, para, assim, fazer parte da preparação e adequação do cidadão ao novo mundo. Para atender aos objetivos deste artigo foi realizada uma pesquisa quantitativa, utilizando-se como técnicas de coleta de dados a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo através de entrevistas e aplicação de questionários, a uma população de 142 alunos matriculados regularmente nas escolas de ensino médio de Cacoal e 48 professores. Através da análise destes dados pode-se concluir que, apesar dos investimentos feitos pelo governo em infraestrutura e capacitação dos educadores, a inclusão digital ainda não existe, de fato, nas escolas. Como sugestão, além de mais investimentos em infraestrutura, também uma intensificação na formação digital dos educadores e a proposta para o governo disponibilizar equipamento aos educadores visando proporcionar maior contato desse educador com essa ferramenta de trabalho.

Palavras-chave: Educação; Inclusão Digital; Tic‟s.

INTRODUÇÃO

A educação e a tecnologia são de suma importância para o crescimento de

uma sociedade. A cada nova geração surge também um novo jeito de ser e viver no

mundo. Ao longo da história percebe-se que o surgimento de novos dispositivos de

comunicação produz simultaneamente modificações na estrutura do pensamento,

nos modos de apreensão do conhecimento e nas interações sociais em geral.

1 Artigo de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Federal de Rondônia como requisito parcial para

obtenção de título de Bacharel em Administração sob a orientação da professora Ms. Adriana Rigolon. 2 Acadêmica do 8º período do Curso de Administração da Universidade Federal de Rondônia Campus de Cacoal

E-mail: [email protected]

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Vive-se a era da informação tecnológica e a educação constitui a base para o

desenvolvimento da cultura das pessoas. Dessa forma, é necessário que as escolas

estejam adequadas para a preparação dos indivíduos, para, assim, fazer parte da

preparação e adequação do cidadão ao novo mundo. Nessa perspectiva, a

educação aliada às tecnologias pode favorecer o desenvolvimento de uma

consciência crítica nas comunidades, atendendo às necessidades emergentes das

mesmas.

O termo inclusão digital visa levar a apropriação ativa dos recursos da

informática a pessoas com diferentes perfis. Pode ser observado que projetos de

inclusão digital e a educação resumem-se à realização de atividades escolares

(pesquisas). Isso é bastante significativo para estudantes que não possuem conexão

em casa, e passam maior parte do seu tempo na escola, logo se faz necessário que

a escola esteja preparada para promover ao aluno esse conhecimento visando a

melhoria de vida desses indivíduos, sendo assim inclusão digital significa

proporcionar a democratização de acesso às Tecnologias da Informação e

Comunicação (TICs), criando condições para que os cidadãos sejam, de fato,

incluídos na sociedade.

Para incluir digitalmente, se faz necessário haver atividades

contextualizadas com a realidade da comunidade e, além disso, que sejam

socializadas experiências por meio de recursos tecnológicos. Pois, a inclusão digital

não só pode proporcionar processos de ensino e aprendizagem, como também

contribuir para a (re) inserção no mercado de trabalho. Diante dos fatores citados,

quais as dificuldades enfrentadas pelas escolas de ensino médio de Cacoal/RO no

sentido de promover a inclusão digital de seus discentes?

Esta pesquisa buscou levantar os problemas, ou as dificuldades, que

ocorrem nas escolas públicas de nível médio do município de Cacoal - Rondônia e

que impedem a adoção das novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas

TIC‟s para auxiliar o professor no processo de ensino/aprendizagem do aluno.

Também a pesquisa teve como objetivos específicos realizar pesquisa bibliográfica

sobre inclusão digital e alfabetização digital, verificar se as escolas possuem

infraestrutura adequada para promover a inclusão digital de seu aluno, verificar se

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existem programas governamentais, ou não, que auxiliem no processo de inclusão

digital nas escolas e, verificar se os profissionais da educação possuem a

capacitação necessária para utilizar os recursos que possibilitam a inclusão digital

dos discentes. Para tanto, foram realizadas pesquisas de campo, através de

entrevistas e aplicação de questionários, investigando a existência ou não de

infraestrutura e de programas que contemplem a inclusão digital de alunos e

professores.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. INCLUSÃO DIGITAL

Na sociedade da informação, o ambiente globalizado baseia-se em

comunicação, informação, conhecimento e aprendizagem, o papel da disseminação

da informação torna-se fundamental para a construção do conhecimento e para a

formação do cidadão, e as tecnologias da informação e comunicação trazem a

possibilidade de democratização e universalização da informação com grande

potencialidade para diminuir a exclusão social, embora paradoxalmente tenha

produzido, nos países não desenvolvidos, um novo tipo de exclusão, a digital. No

Brasil, a exclusão digital é um problema social e político, pois é decorrente da

escassez de recursos devido à péssima distribuição de renda no país. (OLIVEIRA,

2000. p.54).

A inclusão digital que vem sendo praticada, hoje no país, tem abordado, em

sua maioria, apenas a necessidade de fazer com que o cidadão aprenda a usar as

tecnologias com o objetivo de inseri-lo no mercado de trabalho. Porém não é o

acesso à tecnologia que promoverá a inclusão, mas sim a forma como essa

tecnologia vai atender às necessidades da sociedade e comunidades locais, com

uma apropriação crítica, pois o papel mais importante do processo de inclusão digital

deve ser a sua utilidade social.

É preciso pensar na contribuição para um desenvolvimento contínuo e

sustentável, com a melhoria da qualidade do padrão de vida da população, através

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da redução das desigualdades sociais e econômicas. A apropriação crítica, com

utilidade social, passa pela questão da informação para a cidadania, que visa a

criação de conteúdos de utilidade pública como seguridade, saúde e educação, cuja

disponibilidade facilitará a interação entre o cidadão e o Estado, com efeitos

impactantes na qualidade do serviço prestado e consequente melhoria na qualidade

de vida.

Rondelli (2003) define cinco passos para a inclusão digital:

1. Oferta de computadores conectados em rede;

2. Criação de oportunidades para que os aprendizados feitos a partir dos

suportes técnicos digitais possam ser empregados no cotidiano da vida e

do trabalho;

3. Necessidade de políticas públicas;

4. Pesquisas que subsidiem as estratégias de inclusão digital;

5. Exploração do potencial interativo da mídia digital.

Assim sendo não basta apenas disponibilizar o acesso aos usuários e sim

acompanhar e ensinar a utilizar os meios tecnológicos. É fato que a universalização

do acesso à Internet é fundamental para proporcionar a conexão de comunidades e

escolas públicas, assim como a definição de grupos e redes virtuais colaborativas

que possibilitarão discussão e disseminação de soluções de problemas locais.

Acredita-se que desta forma os programas de inclusão digital estarão

colaborando com a ampliação da cibercultura, forma libertadora e democrática de

expressão, de busca de informação e de conhecimento, que vem possibilitando o

surgimento de novas formas de pensar, trabalhar, interagir, ensinar, aprender e

viver, para os milhões de seres humanos conectados ao ciberespaço.

1.2. Educação e tecnologia

O Autor Grec (1993, p.281) relata que „‟a cada nova descoberta, a cada

novo lançamento, a sociedade impõe novas formas de relacionamento entre os

homens e as máquinas‟‟, como Consequência os homens se confrontam com o

novo. A escola deve se valer de tecnologias largamente utilizadas fora dela visando

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promover passos metodológicos importantes para a sistematização dos

conhecimentos. Ele afirma ainda que na medida em que a tecnologia pode ajudar

aos estudantes a trabalharem em diferentes níveis e conteúdo será possível atender

melhor os aprendizados diferenciados, o que permitirá desenvolver as capacidades

individuais de todos e cada um dos alunos.

De acordo com Nora (1980, p.132) “a informação e participação progridem

juntas‟‟, em um mundo ideal de “sábios”, totalmente informados, a sociedade do

mercado perfeito exige que todo indivíduo participe do avanço da tecnologia”. Por

isso, há a necessidade de adequação do profissional às novas necessidades e

dinâmica dos novos mercados de trabalho. Com o advento das novas tecnologias,

globalização da produção, abertura das economias, internacionalização do capital e

as constantes mudanças que vêm afetando o ambiente das organizações, aquele

profissional que não se adaptar a tais fatores estará colocando sua empregabilidade

em risco.

A utilização das TICs no ambiente escolar contribui para uma mudança de

paradigmas, sobretudo, para o aumento da motivação em aprender, pois as

ferramentas de informática exercem um fascínio em nossos alunos. Se a tecnologia

for utilizada de forma adequada, tem muito a nos oferecer, a aprendizagem se

tornará mais fácil e prazerosa, pois “as possibilidades de uso do computador como

ferramenta educacional está crescendo e os limites dessa expansão são

desconhecidos” (VALENTE, 1993 p.16).

Também afirma que para a implantação dos recursos tecnológicos de forma

eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o

software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio

educacional e o aluno, sendo que nenhum se sobressai ao outro. Ainda em sua obra

Valente (1993 p.16) ressalta que, o computador não é mais o instrumento que

ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e,

portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por

intermédio do computador. Logo pode-se afirmar ser imprescindível que se tenha

infraestrutura adequada, ou seja, laboratórios de informática equipados com bons

computadores, em quantidade suficiente, softwares adequados, manutenção,

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datashow, multimídia, etc., e professores capacitados para utilizar toda essa

tecnologia para que o aluno possa ser inserido neste mundo digital e ter a formação

adequada para atuar no mercado de trabalho.

O autor Grec (1993, p.281) menciona que nos países mais evoluídos, o

computador já ocupa um lugar de destaque nas escolas. Nos países como EUA,

França e Japão já é comum encontrar escolas de primeiro grau que tenha um

computador para cada aluno. Enquanto no Brasil ainda temos escolas que não

possuem laboratórios de informática, ou, se possuem não têm máquina suficiente

para todos os alunos ou não estão conectados à internet.

1.3. Internet como forma de socialização

O homem primitivo não era globalizado porque não se integrava, e não se

integrava porque não se comunicava. A revolução nas comunicações vem

promovendo a globalização e a internet se apresenta como uma língua universal de

socialização entre os povos. Vivem-se hoje a abertura de um novo espaço de

comunicação, onde a rede constitui dentre outros, a integração do computador e das

diversas tecnologias da informação, e cabe apenas a nós explorar as

potencialidades mais positivas deste espaço no plano econômico, político, cultural e

humano. (CEBRIAN, 1999 p. 88)

As ferramentas computacionais, especialmente a Internet, podem ser um

recurso rico em possibilidades que contribuam com a melhoria do nível de

aprendizagem, desde que haja uma reformulação nos modelos de metodologia, que

se repense qual o significado da aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja

espaço para que se promova a construção do conhecimento. Conhecimento, não

como algo que se recebe, mas concebido como relação, ou produto da relação entre

o sujeito e seu conhecimento. Onde esse sujeito descobre, constrói e modifica, de

forma criativa seu próprio conhecimento.

De acordo com o autor Dizard (2000, p.15) “até o fim dos anos 80, a Internet

era um obscuro brinquedo tecnológico usado basicamente por pequenos grupos de

fanáticos por computador”. Hoje a internet é usada por um grupo considerável de

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indivíduos em todas as idades, classes sociais, raças, tornando-se um objeto de

grande valor intelectual sobre as tecnologias da informação, também são utilizadas

em todo o mercado de trabalho que está acompanhando a evolução tecnológica de

forma a usufruir dos recursos para contribuição do desempenho das atividades

diárias das organizações.

A interatividade é, sem dúvida, uma das características mais marcantes da

Internet: o usuário é convidado a participar desta interatividade no envio de

mensagens pelo correio eletrônico, na participação em listas eletrônicas ou fóruns de

discussão em chats, ambientes multimídia e, até mesmo, no ato de navegar através

de links de hipertexto nas páginas da Web. Ao criar um espaço para a circulação de

informação, a rede das redes deu margem a uma multiplicação de formas de

comunicação e de sociabilidade mediada pelo computador. Possibilitou-se, assim, a

emergência do ciberespaço enquanto espaço virtual e midiatizado, onde tomam vida

relações sociais que se expressam através da cibercultura. (LÉVY, 1999 p. 92)

Pode ser observado que a Internet, os telefones móveis e as redes de

satélites são responsáveis pelo encolhimento do tempo e do espaço. Nota-se que

em países em desenvolvimento como é o caso do Brasil, a educação é vista como

passaporte para o ingresso na sociedade em rede. Visto que a Internet é vista como

um dos principais fatores de polarização entre ricos e pobres, pois favorece o

acúmulo de informação destinada à elite econômica e contribui para dividir o mundo

entre os que têm e os que não têm conhecimento.

Alguns autores destacam que, no âmbito da educação, as comunidades

virtuais representam hoje um grande avanço na renovação dos paradigmas

educativos e aponta a necessidade de explorar o potencial dessas redes de forma

cooperativa. Nesse cenário, Lévy (1999, p.92), destaca que “(...) a rede é, antes de

tudo, um instrumento de comunicação entre pessoas, um laço virtual em que as

comunidades auxiliam seus membros a aprender o que querem saber”. Esse laço

virtual tem proporcionado aos professores a formação de grupos com possibilidades

de apresentar e trocar ideias sobre suas reflexões, linha de pesquisa e experiências

cotidianas na sala de aula. (LÉVY, 1999, p.105).

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1.4. Formação de professores para uso da informática Compete a educadores e alunos explorarem os recursos que a tecnologia

disponibiliza, de forma a colaborar mais e mais com a aquisição do conhecimento.

Também compete à escola democratizar o acesso ao computador, promovendo a

inclusão sócio-digital dos alunos. É preciso também que os dirigentes discutam e

compreendam as possibilidades pedagógicas deste valioso recurso. Contudo, é

preciso estar conscientes de que não é somente a introdução da tecnologia em sala

de aula, que trará mudanças na aprendizagem dos alunos, (VALENTE, 1998, p. 68).

O termo “informática na educação refere-se à inserção do computador no

processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e

modalidades de educação”. Sendo assim, o computador é uma ferramenta que pode

auxiliar o professor a promover aprendizagem, autonomia, criatividade do aluno.

Mas, para que isto aconteça, é necessário que o professor assuma o papel de

mediador da interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe

formação para exercício deste papel. (VALENTE, 1998 p .68).

Essa formação de professores capazes de utilizar tecnologias (em especial,

o computador) na educação, não exige apenas o domínio dos recursos, mas uma

prática pedagógica reflexiva, uma vez que o uso de computadores não garante, por

si só, uma melhor qualidade do ensino, ou seja, o professor precisar estar

capacitado tanto metodologicamente como também dominar a pratica das

ferramentas tecnológicas, para obter resultados satisfatórios. (BERBEL, 1999 p.42).

Segundo Silva e Filho (1988, p.22) afirmam que “o computador não é

solução para problemas pedagógicos da sala de aula, não supre, por si, as possíveis

lacunas na formação do professor, pois (...) o maior problema não se encontra nas

questões de informatização”. No caso da formação de professores o problema maior

encontra-se nas lacunas do conteúdo escolar, formação pedagógica e de aparato

metodológico, que impedem, ou pelo menos dificultam a orientação para uma prática

pedagógica mais consequente, onde se percebam as relações estabelecidas com a

prática social mais ampla, e se organize a parcela de contribuição que compete a

uma educação compromissada com os menos favorecidos economicamente.

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O que se pode depreender desta análise é que a formação de professores

para a utilização de computadores na educação pode vir a contribuir para o

aprimoramento da prática educativa se pautada pela compreensão das

possibilidades e limites deste instrumento na concretização do papel educativo da

escola, ou seja, se abranger não só como utilizar os computadores nas práticas

educativas, mas também porque fazê-lo.

A formação do professor deve prover condições para que ele construa

conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o

computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem

administrativa e pedagógica. Essa prática possibilita a transição de um sistema

fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada

para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno. Finalmente,

deve criar condições para que o professor saiba contextualizar o aprendizado e a

experiência vivida durante a sua formação para a sua realidade de sala de aula

compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que

se dispõe a atingir, (VALENTE, 1997 p. 232).

A formação de professores capazes de utilizar tecnologias (em especial, o

computador) na educação, portanto, exige não apenas o domínio dos recursos, mas

uma prática pedagógica reflexiva, que contemple o contexto de trabalho do

professor. Prática essa, que só será possível, se o professor tiver um tempo

disponibilizado e remunerado para fazer os cursos de capacitação e elaborar

projetos que possam incluir a utilização das TIC‟s no seu plano de ensino. (PRADO,

VALENTE, 2003)

1.5. Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo)

De acordo com o Ministério da Educação (MEC) o Programa Nacional de

Tecnologia Educacional (ProInfo) é um programa educacional criado para promover

o uso pedagógico das diversas mídias eletrônicas nas escolas públicas do Brasil.

Para isso o Programa atua em duas frentes: equipando as escolas com tecnologias

da informação e capacitando professores para fazer o uso adequado desses

recursos no processo ensino-aprendizagem.

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Este programa funciona em um ambiente colaborativo de aprendizagem

(e_ProInfo) que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos

tipos de ações, como curso a distância complementar a cursos presenciais, projetos

de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e

ao processo ensino-aprendizagem. Foi desenvolvido pela Secretaria de Educação à

Distancia do Ministério da Educação em parceria com renomadas instituições de

ensino. O ambiente é composto por ferramentas como: fóruns, videoconferências,

bate-papos, e-mails, dentre outros. (MEC, 2005)

O e-ProInfo é composto por dois Web Sites: o site do Participante e o site do

Administrador. De acordo com o MEC, o site do Participante permite que pessoas

interessadas se inscrevam e participem dos cursos e diversas outras ações

oferecidas por várias entidades conveniadas. É através dele que os participantes

têm acesso a conteúdos, informações e atividades organizadas por módulos e

temas, além de poderem interagir com coordenadores, instrutores, orientadores,

professores, monitores e com outros colegas participantes. No Ambiente

Colaborativo do e-ProInfo há um conjunto de recursos disponíveis para apoio às

atividades dos participantes, entre eles, tira-dúvidas, notícias, avisos, agenda, diário

e biblioteca. Há ainda um conjunto de ferramentas disponíveis para apoio a

interação entre os participantes, entre eles, e-mail, chat e fórum de discussões e

banco de projetos; e outro conjunto de ferramentas para avaliação de desempenho,

como questionários e estatísticas de atividades. (MEC, 2005)

O MEC disponibiliza no programa e-ProInfo um site do Administrador

permitindo que pessoas credenciadas pelas Entidades conveniadas desenvolvam,

ofereçam, administrem e ministrem cursos à distância e diversas outras ações de

apoio à distância ao processo ensino-aprendizagem, configurando e utilizando todos

os recursos e ferramentas disponíveis no ambiente. Cada entidade pode estruturar

diversos Cursos ou outras ações compostas por módulos, e estes por atividades. Os

participantes se inscrevem em cursos e, sendo aceitos pelo administrador, podem se

vincular a turmas, através das quais cursam seus respectivos módulos.

Esses cursos são direcionados a formação tecnológica dos educadores com

o objetivo de inserir a tecnologia da informação e comunicação (TIC) na escola

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visando promover a inclusão digital dos professores e gestores para dinamizar e

qualificar os processos de ensino e de aprendizagem com vistas à melhoria da

qualidade da educação.

Os cursos que o e-proinfo disponibiliza aos professores, de acordo com

MEC ( 2013), são cursos para auxiliar no uso das TIC‟S nas salas de aula como:

1. Introdução à Educação Digital: Curso que tem por objetivo possibilitar aos

professores e gestores escolares a utilização de recursos tecnológicos

básicos.

2. Tecnologias na Educação: Curso que oferece subsídios teórico-

metodológicos práticos para que os professores e gestores escolares possam

compreender o potencial pedagógico de recursos das Tecnologias de

Informação e Comunicação (TIC) no ensino e na aprendizagem em suas

escolas, planejar estratégias de ensino e de aprendizagem, integrando

recursos tecnológicos disponíveis e criando situações para a aprendizagem

que levem os alunos à construção de conhecimento, ao trabalho colaborativo,

à criatividade e resultem efetivamente num bom desempenho acadêmico e,

também - utilizar as TIC nas estratégias docentes, promovendo situações de

ensino que focalizem a aprendizagem dos alunos e resultem numa melhoria

efetiva de seu desempenho;

3. Elaboração de Projetos: Visa capacitar os professores e gestores escolares

para que eles possam desenvolver projetos a serem utilizados na sala de aula

junto aos alunos, integrando as tecnologias de educação existentes na

escola.

Todos os recursos disponíveis para os participantes e para os

administradores são acessados via Internet, isto é, de qualquer lugar, em qualquer

dia e a qualquer hora e, além disso, são gratuitos.

2. METODOLOGIA

De acordo com Lakatos e Marconi (1996, p.201), metodologia é o

“procedimento formal com método de pensamento que requer um tratamento técnico

ou cientifico, e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para

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descobrir verdades parciais”. Dessa maneira, esse projeto utiliza a metodologia para

diagnosticar o tema proposto.

Esta pesquisa foi estruturada conforme manual do artigo cientifico do curso de

administração da UNIR (SILVA, TORRES NETO, QUINTINO, 2010)

Esta pesquisa é de natureza descritiva, descrevendo sistematicamente os

fatos e características, presentes na determinada população. Em relação à pesquisa

abordou-se a pesquisa exploratória, para auxiliar na definição de objetivos e levantar

informações sobre o assunto objeto de estudo, envolvendo levantamento

bibliográfico e estudo de caso. ( MICHEL, 2005 p.33)

Quanto aos procedimentos, adotou-se o método indutivo, que segundo

Lakatos (1991. P.159) caracteriza-se pelo processo pelo qual, o pesquisador por

meio de um levantamento particular, chega a determinadas conclusões gerais.

Portanto, o objetivo dos argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito

mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.

Em relação a abordagem do problema adotou-se a pesquisa quantitativa, pois

de acordo com Michel (2005, p.33), “a pesquisa quantitativa se realiza na busca por

resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas de variáveis

preestabelecidas, na qual se procura verificar e explicar sua influência sobre outras

variáveis”. Ainda segundo o mesmo autor, esta pesquisa busca se dá através de

recursos e de técnicas estatísticas.

As técnicas de coletas de dados utilizadas nesta pesquisa foram a pesquisa

bibliográfica, feita a partir de livros, dicionários, revistas especializadas, jornais teses

e dissertações com dados pertinentes ao assunto, de acordo com Vergara (2010 p.

43-44), pesquisa bibliográfica é o estudo desenvolvido com base em material

publicado em livros, revistas e jornais e redes eletrônicas, ou seja, material acessível

ao público em geral. Também foi aplicado questionário semiestruturado com

questões abertas e fechadas, pois de acordo com a aplicação individual do

questionário propiciou-se a observação direta do autor como técnica de coleta de

dados.

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Com relação ao questionário, foi elaborado um questionário semiestruturado

para os alunos e outro para os professores. O questionário foi aplicado pelo próprio

autor, obtendo permissão dos diretores de escola por meio de documento de

autorização elaborado pelo autor (APENDICE A) para abordar professores e

(APENDICE B) alunos (APENDICE C) do ensino médio do período noturno das

escolas estaduais de ensino médio no município de Cacoal-RO, de forma direta e

individual, pois a observação quando da aplicação do questionário também foi

utilizada para análise da pesquisa.

A pesquisa foi realizada em todas as escolas públicas de ensino médio do

município de Cacoal –Ro, foi utilizado uma amostra de cada escola, utilizando como

critério de seleção os alunos matriculados regularmente no 3° ano do ensino médio

no período noturno , selecionados aleatoriamente pela direção das escola que

designou uma turma do período para a aplicação do questionário e também os

professores que ministram aula nessas turmas.

No projeto foi descrito que o questionário seria aplicado à 131 alunos

regularmente matriculados no ensino médio no período noturno nas escolas do

município de Cacoal/RO.e 60 professores lotados nas escolas, porém, na ocasião

da execução do projeto ocorreram mudanças no plano de ensino do governo sendo

o questionário aplicado à 142 alunos e 48 professores. Os questionários foram

aplicados no período de 18 a 22 de fevereiro de 2013.

A principal limitação da pesquisa foi o recolhimento dos questionários

aplicados aos professores que talvez por falta de tempo deixavam para entregar em

outra data tendo o autor que se deslocar por varias vezes no mesmo local para o

recolhimento dos mesmo e, também alguns dos sujeitos se recusavam a colaboara

com a pesquisa.

A pesquisa adotou critérios éticos estabelecidos, onde os sujeitos não foram

identificados e assinaram o Termo de Consentimentos Livre e Esclarecido (ANEXO

A). O estudo realizado teve o compromisso de honrar os princípios éticos da

pesquisa cientifica no que se refere ao respeito com a instituição, bem como ao

sigilo das informações prestadas pelos sujeitos que farão parte do universo da

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pesquisa, com a obrigação de garantir a relevância e a utilidade dos dados para o

problema em questão.

De acordo com Martins (1994 p.45) “uma vez apurados os dados e as

informações, deverão ser analisados visando à solução do problema da pesquisa

proposta e o alcance dos objetivos colimados”. Assim, os resultados foram

analisados de forma a verificar se as escolas de ensino médio do município de

Cacoal/RO estão preparadas para promover a inclusão digital em seus alunos,

visando capacitá-los a integrar a tecnologia em seus afazeres, e desenvolvendo as

competências necessárias para melhorar a qualidade de vida. Para análise dos

dados foram utilizadas as ferramentas disponíveis no aplicativo Microsoft Excel

como, por exemplo, funções estatísticas, fórmulas e gráficos.

3. RESULTADOS E ANÁLISES

Após análise dos resultados obtidos a partir da observação in loco, das

entrevistas e da aplicação de questionários foi possível verificar quais as dificuldades

encontradas pelas escolas públicas de ensino médio do município de Cacoal/RO

para adotar as novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas Tecnologias

da Informação e da Comunicação (TIC‟s).

Gráfico 1: Softwares instalados nos laboratórios

Fonte: Próprio autor

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Em relação aos softwares instalados nos laboratórios, conforme gráfico 1,

observa-se que os laboratorios possuem, em geral, o pacote office (Microsoft Word,

Microsoft Excel e Microsoft Power Point), alguns softwares educativos e/ou jogos.

Constatou-se, também, que todos os laboratórios possuem acesso à internet.

Porém, entrevistando alunos e professores, pode-se verificar que o acesso a internet

existe, mas normalmente não possui velocidade suficiente para a realização das

atividades.

Observou-se que todas as escolas de ensino médio do município de Cacoal

possuem laboratório de informática, porém, nem sempre é possível disponibilizar um

computador para cada aluno, sendo necessário, às vezes, compartilhar um

computador com três ou até quatro alunos.

De acordo com Rondelli (2003) um fator de suma importância e que está

dentro dos passos para a inclusão digital é a „oferta de computadores conectados

em rede. Dessa forma não adianta ter a ferramenta e ela não estar adaptada com os

softwares adequados para atender as necessidades tecnológicas necessárias para a

inclusão digital.

Gráfico 2 Atividades que os professores costumam realizar no laboratório de informática

Fonte: Próprio autor

Quando os alunos foram questionados à respeito das atividades que

costumam executar nos laboratórios de informática, observa-se que, apesar de

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professores e alunos reclamarem da velocidade de acesso à internet, o uso desta se

destaca, com um percentual de 71%, em relação à utilização dos demais recursos

disponíveis nos computadores, conforme gráfico 2.

O grande desafio da atualidade consiste em trazer as TIC‟s para dentro da

sala de aula, o que implica em mudar, de maneira significativa, o processo

educacional como um todo, equipando as escolas para que essa prática seja

executada de forma que os alunos possam estar incluídos na sociedade digital

visando um crescimento tecnológico e também preparando esses alunos para o

mercado de trabalho que os espera.

De acordo com Cebrian (1999, p.88) a Internet, e a sociedade global da

Informação já vivem profundamente imersa em uma sociedade, também em sua

obra, afirma que a rede constitui a integração entre o computador e as diversas

tecnologias, e cabe a nós explorar suas potencialidades positivas. Mas, para isso,

faz se necessário investimento em qualidade de conexão (estabilidade e velocidade

de acesso) para que professores e alunos possam explorar o uso dessa ferramenta

como forma de socialização.

Gráfico 3:Frequência os seus professores utilizam o datashow

Fonte: Próprio autor

Recursos audio visuais são importantes pontos de apoio para facilitar o

processo de aprendizagem. Porém, o êxito do uso do recurso áudio visual depende

muito mais do professor e suas habilidades do que do aparelho em si.

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Em relação à utilização de recursos audio visuais, verifica-se que as escolas

possuem um acervo de Cd‟s e DVD‟s educativos e todas as escolas possuem pelo

menos 2 datashow para agendamento. De acordo com o gráfico 3, estes datashows

são utilizados com uma frequencia de pelo menos 2 vezes por semana.

Durante as entrevistas com os alunos pode-se concluir que a utilização dos

recursos audio visuais, em particular o datashow, torna as aulas mais interessantes

e mais fácil para assimilar os conteúdos, pois, através do datashow é possível fazer

exposição dos slides feitos no "power point", apresentar vídeos, gráficos, imagens,

tabelas, entre outros.

E de acordo com Valente ( 1993 p.16) a utilização das TIC‟s no ambiente

escolar contribui para uma mudança de paradigmas, sobretudo, para o aumento da

motivação em aprender, pois as ferramentas de informática exercem um fascínio em

nossos alunos, com isso compra-se que o efeito visual se sobressai.

Gráfico 4: Os recursos tecnológicos que estão sendo utilizados pela sua escola são suficientes para prepará-lo para o mercado de trabalho?

Fonte: Próprio autor

Com relação ao gráfico 4 nota-se uma insatisfação por parte dos alunos, pois,

apesar da observação in loco e das entrevistas com professores demonstrar haver

infraestrutura e investimentos em inclusão digital, ainda há muito o que se fazer para

incluir de fato estes alunos no mundo digital e consequentemente prepará-los para o

mercado de trabalho.

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Se faz necessário ainda mais investimento, não somente em infra-estrutura

bem como também em cursos de capacitação e outros incentivos para que o

professor possa estar totalmente inserido no mundo digital e uma reformulação no

projeto pedagógico para que o profissional possa incluir a utilização das TIC‟s em

sua práticas diárias.

O autor Valente (1993, p.16 ) afirma que “para a implantação dos recursos

tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes

básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o

computador como meio educacional e o aluno”, sendo que nenhum se sobressai ao

outro.

Também Valente (1997 p.232) relata que “a formação do professor deve

prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas

computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática

pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e

pedagógica”. Essa capacitação de professores é de suma importância para que as

TIC‟s sejam de fato incluídas no aprendizado do aluno.

Gráfico 5: A escola tem suporte técnico para manter os computadores em perfeito funcionamento?

Fonte: Próprio autor

Conforme gráfico 5, a maioria das escolas de nível médio do município de

Cacoal possuem técnicos em informática dentro do seu quadro de funcionários. As

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que não tem, terceirizam esse serviço. Portanto, os laboratórios de informática das

escolas mantém-se em condições de uso, não sendo esse um impecilio para que

não seja aplicado as tecnologias de informação para alunos e professores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa obteve êxito em seu resultado final atendendo o objetivo geral

podendo o autor verificar os problemas, ou as dificuldades, que ocorrem nas

escolas públicas de nível médio do município de Cacoal - Rondônia e que impedem

a adoção das novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas TIC‟s para

auxiliar o professor no processo de ensino/aprendizagem do aluno. Também

atendeu aos objetivos específicos que possibilitou o autor de verificar se as escolas

possuem infraestrutura adequada para promover a inclusão digital de seu aluno,

verificar se existem programas governamentais, ou não, que auxiliem no processo

de inclusão digital nas escolas e também verificar se os profissionais da educação

possuem a capacitação necessária para utilizar os recursos que possibilitam a

inclusão digital dos discentes.

Inclusão digital é proporcionar a democratização de acesso às Tecnologias da

Informação e Comunicação (TICs), criando condições para que os cidadãos sejam,

de fato, incluídos na sociedade, reduzindo assim as desigualdades socioeconômicas

por meio de projetos comunitários, culturais e profissionalizantes, utilizando as TICs

e tendo a educação como meio para a efetivação dessa prática.

A educação aliada às tecnologias pode favorecer o desenvolvimento de uma

consciência crítica nas comunidades, atendendo às necessidades emergentes das

mesmas, logo a escola tem papel fundamental para a introdução dos estudantes no

mundo virtual, pois o ambiente escolar induz o aluno ao aprendizado, sendo assim

torna-se de extrema importância que as escolas estejam preparadas para passar

esse conhecimento aos alunos preparando-os para o mercado de trabalho.

De acordo com os resultados obtidos, pode-se observar que todas as escolas

de ensino médio do município de Cacoal possuem laboratório de informática,

equipados com computadores, numa média de 1 computador para cada 2 alunos.

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Nestes computadores estão instalados, além do Linux Educacional 4.0, vários

aplicativos para serem utilizados nas diversas áreas do saber. Verificou-se, também,

que todos os computadores, de todas as escolas, possuem acesso à internet,

apesar de ainda possuírem alguns problemas de conexão e/ou velocidade. Além dos

laboratórios, as escolas também disponibilizam, no sistema de agendamento,

datashow, caixa de som e acervo multimídia para atender às necessidades dos

professores.

Porém, o fato das escolas possuírem infraestrutura adequada não significa

dizer que esteja ocorrendo a inclusão digital, pois conforme a literatura, para garantir

a democratização de acesso às TIC‟s é necessário muito mais que uma sala

equipada com computadores. Faz-se necessário a ampliação dos laboratórios e do

quantitativo de computadores disponíveis por aluno, climatização, iluminação

suficiente, e, principalmente, qualificação dos profissionais da educação.

É bem verdade que o governo têm feito investimentos nessa capacitação

através do projeto ProInfo, porém, ainda é insuficiente para garantir que toda uma

geração de educadores que tiveram sua formação em uma época em que não se

ouvia falar em tecnologia passe a ter intimidade com as TIC‟s a ponto de se sentirem

seguros para incluí-las em seus projetos pedagógicos e sintam-se capazes de

integrá-las a tal ponto de promover a inclusão digital de seu aluno.

A realidade nas escolas de ensino médio do município de Cacoal sugere,

além de mais investimentos em infraestrutura, também uma intensificação na

formação digital dos educadores, não somente através da oferta de cursos à

distância, mas também de condições para que esse professor possa fazer esse

curso, pois a maioria dos educadores está em sala nos dois períodos (40 horas)

restando o seu horário de descanso para se dedicar ao estudo. Sugere-se, também,

que o governo forneça o equipamento (notebook, tablet) para proporcionar maior

contato desse educador com essa nova ferramenta de trabalho. Pois a inclusão

digital não irá ocorrer nas escolas se não for por intermédio dos professores.

O computador tornou-se parte da lista de material que o aluno deve adquirir e

o seu uso se tornou rotineiro em praticamente todas as atividades. As possibilidades

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que se despontam quando se tem acesso a um computador com internet vai muito

além da utilização de um software para aperfeiçoar o aprendizado daquele

determinado assunto, mas permite que professores e alunos investiguem juntos,

navegando pelos diversos sites que abordam o assunto em questão, comparando,

criticando, compartilhando ideias com pessoas de todo o mundo através dos fóruns,

chats, redes sociais, etc., formulem novos conceitos, experimentem, modifiquem

hábitos, enfim, descubram um mundo novo, globalizado, e tenham, por intermédio

das TIC‟s, condições para atender as mudanças no mercado de trabalho.

SUGESTÕES PARA NOVOS TRABALHOS

Tendo em vista que a inclusão digital é a maior ferramenta para ampliar o

conhecimento do homem e para contribuir com a diminuição das desigualdades

entre as classes, o investimento em alternativas com finalidade social responsável

em possibilitar a inclusão digital torna-se indispensável que as escolas adotem essas

medidas de adequação para a preparação dos alunos para encarar o mercado de

trabalho, assim sendo tem-se como sugestão para pesquisas futuras:

a. Aprofundamento de pesquisas referentes a tecnologias na educação

b. Exclusão digital;

c. Qual é a diferença do uso das tecnologias nas escolas públicas e

particulares?

REFERÊNCIAS

1. Ambiente Colaborativo de Aprendizagem. Disponível em

http://eproinfo.mec.gov.br/help/apresentacao/apresentacao03.htm acesso em 16 de Maio de 2012

2. BERBEL, Alexandre Costa et al. Guia de Informática na escola: como implantar e administrar novas tecnologias. Alabama Editora, 1999. p . 42

3. CEBRIAN, Juan Luis. A rede. São Paulo: Summus, 1999. p.88.

4. DIZARD, Wilson. A nova mídia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000. p.15.

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5. E-PROINFO: disponível em http://eproinfo.mec.gov.br/fra_eProinfo.php?opcao=1 acesso em 16 de maio de 2012.

6. E-PROINFO : disponível em : http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13156&Item

id=823 acesso em 14 de abril 2013.

7. GREC Waldir. Informática Para Todos. Editora Atlas 2ª edição 1993. p.281.

8. LAKATOS, Eva Maria,Marconi,Marina de Andrade . Fundamentos de metodologia cientifica /São Paulo , 1996 p. 201

9. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. 2ª ed. São Paulo. Editora 34, 1999.p.92,105.

10. MARCONI, Marina de Andrade ; Eva Maria Lakatos , Metodologia cientifica . Editora Atlas S.A. São Paulo 1991, p. 159

11. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1994, p.45

12. MEC e-ProInfo consolida sua utilização em diversos níveis educacionais disponível em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4859:&catid=210&Itemid=86 Acesso em 16 de Outubro 2012

13. MICHEL, Maria Helena. Metodologia e Pesquisa Cientifica em Ciências Sociais. Editora Atlas S. A 2005 p. 33.

14. OLIVEIRA, Maria Odaísa E. de. A disseminação da informação na construção do conhecimento e na formação da cidadania. 2000, p. 54.

15. PRADO, M.E.B.B.; VALENTE, J.A. A educação a distância possibilitando a formação do professor com base no ciclo da prática pedagógica. In: Maria Cândida Moraes. Educação a Distância: fundamentos e práticas. Campinas: SP, 2003

16. Rondelli, Elizabeth. Quatro passos para a inclusão digital. Disponível em: <http://www.comunicacao.pro.br/setepontos/5/4passos.htm>. Acesso em 28 Março de 2012

17. SILVA FILHO, João Josué. Informática e Educação: uma experiência de trabalho com professores. São Paulo: [Dissertação (mestrado) – PUC-SP], 1988. p.22.

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18. SILVA, Adriano Camiloto; TORRES NETO, Diogo Gonzaga; QUINTINO, Simone Marçal. Manual do Artigo Cientifico do Curso de Administração. Cacoal: Unir, 2010.

19. SIMON Nora 1980 –A informatização da sociedade.Editora fundação Getulio Vargas /cobra p. 132

20. VALENTE, José Armando. Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: UNICAMP. 1993. P.16.

21. VALENTE. O computador na sociedade do conhecimento. 1ª ed. Campinas. Editora Nied,1998. p.232

22. VALENTE, José Armando Por que o computador na Educação? Disponível em http://www.nied.unicamp.br/publicacoes/separatas/Sep2.pdf. acessado em 16 de Maio de 2012

23. VALENTE. Visão analítica da Informática na Educação no Brasil: a questão da formação do professor. Revista Brasileira de Informática na Educação. RS: Sociedade Brasileira de Computação, nº 1, set. de 1997.

24. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração Editora Atlas S. A São Paulo 2010 p. 43, 44.

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ANEXO

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ANEXO A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa

Inclusão digital: uma reflexão acerca das dificuldades encontradas pelas escolas públicas para adotar as novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC‟s), no caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do documento. Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador (a) ou com a instituição.

Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e endereço do

pesquisador (a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação. PROGRAMA: Pre Projeto Universidade Federal de Rondônia- UNIR PESQUISADOR(A) RESPONSÁVEL: Andréia da Silva Gomes ENDEREÇO: R. José de Alencar , nº 2289 Cacoal/RO TELEFONE: (69) 84889826 OBJETIVOS:

-Realizar pesquisa bibliográfica sobre inclusão digital e alfabetização digital; -Verificar se as escolas possuem infraestrutura adequada para promover a inclusão digital de seu aluno; -Verificar se existem programas governamentais, ou não, que auxiliem no processo de inclusão digital nas escolas; -Verificar se os profissionais da educação possuem a capacitação necessária para utilizar os recursos que possibilitam a inclusão digital dos discentes;

PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: (se concordar em participar da pesquisa, você terá que responder a um questionário sobre sua percepção acerca da inclusão digital e alfabetização digital , Contendo 13 questões para o corpo discente e 11 questões para o corpo docente) coletados serão tabulados e analisados para conclusão artigo estudo de caso, Universidade Federal de Rondônia- UNIR . RISCOS E DESCONFORTOS: a pesquisa não oferece nenhum risco ou prejuízo ao participante. BENEFÍCIOS: Resultado das ações, analise e colaboração intelectual. CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto ou pagamento com sua participação. CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Garantia de sigilo que assegure a sua privacidade quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e o seu nome não serão divulgados.

Assinatura do Participante: _______________________________

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APÊNDICE

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APENDICE A : AUTORIZAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

AUTORIZAÇÃO

Autorizamos a acadêmica Andreia da Silva Gomes, do 8º período do curso

de Administração na Faculdade Universidade Federal de Rondônia, realizadora da

pesquisa com o tema “Inclusão digital: uma reflexão acerca das dificuldades

encontradas pelas escolas públicas para adotar as novas possibilidades educativas

disponibilizadas pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC‟s).Tendo

como objetivo principal “Analisar quais as dificuldades encontradas pelas escolas de

ensino médio do município de Cacoal/RO para adotar as novas possibilidades

educativas disponibilizadas pelas TIC‟s, a realizar sua pesquisa na escola

______________________________com os alunos do 3º ano do ensino médio e,

professores que ministram aula para os mesmos, bem como divulgar o nome do

estabelecimento de ensino e publicar as informações que julgar necessário para a

realização de sua atividade.

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APÊNDICE B: QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES

1. A escola em que você trabalha possui laboratório de informática?

( ) Sim ( ) Não

2. Em média, quantos computadores por aluno possuem na escola que você

trabalha.

( ) 1 computador por aluno.

( ) 1 computador para cada 2 alunos.

( ) 1 computador para cada 3 alunos.

( ) 1 computador para mais de 3 alunos.

3. Os computadores do laboratório de informática possuem acesso à internet?

( ) sim ( ) Não

4. Com qual frequência você utiliza o laboratório de informática para as aulas?

( ) Utilizo em todas as aulas

( ) Utilizo de 5 à 10 vezes no bimestre

( ) Utilizo menos de 5 vezes no bimestre

( ) Não utilizo.

5. Caso nunca utilize o laboratório de informática para suas aulas, qual(is) o(s)

motivo(s)?

( ) A escola não dispõe de equipamentos suficientes para todos os alunos.

( ) Os equipamentos disponíveis não funcionam corretamente.

( ) Não existem softwares adequados para justificar sua utilização.

( ) Não existe agenda compatível com meus horários de aula.

( ) Não recebi treinamento/curso de aperfeiçoamento adequado para trabalhar

com as TIC‟s.

( ) Não existem monitores para auxiliar nas aulas de laboratório.

( ) Outros. Quais __________________________

6. Quais atividades você costuma realizar no laboratório de informática?

( ) Pesquisa na internet

( ) Utilização de softwares Educativos

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( ) Utilização Jogos

( ) Utilizar programas como Word ou Excel

( ) Outros. Quais.___________________

7. A escola tem suporte técnico para manter os computadores em perfeito

funcionamento?

( ) Sim ( ) Não

8. Você tem conhecimento de cursos ou projetos de capacitação ou outros

incentivos para utilização das TIC‟s como forma de apoio ao processo de

ensino/aprendizagem, ofertados pelo Governo?

( ) Sim. Quais _________________________________

( ) Não

9. Com qual frequência você utiliza o Datashow durante suas aulas?

( ) Utilizo em todas as aulas

( ) Utilizo de 5 à 10 vezes no bimestre

( ) Utilizo menos de 5 vezes no bimestre

( ) Não utilizo.

10. Você tem notebook?

( ) Sim. Utiliza o notebook para preparar suas aulas? Como? ________

( ) Não

11. Em sua opinião, as escolas têm contribuído para a inclusão digital de seus

alunos? Justifique.

______________________________________________________________

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APÊNDICE C: QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS

1. A sua escola possui laboratório de informática?

( ) Sim ( ) Não

2. No laboratório de informática da sua escola tem computadores suficientes

para todos os alunos?

( ) Sim ( ) Não

3. Os computadores do laboratório de informática possuem acesso à internet?

( ) sim ( ) Não

4. Qual o sistema operacional instalado nos computadores?

( ) Windows ( ) Linux

5. Alem do sistema operacional quais outros softwares estão instalados nos

computadores?

( ) Microsoft Word

( ) Microsoft Excel

( )Softwares educativos

( ) Jogos

( )Outros.Quais_______________________

6. Seus professores utilizam o laboratório de informática durante as aulas?

( ) Sim ( ) Não

7. Quais Atividades os professores costumam realizar no laboratório de

informática?

( ) Pesquisa na internet

( ) Utilização de softwares Educativos

( ) Utilização Jogos

( ) Utilizar programas como Word ou Excel

( ) Outros. Quais.___________________

8. ( ) Você tem acesso ao laboratório de informática fora do horário da aula?

( ) Sim ( ) Não

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9. A sua escola possui datashow ?

( ) Sim ( ) Não

10. Com qual freqüência os seus professores utilizam o datashow?

( ) 1 vez por semana

( ) 2 vezes por semana

( ) de 3 a 5 vezes por semana

( ) nunca utilizam

11. A sua escola possui um acervo de DVS e CDS educativos?

( ) Sim ( ) Não

12. Com qual freqüência os seus professores utilizam as multimídias como o DVD

e CDS?

( ) 1 vez por semana

( ) 2 vezes por semana

( ) de 3 a 5 vezes por semana

( ) nunca utilizam

13. Você acha que os recursos tecnológicos que estão sendo utilizados pela sua

escola são suficientes para prepará-lo para o mercado de trabalho?

( ) Regular

( ) bom

( ) ótimo

( ) péssimo