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Inclusão digital: uma reflexão acerca das dificuldades encontradas pelas escolas públicas para adotar as novas
possibilidades educativas disponibilizadas pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s).1
Andreia da Silva Gomes2
Resumo
Inclusão digital é parte do fenômeno informação, logo, inclusão digital significa proporcionar a democratização de acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), criando condições para que os cidadãos sejam, de fato, incluídos na sociedade. Este artigo teve por objetivo levantar os problemas, ou as dificuldades, que ocorrem nas escolas públicas de nível médio do município de Cacoal - Rondônia e que impedem a adoção das novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas TIC‟s para auxiliar o professor no processo de ensino/aprendizagem do aluno. Justifica-se essa pesquisa porque atualmente, a era da informação tecnológica e a educação constitui a base para o desenvolvimento da cultura das pessoas. Dessa forma, é necessário que as escolas estejam adequadas para a preparação dos indivíduos, para, assim, fazer parte da preparação e adequação do cidadão ao novo mundo. Para atender aos objetivos deste artigo foi realizada uma pesquisa quantitativa, utilizando-se como técnicas de coleta de dados a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo através de entrevistas e aplicação de questionários, a uma população de 142 alunos matriculados regularmente nas escolas de ensino médio de Cacoal e 48 professores. Através da análise destes dados pode-se concluir que, apesar dos investimentos feitos pelo governo em infraestrutura e capacitação dos educadores, a inclusão digital ainda não existe, de fato, nas escolas. Como sugestão, além de mais investimentos em infraestrutura, também uma intensificação na formação digital dos educadores e a proposta para o governo disponibilizar equipamento aos educadores visando proporcionar maior contato desse educador com essa ferramenta de trabalho.
Palavras-chave: Educação; Inclusão Digital; Tic‟s.
INTRODUÇÃO
A educação e a tecnologia são de suma importância para o crescimento de
uma sociedade. A cada nova geração surge também um novo jeito de ser e viver no
mundo. Ao longo da história percebe-se que o surgimento de novos dispositivos de
comunicação produz simultaneamente modificações na estrutura do pensamento,
nos modos de apreensão do conhecimento e nas interações sociais em geral.
1 Artigo de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Federal de Rondônia como requisito parcial para
obtenção de título de Bacharel em Administração sob a orientação da professora Ms. Adriana Rigolon. 2 Acadêmica do 8º período do Curso de Administração da Universidade Federal de Rondônia Campus de Cacoal
E-mail: [email protected]
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Vive-se a era da informação tecnológica e a educação constitui a base para o
desenvolvimento da cultura das pessoas. Dessa forma, é necessário que as escolas
estejam adequadas para a preparação dos indivíduos, para, assim, fazer parte da
preparação e adequação do cidadão ao novo mundo. Nessa perspectiva, a
educação aliada às tecnologias pode favorecer o desenvolvimento de uma
consciência crítica nas comunidades, atendendo às necessidades emergentes das
mesmas.
O termo inclusão digital visa levar a apropriação ativa dos recursos da
informática a pessoas com diferentes perfis. Pode ser observado que projetos de
inclusão digital e a educação resumem-se à realização de atividades escolares
(pesquisas). Isso é bastante significativo para estudantes que não possuem conexão
em casa, e passam maior parte do seu tempo na escola, logo se faz necessário que
a escola esteja preparada para promover ao aluno esse conhecimento visando a
melhoria de vida desses indivíduos, sendo assim inclusão digital significa
proporcionar a democratização de acesso às Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs), criando condições para que os cidadãos sejam, de fato,
incluídos na sociedade.
Para incluir digitalmente, se faz necessário haver atividades
contextualizadas com a realidade da comunidade e, além disso, que sejam
socializadas experiências por meio de recursos tecnológicos. Pois, a inclusão digital
não só pode proporcionar processos de ensino e aprendizagem, como também
contribuir para a (re) inserção no mercado de trabalho. Diante dos fatores citados,
quais as dificuldades enfrentadas pelas escolas de ensino médio de Cacoal/RO no
sentido de promover a inclusão digital de seus discentes?
Esta pesquisa buscou levantar os problemas, ou as dificuldades, que
ocorrem nas escolas públicas de nível médio do município de Cacoal - Rondônia e
que impedem a adoção das novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas
TIC‟s para auxiliar o professor no processo de ensino/aprendizagem do aluno.
Também a pesquisa teve como objetivos específicos realizar pesquisa bibliográfica
sobre inclusão digital e alfabetização digital, verificar se as escolas possuem
infraestrutura adequada para promover a inclusão digital de seu aluno, verificar se
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existem programas governamentais, ou não, que auxiliem no processo de inclusão
digital nas escolas e, verificar se os profissionais da educação possuem a
capacitação necessária para utilizar os recursos que possibilitam a inclusão digital
dos discentes. Para tanto, foram realizadas pesquisas de campo, através de
entrevistas e aplicação de questionários, investigando a existência ou não de
infraestrutura e de programas que contemplem a inclusão digital de alunos e
professores.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. INCLUSÃO DIGITAL
Na sociedade da informação, o ambiente globalizado baseia-se em
comunicação, informação, conhecimento e aprendizagem, o papel da disseminação
da informação torna-se fundamental para a construção do conhecimento e para a
formação do cidadão, e as tecnologias da informação e comunicação trazem a
possibilidade de democratização e universalização da informação com grande
potencialidade para diminuir a exclusão social, embora paradoxalmente tenha
produzido, nos países não desenvolvidos, um novo tipo de exclusão, a digital. No
Brasil, a exclusão digital é um problema social e político, pois é decorrente da
escassez de recursos devido à péssima distribuição de renda no país. (OLIVEIRA,
2000. p.54).
A inclusão digital que vem sendo praticada, hoje no país, tem abordado, em
sua maioria, apenas a necessidade de fazer com que o cidadão aprenda a usar as
tecnologias com o objetivo de inseri-lo no mercado de trabalho. Porém não é o
acesso à tecnologia que promoverá a inclusão, mas sim a forma como essa
tecnologia vai atender às necessidades da sociedade e comunidades locais, com
uma apropriação crítica, pois o papel mais importante do processo de inclusão digital
deve ser a sua utilidade social.
É preciso pensar na contribuição para um desenvolvimento contínuo e
sustentável, com a melhoria da qualidade do padrão de vida da população, através
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da redução das desigualdades sociais e econômicas. A apropriação crítica, com
utilidade social, passa pela questão da informação para a cidadania, que visa a
criação de conteúdos de utilidade pública como seguridade, saúde e educação, cuja
disponibilidade facilitará a interação entre o cidadão e o Estado, com efeitos
impactantes na qualidade do serviço prestado e consequente melhoria na qualidade
de vida.
Rondelli (2003) define cinco passos para a inclusão digital:
1. Oferta de computadores conectados em rede;
2. Criação de oportunidades para que os aprendizados feitos a partir dos
suportes técnicos digitais possam ser empregados no cotidiano da vida e
do trabalho;
3. Necessidade de políticas públicas;
4. Pesquisas que subsidiem as estratégias de inclusão digital;
5. Exploração do potencial interativo da mídia digital.
Assim sendo não basta apenas disponibilizar o acesso aos usuários e sim
acompanhar e ensinar a utilizar os meios tecnológicos. É fato que a universalização
do acesso à Internet é fundamental para proporcionar a conexão de comunidades e
escolas públicas, assim como a definição de grupos e redes virtuais colaborativas
que possibilitarão discussão e disseminação de soluções de problemas locais.
Acredita-se que desta forma os programas de inclusão digital estarão
colaborando com a ampliação da cibercultura, forma libertadora e democrática de
expressão, de busca de informação e de conhecimento, que vem possibilitando o
surgimento de novas formas de pensar, trabalhar, interagir, ensinar, aprender e
viver, para os milhões de seres humanos conectados ao ciberespaço.
1.2. Educação e tecnologia
O Autor Grec (1993, p.281) relata que „‟a cada nova descoberta, a cada
novo lançamento, a sociedade impõe novas formas de relacionamento entre os
homens e as máquinas‟‟, como Consequência os homens se confrontam com o
novo. A escola deve se valer de tecnologias largamente utilizadas fora dela visando
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promover passos metodológicos importantes para a sistematização dos
conhecimentos. Ele afirma ainda que na medida em que a tecnologia pode ajudar
aos estudantes a trabalharem em diferentes níveis e conteúdo será possível atender
melhor os aprendizados diferenciados, o que permitirá desenvolver as capacidades
individuais de todos e cada um dos alunos.
De acordo com Nora (1980, p.132) “a informação e participação progridem
juntas‟‟, em um mundo ideal de “sábios”, totalmente informados, a sociedade do
mercado perfeito exige que todo indivíduo participe do avanço da tecnologia”. Por
isso, há a necessidade de adequação do profissional às novas necessidades e
dinâmica dos novos mercados de trabalho. Com o advento das novas tecnologias,
globalização da produção, abertura das economias, internacionalização do capital e
as constantes mudanças que vêm afetando o ambiente das organizações, aquele
profissional que não se adaptar a tais fatores estará colocando sua empregabilidade
em risco.
A utilização das TICs no ambiente escolar contribui para uma mudança de
paradigmas, sobretudo, para o aumento da motivação em aprender, pois as
ferramentas de informática exercem um fascínio em nossos alunos. Se a tecnologia
for utilizada de forma adequada, tem muito a nos oferecer, a aprendizagem se
tornará mais fácil e prazerosa, pois “as possibilidades de uso do computador como
ferramenta educacional está crescendo e os limites dessa expansão são
desconhecidos” (VALENTE, 1993 p.16).
Também afirma que para a implantação dos recursos tecnológicos de forma
eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o
software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio
educacional e o aluno, sendo que nenhum se sobressai ao outro. Ainda em sua obra
Valente (1993 p.16) ressalta que, o computador não é mais o instrumento que
ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e,
portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por
intermédio do computador. Logo pode-se afirmar ser imprescindível que se tenha
infraestrutura adequada, ou seja, laboratórios de informática equipados com bons
computadores, em quantidade suficiente, softwares adequados, manutenção,
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datashow, multimídia, etc., e professores capacitados para utilizar toda essa
tecnologia para que o aluno possa ser inserido neste mundo digital e ter a formação
adequada para atuar no mercado de trabalho.
O autor Grec (1993, p.281) menciona que nos países mais evoluídos, o
computador já ocupa um lugar de destaque nas escolas. Nos países como EUA,
França e Japão já é comum encontrar escolas de primeiro grau que tenha um
computador para cada aluno. Enquanto no Brasil ainda temos escolas que não
possuem laboratórios de informática, ou, se possuem não têm máquina suficiente
para todos os alunos ou não estão conectados à internet.
1.3. Internet como forma de socialização
O homem primitivo não era globalizado porque não se integrava, e não se
integrava porque não se comunicava. A revolução nas comunicações vem
promovendo a globalização e a internet se apresenta como uma língua universal de
socialização entre os povos. Vivem-se hoje a abertura de um novo espaço de
comunicação, onde a rede constitui dentre outros, a integração do computador e das
diversas tecnologias da informação, e cabe apenas a nós explorar as
potencialidades mais positivas deste espaço no plano econômico, político, cultural e
humano. (CEBRIAN, 1999 p. 88)
As ferramentas computacionais, especialmente a Internet, podem ser um
recurso rico em possibilidades que contribuam com a melhoria do nível de
aprendizagem, desde que haja uma reformulação nos modelos de metodologia, que
se repense qual o significado da aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja
espaço para que se promova a construção do conhecimento. Conhecimento, não
como algo que se recebe, mas concebido como relação, ou produto da relação entre
o sujeito e seu conhecimento. Onde esse sujeito descobre, constrói e modifica, de
forma criativa seu próprio conhecimento.
De acordo com o autor Dizard (2000, p.15) “até o fim dos anos 80, a Internet
era um obscuro brinquedo tecnológico usado basicamente por pequenos grupos de
fanáticos por computador”. Hoje a internet é usada por um grupo considerável de
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indivíduos em todas as idades, classes sociais, raças, tornando-se um objeto de
grande valor intelectual sobre as tecnologias da informação, também são utilizadas
em todo o mercado de trabalho que está acompanhando a evolução tecnológica de
forma a usufruir dos recursos para contribuição do desempenho das atividades
diárias das organizações.
A interatividade é, sem dúvida, uma das características mais marcantes da
Internet: o usuário é convidado a participar desta interatividade no envio de
mensagens pelo correio eletrônico, na participação em listas eletrônicas ou fóruns de
discussão em chats, ambientes multimídia e, até mesmo, no ato de navegar através
de links de hipertexto nas páginas da Web. Ao criar um espaço para a circulação de
informação, a rede das redes deu margem a uma multiplicação de formas de
comunicação e de sociabilidade mediada pelo computador. Possibilitou-se, assim, a
emergência do ciberespaço enquanto espaço virtual e midiatizado, onde tomam vida
relações sociais que se expressam através da cibercultura. (LÉVY, 1999 p. 92)
Pode ser observado que a Internet, os telefones móveis e as redes de
satélites são responsáveis pelo encolhimento do tempo e do espaço. Nota-se que
em países em desenvolvimento como é o caso do Brasil, a educação é vista como
passaporte para o ingresso na sociedade em rede. Visto que a Internet é vista como
um dos principais fatores de polarização entre ricos e pobres, pois favorece o
acúmulo de informação destinada à elite econômica e contribui para dividir o mundo
entre os que têm e os que não têm conhecimento.
Alguns autores destacam que, no âmbito da educação, as comunidades
virtuais representam hoje um grande avanço na renovação dos paradigmas
educativos e aponta a necessidade de explorar o potencial dessas redes de forma
cooperativa. Nesse cenário, Lévy (1999, p.92), destaca que “(...) a rede é, antes de
tudo, um instrumento de comunicação entre pessoas, um laço virtual em que as
comunidades auxiliam seus membros a aprender o que querem saber”. Esse laço
virtual tem proporcionado aos professores a formação de grupos com possibilidades
de apresentar e trocar ideias sobre suas reflexões, linha de pesquisa e experiências
cotidianas na sala de aula. (LÉVY, 1999, p.105).
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1.4. Formação de professores para uso da informática Compete a educadores e alunos explorarem os recursos que a tecnologia
disponibiliza, de forma a colaborar mais e mais com a aquisição do conhecimento.
Também compete à escola democratizar o acesso ao computador, promovendo a
inclusão sócio-digital dos alunos. É preciso também que os dirigentes discutam e
compreendam as possibilidades pedagógicas deste valioso recurso. Contudo, é
preciso estar conscientes de que não é somente a introdução da tecnologia em sala
de aula, que trará mudanças na aprendizagem dos alunos, (VALENTE, 1998, p. 68).
O termo “informática na educação refere-se à inserção do computador no
processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e
modalidades de educação”. Sendo assim, o computador é uma ferramenta que pode
auxiliar o professor a promover aprendizagem, autonomia, criatividade do aluno.
Mas, para que isto aconteça, é necessário que o professor assuma o papel de
mediador da interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe
formação para exercício deste papel. (VALENTE, 1998 p .68).
Essa formação de professores capazes de utilizar tecnologias (em especial,
o computador) na educação, não exige apenas o domínio dos recursos, mas uma
prática pedagógica reflexiva, uma vez que o uso de computadores não garante, por
si só, uma melhor qualidade do ensino, ou seja, o professor precisar estar
capacitado tanto metodologicamente como também dominar a pratica das
ferramentas tecnológicas, para obter resultados satisfatórios. (BERBEL, 1999 p.42).
Segundo Silva e Filho (1988, p.22) afirmam que “o computador não é
solução para problemas pedagógicos da sala de aula, não supre, por si, as possíveis
lacunas na formação do professor, pois (...) o maior problema não se encontra nas
questões de informatização”. No caso da formação de professores o problema maior
encontra-se nas lacunas do conteúdo escolar, formação pedagógica e de aparato
metodológico, que impedem, ou pelo menos dificultam a orientação para uma prática
pedagógica mais consequente, onde se percebam as relações estabelecidas com a
prática social mais ampla, e se organize a parcela de contribuição que compete a
uma educação compromissada com os menos favorecidos economicamente.
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O que se pode depreender desta análise é que a formação de professores
para a utilização de computadores na educação pode vir a contribuir para o
aprimoramento da prática educativa se pautada pela compreensão das
possibilidades e limites deste instrumento na concretização do papel educativo da
escola, ou seja, se abranger não só como utilizar os computadores nas práticas
educativas, mas também porque fazê-lo.
A formação do professor deve prover condições para que ele construa
conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o
computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem
administrativa e pedagógica. Essa prática possibilita a transição de um sistema
fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada
para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno. Finalmente,
deve criar condições para que o professor saiba contextualizar o aprendizado e a
experiência vivida durante a sua formação para a sua realidade de sala de aula
compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que
se dispõe a atingir, (VALENTE, 1997 p. 232).
A formação de professores capazes de utilizar tecnologias (em especial, o
computador) na educação, portanto, exige não apenas o domínio dos recursos, mas
uma prática pedagógica reflexiva, que contemple o contexto de trabalho do
professor. Prática essa, que só será possível, se o professor tiver um tempo
disponibilizado e remunerado para fazer os cursos de capacitação e elaborar
projetos que possam incluir a utilização das TIC‟s no seu plano de ensino. (PRADO,
VALENTE, 2003)
1.5. Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo)
De acordo com o Ministério da Educação (MEC) o Programa Nacional de
Tecnologia Educacional (ProInfo) é um programa educacional criado para promover
o uso pedagógico das diversas mídias eletrônicas nas escolas públicas do Brasil.
Para isso o Programa atua em duas frentes: equipando as escolas com tecnologias
da informação e capacitando professores para fazer o uso adequado desses
recursos no processo ensino-aprendizagem.
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Este programa funciona em um ambiente colaborativo de aprendizagem
(e_ProInfo) que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos
tipos de ações, como curso a distância complementar a cursos presenciais, projetos
de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e
ao processo ensino-aprendizagem. Foi desenvolvido pela Secretaria de Educação à
Distancia do Ministério da Educação em parceria com renomadas instituições de
ensino. O ambiente é composto por ferramentas como: fóruns, videoconferências,
bate-papos, e-mails, dentre outros. (MEC, 2005)
O e-ProInfo é composto por dois Web Sites: o site do Participante e o site do
Administrador. De acordo com o MEC, o site do Participante permite que pessoas
interessadas se inscrevam e participem dos cursos e diversas outras ações
oferecidas por várias entidades conveniadas. É através dele que os participantes
têm acesso a conteúdos, informações e atividades organizadas por módulos e
temas, além de poderem interagir com coordenadores, instrutores, orientadores,
professores, monitores e com outros colegas participantes. No Ambiente
Colaborativo do e-ProInfo há um conjunto de recursos disponíveis para apoio às
atividades dos participantes, entre eles, tira-dúvidas, notícias, avisos, agenda, diário
e biblioteca. Há ainda um conjunto de ferramentas disponíveis para apoio a
interação entre os participantes, entre eles, e-mail, chat e fórum de discussões e
banco de projetos; e outro conjunto de ferramentas para avaliação de desempenho,
como questionários e estatísticas de atividades. (MEC, 2005)
O MEC disponibiliza no programa e-ProInfo um site do Administrador
permitindo que pessoas credenciadas pelas Entidades conveniadas desenvolvam,
ofereçam, administrem e ministrem cursos à distância e diversas outras ações de
apoio à distância ao processo ensino-aprendizagem, configurando e utilizando todos
os recursos e ferramentas disponíveis no ambiente. Cada entidade pode estruturar
diversos Cursos ou outras ações compostas por módulos, e estes por atividades. Os
participantes se inscrevem em cursos e, sendo aceitos pelo administrador, podem se
vincular a turmas, através das quais cursam seus respectivos módulos.
Esses cursos são direcionados a formação tecnológica dos educadores com
o objetivo de inserir a tecnologia da informação e comunicação (TIC) na escola
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visando promover a inclusão digital dos professores e gestores para dinamizar e
qualificar os processos de ensino e de aprendizagem com vistas à melhoria da
qualidade da educação.
Os cursos que o e-proinfo disponibiliza aos professores, de acordo com
MEC ( 2013), são cursos para auxiliar no uso das TIC‟S nas salas de aula como:
1. Introdução à Educação Digital: Curso que tem por objetivo possibilitar aos
professores e gestores escolares a utilização de recursos tecnológicos
básicos.
2. Tecnologias na Educação: Curso que oferece subsídios teórico-
metodológicos práticos para que os professores e gestores escolares possam
compreender o potencial pedagógico de recursos das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC) no ensino e na aprendizagem em suas
escolas, planejar estratégias de ensino e de aprendizagem, integrando
recursos tecnológicos disponíveis e criando situações para a aprendizagem
que levem os alunos à construção de conhecimento, ao trabalho colaborativo,
à criatividade e resultem efetivamente num bom desempenho acadêmico e,
também - utilizar as TIC nas estratégias docentes, promovendo situações de
ensino que focalizem a aprendizagem dos alunos e resultem numa melhoria
efetiva de seu desempenho;
3. Elaboração de Projetos: Visa capacitar os professores e gestores escolares
para que eles possam desenvolver projetos a serem utilizados na sala de aula
junto aos alunos, integrando as tecnologias de educação existentes na
escola.
Todos os recursos disponíveis para os participantes e para os
administradores são acessados via Internet, isto é, de qualquer lugar, em qualquer
dia e a qualquer hora e, além disso, são gratuitos.
2. METODOLOGIA
De acordo com Lakatos e Marconi (1996, p.201), metodologia é o
“procedimento formal com método de pensamento que requer um tratamento técnico
ou cientifico, e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para
16
descobrir verdades parciais”. Dessa maneira, esse projeto utiliza a metodologia para
diagnosticar o tema proposto.
Esta pesquisa foi estruturada conforme manual do artigo cientifico do curso de
administração da UNIR (SILVA, TORRES NETO, QUINTINO, 2010)
Esta pesquisa é de natureza descritiva, descrevendo sistematicamente os
fatos e características, presentes na determinada população. Em relação à pesquisa
abordou-se a pesquisa exploratória, para auxiliar na definição de objetivos e levantar
informações sobre o assunto objeto de estudo, envolvendo levantamento
bibliográfico e estudo de caso. ( MICHEL, 2005 p.33)
Quanto aos procedimentos, adotou-se o método indutivo, que segundo
Lakatos (1991. P.159) caracteriza-se pelo processo pelo qual, o pesquisador por
meio de um levantamento particular, chega a determinadas conclusões gerais.
Portanto, o objetivo dos argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito
mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.
Em relação a abordagem do problema adotou-se a pesquisa quantitativa, pois
de acordo com Michel (2005, p.33), “a pesquisa quantitativa se realiza na busca por
resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas de variáveis
preestabelecidas, na qual se procura verificar e explicar sua influência sobre outras
variáveis”. Ainda segundo o mesmo autor, esta pesquisa busca se dá através de
recursos e de técnicas estatísticas.
As técnicas de coletas de dados utilizadas nesta pesquisa foram a pesquisa
bibliográfica, feita a partir de livros, dicionários, revistas especializadas, jornais teses
e dissertações com dados pertinentes ao assunto, de acordo com Vergara (2010 p.
43-44), pesquisa bibliográfica é o estudo desenvolvido com base em material
publicado em livros, revistas e jornais e redes eletrônicas, ou seja, material acessível
ao público em geral. Também foi aplicado questionário semiestruturado com
questões abertas e fechadas, pois de acordo com a aplicação individual do
questionário propiciou-se a observação direta do autor como técnica de coleta de
dados.
17
Com relação ao questionário, foi elaborado um questionário semiestruturado
para os alunos e outro para os professores. O questionário foi aplicado pelo próprio
autor, obtendo permissão dos diretores de escola por meio de documento de
autorização elaborado pelo autor (APENDICE A) para abordar professores e
(APENDICE B) alunos (APENDICE C) do ensino médio do período noturno das
escolas estaduais de ensino médio no município de Cacoal-RO, de forma direta e
individual, pois a observação quando da aplicação do questionário também foi
utilizada para análise da pesquisa.
A pesquisa foi realizada em todas as escolas públicas de ensino médio do
município de Cacoal –Ro, foi utilizado uma amostra de cada escola, utilizando como
critério de seleção os alunos matriculados regularmente no 3° ano do ensino médio
no período noturno , selecionados aleatoriamente pela direção das escola que
designou uma turma do período para a aplicação do questionário e também os
professores que ministram aula nessas turmas.
No projeto foi descrito que o questionário seria aplicado à 131 alunos
regularmente matriculados no ensino médio no período noturno nas escolas do
município de Cacoal/RO.e 60 professores lotados nas escolas, porém, na ocasião
da execução do projeto ocorreram mudanças no plano de ensino do governo sendo
o questionário aplicado à 142 alunos e 48 professores. Os questionários foram
aplicados no período de 18 a 22 de fevereiro de 2013.
A principal limitação da pesquisa foi o recolhimento dos questionários
aplicados aos professores que talvez por falta de tempo deixavam para entregar em
outra data tendo o autor que se deslocar por varias vezes no mesmo local para o
recolhimento dos mesmo e, também alguns dos sujeitos se recusavam a colaboara
com a pesquisa.
A pesquisa adotou critérios éticos estabelecidos, onde os sujeitos não foram
identificados e assinaram o Termo de Consentimentos Livre e Esclarecido (ANEXO
A). O estudo realizado teve o compromisso de honrar os princípios éticos da
pesquisa cientifica no que se refere ao respeito com a instituição, bem como ao
sigilo das informações prestadas pelos sujeitos que farão parte do universo da
18
pesquisa, com a obrigação de garantir a relevância e a utilidade dos dados para o
problema em questão.
De acordo com Martins (1994 p.45) “uma vez apurados os dados e as
informações, deverão ser analisados visando à solução do problema da pesquisa
proposta e o alcance dos objetivos colimados”. Assim, os resultados foram
analisados de forma a verificar se as escolas de ensino médio do município de
Cacoal/RO estão preparadas para promover a inclusão digital em seus alunos,
visando capacitá-los a integrar a tecnologia em seus afazeres, e desenvolvendo as
competências necessárias para melhorar a qualidade de vida. Para análise dos
dados foram utilizadas as ferramentas disponíveis no aplicativo Microsoft Excel
como, por exemplo, funções estatísticas, fórmulas e gráficos.
3. RESULTADOS E ANÁLISES
Após análise dos resultados obtidos a partir da observação in loco, das
entrevistas e da aplicação de questionários foi possível verificar quais as dificuldades
encontradas pelas escolas públicas de ensino médio do município de Cacoal/RO
para adotar as novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas Tecnologias
da Informação e da Comunicação (TIC‟s).
Gráfico 1: Softwares instalados nos laboratórios
Fonte: Próprio autor
19
Em relação aos softwares instalados nos laboratórios, conforme gráfico 1,
observa-se que os laboratorios possuem, em geral, o pacote office (Microsoft Word,
Microsoft Excel e Microsoft Power Point), alguns softwares educativos e/ou jogos.
Constatou-se, também, que todos os laboratórios possuem acesso à internet.
Porém, entrevistando alunos e professores, pode-se verificar que o acesso a internet
existe, mas normalmente não possui velocidade suficiente para a realização das
atividades.
Observou-se que todas as escolas de ensino médio do município de Cacoal
possuem laboratório de informática, porém, nem sempre é possível disponibilizar um
computador para cada aluno, sendo necessário, às vezes, compartilhar um
computador com três ou até quatro alunos.
De acordo com Rondelli (2003) um fator de suma importância e que está
dentro dos passos para a inclusão digital é a „oferta de computadores conectados
em rede. Dessa forma não adianta ter a ferramenta e ela não estar adaptada com os
softwares adequados para atender as necessidades tecnológicas necessárias para a
inclusão digital.
Gráfico 2 Atividades que os professores costumam realizar no laboratório de informática
Fonte: Próprio autor
Quando os alunos foram questionados à respeito das atividades que
costumam executar nos laboratórios de informática, observa-se que, apesar de
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professores e alunos reclamarem da velocidade de acesso à internet, o uso desta se
destaca, com um percentual de 71%, em relação à utilização dos demais recursos
disponíveis nos computadores, conforme gráfico 2.
O grande desafio da atualidade consiste em trazer as TIC‟s para dentro da
sala de aula, o que implica em mudar, de maneira significativa, o processo
educacional como um todo, equipando as escolas para que essa prática seja
executada de forma que os alunos possam estar incluídos na sociedade digital
visando um crescimento tecnológico e também preparando esses alunos para o
mercado de trabalho que os espera.
De acordo com Cebrian (1999, p.88) a Internet, e a sociedade global da
Informação já vivem profundamente imersa em uma sociedade, também em sua
obra, afirma que a rede constitui a integração entre o computador e as diversas
tecnologias, e cabe a nós explorar suas potencialidades positivas. Mas, para isso,
faz se necessário investimento em qualidade de conexão (estabilidade e velocidade
de acesso) para que professores e alunos possam explorar o uso dessa ferramenta
como forma de socialização.
Gráfico 3:Frequência os seus professores utilizam o datashow
Fonte: Próprio autor
Recursos audio visuais são importantes pontos de apoio para facilitar o
processo de aprendizagem. Porém, o êxito do uso do recurso áudio visual depende
muito mais do professor e suas habilidades do que do aparelho em si.
21
Em relação à utilização de recursos audio visuais, verifica-se que as escolas
possuem um acervo de Cd‟s e DVD‟s educativos e todas as escolas possuem pelo
menos 2 datashow para agendamento. De acordo com o gráfico 3, estes datashows
são utilizados com uma frequencia de pelo menos 2 vezes por semana.
Durante as entrevistas com os alunos pode-se concluir que a utilização dos
recursos audio visuais, em particular o datashow, torna as aulas mais interessantes
e mais fácil para assimilar os conteúdos, pois, através do datashow é possível fazer
exposição dos slides feitos no "power point", apresentar vídeos, gráficos, imagens,
tabelas, entre outros.
E de acordo com Valente ( 1993 p.16) a utilização das TIC‟s no ambiente
escolar contribui para uma mudança de paradigmas, sobretudo, para o aumento da
motivação em aprender, pois as ferramentas de informática exercem um fascínio em
nossos alunos, com isso compra-se que o efeito visual se sobressai.
Gráfico 4: Os recursos tecnológicos que estão sendo utilizados pela sua escola são suficientes para prepará-lo para o mercado de trabalho?
Fonte: Próprio autor
Com relação ao gráfico 4 nota-se uma insatisfação por parte dos alunos, pois,
apesar da observação in loco e das entrevistas com professores demonstrar haver
infraestrutura e investimentos em inclusão digital, ainda há muito o que se fazer para
incluir de fato estes alunos no mundo digital e consequentemente prepará-los para o
mercado de trabalho.
22
Se faz necessário ainda mais investimento, não somente em infra-estrutura
bem como também em cursos de capacitação e outros incentivos para que o
professor possa estar totalmente inserido no mundo digital e uma reformulação no
projeto pedagógico para que o profissional possa incluir a utilização das TIC‟s em
sua práticas diárias.
O autor Valente (1993, p.16 ) afirma que “para a implantação dos recursos
tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes
básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o
computador como meio educacional e o aluno”, sendo que nenhum se sobressai ao
outro.
Também Valente (1997 p.232) relata que “a formação do professor deve
prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas
computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática
pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e
pedagógica”. Essa capacitação de professores é de suma importância para que as
TIC‟s sejam de fato incluídas no aprendizado do aluno.
Gráfico 5: A escola tem suporte técnico para manter os computadores em perfeito funcionamento?
Fonte: Próprio autor
Conforme gráfico 5, a maioria das escolas de nível médio do município de
Cacoal possuem técnicos em informática dentro do seu quadro de funcionários. As
23
que não tem, terceirizam esse serviço. Portanto, os laboratórios de informática das
escolas mantém-se em condições de uso, não sendo esse um impecilio para que
não seja aplicado as tecnologias de informação para alunos e professores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa obteve êxito em seu resultado final atendendo o objetivo geral
podendo o autor verificar os problemas, ou as dificuldades, que ocorrem nas
escolas públicas de nível médio do município de Cacoal - Rondônia e que impedem
a adoção das novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas TIC‟s para
auxiliar o professor no processo de ensino/aprendizagem do aluno. Também
atendeu aos objetivos específicos que possibilitou o autor de verificar se as escolas
possuem infraestrutura adequada para promover a inclusão digital de seu aluno,
verificar se existem programas governamentais, ou não, que auxiliem no processo
de inclusão digital nas escolas e também verificar se os profissionais da educação
possuem a capacitação necessária para utilizar os recursos que possibilitam a
inclusão digital dos discentes.
Inclusão digital é proporcionar a democratização de acesso às Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs), criando condições para que os cidadãos sejam,
de fato, incluídos na sociedade, reduzindo assim as desigualdades socioeconômicas
por meio de projetos comunitários, culturais e profissionalizantes, utilizando as TICs
e tendo a educação como meio para a efetivação dessa prática.
A educação aliada às tecnologias pode favorecer o desenvolvimento de uma
consciência crítica nas comunidades, atendendo às necessidades emergentes das
mesmas, logo a escola tem papel fundamental para a introdução dos estudantes no
mundo virtual, pois o ambiente escolar induz o aluno ao aprendizado, sendo assim
torna-se de extrema importância que as escolas estejam preparadas para passar
esse conhecimento aos alunos preparando-os para o mercado de trabalho.
De acordo com os resultados obtidos, pode-se observar que todas as escolas
de ensino médio do município de Cacoal possuem laboratório de informática,
equipados com computadores, numa média de 1 computador para cada 2 alunos.
24
Nestes computadores estão instalados, além do Linux Educacional 4.0, vários
aplicativos para serem utilizados nas diversas áreas do saber. Verificou-se, também,
que todos os computadores, de todas as escolas, possuem acesso à internet,
apesar de ainda possuírem alguns problemas de conexão e/ou velocidade. Além dos
laboratórios, as escolas também disponibilizam, no sistema de agendamento,
datashow, caixa de som e acervo multimídia para atender às necessidades dos
professores.
Porém, o fato das escolas possuírem infraestrutura adequada não significa
dizer que esteja ocorrendo a inclusão digital, pois conforme a literatura, para garantir
a democratização de acesso às TIC‟s é necessário muito mais que uma sala
equipada com computadores. Faz-se necessário a ampliação dos laboratórios e do
quantitativo de computadores disponíveis por aluno, climatização, iluminação
suficiente, e, principalmente, qualificação dos profissionais da educação.
É bem verdade que o governo têm feito investimentos nessa capacitação
através do projeto ProInfo, porém, ainda é insuficiente para garantir que toda uma
geração de educadores que tiveram sua formação em uma época em que não se
ouvia falar em tecnologia passe a ter intimidade com as TIC‟s a ponto de se sentirem
seguros para incluí-las em seus projetos pedagógicos e sintam-se capazes de
integrá-las a tal ponto de promover a inclusão digital de seu aluno.
A realidade nas escolas de ensino médio do município de Cacoal sugere,
além de mais investimentos em infraestrutura, também uma intensificação na
formação digital dos educadores, não somente através da oferta de cursos à
distância, mas também de condições para que esse professor possa fazer esse
curso, pois a maioria dos educadores está em sala nos dois períodos (40 horas)
restando o seu horário de descanso para se dedicar ao estudo. Sugere-se, também,
que o governo forneça o equipamento (notebook, tablet) para proporcionar maior
contato desse educador com essa nova ferramenta de trabalho. Pois a inclusão
digital não irá ocorrer nas escolas se não for por intermédio dos professores.
O computador tornou-se parte da lista de material que o aluno deve adquirir e
o seu uso se tornou rotineiro em praticamente todas as atividades. As possibilidades
25
que se despontam quando se tem acesso a um computador com internet vai muito
além da utilização de um software para aperfeiçoar o aprendizado daquele
determinado assunto, mas permite que professores e alunos investiguem juntos,
navegando pelos diversos sites que abordam o assunto em questão, comparando,
criticando, compartilhando ideias com pessoas de todo o mundo através dos fóruns,
chats, redes sociais, etc., formulem novos conceitos, experimentem, modifiquem
hábitos, enfim, descubram um mundo novo, globalizado, e tenham, por intermédio
das TIC‟s, condições para atender as mudanças no mercado de trabalho.
SUGESTÕES PARA NOVOS TRABALHOS
Tendo em vista que a inclusão digital é a maior ferramenta para ampliar o
conhecimento do homem e para contribuir com a diminuição das desigualdades
entre as classes, o investimento em alternativas com finalidade social responsável
em possibilitar a inclusão digital torna-se indispensável que as escolas adotem essas
medidas de adequação para a preparação dos alunos para encarar o mercado de
trabalho, assim sendo tem-se como sugestão para pesquisas futuras:
a. Aprofundamento de pesquisas referentes a tecnologias na educação
b. Exclusão digital;
c. Qual é a diferença do uso das tecnologias nas escolas públicas e
particulares?
REFERÊNCIAS
1. Ambiente Colaborativo de Aprendizagem. Disponível em
http://eproinfo.mec.gov.br/help/apresentacao/apresentacao03.htm acesso em 16 de Maio de 2012
2. BERBEL, Alexandre Costa et al. Guia de Informática na escola: como implantar e administrar novas tecnologias. Alabama Editora, 1999. p . 42
3. CEBRIAN, Juan Luis. A rede. São Paulo: Summus, 1999. p.88.
4. DIZARD, Wilson. A nova mídia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000. p.15.
26
5. E-PROINFO: disponível em http://eproinfo.mec.gov.br/fra_eProinfo.php?opcao=1 acesso em 16 de maio de 2012.
6. E-PROINFO : disponível em : http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13156&Item
id=823 acesso em 14 de abril 2013.
7. GREC Waldir. Informática Para Todos. Editora Atlas 2ª edição 1993. p.281.
8. LAKATOS, Eva Maria,Marconi,Marina de Andrade . Fundamentos de metodologia cientifica /São Paulo , 1996 p. 201
9. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. 2ª ed. São Paulo. Editora 34, 1999.p.92,105.
10. MARCONI, Marina de Andrade ; Eva Maria Lakatos , Metodologia cientifica . Editora Atlas S.A. São Paulo 1991, p. 159
11. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1994, p.45
12. MEC e-ProInfo consolida sua utilização em diversos níveis educacionais disponível em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4859:&catid=210&Itemid=86 Acesso em 16 de Outubro 2012
13. MICHEL, Maria Helena. Metodologia e Pesquisa Cientifica em Ciências Sociais. Editora Atlas S. A 2005 p. 33.
14. OLIVEIRA, Maria Odaísa E. de. A disseminação da informação na construção do conhecimento e na formação da cidadania. 2000, p. 54.
15. PRADO, M.E.B.B.; VALENTE, J.A. A educação a distância possibilitando a formação do professor com base no ciclo da prática pedagógica. In: Maria Cândida Moraes. Educação a Distância: fundamentos e práticas. Campinas: SP, 2003
16. Rondelli, Elizabeth. Quatro passos para a inclusão digital. Disponível em: <http://www.comunicacao.pro.br/setepontos/5/4passos.htm>. Acesso em 28 Março de 2012
17. SILVA FILHO, João Josué. Informática e Educação: uma experiência de trabalho com professores. São Paulo: [Dissertação (mestrado) – PUC-SP], 1988. p.22.
27
18. SILVA, Adriano Camiloto; TORRES NETO, Diogo Gonzaga; QUINTINO, Simone Marçal. Manual do Artigo Cientifico do Curso de Administração. Cacoal: Unir, 2010.
19. SIMON Nora 1980 –A informatização da sociedade.Editora fundação Getulio Vargas /cobra p. 132
20. VALENTE, José Armando. Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: UNICAMP. 1993. P.16.
21. VALENTE. O computador na sociedade do conhecimento. 1ª ed. Campinas. Editora Nied,1998. p.232
22. VALENTE, José Armando Por que o computador na Educação? Disponível em http://www.nied.unicamp.br/publicacoes/separatas/Sep2.pdf. acessado em 16 de Maio de 2012
23. VALENTE. Visão analítica da Informática na Educação no Brasil: a questão da formação do professor. Revista Brasileira de Informática na Educação. RS: Sociedade Brasileira de Computação, nº 1, set. de 1997.
24. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração Editora Atlas S. A São Paulo 2010 p. 43, 44.
28
ANEXO
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ANEXO A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa
Inclusão digital: uma reflexão acerca das dificuldades encontradas pelas escolas públicas para adotar as novas possibilidades educativas disponibilizadas pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC‟s), no caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do documento. Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador (a) ou com a instituição.
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e endereço do
pesquisador (a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação. PROGRAMA: Pre Projeto Universidade Federal de Rondônia- UNIR PESQUISADOR(A) RESPONSÁVEL: Andréia da Silva Gomes ENDEREÇO: R. José de Alencar , nº 2289 Cacoal/RO TELEFONE: (69) 84889826 OBJETIVOS:
-Realizar pesquisa bibliográfica sobre inclusão digital e alfabetização digital; -Verificar se as escolas possuem infraestrutura adequada para promover a inclusão digital de seu aluno; -Verificar se existem programas governamentais, ou não, que auxiliem no processo de inclusão digital nas escolas; -Verificar se os profissionais da educação possuem a capacitação necessária para utilizar os recursos que possibilitam a inclusão digital dos discentes;
PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: (se concordar em participar da pesquisa, você terá que responder a um questionário sobre sua percepção acerca da inclusão digital e alfabetização digital , Contendo 13 questões para o corpo discente e 11 questões para o corpo docente) coletados serão tabulados e analisados para conclusão artigo estudo de caso, Universidade Federal de Rondônia- UNIR . RISCOS E DESCONFORTOS: a pesquisa não oferece nenhum risco ou prejuízo ao participante. BENEFÍCIOS: Resultado das ações, analise e colaboração intelectual. CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto ou pagamento com sua participação. CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Garantia de sigilo que assegure a sua privacidade quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e o seu nome não serão divulgados.
Assinatura do Participante: _______________________________
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APÊNDICE
31
APENDICE A : AUTORIZAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
AUTORIZAÇÃO
Autorizamos a acadêmica Andreia da Silva Gomes, do 8º período do curso
de Administração na Faculdade Universidade Federal de Rondônia, realizadora da
pesquisa com o tema “Inclusão digital: uma reflexão acerca das dificuldades
encontradas pelas escolas públicas para adotar as novas possibilidades educativas
disponibilizadas pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC‟s).Tendo
como objetivo principal “Analisar quais as dificuldades encontradas pelas escolas de
ensino médio do município de Cacoal/RO para adotar as novas possibilidades
educativas disponibilizadas pelas TIC‟s, a realizar sua pesquisa na escola
______________________________com os alunos do 3º ano do ensino médio e,
professores que ministram aula para os mesmos, bem como divulgar o nome do
estabelecimento de ensino e publicar as informações que julgar necessário para a
realização de sua atividade.
32
APÊNDICE B: QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES
1. A escola em que você trabalha possui laboratório de informática?
( ) Sim ( ) Não
2. Em média, quantos computadores por aluno possuem na escola que você
trabalha.
( ) 1 computador por aluno.
( ) 1 computador para cada 2 alunos.
( ) 1 computador para cada 3 alunos.
( ) 1 computador para mais de 3 alunos.
3. Os computadores do laboratório de informática possuem acesso à internet?
( ) sim ( ) Não
4. Com qual frequência você utiliza o laboratório de informática para as aulas?
( ) Utilizo em todas as aulas
( ) Utilizo de 5 à 10 vezes no bimestre
( ) Utilizo menos de 5 vezes no bimestre
( ) Não utilizo.
5. Caso nunca utilize o laboratório de informática para suas aulas, qual(is) o(s)
motivo(s)?
( ) A escola não dispõe de equipamentos suficientes para todos os alunos.
( ) Os equipamentos disponíveis não funcionam corretamente.
( ) Não existem softwares adequados para justificar sua utilização.
( ) Não existe agenda compatível com meus horários de aula.
( ) Não recebi treinamento/curso de aperfeiçoamento adequado para trabalhar
com as TIC‟s.
( ) Não existem monitores para auxiliar nas aulas de laboratório.
( ) Outros. Quais __________________________
6. Quais atividades você costuma realizar no laboratório de informática?
( ) Pesquisa na internet
( ) Utilização de softwares Educativos
33
( ) Utilização Jogos
( ) Utilizar programas como Word ou Excel
( ) Outros. Quais.___________________
7. A escola tem suporte técnico para manter os computadores em perfeito
funcionamento?
( ) Sim ( ) Não
8. Você tem conhecimento de cursos ou projetos de capacitação ou outros
incentivos para utilização das TIC‟s como forma de apoio ao processo de
ensino/aprendizagem, ofertados pelo Governo?
( ) Sim. Quais _________________________________
( ) Não
9. Com qual frequência você utiliza o Datashow durante suas aulas?
( ) Utilizo em todas as aulas
( ) Utilizo de 5 à 10 vezes no bimestre
( ) Utilizo menos de 5 vezes no bimestre
( ) Não utilizo.
10. Você tem notebook?
( ) Sim. Utiliza o notebook para preparar suas aulas? Como? ________
( ) Não
11. Em sua opinião, as escolas têm contribuído para a inclusão digital de seus
alunos? Justifique.
______________________________________________________________
34
APÊNDICE C: QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS
1. A sua escola possui laboratório de informática?
( ) Sim ( ) Não
2. No laboratório de informática da sua escola tem computadores suficientes
para todos os alunos?
( ) Sim ( ) Não
3. Os computadores do laboratório de informática possuem acesso à internet?
( ) sim ( ) Não
4. Qual o sistema operacional instalado nos computadores?
( ) Windows ( ) Linux
5. Alem do sistema operacional quais outros softwares estão instalados nos
computadores?
( ) Microsoft Word
( ) Microsoft Excel
( )Softwares educativos
( ) Jogos
( )Outros.Quais_______________________
6. Seus professores utilizam o laboratório de informática durante as aulas?
( ) Sim ( ) Não
7. Quais Atividades os professores costumam realizar no laboratório de
informática?
( ) Pesquisa na internet
( ) Utilização de softwares Educativos
( ) Utilização Jogos
( ) Utilizar programas como Word ou Excel
( ) Outros. Quais.___________________
8. ( ) Você tem acesso ao laboratório de informática fora do horário da aula?
( ) Sim ( ) Não
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9. A sua escola possui datashow ?
( ) Sim ( ) Não
10. Com qual freqüência os seus professores utilizam o datashow?
( ) 1 vez por semana
( ) 2 vezes por semana
( ) de 3 a 5 vezes por semana
( ) nunca utilizam
11. A sua escola possui um acervo de DVS e CDS educativos?
( ) Sim ( ) Não
12. Com qual freqüência os seus professores utilizam as multimídias como o DVD
e CDS?
( ) 1 vez por semana
( ) 2 vezes por semana
( ) de 3 a 5 vezes por semana
( ) nunca utilizam
13. Você acha que os recursos tecnológicos que estão sendo utilizados pela sua
escola são suficientes para prepará-lo para o mercado de trabalho?
( ) Regular
( ) bom
( ) ótimo
( ) péssimo