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Indíce Página 001 a 001 Introdução A Jóia do estilo Bizantino em Veneza. Página 002 a 003 O início de um era. Página 004 a 004 A arquitectura civil e religiosa Página 005 a 006 A arquitectura na época de Justiniano Página 006 a 009 Séculos IX XIII Página 010 a 011 Os géneros O mosaico, Os Ícones, A Pintura mural Página 012 a 021 A Basílica de São Marcos Página 022 a 022 Curiosidades cronológicas Página 023 a 023 Resumo Página 024 a 034 - Bibliografia

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Indíce

Página 001 a 001 – Introdução – A Jóia do estilo Bizantino em Veneza. Página 002 a 003 – O início de um era. Página 004 a 004 – A arquitectura civil e religiosa Página 005 a 006 – A arquitectura na época de Justiniano Página 006 a 009 – Séculos IX – XIII Página 010 a 011 – Os géneros – O mosaico, Os Ícones, A Pintura mural Página 012 a 021 – A Basílica de São Marcos Página 022 a 022 – Curiosidades cronológicas Página 023 a 023 – Resumo Página 024 a 034 - Bibliografia

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2011.04.25 História da Arquitectura da Pré-História à Idade Média – A Basílica de São Marcos [ 1/25 ]

Introdução

A Jóia do estilo Bizantino em Veneza

O Império Romano, enfranquecido, viu-se perante ameaças constantes ao longo das suas

fronteiras. Nessa época conturbada, muitos foram os que buscaram conforto em diversas

religiões, das quais o Cristianismo foi a mais importante, tendo beneficiado de um estatuto de

excepção no Reinado de Constantino, ele próprio um cristão convertido, que fundou a nova

capital do Império Romano em Constantinopla. Esta decisão viria a causar a cisão do império

em duas regiões independentes, a ocidente e a oriente.

A linha de separação não é nítida de carácter geográfico, cronológico ou estilístico entre a

Arte Paleocristã e a Arte Bizantina antes do século VI.

De entre as obras de arte que nos chegaram contam-se sarcófagos, mosaicos parietais e

livros iluminados. Uma arquitectura cristã que se possa dizer de importância surgiu apenas

após a consagração do Cristianismo como religião oficial.

Os artistas Bizantinos partilharam muitas das suas preocupações artísticas com os seus

congéneres Paleocristãos a Ocidente, em particular no que concerne a representações

simbólicas, não-naturalistas. Ainda assim, perdurou o uso do sistema Clássico de

representação, que continuou a ser admirado.

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O início de uma era.

Fig. 001 –Mapa Localização Império Bizantino – fonte História Arquitectura da Antiguidade aos nossos dias - Konemann

No ano 324, Constantino fundou a cidade de Constantinopola, com um complicado ritual

imperial.

A demarcação ritual foi lançada sobre uma antiga povoação grega chamada Bizâncio,

colonizada em finais do século II, por Séptimo Severo, junto do mar de Mármara e do estreito

do Bósforo.

Pela sua situação geográfica, muito estratégica, a meio caminho entre o Oriente e o

Ocidente, e por vontadade dos soberanos bizantinos, Constantinopola converteu-se num

previligiado centro cultural, onde, ao mesmo tempo que se honrava a antiguidade, fortalecida

pela ética do pensamento cristão numa fase de incontível expansão, começava a

transparecer uma nova cultura, a medieval, mantendo-se o esplendor palaciano da Velha

Roma nesta Nova Roma.

As causas do êxito do projecto constantino, que teve um rápido crescimento da população e

foi um dos mais fecundos e afortunados centros artísticos do Próximo Oriente, devem

procurar-se no dinamismo cultural derivado da tensão paradoxal que este lugar teve perante

o choque entre as antigas e as novas estruturas políticas e religiosas.

O ideal político baseava-se na criação de um estado forte, dirigido por um monarca absoluto

e indiscutível, cuja definição era inspirada na figura do imperador romano. Este detinha todo

o poder:era o chefe absoluto do exército e o legislador. É evidente que estas perrogativas se

baseavam num compromisso.

Os pilares em que se apoiava o poder imperial eram as classes dominantes e o cristianismo

que se institucionalizava. As primeiras beneficiaram de uma política económica protegida

pelo Estado, mediante a manutenção de uma moeda de ouro forte e estável que operava

num local estratégico, entre o Oriente e o Ocidente, e de uma política de expansão militar

que conduziu à conquista do Norte de África e de parte da Hispânia Levantina.

O apoio do cristianismo manifestou-se no contexto de uma certa sugestão do imperador por

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um ideal político oriental, que enriquecia os atributos do poder mediante a resolução da

equação rei = divindade; o jogo literário que se mantinha, desde Aureliano e Diocleciano,

tendia a fundir conceitos tais como soberano, Sol, Apolo, Mitra, etc., que Heráclio, sem

perder nenhuma conotação de poder.

Da relação entre o poder do imperador e o poder eclesiástico surgiriam múltiplos benefícios

para ambas as instituições; o primeiro gozava da consideração de eleito por Deus, enquanto

os bispos se converteram nos representantes da cidade, em detrimento de senadores,

curiais e magistrados.

Mais tarde, quando a igreja grega se separou de Roma, a desvinculação entre o Estado e a

Igreja aparentemente seria mais clara: o imperador tornou-se o chefe político e o patriarca de

Constantinopola, o chefe religioso.

No entanto, esta divisão de poderes não se manteve por muito tempo. A figura do basileu foi

adquirindo um carácter cada vez mais sagrado, especialmente a partir dos últimos anos do

século IV, em detrimento do bispo de Constantinopola, até converter-se no centro de um

estado teocrático e cristocêntrico.

A pompa protocolar da Antiguidade deu lugar a todo um complexo ritual imperial. A

solenidade, o hieratismo e o luxo que dominavam a corte foram incorporados na liturgia

cristã, a tal ponto que é difícil estabelecer uma distinção entre ambos; altera-se a significação

e tudo recebe uma nova dimensão. Essas características protocolares são as que

sustentaram a ordem das formas que caracteriza a arte Bizantina.

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A arquitectura civil e religiosa

A arquitectura civil bizantina foi um reflexo do interesse dos imperadores em construir uma

cidade que correspondesse à essência da velha Roma. No ano 390 d.C, nos terrenos onde

viria a ser construído o Hipódromo de Constantinopola, no século IV, Teodósio erigiu o

Obelisco de Tutmés III, sobre uma base esculpida. A composição da coluna de Teodósio

baseia-se no relevo historiado característico da escultura imperial romana, ampliando

algumas ideias já presentes na arte tardo-romana, que vieram a definir a estética bizantina,

tais como a frontalidade e estilização das figuras. Disto resulta um claro hieratismo e ainda

uma rigorosa disposição hierárquica em função das homenagens que Teodósio recebe. No

século IV foi erigida a Coluna de Pórfiro.

Fig. 002 – Mapa - Constantinópola

Entre as construções públicas de Constantinopola convém notar as cisternas, que se

configuravam como grandes espaços rectangulares ou quadrados, abobadados e com

colunas, preferentemente subterrâneas a partir do século V. São exemplos significativos as

Cisternas da Aspar, de Aécio, Mócio, etc.

À mais pura tradição da construção da Roma Imperial corresponde a construção do

aqueduto, obra do tempo de Valente, e das muralhas, mandadas levantar por Teodósio II,

durante o primeiro quartel do século V. A técnica baseia-se na construção com alvenaria,

reforçada com tijolo e arcos de descarga: outros arcos mantêm um carácter decorativo mais

claro por utilizarem aduelas de cores alternadas.

Das numerosas igrejas construídas antes da primeira metade do século V poucas chegaram

aos nossos dias. Há apenas citações literárias e alguns vestígios conhecidos através da

arqueologia relativamente à primeira Catedral de Santa Sofia, à igreja dos Santos Apóstolos,

erigida como sepulcro de Constantino, a Santa Irene, a Santo Acáçio, etc.

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A arquitectura na época de Justiniano

Aparecendo com certa independência relativamente às articulações espaciais impostas pela

liturgia, a arquitectura religiosa bizantina será agora determinada por uma busca

permantente da centralidade espacial, pelo desenvolvimento paulatino do edifício até à

periferia e pela utilização da luz como elemento activo no conjunto arquitectónico.

As estruturas de planta central definem-se nos baptiférios, adaptados à forma dominante do

círculo, como em São João de Hebdómon e São Miguel de Anple, da primeira metade do

século VI, ou em edifícios que se adaptam a um octógono, como nas igrejas dos Santos

Sérgio e Baco e em S. Vital, de Ravena.

Na segunda metade do século VI os espaços arquitectónicos definem-se com mais precisão.

Dois modelos surgem com certeza clara: por um lado o modelo da igreja de cruz grega

inscrita num quadrado ou num rectângulo e coberta por uma cúpula, como a desaparecida

igreja dos Santos Apóstolos de Constantinopola, São João de Éfeso. O segundo modelo

corresponde à igreja de planta basical.

Fig. 003 – Planta e Imagem exterior e interior da Igreja de Santa Irene – Istambul – Tuquia – Fonte: wikipedia

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Nas igrejas de Santa Sofia e Santa Irene, de Constantinopola, os vectores longitudinais, que

o conceito de basílica implica, neutralizaram-se pela sobrevalorização da cúpula como

elemento definidor da arquitectura, para conferir às construções o aspecto de um edifício de

planta central e equilibrado entre valores plásticos e cromáticos, na linha da tradição

clássica.

Os arquitectos da época de Justiniano sintetizaram os elementos da Antiguidade e

recompuseram-na sobre as novas bases religiosas cristãs, encontrando sistematicamente o

equilíbrio.

A igreja dos Santos Sérgio e Baco, santos martirizados durante a perseguição de Maximiano,

é um edifício centralizado, construído em 527 d.C, ano da coroação de Justiniano. Os

construtores conjugaram duas estruturas arquitectónicas, uma exterior quadrada, e outra

interior, octogonal, em que se procurou a monumentalidade a partir de algumas composições

paleocristãs. Esta combinação gerou um deambulatório que precede o grande espaço

abobadado.

As referências à arquitectura romana são claras, desde o Panteão à Vila Adriana de Tivoli,

ao mesmo tempo que se torna um antecedente de S. Vitale, de Ravena, e da capela palatina

de Aix-la-Chapelle.

Séculos IX – XIII

A crise política e religiosa, desencadeada em consequência das lutas iconoclástas, acabou

no ano 843 d.C, com a restauração da ortodoxia. A partir deste momento, Bizâncio

converteu-se na capital política, cultural e religiosa da parte oriental da Europa; o seu

domínio territorial desde o Sul de Itália até à Arménia e ao centro da Rússia assentou sobre

bases políticas semelhantes às estabelecidas por Justiniano: um estado forte, baseado numa

política de fortalecimento militar e administrativo, apoiado numa única religião.

Do ponto de vista religioso, a tensão entre a Igreja do Oriente e a do Ocidente, surgida com a

questão das imagens, resolveu-se no ano 1053, com a separação definitiva das duas Igrejas.

Durante a dinastia macedónica foi construído um dos monumentos culturais mais brilhantes

de Bizâncio. Alguns historiadores de arte perguntam-se, sem resposta, se este período

corresponde realmente à Idade de Ouro da Arte Bizantina, enquanto o período anterior

poderia considerar-se como o auge da arte paleocristã, ou pré-bizantina.

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A indecisão dos arquitectos durante o reinado de Justiniano em relação à definição da

arquitectura religiosa depura-se a partir do século IX, chegando-se à planta centralizada.

Podemos encontrar soluções similares na Igreja de Santa Sofia, de Salónica, cuja

construção se dataria credivelmente dos primeiros anos do século VII; este modelo

aperfeiçoar-se-ia na desaparecida Koimesis de Niceia (Igreja da Dormição), nos finais do

século VII.

Fig. 004 – Vista de Santa Sofia – Istambul – Fonte :Comentar a Arquitectura - Civilização Editores

Na definição destas estruturas arquitectónicas participaram, muito activamente, os

arquitectos arménios. Com efeito, as igrejas da Arménia manifestam uma permanente busca

da centralidade; o esquema mais popular parte da planta em cruz com braços iguais,

rematada por uma cúpula, como a Igreja do Mosteiro de Gerard (Turquia). A ordem espacial

repete-se na Arménia turca, em edifícios como a Catedral de Mren (Turquia), construída

cerca do ano 640 d.C, e na Igreja de Santa Cruz de Ahtmar, datável do ano 920 d.C. A

originalidade, destas soluções está no remate da cúpula, com uma estrutura em forma de

cone e na articulação das paredes com absides semicirculares.

A normalização dos espaços centralizados acontece, nos finais do século IX, com a Igreja de

Cristo, de Constantinopola.

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Fig. 005 – Imagem de Cristo em mosaico – Istambul – Tuquia – Fonte: wikipedia

Um dos exemplos da dispersão dos modelos bizantinos é a Igreja de São Marcos, de

Veneza, consagrada no ano 1073 d.C, apesar de os trabalhos continuarem nos séculos

seguintes. Os quatro cavalos que coroam a fachada foram trazidos de Constantinopola em

1204, no decurso da Quarta Cruzada.

Com a queda do Império Romano do Ocidente e a expanção dos arábes – que conduziu

temporariamente ao bloqueio do comércio com o Oriente – as cidades italianas entraram em

crise. O centro político e cultural encontrava-se agora a norte dos Alpes – apesar do norte da

Itália e Roma, assim como durante algum tempo toda a Península Itálica, terem pertencido

ao Reino Franco (e mais tarde ao Sacro Império Romano-Germãnico). À desagregação

política da Itália correspondeu uma evolução totalmente díspar da arquitectura nas várias

regiões. Nos séculos XII e XIII prossegui-se com o desenvolvimento da basílica paleocristã

em vez do edifício agrupado. A maioria das igrejas apresentava três naves, sem transepto e

sem torres sineiras, de modo que as fachadas a poente representavam apenas as paredes

de fecho do corpo longitudinal.

Estas fachadas podiam apresentar decorações sumptuosas como em San Miniato al Monte,

em Florença ( iniciada em 1018, com fachada do século XII), onde com planos embrechados

de mármore claro e escuro se obteve um rica estruturação plástica, de pilastras caneladas,

uma galeria de dimensões reduzidas e arcadas cegas com as quais se pretendia simular

portas e janelas. A estruturação espacial, com uma cripta pouco profunda sob o altar-mor (

que era deste modo substancialmente sobrelevado), aberta na direcção do corpo

longitudinal, não é comum apenas na Toscana mas em toda a Itália. A estrutura da cobertura

em madeira à vista, os mosaicos da abside e os embrechados em mármore colorido nas

paredes interiores do coro e do clerestório estabelecem um clara ligação à Antiguidade

Clássica. Este facto leva a falar de um ‚‘‘ proto-renascimento dos séculos XI e XII ‘‘ no que se

refere a esta arquitectura florentina, visto deixar adivinhar o proto-renascimento italiano do

quattrocento, que por sua vez também se aproxima, em teoria, da Antiguidade Clássica.

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Outras cidades marítimas e mercantis do norte da Itália, que nesse período também

alcançam poder económico e político, sofrem sobretudo influências orientais. A construção

de cúpulas, reimportada de Bizâncio, difunde-se pela Itália do Norte a partir de Veneza. São

Marcos, a (Igreja da Corte) do Doge da cidade das lagunas, é um exelente exemplo: duas

basílicas de três naves intersectam-se, fazendo sobressair o cruzeiro, sobre as naves

centrais, e, sobre o coro, uma cúpula.

Fig. 006 – Imagem esquemática sistema construtivo.

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Os géneros

Os géneros através dos quais se manifestaram as artes da cor no mundo bizantino foram: o

mosaico, o ícone, a pintura mural e a miniatura.

O mosaico

O mosaico bizantino é herdeiro da tradição romana que, enriquecida pela iconografia

paleocristã, se manteve activa até ao século XIII. As fórmulas de representação, submetidas

ao rígido protocolo palaciano, desenvolveram-se alheias a qualquer preocupação pela

captação de espaço. As figuras e os modelos, independentemente de a temática implicar

movimento ou acção, submeteram-se às leis da frontalidade e da transcendência mediante o

hieratismo das figuras principais, conceitos formais que se aplicam de maneira menos radical

quando se representam figuras secundárias.

O conjunto mais importante corresponde à decoração da Igreja de S. Vital, em Ravena.

Juntamente com a iconografia cristã, foram introduzidos os retratos de Justiniano e Teodora,

acompanhados das respectivas cortes, obras possivelmente realizadas em Bizâncio e

posteriormente colocadas na sua actual localização. Outros mosaicos importantes são os da

Igreja de S. Demétrio, em Salónica, e, já mais tarde, os da Catedral de parenzo, que, pela

sua tendência anti-icónica, é possível que tenham sido realizados no período ioconoclasta.

Fig. 007 – Imagem representando a Imperatriz Teodora – Basílica de São Vitalle – Fonte: Google Imagens

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Os ícones

As formas que definem o extensíssimo mundo dos ícones devem rastrear-se no conjunto de

retratos de Faium, obras de fortes características funerárias, realizadas de preferência com

encáustica sobre tábua; demonstram uma clara tensão entre a captação da realidade

procurada em todos os retratos e a espiratualidade que deve emanar da sua função

funerária.

A arte Bizantina, a partir destas notas, elabora todo um rico repertório de ícones, enquanto

interpretações de temas religiosos de pequeno formato, presentes na religiosidade grega

com mais intensidade depois da crise iconoclasta. As obras em encáustica mais

representativas desta primeira Idade de Ouro são Theotokos do século IV (Igreja Santa

Maria Nova de Urbe, em Roma) e os Santos Sérgio e Baco, do Mosteiro de Santa Catarina

do Sinai (Museu de Kiev), do século VII.

Pintura mural

A pintura mural é um género utilizado frequentemente nos mosteriros, a partir do século XIII.

Os exemplos mais interessantes conservam-se na Igreja de Santa Maria de Castelseprio -

Milão, onde, sobre as paredes da abside, se pintaram, no século VIII, cenas de infância e de

Cristo.

Fig. 008 – Pintura mural representando Cristo– Fonte: Google Imagens

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A Basílica de São Marcos

Fig. 009 –Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it – Edição: FAD

A igreja maior e mais sumptuosa que subsiste do período Bizantino é a Basílica de S.

Marcos, em Veneza, foi iniciada em 1063, nove anos após o cisma oficial entre as igrejas

ocidentais (Católica) e do Oriente (Ortodoxa).

Fig. 010 – Portal da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

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Para este templo de tão grandes dimensões, com cinco cúpulas, invés de uma única cúpula,

o sistema clássico utilizado em Dafni teve de ser expandido.

A estrutura presente veio substituir as duas igrejas anteriores, edificadas no mesmo local; foi

modelada seguindo o exemplo da Igreja dos Santos Apóstolos em Constantinopla,

reconstruída por Justiniano após os tumultos de 532 e subsequentemente destruída. Há

muito que os venezianos estavam sob o domínio bizantino, e viriam a permanecer

artisticamente dependentes do Oriente muitos anos após terem ganho autonomia e poder

político e comercial. O seu desejo de emular o Império Bizantino e, em particular,

Constantinopla, é prova da profunda influência ainda detida pela cidade e pela sua cultura.

Fig. 011 – Planta e Fachada da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it – Edição: FAD

Em São Marcos a panta de cruz grega é realçada por uma cúpula em cada um dos braços

da cruz. As cúpulas encontram-se assentes sobre tambores, encastradas em elmos de

madeira bolbosos, cobertos por folha de cobre dourada e encimados por lanternins

ornamentais (pequenas aberturas usadas para deixar entrar a luz para os espaços fechados,

por baixo), sendo que assim as cúpulas parecem mais altas e mais visíveis à distância

(constituindo um excelente ponto de referência para os marítimos).

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Fig. 012 – Planta plainimétrica de localização, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig.013 – Planta plainimétrica da localização de mosaicos, da Basílica de São Marcos –Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

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Fig. 014 – Cupúlas da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it – Edição: FAD

Fig. 015 – Pavimentos nas diferentes zonas da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it – Edi: FAD

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O interior é amplo e espaçoso, é prova do objectivo inicial de São Marcos, destinado à

população de uma grande cidade, e não de uma pequena comunidade monástica, como

Dafni.

A maneira bizantina foi transmitida à Itália, onde era conhecida como o "modo grego". Por

vezes era trazida por modelos de Constantinopla, mas na sua maioria foi introduzida

directamente por artistas bizantinos de visita. Em São Marcos, artistas bizantinos e artistas

locais por eles adestrados executaram os mosaicos.

Fig. 016 – Painel de mosaico da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

O "modo grego" aparece num número de magníficas igrejas e mosteiros na Sicília, um antigo

baluarte bizantino, tomado aos muçulmanos pelos normandos em 1901, altura em que foi

reunido à Itália do Sul.

Fig. 017 – Vista exterior da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

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Os reis normandos consideravam-se iguais em importância aos imperadores bizantinos, o

que provaram ao mandar vir equipas de mosaicistas de Constantinopla para trabalharem na

decoração dos seus esplêndidos edifícios religiosos. Os mosaicos na Catedral de Monreale,

os últimos mosaicos bizantinos a serem executados, são ao melhor estilo bizantino, embora

a selecção e a distribuição dos temas seja maioritariamente ocidental. As superfícies das

paredes cobertas por estes mosaicos são muito extensas, de facto as mais vastas decoradas

por esta técnica, aqui os artistas adaptaram os seus tipos e temas figurativos a um edifício

ocidental, servindo temas claramente ocidentais. De notar a mestria com que o Pantocrator

de uma igreja de cúpula bizantina controla agora o espaço de uma ábside e a maneira como

vários registos de figuras, alinhadas nas paredes, tornam mais visível, de modo

verdadeiramente não-bizantino, a forma da basílica.

Fig. 018 – Clerestório da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 019 – Vista exterior da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

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Fig. 020 – Vista do Portal Principal, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 021 – Vista do Atrio Norte, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 022 – Vista do Atrio Oeste, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

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Fig. 023 – Vista da Sacristia, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 024 – Vista do Baptistério, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 025 – Vista do Altar, situado na Cripta, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

A Basílica de São Marcos (Basilica di San Marco, em italiano) é a mais famosa das muitas

igrejas de Veneza e um dos melhores exemplos da Arquitectura Bizantina do mundo.

Fica localizada perto do Canal Grande, a Basílica brilha com vista para a Piazza San Marco

(Praça de São Marcos) e para o Palácio dos Doges.

A Basílica de São Marcos, outrora, a capela do Doge, tornou-se a sede do Arcebispo de

Veneza, em 1807.

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Fig. 026 – Vista aéra da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:Google Maps

A sua planta tem a forma da chamada cruz grega, isto é, uma cruz cujas quatro

extremidades ou braços têm a mesma extensão.

A idéia da cruz, do sacrifício, da morte, e, portanto da redenção infinitamente preciosa de

Jesus Cristo, fica simbolizada artisticamente de modo muito adequado pela disposiçäo da

nave central, das naves laterais e das respectivas cúpulas.

Fig. 027 – Vista interior da Basilica de São Marcos – Veneza– Fonte : Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

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Fig. 028 – Vista do interior da nave central da Basilica de São Marcos – Veneza– Fonte : Google Imagens O piso do interior da Basílica é formado por artísticos mosaicos, cujos motivos são

geométricos. O recinto é separado por um arco do espaço central da Basílica – o centro da

planta em forma de cruz grega, que tem a cúpula maior como cobertura.

Tal recinto é, por sua vez, separado de uma terceira área da nave central por uma viga

constituída de mármores policromados, sustentada por oito colunas, sobre a qual se vê uma

grande cruz de bronze dourada, ao centro, ladeada pelas imagens do Divino Redentor, dos

Evangelistas e dos Doutores da Igreja. Pode-se admirar um escultural conjunto, a beleza dos

mármores, bem como a imponente tribuna também esta feita de mármore, que data do

século XIV, não podendo deixar de fazer uma chamada de atenção para os capitéis com

rendilhados fitomórficos estilizados.

A referida separação, constituída pela cruz e pelas imagens de Jesus Cristo, dos

Evangelistas e dos Doutores da Igreja, marca bem a distinção entre o sacerdote e os fiéis, a

Igreja Docente e a Igreja Discente. O sacerdote é o ministro de Deus, escolhido pelo Criador

para representá-lo perante os fiéis. Ele tem o poder de celebrar a Missa e, mediante as suas

palavras,opera-se a Transubstanciação. Os fiéis não detêm o dito poder. Essa separação tão

categórica é, contudo, estabelecida com amor. Daí o facto de a Santa Igreja, através da arte

sacra, ornar e embelezar tal distinção, a qual constitui uma hierarquia fundamental instituída

pelo Divino Salvador no interior do seu Corpo Místico.

Pode observar-se um segundo arco sobre o aludido conjunto escultural, que separa o centro da Basílica de outro recinto da nave central, coberto por uma terceira cúpula. Nesse espaço encontra-se o altar-mor, que está coroado por um baldaquino de cor escura, apoiado sobre quatro colunas de alabastro oriental.

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Curiosidades cronológicas

Ordelaffo Falier » 1102 – 1118

Efectuou o primeiro retábulo do altar em talha dourada.

Enrico Dandolo » 1192 - 1205

Foi o Doge (chefe das antigas répulblicas de Génova e Veneza) da IV Cruzada e conquista de Constantinopola.

Pietro Ziani » 1205 - 1229

Prepara a novo retábulo em talha dourada.

Marino Morosini » 1249 - 1253

É sepultado no atrio.

Giovanni Soranzo » 1312 – 1329

É sepultado no Baptistério.

Bartolomeo Gradenigo » 1339 – 1343

É sepultado no atrio.

Andrea Dandolo » 1343 - 1354

A ele se deve a construção do Baptistério, a capela de Santo Isidoro, a nova e definitiva disposição dos esmaltes.

Francesco Foscari » 1423 - 1457

A ele se deve a construção da nova capela da Nossa Senhora.

Cristoforo Moro » 1462 - 1471

Devem-se a ele, Cristoforo Moro, os altares de São Clemente, de São Paulo e São João.

Agostino Barbarigo » 1486 - 1501

Sob o comando do Doge Giorgio Spavento construiu a nova sacristia e a capela de São Teodoro.

Andrea Gritti » 1523 - 1539

Responsável pela intervenção da restruturação do presbitério (casa de habitação do páraco).

Francesco Erizzo » 1631 – 1646

O seu corpo é sepultado numa urna sob o pavimento do presbitério (Capela-Mor).

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Resumo

No reinado de Justiniano, Constatinopla tornou-se a capital artística e política do Império do

Oriente. Os grandes monumentos da época, como por exemplo Santa Sofia, demonstram

uma época que já foi intitulada de Idade de Ouro.

Muitas obras marcantes de arquitectura são erigidas em Ravena, como a Igreja de São Vital,

ornamentada com um afamado conjunto de mosaicos. A ideia de tradição desempenhou um

papel importante no desenvolvimento da Arte Bizantina, e mesmo nas obras de arte dos

séculos posteriores – quer sejam ícones, livros, iluminados ou relevos de pequena escala –

manifestam uma preocupação em equilibrar a continuidade com a mudança.

Conhece-se como bizantina a arte e a arquitectura que floresceram na cidade de Bizâncio,

quando o imperador Constantino transferiu para a mesma, junto às margens do Bósforo,

entre a Ásia e a Europa, a sua corte. Nesta época, Bizâncio passou a chamar-se

Constantinopla.

A Arquitectura Bizantina tem sua origem no séc. IV e concilia influências do Oriente com

elementos Gregos e Romanos, nela destacam-se a cúpula e a planta de eixo central ou de

cruz grega (com braços de igual comprimento).

A cúpula, é originária da Ásia Menor, tendo sido aperfeiçoada pelos Bizantinos.

Em cada braço da cruz grega, ergueu-se um arco, e sobre os arcos colocaram um tambor, e

sobre este, erigiram a cúpula.

Em substituição do betão ou da argamassa que os romanos usavam para cobertura, os

arquitectos bizantinos utilizaram telhas leves.

Entre os exemplares de maior importância da arquitetura bizantina, destacam-se, Santa

Sofia em Constantinopla, cujos arquitectos foram Antemio de Trales (d.C 474 – d.C 534) e

Isidoro de Mileto, e a Igreja de São Marcos em Veneza, do ano de 1093 d .C.

O Estilo Bizantino, originado de uma combinação de elementos da Arte Greco-Romana e de

influências Orientais, tornou-se fisionomia específica no século VI d. C. no reinado de

Justiniano, soberano do Império Romano do Oriente.

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Bibliografia

- Tesouros artísticos do mundo – volume III – Entre o oriente e o ocidente - o Bizantino e o pré românico. – Manuel Valdés Fernández; José Luis Garcia - Ediclube

- A nova História da Arte de Janson – A tradição Ocidental – Davies; Denny; Hofrichter; Jacobs; Roberts; Simon - Nona edição – Editora -Fundação Calouste Gulbenkian

- História da Arquitectura da antiguidade aos nossos dias – Editora Konemann

- Breve história da Arquitectura – Editorial Estampa

- Comentar a Arquitectura – Neil Stevenson – Editora Civilização

- Vocabulário Técnico e Crítico de Arquitectura – M.Rodrigues/Pedro Sousa/Horácio Bonifácio – Editora Quimera

- http://www.basilicasanmarco.it

- http://www.wikipedia.org

Fig. 001 –Mapa Localização Império Bizantino – fonte História Arquitectura da Antiguidade aos nossos dias - Konemann Fig. 002 – Mapa - Constantinópola

Fig. 003 – Planta e Imagem exterior e interior da Igreja de Santa Irene – Istambul – Tuquia – Fonte: wikipedia

Fig. 004 – Vista de Santa Sofia – Istambul – Fonte :Comentar a Arquitectura - Civilização Editores

Fig. 005 – Imagem de Cristo em mosaico – Istambul – Tuquia – Fonte: wikipedia

Fig. 006 – Imagem esquemática sistema construtivo. Fig. 007 – Imagem representando a Imperatriz Teodora – Basílica de São Vitalle – Fonte: Google Imagens Fig. 008 – Pintura mural representando Cristo– Fonte: Google Imagens Fig. 009 –Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it – Edição: FAD Fig. 010 – Portal da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it Fig. 011 – Planta e Fachada da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it – Edição: FAD

Fig. 012 – Planta plainimétrica de localização, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig.013 – Planta plainimétrica da localização de mosaicos, da Basílica de São Marcos –Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 014 – Cupúlas da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it – Edição: FAD Fig. 015 – Pavimentos nas diferentes zonas da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it – Edi: FAD Fig. 016 – Painel de mosaico da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it Fig. 017 – Vista exterior da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it Fig. 018 – Clerestório da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 019 – Vista exterior da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 020 – Vista do Portal Principal, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 021 – Vista do Atrio Norte, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 022 – Vista do Atrio Oeste, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 023 – Vista da Sacristia, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 024 – Vista do Baptistério, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 025 – Vista do Altar, situado na Cripta, da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 026 – Vista aéra da Basílica de São Marcos – Veneza – Fonte:Google Maps

Fig. 027 – Vista interior da Basilica de São Marcos – Veneza– Fonte : Fonte:http://www.basilicasanmarco.it

Fig. 028 – Vista do interior da nave central da Basilica de São Marcos – Veneza– Fonte : Google Imagens

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Indíce

Página 001 a 001 – Introdução – A Jóia do estilo Bizantino em Veneza. Página 002 a 003 – O início de um era. Página 004 a 004 – A arquitectura civil e religiosa Página 005 a 006 – A arquitectura na época de Justiniano Página 006 a 009 – Séculos IX – XIII Página 010 a 011 – Os géneros – O mosaico, Os Ícones, A Pintura mural Página 012 a 021 – A Basílica de São Marcos Página 022 a 022 – Curiosidades cronológicas Página 023 a 023 – Resumo Página 024 a 034 - Bibliografia