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Introdução à Max Weber para estudantes do ensino médio. A sociedade e o conjunto de decisões individuais. O tipo ideal. A ação social.
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As relações “indivíduo e sociedade” Max Weber (1864-1920)
Sociologia
Prof. José Amaral
A tarefa do professor é servir aos alunos com o seu conhecimento e experiência e não impor-lhes suas opiniões políticas pessoais. Max Weber (1864-1920)
Aspectos gerais da obra
• Desenvolveu a Sociologia Compreensiva;
• Dedicou-se à investigação das forças que influenciam a vida econômica, como a religião;
• Entendia a vida moderna como um avanço da racionalização em todas as esferas da vida social;
• Receava que a racionalização causasse o desencantamento do mundo.
A sociedade
• É vivenciada e compreendida por indivíduos racionais que tomam suas decisões de acordo com sua história e cultura;
• Não existe como um fim em si mesmo ou como uma estrutura que se organiza independentemente da consciência subjetiva dos seus agentes;
Weber
X
Marx e Durkheim
Sociedade EXTERNA
Assistir vídeo do Monty Python (trecho entre 8:50 e 12:00):
https://www.youtube.com/watch?v=OdT5uO2LPG8
Monty Python em Busca do Cálice Sagrado (1975)
Vídeo do Monty Python (1975) -Você me trata como se eu fosse um inferior. - Mas eu sou um rei!
-Sou Arthur, rei dos bretões. - Quem são os bretões?
- Eu exijo que se cale! - “Exijo”! Quem ele pensa que é? - Sou seu rei. - Eu não votei em você.
- Escuta: mulheres estranhas em lagos distribuindo espadas não são alicerce para um sistema de governo. O poder Executivo supremo provém de um comando das massas, e não de uma cerimônia aquática ridícula!
- Você não pode querer exercer o poder supremo só porque uma vadia jogou uma espada para você.
Quem manda? Por que manda? É legítimo?
Indivíduos racionais: têm consciência
das razões pelas quais devem obedecer
Uma dada ordem social só se sustenta enquanto os indivíduos compartilham
ideias e valores conscientemente.
O método: individualismo
• Único elemento da sociedade que pode ser observado: indivíduos, suas ações e a compreensão que os próprios têm de suas ações;
• Os indivíduos são, portanto, a unidade mínima de análise sociológica;
Sobre o método weberiano -A construção de tipos ideais-
• Modelo simplificado do real, elaborado com base em traços considerados essenciais para a determinação da causalidade, segundo os critérios de quem pretende explicar um fenômeno;
• Construídos com base em regularidades sociais observadas pelo cientista social (os tipos de ação social; a ética protestante; o espírito do capitalismo...).
Ética Protestante
Espírito do capitalismo
Predestinação; vocação para o
trabalho
Acúmulo de riqueza como um fim em si mesmo
Relação de causalidade
Para Weber, não é possível explicar uma realidade social particular, única e infinita, por meio de uma análise exaustiva das relações causais que a constituem.
Assim, a influência da ética protestante sobre o surgimento do capitalismo é uma dentre tantas possíveis.
O objeto de estudo -A ação social-
A sociologia é a ciência que tem como meta a compreensão interpretativa da ação social de maneira a obter uma explicação de suas causas, de seu curso e de seus efeitos (...) O termo “ação social” será reservado à ação cuja intenção fomentada pelos indivíduos envolvidos se refere à conduta de outros, orientando-se de acordo com ela (Economia e Sociedade).
A ação social
• Toda ação realizada pelos indivíduos levando em conta a expectativa de outra ação dos demais;
• A ação social não tem um caráter moral (cuidar de alguém ou matar alguém são atos igualmente sociais);
• O que torna uma ação social é o sentido, isto é, a direção da mesma (expectativa ou ação de outrem);
• Tipos ideais de ação social (e seus fundamentos): – Tradicional (costume); – Afetiva (estados emocionais); – Racional orientada a valores (ideais) e – Racional orientada a fins (otimização do resultado).
O sujeito age de modo afetivo quando sua ação é inspirada em suas emoções imediatas – vingança, desespero, admiração, orgulho, medo, inveja, entusiasmo, desejo, compaixão, gosto estético etc – sem considerção de meios ou de fins a atingir (Um Toque de Clássicos).
AÇÃO AFETIVA
Na imagem, vemos o jogador uruguaio Cavani (de azul) reclamando depois de ter agredido o chileno Jara. Fonte da imagem: http://media.themalaysianinsider.com/assets/uploads/articles/jara_cavani_uruguay_chile_reuters.jpeg
Quando hábitos e costumes arraigados levam a que se aja em função deles, ou como sempre se fez, em relação a estímulos habituais, estamos diante da ação tradicional. Tal é o caso do batismo dos filhos realizado por pais pouco comprometidos com a religião (Um toque de clássicos).
AÇÃO TRADICIONAL
Fonte da imagem: http://www.acessenoticias.com.br/upload/fotos/noticias/16082011085952.jpg
A conduta será racional em relação a valores quando o agente orientar-se por fins últimos, por princípios, agindo de acordo com ou a serviço de suas próprias convicções e levando em conta somente sua fidelidade a tais valores... Está, portanto, cumprindo um dever, um imperativo ou exigência ditados por seu senso de dignidade, suas crenças religiosas, políticas, morais ou estéticas, por valores que preza tais como a justiça, a honra, a honestidade, a fidelidade, a beleza... (Um toque de clássicos).
AÇÃO RACIONAL EM RELAÇÃO A VALORES
Depois da marcação de um pênalti a seu favor, o jogador Aaron Hunt nega ter sofrido falta e pede para o árbitro desconsiderar a marcação. Fonte da imagem:http://extra.globo.com/incoming/11830494-7b9-fdb/w976h550/Aaron-Hunt-Werder-Bremen-1.jpg Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=fcxLVZiYjUs
AÇÃO RACIONAL EM RELAÇÃO A FINS
A ação será racional com relação a fins se, para atingir um objetivo previamente definido, o indivíduo lança mão dos meios necessários ou adequados, ambos avaliados e combinados tão claramente quanto possível de seu próprio ponto de vista. Um procedimento científico ou uma ação econômica, por exemplo, expressam essa tendência e permitem uma interpretação racional (Um Toque de Clássicos).
Estudantes em uma biblioteca. Fonte da imagem: http://www.lib.jjay.cuny.edu/sites/default/files/lib_site_images/studying_stacks2.jpg
Referências
MACHADO, I.R.; AMORIM, H. e BARROS, C. R. Sociologia Hoje. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013.
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M.L. de O. e OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos. 2. ed. rev. amp. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002 (disponível em: http://perio.unlp.edu.ar/catedras/system/files/durkheim_webber_marx_-_um_toque_de_classicos_0.pdf).
SILVA, A. et. al. Sociologia em Movimento. 1.ed. São Paulo: Moderna, 2013.
WEBER, M. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. 3. ed. Brasília: Ed. UnB, 2000.