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alexandre-dourado
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7/24/2019 Ineficcia do primado da ressocializao na pena privativa de liberdade (Roteiro de Apresentao de Monografia)
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1. BOA NOITE. Cumprimento, inicialmente, os senhores membros da banca, meuORIENTADOR PROF. LEONARDO LINHARES DRUMMOND MACHADO; PROF. LUIZALBERTO MENDES DIAS; PROF. RONALDO DOS REIS SOUTO. uma honra queprofessores de tamanho gabarito tenham aceitado fazer parte dessa banca.
2. Meus cumprimentos tambm aos demais presentes
3. O tema desta monografia A INEFICCIA DO PRIMADO DA RESSOCIALIZAO NAEXECUO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.
4. usca!se indagar se a pena pri"ati"a de liberdade eficaz quanto # finalidaderessocializat$ria, %&'()(C*+O -* LEGITIMIDADE, )*/O'&- INTRNSECOS NATUREZA DA PRISO, & C*'*C/&'0-/(C*- DA ESTRUTURA CARCERRIABRASILEIRA que influenciam essa quest1o.
. /e"e!se por escopo & *--(M &-/ &-/'/'*O, '&-&C/(%*M&+/&, +O 56, 26 &36 C*0/7O8
a. COM'&&+&' &M 7(+9*- :&'*(- A GENALOGIA DA PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE ENUANTO INSTITUTO PENALb. * SUSTENTABILIDADE !URDICAO '(M*O * '&--OC(*7(;*
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5. -e a hist$ria dos crimes bQrbara, a hist$ria das penas tambm, tal"ez mais, poisenquanto o crime ocasional e #s "ezes impulsi"o, indi"idual, a pena 'O:'*M**,CO+-C(&+/&, & /OO- CO+/'* M.
5>. /radicionalmente di"ide a doutrina a resposta penal em %(+:*+. * influFncia religiosa percebida at ho?e nos DIREITOS HINDU E MUULMANOpor
eemplo.
> 0&'%23 5>6>47
2@. ma M*(O' MATURAO SOCIOPOLTICA "#$0&%# ?AUTORIDADE P=BLICA TOMARA LEGITIMIDADE DO OFENDIDO E DE SUA FAMLIA. a chamada %(+:*+
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3. +a -ociedade Crist1, com o (&*7 & '&)O'M* O &7(+D&+/&, se esboHa a'(-=O &+D*+/O -*+. *s penas s1o afliti"as da *ntiguidade at o sculo %(((. &ntra em cena os'&)O'M*O'&- propondo (&(*- 9M*+(-/*-
3@. +o conteto p$s!(dade Mdia, tem!se, portanto8 (&(*- C'(-/=-T'O7()&'*
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I. +a (rlanda o sistema de "ales adotado em 14, aprimorando!o e introduzindo uma no"aetapa, o 7(%'*M&+/O CO+(C(O+*7, configurando os contornos do sistema penitenciQriomoderno.
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5. +o rasil, hQ "inganHa pri"ada at a colonizaH1o, prosseguindo com um ('&(/O &+*7M&(&%*7 at a ConstituiH1o de 1/>, que introduz (+(%(*7(;*adota uma legislaH1o que aceita postulados das &scolasCriminol$gicas ClQssica e ositi"a e considera ainda a periculosidade do criminoso.
4. &m 1>tem!se uma grande reforma, apoiada em C7*(7(*&, em &%(/*' &+*'(%*/(%* & 7(&'*& e M*(O' '(:O' *'* C'(M&- :'*%&-
. Com a CFdi"ersos a"anHos sociais s1o introduzidos legalmente, destacando!se a
7/(M* '*/(O, a )'*:M&+/*'(&*& e, sobretudo, os DIREITOS HUMANOS, ASGARANTIAS CONSTITUCIONAIS # LEGALIDADE>. +um &stado emocrQtico de ireito a pena de"e se dar na estrita +&C&--(*&,
obser"ando inafasta"elmente a DIGNIDADE, E OS VALORES E DIREITOSFUNDAMENTAIS
@. O arcabouHo legal garante que o preso NO TER CERCEADO DIREITOS NOATINGIDOS PELA SENTENA, alm do respeito por sua INTEGRIDADE FSICA EMORAL
B. +a prQtica, e pena tem uma '&*7(*& M&(&%*7 que contrasta com a e"oluH1o te$rica,resumindo!se a uma funH1o de C*-/(:O que n1o se afasta tanto das penas desumanasde outrora.
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/ CAPTULO
5. +o segundo capLtulo discutem!se as teorias acerca dafinalidade da pena.
/. O ireito enal &'9&332)&8# 92 3# 020#'%2 K&3%$&)2,)2'%#J%2 32)&2)%$*, &9#2&)2, "2Q%&)2.
. P2$ # "'&$ergunta!se.>. Os estudos dessas teorias ser"em para saber as
!USTIFICATIVAS PARA A PENA& O' CO+-&:(+/&, SABER COMO MELHORAPLICLA
4. O conceito da pena 8 C*-/(:O. -ua )(+*7(*& dizrespeito aos efeitos dese?ados. -ua )+
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. * pena, de acordo com as teorias absolutas, umaEXIG-NCIA DE COMPENSAO, RETRIBUIO MORAL. -eguem portanto um IDEALDE !USTIA. 'eequilibrar a balanHa desequilibrada pelo crime.
. * pena um de"er!ser M&/*'0(CO. F&0 #0 3& 0#30*.1. +1o coincidentemente, essa epress1o remete ao fil$sofo
(MM*+&7 X*+/, para quem o homem um fim em si mesmo, logo a pena n1o de"e serusada para alcanHar uma finalidade futura, pois isso seria &'3%$0#'%*&2. ESGOTAR APENA NA RETRIBUIO CONDIO PARA TRATAR O INDIVDUO COMO LIVRE ERACIONAL
11. HEGELtambm corrobora esse entendimento, propondo quea pena se?a uma '#*2 9* '#*2 92 9&$#&%2.
1/.*s teorias absolutas s1o criticQ"eis, entre outros moti"osConfunde o fim ?ustificador eterno Zpor que raz1o castigar, que s$ pode ser e"itar futurosdelitos[ com o quando castigar Zolhando para o fato delituoso, admite!se a pena[. por NOEXPLICAR POR UE EST !USTIFICADO CASTIGAR, permitindo a legitimaH1o desistemas autoritQrios.
1. oderia se questionar ainda POR UE SERIA IN!USTA UMA
PENA RESSOCIALIZANTE E UEM PODERIA DIZER UE UMA PENA !USTA1>. &m suma, o fim realizar ?ustiHa compensando a culpa,pautada no li"re arbLtrio, reconhecendo o &stado como guardi1o da ?ustiHa terrena.
14. -1o importantes pelo seu conteGdo talional, influenciando aproporcionalidade e fornecer conteGdo de culpabilidade.
/ 0&'%23 # > 3#'923
1. ara as teorias relati"as ou utilitQrias a pena ob?eti"a "$#8#'&$9#&%23 :%$23.
1. ode ser :&'*7 quando direcionada # sociedade ou&-&C(*7 quando "oltada ao indi"Lduo
1. GERAL NEGATIVAa finalidade de e"itar delitos com aintimidaH1o da sociedade.
1. rimeiro problema com essa abordagem que -& OO&/(%O (+/(M(*', SE INTIMIDAR TANTO UANTO POSSVEL, propiciando um('&(/O O /&''O'.
/.*lm disso, o ser humano n1o faz um C7C7O '*C(O+*7D*+/O A (+/(M(*
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/. aseia!se numa ideologia capaz de distinguir os 9OM&+-O+- & M*-, in"ocando a &)&-* * -OC(&*& CO+/'* * &'(C7O-(*&dos criminosos
/. 'essocializaH1o como fundamento Gnico da pena infringeprincLpios garantistas e se aproima de um direito penal do autor. AS TCNICAS DEPROGNSTICOS SO MUTVEIS, IMPRECISAS E INSEGURAS. or outro lado, semdG"ida o -&+/(O & CM'(M&+/O * &+*
0&'%23 # 1 3#'923
/.*s TEORIAS MISTASmesclam finalidades '&/'(/(%*- &'&%&+/(%*- para fundamentar a pena.
/. &"erardo Cunha acentua8 A PENA SEM PREVENO SVINGANA; SEM RETRIBUIO DESONRA
. /orna!se possL"el !USTIFICAR UALUER PENA.*ssim, asteorias mistas "$#)&3*0 %$*'3)#'9#$ * 0#$* 3%*"23&2 9*3 %#2$&*3 *W32%*3 #
$#*%&8*3. 1. ropugna C7*- 'O(+ a TEORIA UNIFICADORADIALTICA, segundo os fins do ireito enal e da ena s1o distintos. O fim do direito penal PROTEGER BENS !URDICOS # PRESERVAR A ORDEMe o da pena s$ pode ser'&%&+/(%O, ressocializando quando possL"el, pois INSTITUI@ES '2 "233#0#33(')&*&'9#"#'9#'%#, SUA ESS-NCIA DETERMINA PELO FIM UE DESE!AALCANAR.
/. )*;!-& !USTIAquando o C*-/(:O -& +O 7(M(/& OM&'&C(M&+/O, sendo a '&/'((
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3#0 *&3#$ )2'3&9#$*
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4. A "$&32 * #3"&'K* 92$3* 92 3&3%#0* "#'*.-uafinalidade ressocializat$ria encontra EMPECILHOS PRPRIOS E INERENTES da pris1o eainda outros TPICOS DO CRCERE BRASILEIRO.
4>. Duanto aos problemas intrLnsecos tem!se, ob"iamente, oISOLAMENTO. * pris1o a *+/0/&-& O M+O &/&'+O. m mundo artificial quepretende ensinar a "i"er em liberdade sem liberdade. or ser intransponL"el, de"e!se buscarM(+(M(;*' esse problema.
44. Muita gente em situaH1o semelhante, numa %(* )&C9**,*M(+(-/'**, (-C(7(+**, 9O''(O- & */(%(*&- '0:(*-, +M M&-MO7:*' -O O COM*+O & M* M&-M* */O'(*&. RITUAIS HOMOG-NEOSCONSTANTES COERCITIVOS.-1o caracterLsticas do que o cientista social e antrop$logo&'%(+: :O))M*+ chama de (+-/(/(
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.* SA=DE inacredita"elmente precQria. oenHas erradicadaspululam nas cadeias. &m 5EE foi feito um le"antamento que aponta"a que 53 dos presostinham *(-, quase sempre contraLda dentro da pris1o.
. e "ez em quando, eclodem REVOLTAS E MOTINSqueescancaram o sucateamento das penitenciQrias, destacando a grande rebeli1o coleti"a ecoordenada entre "Qrias penitenciQrias ocorrida em - em 2II5 que assustou todo o paLs.
. 'elegar todos esses problemas s$ contribui para que piorem.
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>E. (n"estigando os abusos cometidos por soldados americanoscontra prisioneiros na pris1o de *bu :hraib no (raque, o r. hillip ;imbardo in"estigou o)20"2$%*0#'%2 K0*'2 9#'%$2 9# 0* #3%$%$* )*$)#$$&*, conduzindo o que ficouconhecido como &&'(M&+/O O *'(-(O+*M&+/O & -/*+)O' Zquecuriosamente, fora transformado em filme e estrearQ no rasil por agora[.
@I. *tribuindo aleatoriamente a "oluntQrios papeis de guardas e
prisioneiros. 'apidamente os abusos escalaram e garotos saudQ"eis ti"eram colapsos emmenos de 3> horas. O eperimento era de duas semanas e te"e que ser finalizado emapenas > dias.
@5. O eperimento relatado no li"ro &)&(/O 7JC()&', e;imbardo identifica @ processos que induzem o decli"e para a maldade8 5. (-7(-CP+C(*(+(C(*7 2. &-M*+(;*. CO+)O'M(-MO *C'0/(CO COM+O'M*- O :'O @. /O7&'W+C(* *--(%* *O M*7 &7* (+*
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. a ineficQcia do primado da ressocializaH1o decorre n1o s$ umaCORROSO DOS DIREITOS HUMANOS TOLERVEL, MAS EXIGIDAPELA POPULAO
@. &nquanto as reformas ocorrerem segundo a psicologia das massas,
PSICOLOGIA MAIS PRIMITIVA da espcie de acordo com )'&,ASREFORMAS SERO PRIMITIVAS.
B. A 82%* 923 $#)323 *2 )2'8Q8&2 32)&* &'#8&%8#e enquanto asperspecti"as para "iolFncia serem M*(- %(O7P+C(*, o que serQ reproduzidoserQ M*(- %(O7P+C(*.
E. or fim, dadas as circunstVncias, a ressocializaH1o n1o de"e ser buscadaCOM * &+* '(%*/(%* & 7(&'*&, M*- *&-*' &7*.
MUITO OBRIGADO PELA ATENO DE TODOS, COLOCOME AGORA DISPOSIODA BANCA PARA EVENTUAIS APONTAMENTOS
/ 0&'%23