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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS DE GURUPI PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL MARCOS VINÍCIUS MACÊDO DE CARVALHO INFLUÊNCIA DE ARRAJOS DE PARCELAS EM SOJA NA QUALIDADE EXPERIMENTAL GURUPI TOCANTINS - BRASIL 2014

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS DE GURUPI

PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL

MARCOS VINÍCIUS MACÊDO DE CARVALHO

INFLUÊNCIA DE ARRAJOS DE PARCELAS EM SOJA NA

QUALIDADE EXPERIMENTAL

GURUPI

TOCANTINS - BRASIL

2014

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MARCOS VINÍCIUS MACÊDO DE CARVALHO

INFLUÊNCIA DE ARRAJOS DE PARCELAS EM SOJA NA

QUALIDADE EXPERIMENTAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Produção Vegetal da

Universidade Federal do Tocantins, como

parte das exigências para a obtenção do título

de Mestre em Produção Vegetal.

Orientador: Prof. Dr. Joênes Mucci Pelúzio

GURUPI

TOCANTINS - BRASIL

2014

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MARCOS VINÍCIUS MACÊDO DE CARVALHO

INFLUÊNCIA DE ARRAJOS DE PARCELAS EM SOJA NA QUALIDADE

EXPERIMENTAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Produção Vegetal da

Universidade Federal do Tocantins, como

parte das exigências para a obtenção do título

de Mestre em Produção Vegetal.

Aprovada em ____/____/____

Banca examinadora

___________________________________________________

Prof. Dr. Joênes Mucci Pelúzio (Orientador)

Universidade Federal do Tocantins

___________________________________________________

Prof. Dr. Flávio Sérgio Afférri (Co-Orientador)

Universidade Federal de São Carlos

___________________________________________________

Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Fidelis (Examinador)

Universidade Federal do Tocantins

___________________________________________________

Prof. Dr. Waldesse Piragé de Oliveira Júnior (Examinador)

Universidade Federal do Tocantins

4

Dedico o presente trabalho a Marcos Fernando, Rosemery (in

memoriam), Polyana pelo incentivo aos meus estudos e minha

esposa Dalva pela compreensão, companheirismo e ajuda

durante a realização desta dissertação.

5

AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da vida.

Ao professor Dr. Dr. Joênes Mucci Pelúzio, pela orientação, sua prontidão e principalmente

pela paciência em compartilhar conhecimento.

Ao professor Dr. Flávio Sérgio Afférri, pela orientação e pelo apoio e paciência.

Aos meus Pais, Marcos Fernando Macêdo Ribeiro e Rosemery de Carvalho Rocha (in

memoriam) me incentivando com força e fé.

A minha esposa, Dalva dos Santos Guimarães, pelo amor e ajuda a esse trabalho em todas

as etapas, e principalmente pela compreensão.

A minha família e a família de minha esposa, pelo apoio e incentivo. Destaco a minha avó

Maria Izídio Macêdo Ribeiro.

A minha irmã, Polyana Macêdo de Carvalho, por acreditar que seria possível esta conquista.

Ao Douglas José Daronch, por me ajudar nas as etapas operacionais desse trabalho.

Aos professores e amigos da Universidade Federal do Tocantins.

Aos amigos do Corpo de Bombeiros. Eu ralei muito essa turma para a minha formação

acadêmica.

Aos examinadores da banca, Prof. Dr. Flávio Sérgio Afférri, Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro

Fidelis e Prof. Dr. Waldesse Piragé de Oliveira Júnior.

6

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. 07

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................ 08

RESUMO DA DISSERTAÇÃO ............................................................................................ 09

ABSTRACT OF DISSERTATION ....................................................................................... 10

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 13

1 ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO DA SOJA..........................................................................13

2 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA DA SOJA ..................................................................... 14

3 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO GRÃO ........................................................................... 15

4 UTILIZAÇÃO DA SOJA ................................................................................................... 15

5 POTENCIAL ECONÔMICO ............................................................................................ 17

5.1 Soja pelo Mundo ................................................................................................................. 17

5.2 Soja no cenário brasileiro ................................................................................................... 18

5.3 A soja produzida no Tocantins ........................................................................................... 19

6 FATORES DETERMINANTES EM EXPERIMENTOS DE SOJA ............................. 20

6.1 Coeficiente de variação (CV) ............................................................................................. 20

6.2 Precisão experimental ......................................................................................................... 21

7 TAMANHO DE PARCELAS ............................................................................................. 22

MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................... 24

RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 27

1 Análise de variância............................................................................................................... 27

2 Médias das características e Coeficiente de variação ............................................................ 28

CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 33

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 34

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Origem e distribuição geográfica da soja..............................................

Figura 2 – Tamanho de parcelas em dois cultivares de soja em ensaio realizado

na entressafra 2013, Gurupi-TO...............................................................................

13

26

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo da análise de variância das características avaliadas em

cultivares de soja, na entressafra 2013, em Gurupi-

TO............................................................................................................................

Tabela 2 – Médias do número de vagens por planta (NVP), peso de cem

sementes (P100s) de dois cultivares de soja em nove tamanhos de parcelas, na

entressafra de 2013 em Gurupi-

TO............................................................................................................................

Tabela 3 – Médias da produtividade de grãos (gramas.m-1

) de dois cultivares de

soja em nove tamanhos de parcelas, na entressafra de 2013 em Gurupi-

TO............................................................................................................................

Tabela 4 – Estimativas do coeficiente de variação (%) do número de vagens por

planta (NVP), peso de cem sementes (P100S) e produtividade de grãos (PG), de

dois cultivares de soja em nove tamanhos de parcelas, na entressafra de 2013, em

Gurupi-TO ..........................................................................................................

Tabela 5 – Correlação linear entre os diferentes tamanhos de parcela, para

número de vagens por planta, na entressafra 2013, em Gurupi-

TO.............................................................................................................................

Tabela 6 – Correlação linear entre os diferentes tamanhos de parcela, para peso

de 100 sementes (acima da diagonal) e produtividade de grãos (abaixo da

diagonal), na entressafra 2013, em Gurupi-

TO.............................................................................................................................

27

28

29

30

31

32

9

RESUMO DA DISSERTAÇÃO

Em experimentos, para obter resultados confiáveis, faz-se necessário utilizar tamanhos

adequados de parcelas, visando economizar tempo, mão de obra e recurso. Assim, objetivou-

se com este trabalho estudar o efeito de diferentes tamanhos de parcelas na qualidade do

experimento de soja. Na entressafra 2013 foi conduzido um ensaio em Gurupi-TO, sendo o

delineamento experimental utilizado de blocos ao acaso, com três repetições, e dois

tratamentos constituídos por dois cultivares (P99R03 (ciclo médio) e M9144RR (ciclo tardio).

Foram simulados nove tamanhos de parcelas experimentais e estas foram comparadas pelo

teste F, pelo coeficiente de variação (CV) e teste de coeficiente de correlação de Spearmann.

As características estudadas foram: o número de vagens por planta, massa de 100 sementes e

produtividade de grãos. Pode-se concluir que o tamanho de parcela não interfere na qualidade

experimental.

Palavras-chaves: Glycine Max, características agronômicas, precisão e planejamento

experimental.

10

ABSTRACT OF DISSERTATION

In experiments, to obtain reliable results, it is necessary to use appropriate sizes of plots aimed

save time, manpower and resource. Thus, the aim of this work was to study the effect of

different sizes of plots in the quality of soybean experiment. In season 2013 was conducted a

test on Gurupi-TO, and the experimental design of randomized blocks with three replications

and two treatments consisted of two cultivars (P99R03 (mid-cycle) and M9144RR (long

cycle). Nine sizes were simulated experimental plots and these were compared by F test, the

coefficient of variation (CV) and Spearman's correlation coefficient test characteristics were

studied:.. number of pods per plant, 100 seed weight and seed yield can conclude that the plot

size does not affect the experimental quality.

Keywords: Glycine Max, agronomic characteristics e precisão e planejamento experimental.

11

INTRODUÇÃO

A soja, produto primário com grande potencial econômico, e que dificilmente será

alcançado por outra cultura (EMBRAPA, 2013), vem apresentando incremento em

produtividade e área plantada de grãos no Brasil. O aumento da produtividade está vinculado

ao constante avanço tecnológico alcançado pelos pesquisadores e ao eficiente manejo dos

produtores rurais (MAPA, 2008).

O Estado do Tocantins apresenta grandes potencialidades para ampliação da cultura da

soja por estar inserido na região conhecida como MATOPIBA – sul do Maranhão, Tocantins,

sul do Piauí e oeste da Bahia – região na qual apresenta boa regularidade espacial na

distribuição pluviométrica (CONAB 2013/14). Além do mais, o Estado do Tocantins se

encontra em uma região estratégica para escoamento de produção com uma localização

geográfica privilegiada: é um grande entroncamento rodoviário e rota dos grandes corredores

de exportação da cultura.

Dentre os Estados brasileiros produtores de soja, o Tocantins se destaca como o maior

produtor da região Norte, com produção de 1.536,4 mil toneladas e área plantada de 549,6 mil

hectares na safra 2012/2013, correspondendo a um aumento de 11,1% na produção e 21,8%

na área plantada, em comparação com o ano safra de 2011/2012 (CONAB 2013/14). Parte

desse crescimento deve-se à busca de cultivares adaptados às condições edafoclimáticas do

Estado, decorrentes de contínuas avaliações e introdução de cultivares (PELUZIO et al.,

2008).

O sucesso alcançado pela alta produtividade da soja está diretamente ligado às

pesquisas de qualidade que passam pelas fases de planejamento, condução e divulgação dos

resultados. A precisão experimental pode ser influenciada por diversos fatores: a

heterogeneidade do solo, do material experimental, as competições intraparcelar e

interparcelar, amostragem e tamanho das parcelas, dentre outros (STORCK et al., 2000;

MARTIN et al., 2007).

Na determinação do tamanho de parcelas experimentais, o coeficiente de variação

(CV) é um dos fatores que mais interferem na estimativa da produção em experimentos de

campo (ZHANG et al., 1994). O Serviço de Proteção de Cultivares, do Ministério da

Agricultura, utiliza coeficiente de variação (CV) nos ensaios de valor de cultivo para o

registro de cultivares, pelo Governo Federal. Em ensaios com soja o CV deve ser no máximo

de 20%, para que o ensaio possa ser aproveitado, já outra cultura como o feijão o CV ideal é

12

inferior ou igual a 25%, demonstrando que o CV é variado para todas as culturas (BRASIL,

1998).

A variação genética entre plantas e cultivares distintas, é outro fator a ser observado

para a determinação no tamanho de parcelas experimentais. Martin (2003) verificou que a

variabilidade genética, entre os genótipos de soja avaliados em seus ensaios, influenciou na

determinação do tamanho ótimo de parcelas e no número de repetições, para que os

experimentos possuíssem a mesma precisão experimental.

Nos estudos de famílias de meio irmão de milho, foi verificado que existe a

necessidade de um maior número de plantas por parcelas, melhorando a precisão

experimental, associado a parcelas com duas ou três linhas, uma vez que este último

acarretará em uma menor competição intergenotípica (PALOMINO et al., 2000).

Em eucalipto, Arriel e colaboradores 1993, verificaram a necessidade de três plantas

para as avaliações, em cada parcela, levando em conta que a variação genética poderá ampliar

o número de plantas e a área dos ensaios para que as observações tenham validade.

Para as condições de Rio Grande do Sul, Pignataro e Gonçalves (1972), obtiveram

tamanhos de parcelas para a cultura da soja correspondente a 1,80m², que pode ser estendido

até 3,6m² sem perda de precisão. Ainda para a região Sul do país, Martin e colaboradores

(2005) concluíram que para dois diferentes cultivares de soja, o número de repetições que

confere precisão adequada é igual a sete e o tamanho ótimo de parcela obtido é de 3,96m².

As informações obtidas sobre planejamento experimental devem ser oriundas de

pesquisas em diferentes condições ambientais e diferentes cultivares, de modo a determinar os

tamanhos de parcelas para as cultivares. Assim, o presente trabalho foi realizado com o intuito

de estudar o efeito de diferentes tamanhos de parcelas, em dois cultivares de soja na Região

Sul do Estado do Tocantins, avaliando a qualidade e precisão experimental.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1 ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO DA SOJA

A soja (Glycine max Merril) é originária da Manchúria, região do Leste da China, é

uma das culturas mais antigas, utilizada como alimento há pelo menos cinco mil anos,

espalhou-se pelo mundo por intermédio dos viajantes ingleses e por imigrantes orientais

(FARIAS et al., 2007). Segundo Bonato & Bonato (1987) o registro mais antigo da soja é

datado de 2.838 a.C. no herbário PEN TS'AO KANG MU, na China, onde diversas escrituras

antigas fornecem indicações sobre épocas de cultivo e colheita, solos ideais, melhores

variedades para determinadas regiões e utilização da soja para diferentes fins.

Segundo Farias e colaboradores (2007), a soja que hoje é cultivada por vários países é

muito diferente dos ancestrais que lhe deram origem e sua aparição se deu através de

cruzamentos naturais de espécies de planta rasteira, que se desenvolvia ao longo do Rio

Amarelo, no Leste da China. Tornou-se uma cultura de tamanha importância na dieta

alimentar da antiga civilização, juntamente com o trigo, o arroz, o centeio e o milheto, que

eram considerados grãos sagrados, com direito de cerimônia ritualística na época da

semeadura e da colheita.

Vários experimentos da soja foram conduzidos ao longo dos anos para a domesticação

da espécie. A partir desse ponto, a oleaginosa foi levada para várias regiões do globo à

medida que aumentava a sua importância para a balança comercial de vários países e para a

alimentação humana (CÂMARA, 2011).

Figura1 – Origem e distribuição geográfica da soja. Fonte: BONETTI, 1970.

14

Na Europa, o professor Friedrich Hamberlandt, da Universidade de Viena, foi um dos

principais pesquisadores e incentivador da cultura da soja. Em 1876 iniciaram pesquisas com

19 variedades, oriundas do Japão e China, distribuindo as sementes na Áustria, Alemanha,

Polônia, Hungria, Suíça e Holanda (BONATO e BONATO, 1987).

Foi em 1919 que a oleaginosa passou a ter destaque internacional, e começou ganhar

espaço nos Estados Unidos da América (EUA). A partir daí, foi criada a associação em torno

de toda a cadeia da soja, da produção até a comercialização, conhecida hoje como ASA

(REVISTA FUNCIONAIS & NUTRACÊUTICOS, 2007).

No Brasil, a cultura da soja foi introduzida na Bahia em 1882 por Gustavo Dutra e

cultivada pela primeira vez na Estação Agropecuária de Campinas, em 1901 (BONATO e

BONATO, 1987). O grão foi introduzido oficialmente em 1908 pelos imigrantes japoneses no

Rio Grande do Sul. Porém, a expansão da soja no país se deu nos anos 70, com o interesse

crescente da indústria pelo óleo (REVISTA FUNCIONAIS & NUTRACÊUTICOS, 2007).

2 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA DA SOJA

A soja pertence à classe das dicotiledôneas, família leguminosa e subfamília

Papilionoides. A espécie cultivada é a Glycine Max Merril (FARIAS et al., 2007).

O caule herbáceo tem porte ereto variando de 60 cm a 1,50 m, nubescente de pêlos

brancos, parcedaneos ou tostados. A arquitetura da planta apresenta ramos bastante

ramificados e alongados, e todos eles formam ângulos variáveis com haste principal alongada

(MISSÃO, 2006).

As folhas são alternadas, pecioladas e longas, compostas de três folíolos ovalados ou

lanceolados, de comprimento variável ente 0,5 a 12,5 cm. Na grande parte das variedades, as

folhas amarelam à medida que os frutos amadurecem e caem quando as vagens estão

maduras. As flores nascem em racínios curtos, axiliares de terminais, geralmente com 9 a 10

flores, de coloração variada, dependendo do cultivar pode ser amarela, branca ou violeta

(MISSÃO, 2006).

O sistema radicular da soja é do tipo pivotante, com a raiz principal bem desenvolvida

e direcional positivo e raízes secundárias em grande número, geralmente são ricas em nódulos

de bactérias Rhisobium japonicum, fixadoras de nitrogênio atmosférico e vivem em simbiose

com as raízes da soja (FARIAS et al., 2007).

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Os frutos são vagens achatadas, de coloração acinzentada, palha ou preta, dependendo

da variedade. Dentro das vagens pode conter de duas a cinco sementes, e nascem em

agrupamentos de três a cinco, de modo que se pode encontrar até 400 vagens por planta. As

sementes podem ser arredondadas, achatadas ou alongadas conforme a variedade. A coloração

é diversa, porém os consumidores finais preferem as sementes amarelas (FARIAS et al.,

2007).

3 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO GRÃO

De acordo com a EMBRAPA (2011), o grão de soja apresenta em sua composição até

20% de óleo, 38% de proteínas, 34% de carboidratos, além de fibras. Essa composição varia

conforme a genética e as condições ambientais (SBARDELOTTOI e LEANDRO, 2008).

A soja apresenta uma fração grande de compostos nitrogenados, se tornando uma

importante fonte de proteínas para a alimentação humana e animal, chega a ser a maior fonte

de proteínas, por hectare, entre as plantas cultivadas e fontes animais (GOBIRA, 2012).

Os constituintes do grão da soja – lipídios, proteínas, carboidratos, minerais e água –

entram no grão através do transporte de nutrientes solúveis, principalmente na forma de

carboidratos e aminoácidos translocados da folha e haste da planta (MACHADO, 1999).

A proteína de soja contém oito aminoácidos essenciais para a saúde humana e com

qualidade superior a encontrada em de origem animal, apresenta também um mix de

carboidratos solúveis e insolúveis, constituindo 30% da sua composição nutricional. A soja é

rica em vitaminas, minerais e isoflavonas, além de uma variedade de substâncias

biologicamente ativas responsáveis pelos vários benefícios a saúde humana (REVISTA

FUNCIONAIS & NUTRACÊUTICOS, 2007).

4 UTILIZAÇÃO DA SOJA

Uma das formas mais conhecidas de utilização da soja é através da extração do óleo

vegetal e do seu subproduto, o farelo. De acordo com Missão (2006), o óleo de soja é rico em

ácidos graxos poliinsaturados, podendo ser utilizado em saladas, em frituras e aplicações

industriais como tinta de caneta, biodiesel, xampus, sabões e detergentes.

16

A lecitina é obtida pela extração da goma do óleo de soja bruto e é empregada como

emulsificante na produção de produtos ricos em gorduras e óleos, em chocolates, margarina e

produtos da panificação (MISSÃO, 2006).

Uma importante aplicação da cultura da soja está voltada para o campo da

agroenergia, sendo relatada por Gobira (2012), que a utilização da cultura, não somente como

matéria prima para a produção de biodiesel, mas também como geração de energia elétrica a

partir da queima de resíduos sólidos em caldeiras até a produção de etanol. O melaço da soja,

um subproduto obtido a partir da produção do farelo de soja concentrado é fundamental para a

produção de etanol (VELLO & SILVA, 2006).

Segundo Gobira (2012), a produção de etanol a partir do melaço de soja é feito através

do reaproveitamento do resíduo industrial suprindo as perdas resultantes do processo de

obtenção dos concentrados proteicos de soja. A produção de etanol proveniente do melaço de

soja é mais vantajoso que o etanol oriundo da cana de açúcar, devido a custos operacionais

como transporte, moagem, filtração e manuseio do bagaço (MACHADO, 1999). Além do

mais, o melaço de soja pode ser utilizado para a fermentação e produção de álcool ou ser

utilizado diretamente para a geração de energia em caldeiras, assim como a casca da soja

(SIQUEIRA, 2007).

Cerca de 85% da produção de biodiesel é proveniente do óleo de soja, mesmo que

outras oleaginosas tenham um teor de óleo superior. As pesquisas voltadas para a cadeia

produtiva da soja se encontram bem avançadas comparadas a qualquer outra cultura

(SIQUEIRA, 2007).

Programas nacionais de biocombustível estão estimulando a oferta de óleos vegetais

no mercado de biocombustíveis. Nesse contexto, vem se destacando a soja que apresenta

ampla adaptação climática e com os novos cultivares que possuem alta produtividade em

diferentes regiões do Brasil, refletindo positivamente em toda cadeia produtiva (FERRARI et

al., 2005).

Essas características maximizam a possibilidade de extração do óleo para diversos

fins, tanto para alimentação humana quanto para a produção de biodiesel, assim como a

produção de farelo de soja com elevado teor de proteínas para a alimentação animal que

favorece o valor econômico da cultura (AMORIN, 2011).

17

5 POTENCIAL ECONÔMICO

5.1 Soja pelo Mundo

Dentro do agronegócio mundial, a sojicultura está entre as atividades econômicas que

mais se destacaram nas últimas décadas, apresentando crescimento expressivo, devido a

diversos fatores como: desenvolvimento e estruturação do sólido mercado internacional,

consolidação da oleaginosa como importante fonte de proteína vegetal, principalmente para

atender a demanda crescente dos setores ligados à produção de produtos de origem animal,

além da geração e oferta de tecnologias, que viabilizam a expansão da exportação da soja e

produtos a diversas regiões do globo (HIRAKURI e LAZZAROTTO, 2011).

A produção mundial de soja se concentra principalmente em três países: Estados

Unidos (EUA), Brasil e Argentina, que correspondem cerca de 80% da área e da produção

mundial da oleaginosa (HIRAKURI e LAZZAROTTO, 2011). Quando os dados de

importação da soja são analisados, observa-se que a China e a União Europeia são os destinos

de mais de 2/3 do volume exportado do grão (CONAB, 2013).

A cultura da soja destaca no cenário internacional como a oleaginosa mais importante

cultivada (EDMAR et al., 2008). Porém essa cultura só teve destaque no ocidente ao início do

século passado (ZANON, 2007).

O quadro de oferta e demanda mundial, referente ao ano safra de 2012/13, apresentou

uma produção de soja de aproximadamente 267,58 milhões de toneladas assim distribuídas:

Estados Unidos com 30,66% (82,05 milhões de toneladas), o Brasil com 30,64% (82,00

milhões de toneladas) e a Argentina com 18,5% (49,50 milhões de toneladas), que juntos são

responsáveis por aproximadamente 79% da produção mundial da oleaginosa (CONAB, 2013).

As principais indústrias de processamento de soja são constituídas por capitais

transnacionais com sedes nos EUA e na União Europeia. Observa-se nas últimas décadas que

essas empresas estão se concentrando em países que são os maiores produtores mundiais de

soja (HIRAKURI e LAZZAROTTO, 2011). Adicionalmente, esse setor está concentrado em

quatro multinacionais sendo: ADM, Bunge, Cargill e Coinbra-Louis Dreyfus (VIEIRA JR et

al., 2006).

5.2 Soja no cenário brasileiro

18

O Brasil está inserido em um cenário otimista de crescimento agrícola, projeta um

salto produtivo na cultura da soja de mais de 40% até 2020, enquanto que a projeção

americana, atualmente o maior produtor mundial, deverá ser no máximo de 15%, com isso o

Brasil poderá atingir produção de 105 milhões de toneladas, quando será isoladamente o

maior produtor mundial dessa commodity (VENCATO et al., 2010).

A cada ano safra o Brasil se destaca cada vez mais no cenário mundial como um

importante fornecedor de produtos agropecuários, relevante para o abastecimento interno e

mundial. No cenário interno, a agropecuária brasileira fornece os principais produtos que

alimentam a população, se destacando o arroz, feijão, farinha de mandioca, a carne, além do

algodão para a indústria têxtil, a cana de açúcar, matéria prima para o açúcar e o etanol. No

cenário mundial o Brasil se destaca como um dos maiores exportadores de soja, café, carne de

aves e suíno (CONAB, 2013).

A soja é uma commodity de grande importância para a economia brasileira, ocupando

grandes extensões de área plantada e se destacando com alta produtividade por todo país. Esse

aumento da demanda pela alta produção ocorreu devido a grande exigência internacional por

proteína destinada a alimentação animal e humana, modificando a política econômica do país

(SILVA et al., 2010). De acordo com Amorin, (2011) outra característica importante da

cultura da soja é a capacidade da fixação simbiótica de nitrogênio, reduzindo a utilização de

adubos nitrogenados.

As exportações do agronegócio nacional são o somatório das exportações de cada

Estado produtor e nesse direcionamento a soja teve um papel crucial para a elevação das

reservas monetárias brasileiras, além do mais o agronegócio é responsável por

aproximadamente 33% do Produto Interno Bruto (PIB), 42% das exportações e 37% dos

empregos brasileiros diretos e indiretos (MAPA, 2008).

Segundo Vencato e colaboradores (2010), a soja é uma das responsáveis pela

implantação do conceito de agronegócio no Brasil, não só pelo volume físico e financeiro,

mas também pela necessidade da visão empresarial da atividade por parte dos produtores,

fornecedores, processadores e negociantes, de forma a expandir e manter as vantagens

competitivas da produção.

O sucesso do agronegócio está ligado diretamente à introdução de técnicas modernas

de plantio, colheita e processamento de grãos, impulsionando o crescimento do cultivo da

soja, e a vários setores agroindustriais, relacionados à produção de carnes que se consolidaram

e se expandiram devido à soja (FREITAS, 2011).

19

5.3 A soja produzida no Tocantins

O Estado do Tocantins na safra de 1987/1988 segundo a CONAB (2013/14), numa

área de 28 mil hectares obteve produção de 47 mil toneladas de grãos de soja. Na atual safra

2013/2014, há uma estimativa de produção de 1.936 mil toneladas em uma área de 634,8 mil

hectares, que o torna o maior produtor da oleaginosa entre os Estados da região Norte.

Mesmo com a produção relativamente pequena em comparação com os maiores

produtores brasileiros, o Tocantins possui condições territoriais para expandir a sua área de

produção (DARONCH, 2011). Segundo dados fornecidos pela SEAGRO (2013), o Tocantins

possui cerca de 13 milhões de hectares agricultáveis, fator que propicia muito a expansão da

cultura, além de possuir uma importante rede de escoamento, como a BR 153 e a Ferrovia

Norte-Sul.

A produtividade da soja no Estado do Tocantins está em torno de 3.050 Kg.ha-1

(CONAB 2013/14), média bastante superior às produzidas na década de 90, quando se

iniciaram a expansão da cultura da soja em todo território nacional que girava em torno de

1.500 Kg.ha-1

. Parte desse incremento na produção e na produtividade está ligada a melhores

preparos e correções de solo, além do mais o melhoramento genético foi o grande responsável

pela expansão da soja por todo o Estado do Tocantins (DARONCH, 2011).

A expansão da soja continua em novos territórios do bioma Cerrado, estabelecendo

uma nova fronteira agrícola denominada de MAPITOBA – Maranhão, Piauí, Tocantins e

Bahia, no Norte e Nordeste brasileiro. Mesmo que essas regiões apresentem condições

edafoclimáticas ideais para o cultivo da soja, o crescimento contínuo de área cultivada na

região enfrenta desafios como avanço em logística para o transporte e distribuição de grãos

(FREITAS, 2011).

A implantação de programas de melhoramento genético de soja em todo território do

Brasil possibilitou o avanço da cultura para regiões de baixa latitude, através de

desenvolvimento de cultivares cada vez mais adaptados por meio da incorporação de genes

que atrasam o florescimento, mesmo em condições de fotoperíodo indutor, conferindo a

característica de período juvenil longo (KIIHL e GARCIA, 1989).

6 FATORES DETERMINANTES EM EXPERIMENTOS DE SOJA

20

6.1 Coeficiente de variação (CV)

A Lei de Proteção de Cultivares de nº 9.456, foi sancionada em abril de 1997 e teve

seu Decreto Regulamentador, nº 2.366 publicado em 1997. Essa lei exige que, para a

recomendação de novos cultivares, sejam realizados experimentos de valor de cultivo e uso

(VCU), e seus critérios definidos para cada espécie e estabelecidos por especialistas

(GURGEL et al., 2013).

Entre as normatizações legais está a que afirma que só devem ser considerados os

experimentos cujo coeficiente de variação (CV) sejam iguais ou inferiores a 20%, esse critério

está enquadrado para as culturas da soja, trigo, feijão, milho e sorgo (BRASIL, 2008).

O Coeficiente de Variação (CV) é definido como a estimativa do erro experimental em

porcentagem da estimativa da média (STEEL e TORRE, 1980). Em experimentos de campo,

segundo Pimentel Gomes (2000), se obtiver coeficiente de variação inferior a 10% considera-

o como baixo e o experimento tem alta precisão, de 10% a 20% os CVs são considerados

médios, indicando boa precisão experimental, de 20% a 30% são considerados altos com

baixa precisão e acima de 30% são tidos como muito altos, indicando baixa precisão

experimental.

A determinação do Coeficiente de Variação não se restringe apenas a valores de

porcentagem geral, devendo ser levado em consideração a cultura estudada, as variáveis em

análise, a heterogeneidade do solo, o tamanho de parcela entre outros fatores importantes na

avaliação experimental (CARVALHO et al., 2003).

O limite máximo de CV que é aceitável em relação à produtividade, sendo

considerado médio ou baixo é de 22% no milho (SCAPIM et al., 1995) e 27% no arroz em

terras baixas, para a soja está em torno de 16%, valor também observado para altura de planta,

assim além do caráter estudado deve ser levado em consideração na precisão de experimentos

a cultura estudada (COSTA et al., 2002). Em ensaios com feijão, o CV deve ser inferior ou

igual a 25%, ou o valor do teste de F para genótipos deve ser significativo a 5% de

probabilidade (BRASIL,1998).

Segundo Barbim (2003), quando os dados de um experimento são relativos, ou seja,

valores positivos e negativos, o CV não tem sentido expressivo, pois a média poderá se

aproximar de zero e com isso tenderá ao infinito, podendo o pesquisador somar uma constante

positiva a todos os dados. Este procedimento altera a média experimental, mas não altera a

variância, portanto não serão alterados os resultados dos testes estatísticos (CRUZ, 2012).

21

6.2 Precisão experimental

A precisão de um experimento está relacionada com a capacidade em permitir a

reprodutibilidade dos resultados obtidos (CHAVES, 1985). Na experimentação, os ensaios

com baixa precisão podem induzir os pesquisadores a conclusões incorretas (JUDICE, 2000).

O erro experimental é a real estimativa da variação não controlada, que ocorre nos

experimentos, largamente influenciado pela precisão com que os experimentos são

conduzidos (GURGEL et al., 2013). Em trabalho de campo, o pesquisador se depara com um

importante desafio nas fases de instalação e condução de seus experimentos, a tentativa de

minimizar o erro experimental, obtendo informações confiáveis e empregando o mínimo de

recurso (FEHR, 1987).

Alguns fatores podem afetar o erro experimental nos ensaios: (a) heterogeneidade das

unidades experimentais, em virtude de variações na fertilidade do solo, nivelamento, textura e

estrutura do solo, etc.; (b) heterogeneidade do material experimental dentro dos tratamentos;

(c) tratos culturais desuniformes, como adubações, controle de ervas daninhas, pragas e

doenças; (d) competição intraparcelar em virtude da competição com plantas nas parcelas

vizinhas; (f) ataques de pragas, doenças e ervas daninha que ocorrem de forma localizada; (g)

amostragem de forma heterogênea e não representativa da parcela (RAMALHO et al., 2012;

STEEL et al.,1997).

Em experimentos de campo, são vários os fatores que influenciam a precisão

experimental, se destacando a heterogeneidade do solo e do material analisado, as

competições intraparcelar e interparcelar e amostragem (STORCK et al., 2000).

Em experimentos com precisão experimental mediana, alta ou muito alta, os

resultados não são preocupantes, mas em experimentos com precisão baixa são comumente

descartados (CRUZ et al., 2012). A decisão do descarte ou não ocorrerá nos casos no qual se

observa durante a realização de sua condução que não houve fator significativo ou relevante e

quando a precisão for muito baixa (CV muito alto) o experimento é de efeito não significativo

para o tratamento (CARGNELUTTI FILHO e STORCK, 2007).

7 TAMANHO DE PARCELAS

22

Fator como a heterogeneidade do solo e do material experimental, podem ser

minimizados ou controlados através de parcelas experimentais de tamanhos tais que

neutralizam os efeitos causados pelo solo (MARTIN, 2003).

As áreas experimentais estão sendo utilizadas de modo intensivo pelos pesquisadores,

a fim de maximizar recursos financeiros, logísticos e de pessoal, para a obtenção de resultados

mais rápidos e com maior confiabilidade, assim o tamanho e a forma de parcelas

experimentais influenciam diretamente na área total a ser utilizada (MARTIN et al., 2007).

Dentre os principais fatores, que estão associados ao tamanho e forma de parcelas

experimentais e juntamente com o erro experimental, estão a área disponível, a qualidade do

terreno, os objetivos do experimento, os tratos culturais, a cultura utilizada, o número de

tratamentos, o número de repetições, os recursos econômicos e o grau de precisão desejado

(MARTIN et al., 2007).

Storck e colaboradores (2000) recomendam a utilização de menor tamanho de parcela

compatível com os trabalhos previstos no manejo dos ensaios, podendo obter a precisão

desejada através do aumento do número de repetições. E em experimentos com amostragem,

o aumento do número de repetições sempre diminui a estimativa da variância da média

(BARBIN, 1993).

A área da parcela limita o número de repetições, diminuindo a precisão experimental à

medida que se aumenta a área da unidade experimental, embora isso não deve ser

proporcional, pois é preferível sacrificar a área da parcela em favor do número de repetições

(FERREIRA, 2000).

A população de planta, para a cultura da soja, é o fator que menos afeta a

produtividade, desde que as plantas estejam distribuídas uniformemente na área experimental

(TOURINO et al., 2002). Diante desse fator a Embrapa (1993) e Marcos Filho (1986)

recomendam que a população de plantas ideais para a oleaginosa seja em torno de 400 mil

plantas por hectare, embora outros fatores possam afetar o potencial produtivo como a região,

época de semeadura e cultivares.

As áreas experimentais estão sendo utilizadas de modo intensivo pelos pesquisadores,

a fim de maximizar recursos financeiros, logísticos e de pessoal, para a obtenção de resultados

mais rápidos e com maior confiabilidade (MARTIN et al., 2007).

O tamanho e a forma das parcelas experimentais influenciam diretamente o tamanho

total da área a ser utilizada para o experimento. Para que as áreas experimentais possam ser

manejadas de forma mais intensiva, a fim de produzir maior quantidade de resultados com

qualidade em um menor período de tempo é importante o planejamento experimental

23

adequado, para que os experimentos sejam menores e mais eficientes quanto à precisão e aos

custos (MARTIN et al., 2005).

Alguns resultados produzidos são apresentados por Odland e Garber (1928), que

determinaram que o melhor tamanho de parcela possui uma área de 4,88m2, com sulcos

distanciados de 0,76m. Weber e Horner (1957) chegaram a resultados semelhantes (4,50m2),

ou seja, parcelas de 3,1 unidades básicas, de 8 por 2 plantas. Esses resultados foram inferiores

aos resultados obtidos por Brim e Mason (1959), que apresentaram o tamanho ótimo de

parcela para a cultura da soja de 7,81m2 (3 x 8 plantas). Já Pignataro e Gonçalves (1972)

obtiveram em um experimento de uniformidade conduzido no Rio Grande do Sul, que o

melhor tamanho de parcela corresponde a 1,80m2, que pode ser estendidando até 3,6m2, sem

perda de precisão.

Martin e colaboradores (2005) afirmam que a uniformização de ensaios de indicação

de cultivares de soja pode ser realizada com parcelas de 3,96m², permitindo maior precisão

experimental. Esse valor é maior que os encontrados na literatura internacional.

O tamanho ideal da parcela depende da relação entre custos fixos e variáveis, da

variabilidade do solo (HATHEWAY, 1961), da cultura (RIBEIRO et al., 1984), do equilíbrio

entre precisão e custos (ZHANG et al., 1994), da natureza do material experimental, do

delineamento adotado, do número de repetições e da disponibilidade de recursos (VALLEJO

& MENDOZA, 1992).

Existem muitos relatos na literatura sobre o tamanho de parcela em diversas culturas

como: banana (ORTIZ, 1995), mandioca (VIANA et al., 2002), eucalipto (SILVA et al.,

2003), milho (MARTIN et al., 2004), trigo (HENRIQUES NETO et al., 2004), soja

(MARTIN et al., 2005), sorgo (LOPES et al., 2005), cana de açúcar (LEITE et al., 2006) e

batata (STOCK et al., 2005; OLIVEIRA et al., 2006; STORCK et al., 2006).

24

MATERIAL E MÉTODOS

Na entressafra 2013, foi realizado um ensaio na estação experimental da Universidade

Federal do Tocantins (UFT), município de Gurupi-TO (11º 43’ S, 49º 04’ W, altitude de 280

m), em solo do tipo Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico, em semeadura realizada em 19

de junho de 2013. As características químicas do solo amostradas em 20cm de profundidade

foram: 0,0 de Al+++

(mmolc dm-3

); 2,7 de Ca++

(mmolc dm-3

); 1,3 de Mg++

(mmolc dm-3

); 70,0

de K+

(mg dm-3

); 11,3 de P (mg dm-3

) e 6,0 de pH (H2O).

O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com três repetições,

sendo os tratamentos constituídos por dois cultivares transgênicos: P99R03 (ciclo médio) e

M9144RR (ciclo tardio).

A parcela experimental foi constituída de seis fileiras, de 6 metros de comprimento,

distanciadas 0,45 metros entre si. No momento da colheita, as parcelas foram subdivididas em

36 unidades básicas de um metro linear. Utilizou-se bordadura no entorno do experimento de

duas linhas.

Em cada uma das seis parcelas experimentais (dois cultivares x três repetições), foram

planejadas 09 diferentes tamanhos de parcela, formadas pela combinação de X1 fileiras de

largura (o número de linhas ou fileiras variando de 1 a 6) e X2 colunas de comprimento

(comprimento de um metro linear, variando de 1 a 6) e cada uma das 6 fileiras de largura (X1)

foi subdividida em 6 colunas de comprimento. Os tamanhos de parcela foram formados pelo

agrupamento de unidades contíguas, de modo que X1 x X2 correspondem a X (tamanho da

parcela em número de unidades básicas). Os tamanhos de parcela relacionando (X1 x X2)

planejados foram: 6x6 (16,2m²), 6x4 (10,8m²), 6x2 (5,4m²), 4x6 (10,8m²), 4x4 (7,2 m²), 4x2

(3,6m²), 2x6 (5,4m²), 2x4 (3,6m²) e 2x2 (1,8m²), (Figura 2).

A adubação de semeadura, realizada após análise de solo e segundo exigências da

cultura, foi de 400 kg ha-1

do formulado NPK 05-25-15, seguida de adubação de cobertura no

estádio R2 (Floração plena) com 100 kg ha-1

de K2O, fonte de potássio.

No momento da semeadura, foi realizado o tratamento das sementes com fungicidas

(Carbendazin + Captana), seguido de inoculação das sementes com estirpes de

Bradyrhizobium japonicum. A densidade de semeadura foi realizada com intuito de se obter

14 plantas por metro linear.

O controle de pragas e doenças foi realizado através de 04 aplicações (Piretróide e

Azoxystrobin, respectivamente), sendo a primeira aplicação 20 dias após a emergência das

plântulas e as demais aplicações com intervalos de 20 dias. Para o controle de plantas

25

daninhas foram realizadas duas aplicações de Glifosato sendo a primeira no estádio V2 e a

segunda em V4 para os cultivares resistente ao roundap. A irrigação foi aplicada uma vez ao

dia, devido o plantio da soja ter sido na entressafra.

Em cada unidade básica de um metro linear (UB) (0,45m2), de cada tamanho de parcela

(X1 x X2), foram obtidos: 1) rendimento de grãos (produção total de plantas da unidade) e

corrigido para 13% de umidade; 2) número de vagens por planta (média obtida de todas as

plantas da unidade e; 3) massa de 100 sementes.

Foi realizada análise de variância (ANOVA) das características considerando os 09

tipos de parcela e os dois cultivares, segundo um esquema fatorial 9 x 2, com três repetições,

Na ANOVA, foi utilizada a média geral das UB para cada tipo de parcela em cada repetição. .

Para cada tamanho de parcela e característica, foi obtido o CV(x) que é o coeficiente

de variação e o coeficiente de correlação de Spearmann, sendo utilizado o teste t para verificar

o nível de significância deste último.

A verificação das pressuposições do modelo matemático (homogeneidade da variância

dos erros estimados entre os cultivares e normalidade da distribuição dos erros) para as

características, foi realizada, respectivamente pelos testes de Bartllet e Kolmogorov-Smirnov.

As médias foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância, utilizando

software Assistat 7.7 beta (SILVA, 2006).

26

01 02 03 04 05 06 01 02 03 04 05 06 01 02 03 04 05 06

07 08 09 10 11 12 07 08 09 10 11 12 07 08 09 10 11 12

13 14 15 16 17 18 13 14 15 16 17 18 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 19 20 21 22 23 24 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30

31 32 33 34 35 36 31 32 33 34 35 36 31 32 33 34 35 36

6x6 6x4 6x2 01 02 03 04 05 06 01 02 03 04 05 06 01 02 03 04 05 06

07 08 09 10 11 12 07 08 09 10 11 12 07 08 09 10 11 12

13 14 15 16 17 18 13 14 15 16 17 18 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 19 20 21 22 23 24 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30

31 32 33 34 35 36 31 32 33 34 35 36 31 32 33 34 35 36

4x6 4x4 4x2 01 02 03 04 05 06 01 02 03 04 05 06 01 02 03 04 05 06

07 08 09 10 11 12 07 08 09 10 11 12 07 08 09 10 11 12

13 14 15 16 17 18 13 14 15 16 17 18 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 19 20 21 22 23 24 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30

31 32 33 34 35 36 31 32 33 34 35 36 31 32 33 34 35 36

2x6 2x4 2x2 Figura 2 – Tamanho de parcelas em dois cultivares de soja em ensaio realizado na entressafra 2013, Gurupi-TO.

27

RESULTADOS E DISCUSSÃO

1 Análise de variância

Segundo a análise das pressuposições do modelo matemático, verificou-se que as

pressuposições foram respeitadas, para todas as características estudadas, indicando que a

análise paramétrica é adequada, procedendo-se a análise de variância.

A análise de variância (Tabela 1) apresentou efeito significativo entre os cultivares,

para todas as características, e para a interação tamanho de parcela x cultivar, para número de

vagens por planta, esta última indicando que os efeitos isolados dos fatores cultivares e

tamanho de parcelas não explicam toda a variação encontrada, sendo, assim, realizados os

desdobramentos. Para tamanho de parcelas, não foi detectado efeito significativo em nenhuma

das características.

Os coeficientes de variação das características estudadas ficaram abaixo de 6%,

demonstrando existir boa precisão experimental na condução do experimento (Pimentel

Gomes, 200). Segundo Carvalho et al. (2003), em soja o limite máximo admitido para o

coeficiente de variação para produtividade de grãos é de 16%.

Tabela 1. Resumo da análise de variância das características avaliadas em cultivares de soja,

na entressafra de 2013, em Gurupi-TO.

FV G

L

Quadrado médio

NVP M100S

PG

Tamanho de Parcela(TP) 8 14,49 ns

0,08 ns

98,96 ns

Cultivar (C) 1 858,4**

11,68**

9335,18**

TP x C 8 1,43* 0,19

ns 45,73

ns

Blocos 2 8,81 ns

0,12 ns

847,93

Resíduo 34 7,36 0,12 46,83

Média 45,94 13,77 132,22

CV (%) 5,91 2,57 5,18

ns; * = não significativo e significativo, respectivamente, a 5% de probabilidade pelo teste F. NVP: número de

vagens por planta ; M100S: Massa de cem sementes; PG: Produtividade de grãos (gramas.m-1

).

28

2 Médias das características e Coeficiente de variação

O número médio de vagens por planta das cultivares, em diferentes tamanhos de

parcela, encontra-se na Tabela 2.

Para todos os tamanhos de parcelas, a cultivar M9144 RR apresentou maior número de

vagens por planta que P99R03, uma vez ser a primeira cultivar de ciclo tardio e, portanto,

com um maior período de acúmulo de matéria seca durante a fase vegetativa que reflete, em

última instância, em incremento na produtividade. Por outro lado, para cada uma das

cultivares, não foram detectadas diferenças significativas entre os tamanhos de parcelas,

indicando que não há redução na precisão experimental (CV<10%) (PIMENTEL GOMES,

2000) com a redução do tamanho de parcelas.

Tabela 2. Médias do número de vagens por planta (NVP), peso de cem sementes (P100S) de

dois cultivares de soja em nove tamanhos de parcelas, na entressafra de 2013 em Gurupi-TO.

Tamanhos de

Parcelas

NVP P100S (gramas)

P99R03 M9144RR Média P99R03 M9144RR Média

6 linhas com 6

metros 39,62bA 47,96aA 43,79 12,99 14,36 13,67

6 linhas com 4

metros 40,95bA 50,03aA 45,49 12,50 14,37 13,66

6 linhas com 2

metros 41,91bA 50,79aA 46,35 13,14 14,15 13,65

4 linhas com 6

metros 40.72 bA 47,62aA 44,16 13,26 14,31 13,78

4 linhas com 4

metros 42.12bA 50,97aA 46,55 13,19 14,26 13,72

4 linhas com 2

metros 43,06bA 50,84aA 46,95 13,51 14,04 13,78

2 linhas com 6

metros 41,57bA 47,68aA 44,62 13,38 14,19 13,79

2 linhas com 4

metros 43,07bA 51,01aA 47,04 13,46 14,24 13,85

2 linhas com 2

metros 44,63bA 52,47aA 48,55 13,87 14,19 14,03

Média 41,96b 49,93a 45,94 13,30b 14,23a 13,77 Médias seguidas das mesmas letras minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas constituem grupo

estatisticamente homogêneo, pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Gurupi-TO.

Segundo Peternelli et al. (1994) e Board et al. (1997), o número de vagens por planta é

o caráter que mais contribui para o rendimento de grão em leguminosas, uma vez que

apresenta as maiores correlações com a produção de grãos. Além disso, vagens com 1, 2 e 3

grãos podem influenciar no tamanho das sementes que serão produzidas e, conseqüentemente,

na produtividade.

A massa de 100 sementes (M 100S) e a produtividade de grãos (PG) das cultivares, em

diferentes tamanhos de parcela, encontra-se respectivamente, nas tabelas 2 e 3. Para ambas as

características, a cultivar M9144 RR foi a que alcançou o maior valor médio geral, em virtude

29

de ser um material de ciclo tardio. Não foi detectado interação significativa cultivares x

tamanho de parcelas. Similarmente ao observado com o NVP (Tabela 2), não foram

detectadas diferenças significativas entre os tamanhos das parcelas.

Esses resultados são concordantes com aqueles obtidos por Martin e colaboradores.

(2005), que ao estudarem duas cultivares de soja em 13 tamanhos de parcela, para a

produtividade de grãos, também observaram diferenças entre os cultivares e interação não

significativa entre tamanho de parcelas e cultivares.

Tabela 3. Médias da produtividade de grãos (gramas.m-1

) de dois cultivares de soja em nove

tamanhos de parcelas, na entressafra de 2013 em Gurupi-TO.

Tamanhos de

Parcelas

PG

P99R03 M9144RR Média

6 linhas com 6m 111,94 144,46 128,21

6 linhas com 4m 115,97 150,92 133,45

6 linhas com 2m 120,35 149,62 134,98

4 linhas com 6m 115,39 140,06 127,73

4 linhas com 4m 120,21 148,28 134,25

4 linhas com 2m 123,08 145,32 134,21

2 linhas com 6m 116,96 133,81 125,38

2 linhas com 4m 122,43 146,47 134,45

2 linhas com 2m 125,37 149,42 137,39

Média 119,08b 145,37a 132,22

Médias seguidas das mesmas letras minúsculas nas linhas constituem grupo estatisticamente homogêneo,

pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Gurupi – TO.

A M100S é uma característica importante na escolha da cultivar a ser plantada, uma

vez que a aquisição de sementes de menor peso resultará em um menor custo de produção por

área, face ao maior volume de sementes por unidade comercializada, e, também, em uma

maior velocidade nos processos de germinação e emergência (SOUZA, 2006).

Em relação ao coeficiente de variação (CV) das características em função do tamanho

das amostras (Tabela 4), pode-se observar que variou de 1,0% a 9,8%, com uma tendência de

menores valores de C.V nos tratamentos envolvendo linhas com maior comprimento. Tal

resultado era esperado, uma vez que há uma associação negativa entre tamanho de parcela e

erro experimental (CARGNELUTTI FILHO & STORCK, 2007).

30

Tabela 4. Estimativas do coeficiente de variação (%) do número de vagens por planta (NVP),

massa de cem sementes (M100S) e produtividade de grãos (PG), de dois cultivares de soja em

nove tamanhos de parcelas, na entressafra de 2013, em Gurupi-TO.

Tamanhos de

Parcelas

NVP P100S PG

P99R03 M9144RR P99R03 M9144RR P99R03 M9144RR

6 linhas com 6 m 7,1 4,6 1,0 2,7 2,8 2,0

6 linhas com 4 m 6.9 4,3 1,8 2,3 2,9 4,3

6 linhas com 2 m 7,7 5,3 3,9 2,11 6,6 9,6

4 linhas com 6 m 3,9 6,0 2,2 1,3 3,4 8,3

4 linhas com 4 m 6,9 5,9 1,3 1,2 3,6 5,5

4 linhas com 2 m 9,7 5,6 3,4 1,7 2,2 9,8

2 linhas com 6 m 2,6 2,7 3,4 2,3 3,0 5,7

2 linhas com 4 m 7,9 4,2 3,0 2,8 6,1 7,3

2 linhas com 2 m 7,8 4,3 4,8 1,7 5,4 6,1

Na elaboração do VCU (valor de cultivo e uso) para o registro de novas

cultivares de soja, deve-se considerar apenas os ensaios cujos CV forem inferiores a 20%.

Esse valor máximo é estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

para a soja e demais culturas, cujas cultivares pode ser registrado (BRASIL, 2006). Para

Carvalho e colaboradores 2003, o limite máximo de coeficiente de variação aceitável para a

cultura da soja é de 16% para a produtividade de grãos e de 12% para altura da planta.

Além disso, em programa de melhoramento genético, a classificação de CV pode ser

útil, por exemplo, para informar a qualidade de ensaios intermediários e finais dessa cultura.

Nesses ensaios, um conjunto de caracteres é mensurado para auxiliar o melhorista na

descrição e indicação de novas cultivares (CARVALHO et al., 2003).

Segundo classificação proposta por Pimentel Gomes (2000), em experimentos de

campo, o CV é classificado como baixo quando menor que 10%; médio, quando de 10 a 20%;

alto, de 20 a 30% e muito alto, quando maior do que 30%.

Para as condições de Rio Grande do Sul, Pignataro e Gonçalves (1972), obtiveram

tamanhos de parcelas para a cultura da soja correspondente a 1,80m², que pode ser estendido

até 3,6m² sem perda de precisão. Ainda para a região Sul do país, Martin et al., (2005)

concluem que para dois diferentes cultivares de soja, o número de repetições que confere

precisão adequada é igual a sete e o tamanho ótimo de parcela obtido é de 3,96m².

31

Por outro lado, em ensaio de soja conduzido em Lavras-MG, Gustavo (2012),

utilizando dados provenientes da produção de grãos, identificou um tamanho ótimo de parcela

de 22 unidades experimentais básicas ou 198 plantas, equivalente a 5,94 m2 de área.

As estimativas dos coeficientes de correlação de Spearmann entre os tamanhos de

parcelas encontram-se nas Tabelas 5 e 6.

Para a característica número de vagens por planta (Tabela 5), as correlações entre os

tamanhos de parcelas foram todas positivas e significativas, revelando similaridade de

comportamento das cultivares quanto à ordem de classificação, ou seja, uma tendência de

comportamento similar das mesmas entre as parcelas.

Tabela 5. Correlação linear entre os diferentes tamanhos de parcela, para número de vagens

por planta, na entressafra 2013, em Gurupi-TO.

Tamanho

de

parcelas

Tamanho de parcelas

6 x 6 6 x 4 6 x 2 4 x 6 4 x 4 4 x 2 2 x 6 2 x 4 2 x 2

6 x 6 - 0,94* 0,93

* 0,97

* 0,98

* 0,97

* 0,88

* 0,94

* 0,98

*

6 x 4 - 0,97* 0,94

* 0,94

* 0,93

* 0,94

* 0,97

* 0,98

*

6 x 2 - 0,93* 0,94

* 0,93

* 0,94

* 0,97

* 0,93

*

4 x 6 - 0,98* 0,98

* 0,88

* 0,94

* 0,98

*

4 x 4 - 0,97* 0,89

* 0,93

* 0,98

*

4 x 2 - 0,88* 0,94

* 0,97

*

2 x 6 - 0,93* 0,88

*

2 x 4 - 0,94*

2 x 2 - * significativo a 5% pelo teste t.

Quanto à massa de 100 sementes e a produtividade de grãos (Tabela 6), houve inconsistência

quanto os resultados. A partir desta tabela, pode-se verificar que para massa de 100 sementes,

os tipos de parcela 2 x 6, 2 x 4 e 2 x 2, e para produtividade de grãos, a parcela 4 x 4, não se

correlacionam significativamente com a grande maioria dos outros tipos de parcela, indicando

que as cultivares não seguem uma tendência de comportamento similar, o que dificulta a

substituição de uma parcela por outra.

32

TABELA 6. Correlação linear entre os diferentes tamanhos de parcela, para massa de 100

sementes (acima da diagonal) e produtividade de grãos (abaixo da diagonal), na entressafra

2013, em Gurupi-TO.

Tamanho

de parcelas

Tamanho de parcelas

6 x 6 6 x 4 6 x 2 4 x 6 4 x 4 4 x 2 2 x 6 2 x 4 2 x 2

6 x 6 - 0,94* 0,98

* 0,83

* 0,94

* 0,89

* 0,71

ns 0,72

ns 0,26

ns

6 x 4 0,94* - 0,94

* 0,77

ns 0,89

* 0,84

* 0,60

ns 0,61

ns 0,15

ns

6 x 2 0,93* 0,88

* - 0,82

* 0,94

* 0,90

* 0,71

ns 0,72

ns 0,25

ns

4 x 6 0,94* 0,87

* 0,97

* - 0,93

* 0,92

* 0,89

* 0,88

* 0,60

ns

4 x 4 0,65ns

0,77ns

0,77 ns

0,77 ns

- 0,98* 0,77

ns 0,76

ns 0,54

ns

4 x 2 0,88* 0,93

* 0,94

* 0,94

* 0,88

* - 0,69

ns 0,68

ns 0,61

ns

2 x 6 0,89* 0,94

* 0,93

* 0.93

* 0,89

* 0,97

* - 0,97

* 0,43

ns

2 x 4 0,77ns

0,88* 0,88

* 0,82

* 0,91

* 0,92

* 0,94

* - 0,42

ns

2 x 2 0,94* 0,97

* 0,88

* 0,88

* 0,94

* 0,93

* 0,92

* 0,88

* -

* e ns: significativo e não significativo, respectivamente, a 5% pelo teste t.

Assim, pelo fato do CV ter sido baixo (CV < 10) para todos os tamanhos de parcelas

(Tabela 4), independentemente da cultivar e da característica estudada, pela ausência de efeito

significativo de tamanhos de parcelas (Tabela 1), aliada a correlação postiva e entre

significativa entre a maioria das parcelas, a utilização de parcelas menores em ensaios de

campo poderia resultar em redução de área experimental e, por consequinte, nos custos de

implantação dos ensaios, sem que houvesse queda na qualidade experimental.

33

CONCLUSÃO

Os tamanhos de parcelas não interferiram na qualidade experimental.

Parcelas menores poderão vir a ser utilizadas em ensaios visando reduzir custos de

implantação de experimentos.

34

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