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Nesta Edição www.bancariosdf.com.br Brasília, 17 de junho de 2010 Ano 16 - Número 1.266 Sindicato conquista na Justiça jornada de seis horas para Asnegs do BB Página 6 CAMPANHA NACIONAL 2010 PÁGINA 5 PÁGINA 3 Após longa luta do Sindicato, Regius muda estatuto e terá paridade na diretoria executiva Empregados da Caixa programam Dia Nacional de Luta por mais valorização e fim do descaso PÁGINA 7 Funcionários do BB fazem paralisações parciais no dia 23 por PCCS e plano odontológico A umento real de salário, PCCS, PLR maior e ampliação do piso da categoria. Essas são, nessa ordem, as principais reivindicações econômicas apontadas pelos bancários de Brasília em consulta realizada pelo Sindicato para a Campanha Nacional 2010. A consulta foi respondida por 613 bancá- rios do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do BRB, Bradesco, Itaú Unibanco, San- tander Real e HSBC, além de financiários, entre os dias 25 de maio e 9 de junho. Ainda dentro do tema remuneração, os tra- balhadores escolheram como mais importantes reivindicações como o aumento do valor da cesta-alimentação (80,10%), o auxílio-creche de um salário mínimo (27,08%) e o auxílio- educação (25,61%). No quesito emprego, 74,88% dos entre- vistados defendem a jornada de 6 horas sem redução salarial; 29,53%, a garantia de em- prego por meio da ratificação da Convenção 158 da OIT; 27,08%, mais contratações e 23,33%, igualdade de oportunidades no ato Forte disposição de luta Em consulta, grande maioria da categoria diz pronta a usar até a greve para conquis- tar aumento real, Plano de Carreira, Cargos e Salários, garantia de emprego, fim do assédio moral e das metas abusivas, redução de jornada sem redução de salários... da admissão e no local de trabalho. Em relação às cláusulas sobre saúde e con- dições de trabalho, 65,25% apontaram como prioridade o combate ao assédio moral, o fim das metas abusivas (52,69%) e a exigência de adicional de risco de vida nas agências e postos (30,18%). Dos que responderam à consulta, 24,63% querem isonomia de direitos aos afas- tados por motivo de licença-saúde. Os bancários também responderam a questões relativas à organização do movimen- to, sendo que 93,15% se disseram dispostos a participar da campanha, principalmente com- parecendo às assembleias (81,73%), fazendo greve (68,52%), promovendo paralisações parciais (46,82%), dias de protesto (37,68%) e passeatas (32,63%). O Sindicato também quis saber a opinião da categoria sobre as privatizações: 95,60% res- ponderam que são contrários, ante 4,40% que se declararam a favor. “O resultado da pesquisa será apresenta- do no 6º Congresso dos Bancários de Brasília, nos dias 16 e 17 de julho, para nortear os de- bates que vão definir as propostas de reivindi- cações dos bancários do DF que serão levadas para a Conferência Nacional, em São Paulo, de onde saíra a pauta final a ser entregue aos banqueiros”, explica o presidente do Sindica- to, Rodrigo Britto. Congressos Distritais e Nacionais nos bancos públicos e Seminário dos Trabalhadores das Instituições Financeiras Privadas também já apresentaram sugestões de reivindicações e discutiram estratégias de luta que serão reunidas e fechadas no 6º Congresso de Brasília e na Conferência dos Bancários em julho

Informativo 1266

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Informativo Bancário: Categoria mostra forte disposição de luta para Campanha Além dos resultados da consulta aos bancários, veja também nesta edição: No dia 23, paralisações parciais no BB por PCCS e plano odontológico Empregados da Caixa promovem protestos em todo o país no dia 29 Começa na segunda (21) eleição de delegados sindicais em bancos públicos TST manda BRB reintegrar em definitivo funcionário demitido por greve

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Nesta Edição

www.bancariosdf.com.br Brasília, 17 de junho de 2010 Ano 16 - Número 1.266

Sindicato conquista na Justiça jornada de seis horas para Asnegs do BBPágina 6

Campanha naCional 2010

PÁGINA 5PÁGINA 3

Após longa luta do Sindicato,Regius muda estatuto e terá paridade na diretoria executiva

Empregados da Caixa programam Dia Nacional de Luta por maisvalorização e fim do descaso

PÁGINA 7

Funcionários do BB fazem paralisações parciais no dia 23por PCCS e plano odontológico

Aumento real de salário, PCCS, PLR maior e ampliação do piso da categoria. Essas são, nessa ordem, as principais reivindicações econômicas apontadas

pelos bancários de Brasília em consulta realizada pelo Sindicato para a Campanha Nacional 2010.

A consulta foi respondida por 613 bancá-rios do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do BRB, Bradesco, Itaú Unibanco, San-tander Real e HSBC, além de financiários, entre os dias 25 de maio e 9 de junho.

Ainda dentro do tema remuneração, os tra-balhadores escolheram como mais importantes reivindicações como o aumento do valor da cesta-alimentação (80,10%), o auxílio-creche de um salário mínimo (27,08%) e o auxílio-educação (25,61%).

No quesito emprego, 74,88% dos entre-vistados defendem a jornada de 6 horas sem redução salarial; 29,53%, a garantia de em-prego por meio da ratificação da Convenção 158 da OIT; 27,08%, mais contratações e 23,33%, igualdade de oportunidades no ato

Forte disposição de lutaEm consulta, grande maioria da categoria diz pronta a usar até a greve para conquis-tar aumento real, Plano de Carreira, Cargos e Salários, garantia de emprego, fim do assédio moral e das metas abusivas, redução de jornada sem redução de salários...

da admissão e no local de trabalho.Em relação às cláusulas sobre saúde e con-

dições de trabalho, 65,25% apontaram como prioridade o combate ao assédio moral, o fim das metas abusivas (52,69%) e a exigência de adicional de risco de vida nas agências e postos (30,18%). Dos que responderam à consulta, 24,63% querem isonomia de direitos aos afas-

tados por motivo de licença-saúde. Os bancários também responderam a

questões relativas à organização do movimen-to, sendo que 93,15% se disseram dispostos a participar da campanha, principalmente com-parecendo às assembleias (81,73%), fazendo greve (68,52%), promovendo paralisações parciais (46,82%), dias de protesto (37,68%) e passeatas (32,63%).

O Sindicato também quis saber a opinião da categoria sobre as privatizações: 95,60% res-ponderam que são contrários, ante 4,40% que se declararam a favor.

“O resultado da pesquisa será apresenta-do no 6º Congresso dos Bancários de Brasília, nos dias 16 e 17 de julho, para nortear os de-bates que vão definir as propostas de reivindi-cações dos bancários do DF que serão levadas para a Conferência Nacional, em São Paulo, de onde saíra a pauta final a ser entregue aos banqueiros”, explica o presidente do Sindica-to, Rodrigo Britto.

Congressos Distritais e Nacionais nos bancos públicos e Seminário dos Trabalhadores das Instituições Financeiras Privadas também já apresentaram sugestões de reivindicações e discutiram estratégias de luta que serão reunidas e fechadas no 6º Congresso de Brasília e na Conferência dos Bancários em julho

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2 Sindicato dos Bancários de Brasília

Os diretores do Sindica-to Paulo Frazão e Rosane Alaby reuniram-se no dia 8 com o su-perintendente regional do HSBC, Samuel Rizzo, para discutir temas como a reforma física em algumas agências e as demissões que vêm acontecendo no banco. A reu-nião ocorreu na sede do Sindica-to, abrindo um canal de diálogo e negociações com o banco sobre

Sindicato discute reformas e demissõescom superintendente do HSBC

essas questões específicas. “Cobramos dele explicações

sobre algumas questões, como a das demissões. Desde o início do ano, foram 18 desligamentos em nossa regional, sendo que oito fo-ram a pedido e dez aconteceram sem justa causa. Ele não dispunha de dados específicos, mas disse que há uma disposição por parte do banco de aumentar o número

O Sindicato realizou um ato em frente à agência do HSBC na 502 Sul com a entrega de jornais pan-fletos. A manifestação ocorreu no último dia 28 e sensibilizou clientes e trabalhadores do banco quanto ao Acordo Global proposto pela UNI Global Union, sindicato mundial que representa cerca de 2 milhões de bancários no mundo. “O sucesso desse acordo garante direitos tra-balhistas em todos os países”, diz Raimundo Dantas, diretor do Sin-dicato. As atividades ocorreram em várias cidades do Brasil e em outros países onde há unidades do banco.

Paralelamente, ocorreu em Londres uma Assembleia Geral dos

O caso do agente da Polí-cia Civil que arrombou uma porta giratória na agência Guará II, do

Itaú, e prendeu arbitrariamente dois vigilantes e uma bancária, além de provocar protestos de várias entidades, gerou uma reunião nes-ta semana entre dirigentes sindicais dos bancários e dos vigilantes com representantes da Secretaria de Segurança Pública, da Polícia Civil, da OAB, do Ministério Público do

O grupo Santander ad-mitiu à Contraf-CUT que não consegue cumprir a legisla-ção que garante cota de 5% de pessoas com deficiência (PCD) em seu quadro de empregados. Em reunião no ultimo dia 10, em São Paulo, os representantes dos Sindi-catos exigiram não só maior inclusão de deficientes den-tro do banco, mas também incentivo à promoção desses funcionários e instrumen-tos de acessibilidade, como cadeiras motorizadas para os deficientes físicos. Os di-rigentes reivindicaram tam-bém participação no Comitê de Diversidade que discute questões referentes às mino-rias e o banco ficou de anali-sar o pedido.

“O respeito à diversida-de deve ser exigida e, quando garantida legalmente, deve ser aplicada”, diz Rosane Alaby, diretora do Sindicato. “É papel dos representantes dos trabalhadores cobrarem respeito à legislação.

Nova reunião será agen-dada pelo banco nos próxi-mos dias para continuar os debates.

Sindicato faz atividade em favor do Marco Global no HSBC

Após aprovação em assembleia de bancários, o Itaú Unibanco efe-tuou no último dia 10 o pagamen-to da antecipação de R$ 2,1 mil do Programa Complementar de Resul-tados (PCR) para quem está na ati-va. Para os desligados, o PCR será pago no próximo dia 24.

Uma eventual diferença será quitada em fevereiro de 2011. Essa diferença complementa o paga-mento em caso de o lucro calcu-lado no final do ano gerar um pa-gamento maior do que os R$ 2,1 mil da antecipação. Caso o cálculo gere um pagamento menor, não há qualquer tipo de compensação para o banco.

Itaú Unibanco antecipa PCR

Trabalho e da Associação dos Ban-cos para tomada de providências. O vigilante que guardava a porta giratória da agência no último dia 4 pediu a identificação do policial após o aparelho ter acusado por-te de metal (arma), mas o agente se recusou a mostrá-la, ignorando portarias das Instituições de Segu-rança. Irritado, o policial arrombou a porta giratória, prendendo na se-quência o vigilante e a gerente da agência. Outro vigilante, que fazia

Abuso de autoridade em agência do Itaú, no Guará

Santander não atinge cotapara deficientes

filmagens da cena, também foi pre-so, e todos foram levados para a delegacia.

“Tanto o vigilante como a ge-rente agiram dentro das normas de segurança, pois não basta se apresentar como policial sem a necessária identificação”, diz Lou-raci Morais, diretora do Sindicato. “Exigimos apuração rigorosa e transparente desses fatos”, com-pleta. Em conjunto, os diretores dos bancários e dos vigilantes

Acionistas do HSBC. No encontro os dirigentes sindicais da Inglaterra e da França participaram apresen-tando as demandas de valorização, respeito e dignidade no trabalho para os funcionários do HSBC.

SantanderA Contraf-CUT defendeu a re-

alização de Acordo Marco Global com o Santander, a exemplo da Te-lefónica, que já firmou esse instru-mento com a UNI Sindicato Global Union. A defesa foi feita durante o 2º Encontro de Sindicatos de Trans-nacionais Espanholas ocorrido em Bogotá, capital da Colômbia.

entregaram nota também ao pre-sidente da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Pri-vada (CCASP) em reunião no dia 8, pedindo firmeza e agilidade na investigação.

O caso do abuso de autoridade do policial e da inutilização, pos-sivelmente praticada pelo agente, das imagens filmadas no celular será analisado no dia 22, às 14h30, em audiência no Juizado de Peque-nas Causas, no Fórum do Guará.

de agências e consequentemente realizar novas contratações. Esta-remos atentos para o desenrolar do assunto”, afirma Paulo Frazão, bancário do HSBC e diretor do Sindicato.

“Falamos também de outros assuntos, como a reforma de agências, que serão aprofundados posteriormente”, acrescenta a di-retora do Sindicato Rosane Alaby.

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317 de junho de 2010

Começa eleição de delegados sindicais em bancos públicosA diretoria dá início no próxi-

mo dia 21 ao processo de eleição de delegados sindicais nas depen-dências do Banco do Brasil, da Caixa e do BRB. A escolha de re-presentantes por local de trabalho está prevista no Estatuto do Sindi-cato e é uma conquista da catego-ria incluída nos acordos coletivos com os bancos públicos.

Todos os bancários têm direi-

to a votar, mas somente sindicali-zados podem se inscrever como candidatos por meio de formulário específico. A votação e a apura-ção em cada dependência deverão ocorrer até o final de julho.

O processo eleitoral será con-duzido por representantes do sin-dicato em cada local de trabalho. Os funcionários podem solicitar a realização da eleição à Secretaria

Geral do Sindicato (3262-9018). A posse dos eleitos será em

3 de agosto, com a instalação do Conselho de Delegados Sindicais. O mandato dos delegados é de um ano.

“O delegado sindical é impres-cindível na organização dos cole-gas nos seu local de trabalho. Ele representa os funcionários da de-pendência junto ao Sindicato, parti-

cipa de reuniões para discussão de problemas e reivindicações relativas às condições de trabalho, fiscaliza o cumprimento dos contratos co-letivos, da legislação trabalhista e previdenciária, recebe e encaminha denúncias e contribui para a mobi-lização e realização das atividades que fortalecem nossa luta nas cam-panhas salariais”, explica Wandeir Severo, diretor do Sindicato.

Trabalhadores de instituições privadas dão largada à campanhaCerca de 150 bancários, coo-

perativários e financiários lotaram o auditório do RM Hotel Fazenda, em Sobradinho, no dia 5 de junho, para discutir e definir as propostas de rei-vindicações, gerais e específicas, e as estratégias da Campanha Nacional de 2010. O Seminário dos Traba-lhadores das Instituições Financeiras Privadas debateu especialmente as transformações ocorridas no ramo financeiro e as questões de saúde dos funcionários, questões impor-tantes para a mobilização e a defesa dos interesses da categoria.

As premissas deliberadas no Seminário serão encaminhadas para o 6º Congresso dos Bancários de Brasília, que será realizado em 16 e

Empregados do setor privado discutiram reivindicações e estratégias de luta

17 julho. “O que temos de obser-var nesse cenário atual é que a luta é de todos, independentemente da instituição financeira ser privada ou pública. A campanha tem que ser pautada na unidade, estratégia que tem sido bem sucedida nos últimos anos”, ressalta Rodrigo Britto, presi-dente do Sindicato.

Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT, fez palestra sobre o processo de re-estruturação do ramo financeiro ocorrido a partir da década de 90 que transformou o bancário em ven-dedor de produtos e serviços, com metas abusivas, e reduziu a categoria de 1 milhão para cerca 450 mil tra-balhadores formalizados em todo

o Brasil. O psicólogo Vitor Barros questionou o modelo de gestão dos bancos que favorece o adoecimento físico e mental do trabalhador.

Após as palestras e os debates,

os participantes do seminário tra-balhadores foram divididos grupos que discutiram as questões para negociações específicas de cada ins-tituição ou setor.

Seguindo as determinações do 26º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), os funcionários

organizam mobilização em nível nacional para o próximo dia 29. Por todo o país, os trabalhadores e seus sindicatos realizarão manifestações. Em Brasília, haverá atividades em locais a definir, com objetivo de rei-vindicar uma proposta justa de PCS/PFG, a jornada de 6 horas sem re-dução de salário, pagamento de 7ª e 8ª horas, novas contratações, devo-lução do desconto por dias parados e reconquista de alguns direitos.

Como preparação para o Dia Nacional de Lutas, os sindicatos e entidades estão sendo orientados a realizar reuniões e debates nos locais de trabalho. “Faz dois meses que ocorreu a última reunião entre a Caixa e a Comissão Executiva de Empresa. A direção da empresa, que vinha mantendo-se intransigen-

Empregados da Caixa preparam Dia Nacional de Luta por valorização e contra desrespeito

te na mesa permanente de negocia-ção, sem promover avanços, conti-nua sem mostrar nada de concreto para as reivindicações da categoria. A atividade é contra esse descaso, o não cumprimento de acordos e a falta de valorização dos empregados que iremos protestar”, explica Enil-son da Silva, diretor do Sindicato.

O polêmico Plano de Funções Gratificadas, o PFG, segundo os re-presentantes da Caixa informaram na última reunião em abril, estaria sob avaliação dos Ministérios da Fa-zenda e do Planejamento a fim de adequar as exigências dos funcio-nários ao orçamento da União. A Caixa prometeu voltar a negociar o PFG no mês seguinte, mas não cumpriu a palavra.

Quanto à redução de jorna-da de oito para seis horas, a Caixa manteve-se irredutível. Uma das condições impostas pela empresa para implantação do novo PFG é

justamente a redução de jornada com diminuição proporcional de salários para cargos técnicos e de assessoramento, o que é inaceitável para os dirigentes sindicais.

Dias parados“A Caixa fechou acordo com a

categoria para contratação de 5 mil novos empregados. Só que cen-tenas de concursados continuam na espera, enquanto as agências seguem abarrotadas de clientes e usuários e os funcionários sobre-carregados. Queremos também que a Caixa devolva o dinheiro re-ferente aos dias parados em 2008 descontado indevidamente”, de-clara José Herculano, o Bala, dire-tor do Sindicato.

“Outros pontos em discussão são a recuperação do direito ao anuênio (adicional por tempo de serviço) e à licença-prêmio para os

funcionários contratados após 1998. Esse problema surgiu na esteira das modificações criadas pelo governo FHC. Entretanto, desde 2003, várias das diferenças de tratamento entre antigos e novos funcionários foram eliminadas pelo processo de luta da categoria. E será com luta que re-tomaremos os dois direitos que fal-tam”, esclarece Enilson da Silva.

Em grande parte do país o foco dos protestos será também contra a reestruturação em andamento na empresa, com extinção de filiais, que vem sendo feita de forma autoritária, sem respeito aos funcionários. “Ape-sar de não percebermos grandes mudanças aqui em Brasília, em ou-tros estados o processo de reestru-turação tem sido traumático para os trabalhadores da Caixa, sobretudo devido à falta de transparência com o qual vem sendo conduzido pela direção da empresa”, afirma Alexan-dre Severo, diretor do Sindicato.

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4 Sindicato dos Bancários de Brasília

Questões como a campa-nha salarial, PLR 2010, democratização da Regius, saúde e condi-

ções de trabalho e fortalecimento do BRB público, com a valorização dos funcionários, foram os princi-pais pontos tratados na reunião do Sindicato com o novo presidente da instituição financeira, Nilban de Melo Júnior, e o novo diretor de Ad-ministração, André Mota, realizada no dia10.

Do ponto de vista institucional, o presidente do BRB afirmou que a nova diretoria está comprometida tecnicamente com o banco e que há disposição de dialogar com o Sindica-to e de resolver, pela via negocial, as questões de interesse da categoria.

Sobre a campanha salarial deste ano, Nilban adiantou a disposição da instituição de seguir os termos do acordo coletivo da Fenaban, estendendo aos funcionários as conquistas dos demais bancários, desde que o banco tenha condições de cumpri-la. Nilban solicitou ao Sindicato a antecipação de uma ver-são preliminar das reivindicações. O Sindicato ponderou que, em seu âmbito, está disponível para ir tra-tando do assunto nas reuniões de negociação permanente. A entrega de um documento formal global tem de ser ponderada em conjunto com as reivindicações gerais e es-

O BRB enviou recente-mente mensagem alertando os funcionários sobre a neces-sidade de cumprimento das metas, especialmente de dois produtos: fundos e seguros.

O Sindicato estranhou e condena a mensagem, princi-palmente pelo fato de o ban-co utilizar um expediente que beira a chantagem, causando desconforto e indignação en-tre os funcionários ao afirmar que, caso esses produtos não

tenham suas metas atingidas, não será efetuado o pagamen-to da parte variável da Partici-pação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2010.

“É lamentável porque, até hoje, unicamente por demora do banco (a última reunião de negociação ocorreu há três se-manas), não temos uma propos-ta global de PLR para apresen-tar aos bancários, de modo que possam se posicionar”, dispara o diretor do Sindicato Eustáquio

Sindicato discute demandas dosbancários com o novo presidente do BRB

pecíficas tratadas e deliberadas nos fóruns próprios da categoria.

Quanto à PLR 2010, o Sindi-cato expôs os parâmetros gerais do acordo que defende e cobrou agilidade na conclusão das negocia-ções, uma vez que o semestre está terminando.

O Sindicato também apresen-tou ao presidente do banco sua preocupação em relação à saúde dos trabalhadores, assunto consi-derado de fundamental importân-cia para o movimento sindical. “A saúde dos funcionários precisa ser vista com mais atenção pelo banco, pois está diretamente relacionada a condições dignas de trabalho, o que inclui o fim das metas abusivas, que

exigimos do banco”, frisou a direto-ra do Sindicato Cida Sousa.

A questão dos gerentes de ne-gócios também foi objeto de discus-são. O Sindicato lembrou ao banco do compromisso da última diretoria de resolver o problema da remune-ração dos gerentes de negócios, dos níveis 2 ao 5, no segundo semestre deste ano. Foi cobrado ainda o apri-moramento do processo de seleção interna, com a definição de critérios de forma a valorizar a objetividade e o mérito dos candidatos.

O Sindicato voltou a cobrar da instituição a paridade na com-posição da diretoria executiva da Regius, o fundo de pensão dos fun-cionários, cujo desfecho se deu dia

11 de junho, com a participação dos trabalhadores por meio de eleição direta. Outra questão abordada foi a área de informática, onde proble-mas se acumulam em função da ter-ceirização de serviços.

“Foi um encontro positivo, com a discussão da situação geral do banco, e uma preliminar de te-mas pendentes e de interesse dos funcionários, principalmente a so-lução da negociação da PLR 2010, que é a mais urgente. Esperamos agora do banco comprometimento e diálogo, reiterados no esforço de negociação para vermos atendidas as reivindicações dos funcionários”, afirma André Nepomuceno, secre-tário-geral do Sindicato.

Sindicato condena mensagem do BRBcobrando cumprimento de metas

Ribeiro. “Mais lamentável ainda porque, nas discussões ocorridas até agora, um dos aspectos de-fendidos pelo Sindicato refere-se exatamente à possibilidade de ajustes nas metas, tornando-as factíveis, pois metas absurdas certamente não serão atingidas, não contribuindo em nada para um clima organizacional posi-tivo. Aliás, o Sindicato sempre defendeu que para o pagamento de PLR devesse ser observado apenas o lucro do banco”.

Para o Sindicato, enviar mensagens com esse tom não contribuem em nada, e apenas acirra os ânimos, exatamente o oposto do que o banco necessita. “O banco precisa finalizar em negocia-ção uma proposta global que possa ser apresentada para apreciação na assembleia dos funcionários e que respeite o mérito do trabalho de todos”, diz André Nepomuceno, se-cretário-geral do Sindicato.

Os diretores do Sindicato Cida Sousa e André Nepomuceno, com o novo presidente do BRB, Nilban Melo (centro)

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517 de junho de 2010

O Conselho Deliberativo da Regius aprovou na sexta-feira (11) alte-ração estatutária que

estabelece a paridade na gestão do fundo de pensão dos funcionários do BRB, pela qual os bancários (da ativa e aposentados) elegerão dois representantes para a composição da diretoria executiva.

Reivindicação história dos fun-cionários, a conquista da alteração na composição da diretoria executi-va da Regius veio como resultado de intensa mobilização do Sindicato e da Associação dos Aposentados do BRB (AFABRB), que somaram for-ças para sensibilizar a nova diretoria do BRB (empossada após Rogério

Desde a última sexta-feira, mais 162 bancários passaram a integrar o quadro de funcionários do BRB. O Sindicato participou da solenidade de posse, desejando as boas-vindas, e aproveitou a opor-tunidade para conversar com os novos bancários sobre assuntos de interesse da categoria.

As novas contratações para diminuir o sufoco diário nos locais de trabalho são resultado de inten-sa mobilização do Sindicato, que

Regius muda estatuto e aprovaparidade na diretoria executiva

Quadro de funcionários do BRB ganha reforço de 162 bancários. Sindicato pede mais contratações

sempre cobrou a necessidade de mais funcionários. O próprio banco reconhece a carência de mão-de-obra, estimada pela instituição em cerca de 400 vagas.

“Apesar de reforçar a dotação, o número de empossados ainda é insuficiente para atender a crescen-te demanda das agências”, aponta Eustáquio Ribeiro, diretor do Sindi-cato. “É necessário ampliar as con-tratações e o Sindicato vai continuar lutando para isso”, comenta.

Rosso assumir como governador do DF), em particular o novo presiden-te do banco, Nilban de Melo.

O voto prevendo a alteração estatutária, com a criação de mais uma diretoria, a de Planejamento e Controle, e destinando dois di-retores a eleição, foi apresentado ao Conselho Deliberativo da Re-gius por Francisco Sotero, con-selheiro deliberativo eleito. Foi um voto discutido exaustivamen-te com o Sindicato e a AFABRB. Trata-se de uma discussão antiga, barrada em outras ocasiões por questões políticas.

Juntamente com a aprovação das mudanças no estatuto, o Conse-lho Deliberativo do fundo aprovou

também mudanças na diretoria da Regius, sendo eleitos Antonio Car-dozo para a presidência, no lugar de João Carneiro, e Jorge Wilson para o cargo de diretor financeiro, na vaga de Sandro Soares.

“Enfim, os participantes da Regius, tanto da ativa quanto os aposentados, conquistaram uma real representação na gestão do fundo de pensão. Assim como os bancários do Banco do Brasil, com a Previ, e os da Caixa, com a Fun-cef, tiveram ganhos com a paridade da gestão dos respectivos fundos, certamente os funcionários do BRB seguirão no mesmo caminho”, de-clarou o diretor do Sindicato Eus-táquio Ribeiro.

Diretores do Sindicato informaram aos novos funcionários sobre assuntos da categoria

Uma decisão do Tribunal Supe-rior do Trabalho (TST), garantiu ao bancário Victor Raposo o direito definitivo de continuar trabalhando no BRB. O prazo para que o banco recorresse se esgotou no dia 17 de maio, e nesta terça-feira (15), Victor voltou a trabalhar, agora definitiva-mente, no banco.

Victor Raposo foi demitido do BRB ainda em 2003, durante a presi-dência de Tarcísio Franklin no banco. Ele e outros onze colegas perderam seus empregos por conta da parti-cipação em uma greve da categoria naquele ano.

Funcionário demitido por greve é reintegrado A assessoria jurídica do Sindi-

cato, através do advogado Paulo Roberto, da Crivelli Advogados As-sociados, acompanhou todo o de-senrolar do processo de Victor. “O apoio do Sindicato foi muito impor-tante para que, no fim do processo, aquela situação injusta fosse reverti-da. Espero que as outras pessoas da minha turma, que também foram prejudicadas, consigam um desfecho favorável e que todos tenham em mente a importância da organização coletiva”, afirma o bancário.

Após ser demitido em 2003, Victor voltou a trabalhar no BRB

em 2006, graças a uma decisão limi-nar do TRT. Em 2008, a liminar foi cassada, tirando Vitor do banco até seu retorno, agora em 2010. Entre as idas e vindas, o bancário diz que, desta vez, o retorno ao banco foi mais tranquilo.

“Quando retornei em 2006, o departamento de pessoal do BRB tentou criar algumas dificuldades para mim. Entrei como escriturário, e eles criavam dificuldades para que eu pu-desse realizar os cursos preparatórios para a função de caixa, por exemplo. Dessa vez, o tratamento tem sido bem mais amistoso”, esclarece.

A regulamentação da eleição dos novos diretores, com o esta-belecimento de critérios e as datas, será divulgada em breve.

A nova estrutura da diretoria executiva da Regius é esta:

PresidênciaDiretoria FinanceiraDiretoria de SeguridadeDiretoria de Planejamento e Controle

“Estamos acompanhando o caso do Vitor desde início, que foi perse-guido por lutar por direitos seus e de colegas de categoria. O Sindicato ofereceu toda solidariedade e apoio jurídico contra uma enorme injustiça como essa da qual ele foi vítima, que é a de ser punido por exercer o di-reito legítimo de greve de todo tra-balhador. Essa é uma das funções do Sindicato, oferecer proteção contra as arbitrariedades. Esperamos que esse tipo de perseguição nunca mais ocorra contra este e outros funcio-nários”, firma André Nepomuce-no, diretor do Sindicato.

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6 Sindicato dos Bancários de Brasília

Em decisão favorável à ação movida pelo Sindicato, a ju-íza Nara Cinda Álvares Bor-ges, da 2ª Vara do Trabalho

de Brasília, determinou ao Banco do Brasil o enquadramento na jornada de 6 horas, sem redução salarial, dos bancários ocupantes do cargo de Assistente A em Unidades de Negócios (antigos Asnegs).

De acordo com a decisão, com

Justiça fixa em 6 horas, sem redução salarial, jornada de trabalho dos Asnegs do BB

base nas provas arroladas pela as-sessoria jurídica do Sindicato, esses bancários, que auxiliam os gerentes e são indevidamente fixados pelo BB numa carga diária de 8 horas, não podem ser considerados em-pregados de confiança e a gratifica-ção paga a eles apenas remunera a maior responsabilidade do cargo.

Na sentença, a juíza reconheceu o direito à jornada de 6 horas e de-

terminou que o banco terá que fixar a carga horária desses trabalhadores, após o trânsito em julgado, sob pena de multa diária de R$ 1.000 por em-pregado que permaneça exercendo a função em jornada de oito horas. Cabe recurso da decisão.

“Ingressamos com essa ação em favor dos Assistentes do BB, especi-ficamente daqueles que trabalham em agência, em junho do ano pas-

Após pressão, concurso de 2008 é prorrogado e Sindicato cobra mais agilidade nas convocações

Atendendo a reivindica-ção do Sindicato, o Banco do Brasil anunciou a pror-rogação, por mais dois anos, do concurso público reali-zado em 2008. A vigência do certame, que selecionou candidatos para formação de cadastro reserva para o

cargo de escriturário no DF, se encerraria agora em junho.

“O Sindicato agora vai se-guir pressionando para que o banco convoque o quanto antes esses concursados, de modo a melhorar as condições de tra-balho e de atendimento, princi-palmente nas agências, que es-

tão superlotadas e os bancários estão sobrecarregados”, afirma Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.

O Sindicato já havia con-quistado vitória em favor de concursados em ação que ga-rantiu a contratação de prati-camente todos os aprovados no

A partir do próximo mês a dotação das agências vinculadas à Superintendência do Distrito Fe-deral (Super DF) aumentará em 310 vagas, sendo 274 delas de co-missões. As contratações atendem as reivindicações do Sindicato, pois parte dos novos funcionários será destacada para agências, como as de Padre Bernardo, Águas Lindas e São Sebastião, com graves proble-mas de sobrecarga de trabalho e no atendimento ao público.

As contratações vêm acom-panhadas da implantação do pro-grama BB 2.0, que promove um encarteiramento de clientes que discrimina a população de baixa e média renda.

O anúncio das novas vagas e o debate sobre as consequências do BB 2.0 para a população e o fun-cionalismo foram feitos em recente reunião entre o Sindicato e a Super.

Banco do Brasil anuncia mais funcionários, mas mantém programa que discrimina população

Mudanças nas agências O programa BB 2.0 traz uma sé-

rie de mudanças para as dotações e comissionamentos das agências e no encarteiramento de clientes, depen-dendo da renda. A Comissão de Em-presa dos Funcionários do BB já criti-cou o projeto no que diz respeito ao tratamento da população de baixa e

média renda. Os usuários de menor poder aquisitivo serão estimulados a usar os correspondentes bancários, que fazem serviço bancário sem cumprimento dos acordos coletivos da categoria. Essa fraude trabalhista vem sendo combatida pela Contraf-CUT e por seus sindicatos filiados. A Contraf-CUT propõe justamente o

contrário: o Banco do Brasil tem que servir a todos os brasileiros.

Conquista para o funcionalismo

Ao mesmo tempo em que anunciou o aumento da dotação nas agências, os representantes da Su-per-DF deram garantia ao Sindicato de que ninguém sofrerá diminuição de comissionamento ou descomis-sionamento no processo, sendo assegurado comissionamento em outra dependência quando houver decréscimo de vagas corresponden-tes em determinadas agências.

Para quem optar pelo desco-missionamento, está garantida a comissão por três meses ( VCP) e prioridade em outras concorrências. Os representantes do Sindicato co-braram da Super um processo de comissionamentos sem “apadrinha-mentos” ou “perseguições”.

sado, e em apenas um ano a Justiça já se manifestou favoravelmente ao Sindicato”, comemora o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Eduardo Araújo. “Isso prova que estamos no caminho certo, além do que a decisão fortalece a nossa luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas sem redução dos salários, que é inclusive uma das bandeiras da Campanha Nacional 2010”.

Diretores do Sindicato (de frente) na Super DF, discutindo contratações e o BB 2.0

processo realizado em 2006. Grande parte dos concursa-dos de 2008 deverá ser cha-mada agora para ocupar as 10 mil novas vagas a serem preenchidas até 2011, con-forme conquista estabeleci-da no acordo coletivo do ano passado.

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717 de junho de 2010

Bancários do Banco do Brasil de todo o país promovem no próximo dia 23 mais um Dia Nacional de Luta em protes-

to pela demora da direção do banco em apresentar uma proposta para um novo PCCS (com cumprimento da jornada de 6 horas e piso salarial do Dieese) e em implementar o novo plano odontológico.

Em Brasília, de acordo com o co-

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e os integrantes da mesa temáti-ca de remuneração sistematiza-ram as reivindicações específicas aprovadas no 21º Congresso Na-cional dos bancários do BB e es-truturaram uma proposta de Pla-no de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) a ser apresentada à dire-ção do banco.

Os diretores Jair Pedro e André Nepomuceno, respectivamente, das comissões de negociações na Caixa e no BRB, expuseram a expe-riência de implantação do PCS nos dois bancos em 2008 e 2009. O ob-jetivo foi oferecer subsídios e con-

Dia 23 tem Dia Nacional de Luta no BBpor PCCS justo e plano odontológico

ordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretor do Sindicato, Eduardo Araújo, serão rea-lizadas paralisações parciais em pon-tos estratégicos, além de reuniões nos locais de trabalho para discutir os motivos dos protestos.

“O prazo acordado com o BB em 2009 para implantar o plano de car-reira termina no próximo dia 30 de junho, mas por culpa do banco, pouco

se avançou”, diz Eduardo Araújo. “Es-tamos intensificando a luta em todo o Brasil contra a intransigência da dire-ção da empresa”. Na última negocia-ção sobre o tema, no final de abril, o banco seguiu colocando dificuldades para reivindicações como piso do Dieese, promoção “horizontal” no mesmo cargo e incorporação das co-missões pelo exercício de funções.

Outra pendência cuja solução

será cobrada pelos bancários no Dia Nacional de Luta é a implantação do plano odontológico. O processo está atrasado desde janeiro passa-do. Os bancários reivindicam um plano custeado pela empresa e que faça parte do modelo de atenção in-tegral à saúde da Cassi, com abran-gência nacional e que atenda todos os bancários da ativa e aposentados e seus dependentes.

tribuir para o debate da construção do PCCS no Banco do Brasil.

A proposta de PCCS estrutu-rada pela Comissão de Empresa e pelos integrantes da mesa temática de remuneração seguirá agora para o Dieese, que fará a definição dos critérios e a precificação do plano.

“Foi uma reunião para organi-zar os próximos passos das campa-nhas permanente e salarial no BB”, explica Eduardo Araújo, coordena-dor da Comissão de Empresa. Nova reunião será realizada em breve para discutir a proposta de minuta do acordo aditivo do BB a ser apre-sentada na Conferência Nacional dos Bancários, em julho.

Comissão de Empresa dos funcionários sistematiza deliberações do Congresso e proposta de PCCS

O Sindicato conseguiu no Tribu-nal Superior do Trabalho o restabe-lecimento do vale-transporte para os trabalhadores do Banco do Brasil usuários da linha que faz o itinerário Formosa-Brasília-Formosa. A con-denação do BB já havia sido mantida

As condições de reingresso no Previ Futuro, plano de previdência complementar dos funcionários pós-98 do BB, acabam de ser alte-radas, oferecendo melhorias e faci-lidades para os trabalhadores Esta era uma bandeira de luta da Chapa 3-Unidade na Previ, que foi eleita e empossada.

O conselheiro consultivo eleito,

Justiça manda restabelecer vale transporte entre Formosa e Brasíliaanteriormente no Tribunal Regional do Trabalho. Assim, não cabe mais recurso, segundo informa a asses-soria jurídica do Sindicato, a Crivelli Advogados Associados.

A sentença é reiterada exata-mente dois anos depois de a Dipes

Novas condições facilitam o reingresso de bancários no Previ FuturoRafael Zanon, explica que as altera-ções atendem aqueles participantes do Previ Futuro que pediram o can-celamento de sua inscrição, mas que agora querem reingressar no Plano. O retorno era dificultado pelo fato de o regulamento prever a obrigato-riedade de quitar à vista o total das contribuições pessoais e patronais relativas ao período em que estive-

A Comissão de Empresa esteve reunida durante dois dias na sede do Sindicato

ram desligados. Esse valor represen-ta 14% das verbas de natureza sa-larial recebidas durante esse tempo.

A Previ, atendendo as iniciativas dos dirigentes eleitos, tomou duas providências para viabilizar o retor-no ao Plano. Uma delas foi aprovar a concessão de Empréstimo Simples específico (ES Reingresso) a quem quiser reingressar.

A outra providência tomada pela Previ foi alterar o regulamento para que o ex-participante arque somente com as contribuições dos benefícios de risco, o que corres-ponde a 1,2% do salário recebido. Essa alteração aguarda anuência da Superintendência Nacional de Previ-dência Complementar (Previc) para ser implantada.

ter tomado a medida arbitrária em junho de 2008, alegando que a via-gem era interestadual. Tanto o juiz José Gervásio Abrão Meireles, da 14ª Vara do Trabalho de Brasília, como o TRT e o TST entende-ram que a concessão de bilhetes

de transporte interestadual para o trecho configurou benefício habitual que aderiu ao contrato de trabalho. A supressão da van-tagem constitui efetiva alteração contratual lesiva e vedada por for-ça da CLT.

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817 de junho de 2010

Presidente Rodrigo Lopes Britto ([email protected]) Secretário de Imprensa Antonio Eustáquio Conselho Editorial Antonio Eustáquio (BRB), Rafael Zanon (BB), Alexandre Severo (Caixa) e Rosane Alaby (Bancos Privados)Jornalista responsável e edição Robinson Sasaki Editor assistente Renato Alves Redação Thaís Rohrer, André Shalders eJerônimo Calorio (estagiário) Edição de arte Valdo Virgo Diagramação Marcos Alves Webmaster Elton Valadas Fotografia Agnaldo Azevedo Sede EQS 314/315 - Bloco A - Asa Sul - Brasília (DF) - CEP 70383-400 Telefones (61) 3262-9090 (61) 3346-2210 (imprensa) Fax (61) 3346-8822 Endereço eletrônico www.bancariosdf.com.br e-mail [email protected] Tiragem 18.000 exemplares Distribuição gratuita Todas as opiniões emitidas neste informativo são de responsabilidade da diretoria do SEEB-DFSindicato dos Bancários de Brasília

A cerimônia de posse da diretoria eleita para o triênio 2010/2013 será no próximo dia 1º, às 19h, na Sede do Sin-dicato. Caberá à nova direto-ria conduzir a categoria exa-tamente no período (2011) em que a entidade completa 50 anos de fundação, um marco de lutas, resistências e conquistas.

A eleição ocorreu no final de março e reelegeu o presi-dente Rodrigo Britto e me-tade dos atuais diretores do Sindicato. A outra metade é formada por novos dirigentes, prosseguindo um processo bem-sucedido de renovação, com experiência, iniciado em 2004 no Sindicato.

Diretoria eleita iniciaplanejamento da gestãoA diretoria eleita do Sindica-

to já está se preparando para assumir a gestão. Re-alizou no sábado (12) sua

primeira reunião de planejamento no Instituto Israel Pinheiro, no Lago Sul. Durante a manhã, o presidente reeleito do Sindicato, Rodrigo Brit-to, apresentou aos novos dirigentes a estrutura organizativa do Sindica-to e do movimento sindical bancá-rio e cutista.

O secretário-geral, André Nepomuceno, informou as ações que estão sendo preparadas para

os próximos dias visando à for-mação dos novos membros da diretoria, como os cursos sobre história do movimento sindical, noções de direito trabalhista, oratória, previdência comple-mentar, entre outros.

À tarde, o debate girou em torno da Campanha Nacional de 2010 e do formato no qual será realizado o 6º Congresso dos Bancários de Brasília nos dias 16 e 17 de julho. A diretoria eleita se dividiu em quatro grupos, cada um responsável pela discussão de um

dos temas do Congresso. Os gru-pos já se reuniram no dia 15 para começar a elaborar as propostas para a tese do Sindicato a ser dis-cutida durante o Congresso.

“Para este ano, estamos tam-bém preparando um ciclo de de-bates preparativos para o Con-gresso, a fim de aproximarmos mais ainda a categoria da discus-são. Estamos nos empenhando para chamar nomes de especialis-tas de peso, pessoas reconhecidas em suas áreas”, declara Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.

Posse da nova diretoria será dia 1º de julho

28 de junho JEAN CHARLESDe Henrique Goldman. Ficção/Dra-

ma/Brasil 2009/90 min –14 anos

Jean Charles de Menezes (Selton

Mello) é um eletricista mineiro,

morador de Londres que ajuda

na chegada de sua prima Vivian

no país onde já vive com Alex e

Patrícia. Muito comunicativo, Jean

Charles conhece muitas pessoas

e se envolve em várias situações.

Em 22 de julho de 2005 ele é

morto por agentes do serviço

secreto britânico no metrô local,

confundido com um terrorista. O

fato abala a vida dos primos, que

precisam reconstruir a vida ao

mesmo tempo em que buscam

por justiça. Este fato gerou muita

polêmica internacional e como-

ção no Brasil.

21 de junho HÉRCULES 56De Sílvio Da-Rin. Documentário/

Brasil 2007/94 min – livre

É um documentário de longa me-

tragem sobre a luta armada contra

o regime militar, focado no seques-

tro do embaixador Charles Burke

Elbrick, ocorrido na Semana da In-

dependência de 1969. Em troca do

diplomata foi exigida a divulgação de

uma manifesto revolucionário e a li-

bertação de quinze presos políticos,

representantes à época de todas as

tendências políticas que combatiam

a ditadura. Banidos do território na-

cional e com a nacionalidade cassa-

da, eles foram conduzidos ao Méxi-

co no avião da FAB Hércules 56. Os

personagens principais do filme são

os remanescentes daquele grupo e

os que já faleceram estão presentes

através de materiais de arquivo.

A escola de samba Acadêmicos da Asa Norte homenageará os 50 anos do Sindicato no carnaval de 2011. O anúncio oficial do tema do enredo será neste sábado (19) na sede da escola, no Setor de Clubes Norte, trecho 3, lote 9, a partir das 13h. A festa contará com a presença da escola de samba Unidos da Ti-

juca, além de uma grande feijoada. A parceria já vem de quatro

anos atrás, quando o Sindicato e a escola ajudaram em atividades de pré-carnaval de 2006 e na criação do bloco “Ano que vem num tem”.

Rodrigo Britto, presidente do Sindicato, ressalta a importância dessa homenagem à entidade: “É

uma forma de lembrar o papel do Sindicato não só perante a cate-goria mas como também junto a toda a classe trabalhadora, na luta pela construção de uma sociedade democrática e justa, além de apre-sentar a identidade da nossa enti-dade com a comunidade e a cultura no Distrito Federal”.

História do Sindicato é tema de enredo de escola de samba