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1 INFORMATIVO QUADRIMESTRAL

Informativo Comissão Saúde e Meio Ambiente

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Mesa Diretora

PRESIDENTE: Dep. Edson Brum - PMDB

1º VICE – PRESIDENTE: Dep. Ronaldo Santini - PTB

2º VICE – PRESIDENTE: Dep. Regina Becker Fortunatti - PDT

1ª SECRETÁRIA: Dep. Silvana Covatti - PP

2º SECRETÁRIO: Dep. Edegar Pretto - PT

3º SECRETÁRIO: Dep. Adilson Troca - PSDB

4ª SECRETÁRIA: Dep. Liziane Bayer - PSB

Suplentes

1º SUPLENTE DE SECRETÁRIO - Vilmar Zanchin - PMDB

2º SUPLENTE DE SECRETÁRIO - Juliano Roso - PCdoB

3º SUPLENTE DE SECRETÁRIO - Sérgio Peres - PRB

4º SUPLENTE DE SECRETÁRIO - Any Ortiz - PPS

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Comissão de Saúde e Meio Ambiente debate os principais problemas do estado

Nos primeiros quatro meses de 2015, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (CSMA) do Parlamento gaúcho tem uma produção legislativa destacada e que abrange os principais problemas do setor no Rio Grande do Sul. A CSMA realizou, de fevereiro até maio, nove audiências públicas, várias reuniões de trabalho, recebeu a sociedade nas reuniões ordinárias – realizadas todas as quarta-feiras - e criou uma subcomissão para diagnóstico e fortalecimento do SUS. Os desafios são enormes, mas a Comissão e a Assembleia Legislativa, junto com diversas outras entidades e instituições da sociedade civil, estão trabalhando na busca de soluções para vencê-los.

A seguir, um resumo das ações realizadas.

Audiências Públicas

1 - A Legislação das Agroindústrias 21 de março no Centro de Referência de Economia

Solidária Dom Ivo Lorscheiter em Santa Maria

Foto: Tiago Machado

Comissão de Saúde e Meio Ambiente

Composição

Presidente: Valdeci Oliveira - PTVice-Presidente: Tarcisio Zimmermann - PT

TitularesGilberto Capoani - PMDB

Edegar Pretto - PTCiro Simoni - PDTDr Basegio - PDT

Silvana Covatti - PPLuis Augusto Lara - PTB

Liziane Bayer - PSBPedro Pereira - PSDB

Sérgio Peres - PRBJoão Reinelli - PV

SuplentesGabriel Souza - PMDBAdão Villaverde - PTAltemir Tortelli - PT

Jeferson Fernandes - PTRegina Becker Fortunati - PDT

Sérgio Turra - PPRonaldo Santini - PTB

Elton Weber - PSBJorge Pozzobom - PSDB

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Os agricultores familiares de Santa Maria e da Região Centro querem menos burocracia para venderem alimentos de qualidade e mais políticas públicas para ampliarem a sua produção. A reivindicação foi manifestada com força durante esta audiência pública da CSMA. Coordenada pelo presidente da Comissão, deputado Valdeci Oliveira (PT), a atividade contou com mais de 200 pessoas que debateram a legislação das agroindústrias. Na presença de agricultores familiares, representantes de cooperativas e de grupos de Economia Solidária e autoridades, o deputado Valdeci Oliveira defendeu o fortalecimento do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (SUSAF-RS), criado em 2013 no Estado, “O SUSAF representa um forte avanço na desburocratização do trabalho do pequeno produtor, bem como uma ampliação do seu mercado de potenciais consumidores. Mas o processo de adesão dos municípios ao Sistema tem de ser agilizado pelos órgãos responsáveis”, concluiu Valdeci.

Conforme o deputado estadual Edegar Pretto (PT), autor do projeto de lei que criou o SUSAF no RS, 270 municípios gaúchos já pediram adesão ao programa, mas somente cinco já aderiram. Ele reforçou que o Sistema permite que o produto seja vendido em todo território gaúcho, desde que a cidade de origem tenha o Serviço de Inspeção Municipal (SIM). “ Há estados que pediram a cópia da nossa lei do SUSAF e que já avançaram mais que o Rio Grande do Sul na operacionalização das ações. O SUSAF é fundamental, pois derruba essa barreira de legislação que existe entre os municípios. Por que um produto saudável produzido em Santa Maria não pode ser vendido e consumido em Porto Alegre? “, exemplificou Pretto.

Foi definida a realização de um encontro estadual, no primeiro semestre deste ano, com os municípios que já encaminharam documentação para aderir ao SUSAF, a criação de dois grupos de trabalho em Santa Maria – um para acompanhar os trâmites de adesão ao SUSAF e outro de articulação regional para dar apoio a outros municípios -, além da elaboração de uma cartilha de orientação para os produtores. O deputado Jorge Pozzobom (PSDB) também esteve presente nesta audiência pública.

2 – A Defesa da Liberdade de Cultos de Matriz Africana

24 de março na Assembleia

Foto: Fabrício Sales

Representantes de cultos de matriz africana de várias regiões do estado lotaram o Teatro Dante Barone para debater a questão da liberdade religiosa em audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa. Os religiosos criticaram o Projeto de Lei 21 2015, de autoria da deputada Regina Becker Fortunati (PDT), pois segundo Yá Vera Soares, coordenadora do Fórum de Religião de Matriz Africana em Defesa da Segurança Alimentar (FORMA/RS), a proposta é discriminatória e fere a Constituição Federal, ao restringir a liberdade religiosa. “Temos o direito de professar aquilo que acreditamos e de lutar contra a intolerância”, frisou.

O proponente da reunião, deputado Valdeci Oliveira (PT), defendeu a livre manifestação de credo com base no Estatuto da Igualdade Racial e no decreto federal 6040/2007, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. “Assistimos hoje ao real exercício da democracia e da liberdade. A força que agregamos aqui não permitirá que prosperem iniciativas inconstitucionais que objetivem restringir a liberdade religiosa”, argumentou Valdeci.

O deputado Tarcísio Zimmermann (PT), que presidiu a audiência pública, avaliou que o encontro foi um marco na organização dos integrantes das

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religiões de matriz afro na luta contra o preconceito e a discriminação.

No final do encontro, os representantes dos cultos afro lançaram um manifesto em que criticam o que chamam de afroteofobia e alertam para o recrudescimento, em todo o Brasil, da intolerância religiosa. Além do arquivamento do PL 21/2015, eles reivindicaram a criação da Delegacia de Combate ao Racismo e à Intolerância no Rio Grande do Sul.

Também participaram do debate os deputados Jeferson Fernandes, Nelsinho Metalúrgico, Altemir Tortelli e Adão Villaverde do PT, Manoela Dávila do PCdoB, João Reinelli do PV e representantes do Conselho Estadual dos Povos de Terreiros, Conselho Estadual de Desenvolvimento da Comunidade Negra do RS, Ministério Público do RS, Movimento Negro Unificado, Coordenação Nacional das Entidades Negras, Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Fundação Cultural Palmares e Secretaria Estadual da Justiça e dos Direitos Humanos.

3 – O Serviço Aeromédico do Estado do RS

25 de março na Assembleia

Foto: Juarez Junior | Agência ALRS

Audiência Pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa foi realizada a pedido da deputada Manuela D Ávila (PCdoB). Manuela explicou que a audiência fora suscitada por informações

desencontradas que foram veiculadas pela mídia sobre a manutenção do resgate e transporte de pacientes por via área. “Há interpretações diversas sobre a manutenção ou não do serviço. Não há dúvidas, no entanto, sobre a sua importância para salvar vidas, sejam as 24 contabilizadas pelo gestor do sistema ou 140 citadas pela Brigada Militar”, argumentou a deputada.

Em defesa da manutenção do sistema, o ex-secretário da Saúde, deputado Ciro Simoni (PDT), disse que se trata de um “serviço do Estado”, que pode ser realizado em conjunto pela Secretaria da Saúde e pela Brigada Militar. Ele explicou, ainda, que os dois helicópteros adquiridos em 2014 só estão sendo entregues agora, pois a licitação foi questionada judicialmente pela empresa perdedora do certame, retardando o processo.

O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Valdeci Oliveira (PT), defendeu a importância do serviço, lembrando que ele foi fundamental no resgate das vítimas do incêndio da Boate Kiss, ocorrido em 2013, no município de Santa Maria.

O secretário adjunto de Saúde, Francisco Antônio Zancan Paz, afirmou que o serviço aeromédico do Rio Grande do Sul está mantido.

Também participaram da audiência os deputados Gabriel Souza (PMDB), Liziane Bayer (PSB), Pedro Pereira (PSDB), Silvana Covatti (PP) e Tarcísio Zimmermann (PT).

4 – Gestão e Funcionamento do Hospital Regional

de Santa Maria – 10 de abril em Santa Maria

Foto: Tiago Machado

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A audiência pública que debateu a gestão e o funcionamento do Hospital Regional de Santa Maria contou com a presença de cerca de 200 pessoas de diversos municípios da Região Central do Estado e teve quase quatro horas de duração. O debate, proposto pelo deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira (PT), ocorreu na Câmara de Vereadores de Santa Maria.

Valdeci defendeu mais rapidez na definição sobre a administração do hospital, que está em fase final de construção. No ano passado, durante o governo Tarso Genro, foi assinado convênio pelo governo do Estado que definiu o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) e a Ebserh como responsáveis pela administração do complexo. Porém, com a posse do governador José Ivo Sartori, o atual secretário da Saúde, João Gabbardo, afirmou que a decisão poderia revista. No entanto, nenhuma definição concreta ocorreu desde janeiro.

Durante a audiência, ficou acertada a realização de uma reunião específica entre secretários municipais da saúde da região e representantes da Ebserh, Husm e governo do Estado para se buscar um consenso.

No começo da atividade, a diretora do Husm, Elaine Resener, apresentou o modelo de gestão proposto pelo Hospital Universitário e pela Ebserh para o Regional. “Não pode restar qualquer dúvida sobre como a instituição vai ser administrada. Antes de pensar em trocar a forma de gestão, o Executivo estadual deve sentar com municípios e a Ebserh para ouví-los”, ponderou Valdeci. O deputado também afirmou que deve haver objetividade na tomada de decisões para que a abertura do hospital não atrase ainda mais. “Essa discussão não pode ficar se arrastando como está. Defendemos o diálogo com todos os setores, mas para que seja encaminhada uma solução concreta e ágil”, defendeu.

O diretor do Departamento de Atenção Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria da Saúde, Alexandre Brito, afirmou que o governo do Estado acatará o que prefeitos e gestores da saúde decidirem em relação à gestão do complexo hospitalar. “O que esta região decidir, o Estado vai ser parceiro. Apesar das dificuldades financeiras, não viemos fazer o discurso de que o governo não tem dinheiro e não vai apoiar esse hospital”.

O coordenador de Planejamento da presidência da Ebserh, Luiz Vicente Aquino, afirmou que a equipe técnica será convocada para a reunião definida pela audiência pública.

O deputado federal e ex-secretário estadual da Saúde, Osmar Terra (PMDB),

também participou do debate e sugeriu que outras instituições, além da Ebserh, sejam ouvidas sobre a forma de gestão, mesmo com o contrato já assinado por Tarso Genro.

O deputado Jorge Pozzobom (PSDB) destacou que, diante das dificuldades financeiras do estado, não restava outra opção do que manter a gestão com a Ebserh.

O prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), disse que antes de entregar a gestão do Hospital Regional à Ebserh, os prefeitos da região devem apontar se esta, realmente, é a melhor opção. “Definindo o que é melhor para a saúde, vamos ver quanto custa. Se sem a Ebserh haveria problema financeiro, vamos nos mobilizar para buscar recursos necessários”.

5 – A Implantação de Novos Cursos de Medicina no RS

15 de abril na Assembleia

Foto: Marcelo Bertani | Agência ALRS

A audiência pública, solicitada pelo deputado Tarcísio Zimmermann (PT), mobilizou representantes de três das quatro universidades comunitárias selecionadas em primeiro lugar na primeira fase do edital, lançado pelo Ministério da Educação (Unisinos, Feevale e Unijuí). Eles temem que, na segunda fase do processo, que avaliará aspectos qualitativos dos projetos apresentados, as instituições comunitárias sejam preteridas em favor do Grupo Kroton Anhanguera, que não tem qualquer vínculo com as regiões onde os novos cursos serão instalados. “Estamos diante de uma

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oportunidade extraordinária para o estado, mas também há uma margem de incerteza quanto ao desfecho do processo. Não tenho dúvidas de que haveria uma grande frustração caso instituições já enraizadas nas regiões fossem preteridas para empresas forâneas”, afirmou Tarcísio.

A deputada Silvana Covatti (PP) manifestou apoio à luta das universidades comunitárias e colocou seu mandato à disposição. “A abertura de novos cursos de Medicina é um ganho muito grande para o Rio Grande do Sul, especialmente, porque eles estarão vinculados à realidade de cada região”, salientou.

O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Valdeci Oliveira (PT), lembrou que a abertura de novos cursos de Medicina é um dos objetivos do Programa Mais Médicos, do governo federal. “A expansão e reestruturação da formação médica no País compõe o terceiro eixo do Mais Médicos, que prevê a criação de 11.500 novas vagas de graduação em Medicina até 2017 e 12.400 vagas em Residência Médica até 2018. Nos cursos novos, serão abertas 1.800 vagas em 60 municípios até 2017”, revelou.

No dia 22 de maio, ocorrerá a segunda etapa do processo de seleção, que analisará o projeto pedagógico, a residência médica e as contrapartidas, deverá ser concluído. E no dia 24 de junho o resultado final será anunciado.

Também participaram da audiência o deputado Jeferson Fernandes (PT), o Pró-reitor de Inovação da Feevale, Cleber Prodanov; o coordenador de gestão de projetos da prefeitura de Erechim, Jackson Luís Arpini; o diretor da Unidade Acadêmica de Graduação da Unisinos, Gustavo Borba, e o representante do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Jorge Luís de Souza.

6 - Os Desafios da Cadeia Produtiva da Apicultura Gaúcha 16 de abril na Assembleia

Foto: Marcelo Bertani | Agência ALRS

Deputados e apicultores debateram em audiência pública conjunta das comissões de Saúde e Meio Ambiente e de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, os principais problemas da cadeia produtiva do mel do Rio Grande do Sul. A reunião foi solicitada pelos deputadosValdeci Oliveira e Adão Villaverde, ambos do PT. “As perspetivas para a apicultura são muito boas. No entanto, o setor carece de uma política pública de fomento, que dê condições aos produtores de vencer os desafios que o atual cenário impõe”, afirmou Valdeci, que dividiu a presidência dos trabalhos com o deputado Elton Weber (PSB).

Segundo o presidente da Federação Apícola do Rio Grande do Sul (FARGS), Aldo Machado dos Santos, a atividade sente a falta de assistência técnica, inexistência de critérios objetivos para a fiscalização do produto e carência de estruturas para facilitar a exportação. “Tirar a apicultura do passado significa garantir ganhos para toda a agricultura. Cada R$ 1,00 produzido pelos apicultores gera R$ R$ 200,00 pra o setor primário, por meio do aumento do índice de sementes e dos frutos e do adensamento dos campos, obtidos pela polinização”, apontou.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de mel do Brasil e o segundo exportador do produto. O Estado possui 400 mil colmeias, 27 mil apicultores e produz, em média, 7,3 mil toneladas por ano. As condições ambientais, conforme o diretor-executivo da FARGS, Rogério Dalló, são favoráveis,

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uma vez que é possível produzir durante oito meses por ano. Faltam, na sua opinião, políticas públicas que incentivem o crescimento do setor. Ele defendeu a reativação da Câmara Setorial da Apicultura, vinculada à Secretaria da Agricultura, a criação de um fundo apícola, a implantação de um laboratório de sanidade e ações para combater o descaminho. “O mel que exportamos sai como sendo de Santa Catarina, pois não temos nenhum entreposto no Rio Grande do Sul”, revelou.

O secretário adjunto de Desenvolvimento Rural, Iberê Orsi, afirmou que a apicultura é fundamental para a produção agrícola do Rio Grande do Sul. “Somos parceiros para implementar as ações necessárias para o setor avançar”, frisou.

Já o deputado Adão Villaverde (PT) defendeu a necessidade do governo colocar o tema “no eixo de suas prioridades. É preciso criar um instrumento público de fomento, que organize e articule as demandas do setor”, apontou.

O ex-secretário da Agricultura, deputado Luiz Fernando Mainardi (PT), sugeriu que o Plano Decenal da Apicultura do RS, já aprovado, seja usado como ponto de partida para a elaboração dos instrumentos específicos pleiteados pelo setor.

Por sugestão do deputado Elton Weber (PSB), foi criado um grupo de trabalho com a missão de elaborar um documento com as reivindicações dos produtores para ser encaminhado aos governos estadual e federal. A primeira reunião do grupo ocorreu no dia 29 de abril na Assembleia Legislativa.

Além de representantes de mais de dez municípios produtores, participaram da audiência os deputados Aloísio Classmann (PTB), Altemir Tortelli (PT), Adão Villaverde (PT), Adolfo Britto (PP), Bombeiro Bianchini (PPL), Elton Weber (PSB), Luiz Fernando Mainardi (PT), Valdeci Oliveira (PT), Vinícius Ribeiro (PDT) e Zé Nunes (PT).

7 – Situação dos Aprovados no Concurso da Secretaria Estadual da Saúde – 22 de abril na Assembleia

Foto: Juarez Junior | Agência ALRS

A situação dos 664 profissionais aprovados no concurso público realizado pela Secretaria Estadual da Saúde em 2013 e ainda não nomeados pelo Estado foi o tema desta audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa.

Segundo o coordenador da Comissão dos Aprovados, Alpheu Ferreira, existem 5.700 vagas no órgão, sendo que 1.722 deveriam ser preenchidas com os profissionais aprovados no certame homologado em março de 2014. “O melhor recurso para a saúde é o recurso humano. Não há projeto, programa ou norma técnica que se autoaplique”, afirmou ao defender a contratação imediata dos concursados.

A deputada Manuela D´Ávila (PCdoB), proponente do encontro, lamentou a ausência de representante do governo do Estado e defendeu o agendamento de uma reunião com o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, para tratar do assunto. “Gostaríamos de obter uma resposta do governo, como aconteceu com o serviço aeromédico e com os hospitais filantrópicos. Como a Secretaria de Saúde não enviou representante, sugiro que a Comissão agende uma reunião com a Casa Civil para que possamos obter alguma resposta”, justificou.

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Já o presidente da Comissão, Valdeci Oliveira (PT), propôs que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) repasse à Assembleia todos os apontamentos relativos ao quadro de pessoal da Secretaria de Saúde. Ele sugeriu também que os concursados façam uma carta aberta à população gaúcha, relatando a situação e explicando as consequências da suspensão das nomeações para o setor.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindisepe RS), Cláudio Augustin, afirmou que a composição do quadro de pessoal da Secretaria da Saúde é caótica. “É formado por concursados, celetistas, estagiários, cargos de confiança e consultores, que, muitas vezes, desempenham funções semelhantes, mas têm salários e jornadas de trabalho distintas”, frisou.

Segundo Augustin, a questão funcional da área da saúde é tão ou mais grave do que a financeira. “Historicamente, o Rio Grande do Sul aplica cerca de 4% da receita na saúde. O governo passado chegou a 9%. Um avanço, mas ainda insuficiente para atender às demandas da população e às exigências legais. No entanto, o mais grave é a falta de pessoal, que impede a implantação de uma política de Estado para o setor”, apontou.

A presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Célia Chaves, alertou para o risco de programas e ações deixarem de ser realizadas caso o governo mantenha a intenção de suspender novas nomeações para a saúde. Além disso, ela colocou em dúvida a aplicação dos 12% da receita no setor m 2015. “Não vejo como isso ocorrerá com a manutenção dos cortes no orçamento”, salientou.

O deputado Tarcísio Zimmermann (PT) criticou o governo do Estado por abrir mão do protagonismo na solução do problema ao não participar da audiência pública. “Há um evidente descompasso entre a atuação da Comissão e a paralisia do governo, que parece abrir mão de seu protagonismo na construção de soluções”, ressaltou.

Para ele, a suspensão das nomeações é resultado da visão de Estado que norteia as ações do atual governo. “Há uma clara retomada do conceito de Estado Mínimo no Rio Grande do Sul, afastando as funções públicas dos anseios da população”, acredita.

Por sugestão da deputada Manuela D´Ávila, a Comissão encaminhará ao Executivo um pedido de informações sobre o número de cargos de confiança, estagiários e consultores da Secretaria da Saúde e os respectivos salários e carga horária.

Também participaram da audiência pública o deputado Álvaro Boesio (PMDB) e representantes dos Conselhos Regionais de Enfermagem, Nutrição, Farmácia, Odontologia, Medicina Veterinária, Educação Física e Administração, além de vereadores de diversos municípios do estado.

8 – A Situação da Lagoa do Jacaré – 24 de abril em Torres

Foto: Marluci Stein Gabinete Dep. Gabriel Souza

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente foi a Torres realizar Audiência Pública para debater a situação da Lagoa do Jacaré, localizada no município. A audiência foi presidida pelo deputado Gilberto Capoani (PMDB) e, segundo o deputado Gabriel Souza (PMDB), proponente da audiência, a solicitação foi motivada por relatos de possíveis ações no entorno do manancial, tais como uso desmedido de suas águas para atividades agrícolas, abertura de canais e barragens – consequentemente diminuindo o volume de água -, realização de dragagens e recepção de esgoto oriundo do município vizinho de Dom Pedro de Alcântara e da Vila São João. “Realizamos um encontro entre técnicos da área, moradores da região e autoridades a fim de verificar a veracidade de tais relatos”, destacou o deputado.

Entre os encaminhamentos que ficaram acertados na Audiência Pública estão a criação de grupo de trabalho composto pela Secretaria do Meio Ambiente, Câmara de Vereadores, EMATER e municípios limítrofes à Lagoa, implantação de Cadastro Ambiental Rural para levantamento de áreas

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degradadas e formas de recuperação, a ampliação de estudos dos efluentes e afluentes e culturas lindeiras da lagoa para que se conheça melhor o problema. Além disso, os órgãos estaduais serão oficiados pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente para elaboração de projetos por parte dos órgãos estaduais para saneamento dos esgotos que desaguam na Lagoa.

9 – A Política de Saúde Mental do RS

29 de abril na Assembleia

Foto: Fabrício Sales Após 23 anos da aprovação da Reforma Psiquiátrica no Rio Grande

do Sul, que possibilitou a substituição progressiva dos leitos em hospitais psiquiátricos pelo atendimento na Rede de Atenção Integral em Saúde Mental, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente promoveu debate sobre A Política de Saúde Mental do RS. O Teatro Dante Barone ficou lotado com militantes da luta antimanicomial e servidores do Hospital Psiquiátrico São Pedro.

Na audiência, integrantes do Fórum de Saúde Mental denunciaram retrocessos na política de atendimento em curso no Estado, enquanto os funcionários do São Pedro apontavam, em cartazes e faixas, o risco de desmonte da instituição.

Na avaliação do presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, deputado Valdeci Oliveira, a Reforma Psiquiátrica é uma das políticas mais

bem-sucedidas do SUS. “A partir de um modelo anacrônico, centrado na internação, foi possível direcionar a política de saúde mental para uma rede de cuidados extra-hospitalares, de base territorial. Os efeitos desta política são palpáveis não apenas no campo sanitário, com a sensível ampliação das possibilidades de acesso ao tratamento, mas alcançam ainda a dimensão mais ampla da cultura, com efeitos na própria visão que a sociedade tem da loucura”, salientou o proponente da audiência pública.

O petista citou como avanços a constituição dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e o Programa de Volta para Casa, instituído em 2003 pelo governo federal, que assegurou o retorno de 2,6 mil pacientes à vida em sociedade após anos de internação.

Retrocessos

O coordenador do Fórum de Saúde Mental, Paulo Roberto Peres, denunciou que há um claro retrocesso na Política de Saúde Mental no Rio Grande do Sul. “Nosso Estado foi o pioneiro da Reforma Psiquiátrica. Agora, a política se resume ao combate ao crack. Isso sem falar no desrespeito aos direitos dos pacientes e na paralisação do processo de desinstitucionalização (retirada dos pacientes das instituições psiquiátricas após anos de internação)”, afirmou, referindo-se ao fato de a atual administração do Estado ter devolvido três casas alugadas para abrigar internos do São Pedro.

O secretário adjunto de Saúde, Francisco Paz, negou retrocessos e garantiu que o atual governo cumpre a Política de Saúde Mental, aprovada pelo Conselho Estadual de Saúde em dezembro de 2014. “Não existe nenhuma ação que altere o que foi aprovado. O que há são mudanças na gestão”, explicou.

Quanto à devolução dos imóveis que deveriam servir de residências terapêuticas, Paz afirmou que as casas não têm condições de ocupação imediata, apresentam problemas de acessibilidade e de sobrepreço. As informações foram refutadas pela deputada Stela Farias (PT), que atribuiu a uma ação do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul a responsabilidade pela não-instalação de todas as oito residências terapêuticas ainda no governo passado. “Quero que a Secretaria de Saúde preste os esclarecimentos por escrito sobre esta situação. A informação que temos é de que a ação foi articulada pelo atual coordenador de Saúde Mental do Estado para inviabilizar o processo no governo anterior”, apontou.

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Segundo o coordenador de Saúde Mental do Estado, Luiz Carlos Coronel, o foco agora é “a massa desassistida” e a valorização das comunidades terapêuticas. “Em quatro anos, o governo Tarso desinstitucionalizou 20 pacientes e deixou 400 em Viamão sem assistência, só para dar um exemplo. Isso sem falar nos moradores de rua e na população carcerária, formadas por percentuais significativos de pacientes com doenças mentais”, frisou, lembrando que a prioridade será o “atendimento das milhares de pessoas, que não contam com nenhum tipo de assistência”.

A opinião foi compartilhada pelo deputado João Reinelli (PV), que considera que a “saúde mental virou bandeira política”, deixando a desejar. “Pouco mais de 20 pessoas ficaram livres (desinstitucionalizadas) e milhares ficaram sem assistência. A humanização do atendimento é importante, mas temos que pensar a saúde como algo técnico e multidisciplinar. O que temos hoje é o desmonte de uma estrutura sem a montagem de outra para substituí-la”, avaliou.

Interesses econômicos

A deputada Miriam Marroni (PT) disse que o modelo terapêutico baseado na prisão e na sedação está superado e serve apenas para atender a interesses econômicos. “Um hospital psiquiátrico é uma mala de dinheiro. As internações psiquiátricas, via de regra, longas, estavam em terceiro lugar no ranking de pagamentos do SUS”, argumentou a petista.

Já o ex-secretário de Saúde, deputado Ciro Simoni (PDT), defendeu a continuidade de medidas adotadas por administrações passadas, como a ampliação dos leitos psiquiátricos em hospitais gerais, do atendimento ambulatorial e dos Centros de Atenção Psicossocial. “Precisamos conduzir esta questão sem ranço político. O Hospital São Pedro é importante para o atendimento nos momentos de crise, mas não para jogar pacientes por anos a fio num sistema fechado. Para a continuidade do tratamento, há uma rede com foco no atendimento humanizado, que deve ser preservada”, defendeu.

Último a se manifestar na audiência pública, o usuário Felipe de Oliveira Rodrigues revelou que está em tratamento, mas não internado. “Não dou um passo sem o apoio de instrumentos como os Caps. Sem eles, corro risco.”

Também participaram da audiência os deputados Liziane Bayer (PSB), Manuela D Ávila (PCdoB), Silvana Covatti (PP), Gilberto Capoani (PMDB), Jeferson Fernandes (PT) e Tarcísio Zimmermann (PT).

Subcomissão pelo Fortalecimento do SUS

Instalada em 23 de março de 2015

Foto: Wagner Miranda de Figueiredo | Gab. Dep. Diógenes Basegio

Com um plano de trabalho que se estende até o início de julho, foi instalada no dia 18 de março, na Assembleia Legislativa, a Subcomissão pelo Fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), vinculada à Comissão de Saúde e Meio Ambiente. A iniciativa é do deputado estadual Tarcísio Zimmermann (PT), que também é o relator. Também integram a Subcomissão, os deputados Ciro Simoni e Dr. Baségio, ambos do PDT, Pedro Pereira (PSDB) e João Reinelli (PV). “Nosso objetivo é fazer um diagnóstico participativo do funcionamento do SUS, especialmente nos aspectos relativos a financiamento, gestão, regionalização, acesso e controle social, com o propósito de qualificar a assistência à saúde e fortalecer o sistema público”, enfatiza Tarcísio Zimmermann.

O cronograma de trabalho da Subcomissão prevê a realização de reuniões nas sete macrorregiões de Saúde existentes no Rio Grande do Sul – Norte, Sul, Metropolitana, Serra, Missioneira, Vales e Centro-Oeste -, com a participação de gestores, usuários, trabalhadores e membros dos Conselhos de Saúde.

Na solenidade de instalação, a presidente do Conselho Estadual de Saúde, Célia Chaves, enalteceu a iniciativa e ressaltou que o SUS é um sistema em construção. “Somente aqueles que viveram antes de sua implantação têm a dimensão exata dos avanços obtidos”, afirma.

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Participação da Sociedade nas Reuniões Ordinárias da CSMA

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente recebeu, em suas reuniões ordinárias, representantes de instituições públicas e da sociedade civil que explanaram aos deputados suas preocupações e reivindicações.

1 – Hospital Regional de Santa Maria e Hospital de Caridade

de Santa Maria – Reunião Ordinária de 11 de março

Foto: Marcelo Bertani | Agência ALRS

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Santa Maria, Manoel Badke (DEM), solicitou a contribuição dos deputados na busca de soluções para dois problemas que afetam o município: o funcionamento do Hospital Regional e a retomada do convênio entre os servidores municipais de Santa Maria e o IPE Saúde.

Já o vereador João Chaves (PSDB) pediu apoio para assegurar o repasse, por parte do governo do Estado, de R$ 13 milhões para o Hospital de Caridade de Santa Maria, referente ao convênio firmado para o aumento de 130 leitos. “Sem esses recursos, podemos perder os leitos, que são fundamentais para o atendimento à população”, frisou o vereador.

2 – Conselho Estadual de Saúde, Ouvidoria do SUS e Secretaria de Saúde de Butiá

Reunião Ordinária de 18 de março

Foto: Marcelo Bertani | Agência ALRS

A presidente do Conselho Estadual de Saúde, Célia Chaves, falou aos deputados do trabalho realizado e dos problemas enfrentados pela entidade. Ela pediu o apoio dos parlamentares para a aprovação do Projeto de Lei 323/2012, que altera a composição do conselho. “A atual legislação é de 1994 e está ultrapassada. Pela lei em vigor, compõem o conselho entidades que não existem mais ou outras que não têm interesse em participar. Isso engessa o nosso trabalho de controle social”, argumentou. O deputado Valdeci Oliveira (PT) ressaltou que a Comissão vai solicitar o desarquivamento do projeto à Casa Civil do Palácio Piratini.

O coordenador da Ouvidoria do SUS no Rio Grande do Sul, Alberto Tomasi, também participou da reunião. Ele relatou o trabalho desenvolvido pelo órgão, que tem como propósito “aproximar o cidadão da gestão do SUS”.

Segundo ele, o RS conta com ouvidor em cada uma das 19 coordenadorias de saúde. “Em 2014, realizamos mais de quatro mil atendimentos”, contabilizou.

Por fim, o representante da Secretaria de Saúde de Butiá, Paulo Almeida, pediu a colaboração dos parlamentares para evitar a suspensão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no trecho da BR-290 entre os

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municípios de Minas do Leão e Arroio dos Ratos. Conforme Almeida, o serviço pode ser interrompido em função de atrasos no repasse para o pagamento das equipes médica.

3 – Reforma psiquiátrica

Reunião Ordinária de 25 de março

Foto: Juarez Junior | Agência ALRS

A coordenadora do Fórum Gaúcho de Saúde Mental, Ivarlete Guimarães de França, apresentou à Comissão de Saúde uma avaliação da entidade sobre os rumos da Reforma Psiquiátrica no Rio Grande do Sul. Segundo ela, a entidade, que agrega usuários, trabalhadores e gestores identificados com as diretrizes da reforma - consolidada no Rio Grande do Sul em 1992 com a aprovação da Lei 9.716 -, temem retrocessos. “O Rio Grande do Sul, que já foi pioneiro nesta área, corre o risco de sofrer um imenso retrocesso”, alertou.

Segundo Ivarlete, o atual governo está desativando, em nome da falta de recursos, as chamadas residências terapêuticas, voltadas a abrigar pacientes internos do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Das dez residências alugadas pela administração passada, quatro, conforme ela, já estão sendo devolvidas. “Com isso, passamos a andar na contramão de uma tendência mundial que preconiza o atendimento das pessoas com sofrimento psíquico nas próprias comunidades e condena longos períodos de internação”, revelou.

O presidente da Comissão, deputado Valdeci Oliveira (PT), sugeriu aos parlamentares a realização de uma visita ao Hospital São Pedro e às residências terapêuticas ainda em funcionamento, a qual ocorreu no dia 28 de abril.

4 – Conselho Regional de Nutricionistas – Dia Mundial

da Saúde e Segurança Alimentar – Reunião

Ordinária de 01 de abril

Foto: Luiz Morem | Agência ALRS

A coordenadora do Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-RS), Ivete Dornelles, ocupou o período dos assuntos gerais da reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente para falar sobre o Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril e que, neste ano, tem como tema a segurança alimentar. Ivete afirmou que, há uma década, a desnutrição no Brasil era uma grande preocupação, mas que hoje as atenções se voltam para a obesidade, que atinge níveis alarmantes. “Não comemos mais alimentos, mas produtos alimentícios. É preciso repensar o modelo de produção, valorizando a agricultura familiar orgânica”, defendeu.

Ela criticou também o uso indiscriminado de agrotóxicos, lembrando que o Brasil, desde 2008, ocupa o primeiro lugar no ranking dos países consumidores

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de defensivos agrícolas. “O brasileiro consome, em média, cinco litros de agroquímicos por ano”, revelou.

Ivete conclamou os parlamentares e a população a participarem das conferências de saúde que ocorrem neste ano. Segundo ela, os encontros representam um espaço privilegiado de apresentação de demandas, que podem ser incorporadas às políticas públicas desenvolvidas pelos municípios, Estado e União.

5 – Hospitais Filantrópicos - Reunião

Ordinária de 08 de abril

Foto: Luiz Morem | Agência ALRS

O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Júlio Dornelles de Matos, apresentou, na CMSA, um panorama das dificuldades do segmento no Estado. Segundo ele, a crise enfrentada pelos hospitais gaúchos está associada à defasagem da tabela do SUS e aos cortes de recursos efetuados pelo governo do Estado, desde janeiro deste ano.

As 245 Santas Casas e hospitais filantrópicos existentes no Rio Grande do Sul formam a maior rede hospitalar do Estado. Com 65 mil trabalhadores, estes estabelecimentos são os únicos que atendem a população de 197 municípios gaúchos. Dos 23.056 leitos destinados ao SUS, 15.590 estão em

hospitais filantrópicos, que foram os responsáveis por 573 mil das 762 mil internações efetuadas no estado em 2014.

Mesmo assim, disse o dirigente, a rede filantrópica enfrenta uma das suas priores crises. A dívida do segmento com bancos, fornecedores, tributos e salários chega a R$ 1,2 bilhão. E o deficit anual da rede ultrapassa a casa dos R$ 400 milhões, acrescentou.

Matos apontou a defasagem da tabela do SUS como um dos fatores responsáveis pela crise do setor. De 1992 a 2014, os valores dos procedimentos médicos foram reajustados, em média, em 73% contra uma variação do INPC na ordem de 355,98%. “Só em 1996, houve uma recomposição linear dos valores em 25%. Além desta ocasião, os reajustes foram pontuais, especialmente em procedimentos de alta complexidade”, revelou.

O outro elemento que agrava a crise, conforme o presidente da Federação, são os cortes de recursos na área da saúde efetuados pelo governo do Estado. “Dos R$ 500 milhões cortados, R$ 300 milhões são destinados ao cofinanciamento dos hospitais, ou seja, são recursos para ajudar os estabelecimentos a enfrentar o déficit”, frisou.

Matos reconheceu os avanços promovidos na área da saúde nos últimos quatro anos, e revelou que grande parte dos recursos repassados pelo governo aos hospitais filantrópicos foram utilizados para financiar programas específicos, como leitos psiquiátricos, atenção em traumatologia, saúde prisional e atenção à gestante de alto risco. Também foi possível aumentar o número de cirurgias eletivas em 2.400 procedimentos, habilitar 148 novas urgências e emergências e 21 novos plantões presenciais. Outro avanço, conforme Matos, foi o aumento expressivo do número de consultas especializadas, que saltou de 4 milhões em 2008, para 6,9 milhões em 2013.

O presidente da Federação apresentou também a pauta de reivindicações da entidade. Retomada do cofinanciamento como política de Estado, ampliação do custeio, desoneração do ICMS da água, luz e telefone, aprovação da lei de Incentivo à Saúde e cursos técnicos voltados para o setor são os principais pontos pleiteados pela instituição.

O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Valdeci Oliveira (PT), defendeu a manutenção da política de cofinanciamento do setor hospital adotada pelo governo Tarso. “Se o governo atual mantivesse a mesma política de cofinanciamento do governo Tarso, o Rio Grande do Sul não enfrentaria essa crise. Retroceder é um equívoco que custará caro aos gaúchos”, avaliou.

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O presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas, Ronaldo Santini (PTB), propôs a adoção de um calendário de repasses dos valores devidos pelo Estado à rede filantrópica. “É preciso garantir segurança para que estes estabelecimentos possam continuar trabalhando”, apontou, enfatizando que os avanços dos últimos quatro anos correm risco.

O deputado Dr. Basegio (PDT) criticou a defasagem da tabela do SUS e recomendou maior fiscalização sobre os convênios privados. “Os convênios cobram bem, mas, muitas vezes, se omitem nos casos de alta complexidade. E quem arca com os custos acaba sendo o SUS”, apontou.

Já o deputado Ciro Simoni (PDT) afirmou que o debate sobre a crise financeira dos hospitais não pode ficar restrito à tabela do SUS, uma vez que existem outras formas de financiamento do setor. “A contratualização é uma delas. E seu mérito é justamente compensar a defasagem dos valores do SUS”, apontou.

O pedetista fez, ainda, um apelo para que o governo Sartori mantenha os R$ 300 milhões destinados aos hospitais, previstos no orçamento de 2015.

Outras Atividades da CSMA

Semana da Saúde no Parlamento Gaúcho

Na semana do Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (CSMA) da Assembleia Legislativa do RS promoveu um conjunto de atividades voltadas ao fortalecimento do SUS, a melhoria do atendimento hospitalar e a qualificação da política de saúde mental no RS.

7 abril

Deputado Valdeci Oliveira (PT), presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, fez pronunciamento no plenário da ALRS sobre o Dia Mundial da Saúde.

8 de abril

Comissão de Saúde e Meio Ambiente da ALRS recebeu o presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos e Santas Casas do RS, Júlio Dornelles e o coordenador dos Encontros de Conselhos Municipais de Saúde, Belmiro Gelain.

O Deputado Valdeci promoveu Grande Expediente sobre o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

10 de abril

Comissão de Saúde promoveu audiência pública sobre a gestão do Hospital Regional de Santa Maria.

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Reunião de Trabalho sobre a Cadeia Produtiva da

Apicultura – 29 de abril na Assembleia Legislativa

Foto: Tiago Machado

A Reunião de Trabalho ocorreu na Assembleia Legislativa e aprofundou os temas e a pautas levantadas pelo setor apícola na audiência pública realizada no dia 29 de abril pelas Comissões de Saúde e de Agricultura do Parlamento gaúcho. A atividade, coordenada pelo deputado Valdeci Oliveira (PT), contou com representantes da Federação Apícola do RS, da Confederação Brasileira de Apicultura, do governo do Estado, da Assembleia Legislativa, entre outras instituições. O grupo de trabalho definiu o encaminhamento de um pedido de audiência com o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ernani Polo, e com o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto.

O objetivo do encontro com os secretários, previsto para o dia 13 de maio, é apresentar as necessidades do setor e estruturar um espaço de diálogo permanente e construção de políticas públicas dentro de uma Câmara Setorial da Apicultura. A partir da Câmara, a intenção do grupo é criar uma política estadual para o setor, que preveja, entre uma série de iniciativas e ações, a criação do Fundo Estadual da Apicultura, maior incentivo à exportação e aperfeiçoamento da legislação do setor. O grupo de trabalho da apicultura gaúcha também está dedicado a elaborar um projeto de lei de estímulo a esta cadeia produtiva.

Reunião de Trabalho para implantação do Hospital Regional de Santa Maria – 30 de abril na Assembleia Legislativa

Definição sobre a gestão do Regional avança

Foto: Tiago Machado

A gestão do Hospital Regional de Santa Maria, em fase final de construção, está mais próxima de ser definida. Em reunião de trabalho realizada em Porto Alegre, pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, a ampla maioria dos secretários municipais de Saúde da Região Centro presentes manifestou posição favorável à administração do hospital pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e pelo Hospital Universitário (Husm).

Coordenada pela deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), presidente da Comissão de Saúde, a reunião contou com a presença do diretor da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Alexandre Britto, do vice-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Bayard, do representante da Ebserh, Luiz Vicente Aquino, e de representantes de 14 municípios da Região Central, entre secretários municipais, vice-prefeitos e prefeitos. “Há quase um consenso entre os secretários sobre a gestão pela Ebserh. Nós reconhecemos muito o papel da UFSM na região”, afirmou o secretário de Saúde de São Vicente do Sul e coordenador dos secretários de saúde da Associação dos Municípios da Região Centro (AM-Centro), Francisco Lima.

Na reunião, a gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário, Soeli Guerra, apresentou o modelo de gestão proposto pela Ebserh ao Hospital Regional, que seria uma unidade especializada de traumato-ortopedia,

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neurologia e reabilitação do Husm e contaria com 197 leitos. “Há condições de prestarmos, por mês, 270 internações em traumatologia, 54 internações em neurologia, 216 internações em reabilitação e 123 internações em UTI”, afirmou.

O diretor da SES, Alexandre Britto, reafirmou o apoio do Estado ao Regional e também garantiu aporte de recursos. “Somos parceiros e partícipes do hospital”, ressaltou.

A secretária de Saúde de Santa Maria, Vânia Olivo, ressaltou a necessidade da rede de saúde regional ser priorizada na discussão sobre o Hospital Regional.

Ao final do encontro, ficou acertado que os secretários municipais de Saúde vão solicitar que o tema do Hospital Regional seja pauta da próxima reunião das Comissões Intergestores Regionais (CIR) da SES, prevista para ocorrer na próxima quarta (6). A CIR é um órgão colegiado responsável por encaminhar decisões que envolvem os municípios e o Estado na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). “Acho que a reunião de hoje deu passos concretos para encaminharmos uma definição para agilizarmos a abertura do Regional. Houve convergência de opiniões e avanços. Estamos perto de um consenso construído democraticamente”, disse Valdeci.

O representante da Ebserh, Luiz Fernando Aquino, afirmou que a instituição está disposta a realizar um trabalho compartilhado e transparente com os municípios na gestão do Regional.

Hospital Regional de Santa Maria

Visita ao Residenciakl Terapêutico Casa da Pedra,

na Zona Norte de Porto Alegre

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Equipe:

Ricardo Haesbaert - Coordenador TécnicoFonte: Agência de Notícias da Assembleia Colaboração de Demilson Figueiró Fortes e Nelci Dias – Assessores parlamentaresFabrício Ribeiro Sales - Analista Legislativo Loiva Serafini - SecretáriaSylvia Severo - AssessoraAdriana Dias - Analista LegislativoNoêmia Neves - AssessoraMauro Mello - EstagiárioEmmanuel Lopes – Estagiário

Endereço da CSMA

Praça Marechal Deodoro, 101 – Porto Alegre/RSCEP 90010-300Sala 303 – 3º andarTelefones: 51 3210 2093Email: [email protected]

Arte e DiagramaçãoRenato Oliveira Pereira - Div. de Comunicação Visual - ALRS

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