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Informativo da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados ano 7 - nº 75 - Brasília, 23 de maio de 2012 CHECK-IN ALTA DOS PREÇOS NAS DIÁRIAS DE HOTÉIS pág. 2 ESTÁDIO MODERNO pág. 3 PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA Artigo do dep. Flávia Morais pág. 4 TURISMO ESPORTE CTD INICIA DISCUSSÃO SOBRE O BRASIL PÓS-COPA 2014 A mobilidade urbana, a aces- sibilidade nos estádios, a venda de bebidas alcoólicas e o que fazer com o patrimônio construído para a Copa do Mundo de 2014 dominaram o de- bate no Seminário Brasil Pós-Copa 2014: Legado e Gestão dos Estádios, realizado pela Comissão de Turismo e Desporto, no dia 16 de maio de 2012, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. Em que pese a dis- cussão abranger esses assuntos, a maioria dos participantes garantiram que o Brasil vai fazer a melhor Copa do Mundo. O seminário foi proposto pelos deputados José Rocha (PR-BA) e Romário (PSB-RJ), preocupados com o que acontecerá com os estádios das 12 cidades-sede após a realização da Copa do Mundo de 2014. Na abertura do evento, o deputado José Rocha (PR-BA), presi- dente da Comissão de Turismo e Des- porto, manifestou preocupação com a utilização dos estádios especialmente em estados com pouca tradição no fu- tebol, como Amazonas, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e o Distrito Fede- ral. Ele enfatizou que nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul, por exemplo, esse pa- trimônio já é muito utilizado, inclusive para outros fins que não sejam ape- nas as competições esportivas. Para ele, os modelos de gestão dos está- dios devem ser definidos o quanto antes, especialmente nas cidades em que não existem grandes clubes de futebol. Segundo acentuou, é urgente Pres. da CTD, dep. José Rocha, discursa na abertura do seminário. Compõem a Mesa, da esq. p/ dir.: Weber Guimarães, vice-pres. da CBF, Centro-Oeste; Andres Sanches, diretor de seleções da CBF; Luís Fernandes, sec.-exec. do Min. do Esporte; dep. Romário; e Bebeto, membro do Conselho Adm. COL. Saulo Cruz estudar-se um modelo de gestão que também contemple o fortalecimento dos clubes de futebol e promova ído- los nesses clubes para que tenham torcidas fortes e consequentemente tornem-se também clubes fortes e competitivos. Por sua vez, o ex-jogador José Roberto Gama de Oliveira, o Be- beto, membro do Conselho do Comi- tê Organizador, disse acreditar que a Copa servirá para mostrar para o mundo que o Brasil pode promover grandes eventos. Já o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernan- des, anunciado como membro do go- verno federal no Comitê Organizador Local (COL), garantiu que as estru- turas construídas para a Copa, como estádios, portos e aeroportos, pode- rão alavancar o desenvolvimento do Brasil no período após o evento. Para Fernandes, a Copa também poderá potencializar a criatividade dos bra- sileiros para gerar novos negócios no país. Ele disse que a colaboração en- tre Poder Executivo, Poder Judiciário, órgãos de controle e Poder Legislativo poderá garantir que o legado da Copa seja efetivo para o Brasil. Ele disse que não há qualquer tipo de inter- venção do governo federal no Comitê Organizador da Copa; o que existe é uma parceria saudável que vem tra- zendo resultados positivos. O vice-presidente da CBF, região Centro-Oeste, Weber Guima- rães, afirmou que os 12 estádios nas cidades da Copa poderão estimular a “remodelagem” do futebol nesses lo- cais, e, assim, os espaços poderão ser mais bem aproveitados. Ele elogiou a competência do deputado José Rocha e do deputado Romário na realização do Seminário, destacando que José Rocha já mostrou determinação na presidência da Comissão de Turismo e Desporto e também como relator da Lei Pelé. Segundo afirmou ainda, o Brasil é o país do futebol, e, para sediarmos, a Copa foi bem trabalhada desde 2002 e para tanto os estádios vão ter todas as condições de pos- teriormente fazer grandes eventos, além do futebol.

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23 de maio de 2012

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Informativo da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados ano 7 - nº 75 - Brasília, 23 de maio de 2012

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N ALTA DOS PREÇOS NAS DIÁRIAS DE HOTÉIS

pág. 2ESTÁDIO

MODERNOpág. 3

PROFISSIONAL DEEDUCAÇÃO FÍSICA

Artigo do dep.Flávia Morais

pág. 4

TURISMOESPORTE

CTD INICIA DISCUSSÃO SOBRE O BRASIL PÓS-COPA 2014 A mobilidade urbana, a aces-sibilidade nos estádios, a venda de bebidas alcoólicas e o que fazer com o patrimônio construído para a Copa do Mundo de 2014 dominaram o de-bate no Seminário Brasil Pós-Copa 2014: Legado e Gestão dos Estádios, realizado pela Comissão de Turismo e Desporto, no dia 16 de maio de 2012, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. Em que pese a dis-cussão abranger esses assuntos, a maioria dos participantes garantiram que o Brasil vai fazer a melhor Copa do Mundo. O seminário foi proposto pelos deputados José Rocha (PR-BA) e Romário (PSB-RJ), preocupados com o que acontecerá com os estádios das 12 cidades-sede após a realização da Copa do Mundo de 2014. Na abertura do evento, o deputado José Rocha (PR-BA), presi-dente da Comissão de Turismo e Des-porto, manifestou preocupação com a utilização dos estádios especialmente em estados com pouca tradição no fu-tebol, como Amazonas, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e o Distrito Fede-ral. Ele enfatizou que nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul, por exemplo, esse pa-trimônio já é muito utilizado, inclusive para outros fins que não sejam ape-nas as competições esportivas. Para ele, os modelos de gestão dos está-dios devem ser definidos o quanto antes, especialmente nas cidades em que não existem grandes clubes de futebol. Segundo acentuou, é urgente

Pres. da CTD, dep. José Rocha, discursa na abertura do seminário. Compõem a Mesa, da esq. p/ dir.: Weber Guimarães, vice-pres. da CBF, Centro-Oeste; Andres Sanches, diretor de seleções da CBF; Luís Fernandes, sec.-exec. do Min. do Esporte; dep. Romário; e Bebeto, membro do Conselho Adm. COL.

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estudar-se um modelo de gestão que também contemple o fortalecimento dos clubes de futebol e promova ído-los nesses clubes para que tenham torcidas fortes e consequentemente tornem-se também clubes fortes e competitivos. Por sua vez, o ex-jogador José Roberto Gama de Oliveira, o Be-beto, membro do Conselho do Comi-tê Organizador, disse acreditar que a Copa servirá para mostrar para o mundo que o Brasil pode promover grandes eventos. Já o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernan-des, anunciado como membro do go-verno federal no Comitê Organizador Local (COL), garantiu que as estru-turas construídas para a Copa, como estádios, portos e aeroportos, pode-rão alavancar o desenvolvimento do Brasil no período após o evento. Para Fernandes, a Copa também poderá potencializar a criatividade dos bra-sileiros para gerar novos negócios no país. Ele disse que a colaboração en-tre Poder Executivo, Poder Judiciário, órgãos de controle e Poder Legislativo poderá garantir que o legado da Copa seja efetivo para o Brasil. Ele disse que não há qualquer tipo de inter-venção do governo federal no Comitê Organizador da Copa; o que existe é uma parceria saudável que vem tra-zendo resultados positivos. O vice-presidente da CBF, região Centro-Oeste, Weber Guima-rães, afirmou que os 12 estádios nas

cidades da Copa poderão estimular a “remodelagem” do futebol nesses lo-cais, e, assim, os espaços poderão ser mais bem aproveitados. Ele elogiou a competência do deputado José Rocha e do deputado Romário na realização do Seminário, destacando que José Rocha já mostrou determinação na presidência da Comissão de Turismo e Desporto e também como relator da Lei Pelé. Segundo afirmou ainda, o Brasil é o país do futebol, e, para sediarmos, a Copa foi bem trabalhada desde 2002 e para tanto os estádios vão ter todas as condições de pos-teriormente fazer grandes eventos, além do futebol.

MEMBROS da Comissão de Turismo e Desporto - CTD

Presidente: José Rocha (PR-BA) 1º Vice-Presidente: Afonso Hamm (PP-RS) 2º Vice-Presidente Carlos Eduardo Cadoca(PSC-PE) 3º Vice-Presidente: Luci Choinacki (PT-SC) PT José Airton (CE) Luci Choinacki (SC) João Paulo Lima (PE) Vicente Candido (SP) PMDB Benjamin Maranhão (PB) Edinho Bez (SC) Francisco Escórcio (MA) Renan Filho (AL) João Arruda (PR) Joaquim Beltrão (AL) Marllos Sampaio (PI) PSDB Carlaile Pedrosa (MG) Otavio Leite (RJ) Andreia Zito (RJ) Rui Palmeira (AL) Walter Feldman (SP) PP Afonso Hamm (RS) Renato Molling (RS) DEM Fábio Souto (BA) Professora Dorinha Seabra Rezende (TO) PR José Rocha (BA) Neilton Mulin (RJ) PSB Jonas Donizette (SP) Romário (RJ) Valadares Filho (SE) PDT André Figueiredo (CE) Flávia Morais (GO) Bloco PV/PPS Rubens Bueno (PR) PTB Magda Moffato (GO) Arnon Bezerra (CE) José Augusto Maia (PE) PSC Carlos Eduardo Cadoca (PE) Deley (RJ) Ratinho Junior (RJ) PCdoB Jô Moraes (MG) Assis Melo (RS) PSD Danrlei de Deus Hinterholz (RS) Fábio Faria (RN) Marcos Montes (MG) PRB Acelino Popó (BA)

AGÊNCIA OFICIAL DA CONFERÊNCIA RIO+20 É RESPONSÁVEL PELA ALTA DOS PREÇOS NAS DIÁRIAS DE HOTÉIS NO RJ

A Terramar, empresa de turismo escolhida por licitação pelo Itamaraty como agência oficial da Conferência Rio+20, foi apontada como principal responsável pelos altos preços cobrados pelos hotéis no Rio de Janeiro, segundo denúncia feita pelo presi-dente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) Enrico Fermi Torquato e pelo presidente do Fórum dos Operadores Hoteleiro do Brasil (FOHB), Roberto Rotter, durante audiência pública realizada nesta terça-feira (15/05) na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados. Enrico Fermi informou que a questão já foi solucionada, uma vez que um acordo firmado entre o governo fe-deral e os representantes do setor hote-leiro do Rio de Janeiro tornará possível a redução, em 33%, do preço dos hotéis na cidade para os dias da Rio+20, que ocorre entre 13 e 22 de junho. Por sua vez, o presidente do FOHB, Roberto Rotter, disse que as delega-ções poderão agora negociar a hospedagem

no Rio de janeiro diretamente com os estabeleci-mentos, sem a cobrança da taxa de administra-ção imposta pela agência oficial da conferência, uma vez que já foi anunciado que a Terramar vai liberar as vagas que não receberam reservas para o período da Rio+20. Presente na reunião, o representan-te do Ministério do Turismo, Ricardo Moesch, disse que vem acompanhando o processo des-de o início e que as duas principais dificulda-des foram a alteração da data da Conferência que, inicialmente, estava marcada para come-çar no dia 6 de junho e, com o adiamento para o dia 13, o bloqueio inicial dos apartamentos teve que ser alterado. Por sua vez, o representante da Em-bratur, Walter Ferreira, isentou a empresa de qualquer responsabilidade no fato, lembrando que as denúncias sobre os preços da diárias do hotéis no Rio de Janeiro foram feitas pelo pre-sidente da Embratur, Flávio Dino, em audiência pública na CTD no dia 9 de maio. A audiência pública foi uma iniciativa do presidente da Comissão, deputado José Ro-

Qual o desafio da CTD para este e os próximos anos? Ser um ator importante nas ações para a realização dos três próximos grandes eventos – Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas – mas sobre-tudo contribuir decisivamente com o Ministério do Turismo e a Em-bratur para garantir o reposiciona-mento e a consolidação do produto Brasil no mercado internacional de turismo. O Brasil, como se sabe, está estagnado nessa área. Teve um desempenho pífio na última dé-

cada, congelado na marca de 5 milhões de visitantes ao ano. O grande legado desses megaeventos para o turismo, portanto, é virar esse jogo, engordar as estatísticas e promover a ampliação no contingente dos visitantes no país. E a Comissão tem sido muito dinâmica tratando de questões que envolvem dire-tamente os eventos. Está atenta, por exemplo, ao cronograma de obras e vem promovendo debates relacionados aos benefícios que o Brasil deve her-dar, sobretudo na questão da infraestrutura. Sem nenhuma dúvida, a Comissão pode e deve ser um protagonista importante para ajudar a vencer os desafios que ainda temos pela frente.O que deve ser priorizado pela Comissão ainda este ano ? Apresentar emendas de bancada para ampliar o orçamento da Embratur, que vem oscilando em torno de R$ 200 milhões ao ano. É um valor inexpressivo para realizar a promoção do país , sobretudo no mercado in-ternacional. É impossível pensar em fazer uma campanha de marketing do porte que o Brasil merece e precisa para estimular a captação de turistas se os recursos são escassos. Algu-

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mas ações que estão sendo pensadas e execu-tadas pela Embratur são boas, mas precisam, de fato, ganhar musculatura e ter mais recur-sos para atingir, dentro das diversas mídias, o consumidor final de forma exitosa.Como se iniciou esta forte ligação que o senhor tem o setor de turismo? Era vereador do Recife quando fui convocado para ser secretário de Turismo da Prefeitura do Recife em 93. Não tinha nenhuma ligação com o setor, mas trabalhamos com uma boa equipe, com afinco e, por fim, ficamos dez anos no comando dessa área, sendo seis anos no município, em duas administrações, e qua-tro no governo do estado já em uma secreta-ria mais ampla, que além de turismo também englobava Indústria e Comércio e Esportes. Ao chegar ao Congresso, juntamente com o então deputado Bismarck Maia, do Ceará, propus a criação da Comissão de Turismo da Câmara, que, devidamente consolidada, cumpre um papel estratégico e importante para debater e estimular o desenvolvimento dos dois setores no Brasil: turismo e esportes.

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DESAFIOS 2012Deputado Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE)

Deputado Afonso Hamm (PP-RS) presidindo a audîência pública.

cha (PR-BA), que em seu requerimento teve a subscrição da presidenta da Comissão de Re-lações Exteriores, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que também participou da reu-nião e foi uma das negociadoras com o Itama-raty para a redução da tarifa da Terramar. O presidente da CTD José Rocha afirmou que houve um “abuso” por parte da Terramar, e que esse fato vai servir para evi-tar que os mesmos problemas aconteçam, por exemplo, na Copa de 2014. Os deputados Romário (PSB-RJ), Afonso Hamm (PP-RS), Magda Mofatto (PTB-GO) e Deley (PSC-RJ) questionaram os debate-dores sobre o preço da hospedagem, o déficit de hotéis no Rio de Janeiro e também sobre a existência de cartel no setor hoteleiro. O deputado Romário lembrou que em 2011 as diárias no Rio eram, em mé-dia, de R$ 378,00 e em 2012 saltou para R$ 578,00, o que resulta num aumento de mais de 50%; e, a seguir esta escala, a diária mé-dia vai chegar a R$ 1000,00 na Copa de 2014. Afonso Hamm disse que o Brasil passa por uma fase positiva ao sediar gran-des eventos e, por isso, não podemos deixar que se dissemine uma imagem negativa do país por conta da exorbitância de preços. Já a deputada Magda Mofatto ques-tionou sobre quem foram os responsáveis pela licitação que a Terramar ganhou para interme-diar os apartamentos com as delegações da Rio+20, uma vez que é fácil constatar que foi a comissão da agência levou a um sobrepreço de 33% no preço dos hotéis. O deputado Deley também ques-tionou o fato de a Terramar ter o direito de comercializar as vagas de hotéis na Rio+20 e alertou para o fato de se verificar desde já quem vai fazer esse papel durante a Copa e as Olimpíadas.

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O CONCEITO DE ESTÁDIO MODERNO Ricardo Trade, diretor executivo de operações do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo da Fifa 2014, participou do painel “O Conceito de estádio moderno: Pa-drão Fifa”, coordenado pelo deputado Afon-so Hamm (PP-RS), disse que uma série de eventos, como shows e outros espetáculos, poderão ser realizados nos estádios das 12 cidades-sede após a Copa. Segundo Trade, o conceito que está sendo usado pela Fifa é de que o estádio seja uma “arena multiuso”. Esse conceito envolve acesso fácil por meio do transporte público, facilidade para compra de ingresso, espaços de alimentação, confor-to e opções de lazer, como visita à sala de troféus, locais para compra de souvenirs e tours de visitação em dias sem jogo. “Com esses novos estádios multifuncionais, mais eventos - e não apenas jogos - poderão ser levados para as cidades, gerando mais recei-ta para o próprio futebol”, garantiu. Ricardo Trade explicou ainda que a ideia é que os vestiários e camarins se-jam preparados para receber os participantes dos eventos, sejam eles jogadores ou cantores. Além disso, o objetivo é que os estádios contem com sa-las de imprensa bem equipadas e que mais jogos da Confederação Brasileira de Fu-tebol (CBF) pos-sam ser realizados nesses estádios após a Copa, desconcentrando os locais usuais das partidas, como o Rio de Janeiro (RJ). Trade afirmou ainda que em alguns desses locais já está definido quem será o operador posterior dos estádios - em São Paulo, por exemplo, é o clube Corinthians, mas em outros o proces-so de definição do operador ainda está em curso, e o comitê organizador está ajudando na definição. O vice-presidente da Federação Bahiana de Futebol, Manfredo Lessa, falou em nome das federações, afirmando que um dos grandes problemas da Copa será a mo-bilidade urbana, questionando sobre o que o comitê organizador fará com relação ao tema. Ele lembrou que em Salvador há um metrô ainda em construção há 15 anos e que a cidade tem uma arena moderna e não tem mobilidade para chegar até ela.Gestão de estádios multiuso No painel “Gestão de estádios mul-tiuso”, coordenado pelo deputado Romário, três palestrantes expuseram ideias centrais para o aproveitamento pós-copa dessas construções. O presidente da Associação Brasi-leira de Operadores e Fornecedores de Are-nas Multiuso, João Gilberto Vaz, alertou que a construção de um plano de viabilidade eco-nômica antes do início da obra é o primeiro requisito para a construção de um espaço que possa ser utilizado para eventos esporti-vos, artísticos e culturais. Para ele é preciso contar, em todos os passos do projeto, com a participação de um operador com experiên-cia na gestão de arenas multiuso. O dirigente destacou ainda que, para o sucesso do em-preendimento, é fundamental ter pelo menos um time de futebol “inquilino”, que venha a mandar seus jogos no futuro estádio. Ele lembrou que a arena de hoje não é diferente da que se iniciou com o circo romano, a qual tinha vários tipos de operações, desde a luta com leões até eventos musicais, o que não pode ser diferente hoje com as arenas mul-

tiuso construídas ou em construção no Brasil. O diretor do Botafogo de Futebol e Regatas e gestor do Estádio Olímpico João Havelange disse que o “Engenhão”, como é conhecido o estádio, já rendeu ao clube apro-ximadamente R$ 1,8 milhão, de janeiro a abril de 2012, apenas com pequenos eventos, e que no ano pas-sado o lucro para o Bota-fogo foi de R$ 8 milhões, com a realiza-ção de shows, como o do cantor Justin Bieber, even-tos de outros esportes, como o Ultimate Fighting Cham-pionship (UFC). Ele informou que, em 2013, o clube vai alugar as instalações do Engenhão para a Universidade Gama Filho, cujo espaço será utilizado por 5 mil alunos dos cursos de

educação física, nutrição e fisio-terapia. Landau acentuou que o maior legado a ser deixado pelos estádios depois da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 será a cul-tura, por meio do lazer e do entretenimento. Por sua vez, o

diretor de se-leções da CBF, Andres San-ches, citou exemplos posi-tivos da utiliza-ção do Itaque-rão, estádio em construção do Corinthians, alertando que o parlamento deve continuar cobrando os preparativos para a Copa e o aproveitamen-to do legado. “Às vezes andamos pelo Brasil e parece que não haverá Copa do Mundo no Bra-sil”, disse, lamentando haver muita hipocrisia no esporte brasileiro e muita interferência do ministério público. Ele defendeu a venda de in-gressos pela Internet e a venda de bebidas al-cóolicas, garantindo que os cambistas não vão acabar nunca. Sanches disse que o clube não pretende utilizar as instalações do seu futuro estádio (Itaquerão) para shows, pois o grama-do não foi projetado para comportar esse tipo de atividade. Segundo ele, a arena do estádio terá capacidade para 48 mil pessoas e o Corin-thians vai pagar ao BNDES os R$ 400 milhões que pegou emprestado para o empreendimen-to. Segundo ele, o time vende de 60% a 70% dos seus ingressos pela internet, evitando filas e desconforto para os torcedores. “É questionável a viabilidade de as classes D e E terem acesso a grandes arenas multiuso, como a Amsterdam Arena do time holandês Ajax, devido ao alto preço das entra-das. Temos de pensar que público queremos nos estádios. Queremos futebol para rico, para pobre ou para todos?”, questionou, respon-dendo, que da forma que se conduz o futebol no Brasil, ele será apenas para os ricos. Para ele só uma parceria saudável da CBF com os clubes de futebol, o governo federal e os go-vernos estaduais poderá ajudar a aproveitar o legado da Copa.

Já o representante do clu-be atlético Paranaense, Mauro Holz-man, disse que o time tem uma are-na multiuso desde 1999 e que desde essa época tem buscado gestores para o estádio de forma profissional e não tem conseguido. “No futuro te-

remos 15 estádios para serem geridos, e será que as empresas se interessarão em gerir esse legado?”, questio-nou, lembrando que é preciso transformar o legado em algo rentá-vel e não em elefantes brancos.Competições do fu-

tebol brasileiro O último painel do Semi-nário: “As competições e a presença de público nos estádios”, coordenado pelo deputado Carlaile Pedrosa (PS-DB-MG), foi apresentado pelo diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, que alertou que o Brasil deve apro-veitar a Copa para melhorar campeo-natos locais. Para ele, é preciso apro-veitar o “efeito Copa” para melhorar as competições de futebol, a gestão dos campeonatos e a infraestrutura dos quase 700 estádios que existem em todo o país. Segundo afirmou a Copa do Mundo é toda embasada em profissio-nalismo e, portanto, é preciso que isso se reflita na organização dos campeo-natos e jogos de futebol no Brasil. “As

partidas realizadas no País poderiam ser mais bem planejadas mas, mesmo assim, ainda é necessário que sem-pre exista um plano de ação que leve em conta a segurança, o transporte e a logísti-ca para a competição”, afirmou. Para Virgílio, os jogos precisam ser considerados como

eventos, e os torcedores, clientes. “Os estádios, inclusive os do interior, deveriam ter a mais completa higie-ne nos banheiros, nas lanchonetes, nas comidas oferecidas”, citou, ao reforçar a necessidade de melhorar o conforto nas arenas. O vice-presidente da Fe-deração Gaúcha de Futebol, Lucia-no Hocsman, sugeriu que a final da Copa do Brasil fosse realizada em partida única, nos moldes das com-petições europeias, para diminuir a ociosidade nos estádios da Copa do Mundo cujo futebol não atrai grandes públicos aos estádios. Já o presidente da Federa-ção Pernambucana de Futebol, Evan-dro Carvalho, destacou o sucesso de público do campeonato pernambuca-no de futebol deste ano e informou sobre as ações a serem realizadas no estado para atrair mais público aos estádios. O representante da Fede-ração de Futebol do Mato Grosso do Sul, Romeu Castro, falou da impor-tância de integrar as cidades que não serão sedes da Copa do Mundo para que também possam colher os frutos da realização do evento no Brasil.

EXPEDIENTE

O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICAFAZ A DIFERENÇA NA VIDA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

O deputado José Rocha par-ticipou do I Salão Baiano de Turismo, que aconteceu em Salvador de 16 a 19 maio. O presidente da CTD disse que ficou impressionado com os primeiros resultados que mos-traram que cerca de 1,7 mil rodadas de negócios foram agendadas. O evento contou com mais de 50 agentes inter-nacionais e mais de 60 nacio-nais, além de 60 expositores. Na quinta-feira às 17 horas houve um encontro da Comis-são de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados com o trade turístico da Bahia. Nesse mesmo período, José Rocha esteve presente na II Feira de Turismo ABAV/BA.

A Comissão de Turismo e Des-portos indicou os deputados Romário (PSB-RJ) e José Ro-cha (PR-BA) para integrarem a delegação da Câmara dos Deputados que vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimen-to Sustentável (Rio+20), no período de 20 a 22 de junho.O deputado Romário integrará a comitiva com acesso amplo à Conferência, e o deputado José Rocha com acesso às áreas comuns do evento.

O deputado José Rocha (PR-BA) vai participar do 7º Fes-tival de Turismo das Cataratas do Iguaçu no período de 13 a 15 de junho em Foz do Igua-çu-PR. O objetivo do evento é impulsionar o turismo do Brasil na região do Mercosul e propiciar o desenvolvimen-to de negócios com foco no agente de viagem por meio da promoção e comercializa-ção de produtos turísticos.

A Comissão de Turismo e Desporto, através de seu presidente, José Rocha, par-ticipou da 35ª Reunião do Conselho Nacional do Turis-mo, presidida pelo ministro Gastão Vieira, no último dia 21, que se realizou na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em Brasí-lia. A questão da qualificação de mão de obra para a Copa do Mundo de 2014 ocupou o centro dos debates.

Deputada Flávia Morais (PDT-GO)Membro da Comissão de Turismo e Desporto

Presidente: José Rocha (PR) 1º Vice-Presidente: Afonso Hamm (PP) 2º Vice-Presidente Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE) 3º Vice-Presidente: Luci Choinacki (SC) Secretário: James Lewis Gorman Junior Corpo Técnico: Akimi Watanabe, Ana Katia Martins Bertholdo,Cláudia Neiva Peixoto, Cristina Lourenço Vasconcelos, Lindberg Aziz Cury Junior, Ronaldo Santiago, Sonia Cordeiro de Abreu Jornalista responsável: Luiz Paulo Pieri (Mtb 1349) Programação Visual: Akimi Watanabe Revisão: Ronaldo Santiago Fotos: Akimi Watanabe (exceto quanto a fonte for citada) Impressão: Deapa/Cgraf Tiragem: 500 exemplares Fale Conosco: Endereço Câmara dos Deputados Anexo II, Ala A , Sala 5,Térreo Telefones: 3216-6831 / 6832 / 6833 fax: 3216-6835 e-mail: [email protected]

Endereço eletrônico da Comissão de Turismo e Desporto: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ctd

Com a escolha do Brasil para sediar as princi-pais competições esportivas mundiais, como a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos, e com a cobrança da sociedade para que nos-sos jovens tenham oportuni-dade e incentivos para a prá-tica esportiva, o profissional de educação física entrou em ascensão. A prática orientanda de exercícios, respeitando a condição física de cada pessoa, o melhor condicionamento físi-co, o bem-estar e a qualidade de vida são metas perseguidas por grande parte da sociedade brasileira, mas que só podem ser concretizadas com a orien-tação de um profissional de Educação Física. A regulamentação do profissional de Educação Físi-ca, concomitantemente com a criação dos Conselhos Fe-deral e Regionais de Educa-ção Física, no ano de 1998, contribuiu muito para a pro-fissionalização, reconheci-mento e valorização dessa categoria, o que trouxe mui-tos avanços ao esporte. O profissional de Educação Físi-ca é responsável pela inicia-

ção e formação da base no es-porte, e em muitos casos estão envolvidos na transformação dos jovens em atletas. É indispensável uma boa formação profissional para exe-cutar qualquer trabalho na área. No curso de Educação Física, o estudante tem contato direto com disciplinas voltadas para o conhecimento do ser humano, da sociedade e das técnicas re-ferentes à atuação profissional na área. Credenciado, o profis-sional de Educação Física atua como um multieducador, preo-cupado com a complexidade que caracteriza desde os alunos até os esportistas de médio e alto rendimento. Com a inserção das prá-ticas de atividades físicas, es-portivas e de lazer na vida das pessoas, o mercado de trabalho para essa categoria se tornou promissor, ampliando-se dos espaços tradicionais das acade-mias e escolas para as áreas da saúde e turismo. A contribuição do profis-sional de Educação Física é indis-pensável, na vida moderna, para inserção social por intermédio do esporte e para formação de uma geração mais cidadã. Formada em Educação Física, a deputada Flávia Morais PDT/GO, destaca sua atuação como 2ª secretária da Frente Parlamentar Mista da Atividade Física para o Desenvolvimen-to Humano, que tem o objetivo de promover o debate entre o governo federal, o Legislativo e as entidades de classe, visando deixar um legado à população brasileira maior que as obras dos grandes eventos esportivos, garantindo o direito constitucio-nal de amplo acesso à prática de atividades físicas e esportivas orientadas por profissionais ha-bilitados e qualificados.

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