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1 Ano V- N o 50 Junho - 2011 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL PETGeo INFORMATIVO ISSN: 1982-517X Editorial O mês de maio se encerra de maneira tranqüila, com a volta dos petianos do XIV ENANPUR (Encontro Nacional da ANPUR (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional) que aconteceu no Rio de Janeiro entre os dias 23 à 27 de Maio. No mês de Maio, também foi realizado o CinePET, no qual foi utilizado o filme “As Melhores Coisas do Mundo” de Laís Bodanzky. Além do foco na organização dos eventos V ENAPET Geo e XI SIMGeo (Simpósio de Geografia), o grupo dedicou atenção especial durante o mês passado às pesquisas. Os bolsistas que recém ingressaram no grupo foram inseridos nas propostas de pesquisa já existentes por critério de afinidade com o tema. Assim, entramos no mês de Junho com as pesquisas a todo a vapor, não deixando de lado, é claro, as atividades de ensino e extensão. Grupo PET-Geografia FAED/UDESC PetGeo FAED/UDESC Expediente: Petianos : Ana Paula Esnidei Pereira, Carolina Datria, Emannuel Costa, Jéssica Gerente, Laura Dias Prestes, Leonardo Lenzi Barbosa, Maria Carolina Soares, Marcela Werutsky, Michelle Martins, Morgana Giovanella de Farias, Paula Carvalho Castro, Raphael Meira Knabben Tutor(a) :Vera Lúcia Nehls Dias. Edição : Paula Carvalho de Castro Impresso pelo Grupo PET-Geografia FAED/UDESC, em tamanho A4, fontes Arial e Times New Roman. Sugestões, reclamações, convites, opiniões: [email protected] Nessa edição: Página Vulnerabilidade à Enchentes de Maré da Bacia do Rio Cachoeira, Joinville .....................02 Relato da viagem a XIV ENANPUR....................................................................................06 Em destaque........................................................................................................................07 PET Indica...........................................................................................................................07 Eventos e editais.............................................................................................................. ..09

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Ano V- No 50

Junho - 2011

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL

PETGeo INFORMATIVO

ISSN: 1982-517X Editorial O mês de maio se encerra de maneira tranqüila, com a volta dos petianos do XIV ENANPUR (Encontro Nacional da ANPUR (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional) que aconteceu no Rio de Janeiro entre os dias 23 à 27 de Maio. No mês de Maio, também foi realizado o CinePET, no qual foi utilizado o filme “As Melhores Coisas do Mundo” de Laís Bodanzky. Além do foco na organização dos eventos V ENAPET Geo e XI SIMGeo (Simpósio de Geografia), o grupo dedicou atenção especial durante o mês passado às pesquisas. Os bolsistas que recém ingressaram no grupo foram inseridos nas propostas de pesquisa já existentes por critério de afinidade com o tema. Assim, entramos no mês de Junho com as pesquisas a todo a vapor, não deixando de lado, é claro, as atividades de ensino e extensão.

Grupo PET-Geografia FAED/UDESC

PetGeo FAED/UDESC Expediente: Petianos: Ana Paula Esnidei Pereira, Carolina Datria, Emannuel Costa, Jéssica Gerente, Laura Dias Prestes, Leonardo Lenzi Barbosa, Maria Carolina Soares, Marcela Werutsky, Michelle Martins, Morgana Giovanella de Farias, Paula Carvalho Castro, Raphael Meira Knabben Tutor(a):Vera Lúcia Nehls Dias. Edição: Paula Carvalho de Castro Impresso pelo Grupo PET-Geografia FAED/UDESC, em tamanho A4, fontes Arial e Times New Roman.

Sugestões, reclamações, convites, opiniões: [email protected]

Nessa edição: Página Vulnerabilidade à Enchentes de Maré da Bacia do Rio Cachoeira, Joinville .....................02 Relato da viagem a XIV ENANPUR....................................................................................06 Em destaque........................................................................................................................07 PET Indica...........................................................................................................................07 Eventos e editais.............................................................................................................. ..09

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VULNERABILIDADE À ENCHENTES DE MARÉ DA BACIA DO RIO CACHOEIRA, JOINVILLE – SC.

Bertoncini, A. L. S.1; Oliveira, F. H.2 SANTO, M. A. D.3

1Graduando em Oceanografia – UFSC e graduando em Geografia – UDESC, bolsista do Laboratório de Geoprocessamento

(GEOLAB) – UDESC/FAED. 2Prof. Dr. e chefe do Departamento de Geografia – UDESC/FAED, coordenador do Laboratório de Geoprocessamento (GEOLAB) –

UDESC/FAED. 3Prof. Dra. do Departamento de Geografia – UDESC/FAED, coordenadora do Laboratório de Cartografia.

RESUMO

A planície litorânea do nordeste do estado de Santa Catarina é constantemente atingida pela ação de enchentes, potencializadas pelo fenômeno de maré. Devido ao seu relevo plano, e sua localização na encosta da Serra do Mar, o município de Joinville/SC enfrenta eventos extremos de maré elevada. Como o centro urbano da cidade foi desenvolvido nas planícies de inundação da bacia do Rio Cachoeira, o efeito dessas enchentes torna-se catastrófico. O presente estudo tem por objetivo analisar a distribuição espacial das enchentes de maré (astronômica e meteorológica) do estuário da bacia do Rio Cachoeira, Joinville – SC, utilizando como base um Modelo Digital de Terreno (MDT) e os Sistemas de Informações Geográficas, para o ano de 2007 (01/01/07 – 31/12/07). A partir de dados de elevação da área emersa do estuário, foram gerados modelos para cada cota de inundação de maré, astronômica – 1,8 m e meteorológica – 2,5 m. As manchas de inundação foram cruzadas ao uso do solo (classes: área urbanizada, solo exposto, gramíneas e vegetação densa) para análise das áreas vulneráveis ao fenômeno. A área vulnerável à maré astronômica (1,99 Km2) teve abrangência pontual, já para a maré meteorológica a distribuição espacial foi maior onde 5,61 Km2 foram considerados vulneráveis ao fenômeno, atingindo principalmente a área urbanizada.

Palavras chave: Modelo Digital de Terreno, maré astronômica, maré meteorológica.

INTRODUÇÃO A planície litorânea do nordeste do estado de Santa Catarina é constantemente atingida pela ação de enchentes, potencializadas pelo fenômeno de maré. Devido ao seu relevo plano, e sua localização na encosta da Serra do Mar, o município de Joinville enfrenta eventos extremos de alta pluviosidade e maré elevada. Quando a presença de alta maré astronômica coincide com a atuação de sobre-elevação do nível do mar (maré meteorológica) o fenômeno das enchentes de maré é intensificado (WARD & ADAMS, 2001).

A foz do Rio Cachoeira encontra-se numa região estuarina sob influencia das marés, complexo lagunar do Saguaçu, onde se encontram remanescentes de manguezais. Durante os períodos de amplitude das marés, pode-se verificar a inversão do fluxo da água do rio até quase metade do seu percurso causado pelo ingresso de água marinha através do canal, com possível extravasamento da rede de drenagem (IPPUJ, 2009).

Como em muitos centros urbanos, o município de Joinville foi desenvolvido, em grande parte, dentro ou próximo da planície de inundação fluvial, devido principalmente a fatores físicos favoráveis a ocupação, como: relevo plano, solos férteis e água em abundância (SILVEIRA, et al. 2009).

As características topográficas do terreno são o principal parâmetro para determinação espacial da hidrodinâmica dos fenômenos de inundação, assim fica imprescindível a utilização do Geoprocessamento como ferramenta de estudo (MONI, 2006). Com a utilização de SIGs (Sistemas de Informações Geográficas) é possível obter-se as características de uma bacia hidrográfica, bem como a relação entre um Modelo Digital de Terreno (MDT) e as cotas de inundação, com diferentes probabilidades de excedência (CPRM, 2004). Segundo Marfai (2003), a precisão dos modelos de inundação de maré através do MDT é cerca de 89%.

O presente estudo tem por objetivo analisar a distribuição espacial das enchentes de maré (astronômica e

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meteorológica) do estuário da bacia do Rio Cachoeira, Joinville – SC, utilizando como base um Modelo Digital de Terreno (MDT) e como ferramenta os Sistemas de Informações Geográficas, para o ano de 2007 (01/01/07 – 31/12/07).

MATERIAIS E MÉTODOS Os dados para elaboração do MDT (Modelo Digital de Terreno) foram disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville (IPPUJ). A partir do levantamento aéreo, utilizando a tecnologia do Laser Scanner, os pontos levantados foram cedidos no formato de grids (matriz quadrada) apresentando uma resolução espacial de dois em dois metros. Em ambiente SIG, ArcGis 9.3 – Esri, os pontos foram interpolados pelo método natural neighbor – método que atribui um peso maior ao ponto mais próximo (vizinho), diminuindo o peso com o aumento da distância (JIMENEZ & DOMECQ, 2009). Posteriormente os layers foram mosaicados para processamento do MDT.

Para a determinação das cotas de enchente da maré astronômica, foi realizado levantamento estatístico da tábua de marés da DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação), para o porto de São Francisco do Sul, onde observou-se uma maior elevação diária da maré em 1,8 metros, no ano de 2007 (01/01/07 – 31/12/07). Quanto a maré meteorológica, estudos mostram uma elevação por volta de 50 cm - Veado, et al. (2010), para a região de Itajaí, e 70 cm – Oliveira (2006), para a baia de Paranaguá (PR). Portanto, para o estuário da bacia do Rio Cachoeira foi utilizada a cota de 2,5 metros para determinação do avanço da maré meteorológica.

Com a determinação das cotas da enchente de maré, tanto astronômica, quanto meteorológica, foi gerada a simulação das áreas vulneráveis ao avanço da mesma. Para isso, o MDT gerado, foi reclassificado em três classes de elevação, 1,8 m (maré astronômica), 2,5 m (maré meteorológica) e >2,5 m (área sem risco).

Posteriormente as áreas vulneráveis as enchentes foram cruzadas com o uso do solo de 2007, através da ferramenta raster calculator do SIG. O levantamento aerofotogramétrico do ano de 2007 (escala 1:5.000), disponibilizado pelo IPPUJ, também foi utilizado para análises da mancha de inundação.

A metodologia utilizada no presente estudo tem por objetivo analisar a distribuição espacial das áreas vulneráveis ao fenômeno. As forçantes meteorológicas (pressão atmosférica e tensão de cisalhamento do vento), a hidrodinâmica local, bem como a percolação da água no terreno não foram utilizados como parâmetros do modelo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A área vulnerável à maré astronômica foi de 1,99 km2, sendo que atingiu uma área urbanizada de 0,99 km2; 0,09 km2 de solo exposto; 0,19 km2 de gramíneas e 0,72 km2 de vegetação densa. O avanço da mancha da maré meteorológica sobre a área emersa foi muito mais abrangente e catastrófica, onde atingiu cerca de 5,61 km2 da bacia do Rio Cachoeira. A área urbanizada foi atingida por 3,47 km2; 0,32 km2 de solo exposto; 0,60 km2 de gramíneas e 1,22 km2 de vegetação densa (Tab.1).

Área urbanizada Solo Exposto Gramínea Vegetação densa Área Total

Maré Astronômica 0,99 0,09 0,19 0,72 1,99

Maré Meteorológica 3,47 0,32 0,60 1,22 5,61

Tab.1: uso do solo atingido pela cota de inundação da maré astronômica (1,8m) e meteorológica (2,5m), unidade de área Km2. O avanço da cota de inundação da maré astronômica se limitou, na grande maioria, ao canal fluvial do Rio Cachoeira e seus afluentes, ao manguezal do Saguaçu, e sendo que atingiu algumas vias e propriedades marginais. Já na atuação da maré meteorológica (cota de inundação de 2,5 m) acontece um grande extravasamento de água do leito maior do canal, onde a área urbanizada atingida é quase quatro vezes maior, que na cota da maré astronômica. As outras classes de ocupação do solo, também obtiveram uma área atingida maior, destacando o avanço significativo das classes de solo exposto e gramínea (Figura 1).

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Fig. 1: Mapa de Vulnerabilidade a enchentes de maré, identificando as áreas de risco ao fenômeno astronômico e meteorológico.

CONCLUSÕES É evidente a ocupação de áreas impróprias no estuário da bacia do Rio Cachoeira, Joinville – SC. Sendo que apenas o efeito da oscilação do nível do mar causada pela maré astronômica pode causar inundações pontuais, como extravasamento de água por bueiros, córregos e vias urbanas. Quando há a sobreposição de eventos meteorológicos extremos, geradores das marés meteorológicas, com a ação de marés astronômicas elevadas a área vulnerável a inundação da maré é demasiadamente maior, e afetando principalmente o perímetro urbano do município que se desenvolveu quase que inteiramente dentro das planícies de inundação da bacia hidrográfica vigente. Outro fato importante é que a enchente provocada pelos fenômenos de maré tem efeito ainda mais destrutivo quando somado a eventos de alta precipitação, servindo de barreira natural para o escoamento da bacia hidrográfica (represamento), e tornando a área de inundação ainda maior. Sugere-se que sejam realizados estudos integrando tanto o efeito das enchentes fluviais e das enchentes de maré para um melhor entendimento da dinâmica das inundações da bacia do Rio Cachoeira. Sendo assim, torna-se imprescindível a aquisição dessas informações espaciais acerca da magnitude e profundidade, bem como do uso do solo atingido pelas enchentes que é de fundamental importância para o planejamento e tomada de decisão de áreas urbanas costeiras (MARFAI, 2003). Uma vez conhecidas essas áreas suscetíveis a inundação, o zoneamento territorial favorável a melhor ocupação humana, por meio dos sistemas SIG´s, tornam-se ferramentas indispensáveis ao poder público visando a tomada de decisão. Somado a essa situação, ainda verifica-se a possibilidade de disponibilizar a orientação quanto a melhor ocupação territorial ao cidadão, assim recomendações efetivas quanto aos procedimentos construtivos como definição de estruturas resistentes à inundações e/ou elevadas, bem como necessidade de manutenção de áreas verdes para possibilitar infiltração no solo das águas entre outros, são necessários para que as cidades não sofram com a falta de planejamento e gestão.

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REFERÊNCIAS CPRM, ANA & IGAM. 2004. Definição da Planície de inundação da cidade de Governador Valadares. Belo Horizonte. 30 pp. IPPUJ, Instituto de Pesquisa e Planejamento de Joinville. 2009. Joinville em dados. Joinville: Prefeitura Municipal. 164pp. JIMENEZ, K. Q; DOMECQ, F. M. 2009. Estimação de Chuva Usando Métodos de Interpolação. Porto Alegre: Instituto de Pesquisas Hidráulicas, UFRGS. MARFAI, A. M. 2003. GIS Modeling of River and Tidal Flood Hazards in a Waterfront City: Semarang City, Central Java, Indonesia. Ensched, Netherlands: ITC. MONI SILVA, A. P. 2006. Elaboração de Manchas de Inundação para o Município de Itajubá, utilizando SIG. Monografia de Mestrado em Engenharia de Energia. Itajubá: UNIFEI. OLIVEIRA, M. M. F. et al. 2007. Modelagem da Maré Meteorológica Utilizando Redes Neurais Artificiais: Uma Aplicação para a Baía de Paranaguá – PR. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 22, n.1, 53 – 62 pp. SILVEIRA, W. N. et al. 2009. Histórico das Inundações em Joinville: 1851 - 2008. Curitiba: Organic Trading. VEADO, et al. 2010. Variação do Nível Médio do Mar, Parte III: Alta Subtropical do Atlântico Sul. Relatório Final de Pesquisa. Florianópolis: Laboratório de Estudos Climáticos e Oceânicos – FAED/UDESC. WARD, L. G; ADAMS, J. R. 2001. A Preliminary Assessment of Tidal Flooding along the New Hampshire Coast: Past, Present and Future. New Hampshire: Jackson Estuarine Laboratory. 26 pp.

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RELATO DA VIAGEM A XIV ENANPUR

Por Michelle Martins

Após 16 horas de viagem no micro-ônibus cedido pela UDESC, metade dos petianos e a tutora chegaram ao Rio de Janeiro para prestigiar o evento XIV ENANPUR, o qual reuniu os maiores nomes relacionados ao planejamento urbano do Brasil. A hospedagem foi próxima aos Arcos da Lapa onde pudemos vivenciar algumas manifestações culturais durante toda a semana. No evento tivemos a oportunidade de assistir a apresentações de trabalhos no âmbito ambiental e urbano sem a preocupação de apresentarmos algum trabalho, pois o evento não permitia apresentação de graduandos.

Entre os nomes de destaque do evento estavam Fernanda Sánchez e Carlos Walter Porto Gonçalves, ambos com trabalhos de referência nos planos de ensino dos professores do departamento de geografia da nossa faculdade. O evento foi de grande importância acadêmica, pois se pode ter a oportunidade de analisar com mais clareza os discursos das nossas principais referências contemporâneas. Os debates e novos aprendizados foram proveitosos tanto de maneira a incitar novas temáticas de pesquisa como para repensar as nossas metodologias e enfatizar a busca por melhorias locacionais embasadas em estudos não somente técnicos, mas também envolvendo aspectos sociais e ambientais no sentido mais amplo da palavra ambiental. Durante todo o evento houve discussões acerca do espaço urbano e suas redes de sociabilidade. Os petianos que presenciaram as discussões sobre habitação, mobilidade, e violência entre outros temas pertinentes as pesquisas desenvolvidas pelo grupo conseguiram obter um bom embasamento teórico para repensarem suas pesquisas e desenvolvê-las melhor. Os petianos também conseguiram entender mais sobre o quanto os processos concernentes ao espaço urbano agem sobre as formas e os fluxos das cidades. Depois de uma semana de muito estudo e apreciação do Rio de Janeiro, os petianos retornaram com 20 horas de viagem muito satisfeitos com a oportunidade de terem participado da XIV ENANPUR e com os pensamentos mais focalizados ainda em todo o trabalho que o PET desempenha, pois vimos que o nível de entendimento dos petianos está bom e pode ficar ainda melhor com todo esforço e dedicação que o PET exige.

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Em destaque: A Revista Brasileira de Educação em Geografia acaba de publicar seu número de lançamento, disponível em: http://www.revistaedugeo.com.br A revista está aberta para recebimento de artigos inéditos, práticas pedagógicas e resenhas.

PET - INDICA (Sugestão de filmes, livros, etc.)

Por Carolina Datria e Laura Prestes

Não há silencio que não termine – Ingrid Betancourt A prisão e a Ágora – Marcelo Lopes de Souza

Filha de uma tradicional família colombiana, educada na Europa, Ingrid Betancourtresolveu abandonar a segurança de uma vida confortável para dedicar-se aos problemas de seu conturbado país. Elegendo-se sucessivamente deputada e senadora, Ingrid fundou em 1998 o partidoOxigênio Verde, com o objetivo de trazer novas esperanças à política colombiana, marcada pela violência sectária e pela corrupção. Interessada em promover o diálogo entre as diversas facções da guerra civil que há décadas dilacera a Colômbia, a jovem senadora resolveu em 2001 lançar sua candidatura às eleições presidenciais. No ano seguinte, durante uma viagem de campanha ao único município governado por um prefeito de seu partido, a candidata - então mal colocada nas pesquisas -foi sequestrada por um comando das Farc, junto com diversos assessores e seguranças, num episódio até hoje mal explicado. Levada para o interior da selva em inúmeras viagens de barco, caminhão e marchas a pé, Ingrid se viu repentinamente desligada do convívio dos amigos e da família, isolada do mundo exterior em meio a guerrilheiros fortemente armados. A autora de Não há silêncio que não

termine passaria mais de seis anos em poder das Farc. Sua visível agonia, documentada por cartas e “provas de vida” em vídeo, bem como sua libertação numa célebre e cinematográfica operação do Exército colombiano, em 2008, chamaria novamente as atenções do mundo para o conflito queatualmente ameaça a paz no continente sul-americano. Este livro é o relato contundente de sua experiência como prisioneira da guerrilha narcotraficante, em meio à fome, à doença e às humilhantes condições impostas pelos sequestradores.

Texto e imagem retirados de: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12838

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A Prisão e a Ágora trata, pragmaticamente, tanto da falta de liberdade e as restrições crescentes à liberdade efetiva, no cotidiano das grandes cidades contemporâneas (metáfora da prisão), quanto das possibilidades de se tentar ampliar os espaços democráticos mesmo em meio a condições estruturais adversas, embora contando com ventos conjunturalmente favoráveis. Mas não se quer, aqui, ser um mero consultor para desenvolvimento com horror mínimo, quimera de um progressismo de curto fôlego e ainda mais curta visão.

Texto e imagem retirados de: http://www.livrariaresposta.com.br/v2/produto.php?id=3990

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Eventos________________________________________________________________ SIMPÓSIO DE GEOGRAFIA DO CONHECIMENTO E DA INOVAÇÃO - SIGCI Data: 15 a 17 de junho de 2011 Local: Universidade Federal do Pernambuco, PE Informações: http://www.sigci-gritt.com.br 63° - REUNIÃO ANUAL DA SBPC Data: 10 a 15 de Julho 2011 Local: Universidade Federal de Goiás - Goiânia/GO Informações: http://www.sbpcnet.org.br/site/eventos/mostra.php?id=1163&secao=288 XIV – SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA FÍSICA APLICADA - SBGFA Data: 11 e 16 de Julho de 2011 Local: Universidade Federal da Grande Dourados, MS. Informações: http://www.xivsbgfa.com.br/ XIII – ENCUENTRO DE GEÓGRAFOS DE AMÉRICA LATINA (EGAL) Data: 25 a 29 de Julho de 2011 Local: SEDES Escuelas de Geografía Universidad de Costa Rica (UCR), Escuela de Ciencias Geográficas Universidad Nacional (UNA) – Costa Rica XXV CONGRESSO BRASILEIRO DE CARTOGRAFIA e III CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOPROCESSAMENTO Data: 21 a 24 de agosto de 2011 Local: Expo Unimed Curitiba – Curitiba/PR II CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E IV ENCONTRO NORDESTINO DE BIOGEOGRAFIA Data: 12 a 15 de Outubro de 2011. Local: Universidade Federal da Paraíba - João Pessoa/PB. Informações: http://www.cnea.com.br/ XI SIMGeo e V EnaPETGEO “Ambiente e Desenvolvimento Socio-Espacial no Âmbito do Ensino, Pesquisa e Extensão” Data: 17 a 21 de outubro de 2011 Local: Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED Campus Itacorubi - Florianópolis/SC 22

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VII COLÓQUIO DE CARTOGRAFIA PARA CRIANÇAS E ESCOLARES Data: 26 a 28 de outubro de 2011 Local: Universidade Federal do Espírito Santo – Vitória/ES Informações: http://www.cartografiaescolar2011.wordpress.com V SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA e VI SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA Data: 7 a 11 de novembro 2011. Local: Universidade Federal do Pará/Campus do Guamá – Auditório: Centro de Convenções Informações: http://singa2011.ufpa.br/ IV COLÓQUIO NACIONAL DO NEER Data: 16 a 18 de novembro de 2011 Local: Universidade Federal de Santa Maria/PPGG, Santa Maria – RS XII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA URBANA - SIMPURB Data: 16 a 19 de novembro de 2011 Local: Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte/MG XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos Data : 27 de novembro a 01 de dezembro de 2011 Local: Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso – Maceió/AL Informações: http://www.acquacon.com.br/xixsbrh/index.php