Informativo - Decisoes Favoraveis - Servidor Publico e Pessoal - Abril-maio-2012

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ADVOCACIA-GERAL DA UNIOPROCURADORIA-GERAL FEDERALPROCURADORIA-REGIONAL FEDERAL DA 5 REGIO

COORDENAO DE MATRIA ADMINISTRATIVASUBNCLEO DE ATUAO PRIORITRIA

Informativo de Jurisprudncia ABRIL/MAIO/2012

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5 REGIO

NDICE:

1. SERVIDOR PBLICO E PESSOAL

GED. PARIDADE fl. 9/10

1.1. Administrativo. Ensino Superior. Servidor Pblico inativo. Gratificao de Estmulo Docncia GED. Servidores ativos e inativos. Percentual que depende da produtividade do servidor em atividade. Ausncia de ilegalidade no tratamento diferenciado. Precedentes do Colendo Superior Tribunal de Justia. Apelao improvida.

1.2. Administrativo. GED - gratificao de estmulo docncia. Natureza de gratificao de produtividade. Clculo com base no desempenho de cada professor. Impossibilidade de extenso aos inativos. Inexistncia de violao ao preceito do art. 40, 8, da carta poltica/88. Autor que no possui direito implantao da GED, nos seus proventos. Inexistncia de valor a ser pago, a ttulo de retroativo. Prequestionamento.

GDATA E GDPGTAS. PARIDADE fl.10/11

1.3. Administrativo. Gratificao de desempenho. Isonomia entre ativos e inativos. Penso. Instituidor vinculado ao plano de cargos tcnico-administrativos em educao (UFPB). Existncia de gratificao de desempenho especfica (GDAE). Impossibilidade de extenso da GDATA e GDPGTAS. Leis 10.404/2002 e 11.357/2006. Sentena reformada.

GAE. INCORPORAOfl.11

1.4. Constitucional e administrativo. Servidor pblico. Gratificao de atividade executiva - GAE. Incorporao ao provento bsico. Lei n 11.784/2008. Inexistncia de direito adquirido a regime jurdico.

GDAR. INCORPORAO fl.11/12

1.5. Administrativo. Servidor inativo. Gratificao de atividade rodoviria GDAR. Transformao em VPNI. Reviso pelos critrios de reajuste aplicados aos servidores pblicos federais. Possibilidade. Inexistncia de direito adquirido a regime jurdico e preservao do percentual aplicado sobre os proventos bsicos. Preservao do valor nominal da remunerao.

3,17%. REESTRUTURAO DA CARREIRAfl. 12

1.6. Administrativo e processual civil. Embargos execuo. Servidor pblico. Reajuste de 3,17%. Medida provisria n 2.225-45/2001. Tcnicos-administrativos das instituies federais de ensino vinculadas ao ministrio da educao. Limitao do pagamento do ndice vencimental at a reestruturao de cargos e carreiras. MP 2.150-39/2001. Apelao improvida.

28,86%. REESTRUTURAO DA CARREIRA fl.12/13

1.7. Administrativo. Agravo de instrumento. Servidores pblicos. 28,86%. Execuo de sentena. Reestruturao da carreira. Lei n. 11.784/08. Absoro do ndice. Obrigao de fazer. Inexistncia. Multa diria. Afastamento.

NDICES DO RGPS. PARIDADE fl.13/14

1.8. Administrativo e processual civil. Servidora pblica federal aposentada. Reajustes de 28,86% e 3,17%. Prescrio. Smula n 85 do STJ. ndices integralmente implementados. Reajustes do RGPS. Extenso apenas aos aposentados e pensionistas que no tm direito paridade. Smula 339 do STF.

3,17%. INCIDNCIA SOBRE 84,32% fl.14/15

1.9. Processual civil e administrativo. Embargos execuo. Servidor pblico. Crdito relativo ao reajuste de 3,17%. Base de clculo. No incidncia sobre o ndice de 84,32%. Clculo elaborado pelo vistor oficial.

28,86%. EQUIPARAO A 31,87% DOS MILITARES fl.15

1.10. Constitucional e administrativo. Servidor pblico civil. Reajuste de 3,0%. Equiparao ao reajuste de 31,87%. Impossibilidade.

47,94%. COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL fl.15/16

1.11. Constitucional. Administrativo. Processual civil. Agravo de instrumento. Ttulo executivo judicial. Reajuste de 47,94% nas remuneraes dos servidores pblicos federais. Coisa julgada inconstitucional. Prevalncia da deciso do STF.

REAJUSTE. FUNO COMISSIONADA.TUTELA ANTECIPADA fl.16

1.12. Administrativo. Agravo de instrumento. Servidora pblica aposentada. Reajuste de vantagem decorrente de funo comissionada. Tutela antecipada. Impossibilidade de concesso. Dico do art. 2-B da lei 9494/97. Improvimento.

REAJUSTE. SERVIDORES. TCU. EXTENSO. DOCENTES fl.16/17

1.13. Constitucional. Administrativo. Lei n.11.383/2006. Reajuste de 15% aos servidores do TCU. Extenso aos docentes da UFAL-ADUFAL. Reviso geral da remunerao. No-enquadramento. ADI n. 3.599/DF. Reajustes setoriais. Isonomia. Vedao. Smula n. 339/STF.

PECLIO ESPECIAL. LEI 3373/58. REVOGAOfl.17/18

1.14. Administrativo. Servidor. Peclio especial. Previso na lei 3373/58. Natureza complementar em relao lei 1711/52. Revogao pela lei 8112/90. bito do instituidor ocorrido na vigncia do novo regime jurdico nico dos servidores pblicos civis da Unio. Benefcio extinto. Direito no mais assegurado.

VANTAGEM INCENTIVO DOUTOR.fl.18/19

1.15. Administrativo. "doutor por equivalncia". Leis n 7.596/87 e 8.243/91 e decreto n 94.664/87. Professor universitrio. Vantagem pecuniria decorrente do grau de doutor. Violao a literal disposio de lei. Configurada.

COMPLEMENTAO SALARIALfl.19/20

1.16. Agravo de instrumento. Administrativo. DNOCS. Complementao salarial. Art. 9, 1, da lei n 11.314/2006. VPNI que tem como base de clculo o vencimento bsico poca da edio da lei n 11.314/2006. Quanto ao reajuste da vantagem, este dar-se- segundo os critrios das revises gerais de remunerao do funcionalismo. Recurso provido.

AUXLIO-ALIMENTAO. EQUIPARAO. TCU. fl.20

1.17. Constitucional e administrativo. Auxlio-alimentao. Servidor pblico federal oriundo do instituto nacional do seguro social INSS. Equivalncia remuneratria com os funcionrios do tribunal de contas da unio - TCU. Impossibilidade. Art. 37, XIII da CF/88, art. 22 da lei n 8.460/92, smula 339 do STF.

QUINTOS. REAJUSTE GERAL fl.20/21

1.18. Administrativo. Professor universitrio. Quintos. Antigo critrio: reajuste pela remunerao percebida por professor titular com doutorado e em regime de dedicao exclusiva. Novo critrio: reajuste geral do servidor pblico. Impossibilidade de invocao da coisa julgada. Inexistncia de direito adquirido a regime jurdico. Ausncia de violao ao principio constitucional da irredutibilidade de vencimentos.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. VIGILANTE fl.21/22

1.19. Administrativo. Servidor pblico. Vigilante. Universidade. Adicional de periculosidade. Ausncia de amparo legal. Provimento.

1.20. Administrativo. Vigilante. Adicional de periculosidade. Atividade no prevista na lei 8.112/90. Impossibilidade.

REPOSIO AO ERRIO fl.22/23

1.21. Administrativo. Mandado de segurana. Servidor pblico. Restituio de valores pagos em duplicidade. Erro operacional da Administrao. Devido processo legal. Observncia. Reposio ao Errio. Necessidade.

1.22. Administrativo. Agravo de instrumento. Reposio ao Errio. Necessidade. Boa-f no caracterizada.

1.23. Administrativo. Ensino Superior. Professor universitrio. Programa de Bolsa Institucional de Capacitao Docente. Curso de doutorado no concludo. Devoluo ao Errio. Possibilidade. Resoluo n. 06/2006. Apelao improvida.

EMPRSTIMO. DESCONTO EM FOLHA fl.23/24

1.24. Civil. Contrato. Emprstimo. Desconto. Folha de pagamento. Cancelamento unilateral. Servidor pblico. Impossibilidade.

JORNADA DE TRABALHO. REDUO fl.24/25

1.25. Administrativo. Servidor pblico. Reduo da jornada de trabalho de 40 (quarenta) para 30 (trinta) horas semanais. Art. 4-a da lei n. 10.855/2004, com redao dada pela lei n . 11.907/2009. Inexistncia de direito adquirido a regime jurdico. Inaplicabilidade da lei n. 12.317/10.

LICENA PRMIO. DESAVERBAOfl.25

1.26. Administrativo. Desaverbao dos perodos de licena-prmio utilizados para fins de recebimento de Abono permanncia. Impossibilidade. Ato jurdico perfeito.

LICENA NO REMUNERADA. CNJUGE fl.25/26

1.27. Administrativo. Servidor pblico. Licena para acompanhar cnjuge. Art. 84, da lei n. 8.112/90. Impossibilidade de enquadramento legal.

PENSO POR MORTE. NETO. DEPENDNCIA ECONMICA fl.26/27

1.28. Administrativo. Servidor pblico federal. Penso por morte. Neta. Designao. Dependncia Econmica no comprovada. Provas documental e testemunhal insuficientes.

PENSO POR MORTE. BITO POSTERIOR EC 41/2003 fl.27

1.29. Administrativo. Servidor pblico. Devido processo legal no mbito administrativo. Penso por morte. bito posterior a EC n 41/2003. Clculo do benefcio nos termos da lei 10.887/2004. Smula 340 STJ. Impossibilidade de concesso do benefcio pelo valor integral.

PENSO. ESTUDANTE. PRORROGAO AT 24 ANOS fl.27

1.30. Processual civil e administrativo. Ao rescisria. Art. 485, v, do CPC. Ru revel. Efeitos. Penso por morte de servidora pblica federal. Sobrinho sob guarda judicial. Pagamento at os vinte e um anos de idade. Estudante universitrio. Prorrogao at os vinte e quatro anos. Impossibilidade. Art. 217, II, a, da lei n 8.112/90. Inocorrncia de lacuna legal sobre a matria. Improcedncia do pedido.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DOENA. ROL TAXATIVO fl.28/29

1.31. Apelao e remessa oficial. Administrativo e constitucional. Servidor pblico. Aposentadoria por invalidez. Doena no especificada em lei. Rol taxativo. Proventos proporcionais. Provimento.

PROGRESSO. TRATAMENTO DESIGUAL fl.29

1.32. Administrativo. Servidor pblico. Progresso de referncia. Aplicao de critrios desiguais de tratamento entre o autor e paradigmas. Violao ao princpio da isonomia. Inexistncia.

PROGRESSO. CARREIRA. MAGISTRIO. INTERSTCIOfl.29/30

1.33. Administrativo. Mandado de segurana. Professor. Carreira de magistrio do ensino bsico, tcnico e tecnolgico. Progresso funcional por titulao. Regra de transio. Art. 120, 5, da lei n 11.784/2008. Tabela do anexo LXIX da lei n 11.784/2008. Correlao de cargos. No aplicao. Improvimento.

PROGRESSO. PROFESSOR ASSOCIADO fl.30/32

1.34. Administrativo. Professor universitrio. Progresso funcional. Lei 11.344/06. Criao da nova classe de professor associado. Normas regulamentares. Pedido de reenquadramento pelo tempo na classe anterior de adjunto IV. Ausncia de previso legal.

1.35. Administrativo. Ensino superior. Lei. 11.344/2006. Reestruturao da carreira de magistrio superior. Progresso. Professor adjunto para professor associado. Servidor inativo. Impossibilidade.

ENQUADRAMENTO. NOVA CARREIRA. MDICO PERITO fl.32/33

1.36. Administrativo. Servidor. Perito mdico previdencirio. Modificao do regime hierrquico-remuneratrio. Lei n 11.907/09. Possibilidade. Ausncia de irredutibilidade de vencimentos. Inexistncia de direito adquirido a regime jurdico.

REENQUADRAMENTO. TCNICO DE LABORATRIOfl.33

1.37. Administrativo. Mandando de segurana. Servidor pblico federal. Reenquadramento. Lei n 11.091/2005.

2. PROCESSO CIVIL

ILEGITIMIDADE PASSIVA. REDISTRIBUIO. SERVIDOR fl.33

2.1. Processual civil. Servidor pblico. 28,86%. Ilegitimidade passiva da FUNASA.

INEXIGIBILIDADE DO TTULO. RECONHECIMENTO DE OFCIO. fl.33/34

2.2. Apelao. Execuo. Converso de frias em pecnia. Professores da UFRN. Exerccio de 1998. Gozo integral de 45 dias de frias. Inexigibilidade do ttulo. No provimento da apelao.

PERDA DE INTERESSE RECURSAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. fl.34

2.3. Processual civil. Agravo de instrumento. Supervenincia de sentena. Perda de objeto. Recurso prejudicado.

2.4. Agravo de instrumento. Processual civil. Sentena superveniente proferida na ao principal. Ausncia de deciso conflitante. Perda de objeto.

PRESCRIO. 28,86%. TRANSAO. fl.35

2.5. Processual civil. Administrativo. Servidor civil. Reajuste de 28,86%. Transao extrajudicial. Discusso sobre os percentuais aplicados. Prescrio da pretenso. Decreto n 20.910/32. Ocorrncia.

PRESCRIO. OBRIGAO DE FAZER E PAGAR. 28,86%fl.35

2.6. Administrativo. Processual civil. Reajuste de 28,86%. Cumprimento da obrigao de fazer. Marco inicial da prescrio quinquenal da pretenso executria. Renncia tcita, MP 1.709/98 e reedio n. 2.169-43/01.

PRESCRIO. TTULO EXECUTIVO. ABONO PECUNIRIO fl.36

2.7. Administrativo. Processual civil. Embargos execuo. Servidor pblico. Converso de 1/3 de frias em pecnia. Ttulo executivo. Prescrio. Ocorrncia.

2.8. Processual civil. Administrativo. Embargos execuo. Servidor pblico. Ttulo executivo que concedeu a converso de 1/3 de frias em pecnia aos docentes da UFRN. Prescrio. Ocorrncia.

PRESCRIO. TERMO INICIAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO fl.37

2.9. Administrativo. Servidor. Adicional de insalubridade. Prestaes de trato sucessivo. Indeferimento do pedido na via administrativa. Smula 85 do STJ. Decreto n 20910/32. Prescrio do fundo de direito.

PRESCRIO. RECURSO. INSTRUO DEFICIENTE fl.37/38

2.10. Processual civil. Execuo contra a fazenda pblica. Sentena coletiva. Obrigao de pagar. Prescrio intercorrente. Falta de pea essencial. Precluso consumativa. Recurso desprovido.

PRESCRIO. INDENIZAO. ASSISTNCIA JURDICA fl.38

2.11. Processual Civil e Administrativo. Pedido de indenizao pela Universidade Federal Rural de Pernambuco por ter a sua Procuradoria negado assistncia jurdica a professor em processo que veio a ser extinto sem resoluo de mrito. Prescrio consumada. Recurso extraordinrio que no interrompeu o prazo prescricional por no se integrar ao nexo causal da pretenso. Hiptese ainda em que se apresenta manifesta falta de interesse de agir. Apelao desprovida.

LITISPENDNCIA. DESISTNCIA. AUSNCIA PROVAfl.38/39

2.12. Processual civil. Embargos execuo. Pagamento da indenizao de campo (46,72%). Excesso de execuo. Alegao de litispendncia. Ocorrncia.

COISA JULGADA. LIMITE. MANDADO DE SEGURANA fl.39

2.13. Administrativo. Ao ordinria de cobrana de valores atrasados. Servidor. Adicional de insalubridade. Diferena remuneratria devida em decorrncia da recontagem do tempo de servio. Objeto diverso do mandado de segurana impetrado. Descabimento.

COMPETNCIA DA JUSTIA FEDERAL. ALVAR. LEVANTAMENTO DE BENEFCIO PREVIDENCIRIO fl.39/40

2.14. Constitucional. Agravo de instrumento. Jurisdio voluntria. Levantamento de valores referentes a benefcios previdencirios deixados por segurado falecido. Resistncia da FUNASA. Caracterizao de Litigiosidade. Competncia da justia comum federal.

JUSTIA GRATUITA. SINDICATO fl.40/41

2.15. Administrativo e processual civil. Execuo. Pagamento do reajuste decorrente da implantao do percentual de 3,17%, na folha de pagamento dos servidores. Juros de mora que devem corresponder ao percentual de 6%, ao ano, durante todo o perodo referente s parcelas devidas. Art. 1-f, da lei 9.494/97, com alterao dada pela MP 2.180-35/01. Incidncia imediata, ainda em relao s aes ajuizadas antes do seu ingresso em vigor. Gratuidade judiciria. Descabimento da concesso. HONORRIOS. BASE DE CLCULO NA EXECUO fl.41

2.16. Embargos execuo. Concordncia do embargado com os clculos do embargante. Honorrios advocatcios. Majorao. Percentual sobre o excesso encontrado.

JUROS. INCIDNCIA fl.41/42

2.17. Previdencirio e processual civil. Precatrio. Pedido de execuo complementar. Juros de mora. Incidncia entre a data da realizao do clculo de liquidao e a data da expedio do precatrio.

ACRDOS

1. SERVIDOR PBLICO E PESSOAL

1.1. Administrativo. Ensino Superior. Servidor Pblico inativo. Gratificao de Estmulo Docncia GED. Servidores ativos e inativos. Percentual que depende da produtividade do servidor em atividade. Ausncia de ilegalidade no tratamento diferenciado. Precedentes do Colendo Superior Tribunal de Justia. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Lzaro Guimares, AC 534995 PB, Processo n 2009.82.00.007096-9, DJE 12/03/2012)

1.2. ADMINISTRATIVO. GED - GRATIFICAO DE ESTMULO DOCNCIA. NATUREZA DE GRATIFICAO DE PRODUTIVIDADE. CLCULO COM BASE NO DESEMPENHO DE CADA PROFESSOR. IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSO AOS INATIVOS. INEXISTNCIA DE VIOLAO AO PRECEITO DO ART. 40, 8, DA CARTA POLTICA/88. AUTOR QUE NO POSSUI DIREITO IMPLANTAO DA GED, NOS SEUS PROVENTOS. INEXISTNCIA DE VALOR A SER PAGO, A TTULO DE RETROATIVO. PREQUESTIONAMENTO.1. A Lei n 9.678/98, ao instituir a Gratificao de Estmulo Docncia - GED, foi clara ao enfatizar que ela s seria devida aos ocupantes de cargo efetivo de professor do 3 grau, lotados e em exerccio nas instituies federais de ensino superior, excluindo, assim, os servidores disposio de outros rgos e os inativos.2. Impossibilidade de extenso aos inativos, em face do carter de gratificao de produtividade, posto que o seu clculo se opera de acordo com a avaliao do desempenho de cada professor (art. 1, 2, da Lei n 9.678/98).3. O prprio texto legal, no art. 5, vincula a percepo da gratificao pelo servidor inativo ou pensionista, a que o aposentado ou instituidor que originou a penso, tenha adquirido o direito ao benefcio quando ocupante de cargo efetivo referido na Lei, impondo, ainda, que seja calculada a partir da mdia aritmtica dos pontos utilizados para fins de pagamento da gratificao durante os ltimos vinte e quatro meses em que a percebeu.4. Incabvel invocar o princpio da isonomia, insculpido no art. 40, 8, da Carta Poltica de 1988, pois ele apenas alcana os benefcios gerais, mas no as vantagens que reclamam a comprovao do direito, mediante pontuao, a exemplo das gratificaes de produtividade, como a GED.5. O no acatamento das argumentaes contidas na defesa no implica em violao, ou negativa, a tais dispositivos, posto que ao julgador cabe-lhe apreciar a questo de acordo com o que entender atinente lide. Inexiste norma legal que impea o Juiz, ao proferir sua deciso, que a mesma tenha como fundamentao outro julgado, e at mesmo que o Juzo "ad quem" no se apoie, no todo ou em parte, na deciso monocrtica prolatada no feito que esteja sob anlise. Nem mesmo em legislao, doutrina ou jurisprudncia colacionada pelas partes em suas manifestaes.6. Autor que no possui direito implantao da GED, nos seus proventos, no existindo, consequentemente, qualquer valor a ser pago, a ttulo de retroativo. Apelao Cvel e Remessa Oficial providas.(TRF5 Regio, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Geraldo Apoliano, APELREEX21473-PB, Processo n 2009.82.01.001868-3, DJE 25/04/2012.)

1.3. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAO DE DESEMPENHO. ISONOMIA ENTRE ATIVOS E INATIVOS. PENSO. INSTITUIDOR VINCULADO AO PLANO DE CARGOS TCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAO (UFPB). EXISTNCIA DE GRATIFICAO DE DESEMPENHO ESPECFICA (GDAE). IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSO DA GDATA E GDPGTAS. LEIS 10.404/2002 E 11.357/2006. SENTENA REFORMADA.1. Sentena que julgou parcialmente procedente o pedido para condenar a Universidade Federal da Paraba (UFPB) ao pagamento das diferenas entre a quantia percebida pelo autor, a ttulo de Gratificao de Desempenho de Atividade Tcnico-Administrativa e de Suporte (GDPGTAS), na condio de pensionista, e os valores percebidos pelos servidores ativos.2. Na hiptese, o instituidor da penso encontrava-se vinculado ao Plano de Carreira dos Cargos Tcnico-Administrativos em Educao das Instituies Federais de Ensino - PCCTAE, no fazendo jus GDATA e GDPGTAS, visto que tais gratificaes foram destinadas, respectivamente, apenas aos servidores que no estivessem organizados em carreira (art. 1 da Lei 10.404/2002) e aos integrantes do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE (art. 7 da Lei 11.357/2006).3. Impossibilidade de extenso das gratificaes GDATA e GDPGTAS em igualdade de condies com os servidores ativos, visto que ditas vantagens sequer foram percebidas pelos servidores das instituies federais de ensino superior, j que estes haviam sido contemplados com gratificao de desempenho especfica, no caso, a Gratificao de Desempenho de Atividade Tcnico-Administrativa Educacional (GDAE), nos termos da MP 2.229-43/2001.4. Apelao da UFPB e remessa ex officio providas. Recurso do particular improvido.(TRF5 Regio, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Wildo, AC539939-PB, Processo 0004345-22.2010.4.05.8200, DJE 18/05/2012)

1.4. REESTRUTURAO DE CARREIRA. GAE. INCORPORAO INTEGRAL AO VENCIMENTO BSICO. INEXISTNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURDICO. IRREDUTIBIDADE DE VENCIMENTOS.CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO. GRATIFICAO DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. INCORPORAO AO PROVENTO BSICO. LEI N 11.784/2008. INEXISTNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURDICO.1. A jurisprudncia pacificou o entendimento de que inexiste direito adquirido a regime jurdico estatutrio, motivo pelo qual, preservada a garantia constitucional da irredutibilidade de vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos, torna-se legtima a modificao de sua estrutura remuneratria, mesmo que haja supresso de gratificaes.2. No caso, a absoro da GAE pelo vencimento bsico, ocorrida com a reestruturao da carreira do Magistrio Superior, no representou qualquer reduo do valor nominal da remunerao bruta dos demandantes, conforme se observa nos contracheques juntados aos autos.3. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Marcelo Navarro, AC529220-RN, Processo n 0008042-33.2010.4.05.8400, DJE 29/03/2012.)

1.5. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR INATIVO. GRATIFICAO DE ATIVIDADE RODOVIRIA GDAR. TRANSFORMAO EM VPNI. REVISO PELOS CRITRIOS DE REAJUSTE APLICADOS AOS SERVIDORES PBLICOS FEDERAIS. POSSIBILIDADE. INEXISTNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURDICO E PRESERVAO DO PERCENTUAL APLICADO SOBRE OS PROVENTOS BSICOS. PRESERVAO DO VALOR NOMINAL DA REMUNERAO.1. Cuida-se de ao ordinria visando condenao da r implantao da antiga Gratificao de Desempenho de Atividade Rodoviria GDAR, convertida em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada VPNI, em forma de percentual sobre o seu provento bsico, suspendendo o congelamento.2. A GDAR Gratificao pelo Desempenho de Atividades Rodovirias foi instituda com o advento do Decreto-lei n. 2.194, de 26 de dezembro de 1984, sendo atribuda aos servidores das categorias funcionais de nvel superior e mdio vinculados ao DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (art. 1 e 2 do Decreto-lei n. 2.194/1984). Posteriormente, com a edio da Medida Provisria n. 210/2004, convertida na Lei n. 11.094/2005, a GDAR foi transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada VPNI, ficando sua atualizao submetida exclusivamente aos ndices de reviso geral de remunerao destinados aos servidores pblicos federais, conforme estatudo no art. 28 da aludida MP.3. Aps ser transformada em VPNI, a GDAR passou a ser corrigida pelos mesmos critrios de reajuste aplicados remunerao dos servidores pblicos federais, no havendo que se falar em direito adquirido vinculao do seu valor a percentual aplicado sobre os proventos, nem mesmo ofensa coisa julgada. Tambm no h que se falar em direito adquirido a regime jurdico, conforme entendimento sedimentado no e. STF, desde que preservado o valor nominal da remunerao, no acarretando reduo pecuniria.4. No caso em destaque, os documentos colacionados aos autos servem para provar que no houve a reduo nos proventos do autor.Apelao improvida.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Jos Maria Lucena, AC 535076-CE, Processo n 0014748-25.2011.4.05.8100, DJE 15/03/2012.)

1.6. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS EXECUO. SERVIDOR PBLICO. REAJUSTE DE 3,17%. MEDIDA PROVISRIA N 2.225-45/2001. TCNICOS-ADMINISTRATIVOS DAS INSTITUIES FEDERAIS DE ENSINO VINCULADAS AO MINISTRIO DA EDUCAO. LIMITAO DO PAGAMENTO DO NDICE VENCIMENTAL AT A REESTRUTURAO DE CARGOS E CARREIRAS. MP 2.150-39/2001. APELAO IMPROVIDA.1. Por fora do comando previsto no art. 10, da Medida Provisria n 2.225-45/2001, o reajuste de 3,17% somente devido at a data da reorganizao ou reestruturao dos cargos e carreiras efetivamente contemplados, porquanto verificada a absoro da indigitada parcela nos novos vencimentos.2. Consequentemente, aps o advento da Medida Provisria n 2.150-39/2001, que promoveu a reorganizao e reestruturao das carreiras de Tcnicos-Administrativos das Instituies Federais de Ensino vinculadas ao Ministrio da Educao, no mais devido o referido reajuste.3. Precedentes desta e. Corte Regional do c. STJ. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Jos Maria Lucena, AC 468616-AL, Processo n 2004.80.00.008951-4, DJE 23/03/2012.)

1.7. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDORES PBLICOS. 28,86%. EXECUO DE SENTENA. REESTRUTURAO DA CARREIRA. LEI N. 11.784/08. ABSORO DO NDICE. OBRIGAO DE FAZER. INEXISTNCIA. MULTA DIRIA. AFASTAMENTO.1. Caso em que fora determinado o cumprimento de obrigao de fazer consistente na implantao do percentual de 28,86% nos vencimentos de servidores pblicos.2. Entendimento pacfico da jurisprudncia no sentido de que as reestruturaes promovidas nas carreiras dos exequentes, com a implantao de novas tabelas vencimentais, estabeleceu novo regime jurdico, desaparecendo o anterior, desde que no venha a ocasionar irredutibilidade do valor nominal dos vencimentos.3. Com a edio da Lei n. 11.784/2008 deu-se verdadeira reestruturao da carreira dos servidores pblicos do INSS de modo a beneficiar os agravados, cujos vencimentos tiveram reajuste de 156,75%, 221,47% e 44,91%, tal como demonstrado no Parecer Tcnico n 2580/2011 especfico para o caso em discusso.4. falta de obrigao de fazer a ser cumprida, impe-se o afastamento de multa diria.5. Agravo de instrumento provido.(TRF5 Regio, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Marcelo Navarro, AGTR 120803 AL, Processo n0016283-39.2011.4.05.0000, DJE 16/03/2012.)

1.8. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SERVIDORA PBLICA FEDERAL APOSENTADA. REAJUSTES DE 28,86% E 3,17%. PRESCRIO. SMULA N 85 DO STJ. NDICES INTEGRALMENTE IMPLEMENTADOS. REAJUSTES DO RGPS. EXTENSO APENAS AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS QUE NO TM DIREITO PARIDADE. SMULA 339 DO STF.1. Sobre a prescrio do reajuste de 28,86%, tem-se: Adoo pela Terceira Seo, por maioria, do entendimento de que a edio da referida Medida Provisria implicou na ocorrncia de renncia tcita da prescrio, nos termos do artigo 191 do Cdigo Civil vigente. Nesse sentido, se ajuizada a ao ordinria dos servidores at 30/6/2003, os efeitos financeiros devem retroagir a janeiro de 1993; e se proposta aps 30/6/2003, deve ser aplicado apenas o enunciado da Smula 85 desta Corte (REsp 200702242110, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, STJ - Terceira Seo, DJ 13/04/2009, julgado sob o rito do art. 543-C do CPC).2. In casu, uma vez que a presente demanda foi ajuizada em 16/10/2009, aplica-se a Smula n 85 do STJ, que dispe: Nas relaes jurdicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pblica figure como devedora, quando no tiver sido negado o prprio direito reclamado, a prescrio atinge apenas as prestaes vencidas antes do qinqnio anterior propositura da ao.3. Quanto prescrio do direito ao ndice de 3,17%, deve-se ser aplicado o mesmo raciocnio. O reajuste de 3,17% foi estendido aos servidores pblicos federais do Poder Executivo pela MP n 2.225, de 04/09/2001. Logo, para as aes ajuizadas aps 04/09/2006, como na hiptese dos autos, de se aplicar novamente a Smula n 85 do STJ, que cuida das relaes de trato sucessivo.4. No que toca base de clculo do reajuste de 28,86%, predomina nesta Corte entendimento de que incide sobre a remunerao do servidor, o que inclui o vencimento bsico (servidor pblico civil) ou o soldo (militar), acrescido das parcelas que no os tm como base de clculo, a fim de evitar a dupla incidncia do reajuste (REsp 200702242110, Maria Thereza de Assis Moura, STJ - Terceira Seo, DJ 13/04/2009, julgado sob o rito do art. 543-C do CPC), posicionamento que se estende ao ndice de 3,17%. Assim, os reajustes de 28,86% e 3,17% devem recair sobre o vencimento bsico acrescido das vantagens de carter permanente, com o acrscimo indireto nas gratificaes que tenham como base de clculo o vencimento bsico, excluindo da base de clculo do reajuste qualquer gratificao por exerccio de funo e vantagem de ordem pessoal de carter transitrio.5. Na hiptese dos autos, a Contadoria do Juzo informou que os reajustes de 28,86% e 3,17% foram completamente implementados nos proventos da servidora aposentada. Informao que, inclusive, observando as fichas financeiras acostadas aos autos, pode ser confirmada por simples clculos aritmticos. Ao contrrio do que afirma a apelante, os ndices foram implementados integralmente e ambos os reajustes incidiram sobre as gratificaes percebidas. No tocante ao percentual de 28,86%, foi compensado o aumento concedido pela aplicao da Lei n 8.627/93.6. A partir da EC n 41/2003, a paridade entre ativos e inativos foi excluda do texto constitucional. Entretanto, em face das regras de transio, ela ainda assegurada em algumas situaes.7. No que concerne possibilidade de aplicao dos ndices de reajustes deferidos aos beneficirios do RGPS aos aposentados e pensionistas do servio pblico, s cabvel nos casos dos benefcios concedidos sem a regra da paridade. Do contrrio, estar-se-ia permitindo um duplo benefcio.8. In casu como a autora aposentou-se antes da vigncia da EC n 41/2003 (vide fichas financeiras s fls. 21/54), no h como aplicar-lhe o disposto na Lei n 10.887/2004.9. Aplica-se ao caso, pois, a Smula n 339 do STF: No cabe ao Poder Judicirio, que no tem a funo legislativa, aumentar vencimentos de servidores pblicos sob fundamento de isonomia.10. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, AC 533208 PB, Processo n 2009.82.01.003151-1, DJE 19/03/2012. No mesmo sentido AC 533181 PB, DJe de 19/03/2012.)

1.9. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS EXECUO. SERVIDOR PBLICO. CRDITO RELATIVO AO REAJUSTE DE 3,17%. BASE DE CLCULO. NO INCIDNCIA SOBRE O NDICE DE 84,32%. CLCULO ELABORADO PELO VISTOR OFICIAL.1. Certo que o percentual de 3,17% deve incidir sobre a totalidade dos vencimentos da parte exequente, a exceo , no caso, ao percentual de 84,32%, proveniente de demanda judicial. Precedente: AC 343169/AL, Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, DJ de 21.02.05, p. 526 - n 34, ano 2005.2. Sentena fundamentada nas elucidativas informaes prestadas pelo Vistor Oficial, as quais serviram de base para a fixao do quantum debeatur.3. A orientao da eg. Primeira Turma deste Sodalcio no sentido de que devem persistir as informaes do Perito Judicial, que estar equidistante do interesse privado das partes e goza de presuno juris tantum, presuno somente afastada mediante a apresentao de prova robusta e suficiente, no carreada aos autos pela parte apelante. Apelao a que se nega provimento.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Jos Maria Lucena, AC 470089 AL, Processo n 2005.80.00.001192-0, DJE 12/03/2012.)

1.10. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO CIVIL. REAJUSTE DE 3,0%. EQUIPARAO AO REAJUSTE DE 31,87%. IMPOSSIBILIDADE.1. Restou decidido pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RMS 22.307, que o reajuste de 28,86% concedido s graduaes superiores das Foras Armadas tratava-se de reajuste geral de vencimentos, portanto extensivo a todos os servidores civis e militares.2. Os servidores civis no fazem jus ao percentual de 3%, incrementado nos soldos das patentes de Brigadeiro, General de Brigada e Contra-Almirante, representativo da diferena entre o ndice de 28,86% e 31,87%.3. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Marcelo Navarro, AC 472982/PB, Processo n 2007.82.00.002514-1, DJE 16/03/2012.)

1.11. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TTULO EXECUTIVO JUDICIAL. REAJUSTE DE 47,94% NAS REMUNERAES DOS SERVIDORES PBLICOS FEDERAIS. COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL. PREVALNCIA DA DECISO DO STF.- Interposto Agravo de Instrumento em face de deciso que negou o pedido do INSS, para se exonerar do pagamento de reajuste, na monta de 47,94%, adquirida pela servidora pblica federal GISANA BRITO MEDEIROS, ora Agravada, atravs de deciso que transitou em julgado.- O STF pacificou o entendimento segundo o qual, antes de maro de 1994, quando se daria o perodo aquisitivo para a concesso de reajuste salarial de 47,94%, com base no IRSM do bimestre imediatamente anterior, previsto na Lei 8.676/93, foi editada a Medida Provisria 434/94, publicada em 28/2/1994, reeditada sucessivamente e posteriormente convertida na Lei 8.880/94. A Medida Provisria impediu a aquisio do direito ao ndice postulado, haja vista que em controle concentrado de constitucionalidade, no julgamento da ADIN 1614-8/MG, a egrgia Corte Maior entendeu que suas disposies afrontavam a Constituio Federal, tornando-se, pois, indevido o reajuste nela referido.- Sendo a coisa julgada instituto de natureza legal, evidentemente, no poder prevalecer quando afronte a Constituio vigente. Por decorrncia do efeito definitivo absoluto outorgado s decises do STF, a interpretao dada ao texto constitucional deve ser acompanhada pelos demais juzes e tribunais do Pas.- Agravo de Instrumento provido.(TRF5 Regio, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Paulo Gadelha, AGTR95551-RN, Processo n0014233-11.2009.4.05.0000, DJE 23/03/2012.)

1.12. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDORA PBLICA APOSENTADA. REAJUSTE DE VANTAGEM DECORRENTE DE FUNO COMISSIONADA. TUTELA ANTECIPADA. IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSO. DICO DO ART. 2-B DA LEI 9494/97. IMPROVIMENTO.1. Agravo de instrumento desafiado contra deciso que, em sede de Ao Ordinria, indeferiu o pedido de antecipao de tutela formulado pela parte autora, ora agravante, com o fito de obter a correo parametrizada dos seus proventos nos moldes estabelecidos na Portaria n 474/87-MEC, repassando-lhe o aumento concedido aos Professores Titulares da UFRN por meio da MP 431/2008, convertida na Lei 11.784/2008.2. No h como se deferir, em sede de antecipao de tutela, pedido de repasse de aumento diante do bice contido no art. 2-B da Lei 9494/97.3. Precedente da Turma.4. Agravo de instrumento improvido.(TRF5 Regio, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Wildo, AGTR121507-RN, Processo n0017598-05.2011.4.05.0000, DJE 16/03/2012.)

1.13. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. LEI N.11.383/2006. REAJUSTE DE 15% AOS SERVIDORES DO TCU. EXTENSO AOS DOCENTES DA UFAL-ADUFAL. REVISO GERAL DA REMUNERAO. NO-ENQUADRAMENTO. ADI N. 3.599/DF. REAJUSTES SETORIAIS. ISONOMIA. VEDAO. SMULA N. 339/STF.I - No caso em tela, a alterao da remunerao dos servidores do TCU no se enquadra em hiptese de reviso geral anual. A Lei n11.383/2006 teve seus efeitos financeiros projetados para 1 de janeiro de 2006, supostamente a data-base dos servidores pblicos, mas tal circunstncia no assegura direito ao sindicato apelante, o que s pode ser feito por lei especfica.II - Atente-se ainda que, no julgamento da ADI n 3.599/DF, o Supremo Tribunal Federal assentou o entendimento consoante o qual so compatveis com a Carta Magna os reajustes setoriais, uma vez que possibilita, a cada Poder, autonomia para regular os temas relativos a seus servidores pblicos.III - Descabe ao Judicirio, sob o fundamento da isonomia, aumentar vencimentos de servidores, prtica vedada pelo Supremo Tribunal Federal (Smula n. 339), visto que o princpio da isonomia dirigido ao legislador.IV - Apelao improvida.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson Nobre, AC451920-AL, Processo n 0000203-61.2008.4.05.8000, DJE 16/03/2012)

1.14. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. PECLIO ESPECIAL. PREVISO NA LEI 3373/58. NATUREZA COMPLEMENTAR EM RELAO LEI 1711/52. REVOGAO PELA LEI 8112/90. BITO DO INSTITUIDOR OCORRIDO NA VIGNCIA DO NOVO REGIME JURDICO NICO DOS SERVIDORES PBLICOS CIVIS DA UNIO. BENEFCIO EXTINTO. DIREITO NO MAIS ASSEGURADO.1. MARIA GABRIELA MELO DA SILVA ajuizou a presente ao visando condenao do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS no pagamento a ela de peclio especial, nos moldes da Lei n 3373/58, em razo do falecimento do seu esposo, ex-Procurador Federal do antigo IPASE, no valor correspondente a trs meses da remunerao por ele percebida data do seu bito. O ilustre magistrado sentenciante julgou improcedente o pedido.2. A Lei n 3373/58, ao dispor sobre o Plano de Assistncia ao Funcionrio Pblico Civil da Unio e sua Famlia, a que se referiam os arts. 161 e 256, da Lei n 1711/52, criou a figura do peclio especial como um benefcio garantido pelo Seguro Social obrigatrio aos dependentes do servidor falecido, obedecida a ordem prevista no art. 3, 2, da mencionada legislao. Portanto, a funo da Lei n 3373/58 foi a de estabelecer as diretrizes bsicas para a aplicabilidade dos arts. 161 e 256, da Lei n 1711/52, que dispunham sobre o plano de assistncia dos Servidores Pblicos Civis da Unio.3. Considerando a natureza complementar da Lei n 3373/58 Lei n 1711/52, foi ela tambm revogada pela Lei n 8112/90, que instituiu o novo Regime Jurdico nico dessa classe de servidores pblicos. Em seu art. 253, a Lei n 8112/90 determinou expressamente a revogao da Lei n 1711/52 e da respectiva legislao complementar, bem como das demais disposies em contrrio.4. O Regime Jurdico nico institudo pela Lei n 8112/90 estabeleceu uma nova ordem jurdica para os servidores pblicos civis da Unio, rompendo com todos os preceitos criados pela legislao anterior. Essa lei regulamentou plenamente a questo dos planos de assistncia e previdncia dessa classe de servidores, no mais albergando o instituto do peclio especial.5. o bito do servidor que faz surgir para o seu dependente o direito percepo do peclio especial, nos moldes da Lei n 3373/58. Desta feita, considerando que o falecimento do marido da autora, ex-Procurador Federal do antigo IPASE, ocorreu em 3 de julho de 2008 (fl. 31), quando j vigorava a Lei n 8112/90, no h como se lhe reconhecer o direito ao pretendido benefcio, j extinto naquele momento, sendo irrelevante para ocaso o fato de o ex-servidor ter se aposentado desde 1974, quando ainda vigorava o antigo Estatuto do Servidor Pblico Civil da Unio.6. Consoante entendimento sedimentado no seio do c. Supremo Tribunal Federal, o servidor pblico no tem direito adquirido a regime jurdico, mas to somente irredutibilidade de vencimentos. Excetuam-se dessa regra geral apenas os casos daqueles que, no momento da alterao legislativa, j haviam implementado as condies para a percepo da vantagem, hiptese em que a autora no se enquadra, j que somente em 2008, quando o peclio especial j havia sido extirpado do ordenamento jurdico brasileiro h quase dezoito anos, perfez o requisito para o seu recebimento. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Jos Maria Lucena, AC 528207-AL, Processo n 0001771-10.2011.4.05.8000, DJE 23/03/2012.)

1.15. ADMINISTRATIVO. "DOUTOR POR EQUIVALNCIA". LEIS N 7.596/87 E 8.243/91 E DECRETO N 94.664/87. PROFESSOR UNIVERSITRIO. VANTAGEM PECUNIRIA DECORRENTE DO GRAU DE DOUTOR. VIOLAO A LITERAL DISPOSIO DE LEI. CONFIGURADA.1. Hiptese em que o autor, professor de 1 e 2 Graus do IFET PB, pretende averbar em seus assentamentos funcionais o ttulo de doutor por equivalncia, sustentando que desde a data de seu ingresso na referida instituio de ensino exerce a funo de professor com doutorado, que foi designado para o Colegiado do Curso Superior de Tecnologia em Automao Industrial, comps banca examinadora de trabalho de concluso de curso, tendo obtido o reconhecimento de sua titulao por equivalncia pela UFPB e pela UFAM.2. Rejeita-se a preliminar de nulidade da sentena suscitada pelo autor em sede de apelao, tendo em conta que foram abertas, oportunamente, todas as possibilidades de defesa e produo de provas para ambas as partes, no havendo espao, pois, para alegao de cerceamento de defesa. O Magistrado pode julgar antecipadamente o feito quando entender que j est maduro para tanto. In casu, est-se diante de discusso predominantemente de direito.3. O Decreto n. 94.664/87 (art. 31, 3, a) e a Lei n. 8.243/91 (art. 1, 1, a, 1) - hoje, a Lei n. 11.344/2006 (art. 6, I) - garantem a vantagem "incentivo doutor", nica e exclusivamente (sem qualquer extenso ou equiparao), aos que possuem os ttulos de doutor e de livre-docente, assim compreendidos os que se submeteram aos procedimentos administrativos prprios obteno dessas titulaes acadmicas, no beneficiando, por absoluta falta de previso legal, sem o atendimento dessa condio, certas categorias de professores, ainda que, sob regime jurdico passado (Lei n. 6.182/74), tenha sido garantido o pagamento do incentivo aos Professores Titulares, o que no representou a outorga, a eles, do grau de doutor ou do ttulo de livre-docente. 4. Ressalte-se que o despacho e a declarao acostados aos autos no podem ser considerados como reconhecimento formal para fins de gozo da titulao de doutor por equivalncia, faz-se necessrio a existncia de processo administrativo. Portanto, o autor no se enquadra na hiptese legal pretendida, por no atender exigncia de ser possuidor do ttulo de Doutor.5. Preliminar rejeitada. Apelao a que se nega provimento.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, AC 518377-PB, Processo n 2009.82.00.005942-1, DJE 30/03/2012.)

1.16. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DNOCS. COMPLEMENTAO SALARIAL. ART. 9, 1, DA LEI N 11.314/2006. VPNI QUE TEM COMO BASE DE CLCULO O VENCIMENTO BSICO POCA DA EDIO DA LEI N 11.314/2006. QUANTO AO REAJUSTE DA VANTAGEM, ESTE DAR-SE- SEGUNDO OS CRITRIOS DAS REVISES GERAIS DE REMUNERAO DO FUNCIONALISMO. RECURSO PROVIDO.I - De rigor, o art. 9, 1, da Lei n 11.314/2006 sinaliza no sentido de que a vantagem percebida pelos servidores do DNOCS (complementao salarial), com base no Decreto-Lei n 2.438/88, ao depois do advento da supracitada lei, passou a ser incorporada aos seus vencimentos, de modo que, a partir de ento, estaria atrelada regra geral disciplinadora da Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI.II - No caso excogitado, v-se, a princpio, que a Administrao, observando a existncia de pagamento irregular, quanto referida gratificao incorporada, determinou, no exerccio de seu poder de autotutela (Smula 473/STF), que a incidncia do percentual de 100% (cem por cento) para os ocupantes de cargo de nvel superior e de 70% (setenta por cento) para os de nvel mdio adotasse, como paradigma, o vencimento bsico vigente poca da edio da lei n 11.314/2006, que, efetivamente, originou a incorporao desta vantagem na forma de VPNI.III - Nessa senda, no h, primeira vista, malferimento aos preceitos do direito adquirido, de assinalada relevncia, ante a existncia de suposta vantagem adquirida com esteio em ato eivado de nulidade, na perspectiva do vencimento bsico correto para se aplicar o percentual estabelecido na lei em comento, donde se segue, como assaz das vezes repetido, o preceito de que nas relaes constitudas nesta hiptese no se originam direitos.IV - Por outro lado, no que toca ao reajuste da vantagem em discusso, observo que os efeitos da deciso perseguida pelo agravante no repercutem no valor das funes incorporadas poca (2006), pelos servidores do DNOCS - at porque, in casu, esto protegidas pelo direito adquirido - mas, sim, na forma em que foi atualizada at o presente momento, isto porque passou ao largo da sistemtica de reajuste segundo os critrios das revises gerais de remunerao do funcionalismo, na forma disciplinada pelo 1 do art. 15 da lei n 9.527/97. Precedentes do STF: AI 658871 AgR/MS e RE 454415 AgR/PE.V - Agravo de instrumento provido.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson Pereira, AGTR123309-CE, Processo n 0002717-86.2012.4.05.0000, DJE 26/04/2012.)

1.17. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AUXLIOALIMENTAO. SERVIDOR PBLICO FEDERAL ORIUNDO DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS. EQUIVALNCIA REMUNERATRIA COM OS FUNCIONRIOS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO - TCU. IMPOSSIBILIDADE. ART. 37, XIII DA CF/88, ART. 22 DA LEI N 8.460/92, SMULA 339 DO STF.1. Ao Ordinria na qual se pleiteia a majorao do Auxlio-Alimentao pago aos recorrentes (servidores do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS), tomando como paradigma o montante percebido pelos servidores do Tribunal de Contas da Unio - TCU.2. Embora o Auxlio-Alimentao tenha natureza indenizatria, a competncia para modificar tais parmetros do Poder Executivo, nos termos do art. 22 da Lei n 8.460/92, j que, alm de custear a vantagem na espcie, dispe do poder de estabelecer o regime remuneratrio de seu corpo de pessoal.3. No pode o Poder Judicirio, que no tem funo legislativa, modificar os parmetros em detrimento da convenincia da Administrao Pblica, sob o fundamento de isonomia (Smula n 339 do STF), principalmente quando a equiparao requerida implica em verdadeiro aumento de vencimentos, que s pode ser majorado por meio de lei especfica.4. Por outro lado, deve-se observar que a Constituio Federal de 1988 veda expressamente, em seu artigo 37, XIII, a equiparao de espcies remuneratrias, como no caso em comento.5. Precedente do STJ: AGRESP - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 1025981, DJE DATA: 04/05/2009. MINISTRO JORGE MUSSI.5. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Wildo, AC 536682-RN, Processo n 0000241-26.2011.4.05.8402, DJE 30/03/2012.)

1.18. ADMINISTRATIVO. PROFESSOR UNIVERSITRIO. QUINTOS. ANTIGO CRITRIO: REAJUSTE PELA REMUNERAO PERCEBIDA POR PROFESSOR TITULAR COM DOUTORADO E EM REGIME DE DEDICAO EXCLUSIVA. NOVO CRITRIO: REAJUSTE GERAL DO SERVIDOR PBLICO. IMPOSSIBILIDADE DE INVOCAO DA COISA JULGADA. INEXISTNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURDICO. AUSNCIA DE VIOLAO AO PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS.1. O autor obteve por fora de deciso judicial transitado em julgado nos autos do processo n. 2000.84.00.007202-5, o reconhecimento do direito a no reduo dos valores nominais pagos a titulo de quintos incorporados a sua remunerao com base na Portaria 474/87 do MEC (fls. a) sob a rubrica deciso judicial transitado em julgado.2. A Lei n. 9.527/97 extinguiu o direito incorporao dos quintos e determinou que os valores j incorporados a tal ttulo fossem transformados em VPNI, ficando sujeitos apenas atualizao resultante da reviso geral de remunerao dos servidores pblicos.3. No h como invocar a coisa julga, a partir da entrada em vigor de novo diploma legal, diante da impossibilidade de admitir que o ttulo judicial garantiria um eterno direito de vinculao.4. Precedente deste Tribunal: Segunda Turma, AGTR 109513, Relator: Des. Federal FRANCISCO BARROS DIAS, jug. 28/09/2010, publ. DJE:07/10/2010, pg. 420, deciso unnime.5. Impossibilidade de manuteno do critrio de reajuste dos quintos incorporados a remunerao do autor com base, na Portaria 474/87, do MEC, conforme reconhecido pela deciso judicial transitado em julgado, por inexistir direito a regime jurdico de composio de vencimentos.6. Precedente deste Tribunal: Segunda Turma, AC530783, Relator: Des. Federal FRANCISCO WILDO, julg. 29/11/2011, publ. DJ: 01/12/2011, pg. 306, deciso unnime; Terceira Turma, AC 445809, Relator: Des. Federal GERALDO APOLIANO, julg. 26/03/2009, publ. DJ: 15/05/2009, pg. 423, deciso unnime).7. No restou, por outro lado, comprovado que o autor, ora apelante, sofrera reduo da remunerao global, no havendo assim que se falar em violao ao principio constitucional da irredutibilidade de vencimentos.8. No que se refere aos honorrios advocatcios, os quais foram arbitrados em R$ 1.000,00, mantenho-os, porquanto fixados com base no art. 20, 4, do CPC.9. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Walter Nunes (Convocado), AC536135-RN, Processo 0002604-89.2011.4.05.8400, DJE 23/03/2012.)

1.19. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO. VIGILANTE. UNIVERSIDADE. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. AUSENCIA DE AMPARO LEGAL. PROVIMENTO.1 Ausncia de amparo legal concesso de adicional de periculosidade aos servidores pblicos que exercem atividade de vigilncia, independente do uso ou no de arma de fogo, pois eventual risco a que estes estejam submetidos no se enquadra entre aqueles previstos na legislao trabalhista a ser adotada, segundo a remisso feita pelos arts. 68 da Lei 8.112/90 e 1 do Decreto-lei 1.873/81.2 O art. 193 da CLT considera operaes perigosas, na forma da regulamentao aprovada pelo Ministrio do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamveis ou explosivos em condies de risco acentuado. A Lei 7.369/85 assegura o pagamento de tal adicional com relao atividade com exposio eletricidade.3 As normas regulamentadoras expedidas pelo Ministrio do Trabalho no poderiam estabelecer a atividade de vigilncia como periculosa, para fins de percepo do adicional, pois do contrrio extrapolariam a norma legal a ser regulamentada, no sendo, por esse motivo, o caso de adotar o entendimento de que tal rol meramente exemplificativo.4 Provimento da apelao e da remessa oficial.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson Nobre, APELREEX 20878 PB, Processo n 2009.82.00.007314-4, DJE 16/03/2012)

1.20. ADMINISTRATIVO. VIGILANTE. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ATIVIDADE NO PREVISTA NA LEI 8.112/90. IMPOSSIBILIDADE.I. O adicional de periculosidade devido nos termos da Lei 8.112/90 e legislao especfica. A atividade de vigilante no se enquadra nas previstas pelos dispositivos legais.II. No caso dos autos, no restou demonstrado que o mesmo trabalhou submetido a condies especiais, requeridas na subseo IV, da Lei 8.112/90, de que trata dos adicionais de insalubridade, periculosidade ou atividades penosos.III. Apelao provida.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargadora Federal Margarida Cantarelli, APELREEX 21659 PB, Processo 0003497-98.2011.4.05.8200, DJE 04/05/2012.)

1.21. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANA. SERVIDOR PBLICO. RESTITUIO DE VALORES PAGOS EM DUPLICIDADE. ERRO OPERACIONAL DA ADMINISTRAO. DEVIDO PROCESSO LEGAL. OBSERVNCIA. REPOSIO AO ERRIO. NECESSIDADE.1. Hiptese em que as verbas objeto do litgio referente aos 3,17% foram pagas em duplicidade no perodo entre 2005 e 2007, tanto pela via judicial como pela via administrativa, por lapso da Administrao, e, por fora do ofcio n 448/2009-SAPROC/DAP da UFRN foi determinada a necessidade de ressarcir ao errio, no prazo de trinta dias, o valor de R$ 1.261,75 (um mil, duzentos e sessenta e um reais e setenta e cinco centavos), que teriam sido pagos indevidamente.2. No h controvrsia nos autos acerca do erro da Administrao em pagar ao autor em duplicidade os valores referentes ao percentual de 3,17% no perodo entre 2005 a 2007. O impetrante sustenta, to somente, a impossibilidade de reposio do montante pago a maior em razo de se tratar de recebimento de boa-f. A UFRN, por seu turno, destaca que ocorreu um erro operacional, e no uma mudana de interpretao acerca do direito do impetrante.3. No se vislumbra ofensa ao princpio do devido processo legal. O impetrante foi comunicado previamente acerca da restituio dos valores e da possibilidade de parcelamento, o que ensejou a apresentao de defesa e recurso administrativo nos autos do Processo Administrativo n 23077.016807/2009-12, o qual foi posteriormente indeferido.4. Na reposio ao errio de parcelas remuneratrias irregularmente percebidas, em razo de equvoco da Administrao, deve-se perquirir, em cada caso, se o erro do qual decorreu o pagamento indevido foi uma falha operacional ou se ocorreu em funo de errnea ou m interpretao da lei, na medida em que o erro operacional, em nenhuma hiptese, afasta o dever de restituir o que foi indevidamente pago, conforme atual entendimento do TCU.5. Considerando que o pagamento indevido decorreu de erro operacional da Administrao, obrigatria a reposio ao errio, independentemente de estar ou no caracterizada a boa-f do servidor no recebimento das verbas.6. Precedente recente desta egrgia Primeira Turma: AC 532297 PE, unnime, J.16.02.2012.7. Apelao e remessa oficial providas.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, APELREEX 20960 RN, Processo n 0004406-25.2011.4.05.8400, DJE 19/03/2012.)

1.22. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPOSIO AO ERRIO. NECESSIDADE. BOA-F NO CARACTERIZADA.1. Hiptese em que o INSS, por meio dos Ofcios /INSS/SRH/N.s 93 e 102, ambos de 12 de abril de 2010, comunicou aos ora agravados que teriam recebido indevidamente (a maior) valores da rubrica relativa deciso judicial transitada em julgado referente paridade com o servidor da ativa da gratificao GDASS, em cumprimento Nota Tcnica n 09/2010, e que, portanto, teriam que devolver tais valores ao errio.2. No se pode cogitar da boa-f dos agravados no percebimento das parcelas pagas a maior. Isto porque, no pleito judicial de reviso do percentual de gratificaes de desempenho, em igualdade com os servidores da ativa, ficou expressamente consignado um termo final para percepo dos valores a maior, a saber, at que fosse regulamentada e efetivamente implementada a avaliao de desempenho para clculo da GDASS.3. Assim, os agravados tinham cincia que a vantagem cessaria com a implementao do primeiro ciclo avaliativo de desempenho, o que ocorreu em 01/05/2009, restando evidenciado que no mais era devido o recebimento dos valores em questo, de forma que as parcelas pagas indevidamente a partir da data em questo devem ser restitudas ao errio.4. Agravo de instrumento provido.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, AGTR 121375 PB, Processo n 0017472-52.2011.4.05.00002007.84.00.006062-5, DJE 09/04/2012.)

1.23. Administrativo. Ensino Superior. Professor universitrio. Programa de Bolsa Institucional de Capacitao Docente. Curso de doutorado no concludo. Devoluo ao errio. Possibilidade. Resoluo n. 06/2006. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Lzaro Guimares, AC 520574/PB, Processo n 2009.82.01.000440-4, DJE 23/04/2012.)

1.24. CIVIL. CONTRATO. EMPRSTIMO. DESCONTO. FOLHA DE PAGAMENTO. CANCELAMENTO UNILATERAL. SERVIDOR PBLICO. IMPOSSIBILIDADE.I. O servidor pblico que contrai emprstimo e autoriza, expressamente, o desconto mensal das parcelas, em folha de pagamento, no pode, depois, por nica vontade, cancelar o que havia livremente contratado. Entendimento da Segunda Seo do Superior Tribunal de Justia.(Precedente: STJ, ROMS - 22949/SE, QUARTA TURMA, Deciso: 20.11.2007, DJ:10.12.2007, pg.: 365, Relator Ministro FERNANDO GONALVES).II. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargadora Federal Margarida Cantarelli, AC 535678 PB, Processo n 0001661-27.2010.4.05.8200, DJE 02/03/2012.)

1.25. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO. REDUO DA JORNADA DE TRABALHO DE 40 (QUARENTA) PARA 30 (TRINTA) HORAS SEMANAIS. ART. 4-A DA LEI N. 10.855/2004, COM REDAO DADA PELA LEI N . 11.907/2009. INEXISTNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURDICO. INAPLICABILIDADE DA LEI N. 12.317/10.1. Hiptese em que as impetrantes, Assistentes Sociais, ocupantes no INSS do cargo efetivo de Analista do Seguro Social, pretendem seja reconhecido o direito jornada de trabalho de 30 (trinta) horas semanais, sem implicar, com isso, em decesso vencimental.2. A partir de 1o de junho de 2009, facultada a mudana de jornada de trabalho para 30 (trinta) horas semanais para os servidores ativos, emefetivo exerccio no INSS, com reduo proporcional da remunerao, mediante opo a ser formalizada a qualquer tempo, na forma do Termode Opo, constante do Anexo III-A desta Lei(1, do art. 4-A, da Lei n. 10.855/2004, com redao dada pela Lei n. 11.907/2009).3. Cabe ao Poder Pblico, considerando critrios de convenincia e oportunidade, no exerccio de sua competncia discricionria, definir a jornada de trabalho do servidor, observados os limites estabelecidos pelo art. 19, da Lei n. 8.112/90. Portanto, possvel haver eventual majorao da carga de trabalho, recomendada pelas exigncias do servio pblico, desde que respeitado o teto de oito horas dirias ou quarenta horas semanais. Precedentes.4. Ademais, a jurisprudncia do Pretrio Excelso pacfica no sentido de que o servidor pblico no tem direito adquirido a regime jurdico, assegurando a Constituio a irredutibilidade da remunerao global, o que no impede a reduo de algumas parcelas remuneratrias em compensao ao aumento ou acrscimo de outras vantagens (RE n 344.450, Rel Min Ellen Gracie, DJ 25.2.05; RMS 23.170, Rel Min. Maurcio Corra, DJ 05.12.03; RE n. 293.606, Rel Min. Carlos Velloso, DJ 14.11.03).5. A Lei n.. 12.317/10 no se originou de iniciativa do Presidente da Repblica, mas sim de iniciativa parlamentar. Dessa forma, aplic-la indistintamente aos agentes pblicos importaria em evidente burla ao rigorismo da Constituio Federal, pois se ampliaria a eficcia de normativo que, originalmente, no estava destinado a regular o regime jurdico dos servidores. A Lei n. 12.317/10 deve ser compreendida, assim, para disciplinar a jornada dos profissionais autnomos ou vinculados iniciativa privada(trecho da sentena proferida pelo MM. Juiz Federal da 9 Vara da Seo Judiciria de Pernambuco nos autos em epgrafe).6. Apelao a que se nega provimento.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, AC 531404 PE, Processo 0004643-68.2011.4.05.8300, DJE 07/05/2012.)

1.26. ADMINISTRATIVO. DESAVERBAO DOS PERODOS DE LICENA-PRMIO UTILIZADOS PARA FINS DE RECEBIMENTO DE ABONO PERMANNCIA. IMPOSSIBILIDADE. ATO JURDICO PERFEITO.1. Hiptese em que o impetrante, servidor pblico federal, ocupante do cargo de Professor Adjunto da Universidade Federal de Campina Grande PB, pretende seja assegurada a desaverbao dos perodos de licena-prmio, utilizados por ele para fins de recebimento do abono de permanncia, determinando, ainda, a implantao da restituio dos valores recebidos a este ttulo, na forma do art. 46 da Lei n. 8.112/90.2. In casu, a Administrao Pblica concedeu o abono de permanncia, atravs da Portaria R/SRH/N. 0104/2008, em razo de requerimento do prprio impetrante. Destarte, a utilizao dos perodos de licena-prmio, utilizados pelo impetrante para fins de recebimento do abono de permanncia j se consumou, correspondendo, pois, a um ato jurdico perfeito, tendo em conta que foi realizado e consumado no tempo, no podendo, portanto, ser anulado pela simples vontade do impetrante, sob pena de causar instabilidade jurdica.3. Ao responder a consulta formulada pelo Tribunal Regional Federal da 1 Regio, o Conselho da Justia Federal (CJF) disse ser impossvel a servidora desaverbar perodos de licena-prmio por assiduidade j integralizados para o cmputo da aposentadoria e para o recebimento do abono de permanncia. A matria foi relatada pelo desembargador federal Vilson Dars na sesso do dia 13 de maio./O relator da matria utilizou acrdo do Tribunal de Contas da Unio (TCU) e recente jurisprudncia do Tribunal Regional Federal da 4 Regio para dar seu voto. De acordo com os tribunais, irretratvel a opo pelo uso da contagem em dobro da licena-prmio para a aposentadoria e concesso do abono de permanncia. A meu ver, seria absurdo o servidor poder dispor de um mesmo direito vrias vezes para diversos fins, diz o desembargador federal Vilson Dars em sua deciso (notcia divulgada no Portal do Conselho de Justia Federal, datada de 26.05.2010).4. Precedente desta Corte Regional.5. Apelao a que se nega provimento.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, AC 536373 PB, Processo 0002398-90.2011.4.05.8201, DJE 27/04/2012.)

1.27 ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO. LICENA PARA ACOMPANHAR CNJUGE. ART. 84, DA LEI N. 8.112/90. IMPOSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO LEGAL.1. Hiptese em que o autor, professor da Universidade Federal Rural do Semirido UFERSA, pleiteia seja concedida licena no-remunerada, pelo perodo de 01.11.2009 a 31.08.2010, para acompanhar sua esposa, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN, que se encontra realizando ps-doutorado na Inglaterra. 2. No h perda do objeto, porque da procedncia ou improcedncia do pedido do autor decorrer a concluso pela legalidade ou ilegalidade do perodo em que o autor se manteve afastado, j que h prova nos autos de que ele efetivamente se afastou do servio pelo perodo em questo.3. A esposa do autor foi autorizada a se afastar do pas para realizar estgio ps-doutoral na Inglaterra no perodo de 01.09.2009 a 31.08.2010, enquanto o autor apenas foi nomeado para o cargo de Professor da UFERSA em 01 de outubro de 2009, ou seja, quando sua esposa j se encontrava no exterior.4. Infere-se, pois, que o caso dos autos no se enquadra no artigo 84, da Lei n. 8.112/90, haja vista que, repita-se, o autor apenas foi nomeado para o cargo de Professor da UFERSA quando sua esposa j se encontrava no exterior. Destarte, o autor no detinha a condio de servidor quando do deslocamento da esposa, requisito necessrio obteno da licena ora pleiteada.5. Ademais, no merece amparo a alegao de proteo famlia, feita pelo apelado, tendo em conta que, na verdade, se quebra da unidade familiar houve foi quando, voluntariamente, a esposa do requerente foi realizar estgio ps-doutoral na Inglaterra.6. Por fim, ressalte-se que o pedido do autor, no sentido de ser mantido no cargo de Professor Assistente, Nvel I, da Carreira do Magistrio Superior da UFERSA, do qual foi demitido com fulcro no art. 138, da Lei n. 8.112/90, no constitui objeto da presente demanda, a qual teve como pedido, to somente, a concesso de licena sem remunerao para acompanhar cnjuge deslocado para o exterior para a realizao de ps-doutorado, motivo pelo qual, achando o autor que referida demisso foi ilegal que ajuze a ao cabvel, no cabendo aqui essa discusso.7. Preliminar rejeitada. Remessa oficial e apelao providas.(TRF5 Regio, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, APELREEX 17990 RN, Processo n 2009.84.01.001737-3, DJE 12/03/2012.)

1.28. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO FEDERAL. PENSO POR MORTE. NETA. DESIGNAO. DEPENDNCIA ECONMICA NO COMPROVADA. PROVAS DOCUMENTAL E TESTEMUNHAL INSUFICIENTES.1. A Lei 8.112/90 estabelece em seu art. 217, II, "d", como beneficirio de penso por morte, o menor designado, at 21 anos, que vivia na dependncia econmica do servidor.2. A designao do dependente no dispensa a comprovao da dependncia econmica para obteno do benefcio.3. No h provas documentais suficientes nos autos a atestar satisfatoriamente a existncia da alegada dependncia econmica da autora, os gastos despendidos pelo av em favor da sua neta se resumem a comprovantes de pagamento de escola e despesa mdica.4. A prova testemunhal no acrescentou qualquer informao que viesse efetivamente a apontar a existncia da alegada dependncia econmica, alm do que, os testemunhos colhidos durante a fase de instruo, com depoimentos favorveis, no podem ser considerados isoladamente, no podendo, por isso, servir de fundamento concesso do benefcio sem um conjunto probatrio documental que o anteceda.5. Os pais da menor so vivos e capazes de exercer atividade laboral, alis, segundo consta dos autos, o genitor da menor trabalha nas Indstrias Reunidas Plast e M. S/A, como se observa das informaes do Cadastro Nacional de Informaes CNIS (fls. 102), percebendo renda bruta no valor de R$ 850,00 e a me aufere renda complementar por meio da venda de gua mineral. 6. Apelao a que se nega provimento.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Manoel Erhardt, AC 536442 PE, Processo 0018035-12.2010.4.05.8300, DJE 27/04/2012)

1.29. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO. DEVIDO PROCESSO LEGAL NO MBITO ADMINISTRATIVO. PENSO POR MORTE. BITO POSTERIOR A EC N 41/2003. CLCULO DO BENEFCIO NOS TERMOS DA LEI 10.887/2004. SMULA 340 STJ. IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSO DO BENEFCIO PELO VALOR INTEGRAL.1. Atendimento, administrativamente, ao princpio do devido processo legal, considerando ofcio circular emitido pela reitoria do IFS, em 25 dejaneiro de 2011, onde h meno tanto abertura dos processos administrativos para as revises das penses, assim como reunio onde se prestaria esclarecimento acerca das mudanas sobre as respectivas alteraes de valores.2. A Smula 340 do STJ dispe que a legislao aplicvel ao benefcio de penso por morte quela vigente na data do bito do segurado. In casu, a instituidora da penso faleceu no ano de 2009, quando se encontrava em vigor as novas regras de concesso do benefcio traadas pela EC 41/2003, posteriormente regulamentada pela Lei n 10.887/2004.3. Nos termos do 7, II, art. 40 da Constituio Federal c/c art. 2, II da Lei n 10.887/2004 o valor da penso por morte ser calcula com base na totalidade da remunerao que o servidor recebia em atividade, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social, com acrscimo de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite.4. Regularidade do clculo do benefcio de penso por morte, j que diferentemente do suscitado, no obstante se considere como teto da previdncia o valor de R$ 3.467,40 (trs mil quatrocentos e sessenta e sete reais e quarenta centavos) tal valor no acrescido de 70% deste montante, mas de 70% correspondente ao excedente do limite.5. Apelao no provida.(TRF5 Regio, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Walter Nunes (convocado), AC 535364 SE, Processo n 0002070-39.2011.4.05.8500, DJE 16/03/2012)

1.30. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AO RESCISRIA. ART. 485, V, DO CPC. RU REVEL. EFEITOS. PENSO POR MORTE DE SERVIDORA PBLICA FEDERAL. SOBRINHO SOB GUARDA JUDICIAL. PAGAMENTO AT OS VINTE E UM ANOS DE IDADE. ESTUDANTE UNIVERSITRIO. PRORROGAO AT OS VINTE E QUATRO ANOS. IMPOSSIBILIDADE. ART. 217, II, A, DA LEI N 8.112/90. INOCORRNCIA DE LACUNA LEGAL SOBRE A MATRIA. IMPROCEDNCIA DO PEDIDO.1. Ao rescisria ajuizada com base no art. 485, V, do CPC, com vistas desconstituio de sentena, via da qual se julgou improcedente o pedido autoral de continuidade da percepo, na condio de sobrinho sob guarda judicial de ex-servidora pblica federal falecida, de penso por morte at o implemento do limite etrio de 24 anos da idade, haja vista ser estudante universitrio.2. "Em observncia ao princpio da preservao da coisa julgada no incidem sobre a rescisria os efeitos da revelia previstos no art. 319 do CPC" (STJ, AR 3.341/SP, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, TERCEIRA SEO, julgado em 14/12/2009, DJe 01/02/2010). Alm do que "os efeitos da revelia no atingem s questes de direito, nem conduzem inexorvel procedncia do pedido" (STJ, REsp 733.742/MG, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/11/2005, DJ 12/12/2005, p. 382).3. "Esta Corte Superior perfilha entendimento no sentido de que, havendo lei estabelecendo que a penso por morte devida ao filho invlido ou at que complete 21 (vinte e um) anos de idade, no h como, mngua de amparo legal, estend-la at aos 24 (vinte e quatro) anos de idade quando o beneficirio for estudante universitrio" (STJ, 2T, REsp 1269915/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, julgado em 04/10/2011, DJe 13/10/2011).4. A sentena rescindenda no violou literal disposio de lei. Ao contrrio, deu cumprimento os ditames do art. 217, II, a, da Lei n 8.112/90, no estando configurada lacuna legal sobre a matria.5. Pela improcedncia do pedido da ao rescisria.6. Sem condenao nos nus de sucumbncia por fora do deferimento dos benefcios da Justia Gratuita.(TRF5 Regio, Pleno, Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, AR 6754-PE, Processo n 0011549-45.2011.4.05.0000, DJE 09/04/2012)

1.31. APELAO E REMESSA OFICIAL. ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DOENA NO ESPECIFICADA EM LEI. ROL TAXATIVO. PROVENTOS PROPORCIONAIS. PROVIMENTO.1 . No sendo concludente a percia oficial no sentido de que as doenas de que padece o recorrido (hipertenso arterial, espondiloartrose e epilepsia) decorram do exerccio de sua atividade como agente de sade pblica, nem tampouco se enquadrando estas entre aquelas descritas no art. 186, 1, da Lei 8.112/90, no faz jus este aposentadoria por invalidez com proventos integrais, mas to-somente proporcionais, conforme j lhe foi deferido pela Administrao.2 - A doena para ser considerada grave a ensejar o direito aos proventos integrais deve estar especificada em lei, na forma exigida no texto constitucional (art. 40). Precedentes do STF e do STJ.3 Provimento da apelao e da remessa oficial para rejeitar a pretenso do autor de perceber proventos integrais, decorrente da aposentadoria por invalidez que j usufrui.4- Sem condenao da parte autora em honorrios advocatcios por ser beneficiria de assistncia judiciria gratuita.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson Pereira Nobre Jnior, APELREEX 1028-PB, Processo n 2002.82.00.005653-0, DJE 26/03/2012.)

1.32. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO. PROGRESSO DE REFERNCIA. APLICAO DE CRITRIOS DESIGUAIS DE TRATAMENTO ENTRE O AUTOR E PARADIGMAS. VIOLAO AO PRINCPIO DA ISONOMIA. INEXISTNCIA.1. Inexistncia de incorreo no enquadramento funcional do apelante, que in casu, est previsto na Lei 8.270/1991, que em seu art. 7 determina o procedimento de enquadramento.2. Por outro lado, no restou comprovada a aplicao de critrios desiguais de tratamento entre o autor e seus paradigmas, no havendo falar em violao ao princpio da isonomia, isso porque a regra constitucionalmente estabelecida determina que devem ser tratados de forma idntica apenas aqueles que se encontram numa mesma situao, o que no o caso dos autos.3. Nos documentos juntados aos autos verifica-se que os servidores tomados como paradigmas, apesar de estarem na mesma categoria, ou seja, Motorista, esto inseridos em classes e padres diferentes da do apelante, consoante documentos de fls. 20, 31/38 e 46/54, o que no legitima a concesso de progresses e aumentos na mesma proporo.4. Assim, no caso vertente, no merece prosperar o pleito do apelante, consistente em concesso de progresso de referncia, tomando-se como parmetro o deferimento de tal progresso a outros servidores, j que cada caso deve ser apreciado isoladamente, haja vista que a situao funcional de cada servidor diferente.5. Apelao a que se nega provimento.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Manoel Erhardt, AC455074-CE, Processo n0024128-19.2004.4.05.8100, DJE 23/03/2012.)

1.33. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANA. PROFESSOR. CARREIRA DE MAGISTRIO DO ENSINO BSICO, TCNICO E TECNOLGICO. PROGRESSO FUNCIONAL POR TITULAO. REGRA DE TRANSIO. ART. 120, 5, DA LEI N 11.784/2008. TABELA DO ANEXO LXIX DA LEI N 11.784/2008. CORRELAO DE CARGOS. NO APLICAO. IMPROVIMENTO.1. Objetiva a autora a concesso de segurana que lhe assegure a sua progresso funcional para a Classe DIII Nvel 01 na carreira de Professor de Ensino Bsico e Tecnolgico do IF do Serto Pernambucano, com efeitos financeiros retroativos data do requerimento administrativo, por entender ser suficiente, para tanto, a sua titulao como "Doutor", com base na legislao que rege a matria.2. De acordo com a Lei n 11.784/2008 - a qual, entre outros aspectos, estabeleceu novas regras para o desenvolvimento do servidor na Carreira de Magistrio do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico - a eficcia da progresso funcional dos professores depender de posterior regulamentao. Por expressa determinao legal ( 5 do art. 120 da Lei n 11.784/2008), inexistindo tal regulamento, devem ser aplicadas, para fins de progresso funcional desses servidores, as regras estabelecidas nos artigos 13 e 14 da Lei 11.344/2006, as quais no exigem o cumprimento de interstcio para ser concedida a progresso funcional por titulao.4. Desta feita, constatado que at o presente momento no foi editado o referido regulamento, no se aplica espcie a exigncia do interstcio de 18 (dezoito) meses, prevista na referida Lei n 11.784/2008.5. Tal concluso, entretanto, no confere liquidez e certeza ao direito progresso funcional ora pleiteada, com base na Tabela de correlao prevista na Tabela do Anexo LXIX da Lei n 11.784/2008, porque essa correlao de cargos e nveis s destinada aos professores que j estavam enquadrados na carreira de Magistrio de 1 e 2 Graus, quando entrou em vigor a nova carreira de Magistrio do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico, o que, deveras, no o caso da autora, que tomou posse em novembro de 2009, sob a gide da nova carreira.6. H de ser mantida, portanto, a denegao da segurana, ante a ausncia de direito lquido e certo de progresso automtica da Classe D I - Nvel I para a Classe DIII - Nvel I da carreira de Professor do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico.7. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson Nobre, AC520235-PE, Processo n0001576-08.2010.4.05.8308, DJE 30/03/2012)

1.34. ADMINISTRATIVO. PROFESSOR UNIVERSITRIO. PROGRESSO FUNCIONAL. LEI 11.344/06. CRIAO DA NOVA CLASSE DE PROFESSOR ASSOCIADO. NORMAS REGULAMENTARES. PEDIDO DE REENQUADRAMENTO PELO TEMPO NA CLASSE ANTERIOR DE ADJUNTO IV. AUSNCIA DE PREVISO LEGAL.1. Nos termos do art. 5 da Lei 11.344/2006, so requisitos mnimos para a progresso para a classe de Professor Associado, observado o disposto em regulamento:I - estar h, no mnimo, dois anos no ltimo nvel da classe de Professor Adjunto; II - possuir o ttulo de Doutor ou Livre-Docente; e III - ser aprovado em avaliao de desempenho acadmico.2. Por sua vez, o art. 1 da Portaria n 07 de 29 de junho de 2006, do Ministrio da Educao, fls. 99/100 repete o contedo legal do citado art.5 da Lei n 11.344/06.3. Na hiptese vertente, os postulantes, aduzem que na forma como foi regulamentada a Lei 11.344/06, foram igualados aqueles servidores que esto h dois anos naquele nvel e aqueles que esto h mais de dois anos, o que acreditam ser uma afronta a antiguidade dos professores, j que contavam com mais de dois anos no ltimo nvel da classe de Professor Adjunto, razo pela qual pleiteiam o reenquadramento na nova classe denominada professor associado, em nvel condizente com o tempo em que figuraram como professores adjunto 04.4. Entretanto, vale frisar que se trata de uma carreira com escalonamento vertical, a qual pode conter normatizao especfica, tendo a legislao supra transcrita ponderado entre uma antiguidade mnima, aferida no ltimo nvel da classe imediatamente anterior de professor associado, a classe de professor adjunto, e critrios meritrios pertinentes aos ttulos de doutor ou livre-docente e ainda aprovao em avaliao de desempenho acadmico.4. Desta feita, no h qualquer ilegalidade na regulamentao levada a efeito, porquanto a Portaria n 07 de 29 de junho de 2006, apenas cumpriu a legislao pertinente.5. Afastada a ilegalidade no ato administrativo combatido, no se verifica irrazoabilidade ou desproporcionalidade no seu mrito. Apelao improvida. (TRF-5. Regio, Primeira Turma, Rel. Desembargador Federal Jos Maria Lucena, AC 503946-CE, Processo 0009235-47.2009.4.05.8100, DJe de 09.04.2012.)

1.35. ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. LEI. 11.344/2006. REESTRUTURAO DA CARREIRA DE MAGISTRIO SUPERIOR. PROGRESSO. PROFESSOR ADJUNTO PARA PROFESSOR ASSOCIADO. SERVIDOR INATIVO. IMPOSSIBILIDADE.1. O objetivo da demanda consiste em averiguar se o ora apelante tem direito (ou no) promoo vertical para a classe de Professor Associado, j que foi promovido classe Adjunto IV 2. A Medida Provisria 295, de 29 de maio de 2006, posteriormente convertida na Lei 11.344/06, que dispe sobre a reestruturao das carreiras de Magistrio de Ensino Superior criou a classe de Professor Associado. O seu art. 5 traz os requisitos mnimos para a progresso para tal classe.3. A progresso funcional para a classe de Professor Associado se dar para o nvel inicial da classe, depois de satisfeitas as exigncias legais de permanecer pelo interstcio mnimo no nvel imediatamente inferior, e ser aprovado em avaliao de desempenho acadmico.4. O apelante foi aposentado no cargo de Professor Adjunto, nvel IV, em 26/08/2003. Sua condio de inativo impossibilita a realizao da avaliao necessria para os fins da progresso pleiteada. 5. Ademais, se houvesse dispensa de avaliao de desempenho, a Administrao estaria conferindo tratamento diferenciado ao inativo, em prejuzo do professor em atividade que teria de observar todos os requisitos exigidos pela lei para a progresso vertical, maculando, sobremaneira, o princpio da isonomia e da legalidade, haja vista o aposentado no ter situao privilegiada em relao ao servidor em atividade.6. A regra de isonomia prevista no art. 7 da Emenda Constitucional 41/2003, aduzida pelo demandante, assegura isonomia entre ativos e inativos quando se tratar de reajuste linear (reviso geral de vencimento de servidores pblicos), ou vantagem de carter geral e objetivo, no alcanando as vantagens especficas de natureza individual, como o caso dos autos, pois demanda a comprovao de alguns requisitos, in casu, a avaliao de desempenho acadmico.7. Apelao a que se nega provimento.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Manoel Erhardt, AC 477705 RN, Processo 2009.84.00.001332-2, DJE 27/04/2012.)

1.36. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. PERITO MDICO PREVIDENCIRIO. MODIFICAO DO REGIME HIERRQUICO-REMUNERATRIO. LEI N 11.907/09. POSSIBILIDADE. AUSNCIA DE IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. INEXISTNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURDICO.1. Trata-se de apelao cvel de sentena que julgou improcedente o pedido formulado na inicial, visando condenao do INSS a: (a) posicionar os autores na carreira de Perito Mdico Previdencirio prevista na Lei n. 11.907/2009 no nvel equivalente ao por eles j ocupado na carreira antiga, procedendo-se a essa equivalncia a partir do ltimo nvel da nova carreira e independentemente da realizao do curso de especializao previsto no art. 37, 3., inciso III, da Lei n. 11.907/09; (b) ou, subsidiariamente, caso no acolhido o pleito supra, promov-los classe especial apenas com o preenchimento dos requisitos do art. 37, 3., incisos I e II, da Lei n. 11.907/09, observado o interstcio legal para promoo, at que seja oferecido pelo INSS e por eles concludo o referido curso de especializao; e (c) pagar-lhes os valores atrasados devidos decorrentes dos pleitos acima desde a vigncia da MP n. 441/08, corrigidos monetariamente e com a incidncia de juros de mora.2. A Constituio Federal garante em seu artigo 37, inciso XV, a irredutibilidade dos vencimentos. Entretanto, pacfico nos Tribunais ptrios o entendimento segundo o qual a mencionada garantia no se estende ao sistema remuneratrio, inclusive quanto ao nvel hierrquico-remuneratrio que ocupava no regime anterior, no tendo, dessa forma, o servidor pblico, seja civil ou militar, direito adquirido a determinado regime jurdico, sendo possvel, por conseguinte, a alterao dos parmetros legais para a fixao das vantagens conferidas aos servidores pblicos, desde que no implique em reduo dos respectivos valores.3. Na hiptese vertente, verifica-se, atravs das fichas financeiras dos autores, fls. 24/25, 32/33, 45/46, 54/55 e 65/66, que o reenquadramento na nova estrutura funcional no representou decesso remuneratrio, isto , no houve violao ao princpio da irredutibilidade dos vencimentos, tal como observado pelo ilustre sentenciante.4. Por outro lado, a exigncia para promoo contida no art. 37, 3, III, da Lei n 11.907/2009 (possuir certificado de curso de espacializao especfico, compatvel com as atribuies do cargo, realizado aps o ingresso na classe D da carreira, promovida em parceria do INSS com instituio reconhecida pelo Ministrio da Educao) coerente com a poltica de formao continuada dos servidores pblicos. Precedente deste TRF. Apelao dos autores improvida.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Jos Maria Lucena, AC534988-PB, Processo n 0001439-56.2010.4.05.8201, DJE 23/03/2012.)

1.37. ADMINISTRATIVO. MANDANDO DE SEGURANA. SERVIDOR PBLICO FEDERAL. REENQUADRAMENTO. LEI N 11.091/2005.- Trata-se de apelao de sentena que denegou a segurana porque entendeu que no h qualquer correo a ser feita no reenquadramento do impetrante, conforme pretendido na exordial.- No merece reparo a sentena que entendeu que o impetrante no tem direito lquido e certo a ser reenquadrado em cargo de nvel tcnico: A questo fundamental aqui saber se o impetrante pode ser enquadrado no cargo de Tcnico de Laboratrio/rea, Classe D, previsto na Lei n 11.091/05, e para tanto, necessria a analise do histrico funcional do impetrante. Inicialmente, percebe-se a admisso para o cargo de laboratorista em meio ambiente, nvel intermedirio, classe A, padro I, por meio do concurso pblico regido pelo Edital 03/2004 CEFET/RN. poca, o cargo estava previsto na Lei n 7.596/87. No ano de 2005, com a chegada da Lei n 11.091, o impetrante fez a opo pelo reenquadramento (doc. Fl. 152), decidindo o Parecer n 073/2005 (fls.153) que a sua situao, de acordo com o Plano de Carreira dos Cargos Tcnico-Administrativos em Educao PCCTAE, seria a seguinte: Cargo-Assistente de laboratrio; Nvel de Classificao C; Nvel de Capacitao I e Padro de vencimento -01.(...) Da anlise de toda a documentao trazida aos autos, especialmente dos anexos da Lei n 11.091/05, no se percebe direito lquido e certo do impetrante ao reenquadramento que pretende.- Apelao improvida.(TRF5 Regio, Segunda Turma, Relator Desembargadora Federal Nilca Maria Barbosa Maggi (convocada), AC 526734/RN, Processo n 0008027-64.2010.4.05.8400, DJE 20/04/2012.)

2. PROCESSO CIVIL

2.1. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PBLICO. 28,86%. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA FUNASA.1. Ao em que se objetiva o recebimento de diferenas decorrentes da implantao do ndice de 28,86%.2. de se reconhecer a ilegitimidade passiva ad causam da FUNASA, considerando que, poca do ajuizamento da ao, j havia ocorrido a redistribuio dos autores para o Ministrio da Sade, por meio da Portaria n 1.659, de 29/06/10.3. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Luiz Alberto Gurgel de Faria, AC 530729 PB, Processo n 0006339-85.2010.4.05.8200, DJE 08/03/2012.)

2.2. APELAO. EXECUO. CONVERSO DE FRIAS EM PECNIA. PROFESSORES DA UFRN. EXERCCIO DE 1998. GOZO INTEGRAL DE 45 DIAS DE FRIAS. INEXIGIBILIDADE DO TTULO. NO PROVIMENTO DA APELAO.1 - incontroverso o fato de que os professores usufruram os 45 dias de frias relativas ao exerccio de 1998, sendo inexigvel o ttulo executivo em que lhes restou assegurada a converso de 1/3 de frias em pecnia, no respectivo ano, por no mais existir o pressuposto que ensejou o direito indenizao.2 A concordncia, inicialmente, do executado com o quantum executado no implica em obstar o reconhecimento de ofcio da inexigibilidade do ttulo, no havendo que se falar em precluso.3 No provimento da apelao.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson Pereira Nobre Jnior, AC 502231 RN, Processo n 2009.84.00.006703-3, DJE 07/10/2011.)

2.3. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SUPERVENINCIA DE SENTENA. PERDA DE OBJETO. RECURSO PREJUDICADO.1. Agravo de instrumento desafiado contra deciso que, em sede de Ao Ordinria, indeferiu pedido de tutela antecipada formulada no sentido de assegurar o restabelecimento do pagamento da rubrica VPNI - IRRED. REM. ART. 37-XV, bem como a absteno da parte r em proceder a qualquer desconto que tenha por fundamento a devoluo dos valores at ento recebidos a esse ttulo.2. Prolao de sentena no feito ordinrio, julgando parcialmente procedente a pretenso autoral. Evidenciada a superveniente perda do interesse recursal, haja que vista que o provimento almejado pela recorrente no seria mais apto a alcanar os efeitos pretendidos, qual seja a repercusso de efeitos no processo originrio.3. Agravo de instrumento prejudicado.(TRF5 Regio, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Francisco Wildo, AGTR119242-RN, Processo n0013960-61.2011.4.05.0000, DJE 23/03/2012)

2.4. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. SENTENA SUPERVENIENTE PROFERIDA NA AO PRINCIPAL. AUSNCIA DE DECISO CONFLITANTE. PERDA DE OBJETO.I - A superveniente prolao de sentena, antes do julgamento do mrito do agravo de instrumento, sem que tenha havido ordem do relator em coliso com o que foi decidido na sentena (como ocorre no presente caso), redunda na perda da utilidade do recurso, esvaziando-se o seu objeto, uma vez que o seu julgamento no mais produzir repercusso no processo originrio.II - Precedente: STJ. REsp 1074149 RJ 2008/0154471-9. Rel. Min. Nancy Andrighi. Terceira Turma. Julgamento: 01/12/2009. Publicao: DJe 11/12/2009.III - Recurso prejudicado.(TRF5 Regio, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson Pereira Nobre Jnior, AC 121373-PB, Processo n 0017367-75.2011.4.05.0000, DJE 30/03/2012.)

2.5. PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR CIVIL. REAJUSTE DE 28,86%. TRANSAO EXTRAJUDICIAL. DISCUSSO SOBRE OS PERCENTUAIS APLICADOS. PRESCRIO DA PRETENSO. DECRETO N 20.910/32. OCORRNCIA.1. Realizada transao extrajudicial, inequvoca a ocorrncia da prescrio, em face do lapso transcorrido entre a celebrao do acordo em 1999, e a propositura da ao em 2007, nos termos do art. 1 do Decreto n 20.910/32.2. Inaplicabilidade da Smula n 85 do STJ, porque esta apenas trata da contagem da prescrio nas relaes de trato sucessivo, quando h omisso no pagamento mensal das prestaes salariais, e no no caso de transao administrativa. Precedentes desta Corte.3. Particular beneficirio da justia gratuita isento do pagamento das verbas sucumbenciais.4. Apelao da FUNASA e remessa oficial providas. Apelao do particular prejudicada.(TRF5 Regio, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Marcelo Navarro, APELRREX 7457/PB, Processo n 2007.82.00.000399-6, DJE 21/03/2012.)

2.6. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. REAJUSTE DE 28,86%. CUMPRIMENTO DA OBRIGAO DE FAZER. MARCO INICIAL DA PRESCRIO QUINQUENAL DA PRETENSO EXECUTRIA. RENNCIA TCITA, MP 1.709/98 E REEDIO N. 2.169-43/01.1. Cuida-se de apelao de sentena que julgou extinta a execuo, em face da ocorrncia da prescrio quinquenal da pretenso executria, concernente ao cumprimento das obrigaes de fazer e de pagar do reajuste vencimental de 28,86%.2. No obstante o entendimento jurisprudencial desta Corte caminhar no sentido de que o marco inicial da contagem do prazo prescricional o do cumprimento integral da obrigao de fazer, no caso, como bem asseverou o nobre Juiz sentenciante, a implantao do reajuste nunca fora ajuizada, somente agora, depois de 10 anos do trnsito em julgado do acrdo. Patente, portanto, a prescrio quinquenal da pretenso executria.3. No que diz respeito renncia tcita, certo afirmar que com a edio da Medida Provisria n 1.709/98 e reedio n. 2.169-43/01 houve renncia tcita prescrio por parte da Administrao4. Entretanto, considerando a data de vigncia da referida MP, agosto de 2001, o prazo para a parte ajuizar ao de execuo seria at agosto de 2006, tendo sido o presente feito proposto em junho de 2009, h se reconhecer tambm, por esse argumento, prescrita a execuo.5. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Jos Maria Lucena, AC143105-AL, Processo n0035800-84.1998.4.05.0000, DJE 30/03/2012.)

2.7. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS EXECUO. SERVIDOR PBLICO. CONVERSO DE 1/3 DE FRIAS EM PECNIA. TTULO EXECUTIVO. PRESCRIO. OCORRNCIA.1. De acordo com o STF, a execuo prescreve no mesmo prazo da ao (smula 150), e a prescrio em favor da Fazenda Pblica recomea a correr 02 anos e 1/2 (dois anos e meio), a partir do ato interruptivo, mas no fica reduzida aqum de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo (smula 383).2. No caso dos autos, a deciso exequenda transitou em julgado em 22/09/2004, a execuo foi proposta em 22/01/2011, alm do lustro previsto no Decreto 20.910/32.3, e o despacho que indeferiu a execuo coletiva foi publicado em 10/05/2007.3. Observando-se que j transcorrera mais da metade do prazo prescricional, entre o trnsito em julgado e o despacho da execuo coletiva, este voltaria a correr por mais 02 anos e 1/2, com fim em 20/11/2009.4. Proposta a execuo em 22/01/2011, a mesma encontra-se prescrita.5. Agravo de instrumento provido.(TRF5 Regio, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Marcelo Navarro, AGTR118465-RN, Processo n 0012314-16.2011.4.05.0000, DJE 13/03/2012.)

2.8. PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. EMBARGOS EXECUO. SERVIDOR PBLICO. TTULO EXECUTIVO QUE CONCEDEU A CONVERSO DE 1/3 DE FRIAS EM PECNIA AOS DOCENTES DA UFRN. PRESCRIO. OCORRNCIA.1. Segundo entendimento pacfico do STF, prescreve a execuo no mesmo prazo da ao(smula 150).2. Como o ttulo exequendo transitou em julgado em 22.09.2004 e a presente execuo foi proposta somente em 22.02.2011, inequvoco o decurso do quinqudio prescricional previsto no Decreto 20.910/32.3. A tentativa de execuo coletiva do julgado no interrompeu a prescrio, uma vez que no houve sequer a citao do executado.4. Inexistente causa interruptiva, no aproveita aos exeqentes o entendimento da smula 383 do STF: A prescrio em favor da Fazenda Pblica recomea a correr por dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas no fica reduzida aqum de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo.5. Mesmo que se considerasse no prescrita a pretenso, seria o caso de reconhecer-se a perda do objeto da execuo em virtude do usufruto integral dos 45 dias de frias relativos ao perodo em que foi concedido o benefcio da sua converso em pecnia, na linha dos precedentes deste Tribunal.6. Apelao improvida.(TRF5 Regio, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Marcelo Navarro, AC 538446/RN, Processo n 0002262-78.2011.4.05.8400, DJE 20/04/2012.)

2.9. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PRESTAES DE TRATO SUCESSIVO. INDEFERIMENTO DO PEDIDO NA VIA ADMINISTRATIVA. SMULA 85 DO STJ. DECRETO N 20910/32. PRESCRIO DO FUNDO DE DIREITO.1. Na hiptese de prestaes de trato sucessivo, a exemplo dos adicionais de insalubridade, a prescrio atinge apenas as prestaes anteriores ao quinqunio que precedeu ao ajuizamento da ao. Entretanto, no momento em que h o indeferimento do pedido na esfera administrativa, a prescrio passa a atingir o prprio fundo de direito. Essa a exegese da Smula n 85 do e. STJ.2. O STJ, ao traduzir os termos da aludida smula, afirmou que, "Quando cabvel a teoria do trato sucessivo, no faz sentido computar o prazo anterior ao requerimento administrativo para fins de retomada de prazo prescricional, uma vez que da essncia de tal teoria reconhec