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INFORMATIVO DO SISTEMA FECOMRCIO/SENAC/SESC-PE - EDI˙ˆO ESPECIAL - MISSˆO POLNIA JUNHO/2006 1

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Informativo do Sistema Fecomércio/Senac/Sesc-PernambucoAv. Visconde de Suassuna, 255 - Tel.: (81) 3231.5393 Fax: (81) 3222.9498 - Recife/PEe-mail: [email protected]

Presidente Josias Silva de Albuquerque1º Vice-Presidente Celso JordãoCavalcanti; 2º Vice-Presidente Frederico Penna Leal; 3º Vice-Presidente JoséStélio Soares; 4º Vice-Presidente Antônio Carlos Bastos de Farias; Vice-Presidente p/ Assuntos do ComércioAtacadista DiógenesDomingos deAndrade Filho; Vice-Presidente p/ Assuntos doComércio Varejista EduardoMelo Catão; Vice-Presidente p/ Assuntos do Comércio de Agentes Autônomos Eugênio Oliveira Mello; Vice-Presidente p/ Assuntos doComércioArmazenador JoséDagobertoMelo Lobo; Vice-Presidente p/ Assuntos doComércio de Turismo eHospitalidade Júlio CruchoCunha; Vice-Presidente p/ Assuntos do Comércio ExteriorOscar Frederico Raposo Barbosa; 1º Dir. Secretário João de Barros e Silva; 2º Dir. Secretário Paulo RobertoCasé; 3º Dir. Secretário Antônio Maciel Lins; 1º Dir. Tesoureiro José Lourenço Custódio da Silva; 2º Dir.Tesoureiro AnaMaria Caldas Barros e Silva; 3º Dir. Tesoureiro RobertoWagner Cavalcanti Siqueira; 1º Dir. p/AssuntosSindicais José FranciscodaSilva; 2ºDir. p/ AssuntosSindicaisRildoBraz daSilva; 1ºDir. p/ AssuntosdeRelações doTrabalhoWaldemar JoséGalindo; 2ºDir. p/ Assuntos deRelações doTrabalhoBernardoPeixotodos Santos O. Sobrinho; 1º Dir. p/ Assuntos de Relações Tributárias Gustavo Afonso Pinto Coelho; 2º Dir. p/Assuntos deRelações Tributárias André Lavousier Vasconcelos deAlbuquerque; 1ºDir. p/ Assuntos deDesen-volvimento Comercial Paulo Antônio Leitão Maranhão; 2º Dir. p/ Assuntos de Desenvolvimento ComercialMarcosAntônioBarbosadaSilva; 1ºDir. p/ AssuntosdeCréditoGeraldo FernandesdaCosta; 2ºDir. p/ Assuntosde Crédito Luís Roque de Oliveira; 1º Dir. p/ Assuntos de ConsumoGeraldo José da Silva; 2º Dir. p/ Assuntosde ConsumoAlfredo Roberto Bastos de Souza; Conselho Fiscal - Efetivos João LimaCavalcanti Filho, EdilsonFerreira de Lima, João JerônimodaSilva Filho; DelegadosRepresentantes noCR/CNCJosiasSilva deAlbuquer-que, João de Barros e Silva, Celso Jordão Cavalcanti

Edição e reportagem: Lucila Nastassia. Design/Diagramação: André Marinho. Fotos: Divulga-ção. Impressão: Gráfica Flamar. Tiragem: 5.000 exemplares

Sindicatos Filiados:Sind. do Comércio de Vendedores Ambulantes do Recife - Tel.: 3224.5180 Pres. José Francisco daSilva; Sind. do Comércio Varejista de Catende - Tel.: 3661.0775 Pres. Apolônio José de Lima Filho;Sind. do Comércio de Vendedores Ambulantes de Caruaru - Tel.: 3721.1482 Pres. José Carlos daSilva; Sind. dos Lojistas no Comércio do Recife - Tel.: 3222.2416 Pres. Frederico Penna Leal; Sind.do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Recife - Tel.: 3221.8538 Pres. José LourençoCustódio da Silva; Sind. do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Estado de Pernam-buco - Tel.: 3241.7822 Pres. José Cláudio Soares; Sind. do Comércio Varejista dos Feirantes doEstado de Pernambuco - Tel.: 3445.3770 Pres. João Jerônimo da Silva Filho; Sind. do ComércioVarejista de Materiais Elétricos e Aparelhos Eletrodomésticos do Recife - Tel.: 3222.2416 Pres.José Stélio Soares; Sind. do Comércio Varejista de Garanhuns - Tel.: 3761.0148 Pres. João de Barrose Silva; Sind. do Comércio Varejista de Frutas e Verduras do Recife - Tel.: 3252.1313 Pres. Alex deOliveira da Costa; Sind. do Comércio Varejista de Jaboatão - Tel.: 3476.2666 Pres. Bernardo P. dosS. O. Sobrinho; Sind. do Comércio Varejista de Calçados do Estado de Pernambuco - Tel.: 3224.4495Pres. Marcos Antônio B. da Silva; Sind. do Comércio Varejista de Maquinismos, Ferragens e Tintasdo Estado de Pernambuco - Tel.: 3302.3879 Pres. Celso Jordão Cavalcanti; Sind. do ComércioVarejista de Petrolina - Tel.: 3861.2333 Pres. Joaquim de Castro Filho; Sind. dos Lojistas do Comér-cio de Caruaru - Tel.: 3722.4070 Pres. José Manoel de Almeida Santos; Sind. do Comércio deAutopeças do Estado de Pernambuco - Tel.: 3302.3879 Pres. Antônio Maciel Lins; Sind. dos Re-presentantes Comerciais e Empresas de Representações Comerciais de Pernambuco - Tel.:3226.1839 Pres. Severino Nascimento Cunha.

INFORME FECOMÉRCIO-PEINFORME FECOMÉRCIO-PEINFORME FECOMÉRCIO-PEINFORME FECOMÉRCIO-PEINFORME FECOMÉRCIO-PE

Josias AlbuquerquePresidente do Sistema Feco-mércio/Senac/Sesc-PE

E D I TE D I TE D I TE D I TE D I TO R I A LO R I A LO R I A LO R I A LO R I A L

Um país em crescimentoA Missão Empresarial à República da Polônia, que a Fecomércio-

PE realizou, de 12 a 21 de maio, em parceria com o Sebrae, ratificoua impressão que nós, brasileiros, tínhamos daquele país. Além da suaatual importância e participação na economia mundial, a Polônia en-canta pela sua beleza e seu charme, pela alegria de sua gente.

As perspectivas de elevado crescimento econômico somadas àinserção, a partir do dia primeiro de maio de 2004, do país na UniãoEuropéia transformaram a Polônia no alvo principal de investidoresestrangeiros interessados no mercado promissor que se abre na Euro-pa Central e no Leste Europeu.

Nosso primeiro contato com a cultura polaca aconteceu na capi-tal do país, Varsóvia. Com cerca de dois milhões de habitantes, acidade é o centro da atividade política: Varsóvia é sede do parlamen-to, do governo e dos mais importantes partidos políticos do país,além de ser sede dos bancos e empresas polacas e estrangeiras maisimportantes da Polônia. Varsóvia é também uma cidade que contacom uma rica tradição cultural.

Reconstruída após a II Guerra Mundial, a cidade é hoje um sím-bolo da história polaca. Percorrer as ruas de Varsóvia, conhecendo omonumento do gueto, a cidade antiga, o castelo real, a catedral, en-tre tantos outros monumentos históricos e turísticos, foi imprescin-dível para compreender a atual situação do país na União Européia.

Não poderíamos deixar de visitar a segunda capital do país, Cra-cóvia, conhecida pelos seus monumentos históricos. Cracóvia é umacidade de estudantes (tem 11 universidades), cultural, turística, queencanta pela arquitetura do seu casario, de suas igrejas e sinagogas. Avisita aos campos de concentração de Auschwitz I e II, localizados noSul da Polônia, garantiu uma visão mais real de um dos maiores sím-bolos do holocausto nazista. Um país que cresce não só na economiamundial, mas também com sua força cultural e com o potencial geo-gráfico de seu território, sem falar no seu povo, indiscutivelmentelutador e receptivo.

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A Missão Empresarial da Federação do Comércio do Estadode Pernambuco (Fecomércio-PE) à República da Polônia,realizada de 12 a 21 de maio, sob a liderança do presidentedo Sistema Fecomércio/Senac/Sesc-PE, Josias Albuquerque,foi recebida pelo embaixador do Brasil na Polônia, MarceloJardim, na noite do dia 15 de maio, em sua residência, nacidade de Varsóvia, com um coquetel de boas-vindas.

Ao lado da embaixatriz, Marina Jardim, e de toda a equipedo Setor Comercial da embaixada, o embaixador teve aoportunidade de conhecer de perto o grupo da Missão, um dia antesda realização do seminário. �O contato do embaixador com cada umdos participantes da Missão é fundamental e muito bom para criarlaços que no futuro podem abrir portas importantes�, avaliou ocoordenador da Missão, Hans Hutzler.

Embaixador recepcionaMissão na Polônia

Um dia após o seminário, o embaixador Marcelo Jardimencontrou-se novamente com o grupo no Hotel RadissonSAS Centrum, onde a comitiva da Missão estavahospedada, em Varsóvia. O encontro foi bastante informal,assim como o coquetel oferecido pelo embaixador em suacasa. �Foi um encontro de avaliação dos resultados daMissão, em Varsóvia. Discutimos também o que iríamosfazer a partir dali e quando chegássemos ao Brasil e jáacertamos a visita do presidente da Câmara de Comércioda Polônia, Andrzej Arendarski, em agosto, ao Brasil.Convidamos o embaixador para ir junto e ele já confirmousua ida�, afirmou Josias Albuquerque.

Avaliando os resultados da Missão, o embaixador disse que �a visitada Missão liderada pela Fecomércio-PE foi muito importante para osdois países. Para a Polônia porque tivemos a oportunidade de mostraraos empresários poloneses a imagem real do Brasil, a infra-estruturado país, o que ele tem para nos oferecer. O seminário deu essa visão

geral, com as apresentações de Dilton daConti, da Chesf, de Matheus Antunes, deSuape, e de Jorge Côrte Real, da Fiepe. Parao Brasil porque mostramos muitasoportunidades de negócios e interessesconcretos de interação com o Nordeste doBrasil. Esse primeiro contato significou oinício de uma parceria para ampliarmosnossos laços afetivos, econômicos eculturais�, ressaltando, no final, suaadmiração pela obra do sociólogopernambucano Gilberto Freyre.A embaixatriz Marina Jardim,

Ângela Côrte Real, Tide Albuquerquee Margarida Collier

Marcelo Côrte Real, presidente daJucepe, Matheus Antunes, presidente deSuape, o advogado Thomas Albuquer-que, Jorge Côrte Real, presidente daFiepe, o empresário Fernando Catão e odiretor da Fecomércio-PE, BernardoPeixoto

Josias Albuquerque, presidente doSistema Fecomércio-PE, o embaixador

Marcelo Jardim e Romário Dias,presidente da Assembléia Legislativa de

Pernambuco

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Thomas Albuquerque, MatheusAntunes, Rilmo de Souza,presidente do Sicomércio-Barra Mansa, Dilton da Conti,Josias Albuquerque e JoséVentura, diretor do Ceape

Almir Gonçalves, diretor do Setor Cultural daembaixada, e a turismóloga Ana Cláudia Neves

Josias Albuquerque, Pawel Swiderski, cônsuldo Brasil em Cracóvia, e Hans Hutzler

Andrzej Kowalczyk, vice-diretordo Mercado de Bronisze,Josias Albuquerque e PioGuerra, presidente da Faepe

Comitiva da Missão

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O surgimento de grandescentros comerciais, chamados�galerias comerciais�, é um fe-nômeno observado nos últimosanos na Polônia, o que motivoua visita dos empresários brasi-leiros, em Varsóvia, no dia 15de maio, ao maior shopping doLeste Europeu e ao maior cen-tro de lazer da Europa Central,o famoso Centro ComercialArkadia.

A maioria dessas galerias é construída em lu-gares de fácil comunicação com os centros das gran-des cidades polonesas e concentra diversas lojas(incluindo supermercados), restaurantes, serviçose zonas de entretenimento em um único edifício.

Os brasileiros tiveram a oportunidade de co-nhecer esse empreendimento bem sucedido da ca-pital polonesa, aberto para o público em outubro

Arkadia: o maior centrocomercial da Polônia

O Mercado de Bro-nisze é o maior mercadodistribuidor de hortifru-ti, alimentos e flores daPolônia e do Leste Euro-peu, o que motivou a co-mitiva da Missão a vi-sitar o mercado por ondesão comercializados 40%da produção domésticade frutas e 30% da pro-dução de verduras e le-gumes, totalizando maisde 720 mil toneladas ao ano.

O grupo circulou por todo opavilhão de flores e de frutas, ondeconstataram a semelhança de fun-cionamento do mercado polonêscom o Centro de AbastecimentoAlimentar de Pernambuco (Ceasa-PE) e a Companhia de Entrepos-

Comitiva visita Mercado de Bronisze

de 2004, com umaárea total de 287 milm2, sendo 110 mil m2

de área comercial. Ocentro possui 220 lojas,22 restaurantes e4.300 lugares em esta-cionamento subterrâ-neo.

Nesse centro, háum hipermercado Car-refour, loja de materi-

ais de construção e acabamento Leroy Merlin, gran-des supermercados de produtos eletrônicos, expo-sições permanentes de móveis e uma área de di-versão com 15 salas de cinema da rede CinemaCity, além de uma praça de alimentação. O centrorecebe em média 50 mil pessoas por dia, totali-zando, por mês, a circulação de mais de um mi-lhão de visitantes no centro.

tos e Armazéns Gerais de SãoPaulo (Ceagesp).

Após a caminhada pelos gal-pões da central, uma parte do gru-po foi recebida pelo vice-diretor doescritório de Promoção de Bro-nisze, Andrzej Kowalczyk, que fa-lou sobre o funcionamento do

mercado. O Mercado de Broniszetem 35 hectares de área total, sen-do oito de área construída. As fru-tas do Vale do São Francisco já es-tão sendo comercializadas pelomercado, que chega a ter dois mi-lhões de dólares por ano de lucrocom a venda de um milhão de to-neladas de flores e frutas.

Hans Hutzler, Canuto Medeiros de Castro, presiden-te da Fecomércio-AL, Jaroslaw Szeptycki, intérprete

da Missão, e Andrzej Kowalczyk

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Com a entrada da Polônia naUnião Européia, em 2004, o paíspassou a ser visto com outrosolhos por investidores estrangei-ros interessados em fazer negóci-os com o promissor mercado doLeste Europeu. Para o Brasil, paíscom o qual sempre manteve boas

relações culturais, a Polônia signi-fica hoje um mercado em ascen-são, um parceiro à vista, que pre-cisa ser conquistado e explorado.Foi com esse objetivo que o presi-dente do Sistema Fecomércio/Se-nac/Sesc-PE, Josias Albuquerque,levou um grupo formado por 46empresários, políticos e jornalis-tas brasileiros na Missão Empre-sarial da Fecomércio-PE à Polônia.

Iniciando o primeiro contatocom os empresários poloneses, aMissão realizou, no dia 16 demaio, em Varsóvia, um semináriosobre oportunidades de investi-mentos e negócios no Nordestebrasileiro, com o intuito de divul-gar o Estado de Pernambuco e oNordeste do Brasil para uma pla-téia formada por poloneses inte-ressados em conhecer as potenci-alidades do Brasil. �Para nós, a Po-lônia é um país de oportunidades,

Seminário divulga o Nordeste doBrasil na Polônia

Após o seminário, a Fecomércio-PE realizou, com a coordenaçãodo Sebrae, uma rodada denegócios entre empresas brasilei-ras e polonesas. O apoio doSetor Comercial da Embaixadado Brasil na Polônia e da Câmarade Comércio da Polônia (KIG) foifundamental para o sucesso do evento, que contou com a participa-ção de 23 empresas polonesas e 13 brasileiras. �No total, aconteceram29 encontros, superando nossas expectativas, o que foi muito bom�,afirmou Hans Hutzler, coordenador daMissão. Segundo aorganizadora da rodada, Margarida Collier, responsável pelainternacionalização da pequena empresa no Sebrae, �o contato comempresas de consultoria que atuam na área de pesquisa de mercado epropecção forneceram subsídios para futuras negociações�.

que devem ser exploradas. O ob-jetivo do seminário foi de divul-gar nossas riquezas e nossa capa-cidade em fazer negócios e parce-rias comerciais�, afirmou JosiasAlbuquerque.

Com o apoio da Embaixadado Brasil na Polônia, o seminário

contou com a participa-ção de cerca de 40 em-presários poloneses,além da delegação brasi-leira que integrava aMis-são. O embaixador doBrasil na Polônia, Marce-lo Jardim, fez a aberturado maior evento da Mis-são promovido pela Fe-comércio-PE, em parce-ria com o Sebrae-PE, emVarsóvia. O embaixadoraproveitou a ocasião

para falar sobre a situação da Po-lônia no atual cenário econômicomundial. Desde que entrou naUnião Européia, o país vem apre-

sentando taxas de crescimentobastante significativas, o que vêmdando grande notoriedade aopaís, que até pouco tempo viviatimidamente escondido no poderdo comunismo. Hoje, a situação éoutra, completamente diferente ebastante atraente para negociado-res de todo o mundo. Só esse ano,o país já recebeu duas missõesempresariais brasileiras. A Missãoda Fecomércio-PE é a terceira, po-rém a única nordestina.

A idéia de que o Brasil é lon-ge foi logo esquecida pelos polo-neses com as apresentações dosempresários pernambucanos. Den-tre as palestras mais elogiadas pe-los poloneses, o vice-presidente daAgência Polonesa de Investimen-tos, Wojciech Szelagowski, citoua do presidente do Complexo In-dustrial e Portuário de Suape,Matheus Antunes, que falou sobrea importância e infra-estrutura doporto, a de Dilton da Conti, presi-

RODADA DE NEGÓCIOS

Dilton da Conti (à esq.) participou de trêsencontros de negócios

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dente da Companhia Hidro Elétri-ca do São Francisco (Chesf), quefalou sobre o potencial energéti-co do Nordeste, e a de Jorge Côr-te Real, presidente da Federaçãodas Indústrias do Estado de Per-nambuco (Fiepe).

O vice-presidente da AgênciaPolonesa de Investimentos solici-tou cópia das apresentações dospernambucanos para transmiti-lasaos representantes poloneses dossetores pertinentes (indústria deconstrução naval, ferroviária, quí-mica e setor energético). �As apre-sentações servirão de base para aorganização de uma futura missão

entre a Consult & Advogados Associados e a JurisPolônia, sediada em Varsóvia, que darão suporte aempresários poloneses que têm interesse em investirem empreendimentos turísticos no Brasil. Mantiveainda contatos com escritórios de negócios especi-alizados em comércio exterior que têm interesse dedistribuir produtos brasileiros, notadamente o jeans,originário do pólo de confecções de Santa Cruz eToritama, e o artesanato�, afirmou. Dilton da Conti,presidente da Chesf, fez contato com o operador dosistema elétrico na Polônia, o que pode resultarnuma significativa cooperação internacional na área.Bernardo Peixoto, diretor da Fecomércio-PE, tam-bém fez um bom contato com uma empresa polone-sa de enlatados. �Vou começar a exportar frutastropicais ainda esse ano para a Polônia�, disse.

mércio e de Investimentos da Po-lônia que, através de seus escritó-rios internacionais e, particular-mente, no que se refere ao Brasil,sua representação em São Paulorealizará este trabalho de promo-ção e assistência técnica aos even-tuais investidores poloneses�.

A abertura oficial do seminá-rio contou ainda com as presen-ças do vice-presidente da Câmarade Comércio Polônia-Brasil, Mari-an Karolczak, do representante doMinistério da Economia e do Tra-balho da Polônia, JanPrzegalinski, do presidente da As-sembléia Legislativa do Estado dePernambuco, deputado RomárioDias, do presidente da Federaçãoda Agricultura do Estado de Per-nambuco, Pio Guerra, e do presi-dente do Sistema Fecomércio-PEe da Missão, Josias Albuquerque,além do embaixador do Brasil naPolônia. O coordenador da Mis-são, Hans Hutzler, também fezuma palestra sobre o panoramaeconômico brasileiro. Após o se-minário, que aconteceu no audi-tório do Hotel Radisson SAS Cen-trum, onde a delegação brasileiraficou hospedada, a Fecomércio-PEofereceu um almoço para os con-vidados.

Para o advogado Thomas Jefferson, da Consult &Advogados Associados, foi bastante proveitosa arodada. �Mantive contatos com escritórios deadvocacias com atividade congênere em direitoempresarial, que gerou convênio de cooperação

empresarial polonesa ao Brasil epossivelmente ao Nordeste�, afir-mou Wojciech Szelagowski, expli-cando que �a Polônia continua sen-do captadora de investimentos es-trangeiros diretos, tendo logrado,nos últimos 15 anos de transfor-mação de sua economia, cerca deU$$ 80 bilhões de IED. No entan-to, a Polônia já está também ple-namente capacitada para procurarnovos mercados, onde poderiamser implementados novos projetose investimentos. Para tanto, a atu-al Agência Polonesa de Investi-mentos será, a partir de 2007,transformada em Agência de Co-

Bernardo Peixoto (à esq.) fechou parceriacom a empresa polonesa Marimax Polska

Dilton da Conti, Pio Guerra, deputado Romário Dias, embaixador MarceloJardim, Josias Albuquerque, Matheus Antunes, Marian Karolczak, Jorge Côrte

Real e Jan Przegalinski

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Em Varsóvia, a maior rede de supermercados do Leste Eu-ropeu, a Biedronka, possui 21 lojas. Na principal delas, os em-presários brasileiros tiveram a chance de conhecer de perto comofuncionam as lojas do grupo português Jerônimo Martins na

Polônia. As lojas da rede têm suas peculiaridades: são pequenas � 300 a 1.000m2, no máximo �, só vendem à vista e nas prateleiras apenas 800 itens disponí-veis para compra. Um modelo bastante diferenciado do que se tem no Brasil,onde a cadeia já chegou a atuar, durante quatro anos, em São Paulo.

Em 1997, o Grupo Jerônimo Martins realizou, na Polônia, uma verdadeira�Operação Joaninha�, ao comprar 243 lojas da cadeia Biedronka, conquistandoo mercado polaco e tornando-se uma das mais fortes cadeias de retalho ali-mentar do país, ocupando uma destacada posição de liderança.

Há 10 anos atuando no mercado polonês, a rede possui, hoje, mais de800 lojas e 11.000 funcionários, além de mais de 500 referências de marcasexclusivas. A Biedronka é a maior cadeia de supermercados presente no LesteEuropeu, reconhecida por mais de 92% dos consumidores polacos, possuindoa liderança no mercado do retalho alimentar. A meta da rede esse ano é abrirmais 150 lojas.

Biedronka: a maior rede desupermercados doLesteEuropeu

Josias Albuquerque, pre-sidente do Sistema Fecomér-cio-PE, comandou, no dia 17de maio, em Varsóvia, umavisita à Câmara de Comércioda Polônia (KIG � KrajowaIzba Gospodarcza), acompa-nhado pelo embaixador Mar-celo Jardim e pelos presiden-tes das federações de comér-cio dos Estados do Rio Gran-de do Norte, Marcantoni Ga-dêlha, da Paraíba, José Marconi Medeiros, e de Ala-goas, Canuto Medeiros de Castro. �Nossa intençãofoi a de conhecer o trabalho que a Câmara desenvol-ve na Polônia, para articularmos uma parceria coma Câmara de Comércio do Brasil�, afirmou Josias.

O presidente da Câmara de Comércio da Polô-

Presidentes de entidades de classe visitamCâmara de Comércio da Polônia

nia, Andrzej Arendarski, mos-trou-se interessado em fazer ne-gócios com o Brasil nas áreas deturismo e alta tecnologia. O as-sunto já está na pauta da reu-nião que acontecerá, em agos-to, no Brasil, entre as câmarasde comércio dos dois países. Oembaixador Marcelo Jardim jáconfirmou sua ida ao Brasil paraintermediar o encontro.

A Câmara de Comércio daPolônia engloba 130 organizações e mais de 300mil membros em todo o país e o seu presidente,Andrzej Arendarski, tem um histórico de intensaatividade executiva e política, com passagens peloparlamento polonês, tendo sido nomeado, em 1992,ministro da Cooperação Econômica Internacional.

Josias Albuquerque convidou Andrzej Arendarskipara vir ao Brasil participar da reunião com as

câmaras dos dois paises

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Os deputados per-nambucanos que partici-param da Missão Empre-sarial à Polônia - Romá-rio Dias, Bruno Araújo,Ettore Labanca e IzaíasRégis -, sob a liderançado presidente do Siste-ma Fecomércio-PE, Jo-sias Albuquerque, visita-ram a sede do Parlamen-to Polonês (Sejm), emVarsóvia, no dia 17 demaio, onde foram recebidos pelopresidente do Grupo ParlamentarPolônia-Brasil, TomaszMarkowski.

O objetivo da visita foi o deconhecer o trabalho feito pelogrupo, formado por 24 deputa-dos de todos os partidos políti-cos do país e dois senadores.Acompanhando a visita, o em-baixador do Brasil na Polônia,Marcelo Jardim, apresentou ospernambucanos ao deputado po-lonês, que se mostrou bastanteinteressado em manter contatocom o grupo da Missão para de-senvolver uma futuraparceria com o Nordes-te do Brasil no que dizrespeito a ações volta-das para o setor de tu-rismo. �Sabemos do po-tencial turístico de vo-cês e nos interessa mui-to desenvolver uma par-ceria nesse sentido. Nãosomos tão bons quantovocês em turismo, masa Polônia tem muito aaprender com o Nordes-te do Brasil�, afirmouTomasz Markowski,completando sua fala

cife e de Varsóvia �cida-des irmãs�. �Nosso ob-jetivo é de aproximaçãonesse primeiro encon-tro, mas a Missão nãose encerra aqui. Os par-lamentares e empresári-os pernambucanos es-tão juntos na Missãopara conhecer melhor aPolônia, explorar opor-tunidades de investi-mentos e divulgar o Es-

tado de Pernambuco. Colocamo-nos, com nossa excelente infra-estrutura, à disposição para pos-síveis investimentos no Nordes-te. Nossa intenção é reafirmar queo parlamento está ao lado do em-presariado pernambucano�, dis-se. Também participaram da vi-sita o superintendente do Se-brae-PE, Murilo Guerra, o presi-dente da Federação das Indústri-as do Estado de Pernambuco,Jorge Côrte Real, e o coordena-dor da Missão, Hans Hutzler.

SEJM - A Sejm é a CâmaraInferior do parlamento polonês.

Antes do século XX, otermo �Sejm� referia-seàs três câmaras do par-lamento polonês, com-preendendo a câmarainferior (Câmara dos De-putados), a câmara su-perior (Senado) e o Rei.Desde a Segunda Repú-blica polonesa (1918-1939), o termo �Sejm�tem se referido somen-te à câmara inferior doparlamento, sendo a câ-mara superior chamadade �Senat�. A Sejm com-preende 460 deputados.

Missão visita Parlamento Polonês

dizendo que �as mais belas prai-as do Brasil estão no Nordeste�.Sobre a Missão, o parlamentardisse que esta foi a maior e maissignificante missão brasileiraque esteve na Polônia este anoem número de participantes.

O presidente da AssembléiaLegislativa do Estado de Pernam-buco, deputado Romário Dias,colocou-se à inteira disposição,no Brasil, para uma futura coo-peração comercial entre os doispaíses, através dos parlamentosbrasileiro e polonês, lançando aidéia de tornar as cidades do Re-

Jorge Côrte Real, Murilo Guerra, deputado Izaías Régis,deputado Romário Dias, Tomasz Markowski, embaixador

Marcelo Jardim, Josias Albuquerque e o deputado Bruno Araújo

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INFORMATIVO DO SISTEMA FECOMÉRCIO/SENAC/SESC-PE - EDIÇÃO ESPECIAL - MISSÃO À POLÔNIA JUNHO/200610

O fantasma de AuschwitzO maior genocídio de que a humanidade tem notícia

O fantasma de Auschwitz ainda permanece bastante vivo na memória dahumanidade. Símbolo do holocausto nazista e do terror, imaginar quenaqueles campos de concentração, localizados no Sul da Polônia, a 100 kmda capital Varsóvia, no município de Oswiecim, mais de 1,5 milhões depessoas (número anual de turistas que visitam o local) morreramexterminadas pelos nazistas causa-nos revolta, um sentimento de dor e ódio.Mais doloroso do que todas essas lembranças foi visitar o local que abrigavao grande quartel-general daquilo que o nazismo chamava de �a solução final�.

Saindo de Varsóvia com destino à Cracóvia, no dia 18 de maio, o grupo deempresários, políticos e jornalistas que integrava a Missão Empresarial daFecomércio-PE na Polônia decidiu fazer uma parada obrigatória emOswiecim, para conhecer de perto o local que serviu de cenário para o maiorgenocídio planejado e executado com todo o requinte de crueldade de que sepossa imaginar com homens, mulheres e crianças, em especial judeus.

Transformado num grande museu, aberto em 1947 para visitação, a sensaçãoque se tem quando deparamos com aquele enorme �terreno� de 7 hectares éa de que apesar de ser bastante dolorosa o esquecimento dos horrores alivividos pelos prisioneiros judeus não é o melhor caminho para acompreensão da história da humanidade. É difícil aceitar o que aconteceu ali.

Já chegamos a Auschwitz I com um semblante carregado de tristeza e a almacheia de angústias. Mas, a visita é imprescindível, assim como (ou até muitomais) assistir aos filmes que relatam o drama vivido ali por crianças queforam separadas de seus pais, por mulheres forçadas a ficar distantes de seusmaridos, irmãos e de toda a sua família.

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Relembrando as séries de reportagens que os meiosde comunicação de todo o mundo transmitiramsobre os 60 anos da libertação do campo deconcentração de Auschwitz, é emocionante entrarnas câmeras de gás, nos crematórios, e ver comnossos próprios olhos os objetos pessoais dosprisioneiros (roupas, sapatos, utensílios domésticos,etc). Uma emoção que causa estranhamento, quenos deixa estarrecidos com tanta barbaridade.Muita gente desiste no meio do caminho, outraschegam até o fim da visita a Auschwitz I (campo deconcentração original que servia de centroadministrativo para todo o complexo) e AuschwitzII (campo de extermínio), que dura três longas horas, certos de quemais impactante que todas as imagens cinematográficas sobre ogenocídio, que todos os livros escritos sobre o tema foi sentir alidentro a morte tão próxima. Era como se estivéssemos vendo osprisioneiros sendo cruelmente exterminados. Ao fim da visita, já noônibus, prontos para seguir a viagem até Cracóvia,distante 60 km de Oswiecim, o silêncio foi nossoconsolo.

Uma semana após a nossa visita à Auschwitz, o papaBento XVI, encerrando sua passagem de quatro diaspela Polônia, visitou o campo de extermínio nazista deAuschwitz, onde rezou em alemão e se encontrou com32 sobreviventes da tragédia. Segundo o porta-voz dopapa, Joaquin Navarro-Valls, a visita à Auschwitz foium pedido pessoal de Bento XVI, que é alemão.

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Cracóvia:a segunda capital da Polônia

Se Varsóvia, a capital da Polônia, é uma cidade denegócios e centro da atividade política do país,Cracóvia é o coração cultural e histórico dospoloneses. Depois da visita à Auschwitz, carregadade sentimentos dolorosos, visitar a Cidade Velhade Cracóvia, declarada Patrimônio Mundial daHumanidade, pela Unesco, com seus monumentoshistóricos e turísticos magnificamente bemconservados, trouxe-nos de volta ao convívio comum povo alegre e receptivo.

No dia 19 de maio, o grupo da Missão Empresarialda Fecomércio-PE na Polônia foi recebido pelocônsul do Brasil em Cracóvia, Pawel Swiderski, no

Hotel Sympozjum, aonde o grupobrasileiro estava hospedado. Oencontro aconteceu na recepção do hotel, sob a liderança dopresidente do Sistema Fecomércio/Senac/Sesc-PE, JosiasAlbuquerque, e coordenação do consultor em comércio exteriorHans Hutzler.

A relação comercial entre o Brasil e a Polônia, além dos forteslaços culturais e afetivos entre os dois países, e asoportunidades de investimentos e negócios no Nordeste doBrasil foram alguns pontos destacados por Josias Albuquerqueno encontro. �Nosso objetivo aqui é divulgar o Nordeste doBrasil, em especial a imagem de Pernambuco, atraindoinvestimentos e negócios diretos para a região nordestina.

Também temos interesse em exportar diretamente para a Polônia�, afirmouJosias, destacando a localização estratégica do Porto de Suape em relação àEuropa. �Nós somos o maior produtor de gesso domundo. Queremos entrar comeste produto na Polônia�, completou Josias, afirmando que o gesso já éexportado para a Itália e a Espanha.

O objetivo do encontro com o cônsul foi dar início a uma parceria entre osempresários brasileiros e empresários poloneses em Cracóvia interessados

em fazer negócios no Nordeste do Brasil. �Esseencontro foi bastante positivo ao criar um laço deaproximação com a cidade de Cracóvia, na pessoado cônsul, que será nosso elo de ligação entre osinteresses do empresariado brasileiro e dosinvestidores poloneses, em Cracóvia, uma dasprincipais cidades da Polônia�, concluiu Josias.

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O cônsul Pawel Swiderski disse estar interessado em levar para a cidade deCracóvia a experiência do Sebrae na capacitação de micros e pequenosempresários.

Ao encerrar o encontro, Josias Albuquerque presenteou ocônsul com publicações sobre a história e imagens doEstado de Pernambuco e um caboclo de lança em madeirarepresentativo do artesanato pernambucano. Grandeadmirador da obra do sociólogo pernambucano GilbertoFreyre, o cônsul mostrou-se surpreso ao receber a ediçãoespecial comemorativa aos cinquenta anos do livro CasaGrande & Senzala. �O Brasil é um país fascinante�, afirmou.

CRACÓVIA � Com quase um milhão de habitantes,Cracóvia, que já foi capital da Polônia durante a IdadeMédia, é uma das cidades mais bonitas da Europa e a maisvisitada na Polônia, com forte influência sobre a culturapolaca. A cidade tem também o maior número de monumentos históricos detodas as cidades polacas. Em 1978, a Cidade Velha de Cracóvia foi incluída na

lista do Patrimônio Cultural daHumanidade da Unesco. A multidão derestaurantes e a vida social agitada faz deCracóvia uma cidade de atmosfera únicana Polônia.

Entre os monumentos históricos maisconhecidos estão o Castelo Real Wawel,sede dos reis polacos; a Catedral Real, olugar de coroação dos reis polacos e otúmulo de muitos polacos famosos; e aCidade Velha, com a maior igreja deCracóvia, a Igreja de Santa Maria Virgem,chamada Igreja Mariacki, construída entreo final do século XIII e o início do séculoXV, sendo um excelente exemplo daarquitetura gótica na Polônia.

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Fernando CatãoEmpresário

�Uma iniciativa como essa émuito importante porque os empre-sários brasileiros até os anos 90 ti-nham uma mentalidade fechadapara o mundo. O país era fechado,o que contribuía. A mesma coisaacontecia na Polônia, que era comunista. Como em-presário do ramo de confecções é muito importanteparticipar dessas missões empresariais. No caso da Po-lônia, foi bom ver que no país nós temos uma basebrasileira, com condições de exportar. Hoje, a mentali-dade do empresário brasileiro mudou muito e iniciati-vas como estas da Fecomércio-PE contribuem para aabertura de novos horizontes, novos negócios�.

Depoimentos � Missão à Polônia

Murilo GuerraSuperintendente do Sebrae-PE

�A Polônia tem apresentado umcrescimento acima da média dospaíses do Leste Europeu, condiçãoque certamente orientou a escolhada Fecomércio-PE para realizar aMissão Empresarial àquele país. Es-tou certo que o trabalho liderado por Josias Albuquer-que, levando empresários, parlamentares, executivosde empresas públicas e importantes lideranças empre-sarias à Polônia, exibindo as potencialidades do Nor-deste, prospectando os mercados daquela parte da Eu-ropa, facilitará, sem lugar a dúvidas, o processo deinternacionalização das empresas de Pernambuco e doNordeste�.

Marcelo Côrte RealPresidente da Jucepe

�Entendo que toda missão em-presarial com objetivo de difundiras potencialidades de uma região éde suma importância para a econo-mia local. Esta Missão Pernambu-co/Polônia, organizada pela Feco-mércio, é um bom exemplo de como se deve atrair in-vestimentos internacionais. Por ocasião da visita à quelepaís, tivemos oportunidade de - no seminário realizadocom a participação de empresários brasileiros e euro-peus � mostrar, não só o Estado de Pernambuco, mastoda a região Nordeste, notadamente, no que se refereà infra-estrutura instalada a disposição de futuros in-vestimentos. Felicito a Federação do Comércio pela ini-c i a t i v a � .

Jorge Côrte RealPresidente da Fiepe

�A participação do segmentoindustrial na Missão Empresarial àPolônia, promovida pela Fecomércio-PE, fortalece a interação entre ossetores produtivos do Estado e pro-porciona a identificação de novas

oportunidades de negócios, como a que estabelecemoscom empresas européias, com vistas a incrementar arelação entre Pernambuco e o mercado internacional�.

Dilton da ContiPresidente da Chesf

�Dentre os novos membros daUnião Européia, a Polônia vem sen-do destino de grande parte dos in-vestimentos efetivados na EuropaCentral e de Leste, liderando, inclu-sive, a absorção de fundos de coe-

são. Neste sentido, a Missão da Fecomércio foi extre-mamente oportuna no sentido da exploração, nas di-versas áreas de comércio, do efetivo potencial de negó-cio que poderá ser produzido entre a Polônia e o Bra-sil, em particular com a região Nordeste. Neste con-texto, não se consegue �vender� uma região sem de-monstrar a segurança de sua infra-estrutura de supri-mento de energia, o que pôde ser apresentado pela Chesf.Por outro lado, seguindo orientação estratégica daEletrobrás, a empresa tem procurado construir parce-rias, de origens nacional e internacional, paraalavancar empreendimentos, vender serviços e trocarexperiências. Assim, a participação na Missão vem aoencontro dessa diretriz adotada pela Chesf. Dentre osdiversos e importantes contatos ocorridos, destaque-sea interação mantida com a Agencja Rynku Energii S.A., oportunidade em que foi possível traçar detalhadosparalelos entre os setores elétricos brasileiro e polo-nês, permitindo uma melhor visão quanto a eventuaiseixos bilaterais de atuação negocial�.

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Polônia: um novo mercado denegócios para o Nordeste

OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

Marcelo JardimEmbaixador do Brasil na Polônia

A recente visita realizada pormissão empresarial dos Estados dePernambuco, Alagoas, Paraíba eRio Grande do Norte à Polônia cer-tamente contribuirá para que seagregue ao leque de oportunida-des potenciais de negócios para oBrasil um novo e promissor mer-cado, situado estrategicamente nocoração da Europa. A missão che-fiada pelo presidente da Federa-ção do Comércio do Estado dePernambuco, Josias Albuquerque,e integrada por expressivas lide-ranças empresariais desse Estado,como Jorge Côrte Real e Pio Guer-ra Júnior, presidentes, respectiva-mente, das federações da Indústria e da Agriculturade Pernambuco, e dos presidentes das federaçõesdo Comércio dos Estados de Alagoas, Canuto Me-deiros de Castro, da Paraíba, José Marconi Medei-ros de Souza, e do Rio Grande do Norte, Marcanto-ni Gadêlha, é indicativa dos objetivos de identifica-ção de oportunidades concretas para empresas bra-sileiras naquele país líder da Europa Central.

A Polônia se estende por um território de 312mil quilômetros quadrados, possuindo população de39 milhões de habitantes e um dos níveis mais baixosde analfabetismo do mundo - apenas 0,1% de suapopulação se incluem nessa faixa. É portanto que sebeneficia de uma população educada e esclarecida,fornecendo um músculo naturalmente exigente e dis-posto a conhecer novos produtos de boa qualidade.

A Polônia representa assim um mercado extre-mamente atraente para produtos brasileiros e em es-pecial para o Nordeste. Vê-se, com freqüência, grandenúmero de frutas tropicais produzidas em Pernambu-co nas gôndolas e nas prateleiras dos vários super-mercados poloneses que são, basicamente, os mes-mos de natureza multinacional, instalados no Brasil,como Carrefour, Champion, Ahold, Tesco e outros dascadeias gigantes internacionais de distribuição.

O turismo constitui outra área a oferecer amplaspossibilidades para um proveitoso e mutuamente van-tajoso intercâmbio. Recentemente o grupo brasileiroCVC formalizou um esquema de trabalho conjunto

com importante empresa turísticapolonesa, a Mazurkas Travel, e vê-se com freqüência nas ruas das ci-dades de Varsóvia, Cracóvia, Kato-wice, Poznan e Gdansk númerocrescente de turistas brasileiros co-nhecendo pela primeira vez essebelo e interessante país.

Mercê de uma crescente am-pliação nos níveis de rendimentoda população polonesa e de umaequilibradadistribuição, a rendapercapita de cerca de USD 8.800,00permite que número crescente depoloneses viajem ao exterior, prin-cipalmente nos meses de inverno,período que corresponde ao verão

no hemisfério Sul, fazendo do Brasil um destino natu-ral e atraente.

A infra-estrutura hoteleira e de apoio turísticomodelar que se estende e se expande ao longo dascidades costeiras dos Estados do Nordeste representaextraordinário instrumento para a atração de turistaspoloneses, ávidos de fugir de um inverno rigoroso ecinza e de conhecer um país tão ricamente diversifica-do e cheio de cores e de sabores como o Brasil.

A existência de boas conexões aéreas entre Var-sóvia e Madri ou Lisboa facilita a escolha de destinosturísticos no Nordeste brasileiro, alcançáveis em tem-po relativamente curto, a partir das capitais espanho-la e portuguesa.

A visita da missão empresarial coordenada pelaFederação do Comércio do Estado de Pernambuco foi,portanto, de grande importância para a projeção en-tre os diversos interlocutores poloneses que aqui tive-ram de uma imagem sólida e positiva do Brasil. Aomesmo tempo, a visita terá oferecido aos empresári-os brasileiros uma visão objetiva das muitas oportu-nidades que se abrem para uma vantajosa e diversifi-cada interação entre o Nordeste do Brasil e esse país,cuja economia cresce a taxas anuais de 5% e que temdemonstrado grande interesse em ampliar seus con-tatos pessoais, econômicos e culturais com o Brasil.