INFORMATIVOInformativo do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar / Uberlândia‐MG / nº 00 / Outubro / 2011

Esta é a primeira edição do Informa‐tivo GESTAR. Trata‐se de um meio de co‐municação para divulgar informações sobre oPrograma Gestão de Aprendizagem Escolar,notícias sobre educação e trocas de saberes.

Na capa, destacamos o próprio Ges‐tar e como tem sido a realização de suasatividades. A página 2 traz orientações paraelaboração de “Projetos”. Há também um es‐paço para saber um pouco mais sobre “Pen‐sadores da Educação”.

A página 3 veicula notícias do“MEC” (Ministério da Educação), novidadessobre “Leis” relacionadas à educação, “Even‐tos” da área que ainda vão acontecer e “Edi‐tais” sobre concursos públicos e outrosprocessos seletivos.

Na última página, há um espaço de“Debates” com publicação de textos opinati‐vos, “Dicas” de livros e filmes, uma olhar com“Humor” sobre a educação e links para apro‐fundar os estudos na internet.

Esperamos que este informativo sejauma ferramenta educomunicativa que multi‐plique os trabalhos do GESTAR. Boa leitura!

O Programa Gestão deAprendizagem Escolar (GES‐TAR)ofereceformaçãocontinua‐da em língua portuguesa ematemática aos professores dosexto ao nono ano do ensino fun‐damental nas escolas públicas. Oprograma busca contribuir como aperfeiçoamento e a autonomiado professor em sala de aula.

O objetivo do GESTARé melhorar os indicadores de ensi‐no e qualidade por meio de açõesamplas e estratégicas de estudocoletivo e individual. São realiza‐das, entre outras atividades, práti‐cas presenciais, como encontrose oficinas, para professores do en‐sino básico. O material do progra‐ma é planejado para propor‐cionar a participação ativa dos

educadores, sugerindo ações eideias para aplicações em sala deaula.

Antonio Bosco de Lima,coordenador do Gestar/UFU,acredita que a realização do Pro‐grama Gestar II tem possibilita‐do uma articulação produtivaentre várias esferas: união, estadoe município. Desde que a parce‐ria foi estabelecida entre a Uni‐versidade Federal de Uberlândia,em particular a Faculdade deEducação (FACED), e a Secreta‐ria Municipal de Educação deUberlândia, por meio do CEME‐PE, centro de formação continu‐ada, foram realizadas váriasatividades em conjunto, entreelas o Curso de Extensão para osGestores escolares municipais.

Equipe GESTAR II de Uberlândia, PET CNXEducomunicação (UFU), Centro Municipal deEstudos e Projetos Educacionais Julieta Diniz(CEMEPE), Pró‐Reitoria de Extensão, Culturae Assuntos Estudantis (PROEX/UFU) e Facul‐dade de Educação (FACED/UFU).Colaboração: Adriana Omena, Brunner Mace‐do, Diélen Borges, Deisiane Cabral, MarcosReis e Valquíria Amaral.Editoração: Brunner Macedo e Marcos Reis.Revisão: Diélen Borges.

INFORMATIVO GESTAR II Programa Gestão da Aprendizagem Escolar / Uberlândia‐MG / nº 00 / Outubro / 2011

Educaçãopopular dialéti‐ca, leitura críticado mundo e for‐mação da consci‐ência política:esses são os pila‐res do pensa‐mento de PauloFreire, o educa‐

dor brasileiro com maior reconhecimen‐to internacional.

Freire condenou a “educaçãobancária”, na qual a escola apenas “de‐posita” conhecimento no aluno recepti‐vo, e defendeu que o principal objetivoda educação deve ser conscientizar oaluno.

A pedagogia freiriana sugere quetodo indivíduo chega à escola trazendoseu conhecimento de mundo. Assim, oprofessor deve levar os alunos a conhe‐cer conteúdos, mas não aceitá‐los comoverdades absolutas. “Os homens se edu‐cam entre si mediados pelo mundo”, di‐zia.

A teoria de Freire pressupõe trêsetapas no processo de aprendizagem: omomento em que o educador se inteirado conhecimento do aluno; a explora‐ção dos temas para construção de umavisão crítica; e a problematização, quan‐do são sugeridas ações para superar im‐passes.

Paulo Reglus Neves Freire nas‐ceu em 1921, em Recife, e morreu em1997. Suas principais obras são “Pedago‐gia do Oprimido” e “Pedagogia da Auto‐nomia”.

O professor tutor cursis‐ta deverá elaborar um projetopara finalização do programaGestar II. Como o programa fo‐ca a interdisciplinaridade, o pro‐jeto deve partir deste princípioe ser aplicado em sala de aula.Os professores tutores devemestar "antenados" que, durantenossos encontros, tivemos a rea‐lização de atividades que busca‐ram articular Língua Portu‐guesa e Matemática. Vale obser‐var que focamos outros cam‐pos, como as artes visuais, ocinema, o teatro e a educomuni‐cação. Tais exercícios realiza‐dos podem ser utilizados comoconteúdo para a elaboração dosrespectivos projetos, contem‐plando uma ou mais atividadesdesenvolvidas.Para a elaboração de umprojeto, temos dois elementosessenciais: a relação entre for‐ma e conteúdo e a problematiza‐ção de um tema/temática.O que é um projeto?

O projeto se inicia comalgum tipo de indagação ou pro‐blema, que constituirá o seu te‐ma. O problema a ser estudadodeve ser claro e relevante, empí‐rico, suscetível de solução e deli‐mitado, em nível mais espe‐cífico. O projeto deve seguir aseguinte estrutura básica:1) Título: deve conter e apresen‐tar a temática que o autor sepropõe a desenvolver definindoa área de interesse do projeto;2) Delimitação do problema: ge‐ralmente, é uma deficiência en‐contrada quanto refletimossobre uma dada prática/teoria,uma questão que pretendemos

resolver. Observem, entretanto,que o problema pode ter umaspecto propositivo, ou seja,desenvolver algo que “deu cer‐to”;3) Fundamentação teórica: tra‐ta‐se do mapeamento do deba‐te teórico;4) Objetivos: o que se esperaconseguir com sua investiga‐ção. O objetivo pode ser gerale/ou específico. O geral é defi‐nido de forma mais abrangente,enquanto os específicos defi‐nem aspectos particulares doobjetivo geral;5) Metodologia: correspondeàs etapas, à forma e aos conteú‐dos. Dependendo do projeto, sebibliográfica/documental e/oude campo, o pesquisador de‐senvolverá diferentes procedi‐mentos metodológicos. Assim,o professor tutor deve deixarclaro os instrumentos de apli‐cabilidade: entrevistas e/ouquestionários; tabulação dosdados e sua análise, dentre ou‐tros;6) Cronograma: registra o tem‐po necessário para o desenvol‐vimento de cada fase doprojeto. Vale lembrar que cadaetapa corresponde a uma metaque forma o conjunto (totalida‐de) do processo de pesquisa;7) Equipe de trabalho: áreasenvolvidas e respectivos res‐ponsáveis e atribuições;8) Avaliação: processo de avali‐ação e instrumentos a seremutilizados;9) Referências: as obras/con‐sultas on‐line/informações so‐noras que foram utilizadas.Agora, vamos aoexercício, o qual, com certeza,trará bons frutos à educação.

Prof. Dr. Antonio Bosco de Lima

O Projeto de Lei nº 8035/2010,que está em tramitação desde o final doano passado, propõe aprovação do Pla‐no Nacional de Educação para o de‐cênio 2011‐2020. O plano possui dezdiretrizes: a erradicação do analfabetis‐mo, a universalização do atendimentoescolar, a superação das desigualdadeseducacionais, a melhoria na qualidadede ensino, formação para o trabalho,promoção da sustentabilidade socioam‐biental, promoção humanística, científi‐ca e tecnológica do país, estabe‐lecimento de meta de aplicação de re‐cursos públicos em educação como pro‐porção do PIB, valorização dosprofissionais da educação e difusão dosprincípios da equidade, do respeito à di‐versidade e a gestão democrática daeducação. A proposta completa podeser lida no endereço eletrônico:http://wpowrw.cammeaiora.govd.bor/sileegn/dinetree‐co gras/831421.pdf

Encontro discute gestão de conselhos escolaresA Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da

Educação realizou o 3º Encontro Nacional de Fortalecimentodo Conselho Escolar, de 27 a 30 de setembro, em Brasília. O ob‐jetivo do evento foi subsidiar o trabalho desenvolvido pelos sis‐temas de ensino para a organização e fortalecimento dosconselhos e dar continuidade à formação de técnicos das secre‐tarias de educação, responsáveis pela implantação e pelo acom‐panhamento dos conselhos escolares.

Encontro sobre escola integral tenta difundir novosconceitosCerca de 320 gestores estaduais e municipais de educa‐

ção e pesquisadores de universidades participaram, em Brasília,do encontro "Currículo e educação integral na educação básica:desafios e possibilidades", promovido pelo Ministério da Edu‐cação. A partir do encontro, o desafio dos gestores e das univer‐sidades é levar o debate para cada município.Fonte: Portal MECPara mais informações, acesse: http://portal.mec.gov.br/

VI Simpósio Internacional "O Estado e asPolíticas Educacionais no Tempo Presente", de 21a 23 de novembro, na Universidade Federal deUberlândia. Promovido pela Faculdade de Edu‐cação (FACED), o evento propõe‐se a desenvol‐ver análises e debates sobre as políticaseducacionais em diferentes países. A página dosimpósio é: http://www.visep.faced.ufu.br/

Blog do GESTAR II:www.gestar2mc.blogspot.comPortal do Ministério da Educação (MEC):www.mec.gov.brPágina da Faculdade de Educação ‐ UFU:www.faced.ufu.br

A Faculdade de Educação (FACED) divul‐gou edital de seleção para a pós‐graduação de 2012para os seguintes cursos: Especialização em Educa‐ção de Surdos e Especialização em Inspeção e Su‐pervisão Escolar. As inscrições poderão ser

realizadas entre os dias 03 e 07 de outubro e aprova no dia 08 do mesmo mês. Os interessadosdeverão preencher formulário disponível no site daFACED. Acesse o edital em:http://www.faced.ufu.br/

PÓS‐GRADUAÇÃO ‐ FACED (UFU)

INFORMATIVO GESTAR II Programa Gestão da Aprendizagem Escolar / Uberlândia‐MG / nº 00 / Outubro / 2011

INFORMATIVO GESTAR II Programa Gestão da Aprendizagem Escolar / Uberlândia‐MG / nº 00 / Outubro / 2011

A língua é, sobretu‐do, viva e dinâmica, mas co‐mo torná‐la realmenteatraente para aqueles que jáa utilizam, mas não sabemcomo degustá‐la na sua inte‐gridade? Com efeito, a pala‐vra texto vem do latimtextun, que quer dizer teci‐do. Este é feito através doentrelaçamento dos fios, damesma maneira que devemser confeccionados os textos. Por‐quanto dessa analogia, os educado‐res compreenderam que oseducandos devem ser motivados einstigados a buscarem tipologiastextuais variadas e, a partir delas,construírem com entrelaçamentossuas produções. E, se é verdadeque não há texto original, que elespossam ser capazes de utilizaremdas peripécias que possuem a fimde, depois de assimilados os textostrabalhados, constituir seu pró‐prio material.

Esses tais gêneros textuais

são infinitos? Se não o são, poderi‐am ser. Eles contemplam as múlti‐plas faces da língua. Tem o textofalado, escrito, dibujado e cantado.Texto que fala de remédio, textoque diz o contrário daquilo que sepensa, são palavras que queremconvencer o interlocutor, textoque comunica e informa, palavrasou desenhos que fazem emocionar.Sorrir, chorar, chatear, chamar. En‐fim, é uma “manada de aliteração”a qual representa sua variedade depossibilidades de trabalho: carta,crônica, charge, receita, bula, cor‐del, conto, um conto que sempre

pode aumentar um ponto...E para que ler? Ler para es‐

pelhar‐se no professor, lerpara conhecer, compreender,para aprender. Ler para sabere para ser, para tornar‐se lei‐tor. Ler por simplesmente ler,para assim, através do prazer,chegar ao clímax do conheci‐mento: a informação trans‐formadora.

Desse modo o foi, possibi‐litou‐se, no encontro do Gestar II,compreender essas facetas múlti‐plas que têm as tipologias textuaise, desse modo, constituir planosde aula que subsidiarão e repre‐sentarão o trabalho vindouro dostutores/ professores/ formadores.Pleonasmo necessário para secompreender a ênfase que esta for‐mação deverá possuir e efetivar‐senos municípios contemplados.

E então? Ler para que? Pa‐ra que ler? Que ler?

Com quem?E, para quem?

Brinquedo e Cultu‐ra, de Brougére Gilles –Editora Cortez/ 1995. Olivro trata da produção debrinquedos nas sociedadesindustrializadas. Procura,ainda, determinar a funçãosocial e o significado dobrinquedo nos dias de hoje.

Paulo Freire Contemporâ‐neo, dirigido por Tony Venturi e lançado em2007. O filme resgata o método de alfabetizaçãocriado pelo educador.

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Thiago Lamonier(Capitão Enéas ‐ MG)