Síntese de zeólitas a partir de

cinzas de carvão

Lei Federal 12514/11 modifica valores das

anuidades nos conselhos

Quiimagem premia os melhores vídeossobre a Química

CONCURSO

LEGISLAÇÃO

ARTIGO

Out-Nov-Dez de 2011 | Ano XV | N° 123

Que venha2012!

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EDITORIALÍNDICE3

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INSTITUCIONAL CRQ-V agora tem representante na região de Santa Cruz do Sul

REPORTAGEM Durante o verão, condição das piscinas deve ter cuidado especial visando à saúde

MERCADO Sindicato dos Químicos do RS lança novo site

PRÊMIO Concurso Quiimagem premia seus vencedores

LEGISLAÇÃO Lei altera valores da anuidade

EXPEDIENTEINFORMATIVO CRQ-V - Av. Itaqui, 45 - CEP 90460-140 - Porto Alegre/RS - Fone/fax: 51 3330.5659 - www.crqv.org.br

Presidente: Paulo Roberto Bello FallavenaVice-Presidente: Estevão SegallaSecretário: Renato EvangelistaTesoureiro: Ricardo Noll

Assessoria de Comunicação do CRQ-Vassecom@crqv.org.brJorn. Resp.: Vanessa Valiati - Mtb 13018Marcos Bertoncello - Mtb 14780

Edição de arte: Assecom/CRQ-VTiragem: 3.000Impressão: Gráfica IdeografEstagiária: Gabrielle Toldo

SIGA O CRQ-V NO WWW.TWITTER.COM/CRQV_RS DICA DE LIVRO

Na última edição de 2011, gostaríamos de agradecer a participação dos leitores e profissionais da química que estiveram conosco no decorrer de 2011.

As atividades realizadas no Ano Internacional da Química, como o concurso Quiimagem e o Química na Praça, na Redenção, só foram possíveis com a intensa participação de alunos, professores e da comunidade em geral.

Neste trimestre, trazemos o resultado do concurso Quiimagem, que apresentou trabalhos de qualidade, dificultando o trabalho dos

jurados. O escolhido foi o aluno Alef Benedetti, da Escola Estadual São Roque, de Carlos Barbosa. Vale a pena conferir.

Também apresentamos nosso novo represente para a região de Santa Cruz do Sul, o professor da Unisc Wolmar Alípio Severo Filho. Além disso, publicamos o artigo vencedor da I Mostra Científica da Semana Acadêmica da PUCRS, como forma de estimular a pesquisa e a divulgação da ciência.

Ficamos felizes em compartilhar momentos importantes com vocês e desejamos que 2012 seja repleto de realizações.

Boa leitura!

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A HISTÓRIA DAS COISAS

Quantos planetas serão necessários para suprir a nossa inesgotável demanda de bens de consumo? Foi a partir desta pergunta que a ambientalista e ativista americana Annie Leonard criou o vídeo The Story of Stuff (A história das Coi-sas), que se tornou um fenô-meno da internet, visto por mais de 12 milhões de pessoas ao redor do mun-do e adotado por diversas escolas nos Estados Unidos.

No livro, que serve como um des-dobramento do vídeo, a autora reto-ma o tema e, através de exemplos sim-ples (a história de carros, roupas jóias, Ipod e etc.), detalha o impacto provo-cado no meio ambiente pelos cinco

estágios da econo-mia - extração, pro-

dução, distribuição, consumo e descarte - e propõe soluções em

nível governamental e individual.

A História das Coisas Annie LeonardEditora: Zahar

Ano de Lançamento: 2011Número de páginas: 304

NÚMEROS DO CONSELHODOC’S OUT NOV DEZ Total

AFT’S emitidas

609 908 838 2355

Registros Definitivos 98 0 93 191

Registros Provisórios

24 0 76 100

Certidões 12 19 34 65

Processos Analisados

236 0 271 612

ERRATAO senhor Tito Gobbato está a 64

anos servindo à Química, diferente-mente do que foi publicado na últi-ma edição do Informativo do CRQ-V.

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Estudante realiza estudo sobre inseticida à base de Cinamomo

ENSINO

O projeto “Limpador de Uso Geral à base de Mélia Azedarach”, da estudan-te do curso Técnico em Química do Colégio Estadual D. João Becker Pâ-mela Laukesen, partiu da necessidade de formular um composto com ação repelente no combate a insetos.

O objetivo era desenvolver uma solução limpadora com ação repelen-te e inseticida com baixa toxicidade humana a partir do Cinamomo (Mélia-Azedarach). Também conhecido como Árvore de Santa Bárbara, o Cinamomo é uma árvore da família das meliáceas e pode medir até 20 metros de altura, tem a copa arredondada, folhas com-postas, flores lilás, aromáticas e com

crescimento rápido. A espécie tam-bém apresenta atividade medicinal e inseticida, atribuídas aos limonóides.

Os limonóides formam um grupo de derivados tripenóidicos, que po-dem causar nos insetos a inibição de apetite e/ ou o crescimento de tumo-res cancerígenos, levando - os à morte por inanição ou toxidade direta. A ex-tração deste princípio ativo “limonói-des” da MéliaAzedarach em método de emulsão, juntamente com outros compostos químicos, resultaram no limpador, que foi armazenado em frasco de polietileno sem preservação e rotulado e distribuído aos colegas .

Com as opiniões dos relatórios e

a semelhança dos dados, o compos-to atingiu parcialmente o objetivo da pesquisa. A sua aprovação como repe-lente foi rejeitada, porém a ação inse-ticida foi aprovada pelos usuários das amostras.

MAIS INFORMAÇÕES

Pâmela LaukesenEstudante do 3º semestre do cur-so Técnico em Química – Colégio Estadual Dom João Beckerpamela_laukesen@yahoo.com.br

Através na Portaria n.° 009/2011 – CRQ-V, o Conselho Regional de Quími-ca da 5a Região delegou ao professor Wolmar Alípio Severo Filho a represen-tação para a região de abrangência da cidade de Santa Cruz do Sul. Com isso, Severo intermediará as relações entre o CRQ-V e os profissionais e empresas da região.

“Os Conselhos Regionais de Quí-mica são autarquias federais que dis-ciplinam e fiscalizam a atividade dos profissionais da área da química. As-sim, fica a cargo do Conselho Regional de Química da 5ª Região promover o exercício legal da profissão no Estado, visando o bem-estar da sociedade”, explica o professor.

Uma das incumbências assumi-

das pelo representante da região será receber, organizar e providenciar os registros provisórios dos recém-for-mados, além de participar das soleni-dades de formatura, representando o Conselho na entrega dos registros provisórios.

Inicialmente, a abrangência de representatividade se estende a ci-dade de Santa Cruz do Sul e cidades próximas, ou outras por delegação do CRQ-V. Severo afirma que é de funda-mental importância que o profissional tenha o conhecimento de suas atribui-ções e esteja registrado e amparado pelo seu conselho profissional, garan-tindo a legitimidade da sua atuação.

Para melhor desempenho da fun-ção o professor coloca seu contato

para eventuais esclarecimentos. De-partamento de Química da UNISC- Prédio 12 Sala 1211 e-mail: wolmar@unisc.br e www.crqv.org.br.

Professor da UNISC representa o Conselho Regional de Química na

região de Santa Cruz do Sul

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ESTUDO

Alternativa natural para tratamento de efluentes

na galvanoplastiaA preocupação com o ambiente

levou a mestre em Engenharia de Ma-teriais, Fernanda Abreu dos Santos, a desenvolver uma pesquisa voltada para a área de galvanoplastia com resultados empolgantes. No estudo realizado no Laboratório de Processos Ambientais (Lapa), do curso de Enge-nharia Química da PUCRS, Fernanda testou o emprego de escamas da pi-nha da araucária, de cascas do eucalip-to e da pinha do pinus na remoção de cromo VI, cromo III, ferro e níquel, em efluentes líquidos, do processo de cro-magem nas indústrias metalúrgicas.

Iniciada em 2006, a dissertação Tra-tamento de efluente de galvanoplas-tia por meio da biossorção de cromo e ferro com escamas da pinha da Arau-cária angustifólia mostrou que, com apenas 17 g de escama para cada litro de efluente, foi possível atender o limi-te ambiental para o cromo total. Para o cromo VI, substância cancerígena, a proporção de 3 g/l foi o suficiente para reduzir sua presença no efluente líqui-do de 30 mg para 0,1 mg.

O cromo foi o metal que apresen-tou melhores resultados e será a fon-te de pesquisa no futuro. O ferro e o níquel também apresentaram percen-tual alto de redução, podendo atingir o limite ambiental. “A escama, por não ter composto fenólico (cor), não inter-

fere de forma negativa como a casca do pinhão, que deixa a água escura”, conta a pesquisadora e responsável técnica pelo Lapa.

O estudo interessou à Mundial S. A., que forneceu seu efluente indus-trial para os testes. Segundo a empre-sa, uma vez avaliada a viabilidade do processo em escala real e estudado o manejo desses resíduos de forma a facilitar a coleta, para processamento e distribuição na indústria, o resíduo de pinhão poderia se tornar uma al-ternativa viável para tratar os despejos de uma maneira mais sustentável. “O adsorvente dos resíduos da araucária apresenta eficiência na remoção dos metais pesados em nossos efluentes líquidos”, afirma Letícia Lutz, coorde-nadora de Meio Ambiente da Mundial.

A pesquisa foi patenteada pelo Es-critório de Transferência de Tecnolo-gia da PUCRS (ETT) no final de 2008, comprovando sua característica ino-vadora. Fernanda dá continuidade ao estudo no doutorado e seu objetivo é recuperar os metais absorvidos pelos resíduos de pinus, eucalipto e araucá-ria. Os resultados estão previstos para 2013. “Queremos também propor um método técnico de destruição dessa biomassa sem poluição e fechar um ciclo limpo”, garante.

A revolução ultrapassa o cenário da

galvanoplastia e atende também o se-tor florestal. “As florestas de eucalipto têm problemas de casca em excesso, a qual não tem valor na indústria mo-derna e, para receber certificação am-biental, devem dar destinação a essa casca”, aponta.

NOVAS ALTERNATIVAS ÀS EMPRESAS METALÚRGICAS

O revestimento de objetos com cromo, níquel e ferro, entre outros elementos, pela indústria metalúrgica gera efluentes líquidos com concen-trações de metais superiores aos pa-drões aceitos pela legislação ambien-tal. Antes de liberar o efluente nos rios, é preciso tratá-lo para reduzir os níveis de contaminação por metais pesados e tóxicos.

O tratamento químico impede que o líquido possa ser reutilizado no pro-cesso de galvanização. Já a adsorção requer carvão ativado, o que implica alto custo de materiais. “O uso de re-síduos disponíveis na natureza impli-ca custos próximos a zero. O efluente tratado com biossorventes pode re-circular e voltar ao processo, tornar-se reciclável”, avalia Fernanda.

(Matéria publicada originalmente na revistaPUCRS Informação (www.pucrs.br/revista),

edição nº 156/ ASCOM/PUCRS).

Anuncie noInformativo do CRQ-V

Entre em contato com a Assessoria de Comunicação e Imagem(51) 3330-5659 (ramal 206)

assecom@crqv.org.br

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Durante o verão, piscinas devem ter cuidado especial

PISCINAS

Começa a temporada de veraneio nos clubes e a abertura das piscinas é o principal acontecimento. Mas hoje em dia, não é necessário ir muito lon-ge para usufruir de um local para a prá-tica da natação. Muitos condomínios possuem sua piscina coletiva. Mas os cuidados devem ser os mesmos que nos clubes.

É uma questão de saúde pública o bom tratamento da água de uso co-letivo. Diversas doenças podem ser transmitidas por fungos ou bactérias que se proliferam nestes locais. Para tanto, existem leis que regulam a de-sinfecção destas piscinas. Tanto a Lei Estadual 6.503/RS quanto a Lei 2.800 (Lei do Químico) dispõe de regula-mentação que exigem um responsá-vel técnico formado em química para o tratamento das águas. Especialmen-te em Porto Alegre, há uma Lei muni-cipal, a resolução nº 05/96, que trata das particularidades locais sobre este assunto.

Qualquer condomínio ou clube deve ter um responsável técnico per-manente durante seu funcionamento. A maior parte destas piscinas coletivas é usada somente durante o verão. So-mente as piscinas térmicas mantêm--se em uso o ano inteiro. Para cuidar das águas, o técnico responsável deve remeter ao CRQ a Anotação de Função Técnica. Este pode ser terceirizado, sendo autônomo ou trabalhando em uma empresa especializada.

O principal cuidado fora de tem-porada é a proliferação de mosquitos. Nesta época, é recomendado não es-vaziar a piscina para não causar seu ressequimento, mesmo as piscinas de fibra. Então, requer-se cuidados espe-ciais para não se criar uma colônia de insetos.

Qualquer água, sendo potável ou não, contém microorganismos vivos. Portanto, a lei estadual exige um pH entre 7,2 e 7,6. Diferente disto, a água fica turva e pode prejudicar os usuá-

rios, causar danos aos equipamentos e também diminuir a eficiência do pro-cesso de desinfeção. Assim, são usa-dos substâncias específicas quando o pH estiver com excesso de acidez ou de alcalinidade.

Para eliminar os microorganismos, faz-se uso da desinfecção por clora-ção. O mais correto é usar o cloro gra-nulado à base de hipoclorito de cálcio. O cloro líquido é produzido à base de soda cáustica, que deixa o pH eleva-do. Além disso, o rendimento e por consequência, o custo, são mais ren-táveis com o tipo granulado. O ideal é a piscina permanecer com um teor de cloro residual livre de 1,0 a 1,5 mg/L. Também deve ser feita a limpeza atra-vés da coagulação/floculação através do sulfato de alumínio. Ele acumula os resíduos causados pela clorificação e pelas partículas oriundas do ar e da chuva.

Divulgação

A abertura da temporada de piscinas em clubes e condomínios requer cuidados visando à saúde

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MERCADO

Sinquirs lança novo site voltado aos profissionais da química

O Sindicato dos Químicos do Rio Grande do Sul (Sinquirs), sempre aten-to às necessidades dos profissionais da área da química, promoveu uma remodelação de sua página oficial na internet. O novo site do Sindicato está no ar desde outubro, totalmente recheado de ferramentas para aten-der aos químicos. Para conferir, basta acessar www.sinquirs.org.br.

Dentre as novidades, o espaço vir-tual do Sinquirs traz a possibilidade do próprio profissional cadastrar o seu currículo – totalmente online – no banco de dados da entidade. Outra atração é o cadastro de empresas no site em busca de pessoas habilitadas para eventuais vagas de emprego. Tudo de forma interativa e moderna.

“Resolvemos customizar as funciona-lidades do nosso site, beneficiando o profissional da química e tornando o processo mais curto e eficaz”, explicou o presidente Roberto Achutti Berton-cello.

DEMAIS INOVAÇÕES

A página do Sindicato também destaca os convênios com o Instituto de Apoio ao Profissional da Ciência (50% de desconto na matricula no cur-so técnico em Imagem Pessoal), com a fonoaudióloga Thayse Bienert Goetz

(50% de desconto por consulta), com a psicóloga Rosângela Martins (50% de desconto por consulta) e com a advo-gada Maria Isabel Campos de Oliveira.

Informações sobre o piso salarial da categoria também estão especifi-cados no site, bem como a contribui-ção sindical, que tem vencimento no dia 28 de fevereiro de cada ano. O Sin-quirs ainda disponibiliza o boleto de pagamento da guia caso não recebida pelo profissional. A localização do Sin-dicato, inclusive com o mapa do en-dereço em Porto Alegre, também está visível no site para os internautas.

FALE COM O SINQUIRS

Rua Baronesa do Gravataí , nº 700 Bairro Cidade BaixaPorto AlegreCEP: 901600-70

Entre em contato para obter mais informações:(51) 3211-3572 ou sinquirs@sinquirs.org.br

No dia 1º de dezembro, em Bruxelas, NA Bélgica, ocorreu a cerimônia oficial de encerramento do Ano Internacio-nal da Química (AIQ 2011), organizado pelas Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). O objetivo principal do AIQ 2011 foi fomentar o interesse pela química entre as crianças e jovens, além de enfatizar a química como uma ciência criativa e essencial para a sus-tentabilidade e melhoria da qualidade de vida da população.

Com o tema “Química – Nossa vida, nosso futuro”, o AIQ 2011 tem sido um enorme sucesso em todo o mundo.

CERIMÔNIA EM BRUXELAS ENCERRA ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA

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CONCURSO

Concurso Quiimagempremia seus vencedores

Na mês de novembro, o Conselho Regional de Química da 5ª Região realizou a cerimônia de entrega dos prêmios para os três primeiros colo-cados no concurso Quiimagem. Para comemorar o Ano Internacional da Química, alunos de escolas de todo o Rio Grande do Sul enviaram vídeos so-bre o tema. O objetivo do projeto foi promover o conhecimento e a educa-ção para a química com uma reflexão sobre o papel da ciência na criação de um mundo sustentável, enfatizando o papel da mulher na área científica.

O primeiro lugar do concurso ficou para o aluno Alef Benedetti, da Escola Estadual São Roque, de Carlos Barbo-sa, com o vídeo “A Química da Morte”. Em segundo, com o tema “Química no Cotidiano”, ficou o aluno do Colégio Metodista Americano de Porto Alegre, Felipe Medeiros Pacheco. O terceiro lugar foi de Vitória Palma Pereira, do Colégio Nossa Senhora dos Anjos, de Gravataí, com o vídeo “Marie Curie – A mulher que mudou a história da ciên-cia”. O aluno Ricardo Cordeiro Noya, da Escola Estadual Professor José Fernan-des de Oliveira, de Vacaria, também compareceu para assistir a premiação e foi contemplado com uma menção honrosa do Conselho Regional de Quí-mica.

Além de alunos e professores, a cerimômia contou com a participa-ção de patrocinadores do Quiimagem, que foram responsáveis pela entrega dos prêmios aos melhores colocados no concurso. O gerente do banco Banrisul, Paulo Nardino, e o diretor de relações institucionais da Braskem, o engenheiro químico João Rui Freire, entregaram câmeras digitais para o segundo e terceiro lugar. O presiden-te do Conselho Regional de Química, Paulo Roberto Bello Fallavena, presen-

teou o primeiro lugar com dois note-books, um para o aluno e outro para a professora orientadora, além de um kit para a escola equipar o seu labora-tório de química.

Feliz com o primeiro lugar, Alef conta que ficou sabendo pela profes-sora sobre o concurso. “Algum famoso morreu e eu pensei que seria interes-sante fazer um vídeo sobre esse tema. Comecei a desenvolver a ideia e de-pois minha professora ajudou com o conteúdo”, conclui o estudante.

Ganhadores do concurso ao lado dos patrocinadores do evento

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Presidente do CRQ-V realizou entrega do prêmio ao primeiro colocado Auditório do Conselho contou com bom público na solenidade

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REPORTAGEMPESQUISA

Síntese de zeólitas a partir de cinzas de carvão visando sua

utilização em detergentesEstrella Thomaz e Ariela M. Cardoso

INTRODUÇÃOAs cinzas de carvão mineral são cons-

tituídas basicamente de sílica e alumina, sendo possível converte-las em material zeolítico após tratamento hidrotérmico em meio alcalino. Zeólitas são materiais que contem poros microscópicos, que funcionam como filtros, retendo metais e algumas substancias orgânicas, são lar-gamente utilizados a nível mundial numa vasta gama de aplicações industriais tais como: sorventes para a remoção de íons e moléculas em soluções e misturas gaso-sas, desidratantes, desodorantes e agen-tes antibactérias, suporte de catalisado-res, fibras geotêxtis e detergentes entre outros(Paprocki, Pires, 2009).

O uso de zeólitas sintetizadas a partir de cinzas é de especial interesse porque possibilita a transformação de um resí-duo indesejável em produto de alto valor agregado.

A produção mundial de zeólita sintéti-ca é estimada em 1,5 milhões t/ano, sen-do que dois terços se destinam à manu-fatura de detergentes, e o terço restante aos processos de catálise.

Durante muitos anos utilizou-se so-

mente um tipo de “builder” para o de-tergente em pó de lavanderia, o tripoli-fosfato de sódio. O fósforo, por ser um nutriente, contribui para a criação de um ambiente eutrófico. Isto, em abundância, pode resultar num crescimento rápido de algas, que por outro lado resulta em con-sumo excessivo de oxigênio. A falta de oxigênio e a produção de H2S, metano e CO2, gerados pela deterioração das algas, pode levar à morte de peixes e outros or-ganismos. Por isso, na última década vem se observando a substituição do tripoli-fosfato de sódio, nos detergentes, pela zeólita, principalmente nos países da Eu-ropa Ocidental e Estados Unidos. (Adão Benvindo da Luz, Série Tecnologia Mine-ral, Rio de Janeiro, n.68, 1994.). Dentre as zeólitas existentes, a 4A tem apresentado resultados satisfatórios para a sua utiliza-ção como construtores de detergentes.

OBJETIVOS O principal objetivo deste estudo é

a otimização de processos de síntese de zeólitas 4 A, a partir de cinzas leves da combustão do carvão de Candiota (RS), destinadas a aplicações industriais e am-

bientais como a fabricação de detergen-tes. Os objetivos específicos são:

• Otimizar as condições experimen-tais de síntese da zeólita 4A a partir de cinzas leves oriundas da combustão do carvão .

• Avaliar a sua aplicação na fabricação de detergentes como substituto do tripo-lifosfato de sódio.

MATERIAIS E MÉTODOSPara a síntese da zeólitas 4A fo-

ram utilizada 30g de cinzas e 300 ml da Na(OH) 2M, a mistura foi mantida em banho maria a 100°C por 2 horas com agitação constante. Após foi realizada a filtração com bomba de vácuo. O filtrado foi misturado a uma solução de 3g de Al e solução de 8,2 g de Na(OH), esta mistura de soluções foi agitada por 30 minutos e levado a estufa por 1h30’ onde permane-ceu por 90 minutos, após, foi mantido na estufa por mais 2h30’ a 95°C. Os cristais obtidos foram lavados ate que alcança-ram o pH 10.

A capacidade de troca catiônica (CTC) é uma das principais propriedades das zeólitas, visto que estes materiais pos-

RESUMOSabe-se que o carvão mineral é o mais

abundante dos combustíveis fósseis, sen-do em longo prazo a mais importante reserva energética mundial. No Brasil, so-mente as usinas termelétricas dos Esta-dos do sul, são responsáveis pela geração de aproximadamente 3 milhões de tone-ladas de cinzas por ano (provenientes da combustão do carvão) deste total se sabe que apenas uma pequena parcela é apro-veitada para a fabricação de cimento Por-tland. A disposição das cinzas em aterros oferece perigos potenciais aos manan-

ciais hídricos, pois contaminam as águas super¬ficiais e subterrâneas e o solo, pela lixiviação das substâncias tóxicas presen-tes em suas partículas.

O desenvolvimento de novas tecno-logias para reaproveitar este resíduo é necessário, e uma alternativa que vem se mostrando bastante eficaz para o rea-proveitamento deste material é a sua uti-lização como matéria-prima para síntese de zeólitas. Neste trabalho foi estudado o processo hidrotérmico em meio alcali-no para a síntese de zeólitas do tipo 4A, utilizando cinzas volantes geradas a partir

da combustão do carvão unidade (B) da Usina Termelétricas Presidente Médici (UTPM), localizada no município de Can-diota (RS). Os produtos zeolíticos apre-sentaram valores de capacidade de troca catiônica (CTC) de 4,8 a 4,3 meq.g-1. Es-tes valores de CTC encontrados para esta zeólita indicam que este material pode ser uma alternativa eficaz para a fabrica-ção de detergentes.

Palavras chaves: Cinzas volantes, proces-so hidrotérmico, troca catiônica, zeólitas.

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suem uma vasta gama de aplicações como adsorventes. A CTC é utilizada para verificar a mobilidade entre os cátions originalmente presentes na estrutura zeolítica, quando em presença de outros eletrólitos, fornecendo informações da capacidade máxima de captura do íon ou a seletividade de captura de uma mistura de íons por unidade de massa do mate-rial, geralmente expressa por miliequiva-lente de íons X por unidade de massa da zeólita em gramas .

O método utilizado para CTC consiste em colocar a amostra zeólitica em con-tato com a solução do íon que se deseja trocar com constante agitação por um determinado período de tempo (até al-cançar a saturação), a temperatura am-biente. A concentração inicial dos íons da solução, antes do contato com as zeólitas e a final após o contato são determinados no sobrenadante. Para isto foram utiliza-dos 0,5g da zeólitas e 50 ml de solução de Ca2Cl, esta solução foi submetida a agitação durante 30 minutos em agita-dor Wagner. Posteriormente as amostras foram centrifugadas e diluídas 200 vezes para serem analisadas por cromatografia iónica.Caracterização das zeólitas

As propriedades das zeólitas são principalmente dependentes de sua es-trutura, por esta razão é absolutamente necessário caracterizá-la.

As técnicas utilizadas na caracteriza-ção foram: difração de raios-X (XRD), mi-croscopia de varredura eletrônica (MEV) acoplada a um espectrômetro de energia dispersiva (EDS), e Capacidade de Troca Catiónica (CTC) medida por cromatogra-fia iônica . Em todas as técnicas foi feita comparação direta dos valores da zeóli-tas sintetizadas neste estudo, com os va-lores da zeólita 4A comercial pura (IQE).

O MEV foi escolhido para determinar o tamanho e a morfologia dos cristais das zeólitas sintetizadas.

RESULTADOSNa Tabela 1 são mostrados os valores

de CTC obtidos para os produtos zeolíti-cos sintetizados neste estudo.

Observa-se que as amostras sintéticas apresentaram valores médios de 4,8± 0,4 meq/g-1 e 4,3 ± 0,1 meq/g-1 indicando que estes materiais zeolíticos sintéticos possuem um elevado potencial para uti-lização como trocadores iônicos.

O MEV foi escolhido para determi-nar o tamanho e a morfologia dos cris-tais das zeólita sintetizadas. A figura 1 mostra a identificação da zeólita obtidas neste trabalho, e a figura 2 mostra a zeo-lita comercial espanhola de alta pureza.

As fases cristalinas foram caracteriza-das por difração de raios-X (XRD) usando um difratômetro de Raios-X da SIEMENS modelo D5000 com goniômetro θ-θ e radiação Kα em tubo de cobre nas con-dições de 40 kV e 25 mA. As fases crista-linas presentes nas amostras foram iden-tificadas com a ajuda do arquivo JCPDS (Joint Committee on Powder Diffraction Standards) para compostos inorgânicos.

Os difratogramas confirmam a for-mação e pureza da zeólita 4 A sintetizada. Na comparação com a zeólita ultra pura,

se observam picos intensidade de difra-ção de raios-X bastante semelhantes. CONCLUSÕES

Os resultados demonstraram que as cinzas da Unidade - B da Usina Termelé-trica Presidente Médici (UTPM) podem ser utilizadas como matéria-prima para a síntese de zeólita do tipo 4A, utilizando o processo direto de conversão hidrotér-mica.

Através das imagens de MEV foi pos-sível confirmar a formação da zeólita 4A. Assim como os valores qualitativos da DRX confirmam a estrutura e pureza da zeólitas 4A sintetizada neste estudo.

Os resultados de CTC encontrados (4,8 meq/g-1 e 4,3 meq/g-1) são conside-rados satisfatórios e indicam que estes materiais zeolíticos sintéticos possuem um elevado potencial para utilização como trocadores iônicos, podendo ser construtores alternativos para substituir o uso de tripolifosfato de sódio.

*ARTIGO VENCEDOR DA I MOSTRA CIEN-TÍFICA DA IX SEMANA ACADÊMICA DE QUÍMICA DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

BIBLIOGRAFIA

PAPROCKI, A., Síntese de Zeólitas a partir de cinzas de carvão visando sua utilização na descontaminação de drenagem ácida de minas. Porto Alegre: PUCRS, 2009. Tese(Mestrado em Engenharia e Tecnolo-gia de Materiais – PEGTEMA). Pontificia Universidade Catolica do Rio Grande do Sul, 2009.

CHUNG WANG, R., Influence of Na (OH) concentrations on synthesis of purê-form zeolite A from fly ash using two-stage method. Journal of Hazardous Materials 155 (2008) pp 58 – 64.

CARDOSO, A., Síntese de Zeólitas a Partir de cinzas de carvão visando uma produção mais limpa e econômica. III Congreso Brasileiro de Carvão Mineral; Gramado, agosto 2011.

Tabela 1: valores obtidos neste estudo em comparação com a zeólita comercial extra pura.

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LEGISLAÇÃO

Lei 12514/11 modificavalores das anuidadesOs valores das anuidades de pro-

fissionais e empresas dos Conselhos Profissionais foram modificados com a aprovação da Lei Federal nº12514/11 sancionada pela presidente Dilma Roussef em outubro de 2011, que de-fine os valores cobrados pelos Conse-lhos de todo o país.

O Conselho Federal de Química, em reunião plenária com os Conse-

lhos Regionais, resolveu, dentro de suas atribuições legais, conceder des-contos de 50% e 30%, no caso de pro-fissionais, e 5% e 3% para empresas; para pagamento nos meses de janeiro e fevereiro respectivamente (veja a ta-bela abaixo).

Assim, para o ano de 2012 ficam estabelecidos os seguintes valores para os profissionais da química:

Nível Superior R$ 500,00

Nível Médio R$ 250,00

Auxiliares e Provisionados R$ 150,00

Pagamento até 31/01 50% de desconto

Pagamento até 29/02 30% de desconto

Pagamento até 31/03 Sem desconto

VALORES DESCONTOS

Para agilizar o processo de re-novação das AFTs (Anotação de Função Técnica) o CRQ-V disponibi-lizou o serviço de renovação online no site. Basta preencher o requeri-mento com os dados solicitados e seguir o procedimento indicado. Acesse http://www.crqv.org.br e saiba mais.

A Anotação de Função Técnica (AFT) é um documento necessário para os profissionais que assumem a responsabilidade técnica pela ati-vidade química desenvolvida em uma indústria, prestadora de ser-viço, laboratório ou outro tipo de pessoa jurídica de acordo com o artigo 350 da CLT, de 1943. É impor-tante lembrar que a AFT faz parte do histórico profissional e assegura às pessoas jurídicas que a atividade química anotada é de responsabili-dade exclusiva do profissional para todos os fins.

RENOVAÇÃO ONLINE DE AFT’S

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AGENDA 2012

INSCRIÇÕES PARA SIMPÓSIO SOBRE BIOCOMBUSTÍVEIS COMEÇAM EM JANEIRO

JANEIRO24• Sistema de Gestão do

Atuação Responsável Promovido pela Abiquim

JUNHO11 E 13• VIII Simpósio Internacional

de Qualidade Ambiental Promovido pela ABES/RS

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O Simpósio Nacional de Biocom-bustíveis (BIOCOM) é um evento or-ganizado anualmente pela Associação Brasileira de Química (ABQ) e deverá realizar sua quinta edição no período de 21 a 23 de março de 2012, tendo como principais parceiros a Univer-sidade Luterana do Brasil (ULBRA), a Fundação de Ciência e Tecnologia (CIENTEC), o Instituto de Química da UFRGS e a Faculdade de Química da PUCRS. O evento será realizado nas dependências da ULBRA na cidade de Canoas (RS).

O programa incluirá conferências, mesas-redondas, palestras e apresen-tação de trabalhos. Entre os palestran-tes, estão confirmados representantes

de órgãos como Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombus-tíveis (ANP), do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), EMBRAPA – Clima Tempe-rado, BADESUL, Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Instituto Nacional de Tecnolo-gia (INT), Sindicato de Distribuidores de Combustíveis (SINDICOM), Petro-bras Distribuidora, União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), BRASKEM, Brasil Ecodiesel, TAM e Polícia Federal , além de pesquisadores das principais uni-versidades do país.

As inscrições ocorrem a partir de janeiro no site do evento: www.abq.org.br/biocom

RETROSPECTIVA: O ANO DE 2011

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