SERRA PELADANOVA

NFORMATIVOPROJETO

Mineração Ltda.

O ‘‘CORAÇÃO’’DO PROJETO NOVA SERRA PELADA

O ‘‘CORAÇÃO’’DO PROJETO NOVA SERRA PELADA

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Informativo Mensal do Projeto Nova Serra Pelada - Coordenação Geral: Ana Suzi Rego / Textos: Ana Suzi Rego e Agência Bateia / Projeto Gráfico Agência Bateia: Wenderson Costa / Fotos: Arquivos SPCDM - Anderson Souza / Impressão: Anagráfica / Tiragem: 7.000 / informativoserrapelada@gmail.com

Informativo do Projeto Nova Serra Pelada

Participação da comunidade impulsiona ações sociais

em Serra Pelada

A comunidade de Serra Pelada, em especial profissionais da área da educação e

saúde, vem participando da atuação da SPCDM - Serra Pelada Companhia de Desen-

volvimento Mineral (empresa formada pela sociedade entre a Coomigasp e Colos-

sus). Com o apoio de professores, diretores e coordenadores de escolas, agentes de sa-

úde e profissionais do município, é possível realizar diversas ações importantes para a

vila e viabilizar projetos sociais e ambientais.

Graças à participação desses profissionais, a comunidade se envolve e se identifi-

ca com as ações. Uma caminhada com cerca de 200 pessoas pelo Dia Mundial da

Água, em março, contou com diversos materiais confeccionados pelas escolas muni-

cipais, através de seus alunos, diretores, coordenadores e professores e levou morado-

res para as ruas em prol do uso consciente da água.

No dia 19 de abril, uma parceria de professores com profissionais das áreas de ar-

quitetura e meio ambiente da SPCDM, viabilizou a realização de uma palestra para ori-

entar na montagem de uma vala de compostagem para transformação de lixo orgânico

em fertilizante para plantas. A palestra foi realizada para crianças e pais, na creche

Antonia Pimenta de Moura, onde foi aberta uma vala para demonstração e que servirá

de modelo do Projeto para a vila.

Outra evidência da participação da comunidade pelo desenvolvimento da vila foi

uma reunião realizada com a SPCDM e coordenadores da administração municipal,

subsecretária de Educação, diretores e coordenadores pedagógicos das escolas. A reu-

nião teve como objetivo promover diálogos iniciais para analisar a possibilidade de se

implantar a Agenda 21 nas escolas de Serra Pelada, onde será formado um Fórum para

discussão das prioridades locais e do plano de ação para o desenvolvimento sustentá-

vel da vila. Uma consultora acompanhando a SPCDM foi levada para explicar aos par-

ticipantes sobre a agenda 21. Questões foram levantadas e ideias foram apresentadas

pelos participantes como a criação de uma cooperativa de artesanato para geração de

renda e sustentabilidade e a implantação de cursos profissionalizantes para a qualifi-

cação de jovens da comunidade.

O que é agenda 21?

O que é sustentabilidade?

A Agenda 21 é um programa de ação, base-

ado num documento de 40 capítulos, que consti-

tui a mais ousada e abrangente tentativa já realiza-

da de promover, em escala planetária, um novo pa-

drão de desenvolvimento, conciliando métodos de

proteção ambiental, justiça social e eficiência eco-

nômica.

Fonte:

http://www.ecolnews.com.br/agenda21/

Sustentabilidade é um termo usado para de-

finir ações e atividades humanas que visam suprir

as necessidades atuais dos seres humanos, sem

comprometer o futuro das próximas gerações.

A SPCDM agradece a todos aqueles que participam junto com a empresa das ações e projetos para a melhoria da qualidade de vida em Serra Pelada.

Informativo do Projeto Nova Serra Pelada 03

O lixo descoberto e não tratado, e jogado em lugares públicos sem ne-

nhuma precaução é sinônimo de poluição e doenças, além do que a sujei-

ra espalhada nas cidades dá um aspecto feio. Além de o lixo agredir o me-

io ambiente sendo responsável pela morte de animais e plantas, também

causa problemas diretamente ao ser humano causando doenças sérias.

Isso porque o lixo oferece todas as condições para a reprodução de inse-

tos e pragas como ratos, pombos, baratas, moscas, que são causadores de

infecções. São muitas as doenças relacionadas ao acúmulo de lixo não tra-

tado, entre elas as principais são a febre tifóide, peste bubônica, tifo, téta-

no, leptospirose, além de alergias, infecções intestinais e outras doenças.

A contaminação pode ser dar de duas maneiras: ferindo-se com

objetos cortantes contaminados ou andando descalço em solo

contaminado. Os sintomas se manifestam após 5-10 dias após

a infecção, a doença é caracterizada pelos seguintes sintomas: Irritabilidade,

dor de cabeça, febre, além de provocar deformações no rosto (riso sardônico),

rigidez muscular, na língua e na faringe deixa quase impossível a ação de

engolir. A melhor forma de prevenção é a vacinação.

Causada pela bactéria Leptospira presente na urina de ratos, geralmente a

contaminação se dá no período de enchentes onde a urina se mistura na água, o

contágio se dá pelo contato, principalmente se a pessoa tiver algum arranhão ou

corte. Os principais sintomas são parecidos com os da gripe: febre, dor de

cabeça, dores pelo corpo, principalmente na panturrilha, podendo ocorrer

icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas, daí o apelido da doença

ser amarelão). Nas formas mais graves são necessários cuidados especiais,

inclusive internações hospitalares. A melhor forma de combate é o diagnóstico

precoce.

Causada por pela bactéria Salmonella typhi que se desenvolve

no lixo. Apresenta como sintomas: febre constante, alterações

intestinais, aumento das vísceras, diminuição dos batimentos cardíacos,

aumento do baço, manchas rosadas no tronco do corpo e tosse seca, se não for

tratada com urgência leva a uma confusão mental e a morte. O contágio se dá

através da ingestão de alimentos ou água contaminados, esta contaminação

ocorre através do contato dos alimentos ou água com as fezes humanas

contaminadas.

O lixo produzido em casa pode ser divido em dois ti-

pos: aquele que pode ser reciclado e aquele que podem ser

reaproveitado.

Os restos de comida dos pratos, cascas de verduras e

frutas caracterizam aquele lixo que pode ser reaproveitado

e transformado.

A compostagem doméstica é um processo de reapro-

veitamento que transforma a matéria orgânica do lixo em

adubo rico em nutrientes que pode ser utilizado em plantas.

Quem tem quintal em casa, deve juntar os restos de co-

mida e despejar em uma vala (exemplo ao lado), cubrir

com alguns galhos e folhas secas. A compostagem estará

pronta em 3 ou 4 meses e o adubo formado pode ser usado

em plantas ou vendido.

1º PASSO

EM SEU QUINTAL CAVAR A VALA, EM LUGAR SOMBREADO PARA PROTEGER DO SOL E DA CHUVA;

Obs: Não cavar uma vala muito profunda para facilitar o revirar do composto e para evitar acidentes

2º PASSO

COLOCAR UMA CAMADA DE GALHOS E FOLHAS SECAS NO FUNDO DA VALA

3º PASSO

COLOCAR O MATERIAL ORGÂNICO SEMPRE TAMPADOCOM MATERIAL SECO (FOLHA E GALHOS) OU TERRA

Projeto cedido pela equipe multidisciplinar formada por profissionais das áreas de Arquitetura e Meio Ambiente

04 Informativo do Projeto Nova Serra Pelada Informativo do Projeto Nova Serra Pelada 05

iferente da antiga “cratera” aberta pelos garimpeiros de Serra Pelada na década

de 80, a Mina Nova Serra Pelada representa um modelo moderno de lavra subter-

rânea, pautado na tecnologia e na segurança dos trabalhadores. São 150 pessoas Dexercendo diversas funções como mecânicos, operadores de máquinas, técnicos de segurança, en-

genheiros e geólogos, que se revezam em 3 turnos de 8 horas. Esses profissionais são responsáveis

pelo desenvolvimento da galeria (túnel) que tem previsão para 4 km de extensão a aproximada-

mente 350 metros de profundidade, medindo 5,0m por 5,5m.

O minerador Road Header entra no

túnel e através de sua “cabeça giratória” es-

cava a parede podendo abrir até 80 cm por

hora. O material escavado é jogado dentro

de uma Correa transportadora que joga

dentro de um caminhão tipo caçamba. O ca-

minhão cheio vai para fora da mina e joga o

material estéril (que não contém minério)

no chamado bota-fora.

A cada dois metros abertos, (que pode

variar de acordo com a rocha) o minerador

é retirado e vem a parte de concretagem de

toda a face aberta. O concreto é de 8 a 10 cm

de espessura. Depois aplica-se os tirantes

que são grandes parafusos em torno de 2,4

m, fixados com argamassa. Esta atividade

tem como função formar um arco em torno

do túnel para garantir a estabilidade das pa-

redes. Quando a região está muito instável

são colocadas cambotas de aço para dar ma-

ior estabilidade. Essa é a rotina.

Paralelamente a isso existe o controle

de drenagem, com o bombeamento da água

para fora da mina constantemente.

O sistema de ventilação da mina fun-

ciona através de um duto de ventilação for-

çado. A medida que a mina avança são ins-

talados mais dutos de forma a permitir ás

frentes de trabalho condições satisfatórias

de qualidade do ar.

Toda a iluminação da mina é feita

com lâmpadas permitindo maior visibili-

dade ao longo de toda a rampa.

Processo de escavação

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA GALERIA

Os operadores são treinados dentro do projeto não só

para operar um equipamento, mas para que seja polivante

(tenha capacidade de operar mais de um equipamento).

Dessa forma é possível otimizar o quadro de funcionários.

A segurança na mina é observada em todas as ativi-

dades realizadas e será incrementada com a chegada de

equipamentos robotizados que minimizam riscos.

Dentre os equipamentos de proteção individual exi-

gidos, destaca-se uma máscara de fuga que é obrigatória

dentro da mina. Ela permite o suprimento de oxigênio em

uma situação de emergência.

No caso do concreto projetado usa-se macacão des-

cartável e máscara integral, óculos e luvas.

Todos os dias são feitos DDS de 5 minutos antes de en-

trar na mina, a cada troca de turno. Os trabalhadores e su-

pervisores se reúnem para falar de segurança.

Treinamentos e Segurança

Máscara de fuga

Para alguns a proteção tam-

bém vem da crença. Santa Bárba-

ra é a padroeira dos mineiros e

sua imagem se encontra em um

santuário na entrada da mina.

Os mineradores contínuos road headers da mina

Nova Serra Pelada são os mesmos que escavaram o Ca-

nal da Mancha – grande túnel submarino e subterrâneo

que liga a França à Inglaterra.

Curiosidade:

Road Header escavando Esteira levando material para caçamba Caçamba saindo do túnel com estéril

bota-fora

Paredes do túnel concretadasTirantes Cambotas de aço

A Topografia é quem dá a orientação se o projeto segue de forma correta, de acordo com o plano pré-estabelecido. Também mede o avanço oficial e o volume de material escavado.

Todo o processo de abertura da mina começa

com a geologia e as sondagens. Estas são res-

ponsáveis por definir o modelamento do cor-

po mineral e sua localização. Após isso, vem o

planejamento que define, além de tudo, o mé-

todo de lavra mais indicado e o local em que

deve ser embocado o túnel.

Com isso já é possível o dimensionamento de equipa-

mentos e maquinários. Na mina Nova Serra Pelada as má-

quinas já foram adquiridas e começaram a chegar, cada

vez mais dando agilidade e segurança ao processo.

Atualmente a mina conta com dois mineradores con-

tínuos Road Headers, responsáveis pela escavação e desen-

volvimento da galeria.

Até janeiro de 2012 haverá mais equipamentos.

2 Robolt – atirantamento mais eficiente e seguro

6 Carregadeiras LHD rebaixadas para carregar

material da mina

Mais 1caminhão Alpha 20 e 2 caminhões Tornados

1 Jumbo que serve para preparação da rocha para

posterior detonação.

3 caminhões terceirizados convencionais para trans-

porte de estéril.

Um caminhão Alpha 20, para projetar concreto via

controle remoto, evitando a exposição do funcionário

a um possível risco de desplacamento.

2 caminhões betoneira rebaixados Tornado.

A escavação da mina segue um cronograma pla-

nejado. A galeria já passa dos 230 metros de compri-

mento. Há uma diferença de nível equivalente a 35 me-

tros em relação à boca do túnel até a frente de traba-

lho. A previsão é que a retirada de minério ocorrerá

em meados de 2012.

06 Informativo do Projeto Nova Serra Pelada

osé Adauto de Sou- lho mais velho, que não queria saber do No garimpo conseguiu 5 kilos e 800

sa é mais conhecido co- pai. No fim das contas, desmentiu a carta g de ouro. Com o dinheiro comprou uma

mo Sarapião, um apeli- e o filho que mais lhe deu as costas foi o terra. Mas as mulheres de sua vida fica-

do de garimpo. Sua his- que mais lhe abraçou. Os filhos quiseram ram com tudo. Em uma de suas separa-

tória familiar é tão gran- repreender a mãe, mas Sarapião não dei- ções perdeu a cabeça e tudo o que tinha.

de que quase não so- xou, dizendo se orgulhar da mulher por Um de seus filhos, muito perigoso, se-

brou tempo para o ga- nunca ter abandonado os filhos. Sugeriu gundo ele, foi assassinado em Parauape-

rimpo. Nasceu em São João dos Patos, no passar uma borracha no passado. bas e Sarapião guarda com cuidado o jor-

Estado do Maranhão, e mudou-se para Sarapião, ‘‘para mostrar a que veio’’ nal com a notícia e a foto do corpo do fi-

Brejo Paraibano onde uma tragédia levou e provar que ali não havia dúvida, casou- lho.

seu pai, morto por assassinato. Desgosto- se tantas vezes quis e com 10 esposas teve Depois que o garimpo fechou, Sara-

so do acontecido, Sarapião foi embora pa- 25 filhos. Diz que tem filho de Serra Pela- pião passou a mexer com festas, forrós e

ra São Sebastião, então Estado de Goiás, da ao 30. É tanto menino que não sabe eventos. Depois abriu um bar, com o qual

hoje Tocantins. Lá casou-se, teve 3 filhos, nem quantos são mulheres e quantos são alimenta 4 filhos que moram com ele. Só

mas deixou a família para ir para o garim- homens. Netos, não consegue nem con- conta com a renda do bar e do Bolsa Famí-

po em Serra Pelada. Logo a família o tar. Nunca gostou de ficar muito tempo lia. Tem 52 anos, está solteiro e tem pro-

acompanhou. Um dia, após uma greve nu- longe da família. Uma de suas esposas, blemas no coração. Nem precisa dizer

ma ponte em Marabá, onde vários garim- com quem teve 6 filhos, o deixou e foi em- que para Sarapião o mais importante na vi-

peiros foram massacrados, e que Sara- bora com um cantor, conhecido como o da de uma pessoa é a família, mesmo não

pião havia comparecido a contragosto da Índio Apaixonado, o Frankito Lopes. Sa- dando tudo certo. Mas mesmo assim, não

família, ouviu duras palavras da boca de rapião não foi atrás. pensa em se casar novamente.

sua esposa na volta para casa: ‘‘Tanta gen-

te boa morreu e esse miserável não mor-

re.’’ Foi a gota para que ele lhe dissesse

que ela era a mãe de seus filhos, mas não

seria mais sua mulher. Sua esposa ainda

passou tempos batendo à sua porta, mas

depois de oito meses foi embora com os fi-

lhos sem dizer para onde, deixando ape-

nas uma carta com palavras agressivas

agressivas em relação a sua masculinida-

de.

Quinze anos depois Sarapião resol-

veu ir atrás dos filhos que nunca mais ti-

nha visto. Descobriu que moravam em

Cruzeiro do Sul (PA) e arriscou. Chegan-

do lá, com a carta da esposa em mãos, re-

cebeu a ajuda de um mototaxi para encon-

trá-los.

Encontrou muita resistência do fi-

omemorando seu 23º aniversá- trução, confirma os 30% de crescimento nas memorou dizendo: “Nossa cidade está fican-

rio Curionópolis respira ares de vendas citados pelo presidente da ACIC, e re- do mais decente e bonita”.Cprogresso. O município vem re- força: “Nem mesmo o período chuvoso desa- Novos empreendimentos – Motivados

cebendo um importante impulso na economia nimou as pessoas interessadas em construir e pela nova economia de Curionópolis investi-

em decorrência da geração de emprego e ren- em decorrência disso nossas vendas vêm cres- dores estão focados no município. Um lotea-

da. Empreendimentos imobiliários aparecem cendo consideravelmente”. mento com mais de quatro mil lotes foi colo-

e o setor é alavancado pela grande procura tan- Infraestrutura - Além do comércio, a in- cado à disposição da comunidade e com as

to de aluguel quanto de compra de imóveis. fraestrutura do município também recebeu vendas satisfatórias, segundo o gerente de

A Associação Comercial e Industrial con- uma atenção especial com pavimentação de vendas do empreendimento, César Barachi.

firma a informação acreditando em um cres- ruas e drenagem fluvial, entre outras ações, o História – Formada a partir de uma vila er-

cimento em torno de 30% no movimento do fi- que deixou a comunidade satisfeita, como o guida as margens da PA-275 no km-30 da ro-

nanceiro o comércio local. Adalto Santos, pre- garimpeiro João Viera Alves de 72 anos, mora- dovia, Curionópolis esperou anos para voltar

sidente da entidade, ressaltou que esse cresci- dor do Bairro da Paz há 28 anos. Empolgado a ter uma economia sólida, já que o auge do ou-

mento motivado pelos projetos de mineração com os dias atuais ele disse: “Eu vim pra Curi- ro não garantiu estabilidade. O Projeto Nova

no município: “Com a implantação do Proje- onópolis em função do garimpo de Serra Pela- Serra Pelada é responsável por mais de 500

to Nova Serra Pelada apareceram os empre- da e vi essa cidade quase se acabar. Hoje tem empregos diretos e aproximadamente 1.000

gos e consequentemente um aumento no po- muita gente empregada e as coisas estão me- indiretos, isso porque os hotéis, restaurantes,

der de compra da comunidade local”, afir- lhorando. Minha rua foi asfaltada e não tem postos de gasolina, supermercados ficam

mou. mais poeira e nem lama”. com movimento superaquecido e precisam de

Todos os setores do comércio estão per- O comerciante Afonso Balbino da Con- mão-de-obra para atender a comunidade, o

cebendo a melhora nas vendas. Djair Araújo, ceição de 60 anos reside em uma das ruas que que também ocorre com dezenas de outros ser-

proprietário de uma casa de materiais de cons- nos últimos dois anos recebeu benefícios e co- viços impulsionados pelo projeto.

João Viera: ‘‘As ruas no meu

bairro estão muito melhores’’

Afonso Balbino: ‘‘Nossa cidade

está ficando cada dia mais bonita’’

Cidade recebeu várias obras de

infraestrutura nos últimos dois anos

O Poder Público tem tido mais forças

para investir em necessidades básicas

08 Informativo do Projeto Nova Serra Pelada

Eneudes Rodrigues da Silva

Eneudes Rodrigues da Silva. 39 anos, nasceu em

Imperatriz-MA e veio para Serra Pelada em 1986,

ainda adolescente. Seu pai morreu cedo e sua mãe,

com a permissão da entrada de mulheres no garim-

po, veio tentar a vida. Eneudes era pequeno e apenas

estudava, mas depois de um tempo começou a traba-

lhar no garimpo também. Depois do fechamento do

garimpo, Eneudes oscilou entre o trabalho e o de-

semprego. Trabalhou em algumas empresas em Ser-

ra Pelada mesmo. Passou uma época em sua vida de

muita dificuldade, tendo que ir para Parauapebas

buscar alguma oportunidade.

A expectativa na vila era

muito baixa, o que o abalava emocionalmente.

Com a chegada da SPCDM em Serra Pelada, Eneu-

des encontrou uma nova perspectiva. Hoje está em-

pregado e se sente melhor e mais valorizado. Traba-

lha como Inspetor de Segurança Patrimonial do Pro-

jeto Nova Serra Pelada, supervisionando os vigilan-

tes e auxiliando em suas necessidades. Recebeu trei-

namento específico para sua área de atuação em Ma-

rabá e já está na empresa há 9 meses. Para Eneudes,

a empresa só trouxe benefícios. Sua esposa e mais 2

irmãos trabalham para o Projeto. Diz que se sente

melhor psicologicamente e hoje comemora maior

qualidade de vida em sua casa.

Foi com a esposa, com

quem é casado há 15 anos.

OPORTUNIDADE

Reutilização do óleo do refeitório

Um dos grandes problemas relaciona- ma de reaproveitar o óleo utilizado na pre-

dos à geração de lixo no planeta é o descarte paração da comida servida no refeitório do

do óleo utilizado em cozinhas. O tratamen- Projeto Nova Serra Pelada.

to do lixo é muito caro e se não for tratado O óleo já limpo, que fica retido em

pode gerar grande impacto ambiental. O uma caixa de gordura, é coletado e armaze-

óleo de cozinha é altamente poluente e o nado em recipientes. A alternativa foi doar o

descarte consciente desse resíduo é neces- óleo de cozinha para a Associação das Mu-

sário para evitar a contaminação dos rios ao lheres de Serra Pelada que se encarrega de

ser despejado de forma inadequada. A reutilizar esse óleo para produzir sabão em

SPCDM vem procurando formas de contri- barra. A quantidade de óleo que seria des-

buir gerando o mínimo de lixo possível e re- cartado e agora será reaproveitado chega a

aproveitando ao máximo os produtos antes 150 litros por mês. A produção do sabão se-

de descartá-los. Por isso encontrou uma for- rá distribuída entre as associadas.

Material utilizado

- 5 litros de óleo comestível

usado

- 2 litros de água

- 200 ml de amaciante

- 1 Kg de soda cáustica em

escama(NaOH);

Passo-a-passo

1- Coloque a soda em

escamas no fundo do balde

cuidadosamente.

2- Coloque, com cuidado, a

água fervendo. Mexa até diluir

todas as escamas da soda.

3- Adicione o óleo

cuidadosamente. Mexa.

4- Adicione o amaciante.

Mexa novamente.

5- Mexa até formar uma

mistura homogênea.

6- Jogue a mistura em uma

fôrma e espere secar

bastante.

7- Corte as barras e pronto!

Receita de sabão a partir do óleo de cozinha:

Quanto mais o sabão curtir,

melhor ele fica. Todo cuidado é pouco. A

soda, em contato com a pele, poderá cau-

sar queimaduras. Portanto, adote proce-

dimentos de segurança como uso de lu-

vas, óculos de segurança e tenha à mão

materiais de primeiros socorros em caso

de acidentes.

Fonte: Instituto Akatu

Três novos equipamentos chega-

ram para trazer mais velocidade e se-

gurança aos trabalhos na mina do Pro-

jeto Nova Serra Pelada. Trata-se de

um caminhão Alpha 20 movido a con-

trole remoto, responsável pela proje-

ção de concreto nas paredes do túnel e

dois caminhões betoneira rebaixados

Tornado. Os equipamentos já foram

testados e os funcionários receberam

treinamento específico para operar as

máquinas.

Alpha 20Betoneira Tornado