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Informe Setorial - Saúde

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Com informações da Secretaria Estadual da Saúde, o Informe Setorial elaborado pela SGG em parceria com a FGV traz informações sobre os principais avanços na área, resultados do maior investimento para hospitais, atenção básica, equipes de Saúde da Família e aquisição de medicamentos.

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Informe setorial: Saúde II — A evolução da Saúde no Rio Grande do Sul

Informe setorial

Saúde IIA evolução da Saúde no Rio Grande do Sul

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Informe setorial: Saúde II — A evolução da Saúde no Rio Grande do Sul

Esta é a segunda versão do Informe Setorial-Saúde, que apresenta uma atualização do diagnóstico, realizado ainda no ano passado, sobre as políticas de saúde desenvolvidas atualmente pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Elaborada em parceria com a Fundação Getulio Vargas, a presente publicação apresenta novos dados e informações que permitem um olhar mais abrangente sobre a ação do Governo do Estado na área da saúde.

A análise que será apresentada nas próximas páginas ratifica aquilo que já havia sido apontado anteriormente: o Rio Grande do Sul iniciou uma mudança paradigmática em relação à implantação das políticas públicas de saúde no estado, apoiada, especialmente, na ampliação expressiva de recursos investidos pelo Executivo Estadual. E os efeitos desse novo padrão de aporte de recursos sobre o Sistema Único de Saúde se tornam cada vez mais perceptíveis nas diversas regiões do estado.

Paralelamente, ainda há inúmeros desafios e constrangimentos ao aperfeiçoamento dos serviços de saúde prestados à sociedade, que devem ser enfrentados pelos governos federal, estadual e municipais, como forma de potencializar e dar efetividade ao incremento de recursos verificado no último período.

Cumpre reconhecer que, apesar das dificuldades, já é possível identificarmos avanços significativos, manifestos por diversos indicadores, que servem de parâmetro para consolidação de uma análise positiva a respeito das atuais estratégias implantadas pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, na área da saúde.

Os esforços realizados pelo Governo Federal, em especial, a partir da implantação do Programa Mais Médicos, também já impactam positivamente sobre a estrutura de atendimento à população gaúcha e a apreciação realizada pelo presente Informe considera esse importante passo no caminho da resolução de alguns dos principais desafios à melhoria do atendimento no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Os Informes Setoriais são destinados aos gestores e agentes políticos do Governo do Estado e buscam compor uma narrativa sobre as diversas estratégias desenvolvidas pelo Governo do Estado - nas diferentes áreas de atuação do Executivo Estadual - visando a promoção do desenvolvimento econômico e social, com equidade e participação.

Vinicíus WuSecretário Geral de GovernoEstado do Rio Grande do Sul

APRESENTAÇÃO

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Informe setorial: Saúde II — A evolução da Saúde no Rio Grande do Sul

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul em 2011 definiu como um dos eixos estratégicos da gestão “elevar a qualidade de vida e erradicar a pobreza extrema”, desenvolvendo políticas públicas de proteção, inclusão social e combate à miséria, entre as quais está a saúde. Desse modo, foi estabelecida como missão da Secre-taria Estadual de Saúde: ampliar o acesso aos serviços de saúde com qualidade, em todos os níveis de atenção, de forma humanizada, segundo as necessidades sociais, em tempo oportuno e com resolutividade. A missão tem como resultado a promoção da autonomia e cidadania, contribuindo para a qualidade de vida da população, mediante os cuidados em redes regionais, em conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

O protagonismo da Secretaria Estadual de Saúde, o co-financiamento do SUS, a con-certação com os diversos atores sociais (trabalhadores, gestores municipais, movi-mentos sociais), o alinhamento com as políticas federais e a constituição de redes regionais de saúde a partir do fortalecimento de atenção básica com enfoque da estratégia da saúde da família foram objetivos norteadores das ações e projetos da área da saúde no Rio Grande do Sul. Hoje os gaúchos contam com um Plano Es-tadual da Saúde ancorado na transversalidade entre as políticas públicas proposta no Mapa Estratégico do governo estadual e nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM/ONU) para incidir nos determinantes sociais geradores de doenças e de vulnerabilidades.

A população do Rio Grande do Sul na primeira década do século XXI tem baixo coeficiente de natalidade (nascem menos crianças do que no final do século pas-sado), ampliou sua expectativa de vida (os gaúchos vivem mais e o percentual de idosos aumenta), e habita majoritariamente as cidades. Os problemas de saúde são de três ordens distintas e que se interpõem: doenças infecto-contagiosas como a tuberculose e HIV/Aids, doenças crônicas como obesidade, hipertensão e diabetes, e os decorrentes de situações de violência. As quatro principais causas de mortali-dade no Rio Grande do Sul decorrem de fatores relacionados a esses problemas. Os gaúchos morrem por problemas circulatórios, respiratórios, neoplasias (câncer) e por causas externas. Portanto, o sistema de saúde precisa incidir sobre essa situ-ação, que é diferente conforme a vulnerabilidade socioeconômica, a raça/cor/etnia, o gênero, o trabalho.

Para dar sequência aos propósitos do Governo do Estado em relação à saúde da população gaúcha, foi fundamental a decisão de ampliar gradativamente os recur-sos destinados ao setor até atingir os 12% constitucionais. A decisão foi apoiada na reivindicação da sociedade e impulsionada pela legislação federal, bem como pelos legisladores estaduais ao votarem o orçamento para 2012.

Este Informe traz uma síntese sobre a aplicação do investimento dos recursos da saúde, com ênfase no co-financiamento da assistência hospitalar, da rede de urgên-cia e emergência e da atenção básica a partir da estratégia da família, tanto para investimento quanto para o custeio das ações e serviços.

Sandra FagundesSecretária Estadual de SaúdeEstado do Rio Grande do Sul

INTRODUÇÃO

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Informe setorial: Saúde II — A evolução da Saúde no Rio Grande do Sul

Evolução real da aplicação de recursos do orçamento em Saúde no Estado do Rio Grande do Sul

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul.

O incremento no investimento em saúde atingiu principalmente os repas-ses destinados aos hospitais, que passaram de 42% em 2010 para 86% do investimento total em 2013. Isso demonstra o compromisso do governo do estado com a garantia de serviços voltados a cuidados integrais da saúde e às demandas da população. O Rio Grande do Sul tem apresentado uma evolu-ção na variação da despesa em saúde com recursos próprios por habitante, especialmente quando comparada à taxa de incremento dos demais estados brasileiros.

Melhoria dos Hospitais e Aumento de Recursos

Devido à decisão da gestão anterior de promover um ajuste fiscal, os inves-timentos em saúde no Rio Grande do Sul foram comprometidos. Com o ob-jetivo de recuperar esses investimentos, desde 2011 vem sendo implemen-tada pelo governo estadual uma política que já representa uma evolução

de mais de 87% nos repasses reais de recursos para a saúde.

2,5

2

1,5

1

0,5

0

1,2

2010

1,4

2011

1,6

2012 2013 bilhões de reais

2,3

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Variação real da despesa em saúde com recursos próprios por habitante

Fonte: Ministério da Saúde

Quando se observa a evolução dos gastos em saúde acumulados desde 2006, é possível perceber que o ano de 2012 tem destaque pelo maior incremento na despesa com recursos próprios por habitante no estado, com 23,87% de aumento nominal. Tal fato indica um caminho de esforços direcionados ao desenvolvimento da saúde no Rio Grande do Sul, com forte investimento no setor.

Valores reais (IGP-DI) pagos com recursos do Tesouro Estadualaos hospitais RS (em R$ milhões)

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul

Dados da Secretaria Estadual da Saúde indicam uma previsão orçamentária de repasse aos hospitais filantrópicos de R$ 500 milhões até o fim do ano de

2014, ou seja, R$ 108 milhões a mais que o valor repassado em 2013.

500

400

300

200

100

450

350

250

150

50

0

177,0

73,8

171,1

275,3

413,2

457,3

391,9

299,3

TOTALFilantrópicos

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde do RS

2010 2011 2012 2013

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O investimento que o governo realizou na saúde teve impacto direto nos ti-pos de serviços oferecidos pelos hospitais. Mesmo com o crescimento popu-lacional do estado, o Rio Grande do sul mantém a proporção da quantidade de leitos disponíveis para cada mil habitantes. A manutenção dessa propor-ção é um indicador do aumento de repasses de recursos e do investimento realizado na saúde. A realidade positiva do Rio Grande do Sul é mais bem contextualizada quando acompanhamos a evolução da média de números de leitos disponíveis no Brasil, que apresenta um padrão de queda perceptível.

Número de leitos públicos a cada 1.000 habitantes

Fonte: Ministério da Saúde

A fim de garantir o atendimento nos hospitais do estado e melhor atender sua população, o governo começou a implantar uma estratégia de regiona-lização de atendimentos de urgência e emergência. Para tanto, foi desenha-do um projeto de expansão do número de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que funcionam sete dias por semana e 24 horas por dia. As primeiras UPAs foram criadas no Rio Grande do Sul em 2011 e a previsão é que até o fim de 2014 existam trinta UPAs espalhadas pelo território gaúcho.

Melhoria no Atendimento de Urgência e Emergência do Estado

São 9 UPAs funcionando e há previsão de mais 21 até o final de 2014.

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Informe setorial: Saúde II — A evolução da Saúde no Rio Grande do Sul

Gráfico 5.1.1 – Implantação de UPAs

Fonte: Secretária da Saúde

O esforço para o aumento da capacidade do estado de prover serviços de ur-gência e emergência é também direcionado à ampliação do Serviço de Aten-dimento Móvel de Urgência, o SAMU.

5.2.1 Cobertura populacional do SAMU

Fonte: Secretaria Estadual de Sáude

Como pode ser observado no gráfico acima, o SAMU atende 89% da popula-ção gaúcha. De acordo com dados da SES, o número de bases do SAMU pas-sou de 85 em 2011 para 160 em 2013. Esses números ganham relevância ao compararmos o percentual de atendimento de toda a população brasileira, que se mantém na casa dos 70%. Ainda de acordo com a SES, para atender à população, o serviço conta com 35 ambulâncias de Suporte Avançado, 184 de Suporte Básico, sete motolâncias e dez veículos de intervenção rápida.

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Tendo em vista a falta de médicos para prestar atendimento na rede pública, especialmente em regiões do interior, a população demandou aumento do contingente desses profissionais. Como a fixação do profissional de saúde no interior é um problema do país inteiro, o governo federal iniciou o programa Mais Médicos. A iniciativa aloca profissionais de saúde no interior dos es-tados brasileiros para trabalhar nas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), que prioriza a atenção básica.

A recepção do programa no RS foi um sucesso: o estado foi capaz de captar 8% do total de médicos do programa e, desde abril de 2014, o estado aten-deu 100% da demanda das prefeituras, incorporando mais 1.065 médicos no Estado. Segundo dados da SES, a vinda desses médicos representa um impacto de atendimento de 3,7 milhões de gaúchos residentes em municí-pios ou localidades que antes tinham dificuldade em fixar profissionais para a atenção básica. Isso significa que mais de 30% da população gaúcha passou a ter acesso ao cuidado mais próximo de casa, o que favorece o diagnóstico precoce, a prevenção do agravamento de doenças e a promoção de saúde e qualidade de vida. Investimento em Atenção Básica

Dados da SES indicam que a atenção básica teve grande aumento de investi-mentos desde o inicio da gestão atual. De 2011 para cá, os valores nominais de repasses do governo voltados à promoção da atenção básica na saúde variaram positivamente. Em 2013, essa variação nominal chegou a alcançar 175%, passando de R$ 40 milhões para R$ 110 milhões.

Mais Médicos e Melhoria no Atendimento Básico

Investimento Nominal em Atenção Básica no RS, (em milhões de reais)

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul.

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O investimento em atenção básica é estratégico na saúde, pois possibilita a execução de ações de prevenção e promoção da qualidade de vida. Uma po-pulação com orientação adequada é mais saudável, passa menos tempo em hospitais e reduz a demanda dos serviços de saúde, possibilitando a fluidez e agilidade da prestação desses serviços. A Estratégia Saúde da Família é uma iniciativa que busca prestar serviços de cuidados primários, personalizados e continuados a indivíduos e famílias de uma comunidade local. Os Médicos da Família realizam diagnósticos precoces, com o intuito de desenvolver ações de medicina preventiva, promovendo a qualidade de vida de toda a popu-lação. Existe um trabalho consistente do governo do estado em ampliar a cobertura de equipes de atenção básica no Rio Grande do Sul.

Em 2012 a Estratégia de Saúde da Família ultrapassou a taxa de cobertura de mais de 50% da população gaúcha

Quando comparado com o desempenho médio do Brasil, é possível perceber que a evolução da cobertura das equipes de atenção básica no estado foi mais rápida do que no resto do país. A trajetória ascendente do cadastro de famílias é fruto de esforços do governo estadual para prover cuidados em saúde para toda a população gaúcha.

Gráfico 4.4.1 - Cobertura de equipes de atenção básica

Fonte: Ministério da Saúde

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Além do investimento para aumento da taxa de cobertura, o governo criou incentivos financeiros para ampliar o número de profissionais e facilitar a aquisição de veículos para as equipes de Saúde da Família. Segundo infor-mações da SES, os recursos repassados para os municípios para a aquisição de veículos variam entre R$ 50 mil a R$ 100 mil. Para atender áreas rurais com baixa densidade demográfica, o governo disponibiliza o repasse de R$ 250 mil para aquisição de novas unidades móveis de saúde, equipadas com consultório médico e odontológico.

O mapa abaixo mostra a proporção de pessoas cadastradas pela atenção bá-sica em cada região do estado.

Proporção da população cadastrada pela atenção básica RS

Fonte: Ministério da Saúde

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O Governo do Estado e o Ministério de Saúde são parceiros na provisão de medicamentos aos usuários do Sistema Único de Saúde, garantindo o acesso, sem custo, a medicamentos essenciais aos usuários do SUS. No ano de 2013 houve um forte investimento na provisão de medicamentos à população e uma expansão significativa do número de farmácias populares e farmácias conveniadas.

Valor nominal investido em medicamentos

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul.

Ampliação nos investimentos em medicamentos disponibilizados pelo SUS

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Os dados destacados neste Informe Setorial possibilitam uma análise geral dos serviços de saúde do Rio Grande do Sul. Diversas ações foram identifica-das como esforços para atender às principais reivindicações dos gaúchos que participaram das consultas populares promovidas pelo governo do estado. Dessa forma, é perceptível uma trajetória de melhoria para a regionalização do atendimento em saúde no estado e melhor provisão de serviços, com a realização de ações concretas como:

Conclusão

Adicionalmente, a priorização de serviços de saúde voltados à atenção bá-sica demonstra o compromisso do estado com a qualidade de vida do povo gaúcho.

O investimento em ações preventivas ligadas à atenção básica revela uma estratégia de longo prazo; ao mesmo tempo em que privilegia a qualidade de vida das pessoas, orientando para a promoção do bem-estar, desafoga a de-manda sobre os hospitais públicos e reduz gastos do processo de diagnóstico e tratamento graças às ações preventivas.

Os esforços estaduais em atender às populações mais distantes indicam um desafio que foi assumido pela atual gestão, com indicadores que apontam para o reforço de programas como o Estratégia Saúde da Família, o Mais Mé-dicos, o SAMU e as novas UPAs. O investimento na mobilidade dos serviços de saúde também aponta um incremento na disponibilidade dos serviços de emergência e atenção básica no estado.

A continuidade das estratégias até então implantadas, com foco nas deman-das da população, é fundamental para que o caminho do desenvolvimento da saúde no Rio Grande do Sul seja consolidado. O presente Informe atestou a capacidade do governo de responder às reivindicações apresentadas pela população gaúcha, além de verificar consistência nas estratégias adotadas na área da saúde, desde os esforços pela expansão da oferta de serviços até a melhoria dos já estabelecidos.

Investimentos em aquisição de medicamentos para distribuição pelo SUS

Ampliação de serviços nas especialidades médicas em todo RS

Refinanciando de hospitais filantrópicos

Ampliação da taxa de cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família

Processo de ampliação da quantidade de leitos

Ampliação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA)

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