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Inovar e Reinventar Ricardo Fabrício Rodrigues – rf@uma

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Inovare Reinventar

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I – O contexto e a centralidade da inovação na contemporaneidadeII – Despesa em I&D em Portugal e na EuropaIII – Inovação: de que falamos?IV – A perspetiva schumpeteriana do empresário e da inovaçãoV – Da “inovação tecnológica” segundo o Manual de Oslo (1992) à “inovação multidimensional”VI – Inovar: do airbag para peões… à reinvenção da embalagem para pizzasVII – Bibliografia

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A inovação na atividade empresarial (Kim & Mauborgne, 1999 e 2000; Hippel, Thomke & Sonnack, 1999; Hargadon & Sutton, 2000; Christensen & Overdorf, 2000; Macmillan & McGrath, 1997; Kanter, 1999; Thomke, 2001) coincide com a procura de ideias, produtos e serviços novos que gerem novos espaços nos mercados (Kim & Mauborgne, 1999 e 2000). Talvez por essas razões dissecam-se os exemplos de sucesso (Hippel, Thomke & Sonnack, 1999), os referenciais teóricos para a construção de ambientes de inovação (Hargadon & Sutton, 2000), as implicações organizacionais (Christensen & Overdof, 2000; Tidd, Bessant & Pavitt, 2003), mas também os novos pontos de diferenciação (Macmillan & McGrath, 1997), que alegadamente promovem uma inovação sócio-empresarial integrada (Kanter, 1999) e facilitadora de experimentação (Thomke, 2001).

(Rodrigues, 2011)

I – O contexto e a centralidade da inovação na contemporaneidade

“A retórica da inovação substituiu a linguagem do pós-guerra da economia do bem-estar.”(Valéry, 1999)

“Para as empresas, a inovação é a condição da própria perenidade, como normalmente dizemos. Deve-se inovar ou morrer.”(Dutheil, 2003)

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1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020

II GM

1939-1945

1947

Plano Marshall

Consumo…Boom industrial

Management (Druker)

ComportamentoOrganizacional

Conflitos raciais edireitos civis nos EUAGuerra Fria (pós-II GM – 1991)Guerra das Coreias (1950-1953)Invasão da Baía dos Porcos (1961)Muro de Berlim (1961-1989)Guerra do Vietname (1964-1975)Conflitos nos territórios ultramarinos

Lua(1969)

Mudança de lógicassócio-organizacionais

Era pós-industrial•Eletrónica•Cibernética•Processamento de dados•Serviços•Novos materiais

Auge da crisepetrolífera (1973)

25 de Abril1974

R. ReaganEUA 1981-1989

M. ThatcherRU 1979-1990

-Liberdade dos agentes económicos-Mercado livre-Iniciativa privada-“Desinvestimento na regulamentação”-Transformação do papel do Estado

Incremento das políticas neoliberais

Consenso de Washington (1989)Redução dos gastos públicosAbertura comercialInvestimento estrangeiro diretoPrivatização das atividades estataisDesregulamentação

Crescente empresarialização

Financeirização

Crise e escândalosfinanceiros (2008)

Crise das dívidasSoberanas (PIIGS)

Estado

Econ

omia

Sociedade

Mudanças sociaisInovaçãoRiscos globaisAmbivalênciaParadoxosVirtualização

- +

MOMENTOS E ACONTECIMENTOS PARA ENQUADRARA MUDANÇA DE LÓGICAS SÓCIO-ORGANIZACIONAIS (ANOS 60/70)

E A CENTRALIDADE DA INOVAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE

geometriavariável

1957

Sputnik

1961Y. Gagarin

Fim doFranquismo (1976)

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I – O contexto e a centralidade da inovação na contemporaneidade

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II – Despesa em I&D em Portugal e na Europa

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II – Despesa em I&D em Portugal e na Europa

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II – Despesa em I&D em Portugal e na Europa

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III – Inovação: de que falamos?

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Algo novo…

Transformar ideias em dinheiro…

Catalisador do crescimento económico

Se nós não fizermos, outros farão…

Introdução de um novo processo ou um produto….

Criar valor…

Transformar ideias em oportunidades económicas…

Investigação transferida para os produtos, que depois vão para o mercado…

Melhoramento de algo que já existe…

Não é só tecnologia…

Transformar as formas tradicionais de fazer as coisas…

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III – Inovação: de que falamos?

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Empresário(perspectiva schumpeteriana)

função empresarial caracterização diferente do gestor diferente do inventor

concorrência

tipo distinto e raro de pessoaaltera as práticas vigentesfaz o que nunca foi feito

força propulsorafaz novas coisas ou de uma nova maneira (inova)

cria empresas e apresenta coisas feitas (cf. gestor)acção com consequências (cf. inventor)

está à frente daadministração

produzideias

Destruição criativa/Empresários/Inovação

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IV – A perspetiva schumpeteriana do empresário e da inovação

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Uma proposta de 1992 da OCDE sobre as linhas orientadoras para a recolha e a interpretação de dados da inovação tecnológica -Manual de Oslo- refere-se à inovação em termos processuais e manifesta algum cuidado face à tentativa de fornecer definições precisas sobre os diferentes tipos de inovações, atividades inovadoras e firmas (empresas) inovadoras. Diríamos que esta preocupação compreende-se e justifica-se na medida em que as definições preliminares que o Manual de Oslo procura esboçar sobre a inovação, não se desviam de um epicentro tecnológico e, na verdade, não se descolam das inovações tecnológicas de produtos e processos.

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V – Da “inovação tecnológica” segundo o Manual de Oslo (1992)à “inovação multidimensional”

O Manual de Oslo refere que “As inovações do processo e do produto tecnológico (TPP) compreende a implementação de novos produtos e processos tecnológicos e melhoramentos tecnológicos significativos nos produtos e processos” (OCDE, 1992: 31-32). Deste modo, enquanto a inovação tecnológica de produtos/serviços surge como resultado da produção de produtos/serviços tecnologicamente novos ou melhorados, a inovação tecnológica de processos decorre de métodos de produção significativamente melhorados ou novos tecnologicamente. É patente, nesta abordagem, a carga tecnológica determinística em que a inovação é envolvida.

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A inovação é um processo complexo que abrange um universo vasto de aspetos: técnicos, económicos, sociais, culturais e organizacionais que, face aos contornos orientadores e integradores da sua autodefinição, nos força a entendê-lo, antes demais, como um fenómeno social contemporâneo, multifacetado, difundido e reproduzível facilmente pela acão humana, mas que na prática é uma versão moderna, e dotada de sofisticação, do conceito de mudança.

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A inovação como o caminho inevitável para economias, sobretudo, para ultrapassar problemas resultantes da pequena dimensão ou de crescimentos parcos. Independentemente dos diferentes planos, a inovação é uma palavra forte, sobretudo, se o contexto tiver correspondência na apregoada “knowledge-driven economy”(Comission of the European Communities, 2000)

V – Da “inovação tecnológica” segundo o Manual de Oslo (1992)à “inovação multidimensional”

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VI – Inovar: do airbag para peões…à reinvenção da embalagem para pizzas

Inovação: há tanto para fazer…

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• Alter, N. (2000), L'innovation ordinaire, Paris, PUF/Quadrige.• Christensen C. & Overdorf, M. (2000), “Meeting the challenge of disruptive change” in Harvard Business Review, March.• Comission of the European Communities (2000), Communication from the commission to the Council and the European

Parliament. Innovation in a knowledge-driven economy, Brussels.• Dutheil, A. (2003), “Préface” in Les meilleurs articles de la Harvard Business Review sur l'Innovation, Paris, Éditions

d'Organisation, VII-X.• European Commission (1995), Green Paper on Innovation

http://europa.eu/documentation/official-docs/green-papers/index_pt.htm • Hargadon, A. B. & Sutton, R. I. (2000) "Building the innovation factory." in Harvard Business Review, May-June.• Hippel, E., Thomke, S., Sonnack. M. (1999), “Creating breakthroughs at 3M” in Harvard Business Review, September-

October, pp. 47-57.• Kanter, R. M. (1999), “From spare change to real change” in Harvard Business Review, May-June. • Kim W. C. & Mauborgne, R. (2000), “Knowing a winning business idea when you see one” in Harvard Business Review,

September-October.• Kim, W. C. & Mauborgne, R. (1999), "Creating new market space" in Harvard Business Review, January-February,

1999, pp. 83-93.• Kovács, I. (2002), As metamorfoses do emprego, Oeiras, Celta.• Macmillian, I.C., McGrath, R.G. (1997), "Discovering new points of differentiation" in Harvard Business Review, Jul-Aug,

pp.133-142.• OCDE (1992), Oslo Manual, Paris, Eurostat.• Oliveira, L. (2008), Sociologia da Inovação. A Construção Social das técnicas e dos mercados, Lisboa, Celta.• Rodrigues, R. F. (2011), “A inovação na boca dos atores empresariais: entre a ambivalência e o paradoxo” in I Encontro

Internacional da Secção de Trabalho, Organizações e Profissões da Associação Portuguesa de Sociologia, Porto (no prelo).

• Schumpeter, J. (1996), Ensaios. Empresários, inovação, ciclos de negócio e evolução do capitalismo, Libos, Celta.• Tidd, J., Bessant, J. & Pavitt, K. (2003), Gestão da Inovação. Integração das mudanças tecnoógicas, de mercado e

organizacionais, Lisboa, Monitor. • Thomke, S. (2001), "Enlightened experimentation: the new imperative for innovation." in Harvard Business Review,

February.• Valéry, N. (1999), “Industry gets Religion” in The Economist, 18th February.

VII – Bibliografia