30
INSERÇÃO DAS PRATICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA REDE DE SAÚDE

Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

INSERÇÃO  DAS  PRATICAS  INTEGRATIVAS  E  COMPLEMENTARES  

NA  REDE  DE  SAÚDE  

Page 2: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

INSERÇÃO  DAS  PRATICAS  INTEGRATIVAS  E  COMPLEMENTARES  NA  REDE  DE  SAÚDE  

Obje7vo:  Apresentar  um  proposta  de  estratégia  de  inserção  de  PIC  na  rede  de  saúde  em  quatro  passos  

 

Page 3: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

PASSOS  PARA  IMPLANTAÇÃO  DAS  PICS  

•  Passo  1  -­‐  Definição  do  núcleo  responsável  pela  implantação  e  sua  solidificação  

•  Passo  2  -­‐  Análise  situacional,  com  mapeamento  de  profissionais  competentes  já  existentes  

•  Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

•  Passo  4  –  Ciclo  de  implantação:  pactuação  de  planos  locais,  tutoria  e  aQvidades  de  educação  permanente  em  saúde  

Page 4: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Caracterís7cas  do  Núcleo  Responsável  – cons7tuído,  preferencialmente,  por  profissionais  da  SMS  ou  profissionais  de  municípios  vizinhos  consorciados  ou  “consorciáveis”;    

– caráter  mul7profissional;    

– com  exper7ses  em  variadas  PIC;    – especialistas,  acadêmicos  ou  assessores  externos,  proporcionando  enriquecimento  com  outras  vivências.  (Santos  e  Tesser,  2012)  

Passo  1  -­‐  Definição  do  núcleo  responsável  pela  implantação  e  sua  solidificação  

Page 5: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  1  -­‐  Definição  do  núcleo  responsável  pela  implantação  e  sua  solidificação  

Responsabilidade  do  Núcleo  Responsável  -­‐  Ampliar  o  processo  de  implantação  não  restringindo  exclusivamente  

em  uma  única  pessoa:  -­‐  Responsabilidade  exclusiva  do  gestor    

•  Forma  mais  instável,  pois  em  geral,  dura  enquanto  o  gestor  es7ver  no  cargo  

-­‐  Responsabilidade  exclusiva  do  profissional    •  Mais  estável  que  a  centrada  no  gestor,  pois  dura  enquanto  o  profissional  es7ver  no  serviço,  mesmo  que  haja  mudanças  de  governo  

-­‐  Responsabilidade  compar7lhada  por  gestor  e  profissional    •  Forma  mais  estável,  devido  a  descentralização  polí7ca  e  administra7va  do  processo  de  implantação  (Gualhardi,  Barros  e  Mor,  2013)  

Page 6: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Responsabilidade  do  Núcleo  Responsável  –  representa7vidade  profissional  e  diálogo  com  os  demais  atores  envolvidos,    

–  fomento  da  cogestão,  a  par7r  do  engajamento  na  análise  e  deliberação  cole7vas.  

   – Busca  de  ato  ins7tucional  que  legi7ma  as  ações  do  grupo,  garante  caráter  permanente  e  dá  con7nuidade  das  ações  na  área.  

– norma7zação  local,  assessoria  técnica,  a7vidades  educa7vas,  fomento  de  estudos  e  pesquisas,  etc.  

 

Passo  1  -­‐  Definição  do  núcleo  responsável  pela  implantação  e  sua  solidificação  

Page 7: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Responsabilidade  do  Núcleo  Responsável  

– Organizar  reuniões  de  solidificação  do  grupo,  compar7lhamento  de  conhecimentos  e  experiências,  estudo  de  literatura  per7nente,  de  experiências  de  outros  municípios  e  da  própria  PNPIC.  

– Elaborar  plano  de  ação,  pactuando-­‐se  um  cronograma  de  a7vidades  e  periodicidade  de  reuniões  

 

Passo  1  -­‐  Definição  do  núcleo  responsável  pela  implantação  e  sua  solidificação  

Page 8: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  2  -­‐  Análise  situacional,  com  mapeamento  de  profissionais  competentes  já  existentes  

Existem  duas  redes  de  atores  sociais  ligados  as  PIC  que  precisam  ser  iden7ficados  no  município:    a)  rede  formada  na  academia,  desde  os  anos  de  1980,  composta  por  educadores,  pesquisadores  e  estudantes;  

 b)  rede  formada  no  SUS,  principalmente  a  par7r  de  2006,  configurada  por  gestores,  profissionais  e  usuários  

 

 

Page 9: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  2  -­‐  Análise  situacional,  com  mapeamento  de  profissionais  competentes  já  existentes  

Estas  duas  redes  possuem:    

-­‐  forte  intraconexão,  de  forma  que  cada  membro  reconhece  seus  pares  na  rede  de  referência  e  desenvolve  cooperação;  

-­‐  fraca  interconexão,  havendo  baixo  reconhecimento  e  pouca  colaboração  entre  as  redes.  

 

Page 10: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  2  -­‐  Análise  situacional,  com  mapeamento  de  profissionais  competentes  já  existentes  

Possivelmente,  os  principais  catalizadores,  organizadores  e  promotores  do  acesso  às  PIC  nos  serviços  de  saúde  municipais  já  provavelmente  existem  e  estão  exercendo  outras  funções.    

 São  pessoas  que  se  capacitaram  por  interesse  pessoal  e  que  não  exercem  as  PIC  por  desesjmulo  ins7tucional  ou  outros  mo7vos.  (Santos  e  Tesser,  2012)    

Page 11: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  2  -­‐  Análise  situacional,  com  mapeamento  de  profissionais  competentes  já  existentes  

Profissionais  de  saúde,  que  cada  vez  mais  procuram  formação  nas  PIC  para  enriquecimento  do  seu  potencial  de  cuidado  e  de  promoção/prevenção.    

 Em  muitos  municípios  a  capacitação  em  PIC  vem  ocorrendo  independentemente  da  gestão  do  SUS,  e  sem  certeza  de  incen7vo  ou  contratação  de  profissionais  habilitados  em  PIC.  (Santos  e  Tesser,  2012)    

 Obs:  Podem  exis7r  nos  Municípios  serviços  privados  ou  serviços  públicos  na  atenção  

especializada  que  devem  ser  incorporados  ou  aproximados  no  processo  de  implantação.    

 

Page 12: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  2  -­‐  Análise  situacional,  com  mapeamento  de  profissionais  competentes  já  existentes  

 A  par7r  dos  profissionais  com  formação,  iniciam-­‐se  as  discussões  de  implantação  e  acesso,  por  meio  de  seminários  que  podem  ser  conduzidos  por  algumas  questões  norteadoras:    –  quais  as  dificuldades  e  impedi7vos  para  atuação  das  PIC  na  APS?    –  qual  seria  a  melhor  estratégia  de  organização  do  processo  de  trabalho,  do  fluxo  de  atendimento  e  do  acesso  na  ABS  (atendimento  só  da  área  de  abrangência,  colaboração  horizontal,  matriciamento)?  

–  como  as  a7vidades  poderão  ser  registradas  e  formalizadas?    No  caso  de  não  haver  profissional  pra7cante  ou  capacitado  nos  serviços,  sugere-­‐se  iden7ficar  profissionais  interessados  no  tema  para  essa  fase.  (Santos  e  Tesser,  2012)    

Page 13: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

A  regulamentação  surge  da  necessidade  de  legi7mação  profissional  e  ins7tucional,  muito  comum  em  ambientes  com  gestores  não  sensíveis  às  PIC.  (Santos  e  Tesser,  2012)    

 O  ponto  de  par7da  para  a  elaboração  do  documento  norma7vo  dá-­‐se  com  a  ampliação  das  discussões  e  interconexão  entre  todos  os  membros  das  duas  redes  ligadas  as  PIC.  

Page 14: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

Considerando  a  diversidade  profissional  é  dincil  construir  uma  padronização  das  a7vidades.    

 É  mais  comum  que  o  profissional  com  formação  em  PIC  elabore  uma  proposta  de  atuação  para  ciência  e  acordo  de  suas  coordenações,  sem  prejuízo  de  suas  demais  a7vidades,  atribuições  e  responsabilidades,  contendo:  

•  fluxos  de  acesso  dos  usuários  •  organização  da  demanda  •  estruturação  dos  serviços  e  do  processo  de  trabalho  das  equipes  •  registros  de  atendimentos  e  procedimentos  •  disponibilização  de  medicamentos  e  insumos  relacionados  •  processos  educa7vos    •  par7cipação  social  

Page 15: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

Existem  diferentes  cenários  possíveis  de  implantação  das  PIC  no  SUS  local,  entre  eles  destacam-­‐se:  

 

– aquele  em  que  a  organização  das  PIC  no  município  é  contemplada  com  a  criação  de  Lei  Municipal  específica  

– aquele  em  que  não  há  Lei  Municipal  específica,  mas  é  possível  estabelecer  protocolos  de  ro7nas  e  funcionamento  do  serviço  

Page 16: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

TAREFAS  NO  CENÁRIO  DA  ORGANIZAÇÃO  DAS  PIC  NO  MUNICÍPIO  COM  LEI  MUNICIPAL  ESPECÍFICA  

• Estabelecer  uma  coordenação  formal  em  PIC  na  SMS  com  referências  técnicas  por  área  

 • Elaborar  um  “Plano  de  Desenvolvimento”  para  as  PIC  no  SUS  com  apoio  do  Departamento  de  Planejamento  da  Secretaria  Municipal  de  Saúde  da  SMS  

   

Page 17: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

TAREFAS  NO  CENÁRIO  DA  ORGANIZAÇÃO  DAS  PIC  NO  MUNICÍPIO  COM  LEI  MUNICIPAL  ESPECÍFICA  

 

•  Inserir,  de  modo  formal,  as  PIC  no:  •  Plano  Diretor    •  Plano  Municipal  de  Saúde      •  Lei  de  Diretrizes  Orçamentárias  do  Município,    •  Organograma  das  Secretaria  Municipal  de  Saúde      •  Relatórios  Anuais  de  Gestão  •  Sistema  de  Apoio  ao  Relatório  de  Gestão    •  Sistema  de  Informação  de  Saúde    •  outros  instrumentos  de  gestão  (CPIC/SAS-­‐SES-­‐MG,  2013)  

Page 18: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

TAREFAS  NO  CENÁRIO  DA  ORGANIZAÇÃO  DAS  PIC  NO  MUNICÍPIO  COM  LEI  MUNICIPAL  ESPECÍFICA  

•  Pautar  discussões  sobre  as  PIC  no  Conselho  Municipal  de  Saúde  

•  Buscar  vínculos  estáveis  para  os  profissionais,  evitando  assim  a  geração  de  demanda  sem  garan7a  de  con7nuidade  no  acesso,  recomenda-­‐se  vínculo  efe7vo  por  meio  de  concurso  

•  Incluir  a7vidades  educa7vas  e  esclarecedoras  no  planejamento  das  ações  de  educação  permanente  do  município  aproveitando  as  datas  comemora7vas  (CPIC/SAS-­‐SES-­‐MG,  2013)  

Page 19: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

TAREFAS  NO  CENÁRIO  DA  ORGANIZAÇÃO  DAS  PIC  NO  MUNICÍPIO  COM  LEI  MUNICIPAL  ESPECÍFICA  

 •  Cadastrar  todos  os  serviços  de  saúde,  os  profissionais  e  os  procedimentos  de  PIC  no  Cadastro  Nacional  de  Estabelecimentos  de  Saúde  (CNES),  de  acordo  com  os  seguintes  códigos:  

ü Código  de  serviços  de  PIC  no  CNES  134  ü Código  de  serviço  de  acupuntura  –  134/001  ü Código  de  serviço  de  fitoterapia  –  134/002  ü Código  de  serviço  de  outras  técnicas  de  medicina  tradicional  chinesa  –  134/003  

ü Código  de  serviço  de  prá7cas  corporais/  a7vidade  nsica  –  134/004  ü Código  de  serviço  de  homeopa7a  –  134/005  ü Código  de  serviço  de  termalismo/crenoterapia  –  134/006  ü Código  de  serviço  de  medicina  antroposófica  –  134/007(CPIC/SAS-­‐SES-­‐MG,  2013)  

 

Page 20: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

TAREFAS  NO  CENÁRIO  DA  ORGANIZAÇÃO  DAS  PIC  NO  MUNICÍPIO  COM  LEI  MUNICIPAL  ESPECÍFICA  

 

•  Registrar  todos  os  procedimentos  de  PIC  no  SIA/SUS  de  acordo  com  os  seguintes  códigos:  

ü Consulta  Médica  em  Atenção  especializada  de  Acupuntura  e  Homeopa7a  –  0301010072  

ü Sessão  de  acupuntura  com  aplicação  de  ventosa/moxa  –  0309050014  

ü Sessão  de  acupuntura  com  inserção  de  agulhas  –  0309050022  ü Sessão  de  eletroes7mulação  –  0309050030  ü Prá7cas  corporais  em  Medicina  Tradicional  Chinesa  –  0101010044    (CPIC/SAS-­‐SES-­‐MG,  2013)  

 

Page 21: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

TAREFAS  NO  CENÁRIO  DA  ORGANIZAÇÃO  DAS  PIC  NO  MUNICÍPIO  SEM  LEI  MUNICIPAL  ESPECÍFICA  

•  Estabelecer  uma  coordenação  formal  em  PIC  na  SMS  com  referências  técnicas  por  área  (quando  for  possível)  

•  Elaborar  um  “Plano  de  Desenvolvimento”  para  as  PIC  no  SUS  com  apoio  do  Departamento  de  Planejamento  da  Secretaria  Municipal  de  Saúde  da  SMS  

 •  Inserir,  de  modo  formal,  as  PIC  no:  

–  Plano  Diretor    –  Plano  Municipal  de  Saúde      –  Lei  de  Diretrizes  Orçamentárias  do  Município,    –  Organograma  das  Secretaria  Municipal  de  Saúde      –  Relatórios  Anuais  de  Gestão  –  Sistema  de  Apoio  ao  Relatório  de  Gestão    –  Sistema  de  Informação  de  Saúde    –  outros  instrumentos  de  gestão  (CPIC/SAS-­‐SES-­‐MG,  2013)  

Page 22: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

TAREFAS  NO  CENÁRIO  DA  ORGANIZAÇÃO  DAS  PIC  NO  MUNICÍPIO  sem  LEI  MUNICIPAL  ESPECÍFICA  

•  Pautar  discussões  sobre  as  PIC  no  Conselho  Municipal  de  Saúde  

•  Buscar  vínculos  estáveis  para  os  profissionais,  evitando  assim  a  geração  de  demanda  sem  garan7a  de  con7nuidade  no  acesso,  recomenda-­‐se  vínculo  efe7vo  por  meio  de  concurso  (quando  for  possível)  

•  Incluir  a7vidades  educa7vas  e  esclarecedoras  no  planejamento  das  ações  de  educação  permanente  do  município  aproveitando  as  datas  comemora7vas  (CPIC/SAS-­‐SES-­‐MG,  2013)  

Page 23: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  3  -­‐  Regulamentação,  organização  do  acesso  e  legiQmação  

TAREFAS  NO  CENÁRIO  DA  ORGANIZAÇÃO  DAS  PIC  NO  MUNICÍPIO  COM  LEI  MUNICIPAL  ESPECÍFICA  

 •  Cadastrar  todos  os  serviços  de  saúde,  os  profissionais  e  os  procedimentos  de  PIC  no  Cadastro  Nacional  de  Estabelecimentos  de  Saúde  (CNES),  de  acordo  com  os  seguintes  códigos:  

ü  Código  de  serviços  de  PIC  no  CNES  134  ü  Código  de  serviço  de  acupuntura  –  134/001  ü  Código  de  serviço  de  fitoterapia  –  134/002  ü  Código  de  serviço  de  outras  técnicas  de  medicina  tradicional  chinesa  –  134/003  ü  Código  de  serviço  de  prá7cas  corporais/  a7vidade  nsica  –  134/004  ü  Código  de  serviço  de  homeopa7a  –  134/005  ü  Código  de  serviço  de  termalismo/crenoterapia  –  134/006  ü  Código  de  serviço  de  medicina  antroposófica  –  134/007  

 •  Registrar  todos  os  procedimentos  de  PIC  no  SIA/SUS  de  acordo  com  os  seguintes  códigos:  

ü  Consulta  Médica  em  Atenção  especializada  de  Acupuntura  e  Homeopa7a  –  0301010072  ü  Sessão  de  acupuntura  com  aplicação  de  ventosa/moxa  –  0309050014  ü  Sessão  de  acupuntura  com  inserção  de  agulhas  –  0309050022  ü  Sessão  de  eletroes7mulação  –  0309050030  ü  Prá7cas  corporais  em  Medicina  Tradicional  Chinesa  –  0101010044  (CPIC/SAS-­‐SES-­‐MG,  2013)  

 

Page 24: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  4  –  Ciclo  de  implantação:  pactuação  de  planos  locais,  tutoria  e  aQvidades  de  educação  permanente  em  saúde  

 Uma  estratégia  clara  de  implantação  é  fundamental  para  a  expansão  sustentável  das  PIC,  já  que  somente  a  regulamentação  não  garante  isso.  (Santos  e  Tesser,  2012)    

 Deve-­‐se  buscar  uma  implantação  da  PIC:    – progressiva  – com  apropriação  democrá7ca  dos  processos  de  gestão  – atendendo  às  especificidades  locorregionais  – conjnua    – cíclica    

 

Page 25: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Passo  4  –  Ciclo  de  implantação:  pactuação  de  planos  locais,  tutoria  e  aQvidades  de  educação  permanente  em  saúde  

Para  Santos  e  Tesser  (2012)  o  ciclo  de  implantação  pode  desenvolver-­‐se  nas  seguintes  quatro  etapas:    Etapa  A  –  Início  do  ciclo  de  Implantação;      Etapa  B  –  Pactuação  do  Plano  Local  de  Implantação;    Etapa  C  –  Viabilização  de  tutoria;      Etapa  D  –  A7vidades  de  apoio  relacionadas  à  Educação  Permanente  em  Saúde.  

Page 26: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

4  –  Ciclo  de  implantação:  pactuação  de  planos  locais,  tutoria  e  aQvidades  de  educação  permanente  em  saúde  

Etapa  A  –  Início  do  ciclo  de  Implantação      Recomenda-­‐se  a  realização  de  um  encontro  com  membros  das  duas  redes  (profissionais-­‐gestores-­‐usuários  e  educadores-­‐pesquisadores-­‐estudantes)  para  oficializar  o  início  do  processo  de  implantação  e  construção  de  diretrizes  de  ação  para  promoção,  sensibilização  e  apoio  às  PIC  na  rede  de  saúde.  

   As  diretrizes  de  ação  nortearão  a  construção  de  um  plano  de  implantação  específico  par7cipa7vo,  singularizado  e  adaptado  às  realidades    locais  de  cada  unidade  de  saúde,  considerando  suas  caracterís7cas  de  população,  territórios  e  equipes.  

 

Page 27: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

4  –  Ciclo  de  implantação:  pactuação  de  planos  locais,  tutoria  e  aQvidades  de  educação  permanente  em  saúde  

Etapa  B  –  Pactuação  do  Plano  Local  de  Implantação    Sugere-­‐se  a  realização  de  “Oficina  de    sensibilização  em  PIC    e  pactuação  de  ações”,  com  o  obje7vo  de:  -­‐  sensibilizar  os  gestores,  trabalhadores  e  usuários  da  unidade  de  saúde  sobre  as  PIC,  u7lizando  dinâmica  que  fomenta  a  discussão  no  contexto  da  realidade  local  

-­‐  pactuar  ações  relacionadas  às  PIC  a  serem  desenvolvidas  naquele  território  pela  unidade.  

 Nas  discussões  das  oficinas  poderão  ser  iden7ficadas  o  temas  das  PIC  para  serem  aprofundados  na  forma  de  Educação  Permanente  em  Saúde.  

Page 28: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

4  –  Ciclo  de  implantação:  pactuação  de  planos  locais,  tutoria  e  aQvidades  de  educação  permanente  em  saúde  

Etapa  C  –  Viabilização  de  tutoria      A  viabilização  de  tutoria  pode  ser  compreendida  também  como  supervisão  ins7tucional,  necessária  para:    -­‐  fortalecer  a  equipe  para  executar  o  plano  local  de  implantação  -­‐  garan7r  o  olhar,  a  escuta,  a  parceria  e  o  apoio  para  a  construção  de  estratégias  adequadas  que  alcancem  a  especificidade  e  os  problemas  locais    

-­‐  obter  permanência  e  sustentabilidade  das  PIC  no  serviço    -­‐  con7nuar  a  iden7ficação  de  temas  para  EPS  em  PIC  no  serviço  -­‐  que  as  PIC  façam  sen7do  na  realidade  do  serviço  -­‐  garan7r  que  as  PIC,  geralmente  associadas  a  racionalidades  médicas  não  convencionais,  sejam  man7das  em  suas  formas,  estruturas  e  sen7dos  terapêu7cos      

Page 29: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

4  –  Ciclo  de  implantação:  pactuação  de  planos  locais,  tutoria  e  aQvidades  de  educação  permanente  em  saúde  

Etapa  D  –  AQvidades  de  apoio  relacionadas  à  Educação  Permanente  em  Saúde  

 A  EPS  relacionada  às  PIC  é  diferente  de  uma  atualização  teórico-­‐

conceitual,  pois  introduz  outras  visões,  percepções  e  prá7cas  ligadas  ao  processo  saúde-­‐doença-­‐cuidado-­‐qualidade  de  vida  inovando  em  relação  ao  modelo  cienjfico  hegemônico.    

 Devido  a  EPS  em  PIC  ser  da  ordem  da  inovação  é  preciso  que  seja:  

–  estrategicamente  construída  para  informar,  formar  e  transformar  –  contextualizada  nos  problemas  específicos  da  unidade  de  saúde    –  orientada  para  categorias  profissionais  específicas  e  seus  dilemas,  em  relação  ao  agendamento,  por  exemplo  

–  orientada  para  a  equipe  e  os  desafios  específicos  para  populações  determinadas  

–  orientada  para  o  serviço  e  as  demandas  específicas  do  território        

Page 30: Insercao Das Praticas Integrativas e Complementares Na Rede

Referências  Bibliográficas  Galahardi,  Wania  Maria  Papile;  BARROS,  Nelson  Filice  de    e    LEITE-­‐MOR,  Ana  Cláudia  Moraes  Barros.  O  conhecimento  

de  gestores  municipais  de  saúde  sobre  a  Polí7ca  Nacional  de  Prá7ca  Integra7va  e  Complementar  e  sua  influência  para  a  oferta  de  homeopa7a  no  Sistema  Único  de  Saúde  local.  Ciênc.  saúde  cole/va.  2013,  vol.18,  n.1,  pp.  213-­‐220  

 LUZ,  M.  T.  Racionalidades  Médicas  e  Terapêu7cas  Alterna7vas.   In:  CAMARGO  Jr.,  K.  R.  de  Racionalidades  Médicas:  A  

Medicina  Ocidental  Contemporânea,  Série  Estudos  em  Saúde  Cole7va  –  Rio  de  Janeiro:  UERJ/Ins7tuto  de  Medicina  Social,  1993.  p.  01  –  32.  

 LUZ,  M.  T.  A  arte  de  curar  versus  a  ciência  das  doenças  :  história  social  da  homeopa7a  no  Brasil-­‐  São  Paulo  :  Dynamis  

Editorial,  1996.  p.  332.      LUZ,   M.   T.   Medicina   e   racionalidades   médicas:   estudo   compara7vo   da   medicina   ocidental,   contemporânea,  

homeopá7ca,  tradicional  chinesa  e  ayurvédica.  In:  CANESQUI,  A.  M.  Ciências  Sociais  e  Saúde  para  o  Ensino  Médico,  São  Paulo:  Editora  Hucitec,  2000.  p.  181-­‐200.  

 NASCIMENTO,  Marilene  Cabral  do;  BARROS,  Nelson  Filice  de;  NOGUEIRA,  Maria  Inês    e    LUZ,  Madel  Therezinha.  A  

categoria  racionalidade  médica  e  uma  nova  epistemologia  em  saúde.  Ciênc.  saúde  cole/va  [online].  2013,  vol.18,  n.12  [citado    2013-­‐12-­‐10],  pp.  3595-­‐3604  

 SANTOS,  Melissa  Costa    e    TESSER,  Charles  Dalcanale.  Um  método  para  a  implantação  e  promoção  de  acesso  às  Prá7cas  

Integra7vas  e  Complementares  na  Atenção  Primária  à  Saúde.  Ciênc.  saúde  cole/va.  2012,  vol.17,  n.11,  pp.  3011-­‐3024.  

 Secretaria  de  Estado  de  Saúde  de  Minas  Gerais.  Coordenadoria  da  Prá7cas  Integra7vas  e  Complementares.  (CPIC/SAS-­‐

SES-­‐MG).  Orientação  para  gestores  para  implantação  das  Prá7cas  Integra7vas  e  Complementares.  Outubro,  2013.          World  Health  Organiza7on  (WHO).  Estrategia  de  la  OMS  sobre  medicina  tradicional  2002-­‐2005.  Geneva:  WHO;  2002.