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ANO XII - N.º 43 - Out.-Dez. 99 REVISTA do Instituto de Formação Bancária Instituto de Formação Bancária Instituto de Formação Bancária

Instituto de Formação Bancária

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C M Y K

ANO XI - N.º 39/40 - Out. 98-Mar. 99 REVISTA do Instituto de Formação BancáriaANO XII - N.º 43 - Out.-Dez. 99 REVISTA do Instituto de Formação Bancária

Instituto de Formação BancáriaInstituto de Formação Bancária

Page 2: Instituto de Formação Bancária

Videoconferência no Arranque doAno Novo Lectivo 18

Instituto de Formação Bancária – 20 Anos 19

Concurso – Banca: Os Desafios doNovo Milénio 20Curso Geral Bancário

2121

Notícias Breves da Banca22222222

Nova Distribuição da Inforbanca 23

Ofertas de Formação do IFB em 2000 23

Instituto Superior de Gestão Bancária24

Cooperação Internacional26

26272727

Bancos Apostam no Jogo Bancário 28

Crédito à Habitação29

Curso Regular de Formação Bancária3030

31

Você Sabe Tudo? 32

Perguntas e Respostas 34

Mais de Cem Diplomados Entram na Banca422 Alunos em 1999/2000

Expansão da Banca PortuguesaCaixa Postal ArrancouA Concentração Bancária nos Anos 90Uma Concentração que se Reflecte em Portugal

Este Ano com 1 134 Alunos

Nova Visita de Delegação Bancária PolacaDelegação da Financial Academy (Moscow)Visita o IFBAngola – Criado Curso Técnico Médio BancárioMoçambique – Formação na Área ComercialGuiné-Bissau – A Formação Regressa

Um Curso de Sucesso

Decorre a 13ª EdiçãoOs Melhores de 1998/1999Formandos que Terminaram oCurso Regular em 1998/99

Ficha Técnica

Sumário

PROPRIEDADE:

DIRECTOR: REDACÇÃO: CAPA, FOTOGRAFIAS E ILUSTRAÇÕES:CONCEPÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO:FOTOLITO E IMPRESSÃO:

ASSINATURA ANUALTIRAGEM: DEPÓSITO LEGAL:

Instituto de Formação Bancária – Sede: Av. 5 de Outubro 164, 1069-198 Lisboa • Telef.: 217 916 200Fax: 217 972 917 • Internet: www.ifb.pt

Manuel Augusto Monteiro José Carlos Rodrigues Rui VazGracinda Santos

Madeira & Madeira, Lda. – Sede: Rua 16 de Abril, r/c e c/v, Alto da Bexiga – S. Pedro – 2000-655 SantarémTelef.: 243 307 100 • Fax: 243 307 101

(4 Exemplares): Esc. 1 000$0019 000 exemplares 15 365/87

*A responsabilidade pelas opiniões expressas nos artigos publicados na , quando assinados, compete unicamente aos respectivos autoresInforbanca .

Distribuição gratuita aos empregados bancários.

2

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$

FUNDOS DE PENSÕESUm Complemento da Segurança Social 4

MODELIZAÇÃO NA GESTÃO BANCÁRIA 7

Seminários 10Curso Básico Bancário 10

O Euro e a Banca

11

Gestão da Actividade Comercial

13 15

Inovação Competitividade noColóquio da AGESBANCA 17

Formação Qualificante17

– Realizações em 1999

Introdução do Euro –Algumas QuestõesContabilísticas

Gerente/Responsável porUnidade de Negócio– A Função de – A Função de Responsável

Gerente Bancário de Unidade de Negócio

6ª Edição em Março

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PauloCruz

Page 3: Instituto de Formação Bancária

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3

Quando este número da INFORBANCA chegar àsmãos dos seus leitores, teremos já entrado noano 2000, em que o Instituto de Formação

Bancária completa 20 anos de existência.

Este facto é assinalado na revista com informação sobreos pontos essenciais do programa de comemorações,podendo dizer-se que ele se inicia já, com a publicaçãodo Regulamento de um Concurso de Trabalhos,subordinado ao tema “Banca: Os Desafios do NovoMilénio”.

Por outro lado, a capa da revista tem já como motivo oSímbolo da efeméride. Deve dizer-se que a concepçãodesta imagem decorreu, antes de mais, da opção entreduas ideias base: privilegiar o conceito de “20ºaniversário” ou relevar a noção de “20 anos” de vida eactividade. Pareceu ser esta última a ideia-força maissusceptível de traduzir o verdadeiro significado dascomemorações, que pretendem não apenas chamar aatenção para um “momento”, mas pôr em destaque umciclo, já longo, da vida de uma instituição – o IFB. Porisso mesmo, também as comemorações não seresumem a uma componente, mas integram umconjunto de eventos que permitirão evocar, a traçoslargos mas impressivos, a acção desenvolvida peloInstituto, no âmbito da banca portuguesa, nas últimasduas décadas.

Page 4: Instituto de Formação Bancária

deFundos

In or ancaf B4

Em Portugal, o sistema da Segurança Social evidencia as primeiras

dificuldades de gestão e, consequentemente, as primeiras incertezas

quanto ao futuro dos pensionistas.

O actual modelo é baseado num sistema de repartição, onde os activos

pagam as pensões aos reformados, e foi implementado na maioria dos países

europeus no pós-guerra.

A conjuntura económica e social após a segunda guerra mundial alterou-se

profundamente. As taxas de natalidade decresceram enquanto a esperança

de vida média aumentou; a entrada tardia no mercado de trabalho

(escolaridade obrigatória), o aumento das reformas antecipadas e pré-

-reformas devido aos avanços tecnológicos que conduzem à desadequação

precoce da mão de obra são alguns dos factores que explicam as dificuldades

com que se debate o sistema.

Nesta realidade, os fundos de pen-sões assumem uma importância ful-cral, dando provas, ao longo da últi-ma década, de serem um poderosoinstrumento financeiro e alternativoao sistema público, na altura da pas-sagem à reforma.

Existe, normalmente, alguma con-fusão na distinção entre fundos depensões e planos de pensões. Os fun-dos de pensões são um veículo definanciamento de plano de pensões.Os planos de pensões são programas

Pensões

que definem as condições e regrasnecessárias à constituição do direitoao recebimento de uma pensão atítulo de pré-reforma, reforma ante-cipada, reforma por velhice, porinvalidez ou sobrevivência.

Existem diversos objectivos que sepretendem atingir com a introduçãode um plano de pensões. O principalobjectivo deverá ser de ordem soci-al, assegurando um complementode pensão, de forma a que não existauma descida abrupta no nível de

vida do empregado aquando da suapassagem da vida activa para a deaposentado.

Na perspectiva do empregado, esta éuma das vantagens de um plano depensões. Do ponto de vista doempregador, um plano de pensões éum instrumento de gestão de recur-sos humanos que, ao proporcionarbenefícios competitivos com os dosector em que a empresa está inseri-da, permite captar, fixar e motivaros empregados e, consequentemen-

Um complemento da segurança social

Paulo Cruz*

Page 5: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B 5

te, gerar um aumento de produtivi-dade. Além disso, reduz os possí-veis custos administrativos com for-mação, provocados por uma eleva-da rotação.

Os planos de pensões podem sermuito diversificados, de tal modoque cada empresa pode adequar umesquema de benefícios conforme assuas possibilidades financeiras eobjectivos pretendidos.

Os planos de benefício definido sãoos mais comuns em Portugal. Nestetipo de planos, é estabelecido pre-viamente o montante do benefício,sendo o seu custo variável. As taxasde inflação, crescimento salarial,rendimento do fundo são os princi-pais riscos de natureza económicaneste tipo de plano.

Nos planos de contribuição defini-da, tal como o próprio nome diz, acontribuição é totalmente mensurá-vel e fixa, enquanto o benefício,fruto da capitalização dos montan-tes entregues, é desconhecido até aomomento da reforma. Neste tipo deplanos, o risco de investimento recaitotalmente sobre os beneficiários,sendo os mais velhos penalizadospor terem menos anos até à idade dereforma.

Quer um plano seja de contribuiçãodefinida ou benefício definido, podeser contributivo ou não contribu-tivo.

Um plano de pensões diz-se contri-butivo ou contributório quando,além da empresa, os própriosempregados, com uma quantia fixaou percentual do seu salário, contri-buem para o financiamento do planoe não contributivo quando não exis-te qualquer contribuição por partedo empregado, ou seja, o financia-mento do plano é suportado inte-gralmente pela empresa.

Existem diversas formas de finan-ciamento de um plano de pensões:os internos à empresa, como é o casode reservas contabilísticas (BookReserv), e os externos, como são osfundos de pensões ou as apólices deseguro de grupo.

No caso de o financiamento ser den-tro da empresa e mesmo que estejamconstituídas reservas, bem calcula-das e bem aplicadas, como fazemparte do património da empresa,estão ao alcance dos credores e dospróprios accio-nis tas . Pelofacto de os fun-dos correspon-dentes às res-p o n s a b i l i -dades assumi-das não consti-t u í r e m u mfundo autóno-mo, este tipode financia-mento repre-senta um ele-v a d o r i s c opara os benefi-ciários do pla-no.

O financiamento de esquemas de

pensões fora da empresa pode ser

feito através de alguns produtos

comercializados por seguradoras

autorizadas para explorarem o ramo

vida e sociedades gestoras de fun-

dos de pensões.

Um fundo de pensões é materializa-do por um plano de pensões, ou seja,é uma entidade autónoma com patri-mónio exclusivo que recebe e gereas contribuições periódicas que aempresa faz em favor dos seus bene-ficiários. As entregas vão constitu-indo o património do fundo, que éutilizado exclusivamente parafinanciamento do plano de pensões.

Os fundosdepensõesapenaspodemser geridos por companhias de segu-rosqueexploremoramovidaesocie-dadesgestorasde fundosdepensões,conforme o Decreto-Lei nº 475/99,de9deNovembro,queregulaacons-tituição de fundos de pensões.

Para a empresa, a rendibilidade,risco e benefícios fiscais são as prin-cipais vantagens de financiar umplano de pensões através de umfundo de pensões.

Quanto ao beneficiário, sendo umfundo de pensões um patrimónioautónomo, nunca respondendo porquaisquer outros benefícios, excep-to os que derivam dos encargos de

gestão ou de eventuais pagamentosde prémios de seguros previstos, vêaumentadas as garantias de seremcumpridos os benefícios prometi-dos. Além disso, relativamente aosbenefícios a atribuir, se forem vistoscomo um salário diferido, o trata-mentoquantoaIRSémaisfavorável.

Tipos dePlanos de Pensões

Formas deFinanciamento

"fundos de pensões ...

um poderoso instru-

mento f inanceiro e

alternativo ao sistema

público, na altura da

passagem à reforma”

Page 6: Instituto de Formação Bancária

Os fundos de pensões dizem-sefechados se respeitam apenas a umassociado (entidade colectiva queimplementa um plano de pensõesatravés de um fundo de pensões) oua um conjunto de associados desdeque exista um vínculo laboral denatureza empresarial, associativo,profissional ou social entre os mes-mos e seja necessário o assentimen-to destes para a inclusão de novosassociados.Os fundos de pensões dizem-se aber-tos quando não existe a exigência dequalquer vínculo entre os associa-dos do fundo, dependendo a adesãounicamente da aceitação pela enti-dade gestora e estando o património,neste caso, representado por unida-des de participação.

Quando uma empresa pretendeimplantar um plano de pensões como tipo de benefícios definidos, énecessário efectuar uma avaliaçãoactuarial para estimar os custos dasresponsabilidades relacionadas como plano.

Na realização de estudos actuariaisé vulgar contar com períodos de pro-jecção muito longos; por isso, é natu-ral que se dêem alterações, provo-cando distorções nos resultados.Além de ser aconselhável fazer ava-liações periódicas (pelo menos anu-ais), é necessário atender à envol-vente macroeconómica, de maneiraa ajustar os pressupostos actuariais efinanceiros.

Os objectivos de uma avaliaçãoactuarial são os seguintes:

Avaliar a curto, médio e longoprazo os custos do plano de pen-sões;Determinar anualmente o valordas contribuições;Preparar relatórios actuariaispara os promotores do plano;Definir níveis de financia-mento.

Ao efectuar-se uma avaliação actua-rial, esta pode ser estática ou dinâ-mica, consoante se considerem gru-pos fechados ou abertos. Na popula-ção abrangida pelo plano, podemosconsiderar os seguintes subcon-juntos:

Activos;Reformados por velhice ouinvalidez eBeneficiários por morte dosparticipantes ou dos reforma-dos.

As avaliações actuariais normal-mente abrangem longos períodos detempo e por isso as alterações dasvariáveis podem levar a grandesdesvios nos valores estimados paraos custos. A taxa de crescimento daspensões, a taxa de crescimento sala-rial, a taxa técnica actuarial, a taxade rendimento do fundo esperada, atábua de mortalidade e, eventual-mente, a tábua de invalidez sãoalguns dos pressupostos actuariais efinanceiros utilizados numa avalia-ção actuarial de um plano de pen-sões.

Existem diversos métodos de finan-ciamento. O “Aggregate”, “Attai-ned”, “Unit Credit Projectado” e“Entry Age” são métodos que origi-nam fundos suficientes para fazerface aos montantes das responsabi-lidades passadas, e, além disso, oscálculos são efectuados com base nosalário projectado à idade de refor-ma e não baseados no salário à datada avaliação.

O valor actual das responsabilida-des (custo actual do plano) é dividi-do em duas partes, o valor actual das

r e sponsab i l idades passadas(VARSP), que não são mais do queas responsabilidades pelo períodode serviço já prestado, e o valor actu-al das responsabilidades futuras,que não são mais do que as respon-sabilidades pelo período que irádecorrer até à idade de reforma.

O VARSP é o valor obtido numabase de proporcionalidade entre otempo de serviço passado e o tempode serviço total. O custo normal é omontante da contribuição anualpara financiar as responsabilida-des futuras.

O ponto de partida para a gestão deum fundo de pensões é o conheci-mento dos benefícios garantidospelo plano para se obter um estudoactuarial que traduza o montante dasresponsabilidades, possibilitandoassim a previsão dos pagamentosfuturos do fundo (Passivo dofundo). Por outro lado, deve-seconstituir uma carteira de títulos quegaranta a liquidez e solvênciasuficiente para fazer face àsresponsabilidades futuras (Activodo fundo).

Os fundos de pensões são econtinuarão a ser um poderoso ealternativo instrumento financeiroao sistema público da SegurançaSocial. Além disso, para aeconomia, os fundos de pensõescontribuem para o desenvolvimentodo mercado de capitais com aacumulação de poupança a longoprazo. �

Fundos Fechadose Abertos

"Os fundos de pensões

apenas podem ser geridos

por companhias de seguros

que explorem o ramo vida e

sociedades gestoras de

fundos de pensões"

"Os fundos de pensões são e

continuarão a ser um

poderoso e alternativo

instrumento financeiro ao

s i s t e m a p ú b l i c o d a

Segurança Social"

6

Page 7: Instituto de Formação Bancária

Gestão

In or ancaf B 7

No domínio da actividade bancária a nível mundial, o final do século XX

pode caracterizar-se por ter sido um período de continuação da

internacionalização dos bancos, de um progressivo aumento da

concorrência e de um crescente ritmo da concentração bancária, a par de uma

complexa diversificação de produtos financeiros, de um maior grau de

desintermediação e de desenvolvimento de novas tecnologias. Tais tecnologias,

sobretudo no campo da informática e das telecomunicações, terão também

contribuído para pôr em prática, cada vez com maior projecção, a teoria de gestão

dos activos e passivos, com a adopção de modelos aplicáveis não só para as

aplicações de fundos, mas também quanto às origens de fundos, de forma a que

os bancos possam obter maiores sinergias nas áreas da liquidez, solvabilidade,

rendibilidade e segurança dos seus capitais.

Aníbal Caiado*

Jorge Caiado**

naModelização

GestãoBancária

7

No nosso país, que aderiu formalmente à União Europeia em1 de Janeiro de 1986, entrou em vigor o Regime dasInstituições de Crédito e das Sociedades Financeiras (Decre-to-Lei nº 298/92, de 31/12), que institucionalizou a chamadafigura do , desaparecendo assim a classifica-ção tradicional dos bancos comerciais, de poupança e deinvestimento. Após definir as instituições de crédito comosendo empresas cuja actividade principal consiste em receberdepósitos ou outros fundos reembolsáveis a fim de os aplica-rem por conta própria mediante a concessão de crédito, o refe-rido Regime estabelece as espécies de instituições de créditoexistentes: bancos, caixas económicas, caixas de crédito agrí-cola mútuo, sociedades de investimento, de locação financei-ra e de .

Aquele diploma, que essencialmente transpôs para aordem jurídica interna a legislação em vigor na

, revogando a maior parte da legislação bancária

banco universal

UniãoEuropeia

factoring

então existente, estabelece de forma taxativa as actividadesque legalmente podem ser exercidas no âmbito da actividadebancária, das quais se salientam as seguintes: concessão decrédito, recepção de depósitos, tomada de participações, emis-são de cartões de crédito e de outros meios de pagamento, con-sultoria, gestão de patrimónios, transacções nos mercadosmonetário, cambial, de derivados financeiros e de valoresmobiliários.

Em termos gerais, pode dizer-se que cada operação realizávelpor um banco é um e, como tal,implica um custo que origina rendimentos a uma dada taxa dejuro, por um determinado prazo e passível de um certo grau derisco. No que concerne ao risco, as autoridades monetáriasinstituíram recentemente, para além da observância do ráciode solvabilidade, os requisitos mínimos de fundos própriosrelativamente à carteira de negociação, aos riscos cambiais eaos riscos do conjunto das operações bancárias.

projecto de investimento

Page 8: Instituto de Formação Bancária

Sendo assim, o enquadramento das operações de crédito(aplicável igualmente a outros activos e a depósitos ou produ-tos sucedâneos) tem subjacente a elaboração de modelos degestão sobre o desempenho da actividade bancária. O esforçode modelização na gestão da actividade bancária permite aosresponsáveis pelos bancos visualizarem asmais críticas para a tomada de decisões sobre propostas deoperações de crédito, assim como de outras operações quelhes são apresentadas.

Vejamos então um exemplo de .

O Banco X, tendo sido reembolsado de um crédito, é contac-tado por um depositante tradicional para lhe conceder um cré-dito a 10 anos, dando como garantia o seu depósito. Outrasalternativas para aplicar aquela verba,

performances

aplicação de fundos

que implicam o levan-tamento dos fundos deste depositante, são a compra de títulospúblicos reembolsáveis a curto prazo, a liquidação de umempréstimo externo em dólares renovável por um ano, bene-ficiando da não desvalorização da moeda doméstica, e aplica-ções de fundos trimestrais no mercado monetário.

Admita-se que o montante do crédito reembolsado é de 1000unidades monetárias, para 400 do depósito, a taxa de juro docrédito atinge 4%, o custo do depósito 2%,a taxa dos títulos públicos 3,8%, e o custodo empréstimo externo 2,4%, sendo a des-valorização da moeda doméstica de 1,6%e a taxa de juro do mercado monetário3,4%.

Perante estes dados, há que analisar amelhor opção em termos de maximizaçãode proveitos do Banco X e calcular astaxas das outras alternativas, que as torna-riam indiferentes perante aquela, e os valo-res da desvalorização da moeda domésti-ca, que justificariam a opção por estaalternativa.

Finalmente, numa perspectiva de minimização do risco assu-

mido pelo Banco X, de melhoria da sua liquidez e de enqua-

dramento em termos de capitais próprios adequados (rácio de

solvabilidade), há ainda que analisar as melhores opções.

Designando por , , e os montantes do crédito reembol-sado, dos títulos públicos, do empréstimo externo e dos mer-cados monetários; , , e as taxas de juro destas aplica-

ções, respectivamente; a taxa de juro do depósito D; a des-

valorização da moeda doméstica face ao dólar; e 1, 2, 3 e4 os proveitos resultantes da opção pelas alternativas em

causa, temos as seguintes relações matemáticas:

1 =

2 = +

3 = + ( + ) + ou

3 = ( + + ) +

4 = 1 + – 1 +

Fazendo, em seguida, as necessárias substituições pelos valo-

C T E M

i i i i

i k

P P PP

P C i

P T i D i

P E i k E E i D i

P E i k i k D i

P M D i

c t e m

d

c

t d

e e d

e e d

d

x

x x

x x x

x x x

x x

res que atrás foram dados, resulta:

1 = 1 000 0,04 = 40

2 = 600 0,038 + 400 0,02 = 30,8

3 = 600 (0,024 + 0,016 + 0,024 0,016) + 400 0,02= 32,2

4 = 600 1 + – 1 + 400 0,02 = 28,7

Na perspectiva estrita de maximização do volume de

, os resultados obtidos permitem facilmente escolher qual

a melhor opção a tomar pela Gestão do Banco X. De facto, a

alternativa 1, concessão de crédito ao depositante tradicional,

ao permitir obter 40 unidades monetárias de juros, ultrapassa

largamente os valores das outras, 30,8, 32,2 e 28,7, respecti-

vamente. Para que se verifiquem situações de

para as outras três opções, as taxas de juro deveriam assumir

os seguintes valores:

40 = 600 1 + – 1 + 400

0,02

Em seguida, determinemos os valores dada moeda doméstica face

ao dólar, que fazem com que a alternativa 3seja preferível à alternativa 1, mantendo--se os valores iniciais das taxas de juro.

Sendo:

3 = 600 (0,024 + k* + 0,024 k*) + 400

0,02 e1 = 40

Tem-se:

Daqui se conclui que a alternativa 3 seria preferível à primeirapara valores de * superiores a 2,86%.

Analisemos agora as quatro alternativas para aplicação docrédito disponível nas perspectivas de minimização doassumido e da melhoria da e da .

No que se refere ao , a alternativa 1 não é a preferida por-que o crédito a conceder ao depositante tradicional tem oprazo de reembolso de 10 anos (considere-se o exemplo deum investimento num projecto agro-pecuário), e as garantiasdadas são apenas o depósito a

P

P

P

P

P

P

k

xx xx x x

x x

x

x

x xx

provei-

tos

indiferença

Alternativa 2

Alternativa 3

Alternativa 4

desvalorização

riscoliquidez solvabilidade

risco

40 = 600 i + 400 0,02 i =5,33%

40 = 600 ( + 0,016 + 0,016 ) + 400 0,02 i =

= 3,68%

i = 5,23%

3 > ô * > 2,86%

x x

x x x

t t

e

m

* *

* * *

*

Þ

Þ

Þ

Þ

i i

P P k

e e

prazo. A alternativa 2, comprade títulos do Estado, pelo contrário, reveste-se de um risconulo, além de os mesmos serem reembolsáveis a curto prazo.A alternativa 3, ao apontar para a liquidação do empréstimoexterno (pagável em dólares), no caso de ser pago imediata-mente, faz desaparecer o risco cambial. É evidente que, quan-

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*"O esforço de modelização

na gestão da actividade

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visualizarem as perfor-

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In or ancaf B 9

do não se efectua a cobertura deste tipo de risco, os titulares deoperações em moeda estrangeira, por mais estudos

va-mente à liquidez, solvabilidade e segurança;A alternativa 3, a segunda melhor em termos de rendibi-lidade, antecipa em um ano o pagamento a efectuar eevita os efeitos negativos da desvalorização cambial,não provocando efeitos nos domínios da solvabilidade esegurança;

que façam,nunca ficarão isentos de sofrer as consequências de umamaior ou menor oscilação cambial. Quanto à última alternati-va, aplicação de fundos no mercado monetário, o grau dorisco assumido é relativamente reduzido, face à supervisãoexistente no sistema financeiro.

No domínio da , admitindo, por hipótese, que oBanco X se vem debatendo com problemas de liquidez, é indu-bitável que a alternativa 1 não é a preferida, porquanto aquelecrédito só vai ser integralmente recuperado no fim de 10 anos.Já a alternativa 2, aquisição de títulos estatais, permite refor-çar a tesouraria a curto prazo e, além disso, estes títulos podemser repassados a clientes, caso seja necessário, para resolverproblemas de tesouraria pontuais de X. A alternativa 3 anteci-pa o pagamento do empréstimo externo, pois tal teria de acon-tecer após decorrido o ano. A última alternativa proporciona arecuperação de fundos no final de cada trimestre, permitindoassim resolver eventuais carências de liquidez a curto prazo.

E quanto à , partindo da hipótese de que oBanco X está no limiar mínimo do rácio (8%), qual será amelhor alternativa? Como o rácio de solvabilidade pondera osactivos pelo grau de risco que está institucionalizado pelasautoridades monetárias, a concessão de crédito ao depositantetradicional vai implicar o risco de 100% e exigir o reforço decapital próprio de 80 unidades monetárias, pelo que estaopção será, em princípio, inviável. Já a alternativa 2, cuja pon-deração é 0%, parece apresentar total viabilidade, na medidaem que não afecta o grau de solvabilidade, o mesmo se poden-do dizer da alternativa 3, que somente afecta o passivo, isentodo referido rácio. Finalmente, a alternativa 4, aplicação defundos no mercado monetário, embora tendo um grau de riscomenor do que o da primeira, 20%, exige, ainda assim, o refor-ço de 16 unidades monetárias de capital próprio.Em :

A alternativa 1, concessão de crédito ao depositante tra-dicional, assume-se como a melhor quanto à rendibilida-de, 40 unidades monetárias de proveitos, mas, em con-trapartida, não garante liquidez, solvabilidade e seguran-ça para o Banco X;A alternativa 2 apresenta-se fraca em proveitos, 30,8unidades; no entanto, assume a maior projecção relati

Finalmente, a alternativa 4, última em proveitos obtidos,ao concentrar a aplicação de fundos trimestral no merca-do monetário, garante melhoria de liquidez em termos decurto prazo (1 ano) e um grau de risco reduzido, quer emtermos de ponderação para efeitos do rácio de solvabili-dade, 20%, quer em termos de segurança efectiva.

Os critérios de apreciação atrás enunciados, de forma relati-vamente simplificada, terão ainda de ser inseridos na políticageral do Banco X, a qual assentará, naturalmente, na estruturada sua carteira (disponibilidades, aplicações, imobilizações,depósitos à vista, depósitos a prazo, outros passivos, capitalpróprio) e, ainda, nas intervenções à margem do balanço (ga-

liquidez

solvabilidade

conclusão

rantias prestadas e recebidas, operações cambiais e de taxas dejuro, serviços prestados, garantias reais).

Além disso, haverá que ponderá-los numa óptica de diversifi-cação das operações desenvolvidas pelo Banco X, por exem-plo, quanto a sectores de actividade, tipo de garantias, taxas dejuro fixas e indexadas, países utilizadores (risco país), prazo

de reembolso das operações, natureza dos activos a financiar,moeda de negociação, rede de balcões, imagem do cliente.

.

.

É que a gestão de uma instituição de crédito, ao perseguir osobjectivos fixados (a curto, a médio e a longo prazo), deve pro-curar enquadrar todas as operações em curso nas vertentescompetentes, sobretudo aquelas que assumem maior projec-ção, garantindo ao mesmo tempo à instituição níveis adequa-dos de segurança, rendibilidade, liquidez e solvabilidade.

*Economista e Consultor BancárioDocente Universitário

** Mestre em Matemática Aplicada àEconomia e à Gestão

Coordenador e Docente do ISGBProfessor da ESGIN

BIBLIOGRAFIA

CAIADO,A. C.

Gestão Bancária – Conceitos e Aplicações,Editora Internacional, 1998

Instrução do Banco de Portugal

Adequação dosFundos Próprios das Instituições de Crédito

N.º 25/97, BNBP N.º 5, de15.05.97, eAnexo, pp. 1 a 46,

Regime Geral das Instituições de Crédito eSociedades Financeiras, Decreto-LeiN.º 298/92, de 31 de Dezembro

Commercial Bank Financial Management,Macmillan P. Cº., 1989

SINKEY JR.,Joseph

Page 10: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B10

O Curso Básico Bancário, como se sabe, éessencialmente um curso dedicado a jovens quepretendam obter formação na área bancária e alicenciados que necessitem de complementar as suascompetências em técnicas bancárias.

A 6ª edição arrancou em Setembro e conta este ano com

um total de 326 alunos, assimdistribuídos:

Lisboa 197Porto 71Coimbra 46Faro 12

Dos vários Seminários realizadospelo IFB em 1999, destacaram-se"O Direito e a Banca", "Sistemas

REALIZAÇÕES EM 1999

de Pagamento", "Project Finance"e "Controlo de Gestão deUnidades de Negócio".

O primeiro – "ODireito e a Banca" –abrangia duas áreasjurídicas muito dis-tintas (a do processocivil e a dos valoresmobiliários) e mere-ceu uma excepcionalatenção dos partici-pantes, onde predomi-navam os juristas e osdirectores bancários.

A apreciação globaldos participantes,obtida a partir dasrespostas ao ques-tionário feito no final,atingiu os 96%.

Outros Semináriosque também mere-ceram opiniões muito

favoráveis:"Sistemas de Pagamento", porc o n t e m p l a r u m a á r e aconsiderada de capi ta limportância para o futuro daactividade bancária;

"Project Finance", por setratar de um conceito queabrange uma ampla classe deestruturas de financiamento;

"Controlo de Gestão deUnidades de Negócio", porconstituir, cada vez mais, uminstrumento fundamental, queproporciona aos responsáveisos meios para tomaremdecisões mais adequadas.

À data do fecho deste número daestá ainda em

elaboração o calendário dosSeminários para 2000, mas ele vaicontar, seguramente, com arepetição de alguns dos referidos,dado o interesse que têm vindo ades-pertar.

Inforbanca

Page 11: Instituto de Formação Bancária

EURO

In or ancaf B 11

António José Vieira Águas*

Um administrador dos serviços de análise de riscos daempresa de notação financeira Standard & Poor(S&P) afirma que considera a moeda única uma

questão tão importante como o problema do do ano2000. Refere que os analistas da S&P, que realizam análisesde crédito a dez anos a mais de 2000 empresas europeias, ques-tionam os administradores dessas empresas ao mais ínfimopormenor uma vez por ano sobre a preparação para a moedaúnica. “Esperamos deles que pelo menos tenham observadoos seus sistemas contabilísticos, relatórios financeiros e defacturação”, afirma o mesmo administrador.

Relativamente às muitas das adaptações necessárias para aintrodução do euro, algumas das mais importantes respeitamà apresentação das contas das empresas. Consciente dessanecessidade, a Comissão, em colaboração com peritos dosEstados-membros, elaborou um documento com vista a abor-dar as questões contabilísticas decorrentes da passagem para amoeda única com o objectivo de prestar apoio aos Estados-membros, aos reguladores de normas contabilísticas e às

software

IntroduçãoEUROdo

empresas e profissionais da área da contabilidade, asseguran-do assim uma transição harmoniosa.

As conclusões fundamentais a que chegou foram as seguintes:

1. A introdução do euro pode ser tratada no quadro jurídico

existente, constituído pela legislação contabilística euro-

peia (basicamente a 4ª directiva – 78/660/CEE e a 7ª direc-

tiva – 83/349/CEE);2. A introdução do euro não acarreta a necessidade de um

corpo adicional de legislação comunitária nem implica

modificações das directivas existentes ou um aprofunda-

mento da harmonização das actuais normas contabilís-

ticas;3. Os Estados-membros podem utilizar as práticas contabilís-

ticas existentes, adoptadas ao abrigo das directivas conta-

bilísticas comunitárias em vigor, a fim de criarem um

enquadramento adequado para a mudança para o euro.

Grande parte das orientações contabilísticas contidas no docu-mento-guia da Comissão prende-se com a transposição cam-bial, com a consideração da natureza dos custos incorridospelas empresas com a passagem para a moeda única, com oscontratos sobre divisas e com os efeitos resultantes da conso-lidação de contas.

Uma vez que a data a partir da qual foram fixadas as taxas deconversão do euro foi o dia 1 de Janeiro de 1999, passando asmoedas nacionais integradas a constituir subdivisões do euro,algumas das mais relevantes implicações contabilísticas paraas empresas já tiveram (ou já deveriam ter tido) expressãocom a apresentação das contas anuais reportadas a 31 deDezembro de 1998, embora a face mais visível da passagempara o euro venha a ser a da redenominação contabilística daunidade monetária escudo para o euro, que na maioria doscasos só irá ocorrer provavelmente a partir de 31 de

Dezembro de 2001 .1

ALGUMASQUESTÕES CONTABILÍSTICAS

Page 12: Instituto de Formação Bancária

As empresas que realizam directamente operações em moedaestrangeira, possuem participações denominadas em divisasnum estabelecimento estrangeiro do tipo sucursal, filial ousimples participação financeira que não confira poder dedomínio, na preparação das suas contas, individuais ou conso-lidadas, têm de efectuar uma transposição cambial da moedaestrangeira para a moeda de reporte (a moeda nacional).

Embora a data oficial do lançamento do euro tenha sido a de 1de Janeiro de 1999, com a concomitante fixação das taxas deconversão fixas e irrevogáveis entre a unidade euro e as uni-dades monetárias nacionais, essas mesmas taxas fixas foramutilizadas como taxas de encerramento para a elaboração dascontas individuais e consolidadas relativas ao exercício quefindou em 31 de Dezembro de 1998, pelos seguintes motivos:

A decisão relativamente às taxas fixas de conversão foitomada em 1998, dizendo respeito a este ano os condici-onalismos económicos subjacentes àquela decisão,devendo por isso ser considerados no respectivo exercí-cio contabilístico;Todos os activos e passivos de uma empresa que sãoexpressos numa outra moeda participante (p.e., activosexpressos em marcos alemães e passivos expressos emfrancos franceses num banco português) e que permane-ceram no balanço de 31 de Dezembro de 1998 apenaspoderão ser subsequentemente alienados ou pagos àstaxas de conversão fixas, argumento que reflecte ser essaa forma mais apropriada de o balanço evidenciar a reali-dade económica naquela data.

A fixação das taxas de conversão fixas teve ainda como con-sequência, com efeitos contabilísticos no reconhecimento deresultados, que todas as diferenças cambiais existentes entreas moedas participantes passassem a ser permanentes, umavez que deixou de ser possível qualquer variação resultante deuma alteração de taxas de câmbio entre as moedas (moedasque integram o euro). Para os elementos monetários, isto é, osque consistem em dinheiro detido e em activos e passivos areceber ou a pagar mediante a contraprestação de um montan-te pecuniário determinado ou determinável, as diferençascambiais apuradas em 31 de Dezembro de 1998, relativas avalores expressos noutras moedas que integram o euro, foram

in

directamente reconhecidas (ou relevadas) em resultados (per-das ou ganhos). Para os elementos não monetários, o mesmotipo de diferenças deverá ter sido tratado (ou poderá ainda sertratado) como ajustamentos da situação líquida (acréscimodas reservas em caso de diferenças favoráveis e diminuição dereservas em caso de diferenças desfavoráveis).

Apassagem para o euro coloca as empresas, e particularmenteas empresas financeiras, perante a inevitabilidade de incorre-rem em diversos custos, que vão desde o planeamento admi-nistrativo a alterações de suportes informáticos, até à forma-ção do pessoal, informação aos clientes e adaptações demáquinas específicas (p.e., as ATM). É entendido que essescustos da mudança são comparáveis aos custos correntes, apli-cando-se, consequentemente, as regras contabilísticas nor-mais das directivas contabilísticas, isto é, são imputados aosresultados do exercício em que são incorridos.

Reconhece-se, no entanto, que no sector bancário os custos damudança podem ser bastante importantes, podendo ser capi-talizados na medida em que desses custos (imputáveis a acti-vos intangíveis) resultem benefícios económicos futuros paraa empresa. A esses activos intangíveis devem ser aplicadasregras de amortização baseadas no período de vida económicaútil esperada desses investimentos. Embora em termos con-ceptuais se trate de um princípio inatacável, deve reconhecer--se a dificuldade da sua aplicação em determinadas situaçõesconcretas, de que podem resultar casos de arbitragem conta-bilística com efeitos que podem ser significativos no impactodos seus efeitos no apuramento dos resultados.

Em certos casos, a vida útil de um activo também pode serreduzida em consequência da introdução do euro, como é ocaso de máquinas de venda automática, impondo-se nessescasos uma política de aceleração das amortizações ou de cor-recção de valor, com efeitos na conta de resultados.

Após a introdução do euro em 1 de Janeiro de 1999, o riscocambial contido nos contratos a prazo que envolviam moedas

deixou de existir. Para os contratos que se encontravamvivos em 31/12/1998, colocou-se a questão de saber se as dife-renças respeitantes a esses contratos a prazo sobre divisas deve-riam ou não ser reconhecidas na conta de resultados daqueleexercício.Aopinião expressa no documento da Comissão foia de que isso dependeria do objectivo de cada contrato. Para oscontratos especulativos ( não associados a operaçõesde cobertura de risco), as diferenças de câmbio apuradas em31/12/98 deveriam ser imediatamente reconhecidas na conta

de resultados ; para os contratos respeitantes a coberturas deelementos de balanço, a diferença apurada deveria ser diferidaaté ao momento em que ocorresse o resultado da operaçãocoberta e nas coberturas antecipadas, isto é, nos contratos quetiveram por finalidade reduzir o risco cambial decompromissos ou transacções futuras (que ocorreriam

in

forwards

2

In or ancaf B12

Contratos sobre Divisas

A Consideração da Naturezados Custos Incorridos pelaPassagem ao Euro

Transposição Cambial

continua na página 24

Page 13: Instituto de Formação Bancária

13In or ancaf B

desafios Bancárioperspectivas

Teresa Pereira

Gerente

Paulo Alexandre Duarte de Sousa*

Neste número , iniciamos um dossier dedicado às Funções de Gerente / Responsável por Unidade de Negócio, tendo

recolhido para o efeito o testemunho do Dr. Paulo A. Duarte de Sousa (Gerente de Agência da Caixa Geral de Depósitos)

e do Dr. Francisco Costa (Director de Gabinete da Rede de Empresas do BNU) .

Ambos os autores nos apresentam o seu ponto de vista e experiência profissional sobre os diversos desafios que a Função

integra e enfrenta na actualidade .

Coordenadora daSecção

Gerente /Responsável porUnidade de NegócioDesafios e Perspectivas

A função de

Aactividade bancária caracteriza-seactualmente, para além da

dinâmica e do panorama fortementeconcorrencial, por uma crescentesofisticação. Esta advém de umconjunto muito vasto de factores,conferindo às funções do Gerente

Gerente BancárioGerente Bancário

ção dos sistemas de informação noapoio à acção comercial, o grau deconhecimento e exigência que osconsumidores actualmente detêm(muito por força da acção dos própriosoperadores) e a mutação a que se vemassistindo ao nível da composição dos

Bancário um grau de exigência muitoelevado. A elevada especialização daoferta, suportada numa identificaçãoexaustiva e ”saturante” de nichos demercado, a introdução de canaisalternativos com recurso a todos osmeios de comunicação, a total integra-

Page 14: Instituto de Formação Bancária

14 In or ancaf B

relevante e orientações de actuação, asquais deverão ser permanentementeincorporadas pelo Gerente na suaactividade corrente.

A gestão de recursos humanos assumeassim um papel primordial, dada anecessidade de garantir uma motivaçãopermanente de todos os colaboradorespara a adaptação exigida em cadamomento. A liderança do Gerenteassume-se como o factor decisivo sobrea capacidade efectiva de toda umaequipa incorporar a alteração do ritmo epadrão de actividade.

Ao gerir pessoas, o Gerente Bancáriogere igualmente bem-estar, culturaorganizacional e horizonte individuais,que devem, na medida do possível,estar ligados a todo o processo organi-zacional. Através da gestão que faz dossistemas de avaliação e recompensasque o Banco disponibiliza, através daparticipação, responsabilização ereconhecimento que proporciona aosseus colaboradores, também está adeterminar o nível global de motivaçãoda sua equipa de trabalho.

Também a avaliação de desempenhosurge como uma actividade permanen-te, proporcionando periodicamente atodos os elementos da equipa a opor-tunidade de reflectirem e actualizarem apercepção do que lhes é exigido emcada momento. Permite ainda a avalia-ção próxima dos resultados e proporci-ona a execução de acções correctivas eparticipadas pela equipa.Aavaliação dedesempenho conduz igualmente àidentificação do potencial dos colabo-radores e constitui um instrumento dedesenvolvimento de carreiras.

Em termos financeiros, o Gerente deuma Agência tem preocupaçõescrescentes de desenvolvimento daactividade para serviços não tradicio-nais ou para franjas de mercado quelocalmente podem permitir ganhosadicionais de rendibilidade face àobtida nas operações tradicionais,diminuindo assim a dependência damargem financeira. Esta acção implicaum profundo conhecimento do

mercado local, conhecimento este quepassa por uma acção do Gerente,complementada pela percepção,detecção e acção constantes de toda aequipa sobre os clientes com os quaislida diariamente. O Gerente Bancárioassegura assim que na sua Agênciaocorra permanentemente uma acçãocentrada nas necessidades do cliente ena identificação de novas oportunidadesde negócio.

Diferentes níveis de competênciasproporcionam resultados igualmentesatisfatórios na gestão de Estabele-cimentos Bancários. Não sendopossível determinar a combinaçãoóptima entre conhecimentos, qualida-des de trabalho e qualidades pessoais, oGerente deve possuir, atendendo ànecessidade de gerir eficientementeequipas, capacidades acrescidas deescuta e diálogo.As suas capacidades deinfluência no grupo-Agência devemresultar, não da sua posição explícita naestrutura hierárquica, mas da liderançainformal que desenvolve.

Para além do em relaçõeshumanas, deve assumir papel de relevoo técnico específico dafunção e o de gestão. Igualmente odesenvolvimento de capacidades naresolução de problemas, forte sentido deresponsabilidade e capacidade dedecisão afiguram-se determinantes nodesempenho da simultaneidade depapéis – regulador, distribuidor derecursos, empreendedor e negociador –que a actividade diária exige.

Tão importante quanto a formação debase proporcionada pelas diversasuniversidades, institutos politécnicos

know-how

know-how

intervenientes no mercado conferemà função de Gerente Bancário anecessidade de um reenquadramentoda acção.

A partir dos pressupostos apresentadose de todos conhecidos, a função deGerente comporta actualmente umconjunto de exigências muito vasto. Anecessidade de ser o primeiro responsá-vel pela imagem e animação do pontode venda, a par de um acompanhamentomais cuidado da conta de exploração,fruto da redução da rendibilidade dasoperações tradicionais, tornamnecessariamente o Gerente Bancário noprimeiro elemento motivador, líder eformador de toda a equipa.

O Gerente Bancário incorpora funçõescomo o desenvolvimento pessoal, querao nível local, quer ao nível da geraçãocontínua de fontes de recrutamentointerno, primordial para a expansão dasáreas de negócio de toda a organização.Tem ainda uma responsabilidadeacrescida na eficácia colectiva daequipa e, sendo um caso de sucesso, emgarantir que a mutação que a equipa vaiconhecendo por força das oportunida-des geradas pela própria organizaçãonão afecta os princípios que orientamtoda a actividade da unidade denegócio.

Este novo padrão de exigência encerra anecessidade de uma elevada flexibilida-de, em termos operacionais, do trabalhodesenvolvido nas Agências. Factorescomo a localização, dimensão, ,perfil da carteira de clientes, ciclo deactividade e tráfego de clientes por tipode operações na Agência conduzirão ànecessidade de a organização procederconstantemente a estudos internossobre tempos de espera, condições deatendimento e análise do modelo denegócio, com produção de informação

layout

Perfil de Competênciasdo Gerente Responsáveldo Estabelecimento

Tipo de FormaçãoNecessária a um BomDesempenho da Função

Responsável de

Principais Actividades eDesafios que a FunçãoIntegra e Enfrenta naActualidade

Unidade de Negócio

Page 15: Instituto de Formação Bancária

15In or ancaf B

desafios

desafiosNegócio

Os Clientes:a Qualidade de Serviço

perspectivas

Francisco Costa*

A preocupação crescente com ocliente é uma realidade que, tendo

atingido todos os sectores de actividadeonde de uma forma ou de outra se fazsentir a concorrência, tem tido na Bancaprofundos efeitos.

De facto, a focalização na satisfação dasnecessidades dos clientes por parte dasinstituições financeiras tem-lhesexigido, por um lado, redefiniçõesestratégicas e de posicionamento faceao mercado e, por outro, a capacidade decriar, desenvolver e adaptar produ-tos/serviços capazes de irem aoencontro desses mesmos clientes.

Face a estas alterações, têm surgidonovos desafios de carácter interno eexterno para os responsáveis de unidadede negócio dos bancos a operar nomercado nacional. Gostaria de destacaralguns dos desafios que considero derelevo para o desempenho da referidafunção.

Os clientes são, em primeira e últimainstância, o maior desafio que se colocaàs instituições como um todo e,obviamente, aos seus colaboradoresindividualmente.

Desta forma, a maioria dos desafios quese colocam a um responsável de unidadede negócio têm como base o serviço aocliente, ou melhor, a qualidade doserviço prestado.

Tendo em consideração que os produ-tos/serviços bancários, apesar da suaconstante inovação, são na sua maioriabaseados em plataformas operacionaissemelhantes, a qualidade de serviço,entendida como o estabelecer derelações de parceria com os clientes, écada vez mais um factor crítico desucesso.

Como sabemos, o valor intrínseco deum serviço é de dificil percepção porparte do cliente, em grande medida faceà sua intangibilidade. Contudo, em vir-tude das melhorias de que osserviços bancários têm sido alvo,entendo que o cliente está cada vezmais atento à qualidade de serviçoque lhe prestamos.

O peso que a qualidade de serviço temna apreciação global que os clientesfazem de uma instituição financeira temvindo a acentuar-se, face à cada vezmenor possibilidade que estas têm de sediferenciarem por outras vias –inovação, gama de produtos, preço,etc…

A qualidade de serviço de uma institui-ção bancária, apesar do crescenteautomatismo de processos e dosignificativo investimento em sistemasde informação, que poderá "jogar" aquium papel importante, passa essencial-

Responsável deResponsável deA função de

ou pelo Instituto de Formação Bancáriaé a formação profissional.

Globalmente, o Gerente bancário temuma necessidade crescente de formaçãoprofissional como factor de melhoria deperformance e evolução no âmbito

pessoal e profissional.

Mas profissionalismo é a palavra-chavepara o sucesso de um Responsável deEstabelecimento Bancário. As suasqualidades intrínsecas, a formação debase que possui, a formação profissio-

nal de que usufruiu e a experiência nafunção são factores determinantes. �

*Caixa Geral de Depósitos

Gerente da Agência de Cascais da

Unidade de NegócioUnidade de Negócio

Page 16: Instituto de Formação Bancária

16 In or ancaf B

Um outro desafio, não menos importan-te, é a capacidade de adaptação às novascircunstâncias.

Num mercado em constante mutação,onde as alterações ao nível das relaçõesde força entre os vários grupos bancári-os se têm verificado a uma velocidadevertiginosa (veja-se o recente casoBSCH/Champalimaud), a capacidadede adaptação é cada vez mais umaobrigatoriedade para aqueles quepretendem fazer carreira no sector.Capacidade de adaptação não apenas àsalterações do contexto de trabalho, mastambém ao nível do nosso posiciona-mento face à nossa instituição e aomercado.

É cada vez mais necessário ter umapostura flexível e polivalente, nãoatravés de uma polivalência traduzidana capacidade de "aflorar" superficial-mente as várias áreas que envolvem anossa actividade, mas sim através de umconhecimento profundo das áreas-chave do negócio bancário.

A adaptação poderá apresentar váriasformas; contudo, penso que apenasatravés do desenvolvimento decompetências poderemos encarar deuma forma optimista a nova realidadecom que nos deparamos.

A criação de competências/capa-cidades passa pela adopção de umaatitude individual de procura constanteface à formação, que se traduzirá numapostura proactiva de procura sistemáti-ca, e de preferência sistematizada, deformação, seja ela do tipo tradicional ouauto-formação.

Considero a auto-formação umaferramenta eficaz para nos mantermosactualizados face à rapidez com que omeio envolvente se altera, bem comoface à quantidade de informação quetemos de "digerir" diariamente. Auto-formação enquanto forma de seleccio-nar, de entre a vastíssima informaçãodisponível, aquela que se adequemelhor às necessidades, ou seja,

mente pela forma como os seuscolaboradores que contactam directa-mente com o público prestam essemesmo serviço.

No meu entender, a gestão que umresponsável de unidade de negóciofaz da sua equipa terá de passar pelafocalização numa postura comercialagressiva diferenciada pelo domíniode áreas técnicas complementares aosconhecimentos do cliente.

Penso que a componente técnica doresponsável e dos seus colaboradores écada vez mais importante para o sucessoda instituição, mas é simultaneamenteexigente e indispensável para estes,principalmente se tivermos em contaque a criação, adaptação e/ou redefini-ção de produtos são uma constante donosso sector.

Desta forma, é necessário ter umaequipa cada vez mais generalista, capazde apreender o crescente número deprodutos e serviços que se têm decolocar/vender, e simultaneamenteespecialista face a uma clientela cadavez mais informada e mais "qualifi-cada para discutir tecnicamente" osprodutos.

Para além de tudo isto, o responsável deunidade de negócio e a sua equipa têmde ter cada vez maior qualificação paraentenderem, acompanharem e auxilia-rem os clientes na especificidade dosseus negócios, de forma a que seestabeleça, mais do que uma parceriafinanceira, uma relação de suporte econsultoria no apoio directo ao negóciodo cliente.

Em última análise, a qualidade daequipa que apoia o responsável deunidade de negócio e, obviamente, aforma como este a gere são factoresdeterminantes na concretização de umaestratégia de sucesso.

Considero que a constituição de umaequipa de quadros técnicos qualifica-dos, empenhados e com uma boainterligação entre si, capazes desuperarem as expectativas do cliente,é um dos mais importantes desafiosda função de responsável de unidadede negócio; ou seja, a gestão de pessoalé um verdadeiro desafio.

A Mudança:A Capacidade deAdaptação

A Formação:A Auto-formaçãocomo Base

formação contingencial face aosproblemas decorrentes do dia-a-dia .

A incerteza é, assim, um factor com quenos habituámos já a conviver: incertezaface ao mercado; incerteza face àentidade empregadora; incerteza face aoposto de trabalho. Já não há

, já não há carreiras pré-definidas, jánão há certezas, mas há, isso sim,oportunidades, e são estas oportunida-des que nos possibilitam desenvolver anossa carreira dentro ou fora dainstituição onde estamos, dentro ou forado sector bancário.

Mas uma coisa é certa, as oportunidadessurgem apenas para aqueles quedesenvolveram competências suficien-tes para poderem ter uma performancepositiva no mercado criando valoracrescentado à entidade empregadoraatravés de uma cada vez melhorqualidade do serviço prestado ao cliente.

Assim, face à crescente incerteza domercado onde nos inserimos, é minhaconvicção que a eficácia organizacionalterá de passar pela capacidade deadaptação a um em constantemutação, a qual dependerá em últimainstância da eficácia individual, ou seja,da adaptabilidade dos seus quadros aessa mesma realidade mutável.

O futuro apresenta-se marcado pornovos desafios constantes, não obrigato-riamente mais difíceis de encarar do queos actuais, mas certamente complexos,exigindo de cada um de nós uma posturaactiva e comercialmente agressiva, naqual o profissionalismo terá cada vezmais um papel de destaque. Tendo emconta que as pessoas, tal como asorganizações, têm de enfrentar uma cadavez maior concorrência, interna eexterna, não existe lugar para equipasdesmotivadas, insatisfeitas ou menospreparadas, porque o próprio mercadovai exigir de nós uma adaptação rápida eeficaz.

life timejobs

statu quo

Como responsável por uma unidade denegócio, congratulo-me por fazer partedeste Grupo, tendo de enfrentar econcretizar, no dia-a-dia, os desafios queme são colocados pela instituição a quepertenço.

* Director de GabineteBNU – Empresas

Rua Augusta

A Equipa:A Gestão dePessoal

O Futuro: O DesafioPermanente

Page 17: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B 17

O último colóquio que aAGESBANCApromoveu teve lugar nas instalações daAssociação Portuguesa de Bancos, em14 de Outubro, tendo a mesa sidoconstituída pelo Presidente daquelaAssociação, Dr. João António Pires daSilva, pelo Director-Geral do Institutode Formação Bancária, Dr. AntónioPereira Torres, e pelo empresário EngºBelmiro deAzevedo.

Foi orador convidado o Engº Belmirode Azevedo, que dissertou sobre“Inovação e Competitividade dasEmpresas Portuguesas”.

O interesse criado no nosso meio poresta palestra levou à APB inúmeraspessoas, a maior parte das quais quadrose técnicos bancários diplomados peloIFB com o Curso Avançado de GestãoBancária.

Sem desprezar os conceitos, o EngºBelmiro de Azevedo desenvolveu o seudiscurso numa base prática, apoiando--se em casos reais, muito especialmenteos da sua diversificada experiência deempresário.

Ao longo de toda a sua exposição pôssempre a tónica nos recursos humanos,

que considera o principal motor dedesenvolvimento das empresas. Masnão basta às empresas que pretendemser competitivas disporem de pessoascompetentes, avançou o orador. Hoje,muito mais do que competência – estacompra-se – é preciso ter ideiascriativas, inovação.

Disse ainda que o Estado temresponsabilidade na competitividade.A sua função reguladora deve ir nosentido da criação de condições parao desenvolvimento das competênciascriativas e deu como exemplo anecessidade de eliminação, no ensinoe particularmente na Universidade, do“professor sénior”.

Assegurou, depois,que a competiti-vidade tem a vercom a criação demais riqueza, masem mercado abertoe que para a gerar épreciso que nasempresas haja a“capacidade paraestar atento a quemnos agride e tambémcapacidade para

atrair as melhores pessoas e os melhoresprojectos”. Fomentou ainda amobilidade, não só dos activos e dosprodutos, mas também a das pessoas,quer a sua mobilidade intelectual, querfísica.

Terminou afirmando que temos deaceitar que o mundo passou a ser global,que seremos cada vez mais cidadãoseuropeus, não perdendo, no entanto, acidadania local, sobretudo dos pontosde vista cultural, ambiental e social.

No encerramento da sessão, o Dr.Pereira Torres agradeceu ao Engº Bel-miro de Azevedo “esta tão excelenteaula prática de ”.management �

INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADEAGESBANCAno colóquio da

6ª Edição em MarçoEm Março de 2000, terá início a 6ª Edição da Formação

Qualificante com os seguintes cursos:

Auditoria BancáriaMercados FinanceirosRisco de Crédito

Cada um destes cursos considera-se um projecto de médiaduração (cerca de um ano), que funciona com umametodologia pedagógica de ensino a distância auto-estudoassistido para permitir aos participantes conciliarem umaformação teórica especializada com o exercício da suaactividade profissional.

Os participantes dos vários cursos têm à sua disposição umleque de documentação adaptada ao auto-estudo, enriquecidacom exercícios e casos práticos que lhes permitem, para alémda componente prática, avaliar os conhecimentos adquiridos.

As sessões de apoio são orientadas por tutores especialistasnas diversas áreas temáticas, e destinam-se, essencialmente, aajudar a solucionar dificuldades eventualmente encontradasno trabalho de auto-estudo.

Esta iniciativa tem recebido um bom acolhimento da parte dosquadros bancários e de outros sectores de actividade comligação ao sector bancário. �

Page 18: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B18

A partir do Porto, o Dr. Augusto Monteiro, que, naqualidade de Director do ISGB, presidiu à sessão naquelacidade, deu igualmente as boas-vindas a todos os alunos.

Aseguir, o Doutor FernandoAdão da Fonseca, membro doConselho Científico do ISGB, disse, na sua alocução sobre“A Experiência Científica no ISGB”, ter sido testemunhadas inovações que têm vindo a ser adoptadas pela Escola, oque a projectou para a frente do pelotão do ensino,transformando-a num paradigma da formação a distância,não só em Portugal, mas também no mundo inteiro.

De novo do Porto, o Dr. Augusto Monteiro fez a“Apresentação Institucional do ISGB”, começando pelasua criação em 1991 e salientando, depois, os seusobjectivos, os cursos em funcionamento – neste momento,duas licenciaturas e duas pós-graduações – e a populaçãoque passou pela Escola: até agora, 997 alunos, dos quais908 diplomados.

Os alunos tomaram depois conhecimento dasparticularidades de cada um dos cursos, explicação que foidada pelos coordenadores dos Cursos de Organização eSistemas de Informação e de Gestão Bancária,respectivamente, Doutor José Monteiro Barata e DoutorJoséAzevedo Pereira.

Por fim, a Dra. Manuela Santos, coordenadora do Departa-mento Pedagógico, fez a apresentação do modelopedagógico que orienta a produção de todos os materiaisde estudo destinados aos cursos em regime de ensino adistância, salientando a importância desta metodologia deestudo.

ADra. Fernanda Marques Pereira, Directora do ISGB, quecoordenou os trabalhos e fez o encerramento da sessãosolene comum às duas licenciaturas, desejando a todos osalunos os maiores êxitos para o ano que agora começaabriu a sessão de trabalhos da tarde, em que os professores--coordenadores das cinco Áreas Disciplinares do 1º anoapresentaram, com algum pormenor, as matérias deestudo e o planeamento relativo aos sistemas de apoioe avaliação.�

O novo ano lectivo do ISGB abriu oficialmente em 16 deOutubro, com a realização de uma sessão solene, que tevelugar, simultaneamente, em Lisboa e Porto, comtransmissão por videoconferência, o que deu apossibilidade de todos os alunos se sentirem envolvidospela mesma atmosfera de contentamento, própria doarranque de um novo ano lectivo.

Do programa faziam parte, para além da recepção dosalunos, durante a qual foi distribuído o materialpedagógico, uma série de mensagens e discursos,proferidos por diversas personalidades com ligação àEscola, e a apresentação das disciplinas do 1º ano,efectuada pelos respectivos professores-coordenadores.

A sessão teve início com a mensagem de boas-vindasproferida pelo Presidente do ISGB, Dr. Pereira Torres, quea seguir dissertou sobre as grandes linhas de preocupaçãoactual do sector financeiro, particularmente sobre osnovos espaços na Europa, o alargamento dos mercadosfinanceiros, a concentração bancária e as intensas fontesde mudança que continuam a verificar-se, o que, cada vezmais, exige novos conhecimentos e valências, a que oISGB tem dado respostas.

SB

Videoconferênciano arranque do

novo ano lectivo

Page 19: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B 19

Na altura em que este número da Inforbanca está a chegar

às mãos dos seus leitores, completa o Instituto de

Formação Bancária 20 anos de existência.

Criado em 1980, com a principal finalidade de contribuir

para a elevação das qualificações técnico-profissionais da

classe bancária portuguesa, o Instituto veio,

posteriormente, a alargar a sua acção a outras entidades,

quer nacionais, quer estrangeiras.

Foram 20 anos de intensa actividade, que fica fortemente

assinalada pelo investimento em novas e adequadas

metodologias e em cursos inovadores, sempre em favor

de uma formação actualizada e de qualidade.

Assim, esta data não passará despercebida. O IFB vai levar

a efeito um conjunto de realizações, de que se destacam

as seguintes:

Sessão solene comemorativa, em conjugação com

a distribuição de diplomas de cursos terminados

em 1998/99;

Seminário internacional com a participação de

individualidades estrangeiras de grande plano;

Número especial da Inforbanca a publicar em

Julho;

Concurso de trabalhos a promover entre

bancários dos bancos associados da APB.

Sobre este concurso publicamos na página seguinte o

respectivo regulamento.

Instituto deFormação Bancária

Instituto deFormação Bancária

20 anos20 anos

Page 20: Instituto de Formação Bancária

20 In or ancaf B

Regulamento

As decisões do júri, inclusive as que possam sertomadas para suprir omissões do presenteRegulamento, não admitem recurso.

Serão atribuídos os seguintes prémios:

1º Prémio 300 000$002º Prémio 200 000$00

Poderão ser atribuídas Menções Honrosas, se o júriassim o entender, reservando-se ainda o júri o direito denão atribuir algum ou nenhum dos prémios previstos.

O trabalho contemplado com o 1º Prémio serápublicado como separata da revista do Instituto, aINFORBANCA.

Os trabalhos premiados ficarão propriedade do IFB, quedeles fica exclusivo titular, considerando-se transmitidos aseu favor quaisquer direitos patrimoniais de autoria, co-autoria ou de análoga natureza, das pessoas que nelescolaboraram.

O IFB reserva-se o direito, que os autores reconhecem, de,dentro dos limites da lei, utilizar com liberdade de acção omaterial produzido, podendo designadamente introduzir-lhemodificações e/ou adaptações.

Os trabalhos não premiados serão devolvidos, após arealização do concurso, a todos os autores que osolicitem, no prazo de 30 dias a contar da data daproclamação dos resultados.

Os resultados do concurso serão publicados, no dia 1 deJulho, na página do IFB na Internet – www.ifb.pt –, bemcomo no nº 45 da INFORBANCA, a publicar no início deJulho.

Os vencedores do 1º e 2º Prémios, bem como oscontemplados com Menções Honrosas, serãocontactados directamente.

Os prémios serão entregues em cerimónia a efectuarpara o efeito, em data a determinar.

No caso de não comparência dos premiados, o prémiodeverá ser reclamado no IFB, no prazo de 90 dias acontar da data da cerimónia de entrega.

4.1.

5. Prémios

5.1.

5.2.

6. Direitos deAutoria

6.1.

7. Publicação dos resultados

7.1.

8. Entrega dos prémios

8.1.

1. Objectivo e Tema

1.1.

2. Concorrentes

2.1.

3. Trabalhos

3.1.

3.2.

3.3.

3.4.

3.5.

3.6.

4. Júri

Assinalando os seus 20 anos de actividade, o Instituto deFormação Bancária, entre outras realizações, leva a efeitoum Concurso de Trabalhos subordinados ao tema: “Banca:os Desafios do Novo Milénio”.

Este tema poderá ser abordado de forma genérica ouorientado para aspectos específicos da actividadebancária, tratados no enquadramento proposto, isto é, atransição para o novo milénio.

O concurso está aberto a todos os empregados das institui-ções associadas daAssociação Portuguesa de Bancos.

A autoria dos trabalhos apresentados a concurso podeser individual ou colectiva.

Os trabalhos devem ter entre 30 a 40 páginas de formatoA4 e cada página deve conter mais ou menos 25 linhascom 60 batidas em cada linha.

Os trabalhos serão assinados com pseudónimo.

Serão enviados ao Instituto através dos CTT ouentregues em mão em envelope fechado, com a seguinteindicação:

CONCURSO COMEMORAÇÕES DOS20 ANOS DO IFBAv. 5 de Outubro, nº 1641069-198 LISBOA

Os trabalhos deverão dar entrada no Instituto até ao dia 3deAbril de 2000.

Os trabalhos deverão ser enviados em quintuplicado eacompanhados da respectiva disquete.

Dentro do envelope mencionado em 3.3. será tambémenviada uma carta, em envelope fechado e lacrado,contendo o(s) nome(s) do(s) autor(es) dos trabalhos e aindicação do(s) banco(s) a que pertençam. Estesegundo envelope será identificado exteriormente como(s) pseudónimo(s) do(s) autor(es) e só será aberto apósa classificação dos trabalhos.

Os trabalhos concorrentes serão apreciados por um júriconstituído pelos membros da Direcção da AssociaçãoPortuguesa de Bancos.

Page 21: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B 21

Mais de cem diplomadosentram na banca

422 alunos em 1999/2000

Terminou a 6ª edição do Curso Geral Bancário em regime dealternância, que lançou no mercado de trabalho mais 105jovens, depois de, em Setembro passado, terem terminadocom êxito a Prova deAptidão Profissional.

Todos estes diplomados têm vindo a ser objecto de uma análi-se muito criteriosa por parte das áreas de selecção e recruta-mento dos bancos, estando a processar-se progressivamente asua integração nos quadros de pessoal desses bancos.

É notório que a preparação teórico-prática oferecida por esteCurso possibilita que, no final dos três anos de formação,

estes jovens constituam um foco de atenção para as insti-tuições empregadoras.

A época em que decorre a formação no posto de traba-lho (uma das particularidades do ensino em alternân-cia) é sempre ansiosamente esperada pelos alunosque, terminado o estágio, ficam perfeitamente conhe-cedores dos segmentos de mercado em que o bancoopera, dos seus produtos financeiros próprios e dacultura da organização e, assim, perfeitamentepreparados para, ali, iniciarem a sua vida activa. �

encontro de todos os professores do Curso, osCoordenadores de Domínio puderam trabalhar com osprofessores das suas respectivas áreas, analisandodificuldades e fazendo novas propostas de intervençãopara este ano lectivo. Pelo seu lado, o IFB manifestou omaior apoio às iniciativas preconizadas e prometeu adisponibilização de meios tecnológicos que permitaminovar conteúdos e métodos. �

No presente ano lectivo, o Curso Geral Bancário contacom três edições – 7ª, 8ª e 9ª –, que totalizam 422 alunosdistribuidos por18 turmas: 11 no pólo de Lisboa e 7 nopólo do Porto.

Dada a dimensão que o Projecto adquiriu, o IFBorganizou, logo no princípio do ano, sessões deacolhimento aos novos alunos, com o objectivo depromover a sua integração na cultura da escola.

Do Programa de Acolhimento, que teve a preocupaçãode informar e formar nas várias perspectivas,destacavam-se as duas conferênciassobre “Ambiente” e “Saúde Física eMental”, em que foram oradoras as dras.ZulmiraAndrade e Cristina Mesquita.

Por outro lado, o IFB reuniu, durantedois dias, num hotel de Lisboa, o CorpoDocente deste Curso, que é um doscentros nevrálgicos deste tipo deformação.

Page 22: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B22

Recordam-se as principais fusões que tiveram lugar, noutros países da Europa, durante a década de 90:

. Fusão doABN (Algemene Bank Nederland) com oAmro (Amsterdam Rotterdam Bank)..Aliança entre Lloyds e TSB Group

Banco Santander absorve o Banesto.Aquisição do Indosuez pelo Crédit.

Fusão do Crédit National com a Banque Française du Commerce Extérieur.Fusão do Credito Italiano com o Unicredito.

Aproximação do Paolo ao Imi.Fusão doAmbrosiano, Veneto e Cariplo

Aquisição do Crédit Industriel et Commercial pelo Crédit MutuelUnião do Bayerische Vereinsbank e do Hypobank.

O UBS absorve o SBS.União do Kredietbank e do Cera.

Fusão dos bancos Bacob eArtesia.Fusão do Santander com o Central HispanoAmericano.

Fusão da Générale de Banque com a Caisse Générale d´Epargne et de Retraite.Aliança entre o Banque National de Paris e o Paribas.

Fusão da Banca Commerciale Italiana (Comit) com a Banca Intesa.

1991 Holanda –ABN-Amro1995 Grã-Bretanha – LLOYDS-TSB

Espanha.1996 França – CréditAgricole Indosuez.1997 França – Natexis.1998 Itália – Unicredito.

Itália – San Paolo-Imi.Itália – Intesa.França –Alemanha – Hypoverensbank.Suíça –Bélgica – KBC.Bélgica –ABC-Artesia Banking Corporation.

1999 Espanha – BSCH.Bélgica – Fortis Banque.França – BNP-Paribas.Itália –

ACaixa Postal arrancou, em Setembro passado, em 30 estaçõesdos CTT.

Trata-se de uma reabertura, pois ela vai buscar as suas raízes,longínquas, à Caixa Económica Postal, que foi criada em 1911como entidade financeira associada aos CTT. Mais tarde, em 1935,foi integrada na então Caixa Económica Portuguesa, hoje CaixaGeral de Depósitos, tendo funcionado as estações dos correioscomo delegações da CGD.Tal experiência de cooperação das duas entidades é agora alargada,primeiro com a referida reabertura da Caixa Postal e,imediatamente a seguir, com a criação do Banco Postal. �

ACaixa Geral de Depósitos abriu uma sucursal em NovaIorque, após obtida a respectiva licença do New York State

Banking Department e do Board of Governors do FederalReserve System.Também o Banco Nacional Ultramarino abriu um escritório derepresentação em Mumbai, na Índia, após autorizaçãoconcedida pelo Governo indiano, que prevê ainda a abertura deuma extensão em Pangim, Goa.Estas aberturas no exterior enquadram-se na estratégia deinternacionalização do Grupo CGD, que conduz ao reforço dasua posição nos mercados internacionais. �

NO

TÍC

IAS

BREVES

DA

BAN

CA EXPANSÃO DA

BANCA PORTUGUESA

CAIXA POSTALarrancou

A Concentração Bancária nos Anos 90

Uma Concentração que se Reflecte Em PortugalEm Outubro de 99, foi anunciada mais uma fusão importan-te em Espanha: o Banco Bilbao Vizcaya com o Argentaria,dando lugar ao BBVA-Banco Bilbao VizcayaArgentaria.

Um dos objectivos estratégicos definidos para o novo bancoé o de tornar-se líder do mundo latino. Em Espanha e naAmérica Latina já é líder e quer ser, também, um banco deprimeira linha em França, Portugal e Itália.O novo banco, que virá a ter um valor em Bolsa de 37 milmilhões de euros, ocupará a segunda posição no doEuro Stock depois do Deutsch Bank e, em termos de activos,será o 10º da Europa.

ranking

Os números apresentados impressionam:

Activos no valor de 44,5 mil milhões de contos;20 % do mercado em Espanha;7 317 sucursais, das quais 3 000 no estrangeiro;91 000 empregados.

Todavia, a expansão deste banco parece não ir ficar-se poraqui. À data do fecho da redacção deste número da

, havia notícias de que o BBVA estava adesenvolver contactos no sentido de integrar mais doisbancos: o Unicredito e a Banca Nazionale del Lavoro,ambos de Itália.

Inforbanca

Page 23: Instituto de Formação Bancária

23In or ancaf B

endereço

leitores

Actualização

Novosdo

Tal como informámos no nosso número anterior, apassa, a partir de agora, a ser difundida de

uma forma diferente, tendo em vista levá-la, maisdirecta e rapidamente, ao encontro de quemefectivamente se interessa por lê-la.

Assim, este número já está a ser enviado aos bancáriosque nos remeteram o postal que, como encarte, constavado nosso número anterior.

No que respeita a futuros pedidos ou a alterações deendereço, eles podem ser-nos transmitidos através doverso da folha de remessa deste mesmo exemplar que,depois de devidamente dobrada e colada, nos pode serenviada pelo correio sem necessidade de selagem.

Inforbanca

Pedimos-lhe, assim, que ceda a folha de remessa da suarevista a um colega que queira também receber a

e que ainda não nos tenha informado desseseu desejo.Inforbanca

Desejo que a me seja enviada de forma personalizada epara o meu local de trabalho.

INFORBANCA

Nome

Balcão/Serviço

Banco

(1)

(2)

Institutode FormaçãoBancária

(1)

(2)

Preencher com a designação utilizada no correio interno do Banco.Preencher com a sigla pela qual o Banco é conhecido.

Alteração de endereço

Novo leitor

2000

Nova Distribuição

Está em distribuição desde Dezembro oPrograma de actividades do IFB para o ano2000.

Como habitualmente, a oferta de cursos émuito ampla e variada.

Os temas contemplados são os que maisinteressam à população do sector financeiro,particularmente do bancário, a duração vai desdeos cursos de curta até aos de média e longaduração com atribuição de diplomas e o lequede metodologias é completo, passando pelopresencial, alternância, a distância e comapoio telemático.

Deste programa foi elaborada uma síntese,que é publicada em separado neste númeroda .Inforbanca �

do IFBem 2000

OFERTAS

da

FORMAÇÃOOFERTAS de FORMAÇÃO1

ªd

ob

ra

Page 24: Instituto de Formação Bancária

1/1/1999), foi admitida uma situação de compromisso, acei-tando-se tanto o reconhecimento em resultados de qualquerdiferença verificada em 31/12/98 como o seu diferimento,mas só quanto se tratasse de um ganho e desde que isso permi-tisse uma melhor correspondência entre os proveitos e os cus-tos. Em caso de perdas cambiais respeitantes a operações decobertura antecipada, as mesmas não poderiam ser diferidascaso tal infringisse o princípio da prudência, isto é, quandodeles resultassem prejuízos em períodos posteriores a 1998.Ahipótese do diferimento foi solução que certas organizaçõesinternacionais ligadas à con

norma nº 21do IASC – InternationalAccounting Standard Committee. No dizer daquelaFederação: “De forma controversa, a Comissão está a permi-tir que as empresas optem pelo para afectar ganhoscambiais à conta de resultados (as perdas devem ser afectas deimediato à conta de resultados). A FEE advoga que todas asdiferenças cambiais devem ser realizadas em 1998 no sentidode reflectir a realidade económica e apresentar de formarazoável e verdadeira a situação financeira em 31 deDezembro de 1998. Este é o único tratamento que satisfaz os

timing

tabilidade não aceitaram (caso daFédération des Experts Comptables – FEE), por se tratar deuma prática contrária à

requisitos das normas contabilísticas internacionais e dosEUA”.

O método correntemente adoptado na UE para consolidarestabelecimentos estrangeiros (consolidar filiais ou agre-gar sucursais sem individualidade jurídica) é o método desig-nado por investimento líquido. Os investimentos em estabele-cimentos estrangeiros não são considerados activos mone-tários, pelo que as diferenças de conversão apuradas nãosão relevadas nos resultados, mas antes na situação líqui-da a título de reservas. Uma vez que as taxas de conver-são fixas entre as unidades monetárias foram aplicadasin

In or ancaf B 24

Efeitos Resultantes da Consolidação

continuação da página 12

Introdução EUROdo

Neste momento, encontram-se emfuncionamento no Instituto Superior deGestão Bancária os cursos de GestãoBancária e de Organização e Sistemasde Informação, que conferem grausacadémicos de licenciatura, e tambémuma pós-graduação em MercadosFinanceiros.

O curso com maior frequência é ode Gestão Bancária, uma licenciaturabi-etápica que, este ano, regista 977inscrições. Dado que é ministrado emregime de ensino a distância comsessões de apoio ao sábado, os seusalunos podem residir nos maisvariados locais, o que realmenteacontece não só em Portugal continen-tal, mas também nos arquipélagos dosAçores e da Madeira e também em doispaíses estrangeiros: Cabo Verde eLuxemburgo.

Dessa dispersão dá conta o mapa aolado.

A segunda licenciatura bi-etápica é a doCurso de Organização e Sistemas deInformação, que, no corrente anolectivo, está a ser participada por131alunos.

Acresce ainda que começou este ano afuncionar uma pós-graduação emMercados Financeiros, que é frequen-tada, nesta sua 1ª edição, por 26 alunos.Trata-se também de um curso em ensinoa distância.

Assim, o ISGB, cumprindo o seu objec-tivo de, com uma formação profissiona-lizada, preparar quadros com alta quali-ficação para as áreas específicas do sec-tor financeiro, tem vindo a atribuir umelevado número de graduações que, sóno ano lectivo de 1998/99, atingiram as242, assim distribuídas:

104 bacharelatos (Curso de GestãoBancária e Curso de Organização eSistemas de Informação);

� 138 licenciaturas (Curso deOrganização e Sistemas deInformação e CESE em GestãoBancária). �

Este ano com 1 134 alunos

3

10

5

45 1

6

177

10

25

54

2225

125431

5724

81 10

26Madeira

Açores

Cabo Verde Luxemburgo

Distribuição dos alunos do CGB(ensino a distância)

Page 25: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B25

à situação em 31/12/98, as diferenças de consolidação apu-radas tornaram-se fixas e irreversíveis, mas insusceptíveis depoderem ser levadas a resultados. Isso seria distorcer o prin-cípio da imagem verdadeira e apropriada dos resultados.Tal reconhecimento só será admissível no caso de venda doestabelecimento. Por conseguinte, essas diferenças só podemser imputadas à situação líquida (acréscimo das reservas oudiminuição das reservas, consoante se trate de uma dife-rença favorável ou desfavorável).

A par das questões fundamentais de natureza contabilísticaque a introdução do euro coloca para as empresas dos paísesque integram a primeira vaga da moeda única, que acabámosde identificar e que no essencial se referem às implicações navalorização de activos e passivos e à relevação de resultadosou de componentes do capital próprio, outros temas relevan-tes para as empresas com a introdução do euro estão intima-mente relacionados com a organização dos sistemas de trata-mentos de dados, quer no período de transição, que decorreráaté 31 de Dezembro de 2001, quer a partir desta data.

Durante o período de transição, as empresas enfrentam asquestões relativas à utilização de ambas as moedas, a nacionale o euro, e a maioria terá necessidade de adaptar os sistemasoperativos, financeiros e outros, para que possam efectuaralgumas das suas operações em euros. Para os bancos, empre-sas que pela natureza das suas operações realizam normal-mente operações em diferentes moedas, a existência de siste-mas de informação e de capazes de gerir informaçãoexpressa em diferentes moedas permite porventura umamelhor adaptação desses sistemas.

Nos sistemas de tratamento de dados contabilísticos estrutu-rados de relevação multi-divisas, durante o período de transi-ção o aparecimento do euro pode surgir na contabilidade sis-temática (nos registos a débito e a crédito de contas) comomais uma moeda de expressão de activos, passivos e resulta-dos, em mais um componente do sistema de registos contabi-lísticos multi-divisas, aplicando-se as mesmas regras de inte-gração no razão-escudos que são aplicáveis a outras divisas,isto é, conversão periódica, com base na taxa de conversãofixa, nos livros da moeda funcional (o escudo) e utilização decontas de posição cambial na contabilização de operaçõescambiais, isto é, aquelas que traduzem trocas entre moedas.

A partir de 1 de Janeiro de 2002, os sistemas operacionais dasempresas da área do euro deverão estar em condições de reali-zar, eficientemente, operações em euros, e os sistemas bancá-rios e os sistemas de compensação electrónica preparadospara o abandono das “moedas nacionais” e a introdução doeuro em todos os seus sistemas operacionais e contabilísticos.

De entre os riscos mais importantes para as empresas, relacio-nados com a introdução do euro, a preparação inadequadapara essa introdução e os sistemas e processos de controloconstituem porventura dois dos temas fundamentais de abor-

software

Questões contabilísticas ligadas à introdução do euro, D.G. XV,Mercado Interno e Serviços Financeiros.

IAS 21, SIC – D7 ( ), IASC.

Directriz Contabilística nº 21, da Comissão de NormalizaçãoContabilística.

Compromisso da CE sobre o tratamento de ganhos cambiais,, nº 2 (revista).

Regulamento (CE) nº 1103/97 do Conselho, de 17 de Junho de 1997 –Disposições respeitantes à introdução do euro (JO L162, de 19/6/97).

Regulamento (CE) nº 974/98 do Conselho, de 3 de Maio de 1998 –Substituição das moedas dos Estados-membros participantes peloeuro (JO L139, de 11/5/98).

Recomendação da Comissão, de 23 de Abril de1998 – Comissõesbancárias de conversão para o euro (JO L130, de 1/5/98).

Decreto-Lei nº 138/98, de 16 de Maio (D.R., I-A, de 16/5/98) – Regrasfundamentais a observar no processo de transição para o euro.

Decreto-Lei nº 343/98, de 6 de Novembro (D.R., I-A, de 6/11/98) –Adaptações legislativas à introdução do euro, designadamente oCódigo Civil e o Código das Sociedades Comerciais.

Sites da Internet:http://www.euro.fee.behttp://www.iasc.org.uk

Interpretations

FEEEuronews

REFERÊNCIAS

dagem pelas respectivas administrações.

A realização, por parte das empresas, durante o período detransição, dos preparativos adequados para que possam lidarcom a nova moeda, a partir de 1 de Janeiro de 2002, pode cons-tituir condição essencial para a respectiva continuidade deactividade, sob pena de não poderem negociar em euros quan-do as unidades de moeda nacional deixarem de existir em 31de Dezembro de 2001.

No domínio dos sistemas e processos de controlo, é funda-mental que as empresas identifiquem os sistemas operacio-nais essenciais, o que necessita ser adaptado ou subs-tituído e os dos recursos necessários para procederem a essasalterações.

*

software

No campo do processo de controlo, é fundamental a existên-cia de sistemas que evitem actividades fraudulentas e erros,devendo os gestores, ao planearem a mudança para o euro, sercapazes de reconhecer a possibilidade de aumento das fraudese erros, de forma a minimizá-los, fortalecendo o controlointerno e os procedimentos de auditoria.

1

2

No âmbito do princípio da "não obrigatoriedade e da não proibição" , o art. 9ºdo Decreto-Lei nº 138/98, de 16 de Maio, estipula que "1 – A partir de 1 deJaneiro de 1999 e até 31 de Dezembro de 2001, as entidades que sejam obriga-das a ter contabilidade organizada nos termos da lei comercial ou fiscal ouque por ela tenham optado podem elaborar essa contabilidade, incluindo osrespectivos registos e documentos de suporte, tanto em escudos como emeuros. 2– A decisão de elaborar a contabilidade em euros, uma vez tomada, éinalterável. 2 A partir de 1 de Janeiro de 2002 todas as entidades referidas nonº 1 devem elaborar a sua contabilidade, incluindo os respectivos registos edocumentos de suporte, em euros".

Para as empresas que já utilizavam métodos de reavaliação dos contratos aprazo de divisas baseados no valor de mercado, com relevação nos resultadosdas diferenças apuradas entre o valor nos livros e o valor de mercado, esteentendimento não veio alterar a forma de apuramento dos resultados. É o casodos bancos portugueses.

Técnico-consultor do

Banco de Portugal

Outras Questões Levantadaspela Introdução do Euro nosSistemas de Informação

Page 26: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B26

Nova Visita de Delegação Bancária PolacaO Warsaw Institute of Banking promoveu, com acolaboração do Instituto de Formação Bancária, uma visitade estudo ao nosso país de nova delegação bancária polaca,constituída por administradores e quadros superiores dediversos bancos.

A exemplo de outras visitas de estudo já anteriormenterealizadas, de novo a experiência portuguesa e osensinamentos que dela se possam recolher motivaram ointeresse da banca polaca, onde, aliás, bancos portuguesesmarcam já a sua presença como accionistas de algumasinstituições.

Desta vez, o programa sobre o qual se estruturaram asdiferentes apresentações nos bancos visitados incidiu,nomeadamente, em questões relacionadas com a presença decapital estrangeiro na banca, a constituição e estrutura deconglomerados financeiros, os sistemas de informação degestão e da medida de rendibilidade, bem como modelos deanálise de risco.

Colaboraram neste evento, de que os nossos visitantesfizeram um balanço extremamente positivo, o Banco EspíritoSanto, o Finibanco, o Banco BPI, o Banco Mello e a CaixaGeral de Depósitos. �

De 13 a 20 de Setembro passado, recebemos no IFB uma dele-gação da Finance Academy, de Moscovo, constituída por trêsvice-reitores daquela academia, Professores VsevolodDoumny, Eskindarov Muthadin e Sergueeva Galina.

Delegação da Financial Academy (Moscow)Visita o IFB

A visita tinha por principal finalidade dar a conhecer aosilustres visitantes a nossa experiência de ensino a distân-cia na formação bancária em Portugal e também no exte-rior.

Foi, assim, referido o papel do nosso Instituto nos progra-mas de formação da população bancária portuguesa, sendoexplicitado, em pormenor, o modelo de ensino a distânciautilizado, com as consequentes soluções telemáticas recente-mente implementadas.

Foi também dado a conhecer o que tem vindo a ser desenvol-vido pelo IFB no âmbito da sua actividade internacional,nomeadamente no Leste Europeu e nos PALOP.

Esta delegação, que acompanhou com muito interesse todasas informações transmitidas, considerou da maior utilidadeesta deslocação ao nosso país. �

Page 27: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B 27

O novo Curso Técnico Médio, quefoi integrado no Sistema Nacionalde Ensino deAngola, tem por base oCurso Geral Bancário, em regime deensino a distância, que vem sendodesenvolvido naquele país – emLuanda, Malange, Cabinda,Benguela, Lobito, Lubango,Namibe e Kwanza Sul – desde 1997,conforme temos noticiado.

Anunciamos ainda que, com a retoma da actividadebancária na Guiné-Bissau, desde Julho passado, estãocriadas as condições para que a Associação Guineensede Formação Bancária, criada em 1996 e cujo ConselhoPedagógico é integrado e coordenado pelo IFB, possaretomar, igualmente, o programa de formaçãointerrompido em Junho de 1998.

Do diálogo com os responsáveis pela Direcção da

ANGOLA

Criado Curso Técnico Médio BancárioPara aproximar o Curso GeralBancário dos cursos médios angola-nos, foi criado um 4º ano comple-mentar, integrando algumas disci-plinas nucleares, nomeadamenteMatemática, Economia Política eIntegração Cultural, que substitui aFilosofia. Para além destas discipli-nas, incluiu-se, também, o Inglês e arealização de um Trabalho Final de

fim de Curso.

A proposta de equivalência teve,na fase de elaboração e discussãocom o Ministério da Educaçãolocal, o apoio técnico do IFB,como, aliás, já acontecera naequivalência do mesmo curso ao12º ano em Moçambique e emCabo Verde. �

cluído – revela bem as preocupações do sistemabancário face a uma economia em crescimento, quepassam pelo imprescindível protagonismo dos bancosmoçambicanos, dando especial atenção à ÁreaComercial e à relação com os clientes.

Estes Ciclos, embora realizados pelo IFB, foramdesencadeados e tiveram o apoio do Instituto deFormação Bancária de Moçambique. �

MOÇAMBIQUE

Formação na Área Comercial

Associação, resultou um novo plano, iniciado emDezembro, e que, para além de continuar oensino a distância relativamente ao qual temos tido,inclusivamente, manifestações de interessedirectamente dos próprios formandos, integra aindaum conjunto de módulos de Formação de Chefias,Gerências e Quadros Superiores para a bancaguineense, que pensamos poder concretizardurante o ano 2000. �

GUINÉ-BISSAU

A Formação Regressa

A exemplo daquilo que vem acontecendo há algumtempo com o Banco Comercial de Moçambique,também o Banco Standard Totta e o Banco Australpromoveram, entre Outubro e Dezembro, o primeiro,um Ciclo de Formação de Assistente Comercial e, osegundo, um Ciclo constituído por um importanteconjunto de módulos da Área Comercial.

O interesse revelado por estas Instituições – BCM in-

Page 28: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B28

C o m o n o t i c i á m o s n o ú l t i m o n ú m e r o d aINFORBANCA, os colaboradores da área comercial doBanco Pinto & Sotto Maior, do Banco Totta & Açores edo Crédito Predial Português participam numa acção deformação, que se concretiza através da disputa do JOGOBANCÁRIO.

Estão envolvidas nesta formação/competição 500equipas, constituídas em média por cinco colaboradoresde um mesmo balcão.

O jogo decorre em 3 fases distintas. A primeira édisputada por todas as equipas, distribuídasaleatoriamente; na segunda participam as mesmasequipas, mas distribuídas de forma a que todasconcorram com “adversários” diferentes dos quetiveram na primeira fase; a terceira e última fase édisputada pelas cinco equipas que apresentem osmelhores resultados, considerando o somatório das duasfases anteriores.

A final será disputada nos dias 17 e 18 de Junho. Todosos colaboradores que nela participarem receberão umtrofeu do IFB e, da parte dos bancos:

Equipa Vencedora:1 000 000$00/participante2º Lugar: 750 000$00/participante3º Lugar: 500 000$00/participante4º Lugar: 350 000$00/participante5º Lugar: 250 000$00/participante

Para além disso, os gerentes de cada um dos elementosdas cinco equipas finalistas receberão também umprémio, no valor de 500 000$00.

Recorda-se que o Jogo Bancário consiste,essencialmente, numa simulação de gestão de umaagência bancária em ambiente concorrencial, levada a

Bancos apostam no

como instrumentode formação

JOGO BANCÁRIO

efeito sob a forma de competição entre várias equipas.

Este jogo constitui, assim, um excelente instrumentopedagógico: para além da valorização sócio-profissional que proporciona a todos os participantes autilização do método de casos, possibilita umaaprendizagem não só formativa, mas também lúdica,que permite aprender testando estratégias eprocedimentos, errando e corrigindo erros.

Todas as equipas têm à partida, as mesmas hipóteses deganhar, ou seja, de alcançar a melhor rendibilidade(proveito-custos) para o balcão do qual são “gerentes”.

Cada grupo é representado por um Chefe de Equipa, oqual é o único interlocutor com o IFB em todo oprocesso de comunicação. É ele quem remete as folhasde decisão ao Instituto e quem recebe, igualmente, osresultados das decisões, que deverá transmitir ao grupo.

Todas as equipas partem para o jogo em condições deigualdade, tendo que competir pelos mesmos negócios epossuindo, à partida, o mesmo universo de clientespotenciais. Mesmo o elemento aleatório, o qual permiteque se verifique uma certa variedade de situaçõesdurante o jogo, afecta todos os jogadores da mesmamaneira.

Os participantes terão de analisar uma série de casosconcretos e interferir em áreas de decisão tão diversasquanto a gestão de pessoal, as filas de espera, o saldosemanal de caixa, as despesas com a modernização daagência, a agenda do gerente, o crédito pessoal e ocrédito a empresas.

Será ainda importante referir uma vantagem adicionaldeste jogo: o facto de a unidade monetária utilizada natotalidade das decisões ser já o euro, tornado-o, por-tanto, num excelente treino para esta nova realidade.�

Page 29: Instituto de Formação Bancária

In or ancaf B 29

Crédito à HabitaçãoUm Curso de Sucesso

Opinião dos participantesda 1ª Edição do Curso

O Curso foi útil para a melhoria dassuas funções?

Como classifica a qualidade doconjunto dos materiais fornecidos?

Em que medida foram atingidos osobjectivos da Sessão de Apoio?

Os meios utilizados (transparências,exemplos, casos práticos, etc.)facilitaram a compreensão da matéria?

Considera que o Curso está articuladocom a prática do Crédito à Habitação?

6%

73%

19%2%

66% 59%

6% 8%0% 0%28% 33%

66%

6% 0%

28%

Totalmente

Muito

Em parte

Pouco

Muito boa

Boa

Razoável

Fraca

61%

32%7% 0%

Hrédito

abitaçãoà Formação a Distância

NOVO CURSO EMFEVEREIRO 2000

INSCRIÇÕESABERTAS

Particularmente orientado para os colaboradores do sector financeiro, o Cursodestina-se a todos os que, no âmbito da sua actividade, necessitem de conhecer omodo de funcionamento do crédito à habitação.

Instituto de Formação Bancária

Porto

Telefone Fax

Rua Fernandes Tomás, 352 – 4º • 4000-209 PORTO225 376 405 • 225 102 205

Secretariado do Curso: Ana Margarida Soromenho

Lisboa

Telefone Fax

Av. 5 de Outubro, 164 • 1069-198 LISBOA217 916 200 • 217 977 732

• Garantias do Crédito• Gestão e Registo de Imóveis• O Processo de Contratação• A Venda do Crédito à Habitação

PROGRAMA

• Regimes de Crédito à Habitação• Prestações dos Empréstimos• Formalização do Pedido de Empréstimo

Email:

[email protected]

www.ifb.pt

Page 30: Instituto de Formação Bancária

30 In or ancaf B

DECORRE A 13ª EDIÇÃO

OS MELHORES DE 1998/99

Começou em Setembro, como habitualmente, mais umaedição do Curso Regular.

Como se sabe, trata-se de um curso que transmite osconhecimentos fundamentais da actividade bancária,através de 18 disciplinas de carácter profissional. Quempretenda a certificação ao 12º ano de escolaridade e ao nível 3da EU terá de estudar mais 6 disciplinas de âmbito geral.

Este curso, que é ministrado na metodologia de ensino adistância ao longo de 3 anos lectivos, entra agora na sua13ª edição (teve o seu início em 1989) e conta, no presente

ano lectivo, com um total de 310 formandos, assimdistribuídos:

Lisboa 113Porto 43Província 126Cabo Verde 3S. Tomé e Príncipe 25

A apoiar estes formandos dispõe o Curso de 14 Monitores,que asseguram as várias sessões de apoio local aos Núcleos,ao longo de todo o ano.

Em todos os anos lectivos é atribuído ao melhor formando de cada ano do Curso Regular um prémio no valor de250 000$00, podendo o próprio optar ou por material informático, ou por uma enciclopédia e livros, ou por uma viagem.

Os prémios relativos a 1998/99 foram agora atribuídos aos seguintes formandos:

3º ANO

Renato Santos ClaraCGD, Batalha – Núcleo Leiria 83

Maria Alice Ferreira OliveiraMG, Leiria – Núcleo Leiria 81

2º ANO

Teresa Maria Dias Fialho MartinhoBNU, Benavente – Núcleo PLisboa 82

Catarina Isabel Faria PereiraMG, Fátima – Núcleo Leiria 81

1º ANO ( )ex aequo

Page 31: Instituto de Formação Bancária

31In or ancaf B

Banco Internacional do Funchal

Banco BPI

Banco do Brasil

Banco Bilbao Viscaya

Banco Comercial Português

Banco Espírito Santo

Banco Internacional de Crédito

Banco Mello

Banco Nacional de Crédito Imobiliário

Banco National de Paris

Banco Nacional Ultramarino

Banco Português do Atlântico

Banco Português de Negócios

Banco Pinto & Sotto Mayor

Banco Santander Portugal

Banco Totta & Açores

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo

JOSÉ ALBERTO RODRIGUES AFONSOVITOR MANUEL CALRETAS FERREIRA

ANTÓNIO XAVIER SOUSA*LUÍS ALBERTO ANDRADE

CARLOS FREDERICO MORAIS BARBOSA*

MANUEL ANTÓNIO MARQUES CHEN*

HORÁCIO CÂNDIDO MENDES COSTAJOÃO LUÍS MOREIRA BÁRBARAJOÃO MANUEL RIBEIRO LOURO CARDOSOJOÃO PEDRO COSTA MALHEIRO CARREIRAS*JORGE SANTOS CALISTOLEONEL FERNANDO FERREIRA GAMEIRO BRANDÃOPAULO JORGE FERREIRA BEIRÃOPAULO JORGE MARIZ CARDOSO*PAULO JOSÉ FERREIRA ALMEIDA COELHORUI MANUEL ELIAS PITEIRA

ANA MARIA BRITES MARTINS SIMÕESANA MARIA LOURENÇO CRUZ DOMINGOSJORGE MANUEL MOEDAS FONTINHAJOSÉ MANUEL PINTO LOPES FERREIRAMANUEL RODRIGUES FRANCISCO*SÉRGIA MARIA COELHO BERNARDO

ANA MAFALDA FERREIRA ALVES TOMÁSEDUARDO ALEXANDRE MACHADO PRATAS*

CARLOS MANUEL NEVES LOPES*MARIA NATÁLIA RIBEIRO AIRESPAULO HERMENEGILDO VARGUES CORREIA PAIS*SÉRGIO FILIPE CORREIA ESCALA

HELDER OLIVEIRA PIRESLOURENÇO MANUEL DIAS PEREIRANUNO GONÇALO LOPES COLARES RODRIGUES*RICARDO ALEXANDRE SILVA SANTOS

PAULO JORGE SILVA CORREIA BRANDÃO

JOÃO ALBERTO GRANADA LIBÂNIOJOSÉ AUGUSTO QUENTALMARIA MARGARIDA SANTOS VALADAMARIA ROSÁRIO MATA SILVA

MARIA JOÃO MAGALHÃES GASPAR

FERNANDO MANUEL PEREIRA SEBASTIÃOTEÓFILO PAULO CADIMA CARREIRA*

ANTÓNIO MANUEL FERREIRAEDGAR GALIANO FRANCO*MARIA EDITE MADEIRA GUERREIRO*VIRGÍNIO FERNANDO COELHO SILVA

ANA CRISTINA GRILO FREIRE BARRADAS

MARIA FÁTIMA FERREIRA NOLASCO

ANABELA MARIA ALMEIDA FARIA*ANTÓNIO CARVALHO OLIVEIRAANTÓNIO FERNANDO FERREIRA PINHO*ANTÓNIO JOSÉ SOARES DAMÁSIOANTÓNIO MANUEL RIBEIRO BRITO CARECHOCARLOS FRANCISCO MARTINS ANTÓNIO*CARLOS MANUEL OLIVEIRA TEIXEIRACARLOS MANUEL SILVA PINTO*

CARLOS TIAGO LEITÃO*CÉLIA MARIA FERNANDES COSTA*DOMINGOS MANUEL MEDINAS CORAGEMDOMINGOS MANUEL SILVA CONDEGUALTER SILVA RODRIGUESHIGINO MANUEL FIGUEIREDO BOLITO*ILÍDIO JORGE SILVA ALVESISABEL MARIA COELHOIVONE FARINHA LOPESJOÃO CARLOS CONCEIÇÃO SILVAJOAQUIM JOSÉ INÊS GUERRAJOSÉ CARLOS ANTUNES AMAROJOSÉ MARIA MANAIA FERNANDESLUÍS MIGUEL VIEIRA RODRIGUESMARIA ALICE C. VILAS BOAS NASCIMENTO*MARIA ELISA FRANCO DIASMARIA FILOMENA MENDES RODRIGUESMARIA LURDES SANTOS MARTINS*MARIA TERESA GARRANCHO SILVANATÁLIA TAVARES PIRES SILVAOTÍLIA MARIA ANTUNES CORADO VILELA*RUI FERNANDO TEIXEIRA SILVA SOUSASOFIA ISABEL RAMOS LUÍS

ANA MARIA CAETANO FERREIRA OLIVEIRA*AUGUSTA ASSUNÇÃO ARAÚJO GOMESCELINA MARIA GOMES TAVARES*FILIPE JOSÉ OLIVEIRA FRANÇAGABRIELA FERNANDA RAPOSO TRONIJOÃO MANUEL CARVALHO BARROCAS*JOÃO MANUEL ESTEVES FIGUEIREDO*JOAQUIM MANUEL AFONSO GOMESJORGE CÂNDIDO ANTUNES FREITASJORGE MANUEL VERÍSSIMO ANASTÁCIOJOSÉ CARLOS GONÇALVES LIMAMANUEL SOUSA SILVAMARCO NUNO NÓBREGAMARIA ADÉLIA COUTINHO MARQUES SÁMARIA CAROLINA GOMES MATIAS VÁRZEA*MARIA CONCEIÇÃO CAMPELO FERNANDESMARIA ELISABETE LEONARDO LEMOS*MARIA JOSÉ ARAÚJO MORAISMARIA LEONOR SILVA LOPES SEBASTIÃOMARIA LURDES DIEB NUNESOLGA MARIA TEIXEIRA CRUZPEDRO ALBERTO FERREIRA VIEIRAPEDRO RUI ALMEIDA CASTRO*RENATO SANTOS CLARA*SÍLVIA MARIA CASACA MOREIRA MATOSTEREZINHA CONCEIÇÃO GONÇALVES

JORGE HUMBERTO VIEIRA VICENTE*

ANA PAULA ROMÃO FREIREMARIA CONCEIÇÃO MAGALHÃES PEREIRAMARIA FÁTIMA ALVES BARBOSA MOSA*

MANUEL MATIAS SOUSA JERÓNIMOPEDRO JORGE MENDES ROCHA DIAS

ANA ISABEL CALDEIRA LOPES MILITÃOPEDRO MANUEL FROES DAVIDSANDRA ETELVINA XARÁ RAMALHOVÍTOR JOSÉ DINIS PEREIRA OLIVEIRA

AIDA MELO MENDESALBERTO OLIVEIRAARLINDO FLÁVIO SILVAJORGE MARIA SANTOSMARIA FÁTIMA DIAS

LAURA BRANCA FERRÃO VIEIRASARA BRAZÃO BARROS CARDOSO

Caixa Geral de Depósitos

Citibank Portugal

Finibanco

Montepio Geral

Individual

CABO VERDEBanco Comercial do Atlântico

Banco de Cabo Verde

Formandos que Terminaram o CURSO REGULAR em 1998/99

*Formandos que concluíram o Curso Regular comequivalência ao 12º ano do Ensino Oficial e aoNível III da UE.

Page 32: Instituto de Formação Bancária

32 In or ancaf B

Se pensa que sim, experimente fazer o teste que lhepropomos. Ele foi elaborado a partir de 20 questões sobrea actividade bancária, anteriormente utilizadas no mate-

rial pedagógico dos diversos cursos organizados peloInstituto. Num outro local da revista encontrará as soluções.Depois, só terá de fazer contas. Por cada resposta certa,somará 5 pontos e, por cada que errar, descontará 1,66 pontos(correspondentes a 1/3 da cotação de cada pergunta). Seestiver muito hesitante, é, pois, preferível não responder. Senão concordar com alguma ou algumas questões apresentadasou considerar que poderia haver respostas correctas diferentesdas que são propostas ou, ainda, se quiser fazer-nos qualquersugestão, poderá sempre escrever-nos. Participe, na certeza deque também nós não sabemos tudo e tentamos fazer sempremelhor.

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E

Caracterizando, sumariamente, um jornal ou uma revista daespecialidade, podemos dizer que qualquer deles se define

por:1 – Utilizar uma linguagem, por vezes, demasiado técnica.2 – Dirigir-se a um público numeroso.3 – Ter um conteúdo genérico.4 – Se dirigir a um público indiferenciado.

O capital próprio de uma empresa representa:

5 – Uma aplicação de fundos alheios.6 – Uma aplicação de fundos próprios.7 – Um recurso de fundos próprios.8 – Um recurso de fundos alheios.

O SPGT e o TARGET são:

9 – Um banco de dados informativos.10 – Um sistema de pagamentos de grande montante e

transnacionais que funciona apenas em euros.11 – Um sistema de pagamentos de grande montante e

transnacionais que funciona em euros e noutras divisas.12 – Uma rede informática de telecomunicações.

A autenticidade de uma dada ordem de pagamento podecontrolar-se:

13 – Através das assinaturas.14 – Pelo devidamente assinado.15 – Por uma "chave" e pelo carimbo do banco emitente.16 – Através do envio de uma segunda via de confirmação.

Uma empresa portuguesa que exporta os seus produtos para omercado africano pode facturar as suas exportações:

17 – Em qualquer moeda à sua escolha.18 – Apenas na moeda do país para onde vai exportar.19 – Apenas nas moedas cotadas pelo Banco de Portugal.20 – Nas moedas cotadas pelo Banco de Portugal e ainda em

escudos.

swift

F

G

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Aprestação de serviços efectuada pelos bancos:

21 – Permite compensar a diminuição da margem deintermediação financeira.

22 – Possibilita a cobrança de comissões que, pela diferençaem relação aos juros dos depósitos, permite calcular amargem de intermediação financeira.

23 – Permite obter receitas e implica maiores exigências decapitais próprios.

24 – Provoca custos elevados de intermediaçãocompensados pela cobrança de comissões.

As Sociedades de Fomento Empresarial:

25 – São um tipo espec ia l de Sociedades deDesenvolvimento Regional.

26 – Apoiam a constituição de empresas por jovensempresários.

27 – Só podem apoiar a aquisição de partes sociais deempresas.

28 – Não podem prestar garantias ao jovem empresário pararealização do capital social.

As operações efectuadas no Mercado MonetárioInterbancário (MMI) constituem um instrumento desti-

nado a:29 – Permitir que os bancos satisfaçam as suas necessidades

de liquidez.30 – Controlar a inflação sem impor restrições aos bancos

nacionais.31 – Permitir o processamento dos pagamentos

internacionais em euros.32 – Influenciar as taxas de juro numa perspectiva de curto

prazo.

O cheque visado:

33 – Resulta de uma menção especial aposta pelo sacador.34 – Tem a provisão garantida por aval.35 – É geralmente um cheque à ordem.36 – É solicitado ao banco pelo beneficiário.

De cada 100 processos de clientes com "crédito mal parado"retiraram-se 10 para uma análise detalhada.

O conjunto destes 10 processos formam, em termos estatísticos:37 – Um universo finito.38 – Um universo infinito.39 – Um subconjunto.40 – Uma amostra.

Nas garantias reais:

41 – O bem dado em garantia pertence sempre ao devedor.42 – É dado em garantia todo o património do devedor.43 – O credor possui direito de preferência.44 – O garante é sempre uma pessoa diferente do devedor.

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33In or ancaf B

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No penhor e na hipoteca, na actividade bancária:

45 – Os bens podem ser do devedor ou de um terceiro.46 – O registo é sempre obrigatório.47 – Os bens não podem ser vendidos a terceiros.48 – Os bens, ora ficam na posse do credor, ora na do

devedor.

O dever de sigilo bancário:

49 – Só se verifica quando o seu incumprimento causeprejuízos, aos clientes ou às instituições.

50 – Não envolve os membros dos conselhos deadministração.

51 – Significa apenas que os empregados das instituições decrédito não podem revelar os movimentos das contasbancárias.

52 – Pode não se verificar quando existam instruçõesexpressas do cliente nesse sentido.

As obrigações que gozam de uma garantia inferior face aosoutros elementos do passivo da empresa são designadas

por:53 – Hipotecárias.54 – Subordinadas.55 – Caixa.56 – Convertíveis.

Uma oferta pública de transacção (OPA ou OPV) ésempre:

57 – Tomada firme por uma sociedade de investimento.58 – Uma forma de intermediação pontual.59 – Tomada firme por um banco de investimento.60 – Uma oferta de subscrição a potenciais investidores.

No regime geral do crédito à habitação, os empréstimos:

61 – Estão condicionados aos valores de habitação definidospor Portaria Regulamentar.

62 – Podem ser transferidos para os regimes bonificados,desde que sejam observados os parâmetros legais paraeste tipo de empréstimo.

63 – Não poderão, em caso algum, ultrapassar as taxas deesforço definidas por lei.

64 – São amortizados unicamente em prestações crescentes.

No regime de crédito à habitação bonificado jovem:

65 – O rendimento dos fiadores não afecta a obtenção dabonificação.

66 – A percentagem do financiamento só pode ir até 90% dovalor da avaliação do bem.

67 – Poderão existir empréstimos intercalares parapagamento do sinal ao vendedor até ao prazo de doisanos.

68 – A idade dos proponentes é admissível desde amaioridade até ao dia em que os mesmos fazem 30 anos.

Relativamente às acções e desde Janeiro deste ano:

69 – São transaccionadas indiferentemente em escudos e emeuros.

70 – As cotações são em euros, podendo a transacção serefectuada em escudos, caso o cliente o deseje.

71 – As transacções são em euros e as liquidações dascompras e vendas são em escudos.

72 – São transaccionadas em euros, com cotação em euros,podendo, no entanto, a relação com o cliente ser emescudos.

S

T

Com o euro, o que vai acontecer à minha Conta PoupançaHabitação denominada em escudos?

73 – De acordo com o princípio da continuidade doscontratos, as condições associadas não se alteram eestas aplicações são automaticamente convertidas paraeuros, em 01/01/2002.

74 – Estas aplicações foram todas convertidas para euros em31/12/1998 e a remuneração ficou automaticamenteassociada à Euribor.

75 – Estas aplicações mantêm-se em escudos até à data dereembolso, mesmo que tenham prazos associadossuperiores a 5 anos.

76 – De acordo com o princípio da continuidade doscontratos, as condições associadas alteram-se e estasaplicações são automaticamente convertidas paraeuros, em 01/01/2002.

Com a redenominação das acções pela aplicação do métodopadrão:

77 – Altera-se o número de títulos detidos por cada cliente.78 – Todos os investidores serão obrigados a trocar os títulos

em escudos por outros em euros.79 – O número de títulos que cada cliente tem mantém-se.80 – O accionista só poderá receber os dividendos se possuir

conta em euros, porque será nessa moeda que ospagamentos serão efectuados.

Inforbanca nº 43

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Anote aqui as suas soluções e confronte-as com os resultadospublicados na página 34.

Número de Respostas Certas C =Número de Respostas Erradas E =

Para calcular o número de pontos que obteve, empregue a

seguinte fórmula: Nº de pontos = (C – E/3) 5x

Page 34: Instituto de Formação Bancária

34 In or ancaf B

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Publicamos neste número as respostas amais duas perguntas que nos foramcolocadas por colegas. Se também tem

dúvidas, escreva-nos, qualquer que seja otema.E pode fazê-lo pelos meios habituais e tambémpelo emailContribua, não só para o seu próprioesclarecimento, como também para o de muitosoutros colegas.

[email protected]

Tive no outro dia um cliente que se recusou aassinar o seu nome no verso de um cheque aoportador, porque, conforme afirmou, “eraconhecedor da lei e esta nada exigia nestesentido, pelo que não era obrigado sequer aidentificar-se”. Gostaria então de saber se à luzda lei o cliente tem ou não razãono que disse.

Questão colocada por Albertina Dias

Convém alertarmos esse cliente de que, ao contrário doque foi afirmado, o sacado pode exigir, ao pagar ocheque, que este lhe seja entregue munido de recibopassado pelo portador (artigo 34º da Lei Uniforme doCheque). Sendo assim, se o beneficiário se recusa a darquitação, ou seja, a dar ao banco a prova em comorecebeu aquele montante do cheque, colocando a suaassinatura no verso do mesmo, aquilo que o sacado podeexigir é que este lhe traga um recibo formal (comidentificação reconhecida) para provar queefectivamente recebeu a quantia constante no cheque.Convém alertarmos os nossos clientes de que, aocolocarem a sua assinatura no verso do cheque, estão nofundo a confirmar o recebimento do dinheiro constantedesse título de crédito. Por outro lado, os clientes têm deperceber que, para que a assinatura seja confirmada, teráde ser exigido um documento de identificação, regrageral o bilhete de identidade. Desta forma, é legítimorecusar o pagamento de um cheque sem que sejaentregue recibo caso o portador do mesmo não assine noverso.

Resposta elaborada por: Nuno Brás da Silva

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Soluções

ABCDE

– 1

– 7

– 10

– 13

– 17

FGHIJ

KLMNO

PQRST

– 21 – 43 – 62

– 26 – 45 – 65

– 29 – 52 – 72

– 35 – 54 – 73

– 40 – 58 – 79

Apesar de no meu banco existirem normasinternas relativamente aos cheques cruzados,tenho tido algumas dúvidas quanto aosprocedimentos legais quando aparecemcheques com duas barras paralelas no cantosuperior esquerdo e dentro delas escrito onome de um banco. Na verdade, estes chequestêm, ou não, de ser depositados?

Pergunta formulada por Roberto Matias

Resposta elaborada por:Nuno Brás da Silva

Relativamente à pertinente questão que nos coloca,convém começar logo por esclarecer que um chequecom duas barras paralelas e com o nome de um bancoinscrito nas mesmas se chama cheque com cruzamentoespecial. Segundo o artigo 38º da LUC (Lei Uniformedo Cheque), “um cheque com cruzamento especial sópode ser pago pelo sacado ao banqueiro designado, ou,se este é o sacado, ao seu cliente”. Isto significa que, se onome da Instituição de Crédito, inscrito entre as duaslinhas paralelas, corresponder ao banco sacado (bancoemitente do impresso do cheque), então este chequepode ser pago directamente ao beneficiário, desde queeste seja seu cliente. Se o banco inscrito no cruzamentonão coincidir com o sacado, este cheque, à partida,deverá ser depositado, já que o cheque tem de serapresentado a pagamento pelo banqueiro designado.

Não pretendo com isto dizer que, perante esta situação, ocheque não possa ser pago à “boca de caixa”, mas naprática e na maioria dos casos o banco obriga aoseu depósito para evitar eventuais riscos, pois não sónão se sabe se o cheque terá, ou não, provisão,

Sendo assim, e por umaquestão de precaução, tenta-se que os clientesportadores de cheques cruzados especiais, cujo bancosacado difere do tomador, os depositem nas suascontas de forma a que assim se possaproceder à sua boa cobrança, sem correrriscos.

como também, se a(s) assinatura(s) conferem ou seexistirão quaisquer outros impedimentos para opagamento desse cheque.

Page 35: Instituto de Formação Bancária

Gestão de Produtos Financeiros

O Euro

O Cheque e Outros Meios de

Pagamento

CURSOS

Porto

Telefone FaxRua Fernandes Tomás, 352 – 4º • 4000-209 PORTO

225 376 405 • 225 102 205

Instituto de Formação Bancária

Secretariado do Curso: Ana Margarida Soromenho

Aceitam-se Inscrições

Lisboa

Telefone FaxAv. 5 de Outubro, 164 • 1069-198 LISBOA

217 936 200 • 217 977 732

Page 36: Instituto de Formação Bancária

Instituto de Formação Bancária

FORMAÇÃO

UALIFICANTEQ

6ª Edição

2000/2001

AUDITORIABANCÁRIA

MERCADOSFINANCEIROS

RISCODE CRÉDITO

CURSOSESPECIAL IZADOS

Ensino aDistância