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1
Instituto de Letras e Ciências Humanas
Proposta de Criação
DOUTORAMENTO EM
MÚSICA
MARÇO DE 2009
2
ÍNDICE
1. Enquadramento e Justificação do Ciclo de Estudos....................................................................................... 3
2. Objectivos do Ciclo de Estudos ..................................................................................................................... 4
3. Perfil de Formação e Resultados de Aprendizagem ....................................................................................... 5
4. Estrutura e Plano Curricular do Ciclo de Estudos .......................................................................................... 5
5. Recursos Humanos e Materiais .................................................................................................................... 7
6. Encargos.................................................................................................................................................... 10
ANEXOS
Anexo 1 – Mapa de afectação de docentes ao Ciclo de Estudos................................................................. 12
Anexo 2 – Minuta da Resolução do Senado Universitário ........................................................................... 14
Anexo 3 – Plano de Estudos de acordo com o ponto 11 do formulário da DGES ........................................ 20
Anexo 4 – Condições de Candidatura........................................................................................................ 14
DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ACADÉMICO................................................................................................. 26
PROPOSTA DE REGULAMENTO DE DOUTORAMENTO EM MÚSICA…………………………….……………............... 27
ANEXOS
Anexo 1 – Estrutura Curricular do Curso……………………………………………………………………….……………….37
Plano de Estudos ………………………………………………………………………………………………………………………39
Pareceres………………………………………………………………………………………………………………………………….43
3
1. ENQUADRAMENTO E JUSTIFICAÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS
O ciclo de estudos conducente ao grau de doutoramento em Música integra-se no âmbito dos projectos de
formação pós-graduada desenvolvidos pelo Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), cujo empenhamento em
formar os seus quadros segundo critérios exigentes de qualidade e rigor se tem vindo a reflectir num alargamento
progressivo da oferta de formação pós-graduada.
Este ciclo de estudos em Música na Universidade do Minho visa a promoção da capacidade para a prática da
investigação e a realização de projectos artísticos capazes de contribuir para o alargamento do conhecimento em ramos
específicos do domínio da Música. O perfil de formação desejado pretende dar resposta aos potenciais candidatos,
profissionais de diferentes áreas no âmbito da Música, docentes dos vários níveis de ensino, musicólogos e intérpretes
de referência no panorama nacional e internacional, interessados em beneficiar de um enquadramento organizativo
aberto, flexível e funcional, próprio de uma área artística, abrangendo os domínios das Ciências Musicais e da
Interpretação Musical.
A licenciatura em Ciências Musicais foi criada em Portugal em 1980 e o mestrado nesta área em 1989, na Faculdade
de Letras da Universidade de Coimbra. A Universidade Nova de Lisboa foi pioneira na criação do grau de doutoramento
em Ciências Musicais, seguindo-se a Universidade de Coimbra, Aveiro e Évora. No entanto, os doutoramentos em
Música na especialidade de Interpretação Musical, quer no âmbito do Instrumento, quer no âmbito da direcção coral
são ainda uma área sem tradição em Portugal. A formação pós-graduada nesta área artística tem pelas razões
apontadas uma enorme procura. Muitos dos jovens músicos, não tendo resposta em Portugal, têm realizado os seus
estudos de pós-graduação no estrangeiro. A Universidade do Minho, tem aliás, ao longo de vários anos, reconhecido os
graus de mestrado e doutoramento a profissionais portugueses que fizeram a sua formação pós-graduada fora de
Portugal. Esta proposta visa contribuir para colmatar esta lacuna no país e contribuir para uma promoção activa da
qualificação académica e profissional dos professores do ensino superior da área da música, respondendo, no que diz
respeito ao conteúdo, à especificidade de cada domínio artístico.
A opção pela criação de um ciclo de estudos conducente ao grau de doutoramento em Música sem curso,
prevista no Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, no seu artigo 31º, pretende dar oportunidade aos detentores de
um grau de mestre em Ciências Musicais, em Música e aos detentores de um currículo académico ou profissional
relevante neste domínio de poderem integrar-se de forma mais expedita num percurso formativo ao nível do 3º ciclo. A
presente proposta, sem realização de unidades curriculares, evita eventuais redundâncias ou sobreposições formativas
no percurso dos públicos aqui visados. Evidentemente, a presente proposta de criação não invalida outras propostas
que o ILCH venha a preparar no sentido da criação de doutoramentos com curso em Música.
A presente proposta rege-se pelos seguintes princípios gerais:
a) Criação do Ramo de Doutoramento em Música com as seguintes especialidades:
1. Ciências Musicais:
- Criação de uma unidade curricular “Tese” (resultados de aprendizagem, âmbito, horas de trabalho independente
do aluno, horas de contacto)
4
- Atribuição de creditação global de 180 créditos distribuídos em três anos lectivos, de forma a garantir a realização
de um projecto de investigação com qualidade.
- Flexibilização do tempo destinado à elaboração da tese de doutoramento, prevendo-se a duração de seis
semestres, em regime integral e de dez semestres em regime parcial.
A atribuição de créditos à tese, num total de 180 ECTS, assim como a natureza das horas de trabalho do
aluno que lhes correspondem, são o resultado da consideração: das competências exigidas para a obtenção do grau de
doutor, previstas no Despacho nº 7287-C/2006, publicado no DR nº 65, 2ª série, de 31 de Março de 2006 (Anexo III.D,
nº 1);
O plano estruturado contempla 6 semestres. A unidade curricular “tese” dispõe de 180 ECTS, num total de 5040
horas, que integram as sessões de orientação (num total de 300 horas).
2. Interpretação Musical / Instrumento
- Criação de uma unidade curricular “Tese e Recital” (resultados de aprendizagem, âmbito, horas de trabalho
independente do aluno, horas de contacto)
- Atribuição de creditação global de 180 créditos distribuídos em três anos lectivos, de forma a garantir a realização
de um projecto de investigação com qualidade.
- Flexibilização do tempo destinado à elaboração da tese de doutoramento e preparação de recital, prevendo-se a
duração de seis semestres, em regime integral.
3. Interpretação Musical / Direcção Coral
- Criação de uma unidade curricular “Tese “(resultados de aprendizagem, âmbito, horas de trabalho independente
do aluno, horas de contacto) ou, em alternativa, uma unidade curricular “Tese e Recital” (resultados de
aprendizagem, âmbito, horas de trabalho independente do aluno, horas de contacto)
- Atribuição de creditação global de 180 créditos distribuídos em três anos lectivos, de forma a garantir a realização
de um projecto de investigação com qualidade.
- Flexibilização do tempo destinado à elaboração da tese de doutoramento e preparação de recital, prevendo-se a
duração de seis semestres, em regime integral e de dez semestres em regime parcial.
2. OBJECTIVOS DO CURSO
Este Curso tem como objectivos gerais:
a) Promover o conhecimento avançado em Música tanto em domínios teóricos como em domínios aplicados.
b) Desenvolver capacidades para a investigação Musicológica e em Estudos de Interpretação.
c) Desenvolver capacidades de investigação, no caso dos intérpretes, da sua própria produção artística.
5
d) Fomentar a realização de trabalho autónomo e original no domínio da Musicologia e da Interpretação Musical.
e) Fomentar a realização de projectos de investigação inovadores no domínio da Musicologia e da Interpretação
Musical.
f) Contribuir para o alargamento das fronteiras do conhecimento relativo à Arte Musical e do seu cruzamento com
outros domínios de saber, dentro e fora das humanidades.
g) Contribuir para a formação de musicólogos e intérpretes protagonistas no desenvolvimento artístico de âmbito
profissional com padrões de qualidade a nível internacional.
h) Contribuir para a articulação entre a prática do ensino e a prática da investigação, conducentes a uma prática de
criação cultural.
3. PERFIL DE FORMAÇÃO E RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
Tendo presente o enquadramento anterior assim como os objectivos mencionados, espera-se que, no final do
ciclo de estudos, os candidatos ao grau de doutor demonstrem:
1. Domínio do conhecimento artístico que contemple a contemporaneidade, a multiplicidade dos géneros, as
correntes e os diferentes modelos artísticos;
2. Capacidade de compreensão e de análise dos fenómenos musicais;
3. “Capacidade para conceber, projectar, adaptar e realizar uma investigação significativa respeitando as
exigências impostas pelos padrões de qualidade e integridade académicas” (alínea c) do art. 28º do Decreto-Lei
nº 74/2006);
4. “Ter realizado um conjunto significativo de trabalhos de investigação original que tenha contribuído para o
alargamento das fronteiras do conhecimento, parte do qual mereça a divulgação nacional ou internacional em
publicações com comité de selecção”. (alínea d) do art. 28º do Decreto-Lei nº 74/2006);
5. Proficiência na comunicação das suas conclusões e conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes, de forma
clara e sem ambiguidades;
6. Capacidade para estabelecer ligação recíproca entre práticas artísticas, práticas de investigação e práticas de
ensino.
4. ESTRUTURA E PLANO CURRICULAR DO CICLO DE ESTUDOS
Este ciclo de estudos tem a duração de 6 semestres (tempo inteiro) e integra a Unidade Curricular de Tese com
supervisão tutorial, com um total de 180 créditos ECTS na especialidade de Ciências Musicais e Unidade Curricular de
“Tese e Recital” com o mesmo número de créditos ECTS, na especialidade de Interpretação /Instrumento. Na
especialidade de Interpretação /Direcção Coral os doutorandos podem optar por uma das alternativas Unidade
Curricular “Tese” ou “Unidade Curricular Tese e Recital”
6
ÁREA CIENTÍFICA UNIDADE CURRICULAR HORAS (TOTAL) HORAS DE CONTACTO
CRÉDITOS
Música – Ciências Musicais
TESE 300 180
TOTAL 5040 300 180
ÁREA CIENTÍFICA UNIDADE CURRICULAR
HORAS (TOTAL)
HORAS DE CONTACTO
CRÉDITOS
Música – Interpretação / Instrumento
TESE E
RECITAL
300 180
TOTAL 5040 300 180
ÁREA CIENTÍFICA UNIDADE CURRICULAR
HORAS (TOTAL)
HORAS DE CONTACTO
CRÉDITOS
Música – Interpretação / Direcção Coral
TESE E RECITAL
OU
TESE
300 180
TOTAL 5040 300 180
7
5. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
O Instituto de Letras e Ciências Humanas, proponente do Ciclo de Estudos dispõem de um corpo de docentes
doutorados em Ciências Musicais e Interpretação Musical e um conjunto de docentes convidados que colaboram
regularmente com a área da música do Instituto de Letras e Ciências Humanas formado por musicólogos e interpretes
nacionais e estrangeiros com larga experiência em investigação em ciências musicais e estudos de performance,
nomeadamente os musicólogos Mário Vieira de Carvalho Gerhard Doderer e Grahm Barber, os maestros Toby Hoffman
e José Luís Borges Coelho e os intérpretes de carreira internacional Ilya Grubert, (violino) Gary Hoffman e Paulo Gaio
Lima (violoncelo) Alessandro Carbonare,( clarinete) Pierre Dutot, (trompete), entre outros.
Elisa Lessa é Professora Associada da Universidade do Minho, com provimento definitivo desde Outubro de 2003 e
Directora da Licenciatura em Música da Universidade do Minho desde 2007.
Foi Directora do curso de Mestrado em Estudos da Criança, especialização em Educação Musical, da Universidade do
Minho (desde 2000). e Coordenadora de Investigação, área de Estudos Artísticos do Centro de Investigação em Estudos
da Criança, da Universidade do Minho (200-2009).
De 2004 a 2007 foi Directora da Revista de Educação Musical da Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM)
e. Presidente da Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM)
Como musicóloga é autora de diversos estudos sobre Música portuguesa dos séculos XVIII a XX, bem como de artigos
científicos publicados em revistas especializadas portuguesas e estrangeiras. Tem trabalhos seus publicados pela
Fundação Calouste Gulbenkian, sob coordenação de Rui Viera Nery, Revista de Musicologia da Universidade de S. Paulo
e Revista Portuguesa de Musicologia.
Editou obras de música portuguesa (século XVIII) e de Música portuguesa para a infância dos séculos XIX e XX.
Elisa Lessa organiza e coordena encontros científicos na área da Musicologia e da Pedagogia musical em Portugal e
integra comissões científicas de congressos internacionais na área da Musicologia. Participa regularmente em júris de
Doutoramento e mestrado, quer como arguente principal, quer como vogal.
Desenvolve paralelamente uma intensa actividade artística, sendo Directora Artística da Orquestra de Câmara do Minho.
(Orquestra Profissional da Universidade do Minho) e de inúmeros eventos artísticos no Minho e Alto Minho, envolvendo
quer jovens músicos, quer profissionais de relevo no panorama internacional, nomeadamente Festivais, Temporadas de
Música, Recitais de Jovens Músicos, Serões Musicais, recitais comentados, Cursos Internacionais Intensivos e
Masterclasses.
Elisa Lessa foi convidada para integrar o Núcleo Caravelas, núcleo de investigação dedicado aos Estudos Musicais Luso-
Brasileiros do Centro de Investigação de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), cujo Director é o Professor
Mário Vieira de Carvalho, onde investiga sobre os seguintes temas: A Música Sacra no Brasil Colonial; O Brasil visto de
fora – A Música no Brasil Colonial na perspectiva dos portugueses; Recepção Musical e Intercâmbio Portugal-Brasil, na
primeira metade do século XX.
Actualmente coordena os seguintes projectos de investigação: Música Portuguesa para a Infância; Arte, Educação e
Cultura: As Bandas Filarmónicas do Norte de Portugal e Eurico Thomaz de Lima, pianista, pedagogo e compositor,
8
sendo responsável pelo Centro Documental Eurico Thomaz de Lima connstituído pelo espólio do compositor doado à
Universidade do Minho.
É ainda investigadora dos seguintes projectos: A República e as Artes Coord. de Mário Vieira de Carvalho (CESEM);
Sociologia da Música – Investigação em rede para novos desenvolvimentos Coord. de Mário Vieira de Carvalho
(CESEM); Musicologia Computacional para a preservação do património Musical público e privado, Coord. de José João
Antunes.
As suas próximas publicações são: A Música nos Conventos Beneditinos do Alto Minho (séculos XVII e XVIII); Fundo
Musical da Santa Casa da Misericórdia.: Repertório musical do final do século XVIII ao início do século XIX. Cartas para
um músico: actividade artística na Correspondência de Eurico Thomaz de Lima (1908 -1989); Obras de António da Silva
Leite dedicadas às monjas do Convento de Avé Maria do Porto.
Luís Filipe Barbosa Loureiro Pipa é Doutorado em Performance pela Universidade de Leeds (2005), Mestre em
Performance Studies pela Universidade de Reading (1992) e diplomado com distinção pelo Conservatório de Música do
Porto com o Curso Superior de Piano (1982). Desenvolveu ainda estudos de aperfeiçoamento ao mais alto nível na
classe de concerto de Noel Flores na Hochscule Für Musik und Darstellende Kunst de Viena (1983-86), onde foi um dos
poucos seleccionados entre os mais de cem candidatos de todo o Mundo. Ao longo dos seus estudos foi bolseiro da
Fundação Calouste Gulbenkian, Ministério da Cultura, da Fundação para a Ciência e Tecnologia e da Hochscule Für
Musik und Darstellende Kunst de Viena, onde obteve uma de duas bolsas disponíveis para alunos estrangeiros, pelo seu
elevado mérito. É membro da secção portuguesa da European Teachers Association, da Associação Portuguesa de
Educação Musical e Membro Fundador da Society for Music Analysis, da secção portuguesa da European Teachers
Association e da Associação Guilhermina Suggia.
A sua experiência no ensino superior data de 1992, tendo orientado várias disciplinas e unidades curriculares
relacionadas com interpretação tanto de Licenciatura como de Mestrado, tendo também orientado diversas teses a
esses níveis.
O seu percurso como pianista levou-o a adquirir uma importante experiência no domínio da interpretação, fundamental
para a compreensão de todas as implicações desta área de tão importante no panorama actual de investigação no
domínio dos Estudos Musicais. Esse percurso tem sido acompanhado de estudos aprofundados em matérias que
conduziram nomeadamente à obtenção dos seus graus académicos, tendo os seus trabalhos sido apresentadas em
diferentes reuniões científicas, em Conferências-recital e em Masterclasses ao mais alto nível no país e no estrangeiro.
Integra regularmente júris de reconhecimento de grau de níveis de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento, bem como
júris de provas de mestrado e doutoramento, como arguente principal. As suas publicações reflectem também o seu
percurso, desde publicações em actas científicas, a numerosas interpretações em CD, passando por edições de
partituras com análise detalhada de aspectos técnicos e interpretativos. Integrou as equipas dos Projectos Andante e
Música Portuguesa para a Infância (CESC- Universidade do Minho), tendo sido convidado para integrar o projecto de
investigação do CESEM (Universidade Nova de Lisboa) sobre a obra para piano de Óscar da Silva.
9
Em termos de recursos materiais, o Instituto de Letras e Ciências Humanas possui condições materiais adequadas para
acolher o Curso. Especificamente, a formação em Estudos Musicais é ministrada num edifício remodelado, Edifício dos
Congregados, um antigo convento, particularmente convidativo a um ambiente de formação em Artes, com espaços
adequados às vertentes teórica e de prática musical. O seu Salão Nobre, equipado com um piano de cauda, um cravo e
um órgão positivo português de finais do século XVIII, é um espaço com características adequadas à realização de
recitais de Música de Câmara. Os doutorandos têm ainda salas disponíveis com possibilidade de realizar gravações
áudio e vídeo das suas “performances” de modo a potenciarem o seu desenvolvimento artístico.
Para além da Biblioteca Geral da Universidade do Minho (BGUM), os investigadores dispõem de uma biblioteca
especializada em Música (Biblioteca do Edifício dos Congregados). O Centro documental Eurico Thomaz de Lima,
constituído pelo espólio deste compositor da primeira metade do século XX, é um “laboratório” de investigação
musicológica.
ENQUADRAMENTO NA REDE NACIONAL DE FORMAÇÃO
O ciclo de estudos conducente ao grau de Doutor em Música, programa sem componente curricular, dá continuidade à
formação de Doutoramento na área da Musicologia e Interpretação Musical que se vem realizando a nível nacional, na
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, pioneira nesta formação e noutras
Universidades Portuguesas. Por outro lado, à semelhança do que se passa nas outras universidades portuguesas e de
acordo com a experiência acumulada nesta área de conhecimento, permite, de modo flexível, o desenvolvimento de
projectos originais decorrentes de formações e de experiências anteriores diversificadas e específicas por parte dos
candidatos ao ciclo de estudos.
ADEQUAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA ACTIVIDADE DE INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO
O Instituto de Letras e Ciências Humanas, proponente do Ciclo de Estudos, dispõe de um corpo de docentes
doutorados em Ciências Musicais e Interpretação Musical, que desenvolvem desde há largos anos a sua actividade de
investigação nestas linhas de acção integrando projectos no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical
(CESEM, Centro FCT, avaliado ao longo dos anos com a classificação de Excelente e Muito Bom) e o Centro de Estudos
da Criança (CESC, Centro FCT, com a classificação de Bom na avaliação internacional da FCT 2008).
O Ciclo de Estudos conducente ao grau de doutor em música contará ainda com os docentes do Centro de Estudos
Humanísticos da Universidade do Minho – CEHUM (Centro FCT com a classificação internacional da FCT de 2008) no
desenvolvimento de investigação transdisciplinar, em que se cruzam conhecimentos no âmbito dos estudos
interculturais e dos estudos interartes.e ainda no estudo da música, nas suas relações com outras áreas de
conhecimento como a filosofia e cultura e a literatura.
10
6. ENCARGOS
O desenvolvimento do Ciclo de Estudos não acarretará encargos adicionais para a Universidade.
11
ANEXOS
12
ANEXO 1
MAPA DE AFECTAÇÃO DE DOCENTES AO CICLO DE ESTUDOS
13
MAPA DE AFECTAÇÃO DE DOCENTES AO CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE DOUTOR
EM MÚSICA
Instituição UNIVERSIDADE DO MINHO
Estabelecimento
Curso DOUTORAMENTO EM MÚSICA
Ciclo de Estudos 3º Ciclo
PRÁTICA PROFISSIONAL UNIDADE CURRICULAR DOCENTE GRAU ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO
REGIME DE SERVIÇO Área de exercício
Elisa Lessa Doutor Ciências Musicais Históricas
Exclusividade Musicologia Histórica Tese ou Tese / Recital
Luís Pipa Doutor Interpretação musical Exclusividade Interpretação Musical Tese ou Tese/ Recital Ângelo Martingo Doutor Música Tempo parcial Sociologia e Estética Musical Tese ou Tese /Recital Eliot Lawson Doutor Estudos de Interpretação Tempo parcial Interpretação Musical Tese ou Tese/ Recital
14
ANEXO 2
MINUTA DA RESOLUÇÃO DO SENADO UNIVERSITÁRIO
15
Senado Universitário
SU-XX/2009
Sob proposta do Instituto de Letras e Ciências Humanas;
Ouvido o Conselho Académico;
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 11.º, no n.º 1 do artigo 61.º, no n.º 1 do artigo 71.º e no
artigo 74.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro; no Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 107/2008, de 25 de Junho; e no n.º 2 do artigo 121.º dos Estatutos
da Universidade do Minho, publicados no Diário da República, 2.ª série, de 5 de Dezembro de
2008;
O Senado Universitário da Universidade do Minho, em sessão plenária de XX de XXX de 2009,
determina:
1.º
(Criação do ciclo de estudos)
É criado na Universidade do Minho o ciclo de estudos conducente ao grau de doutor em Música,
doravante designado por ciclo de estudos.
2.º
(Enquadramento do ciclo de estudos)
O ciclo de estudos agora criado sucede à concessão, em regime tutorial, do grau de doutor no
ramo de Música.
3.º
(Objectivos do ciclo de estudos)
O ciclo de estudos tem como objectivo:
i) Promover o conhecimento avançado em Música tanto em domínios teóricos como em
16
domínios aplicados.
j) Desenvolver capacidades para a investigação Musicológica e em Estudos de Interpretação.
k) Desenvolver capacidades de investigação, no caso dos intérpretes, da sua própria produção
artística.
l) Fomentar a realização de trabalho autónomo e original no domínio da Musicologia e da
Interpretação Musical.
m) Fomentar a realização de projectos de investigação inovadores no domínio da Musicologia e
da Interpretação Musical.
n) Contribuir para o alargamento das fronteiras do conhecimento relativo à Arte Musical e do seu
cruzamento com outros domínios de saber, dentro e fora das humanidades.
o) Contribuir para a formação de musicólogos e intérpretes protagonistas no desenvolvimento
artístico de âmbito profissional com padrões de qualidade a nível internacional.
p) Contribuir para a articulação entre a prática do ensino e a prática da investigação,
conducentes a uma prática de criação cultural.
4.º
(Organização e estrutura curricular)
1. O o ciclo de estudos organiza-se pelo sistema de unidades de crédito europeus (ECTS).
2. A estrutura curricular é a indicada no anexo I à presente Resolução.
5.º
(Plano de Estudos)
O plano de estudos é fixado por despacho do Reitor da Universidade do Minho, sob proposta dos
órgãos para o efeito competentes, e publicado na II Série do Diário da República.
6.º
(Habilitações de acesso)
1 — Podem candidatar-se ao ingresso no Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Doutor em
Música aqueles que satisfaçam as seguintes condições:
a) Os titulares de mestrado em Música, Ciências Musicais e áreas afins.
b) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro em Música, Ciências Musicais e
áreas afins reconhecido pelo Conselho Científico do Instituto de Letras e Ciências
Humanas, como adequado.
c) Os detentores de um currículo escolar relevante, científico ou profissional, em Música,
17
Ciências Musicais e áreas afins. que seja reconhecido pelo Conselho Científico do
Instituto de Letras e Ciências Humanas como atestando capacidade para a realização
deste ciclo de estudos.
7.º
(Limitações quantitativas)
1. A matrícula e a inscrição no ciclo de estudos estão sujeitas a limitações quantitativas a fixar
anualmente por despacho do Reitor.
2. O despacho a que se refere o n.º 1 deste artigo estabelecerá o número mínimo de inscrições
indispensável ao funcionamento do ciclo de estudos.
3. A inscrição no Ciclo de Estudos poderá ser condicionada, por decisão do Conselho Científico, à
frequência e aprovação de unidades curriculares específicas do II ciclo de estudos.
8.º
(Prazos)
Os prazos em que decorrerão a candidatura, a afixação dos resultados, a matrícula e a inscrição
serão fixados por despacho do Reitor, sob proposta do Conselho Científico do Instituto de Letras e
Ciências Humanas.
9.º
(Propinas)
A inscrição do ciclo de estudos estará sujeita ao pagamento de uma propina de valor a ser fixado
pelos órgãos competentes da Universidade do Minho.
10º
(Classificação final)
A classificação final do ciclo de estudos é determinada de acordo com o previsto no Regulamento
dos Ciclos de Estudos Conducente à Obtenção do Grau de Doutor pela Universidade do Minho.
11.º
(Diploma e carta doutoral)
18
Os alunos que terminem com aproveitamento o ciclo de estudos, com aprovação na Tese ou
Tese/Recital, têm direito a um diploma que certifica o grau de doutor e, se o requererem, a uma
carta doutoral.
12.º
(Início de funcionamento)
O início de funcionamento do ciclo de estudos será fixado por despacho do Reitor, verificada a
existência de recursos humanos e materiais necessários à sua concretização.
Universidade do Minho, XX de XXX de 2009
O Presidente do Senado Universitário,
A. Guimarães Rodrigues
Senado Universitário
19
resolução
SU-XX/2009 (anexo I) 1. Área científica do ciclo de estudos:
Música
2. Duração normal do ciclo de estudos:
6 semestres
3. Número mínimo de unidades de crédito necessário à concessão do diploma:
180 créditos (ECTS)
4. Áreas científicas e distribuição das unidades de crédito:
Uma das seguintes:
Ciências Musicais - 180 ECTS; Interpretação / Instrumento – 180 ECTS; Interpretação/ Direcção Coral – 180 ECTS.
5. Taxa de matrícula e propinas:
Estes montantes serão fixados pelos órgãos competentes da Universidade do Minho.
20
ANEXO 3
PLANO DE ESTUDOS DE ACORDO COM O FORMULÁRIO DA DGES
DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
21
1. Plano de estudos: UNIVERSIDADE DO MINHO
DOUTORAMENTO EM MÚSICA ÁREA DE ESPECIALIDADE EM CIÊNCIAS MUSICAIS
QUADRO N.º 1
Tempo de trabalho (horas) Unidades curriculares Área científica Tipo
Total Contacto Créditos Observações
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
TESE DE DOUTORAMENTO M ANUAL 5040 300 180
DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
22
2. Plano de estudos: UNIVERSIDADE DO MINHO
DOUTORAMENTO EM MÚSICA ÁREA DE ESPECIALIDADE EM INTERPRETAÇÂO MUSICAL - INSTRUMENTO
QUADRO N.º 2
Tempo de trabalho (horas) Unidades curriculares Área científica Tipo
Total Contacto Créditos Observações
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
TESE / RECITAL DE DOUTORAMENTO M ANUAL 5040 300 300
DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
23
3. Plano de estudos:
UNIVERSIDADE DO MINHO
DOUTORAMENTO EM MÚSICA ÁREA DE ESPECIALIDADE EM INTERPRETAÇÃO / DIRECÇÃO MUSICAL
QUADRO N.º 3
Tempo de trabalho (horas) Unidades curriculares Área científica Tipo
Total Contacto Créditos Observações
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
TESE DE DOUTORAMENTO ou TESE/RECITAL DE DOUTORAMENTO
M ANUAL 5040 300 180
24
ANEXO 4
CONDIÇÕES DE CANDIDATURA E CRITÉRIOS DE SELECÇÃO
25
CONDIÇÕES DE CANDIDATURA
Podem candidatar-se ao ingresso no Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Doutor em Música, aqueles que
satisfaçam uma das seguintes condições:
a) Os titulares de mestrado em Música, Ciências Musicais e áreas afins.
b) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro em Música, Ciências Musicais e áreas afins,
reconhecido pelo Conselho Científico do Instituto de Letras e Ciências Humanas, como adequado.
c) Os detentores de um currículo escolar relevante, científico ou profissional, em Música, Ciências Musicais e
áreas afins que seja reconhecido pelo Conselho Científico do Instituto de Letras e Ciências Humanas como
atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos.
26
Campus de Gualtar
4710-229 Braga – P
Conselho Académico
DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ACADÉMICO
O plenário do Conselho Académico da Universidade do Minho, no âmbito da competência que lhe é conferida pela
alínea f) do artigo nº 24º dos Estatutos, reunido ordinariamente no dia xx de xxxxxx de dois mil e oito, tendo
apreciado a proposta de criação do Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Doutor em Música, deu parecer
favorável, por xxxxxxxxxxxxxxx, à proposta apresentada, a qual vai ser presente ao Senado Universitário.
O Vice-Presidente do Conselho Académico
Rui Manuel Costa Vieira de Castro
(Professor Catedrático)
27
Instituto de Letras e Ciências Humanas
PROPOSTA DE REGULAMENTO DO
DOUTORAMENTO EM MÚSICA
UNIVERSIDADE DO MINHO
2009
28
REGULAMENTO DO CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE
À OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM MÚSICA
PELA UNIVERSIDADE DO MINHO
Tendo em conta o disposto no Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, e no Decreto-Lei n.º 107/2008, de
25 de Junho, que aprovam o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior, o presente Regulamento
dá cumprimento ao estabelecido no artigo 5.º do Regulamento do Ciclo de Estudos Conducentes à Obtenção
do Grau de Doutor pela Universidade do Minho, homologado pelo Reitor através do Despacho RT-1/2007, de
03 de Janeiro, especificando, com as devidas adaptações, os elementos nele exigidos, através da lei
habilitante.
As disposições contidas neste Regulamento definem as normas de funcionamento do ciclo de estudos
conducente à obtenção do grau de Doutor em MÚSICA pela Universidade do Minho, criado pela
Resolução SU-XX/08, de (…), do Senado Universitário da Universidade do Minho.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1º
(Concessão do grau de Doutor)
1. O grau de Doutor é conferido aos que demonstrem:
2. A Universidade do Minho, através do Instituto de Letras e Ciências Humanas, confere o grau de Doutor em
Música, nas seguintes áreas de especialidade, sem prejuízo de uma menção mais específica:
Ciências Musicais
Interpretação /Instrumento
Interpretação / Direcção Coral
3. O grau de Doutor é certificado por uma carta doutoral. A carta doutoral, acompanhada do suplemento ao
diploma nos termos e para os efeitos do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro, é emitida
anualmente e entregue no dia da Universidade.
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Artigo 2º
(Denominação)
O grau de Doutor será designado pelo ramo do conhecimento do Ciclo de Estudos – Música, com a menção
da área de especialidade, respectivamente, Ciências Musicais; Interpretação [Instrumento / Direcção Coral]
Artigo 3º
(Requisitos e duração do ciclo de estudos conducente ao grau de Doutor)
1. O ciclo de estudos conducente ao grau de Doutor integra a elaboração de uma tese original e
especialmente elaborada para este fim, adequada à natureza do ramo de conhecimento e da
especialidade.
2. No caso da especialidade em Interpretação/ Instrumento inclui a realização de um recital.
3. No caso da especialidade em Interpretação / Direcção Coral pode ou não incluir a realização de um
recital.
4. No caso de frequência em regime tempo integral, o doutoramento em Música tem a duração máxima de
03 (três) anos, o que perfaz 180 ECTS,
5. No caso de frequência em regime de tempo parcial, o doutoramento em Música, tem a duração máxima
de 05 (cinco) anos.
Artigo 4º
(Organização e estrutura curricular do curso)
1. O Doutoramento em Música está organizado de acordo com o Sistema Europeu de Transferência de
Créditos (ECTS).
2. A definição da estrutura curricular e do plano de estudos constam dos Anexos I e II ao presente
regulamento.
CAPÍTULO II
CANDIDATURAS, MATRÍCULAS E INSCRIÇÕES
Artigo 5º
(Habilitações de acesso)
1. Podem candidatar-se ao ciclo de estudos conducentes ao grau de Doutor em Música
a) Os titulares de mestrado em Música, Ciências Musicais e áreas afins.
b) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro em Música, Ciências Musicais e áreas afins,
reconhecido pelo Conselho Científico do Instituto de Letras e Ciências Humanas, como adequado.
c) Os detentores de um currículo escolar relevante, científico ou profissional, em Música, Ciências
Musicais e áreas afins, que seja reconhecido pelo Conselho Científico do Instituto de Letras e Ciências
Humanas como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos.
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2. O reconhecimento a que se referem as referem as alíneas b) e c) do número anterior tem como efeito
apenas o acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau de doutor em Música e não confere, ao seu
titular, a equivalência ao grau de Licenciado ou de Mestre, ou o direito ao seu reconhecimento.
Artigo 6º
(Candidatura e prazos)
1. Os candidatos ao ciclo de estudos conducente ao grau de Doutor devem requerer junto do Conselho
Científico da Escola a admissão àquele ciclo de estudos.
2. O requerimento de candidatura, deve ser instruído com:
a) Documentos comprovativos das habilitações de acesso ao doutoramento de que o candidato é
titular;
b) Curriculum vitae actualizado;
c) Domínio a investigar;
d) Indicação do ramo e especialidade objecto da candidatura
e) Indicação do (s) professor (es) orientador (es);
f) Termo de aceitação do (s) orientador (es);
g) Plano de trabalhos.
3. Os candidatos que se apresentem sob sua exclusiva responsabilidade devem instruir os respectivos
requerimentos com os elementos referidos nas alíneas a), b), c), d) do número 3, bem como
documento comprovativo de que dispõem dos meios necessários à realização dos trabalhos de
investigação.
Artigo 7º
(Aceitação da candidatura)
1. A decisão sobre a aceitação ou recusa da candidatura compete ao Conselho Científico.
2. A recusa da candidatura tem que ser fundamentada.
3. A decisão referida no número 1 terá lugar nos 30 (trinta) dias subsequentes à entrega do requerimento.
4. O Conselho Científico notificará o candidato, por ofício registado, da deliberação sobre a aceitação ou
recusa da sua candidatura, enviando essa deliberação aos Serviços Académicos.
5. Quando o candidato se apresentar ao abrigo do disposto na alínea c), do ponto n.º 1, do artigo 6.º deste
regulamento, a aceitação da candidatura terá que obter a maioria qualificada do Conselho Científico.
Artigo 8º
(Matrícula e propinas)
1. O candidato admitido deve proceder à matrícula no ciclo de estudos, nos Serviços Académicos, no prazo
de 30 (trinta) dias úteis, contados a partir da data em que foi notificado da aceitação da sua candidatura
pelo Conselho Científico.
2. São devidas taxas de matrícula e de propinas pela inscrição e frequência do ciclo de estudos.
3. O valor das propinas devidas pela inscrição em tempo parcial equivale à percentagem de ECTS em que o
doutorando se inscreve.
4. Os valores da taxa de matrícula e das propinas são fixados anualmente pelo Conselho Académico.
5. A inscrição no ciclo de estudos é renovada anualmente.
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CAPÍTULO III
PREPARAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS DE INVESTIGAÇÃO
Artigo 9º
(Orientação da tese e acompanhamento dos trabalhos de investigação)
1. A preparação da tese e recital de doutoramento, incluindo os trabalhos de investigação que lhe são
inerentes, é obrigatoriamente orientada ou co-orientada por um professor ou um investigador doutorado da
Universidade do Minho da área da Música.
2. Podem ainda orientar ou co-orientar a preparação da tese professores e investigadores doutorados de
outras instituições, bem como especialistas na área da tese, reconhecidos como idóneos pelo Conselho
Científico.
3. Uma vez aceite a candidatura, o(s) orientador (es) será (ão) formalmente designados pelo Conselho
Científico.
4. Iniciados os trabalhos de investigação, o candidato deve elaborar relatórios de progresso anuais a serem
apreciados pelo Conselho Científico, após análise e parecer do(s) respectivo(s) orientador(es).
5. O acompanhamento e supervisão das actividades dos doutorandos será realizado através de apoio tutorial.
6. O Conselho Científico pode permitir a mudança de orientador e/ou do tema de tese, mediante
requerimento fundamentado do candidato e/ou orientador(es).
7. O Conselho Científico pode, por razões devidamente fundamentadas, ouvido(s) o(s) orientador(es), se os
houver, e o candidato, anular a inscrição no ciclo de estudos.
Artigo 10º
(Regime de preparação das provas dos candidatos que se apresentem
sob a sua responsabilidade exclusiva)
1. Iniciados os trabalhos de doutoramento, o candidato deve enviar relatórios de progresso semestrais ao
Conselho Científico.
2. A apreciação dos relatórios referidos no número anterior terá por base os seguintes critérios:
a) Plano de trabalhos de investigação;
b) Apoio bibliográfico;
c) Resultados parcelares da investigação.
Artigo 11º
(Registo do tema e do plano da tese)
1. Uma vez aceite o plano de trabalhos, o candidato deve, no prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir
da notificação, proceder ao registo do tema da tese de doutoramento e do respectivo plano nos serviços
competentes da Reitoria, nos termos da legislação em vigor.
2. Do registo é passada declaração ao candidato, comprovativa do acto, sendo do mesmo dado
conhecimento ao Conselho Científico.
3. O registo caduca quando, um ano após a data prevista para a conclusão do ciclo de estudos, não tenha
tido lugar a entrega da tese.
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4. O registo pode ser renovado, em casos concretos e fundamentados, mediante parecer favorável do
Conselho Científico, até ao limite máximo de 01 (um) ano.
CAPÍTULO IV
PROVAS DE DOUTORAMENTO
Artigo 12º
(Tese de doutoramento)
1. Na formatação da tese de doutoramento devem ser atendidas as normas previstas em Despacho
Reitoral.
2. Em alternativa à redacção da tese em Português, o Conselho Científico pode aceitar que a tese de
doutoramento seja redigida em língua estrangeira, a definir face às circunstâncias concretas.
Artigo 13º
(Requerimento das provas)
1. O candidato, após a conclusão da tese, deve apresentar ao Reitor requerimento para a realização das
provas de doutoramento, acompanhado dos seguintes elementos:
a) 10 exemplares da tese;
b) 10 exemplares do curriculum vitae;
c) 3 exemplares da tese em suporte digital;
d) 10 exemplares do resumo da tese em Português e Inglês ou Francês, com a extensão máxima
de uma página;
e) 10 exemplares do programa do Recital.
f) Parecer (es) do(s) orientador(es), salvo quando o candidato se apresenta a provas sob sua
exclusiva responsabilidade, nos termos legais;
g) Declaração relativa ao depósito da tese no RepositoriUM.
2. No caso de frequência em regime de tempo integral, o requerimento para a prestação de provas não pode
ser apresentado antes de decorridos 03 (três) anos sobre a data da admissão do candidato.
3. No caso de frequência em regime de tempo parcial, o requerimento para a prestação de provas não pode
ser apresentado antes de decorridos 05 (cinco) anos sobre a data da admissão do candidato.
Artigo 14º
(Nomeação do júri)
1. O júri é nomeado pelo Reitor, sob proposta do Conselho Científico, nos 30 (trinta) dias subsequentes à
entrega da tese.
2. O despacho de nomeação do júri deve, no prazo de 05 (cinco) dias, ser comunicado por escrito ao
candidato e afixado na respectiva Escola, sendo ainda publicitado no portal de Comunicação da
Universidade (http://umonline.uminho.pt) e no Boletim da Universidade.
Artigo 15º
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(Constituição do júri)
1. O júri de doutoramento é constituído:
a) Pelo Reitor, que preside, ou por quem dele receba delegação para esse fim;
b) Por um mínimo de 03 (três) vogais doutorados;
c) Pelo orientador ou orientadores, sempre que existam.
2. Dois dos membros do júri referidos na alínea b) do número anterior são designados de entre
professores e investigadores doutorados de outras instituições de ensino superior ou de investigação,
nacionais ou estrangeiras.
3. Pode ainda fazer parte do júri especialista de reconhecida competência na área científica em que se
insere a tese.
4. O júri deve integrar, maioritariamente, pelo menos, três professores ou investigadores do domínio
científico em que se insere a tese.
5. O Reitor pode delegar a presidência do júri num Vice-Reitor, com poderes de subdelegação nos
Presidentes das Escolas a que as provas respeitem, sendo que, nas faltas e impedimento destes,
essa subdelegação é extensiva aos Vice-Presidentes, desde que, em ambos os casos, sejam
professores catedrático de nomeação definitiva.
Artigo 16º
(Tramitação do processo)
1. Nos 60 (sessenta) dias subsequentes à publicitação da sua nomeação, o júri reúne, fisicamente ou por
teleconferência, a fim de proferir um despacho liminar, no qual se declara aceite a tese ou, em alternativa,
se recomenda fundamentadamente ao candidato a sua reformulação.
2. Quando se recomenda a reformulação, o candidato dispõe, a partir da notificação, de um prazo de 120
dias, improrrogável, durante o qual pode proceder à referida reformulação da tese, ou declarar que a
pretende manter tal como a apresentou.
3. Recebida a tese reformulada, ou feita a declaração referida no número anterior, procede-se à marcação
das provas públicas de discussão da tese.
4. Considera-se ter havido desistência do candidato se, esgotado o prazo referido no n.º 2, este não
apresentar a tese reformulada, ou a declaração referida no mesmo número.
5. As provas devem ter lugar no prazo no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar do despacho de
aceitação da tese, da data de entrega da tese reformulada, ou da declaração do candidato em que a
pretende manter tal como a apresentou.
Artigo 17º
(Prova de doutoramento)
A prova de doutoramento consiste na discussão pública de uma tese original e, na especialidade de Interpretação/
Instrumento na discussão pública de uma tese original e na realização de um recital público.
Artigo 18º
(Discussão da tese)
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1. A discussão pública da tese não pode ter lugar sem a presença do presidente e da maioria dos restantes
membros do júri.
2. A discussão da tese tem a duração máxima de 03 (três) horas, nela podendo intervir todos os membros do
júri, sem prejuízo de poder (em) ser designado um ou mais relatores.
3. O candidato pode requerer ao júri um período inicial, não superior a 15 (quinze) minutos, para
apresentação dos resultados da investigação.
4. Previamente à realização das provas, o júri definirá a ordem e a forma das intervenções dos seus
membros e decidirá sobre o pedido referido no número anterior.
5. Na discussão da tese deve ser proporcionado ao candidato tempo idêntico ao utilizado pelos membros do
júri.
6. A discussão da tese deve decorrer em português, salvo em casos excepcionais, os quais devem merecer
a concordância dos membros do júri.
7. Na especialidade de Interpretação o candidato realiza ainda um recital público com a duração mínima de
sessenta minutos.
8. A realização do recital não pode ter lugar no mesmo dia da discussão da tese.
Artigo 19º
(Deliberação do júri)
1. Concluída a discussão referida no artigo anterior, o júri reúne para apreciação da(s) prova(s) e para
deliberação sobre a classificação final do candidato através de votação nominal fundamentada, não sendo
permitidas abstenções.
2. O presidente do júri dispõe de voto de qualidade, podendo também participar na decisão quando tenha
sido designado vogal.
3. O resultado final atribuído pelo júri considera o mérito da tese apreciado no acto público e a qualidade
técnica e artística
4. A classificação final do grau de Doutor é atribuída na forma de “Aprovado” ou “Recusado” no acto
público de defesa da tese.
5. Da prova e das reuniões do júri é lavrada acta, da qual constarão os votos de cada um dos seus membros
e respectiva fundamentação.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Artigo 20º
(Depósito legal)
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1. As teses de doutoramento estão sujeitas ao depósito legal de um exemplar em papel e de um exemplar
em formato digital na Biblioteca Nacional, bem como um segundo exemplar em formato digital no
Observatório da Ciência e do Ensino Superior.
2. Os depósitos referidos no ponto anterior são da responsabilidade da Universidade do Minho.
Artigo 21º
(Prazos)
1. Os prazos para as deliberações dos órgãos colegiais, previstos neste Regulamento, suspendem-se durante
as férias escolares.
2. A contagem dos prazos para a entrega, reformulação e discussão pública da tese pode ser suspensa pelo
Reitor, ouvido o Conselho Científico, a requerimento dos interessados, em casos excepcionais, previstos na
lei e devidamente fundamentados.
Artigo 22º
(Colaboração com outras instituições)
1. Futuras parcerias com outras instituições, nacionais ou estrangeiras, serão objecto de protocolos de
cooperação, definindo os termos em que a cooperação se realiza, bem como os órgãos de coordenação e
respectivas competências.
2. Nos protocolos celebrados ficará (ão) definida (s) a instituição (ões) associada (s) competente (s) para
atribuição do grau de doutor, podendo o grau ser atribuído por apenas uma das instituições, por cada uma
separadamente, ou pelas instituições em conjunto.
3. Quando o grau for titulado por um documento único e comum às várias instituições associadas, o mesmo
deverá ser subscrito pelos órgãos legal e estatutariamente competentes das instituições envolvidas.
Artigo 23º
(Doutoramento europeu)
1. Aprovado pela Confederação dos Conselhos de Reitores Europeus, o doutoramento europeu refere-se a
um título associado ao grau de doutor atribuído por universidades europeias, no caso concreto do presente
regulamento, pela Universidade do Minho.
2. A atribuição do título de doutoramento europeu coloca as seguintes exigências:
a) o requerente deve estar inscrito em doutoramento na Universidade do Minho;
b) o requerente deve ter realizado um período de estudos ou de investigação referente à preparação da
tese, com duração não inferior a três meses, numa universidade de um outro país europeu;
c) o júri das provas deve incluir um membro originário de uma universidade de um outro país europeu;
d) a existência de dois pareceres positivos relativamente à tese emitidos por outros tantos professores
pertencentes a duas instituições de ensino superior de dois países europeus que não Portugal; estes
pareceres devem ser tomados em consideração na primeira reunião do júri, fazendo parte integrante da
respectiva acta;
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e) na prova pública de doutoramento, uma parte da defesa da tese deve ocorrer numa língua oficial da
comunidade europeia que não a portuguesa, circunstância que deve ficar explicitada na acta.
3. Para efeitos da alínea b) do ponto anterior, deve ser celebrado protocolo específico entre a Universidade
do Minho e a Universidade de recepção do doutorando, devendo esta emitir uma certidão comprovativa do
trabalho realizado.
Artigo 24º
(Revisão do regulamento)
1. O presente Regulamento pode ser revisto dois anos após a data da sua homologação, ou em qualquer
momento, por decisão de dois terços dos membros do Conselho Científico.
2. As alterações ao Regulamento exigem a aprovação por maioria absoluta dos membros do Conselho
Científico.
Artigo 25º
(Disposições transitórias)
Aos candidatos que tenham sido admitidos à preparação de doutoramento em data anterior à da homologação do
presente Regulamento aplica-se o Regulamento constante do Despacho RT-1/2007, de 3 de Janeiro, salvo se o
candidato declarar optar pelo novo regime.
Artigo 26º
(Entrada em vigor
O presente Regulamento entra em vigor após a sua homologação pelo Reitor.
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ANEXO I
(Estrutura Curricular do Curso)
2. Estabelecimento de ensino:
Universidade do Minho
3. Unidade Orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.):
Instituto de Letras e Ciências humanas
4. Curso:
Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de DOUTOR em Música,
5. Grau ou diploma:
Doutor
6. Área científica predominante do Curso:
Música
7. Número de créditos, segundo o sistema europeu de transferência de créditos, necessário à
obtenção do grau ou diploma:
180 ECTS
8. Duração normal do Curso:
6 Semestres
9. Opções, ramos, ou outras formas de organização de percursos alternativos em que o Curso se
estruture (se aplicável):
Ciências Musicais – 180 ECTS;
Interpretação / Instrumento – 180 ECTS;
Interpretação / Direcção Musical – 180 ECTS;
10. Áreas de especialidade e créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau ou diploma:
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Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Doutor em Música
QUADRO N.º1
ÁREA CIENTÍFICA SIGLA CRÉDITOS
Música (3 anos) M 180
11. Observações:
DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
39
12. Plano de estudos: UNIVERSIDADE DO MINHO
DOUTORAMENTO EM MÚSICA
ÁREA DE ESPECIALIDADE DE CIÊNCIAS MUSICAIS
QUADRO N.º 1
Tempo de trabalho (horas) Unidades curriculares Área científica Tipo
Total Contacto Créditos Observações
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
TESE DE DOUTORAMENTO M ANUAL 4740 300 180
DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
40
13.Plano de estudos: UNIVERSIDADE DO MINHO
DOUTORAMENTO EM MÚSICA
ÁREA DE ESPECIALIDADE DE INTERPRETAÇÃO/ INSTRUMENTO
QUADRO N.º 2
Tempo de trabalho (horas) Unidades curriculares Área científica Tipo
Total Contacto Créditos Observações
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
TESE / RECITAL DE DOUTORAMENTO M ANUAL 4740 100 200
60 120
DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
41
14. Plano de estudos:
UNIVERSIDADE DO MINHO
DOUTORAMENTO EM MÚSICA
ÁREA DE ESPECIALIDADE DE INTERPRETAÇÂO/ DIRECÇÃO CORAL
QUADRO N.º 3 - A
Tempo de trabalho (horas) Unidades curriculares Área científica Tipo
Total Contacto Créditos Observações
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
TESE DE DOUTORAMENTO ou TESE/RECITAL DE DOUTORAMENTO
M ANUAL 4740 300 180
DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
42
DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
43
PARECERES
DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
44