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relatorio de quimica analitica qualitativa
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIDADE DE ENSINO DE ALAGOAS
CAMPUS MACEIÓ
QUÍMICA ANALÍTICA
TESTE DA CHAMA
ADRIELLE NUNES
CAIO MATHEUS
EDIVANY ARAÚJO
MARCONDES BARBOSA
TURMA: 723 “B”
Prof°: DANIEL
MACEIÓ-AL, 13 de Agosto de 2015.
SUMÁRIO
SUMÁRIO 2
1 OBJETIVO3
2 INTRODUÇÃO 3
3 MATERIAIS E MÉTODOS 5
3.1 MATERIAIS 5
3.2 MÉTODOS 5
3.2.1 PREPARAÇÃO DO BICO DE BUNSEN 5
3.2.2 TESTE DE CHAMA 5
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 6
5 CONCLUSÃO 8
6 REFERÊNCIAS 9
ANEXOS 10
2
1 OBJETIVO
- Desenvolver a capacidade de observar e coletar dados experimentais,
correlacionando-os com os fundamentos teóricos;
- Realizar o teste de chama para investigar a ocorrência de alguns cátions;
- Manusear corretamente o bico de Bunsen e vidrarias além de praticar ensaios
de chama;
- Obter conhecimento sobre os comprimentos de ondas e identificá-los através
das cores.
2 INTRODUÇÃO
Para realização desta prática é preciso aprofundar-se nos conhecimentos
sobre o bico de Bunsen, a principal ferramenta deste experimento, e aprender
a manuseá-lo corretamente e com segurança. O bico de Bunsen é,
basicamente, um tubo metálico ligado à uma base, e acima da mesma, há um
dispositivo giratório que possui uma pequena abertura que auxilia a entrada de
ar, à medida que o gás percorre o tubo do queimador. O combustível utilizado
para queima é o gás liquefeito de petróleo, que se mistura com ar no interior do
tubo metálico e queima na sua extremidade superior.
Inicialmente, para acender um bico de Bunsen, certifique-se que a entrada de
ar esteja totalmente bloqueada e que não há objetos ou frascos com
substâncias inflamáveis próximos do mesmo. Após devidas precauções terem
sido tomadas, risque um fósforo e ligue o gás.
De imediato a chama que será apresentada terá a coloração amarela,
caracterizando uma combustão de chama incompleta; para obter combustão
completa basta regular a válvula de entrada de ar girando-a até alinhar as duas
aberturas e, consequentemente, a chama ficará azul (combustão completa).
Uma chama não-luminosa de Bunsen consiste em três partes: um cone interno
azul, compreendendo principalmente gás não queimado; uma ponta luminosa
(que só é visível quando os orifícios de ar estão ligeiramente fechados); um
manto externo, no qual se produz a combustão completa do gás.
3
A temperatura mais baixa da chama está na sua base; a mais quente da
chama é a zona de fusão, ela está a um terço da altura da chama e,
aproximadamente, equidistante do interior e exterior do manto. A zona oxidante
inferior está situada na borda mais externa da chama, é utilizada para a
oxidação de substâncias dissolvidas em pérolas de bórax ou carbonato de
sódio. A zona oxidante superior é a ponta não-luminosa da chama, onde existe
um excesso de oxigênio presente e a chama não é tão quente. A zona redutora
superior está na ponta do cone azul e é rica em carbono incandescente. A zona
redutora inferior está situada na borda interna do manto próximo ao cone azul e
é onde os gases redutores se misturam com o oxigênio do ar.
O teste de chama ou prova da chama é um procedimento utilizado em Química
para detectar a presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de
emissão característico para cada elemento. O teste de chama é baseado no
fato de que quando uma certa quantidade de energia é fornecida a um
determinado elemento químico (no caso da chama, energia em forma de calor),
alguns elétrons da última camada de valência absorvem esta energia passando
para um nível de energia mais elevado, produzindo o que chamamos de estado
excitado. Quando um desses elétrons excitados retorna ao estado
fundamental, ele libera a energia recebida anteriormente em forma de radiação.
Cada elemento libera a radiação em um comprimento de onda característico,
pois a quantidade de energia necessária para excitar um elétron é única para
cada elemento. A radiação liberada por alguns elementos possui comprimento
de onda na faixa do espectro visível, ou seja, o olho humano é capaz de
enxergá-las através de cores. Assim, é possível identificar a presença de certos
elementos devido à cor característica que eles emitem quando aquecidos numa
chama.
Essa característica pode ser observada também na pirotecnia por produzir uma
gama de cores. Esse fenômeno foi empregado pelos chineses no século X
para a criação dos fogos de artifício. Quando explodem, eles emitem uma luz
de coloração branca, mas ao se acrescentar diferentes sais na sua
composição, são obtidas as diversas cores que pintam os céus e fornecem um
espetáculo maravilhoso.
4
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS E REAGENTES
Bastão de vidro;
Bico de Bunsen;
Fio de platina de cromo-níquel 5cm;
Béquer 50 ml;
NaCl;
KCl FeCl2 ou FeCl3;
CuCl2;
CaCl2;
KNO3;
Suporte para fio Vidro de relógio (quantos necessário).
3.2 MÉTODOS
3.2.1 PREPARAÇÃO DO BICO DE BUNSEN:
Inicialmente examinou-se o bico de Bunsen e o ambiente ao seu redor,
para ter certeza de que não havia frascos ou objetos inflamáveis nas
proximidades. Em seguida, após checar todas as extremidades
ajustáveis, riscou-se um fósforo na parte superior do bico de gás e
obteve-se a chama amarela, de combustão incompleta. E através da
regulagem da entrada de ar, obteve-se a chama de combustão completa
azul, formada pelas outras duas chamas luminosa (redutora) e não-
luminosa (oxidante).
3.2.2 TESTE DE CHAMA
À princípio, o fio de cromo-níquel foi submetido à limpeza por imersão
em soluça de HCl 6 mol/L armazenados em um Béquer, em seguida o
fio fora levado até a zona de fusão da chama; repetiu-se esse processo
até ser observado que a cor da chama não mais alterava-se com o
contato com o fio, implicando que não havia impurezas no mesmo. Logo
após, limpou-se o fio, que em seguida foi mergulhado novamente na
solução de HCl 6 mol/L e depois nas substâncias em exame contidas no
vidro de relógio, sendo elas: NaCl, FeCl2, CaCl2, CuCl2, KCl e KNO3,
respectivamente.
OBS.: O HCl, além de purificar o fio, proporciona melhor fixação das
substâncias ao mesmo.
Logo em seguida, o fio é inserido na zona oxidante inferior da chama
para realização do teste. Nota-se que o fio contendo as substâncias ao
entrar em contato com a chama do bico de Bunsen esboçou cores
diversas, repetindo o processo a todas as substâncias, observou-se a
variação de coloração característica de cada elemento presente nos
compostos, e anotou-se os resultados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a realização dos experimentos, pode-se observar as emissões de
radiação características à cada coloração, que se encontram na faixa de
400-760 nm conforme a tabela 1:
Violeta 400-450 nm Amarelo 570-590 nmAzul 450-500 nm Alaranjado 590-620 nmVerde 500-570 nm Vermelho 620-760 nm
A visualização dessas cores só é possível porque alguns átomos são
excitados (Vogel, 1981) pela energia térmica da chama, possibilitando a
observação de cores características à cada átomo (tabela 2, referencial
teórico). Nos sais observados, que a coloração só é vista devido aos
cátions (metal), os ânions são irrelevantes na coloração.
Elemento Cor característica
Sódio Amarelo
Potássio Violeta
Cálcio Vermelho-alaranjado
Estrôncio Vermelho
Bário Verde-amarelado
Cobre Verde-azulado
Ferro Laranja
Estanho Dourado/laranja
Tabela 1. Comprimentos de onda aproximados e respectivas coloraçõesTabela 2. Cores dos átomos
56
O cloreto de sódio apresentou uma coloração amarelo
intenso (figura 1), dentro do intervalo 570-590 nm,
bem próxima o referencial teórico de cor.
O cloreto de Ferro (FeCl2) apresentou uma cor
dourada, assemelhando-se aos fogos de artifício
(figura 2).
No sulfato de cobre (CuSO4) observou-se a coloração
verde-azulada (figura 3), assim como o referencial da
tabela. Ficando entre 450-570 de comprimento de
onda.
Observou-se uma cor próxima ao vermelho-
alaranjado no cloreto de cálcio, variando entre 590-
760 nm, ver figura ao lado:
O cloreto de estrôncio apresentou um vermelho
intenso na coloração, característico do elemento
estrôncio (figura 5).
Figura 1. Chama do NaCl
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
O cloreto de potássio (KCl) e o nitrato de potássio (KNO3) apresentaram
como esperado, coloração violeta, característico do potássio. Como na
figura 6.
Durante a observação do cloreto de bário, pode-se ver
uma coloração verde-amarelado, característico do bário
(figura 7).
No cloreto de estanho, observou-se uma coloração
laranja na chama (figura 8).
5 CONCLUSÃO
A partir deste experimento, notamos que cada sal reage de maneira
diferente, apresentando, cada um, uma coloração diferente (quando
exposto ao fogo) devido ao estado dos elétrons na última camada de
valência (segundo descrito na introdução).
Também vimos nesta pratica, as diferentes áreas da chama do bico de
Bunsen e as temperaturas atuantes nelas.
Figura 8
Figura 6
Figura 7
87
6 REFERÊNCIAS
Vogel, A. Química analítica qualitativa, editora mestre Jou, São
Paulo,1981.
http://www.profjuarezdenadai.yolasite.com/resources/Pr%C3%A1tica
%201%20Teste%20da%20chama.pdf
http://www.manualdaquimica.com/experimentos-quimica/teste-
chama.htm
http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?
midia=epc&cod=_testedachama
http://www.infoescola.com/quimica/aplicacoes-do-teste-da-chama/
http://conhecendomundoquimico.blogspot.com.br/2012/07/relatorio-
teste-da-chama.html?m=1
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ANEXOS
EXERCÍCIOS
1) Em que faixa de comprimento de onda, a luz visível está?
R- 400 a 760 nm
2) Quis são as diferenças entre os tipos possíveis de chamas produzidas
num bico de gás considerando as proporções relativas dos gases.
R- Existem dois tipos de chamas produzidas no bico de Bunsen, amarela e
azul. A amarela é produzida ao acender o bico de Bunsen, quando a janela de
ar está fechada e há pouca oxigenação. Esta chama caracteriza-se pela
combustão incompleta produzindo CO2 e H2O, mas nem todas as moléculas
de gás têm oxigênio para reagir. A chama azul é produzida quando a entrada
de ar está aberta e regulada, então a quantidade de oxigênio fornecida é
equimolar à do gás, o que significa que estão em igual proporção, sendo a
combustão completa. Quando isto acontece, forma-se dióxido de carbono e
vapor de água, ambos no estado gasoso.
3) Associar a cada parte da chama não-luminosa a composição, ou seja, a
mistura dos gases. Quais são as regiões: fria e quente, redutora e oxidante?
Justifique.
R- A região fria é a que se localiza na zona interna da chama, com
temperaturas em torno de 300º C. A zona redutora, chamada de zona
intermediaria, possui temperaturas abaixo de 1540º C. Chama luminosa,
é caracterizada por combustão incompleta, por deficiência do
suplemento de O2. O carbono forma CO, o qual se decompõe pelo calor,
resultando em pequenas partículas de carbono que dão luminosidade à
chama. A zona externa, também chamada de zona oxidante, é onde se
localiza a região quente. Temperaturas em torno 1550º C. Onde os
gases fracamente expostos ao ar sofrem combustão completa,
resultando em CO2 e H2O.
4) Por que utilizamos ácido clorídrico nos testes com amostras sólidas?
R- O HCl é um ácido forte que vai ajudar a dissolver os resíduos de materiais
impregnados no fio proporcionando maior adesão do sólido ao mesmo.
5) Para um mesmo cátion e diferente ânion, a coloração se manteria a
mesma ou mudaria? O responsável pela coloração da chama é o ânion (não-
metal) ou o cátion (metal)?
R- Manteria a mesma. Os responsáveis pela coloração são os cátions
(metais).
6) Descreva o que ocorre aos compostos químicos quando são levados a
chama não-luminosa durante a execução do teste da chama.
R- Inicialmente, há evaporação do solvente, deixando um resíduo sólido.
Em seguida, há evaporação do sólido, com dissociação em seus átomos
componentes que, inicialmente, estarão no estado fundamental.
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