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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ Boletim técnico nº 1 Observatório do Mundo do Trabalho da Rede Nacional de Educação Profissional e Tecnológica PRI Pró-Reitoria de Interação com a Sociedade Janeiro de 2011

INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁreitoria.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2013/12/Observatorio-do... · um centro de pesquisa que realiza estudos sobre o trabalho e a educação profissional

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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

Boletim técnico nº 1 Observatório do Mundo do Trabalho da Rede

Nacional de Educação Profissional e Tecnológica

PRI – Pró-Reitoria de Interação com a Sociedade

Janeiro de 2011

2

Autores deste Boletim:

Pró Reitoria de Interação com a Sociedade - IFPR

Coordenador

Hélio Simiema

Pesquisadores

Juliana Vamerlati

Mauricio Oberdiek

3

Conteúdo

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 5

1. O INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ ............................................................................... 6

1.1 Os Campi do IFPR ......................................................................................................... 6

2. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DAS MICRORREGIÕES ONDE O IFPR

POSSUI CAMPUS ............................................................................................................................. 10

2.1. Indicadores Territoriais ................................................................................................ 11

2.2. Indicadores Sociais ..................................................................................................... 13

2.3. Indicadores Econômicos ............................................................................................. 15

3. ANÁLISE DO EMPREGO FORMAL ................................................................................... 18

3.1. Estrutura Setorial do Emprego.................................................................................... 19

3.2. Grau de instrução do pessoal ocupado ........................................................................ 21

3.3. Faixa de rendimento do pessoal ocupado ................................................................... 23

4. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA OCUPAÇÃO DE MÃO DE OBRA POR SEÇÃO CNAE .. 25

4.1. Cascavel ...................................................................................................................... 26

4.2. Curitiba ....................................................................................................................... 27

4.3. Foz do Iguaçu ............................................................................................................. 28

4.4. Irati .............................................................................................................................. 29

4.5. Ivaiporã ....................................................................................................................... 30

4.6. Jacarezinho ................................................................................................................. 31

4.7. Lapa ............................................................................................................................ 32

4.8. Londrina ...................................................................................................................... 33

4.9. Palmas ......................................................................................................................... 34

4.10. Paranaguá .................................................................................................................. 35

4.11. Paranavaí ................................................................................................................... 36

4.12. Telêmaco Borba ........................................................................................................ 37

4

4.13. Toledo ....................................................................................................................... 38

4.14. Umuarama ................................................................................................................. 39

5. ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS................................................................................... 40

5.1 APLs do Paraná ............................................................................................................ 40

5.2 Identificação dos APLs ................................................................................................ 40

5

INTRODUÇÃO

O Observatório Nacional do Trabalho e da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) é

um centro de pesquisa que realiza estudos sobre o trabalho e a educação profissional com o objetivo

de gerar relatórios, documentos e informações de referência que reflita de forma atualizada,

permanente e contextualizada as várias dimensões do mundo do trabalho e de sua interação com a

EPT1.

Este relatório é a versão da primeira pesquisa realizada pelo Observatório do Instituto

Federal do Paraná (IFPR) seguindo a metodologia sugerida pelo Observatório Nacional. É um

relatório preliminar de uma pesquisa cujos objetivos transcendem o imediatismo e que deve ser

aprimorada e atualizada em seus diversos níveis de informação. Buscamos trazer aqui os principais

temas envolvidos, caracterizando de modo abrangente as microrregiões do Estado do Paraná onde o

(IFPR) se faz presente.

Esta primeira versão visa contribuir ao planejamento de propostas dos FICs no âmbito do IFPR,

de acordo com reunião realizada em 14/12, com: Evelise, Gerson, Hélio, Boanerges, Raimunda, Juliana e

Mauricio. Esta proposta deve ser apresentada, num primeiro momento, no dia 13/01, em reunião marcada

para às 14 hrs.

1 Instituto Federal Sul Rio Grandense (IFSul): WWW.ifsul.edu.br

6

1. O INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

1.1 Os Campi do IFPR

O Instituto Federal do Paraná, criado em dezembro de 2008, possui uma estrutura

multicampi e está presente, atualmente, em 15 municípios do Estado. Os cursos ofertados são em

sua maioria Técnicos e Tecnológicos tendo como objetivo a ampliação de oferta ensino para a

formação profissional, também envolvendo a graduação, já existente em algumas localidades, e a

pós-graduação, para o desenvolvimento da ciência e da inovação científica.

O mapa a seguir apresenta a distribuição dos campi, incluindo os campi avançados, do

IFPR sobre o território paranaense, atualmente:

Mapa 1: Os campi do IFPR no Paraná.

7

Tablea 1.1: Campi do IFPR e cursos em funcionamento.

Nº Campus Curso

Nome Modalidade

1 Assis Chateaubriand

Eletrotécnica Técnico

Manutenção e Suporte em Informática Técnico

Telecomunicações Técnico

2 Campo Largo

Agroecologia Técnico

Mecânica Técnico

Eletrotécnica Técnico

Administração – EAD Técnico

Secretariado – EAD Técnico

3 Curitiba

Administração Técnico

Administração – EAD Técnico

Contabilidade Técnico

Contabilidade Técnico

Edificações Técnico

Eletromecânica Técnico

Eletrotécnica Técnico

Enfermagem Técnico

Eventos Técnico

Fundamentos da Administração Qualif. Pro.

Fundamentos da Produção Audiovisual Qualif. Pro.

Fundamentos das Telecomunicações Qualif. Pro.

Informática Técnico

Massagem Laboral Qualif. Pro.

Massoterapia Técnico

Mecânica Técnico

Petróleo e gás Técnico

Planejamento em Eventos Qualif. Pro.

Processos Fotográficos Técnico

Produção de Áudio e Vídeo Técnico

Produção e Tratamento de Imagens

Fotográficas Qualif. Pro.

Programação de Jogos Digitais Técnico

Prótese Dentária Técnico

Saúde Bucal Técnico

Secretariado – EAD Técnico

Secretariado – EAD Técnico

Telecomunicações Técnico

4 Foz do Iguaçu Administração – EAD Técnico

Aquicultura Técnico

8

Aquicultura Técnico

Aquicultura Proeja

Aquicultura Proeja

Carpintaria Proeja

Informática Técnico

Pesca Proeja

Secretariado – EAD Técnico

5 Irati

Administração – EAD Técnico

Agroecologia Técnico

Informática Técnico

Produção de Moda Técnico

Secretariado – EAD Técnico

6 Ivaiporã

Agroecologia Técnico

Eletrotécnica Técnico

Eletricidade Predial Qualif. Pro.

Inclusão Digital Qualif. Pro.

7 Jacarezinho

Alimentos Técnico

Eletromecânica Técnico

Informática Técnico

8 Londrina

Administração – EAD Técnico

Enfermagem Técnico

Informática para Internet Técnico

Massoterapia Técnico

Prótese Dentária Técnico

Saúde Bucal Técnico

Massoterapia Qualif. Pro.

Manutenção e Redes de Computadores Qualif. Pro.

9 Paranaguá

Aquicultura Técnico

Eletromecânica Proeja

Informática Técnico

logística Técnico

Manutenção e Suporte em Informática Técnico

Mecânica Técnico

Pesca Proeja

10 Paranavaí

Alimentos Técnico

Alimentos Técnico

Alimentos Técnico

Eletromecânica Técnico

Eletromecânica Técnico

Eletromecânica Técnico

Informática Técnico

9

Informática Técnico

Informática Técnico

Informática Técnico

11 Telêmaco Borba

Florestas Técnico

Informática Técnico

Eletromecânica Técnico

Programação de Jogos Digitais Técnico

Eletricidade Predial Qualif. Pro.

Eletricidade Predial (Ortigueira) Qualif. Pro.

Banco de Dados (Ortigueira) Qualif. Pro.

12 Umuarama

Informática Técnico

Agronegócio Técnico

Agronegócio Técnico

Informática Técnico

Informática Técnico

Design de Móveis Técnico

Observações: Em Cascavel existe um Campus Avançado que possui a infra-estrutura

administrativa em Foz do Iguaçu. O Campus Palmas surgiu a partir de uma Universidade tradicional

do município, que foi “absorvida” pelo IFPR em 2010; atualmente, existem cursos de nível técnico,

de graduação e pós-graduação cujo início é anterior à existência do próprio IFPR. Em Lapa está

previsto para este ano de 2011 o início de atividades do IFPR.

10

2. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DAS

MICRORREGIÕES ONDE O IFPR POSSUI CAMPUS

Neste capítulo serão apresentados dados territoriais e socioeconômicos das microrregiões

do Estado do Paraná onde o IFPR está presente. O objetivo primeiro é fazer uma generalização em

variáveis territoriais e sociais que reflita o lugar de forma ampliada, para, num segundo momento

procedermos com o foco em temas mais específicos. Este capítulo faz, assim, uma introdução

territorial e socioeconômica de algumas microrregiões do Estado e estará discutindo como são

formuladas as metodologias para a obtenção dos dados aqui utilizados, o que representam estes

dados e qual os temas deverão ser aprofundados para melhor termos as características individuais

das diversas regiões paranaenses.

Ainda que preliminar, esta versão fornece uma direção de como o IFPR poderá se fazer

presente, nos locais e em suas regiões, através de sua ação direta, de modo a ser um promotor de

desenvolvimento e de integração social.

O capítulo está dividido em duas partes. Na primeira, iniciamos com dados de

representação territorial das microrregiões; fazemos, em seguida, uma generalização das

características sociais destas microrregiões através de índices de desenvolvimento humano (IDH) e

dados sociais; por fim, tratamos um pouco de aspectos gerais de suas economias. A segunda parte é

um levantamento mais significativo, com dados dos volumes e condições do trabalho formal

existentes em cada microrregião abordada.

Os dados são, fundamentalmente, coletados através de publicações do IBGE, do IPARDES

e do MTE (RAIS) e serão apresentados conforme seu uso.

11

2.1. Indicadores Territoriais

O fundamento de uma análise territorial e socioeconômica é o espaço, o território físico no

qual se localiza a sociedade. Nosso foco, a priori, são as microrregiões geográficas constituídas pelo

agrupamento das áreas territoriais de municípios contíguos que possuem características ou

relacionamentos comuns quanto à organização do espaço (ver figura 1). Os critérios, os conceitos e

a responsabilidade (legal) para a formação de microrregiões geográficas do território brasileiro é de

prerrogativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)2, que realiza as divisões

regionais de todo o país.

Mapa 2.1: Divisão em Microrregiões Geográficas do estado do Paraná3

O Paraná possui 399 municípios que formam 39 microrregiões. Nós utilizaremos 15

microrregiões, que são aquelas onde o IFPR tem presença física em pelo menos um município. Na

Tabela 2.1 estão relacionados dados referentes a estas microrregiões, com os municípios onde o

IFPR está localizado. As Áreas, em quilômetros quadrados, foram definidas pelo Instituto de Terras,

Cartografia e Geociências (ITCG) do Estado do Paraná. A População foi estipulada através do Censo

2 IBGE. Divisão Territorial Brasileira, 2002.

3 Extraído de: : http://www.sepl.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=181

12

Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE. A Taxa de Urbanização também é calculada pelo IBGE

e leva em consideração os dados populacionais de 2007, ou seja, é também uma estimativa

estatística. Por fim, a Densidade Demográfica apresenta a relação direta do quantitativo

populacional para a área definida na análise, que é, neste caso, a das microrregiões.

Destas variáveis temos como informações relevantes o fator de urbanização e a densidade

demográfica. Ambas fazem referência à dispersão da população sobre o território, uma levando em

consideração a área urbana e a área rural e a outra a área como um todo. Mesmo que seja muito

prematuro se fazer qualquer afirmação com estes dados, sabemos que quanto mais urbanizada a

área, maior é a força da cidade (urbe), ou, pelo contrário, quanto menos urbanizada, mais ruralizada

e maior a força do meio rural. Por força, aqui, nos referimos aos fatores produtivos e econômicos,

incluindo os temas intrínsecos da população em sua vasta amplitude, cuja representação poderá ser

melhor analisada através de estudos mais detalhados.

Tabela 2.1: Indicadores territoriais e populacionais das microrregiões paranaenses onde o

IFPR está presente.

MRG Microrregião Local do IFPR Área

(km2)

População

(2010)

Urbanização

(%)

Densidade

(hab./km2)

23 Cascavel Cascavel 8.515 428.831 84,3 50,36

38 Curitiba Curitiba 8.585 2.855.353 94,3 332,6

24 Foz do Iguaçu Foz do Iguaçu 5.581 403.164 90,67 72,24

32 Irati Irati 2.829 97.120 64,95 34,33

13 Ivaiporã Ivaiporã 6.161 136.599 57,46 22,17

16 Jacarezinho Jacarezinho 2.754 121.204 81,95 44,01

36 Lapa Lapa 2.284 49.325 60,26 21,6

11 Londrina Londrina 3.501 710.297 95,91 202,88

30 Palmas Palmas 5.415 89.938 68,87 16,61

39 Paranaguá Paranaguá 6.333 261.384 89,46 41,27

1 Paranavaí Paranavaí 10.280 269.302 82,12 26,2

19 Telêmaco Borba Telêmaco Borba 9.548 157.589 69,87 16,5

22 Toledo Assis

Chateaubriand 8.768 376.056 77,74 42,89

2 Umuarama Umuarama 10.398 297.001 78,57 28,56

41 PARANÁ - 199.880 10.266.737 - 51,36

Fonte: IPARDES

13

2.2. Indicadores Sociais

A tabela de indicadores sociais busca demonstrar, em diferentes abordagens, uma análise

das características sociais das microrregiões em estudo. Para tanto, faz uso de variáveis utilizadas

estatisticamente e que levam em consideração diversos aspectos da sociedade.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Médio é um índice formado pela média de

três outros índices: IDH-Educação, IDH-Longevidade e IDH-Renda. Estes índices foram

desenvolvidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com a finalidade

de se agregar outras características sociais, culturais e políticas na análise do desenvolvimento das

sociedades em contraposição ao aspecto da (uni) dimensão econômica, o PIB per capita 4. Seus

valores variam de 0 (zero), desigualdade absoluta, a 1 (um), equidade absoluta. Segue abaixo a

evolução dos índices estabelecidos para o Estado do Paraná em três décadas:

IDH-Médio IDH-Renda IDH-Longevidade IDH-Educação

1991 2000 2005 1991 2000 2005 1991 2000 2005 1991 2000 2005

0.711 0.787 0,820 0.678 0.736 0.678 0.747 0.778 0.879

Extraído de: http://www.pnud.org.br/

O Produto Interno Bruto (PIB) per capita não faz relação com a desigualdade. O PIB é o

valor de toda a riqueza produzida na região em um intervalo de tempo. O PIB per capita é a divisão

desta riqueza pelo número de habitantes; não quer dizer, no entanto, que é a proporção que seus

habitantes percebem desta riqueza: demonstra apenas o volume de riqueza gerada na microrregião

dada em nível individual.

A Taxa de Pobreza é um valor proveniente do Censo Demográfico do IBGE (2000) que

demonstra as pessoas em situação de pobreza e é calculada em razão da renda familiar per capita de

até meio salário mínimo. Os dados foram obtidos por uma publicação do IPARDES que os tabulou

de maneira específica.

A Razão de Dependência é a razão entre o segmento etário da população definido como

economicamente dependente, os menores de 15 anos de idade e os de 60 e mais anos de idade, e o

segmento etário potencialmente produtivo, entre 15 e 59 anos de idade, na população residente em

determinado espaço geográfico, no ano considerado. Mede, assim, a participação relativa do

4 http://www.pnud.org.br/idh/

14

contingente populacional potencialmente inativo, que deveria ser sustentado pela parcela da

população potencialmente produtiva. Valores elevados indicam que a população em idade produtiva

deve sustentar uma grande proporção de dependentes, o que significa consideráveis encargos

assistenciais para a sociedade 5.

Tabela 2.2: Indicadores sociais das microrregiões paranaenses onde o IFPR está presente.

Microrregião IDH médio PIB per

capita (R$)

Taxa

pobreza

Razão

dependência

Cascavel 0,785 14.409 47,52

Curitiba 0,819 20.926 42,68

Foz do Iguaçu 0,783 17.655 47,65

Irati 0,740 9.998 39,7 48,51

Ivaiporã 0,714 8.224 51,29

Jacarezinho 0,762 9.534 48,27

Lapa 0,756 13.290 48,13

Londrina 0,824 15.470 43,49

Palmas 0,734 15.612 43,8 58,48

Paranaguá 0,775 32.338 45,6 52,39

Paranavaí 0,755 8.920 48,66

Telêmaco Borba 0,700 13.368 44,5 54,36

Toledo 0,808 15.238 45,26

Umuarama 0,762 9.649 47,37

5 http://www.ripsa.org.br/fichasIDB/record.php?node=A.16&lang=pt

15

2.3. Indicadores Econômicos

Os indicadores econômicos serão mais bem analisados com a inserção de temas específicos

como, por exemplo, a relação de dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

gerados pela RAIS (Relatório Anual de Informações Sociais) e pelo CAGED (Cadastro Geral de

Empregados e Desempregados), que fornecem uma variada base de dados sobre o trabalho formal

no país. Neste capítulo nos limitaremos a fornecer um panorama através de algumas variáveis

básicas: População Economicamente Ativa (PEA), População Ocupada (PO), número de Empregos

Formais e o Valor Adicionado Fiscal (VAF).

Os dois primeiros, PEA e PO, são números obtidos pelo Censo Demográfico de 2000, do

IBGE, indicando o total da população recenseada e que prestou informações ao questionário

realizado na época. Reiteramos que, após a publicação em definitivo dos relatórios do Censo

realizado em 2010, estes dados deverão ser corrigidos. Quanto ao número de Empregos Formais, são

os quantitativos obtidos de informações prestadas pelas empresas contratantes da mão de obra,

através da RAIS, que é realizado anualmente. Neste caso, os dados são de 2009. Além destes dados

populacionais, decidimos inserir um valor financeiro que demonstra claramente quais são as

“propensões” econômicas das regiões: o VAF.

O VAF é um valor financeiro (econômico-contábil) calculado anualmente pelo Governo do

Estado, proveniente de informações prestadas pelos contribuintes, relativo aos seus movimentos

econômicos. Serve para estipular o índice de participação dos municípios no repasse de receitas do

ICMS e do IPI, recolhidos pelos Estados e pela União. Assim, quanto maior for o índice de um

município, maior será o valor a receber e a disponibilidade de recursos para investimentos.

Seguindo as informações fornecidas pelo IPARDES para as microrregiões do Estado do

Paraná, os VAF estão subdivididos em seis segmentos: Produção Primária, Indústria, Indústria

Simples Nacional, Comércio/Serviços, Comércio Simples Nacional e Recursos/Autos. Em nossa

tabulação optamos por agrupar Indústria e Indústria Simples Nacional; e Comércio/Serviços e

Comércio Simples Nacional, o que nos deixou com três VAF distintas, excluindo a de

Recursos/Autos, cujo valor é incluso no Total da VAF apresentada para cada microrregião. Estes

dados são fornecidos pela Secretaria Estadual da Fazenda (SEFA).

Tabela 2.3: Indicadores econômicos das microrregiões paranaenses onde o IFPR está

presente.

16

Microrregião Pop. Econ.

Ativa

Pop.

Ocupada

Empregos

Formais

Valor Adicionado Fiscal (VAF) em R$ - 2009

Prod. Primária Indústria Comércio/

Serviços TOTAL

Cascavel 192.348 105.508 79.661 1.664.849.764 1.374.747.858 1.813.422.179 4.882.224.349

% 6,7 54,9 75,5 34,1 28,2 37,1 100

Curitiba 1.337.713 1.138.523 1.119.794 577.313.774 35.145.701.082 20.556.745.728 56.332.426.273

% 46,6 85,1 98,4 1,0 62,4 36,5 100

Foz do

Iguaçu

198.988 168.302 77.394 872.778.972 4.041.796.869 1.213.815.012 6.137.375.491

% 6,9 84,6 46,0 14,2 65,9 19,8 100

Irati 44.777 40.411 14.295 278.057.314 261.872.282 311.905.847 858.242.455

% 1,6 90,2 35,4 32,4 30,5 36,3 100

Ivaiporã 67.148 60.643 18.030 489.457.940 315.664.053 243.413.153 1.050.944.459

% 2,3 90,3 29,7 46,6 30,0 23,2 100

Jacarezinho 56.676 49.506 26.854 243.711.104 415.530.865 417.570.562 1.087.352.510

% 2,0 87,3 54,2 22,4 38,2 38,4 100

Lapa 21.732 18.835 9.926 169.227.688 203.675.618 147.797.312 530.058.858

% 0,8 86,7 52,7 31,9 38,4 27,9 100

Londrina 328.145 284.303 192.501 702.075.043 2.726.291.563 3.755.747.671 7.209.059.779

% 11,4 86,6 67,7 9,7 37,8 52,1 100

Palmas 33.883 29.844 14.567 380.945.586 554.177.249 233.551.377 1.170.238.720

% 1,2 88,1 48,8 32,6 47,4 20,0 100

Paranaguá 100.627 85.863 48.874 37.113.668 621.259.106 1.146.157.434 1.805.183.421

% 3,5 85,3 56,9 2,1 34,4 63,5 100

Paranavaí 123.334 109.203 52.985 935.456.506 758.599.780 477.726.066 2.212.274.485

% 4,3 88,5 48,5 42,3 34,3 21,6 100

Telêmaco

Borba

59.996 52.413 25.117 756.587.822 928.399.756 291.330.797 1.987.852.301

% 2,1 87,4 47,9 38,1 46,7 14,7 100

Toledo 176.220 159.197 85.033 3.044.462.364 1.389.569.243 1.245.527.198 5.728.212.146

% 6,1 90,3 53,4 53,1 24,3 21,7 100

Umuarama 126.869 113.372 51.800 915.105.185 630.572.422 653.139.890 2.243.641.287

% 4,4 89,4 45,7 40,8 28,1 29,1 100

Totais 2.868.456 2.415.923 1.816.831 11.067.142.730 49.367.857.746 32.507.850.226 93.235.086.534

Gráfico 2.3: Indicadores econômicos das microrregiões paranaenses onde o IFPR está

presente.

17

0%

20%

40%

60%

80%

100%

34

114

3247

22 3210

33

2

42 3853 41

28

6266 31

30

3838

38

47

34

34 47 2428

37 3620

3623

38 2852

20

63

22 15 22 29

Valor Adicionado Fiscal (VAF) por setor de produção, em microrregiões do Paraná -

2009

Prod. Primária Indústria Comércio/ Serviços

18

3. ANÁLISE DO EMPREGO FORMAL

A análise da estrutura setorial do emprego é baseada na coleta de dados provenientes do

MTE. Este órgão realiza, a cada ano, a coleta de informações de todos os entes (órgãos públicos,

empresas, administrador rural, etc.) que podem manter algum tipo de vínculo empregatício com

pessoas físicas. Ou seja, toda pessoa jurídica, com fins lucrativos ou não, público ou privado, urbano

ou rural, entre outros, devem proceder com o envio das informações pertinentes a seus trabalhadores

ao MTE através da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, inclusive aquelas que não

tiverem qualquer contrato empregatício realizado (RAIS negativa). Com isso, a RAIS cumpre seu

objetivo “de suprir as necessidades de controle da atividade trabalhista no País, e ainda, o prover

dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado

de trabalho às entidades governamentais” 6.

Os dados aqui dispostos são do ano de 2009, disponibilizados em 2010. Dentre as diversas

possibilidades de análise, optamos por quatro que são mais significativas para este relatório. A

primeira é a quantidade absoluta de empregos formais divididos por Grupos de Atividades

Econômicas, para cada microrregião aqui abarcada. A segunda trata do grau de instrução deste

pessoal ocupado, ou seja, seus níveis de escolaridade. A terceira envolve os salários médios

aplicados, ou percebidos por estes trabalhadores. Por fim, no item 3.2, elaboramos para cada

microrregião a evolução do estoque de emprego formal por área de atividade econômica, em uma

escala de 20 anos.

6 http://www.mte.gov.br/rais

19

3.1. Estrutura Setorial do Emprego

A tabela que dispõe sobre a estrutura setorial do emprego distribui em áreas de atividades

econômicas o volume bruto de empregos formais da microrregião. Nós procedemos com alguns

agrupamentos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), já que ela apresenta 21

seções (de A até U) e aqui estão representadas sete. Não descreveremos aqui cada uma destas

seções: maiores informações a respeito podem ser buscadas em sua página de referência no Portal

do IBGE7.

Tabela 3.1: Quantidade de emprego formal contabilizada em 2009, dividida por Seção de

Área Econômica, por Microrregião.

ESTRUTURA SETORIAL DO EMPREGO POR ATIVIDADE ECONÔMICA

(IBGE-CNAE 2.0) – FONTE RAIS/2009

Microrregião

Seção CNAE 2.0

TOTAL A B e C F G

D,E,H,I,J,K,L,

M,R,S,T,U N e O P e Q

Agricultura Indústria Construção Comércio Serviços Atividade

Administrat.

Educação

e Saúde

Cascavel 5.107 24.459 6.953 27.773 16.912 15.871 8.197 105.272

% 4,9 23,2 6,6 26,4 16,1 15,1 7,8 100

Curitiba 6.150 189.919 59691 200.131 247.278 342.559 88277 1.134.005

% 0,5 16,7 5,3 17,6 21,8 30,2 7,8 100

Foz do

Iguaçu

1.435 12.170 3.372 20.537 18.326 14.852 6.700 77.392

% 1,9 15,7 4,4 26,5 23,7 19,2 8,7 100

Irati 691 4.314 577 3.691 1.722 2.587 713 14.295

% 4,8 30,2 4,0 25,8 12,0 18,1 5,0 100

Ivaiporã 4.628 1.607 228 3.865 1.759 5.249 694 18.030

% 25,7 8,9 1,3 21,4 9,8 29,1 3,8 100

Jacarezinho 5.144 7.758 598 5.058 3.238 3.570 1.488 26.854

% 19,2 28,9 2,2 18,8 12,1 13,3 5,5 100

Lapa 1.923 2.589 766 1.720 963 1.417 548 9.926

% 19,4 26,1 7,7 17,3 9,7 14,3 5,5 100

Londrina 5.566 45.385 10.005 46.917 37.554 24.238 22.836 192.501

% 2,9 23,6 5,2 24,4 19,5 12,6 11,9 100

Palmas 3.125 3.407 274 2.925 1.143 2.932 761 14.567

% 21,5 23,4 1,9 20,1 7,8 20,1 5,2 100

Paranaguá 434 4.559 1.458 11.993 15.366 12.649 2.415 48.874

% 0,9 9,3 3,0 24,5 31,4 25,9 4,9 100

Paranavaí 7.119 17.916 1.250 9.859 4.315 10.168 2.358 52.985

7 http://www.ibge.gov.br/concla/revisao2007.php?l=6

20

% 13,4 33,8 2,4 18,6 8,1 19,2 4,5 100

Telêmaco

Borba

3.770 6.500 693 4.912 3.260 5.054 927 25.116

% 15,0 25,9 2,8 19,6 13,0 20,1 3,7 100

Toledo 4.078 30.998 2.030 19.975 11.558 12.079 4.315 85.033

% 4,8 36,5 2,4 23,5 13,6 14,2 5,1 100

Umuarama 2.726 19.370 1.500 11.288 5.707 8.171 3.038 51.800

% 5,3 37,4 2,9 21,8 11,0 15,8 5,9 100

Gráfico 3.1: Distribuição de empregos formais por Atividade Econômica.

21

3.2. Grau de instrução do pessoal ocupado

A relação da escolaridade do pessoal ocupado evidencia elevados valores de trabalhadores

com Ensino Médio Incompleto (ver gráfico), onde a média é de 50%, com pequenas variações nas

microrregiões. O “destaque” é, novamente, Curitiba, 30%, e outras microrregiões onde se tem uma

indústria forte e catalisadora: Londrina (40%), Umuarama (43%), Cascavel (42%) e Foz do Iguaçu

(43%), ainda assim, não tão distantes da média de 50%. Palmas, superando os 60%, é o destaque

negativo.

Também chamam atenção os baixos valores de Pós-graduação, presentes em poucas

microrregiões, ainda que a média de graduados (ensino superior) seja de 10%, exceção a Curitiba,

com cerca de 25%.

Tabela 3.2: Grau de instrução do pessoal ocupado em 2009, por Microrregião.

GRAU DE INSTRUÇÃO DO PESSOAL OCUPADO NO SETOR FORMAL

POR MICRORREGIÃO PARANAENSE - RAIS/2009

Microrregião Analf. Até 5ª 6ª a 9ª Fundam. Méd. Inc. Médio Sup. Inc. Superior Pós-Grad.

Cascavel 472 11.012 10.537 16.786 13.078 48.228 4.685 14.477 226

% 0,39 9,21 8,82 14,05 10,94 40,36 3,92 12,11 0,19

Curitiba 2.328 55.568 63.788 133.276 86.849 457.173 48.847 267.895 4.070

% 0,21 4,96 5,70 11,90 7,76 40,83 4,36 23,92 0,36

Foz do Iguaçu 327 5.990 8.194 10.769 9.420 27.359 3.322 11.903 110

% 0,42 7,74 10,59 13,91 12,17 35,35 4,29 15,38 0,14

Irati 44 1.576 1.054 2.906 1.244 5.342 401 1.723 5

% 0,31 11,02 7,37 20,33 8,70 37,37 2,81 12,05 0,03

Ivaiporã 263 3.210 1.648 2.147 1.546 6.325 679 2.200 12

% 1,46 17,80 9,14 11,91 8,57 35,08 3,77 12,20 0,07

Jacarezinho 206 4.121 3.163 3.059 3.009 9.713 786 2.723 74

% 0,77 15,35 11,78 11,39 11,21 36,17 2,93 10,14 0,28

Lapa 48 1.758 1.208 1.883 866 3.034 158 965 6

% 0,48 17,71 12,17 18,97 8,72 30,57 1,59 9,72 0,06

Londrina 649 15.206 16.212 23.212 22.575 76.795 9.243 26.461 2.148

% 0,34 7,90 8,42 12,06 11,73 39,89 4,80 13,75 1,12

Palmas 104 2.871 1.999 2.251 1.639 3.252 576 1.810 65

% 0,71 19,71 13,72 15,45 11,25 22,32 3,95 12,43 0,45

Paranaguá 131 3.962 3.445 10.559 4.939 19.723 1.387 4.648 80

% 0,27 8,11 7,05 21,60 10,11 40,35 2,84 9,51 0,16

Paranavaí 315 8.447 6.498 6.616 5.046 18.498 1.531 5.902 132

% 0,59 15,94 12,26 12,49 9,52 34,91 2,89 11,14 0,25

Telêm. Borba

244 3.204 2.643 5.345 2.289 8.934 652 1.521 285

22

% 0,97 12,76 10,52 21,28 9,11 35,57 2,60 6,06 1,13

Toledo 408 8.537 9.075 11.575 10.504 30.535 3.775 10.356 268

% 0,48 10,04 10,67 13,61 12,35 35,91 4,44 12,18 0,32

Umuarama 262 6.032 5.476 5.249 5.713 21.891 1.480 5.527 170

% 0,51 11,64 10,57 10,13 11,03 42,26 2,86 10,67 0,33

Gráfico 3.2: Grau de instrução do pessoal ocupado no Setor Formal em algumas

microrregiões paranaenses.

23

3.3. Faixa de rendimento do pessoal ocupado

A média de rendimento dos trabalhadores com carteira assinada para as microrregiões

analisadas está na faixa de 1 a 1,5 salários mínimos (45% dos trabalhadores). As diferenças são,

novamente, acentuadas em Curitiba; quanto às demais, podemos dizer que, acima daqueles 45%,

outros 40% de trabalhadores se encontram na faixa que recebe de 1,5 a 3 salários mínimos. Ou seja,

quase 90% dos trabalhadores com carteira assinada recebem entre 1 e 3 salários mínimos, sendo que

em Londrina, Telêmaco Borba, Foz do Iguaçu e Paranaguá este valor varia próximo de 80% dos

trabalhadores.

Estes dados são interessantes para serem confrontados com o nível de educação formal

percebida.

Tabela 3.3: Faixa de rendimento médio, em salário mínimo, do pessoal ocupado no setor

formal em algumas microrregiões paranaense.

FAIXA DE RENDIMENTO MÉDIO DO PESSOAL OCUPADO NO SETOR FORMAL

POR MICRORREGIÃO PARANAENSE - RAIS/2009

Microrregião Até 1,00 1,01 - 1,50 1,51 - 2,00 2,01 - 3,00 3,01 - 4,00 4,01 - 5,00 5,01 - 7,00 7,01 -

15,00

Mais de

15,01

Cascavel 4.281 41.081 24.963 18.011 6.928 2.905 2.864 2.619 605

% 4,11 39,40 23,94 17,28 6,65 2,79 2,75 2,51 0,58

Curitiba 27.343 263.511 201.097 234.324 128.827 79.881 72.026 78.487 32.343

% 2,45 23,57 17,99 20,96 11,52 7,15 6,44 7,02 2,89

Foz do

Iguaçu

3.446 29.967 16.891 12.187 4.771 2.614 2.678 2.753 852

% 4,52 39,35 22,18 16,00 6,26 3,43 3,52 3,61 1,12

Irati 848 6.237 3.131 2.348 712 325 341 215 58

% 5,97 43,88 22,03 16,52 5,01 2,29 2,40 1,51 0,41

Ivaiporã 1.298 8.183 4.229 2.451 765 320 257 267 82

% 7,27 45,84 23,69 13,73 4,29 1,79 1,44 1,50 0,46

Jacarezinho 465 3.819 2.693 1.705 579 243 192 126 26

% 4,72 38,78 27,35 17,31 5,88 2,47 1,95 1,28 0,26

Lapa 48 1.758 1.208 1.883 866 3.034 158 965 6

% 0,48 17,71 12,17 18,97 8,72 30,57 1,59 9,72 0,06

Londrina 6.915 67.530 43.772 34.211 13.763 7.493 6.811 7.192 2.276

% 3,64 35,55 23,04 18,01 7,25 3,94 3,59 3,79 1,20

Palmas 1.122 5.814 3.432 2.422 688 353 289 211 20

% 7,82 40,51 23,91 16,88 4,79 2,46 2,01 1,47 0,14

Paranaguá 2.613 17.044 10.221 8.869 3.764 1.882 1.804 1.701 282

% 5,42 35,38 21,21 18,41 7,81 3,91 3,74 3,53 0,59

Paranavaí 2.634 21.456 13.442 9.521 2.655 1.065 851 624 124

% 5,03 40,97 25,67 18,18 5,07 2,03 1,62 1,19 0,24

24

Telêmaco

Borba

909 8.027 5.917 4.749 1.955 1.198 1.010 700 142

% 3,69 32,62 24,05 19,30 7,94 4,87 4,10 2,84 0,58

Toledo 4.630 31.838 20.374 14.984 5.222 2.394 2.039 1.931 355

% 5,53 38,01 24,32 17,89 6,23 2,86 2,43 2,31 0,42

Umuarama 2.625 24.701 11.115 7.415 2.290 1.155 946 812 205

% 5,12 48,18 21,68 14,46 4,47 2,25 1,85 1,58 0,40

Gráfico 3.3: Faixa de rendimento médio, em salário mínimo, do pessoal ocupado no Setor

Formal em algumas microrregiões paranaense.

25

4. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA OCUPAÇÃO

DE MÃO DE OBRA POR SEÇÃO CNAE

A evolução histórica do emprego formal percebido nas microrregiões é um dos fatores que

mais importam para nosso relatório. São estes dados e gráficos que demonstram as aptidões

econômicas que são exploradas e que geram necessidades de uma educação técnica (formação de

mão de obra qualificada) mais atenciosa, para aqueles locais. Ou seja, é onde se visualiza claramente

quais as áreas pedagógicas que possuem mais relação com a realidade local.

Os dados estão subdivididos para cada microrregião e são elaborados em interstício de dois

anos, a partir de 2001. A referência é, novamente, a CNAE, exceto que aqui não foi realizado

nenhum agrupamento. As seções especificadas são:

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais.

26

4.1. Cascavel

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e

comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e

serviços prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

27

4.2. Curitiba

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade,

gás e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e

comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e

serviços prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

28

4.3. Foz do Iguaçu

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade,

gás e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e

comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e

serviços prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

29

4.4. Irati

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços

prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

30

4.5. Ivaiporã

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços

prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

31

4.6. Jacarezinho

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços

prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

32

4.7. Lapa

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços

prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

33

4.8. Londrina

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade,

gás e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e

comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e

serviços prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

34

4.9. Palmas

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços

prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

35

4.10. Paranaguá

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e

comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e

serviços prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

36

4.11. Paranavaí

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços

prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

37

4.12. Telêmaco Borba

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e

comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços

prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

38

4.13. Toledo

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e

serviços prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

39

4.14. Umuarama

A) Agricultura, pecuária, silvicultura e

exploração florestal;

B) Pesca;

C) Indústrias extrativas;

D) Indústrias de transformação;

E) Produção e distribuição de eletricidade, gás

e água;

F) Construção;

G) Comercio, reparação de veículos

automotores, objetos pessoais e domésticos;

H) Alojamento e alimentação;

I) Transporte, armazenagem e comunicações;

J) Intermediação financeira, seguros,

previdência complementar e serviços

relacionados;

K) Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços

prestados as empresas;

L) Administração pública, defesa e

seguridade social;

M) Educação;

N) Saúde e serviços sociais;

O) Outros serviços coletivos, sociais e

pessoais;

P) Serviços domésticos;

Q) Organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais.

40

5. ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS

5.1 APLs do Paraná

As informações aqui disponibilizadas têm como referência o livro “Arranjos Produtivos

Locais do Estado do Paraná”, publicado em 2006, elaborado pelo IPARDES e pela Secretaria do

Estado do Planejamento e Coordenação Geral, contando com diversas contribuições institucionais.

Nosso intuito é o de adotar, a princípio, os APLs identificados neste estudo para que possamos fazer

um primeiro levantamento de dados e, em seguida, uma metodologia experimental de análise das

relações socioeconômicas existentes no Estado. O objetivo maior é desenvolver e padronizar uma

metodologia de estudo para a geração de relatórios institucionais, como prerrogativa do

Observatório-IFPR, envolvendo diversas magnitudes sociais, não apenas os APLs, fomentando uma

base de dados com informações geográficas e sociais que auxiliarão o IFPR em suas ações

institucionais de acordo com sua diretriz de promotora do desenvolvimento social, econômico e

cultural.

5.2 Identificação dos APLs

A identificação dos APLs, realizada pelo estudo mencionado acima, partiu com os objetivos

de apoiar as Secretarias de Estado no desenvolvimento regional com as seguintes premissas: (i)

geração de renda e emprego; (ii) redução dos desequilíbrios regionais; (iii) aproveitamento das

potencialidades e vocações locais; e (iv) aumento da competitividade empresarial. Neste sentido,

baseado em critérios produtivos e econômicos em relação à intensidade espacial, fez-se a

identificação de aglomerações produtivas, seguindo a tipologia do APL (VDL, NDSR, E e VA),

demonstradas no quadro abaixo.

Tipologia Importância para Setor Importância Local

Reduzida Elevada Reduzida Elevada

Vetor Desenvolvimento Local (VDL) X X

Núcleo Desenv. Stor. Reg. (NDSR) X X

Embrião (E) X X

Vetor Avançado (VA) X X

41

Tabela 5.2: Distribuição de APLs no Paraná.

VETOR DE DESENVOLVIMENTO

LOCAL – VDL (5)

NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO

SETORIAL REGIONAL – NDSR (8)

Cianorte (confecções)

Telêmaco Borba (madeira)

Sudoeste (confecções)

Imbituva (malhas)

Rio Negro (móveis e madeira)

Paranavaí (mandioca e fécula)

Loanda (metais sanitários)

Maringá (colchões)

Apucarana (confecções – bonés)

Arapongas (móveis)

Ponta Grossa (móveis de metal e sistemas de armazenagem e logística)

Guarapuava (madeira e pasta mecânica)

União de Vitória (madeira e esquadrias)

EMBRIÃO – E (5) VETOR AVANÇADO – VA (7)

São Carlos do Ivaí (cerâmica vermelha)

Terra Roxa / Altônia (confecções)

Toledo / Cascavel (equipamentos e

implementos agrícolas)

Sudoeste (móveis)

Maringá / Pato Branco (software)

Maringá (confecções).

Londrina (couros e artefatos de couro).

Londrina (plásticos).

Curitiba / Londrina (software).

Curitiba (apar. e instr. médicos, odontológicos e hospitalares).

Curitiba (louças e porcelana).

Curitiba (cal e calcário)

Este resultado possibilitou o seguinte mapeamento das unidades identificadas sobre

as microrregiões (enumeradas) paranaenses:

Extraído de "Arranjos Produtivos Locais do Estado do Paraná", pág. 51

42

A segunda parte da pesquisa realizou-se através da visita em instituições de apoio

empresarial, sindicatos, empresas e instituições públicas nas localidades definidas pelo levantamento

preliminar, com o objetivo de proceder com a caracterização estrutural dos locais. “O objetivo

dessas visitas era obter um panorama geral das aglomerações, em termos de sua formação, da

estrutura produtiva e da ambiência institucional local.”

Obtiveram como resultado das visitas e das entrevistas realizadas, a validação de APLs

demonstrados neste seguinte quadro:

43

Do levantamento inicial até a definição aqui realizada de APLs existentes no Paraná, sete

foram excluídas. Porém, para nossa instituição possuem significados relevantes. São elas as

aglomerações produtivas selecionadas e não validadas (como APLs), conforme quadro abaixo:

AGLOMERAÇÃO

PRODUTIVAS TIPO MICRORREGIÃO LOCAL

Cerâmica Vermelha

Colchões

Confecções (facções)

Couro (curtume e artefatos)

Madeira e Pasta Mecânica

Madeira

Plásticos

E

NDSR

E

VA

NDSR

VDL

VA

Paranavaí

Maringá

Umuarama

Londrina

Guarapuava

Telêmaco Borba

Londrina

São Carlos do Ivaí

Maringá

Altônia

Londrina, Ibiporã e Rolândia

Guarapuava

Telêmaco Borba

Londrina, Ibiporã, Rolândia e Cambé

O documento referido apresenta na sequência um relatório das características sociais e

estruturais observadas nas localidades. Não as incluiremos aqui por ser uma discussão de referência

e que poderá ser consultada a qualquer momento. Nosso objetivo, o de se apresentar o conceito e as

existências dos APLs, é para que se possa fazer uso do “recorte” geográfico oferecido para integrar

dados sociais mais diversificados e projetar as ações institucionais do IFPR. Ou seja, é para que

tenhamos uma direção a ser tomada, uma decisão a ser planejada e renovada acompanhando as

virtudes e carências locais, buscando sempre o desenvolvimento social, cultural e econômico,

integrado e para todos.