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ii
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Divisão de Informação e Documentação
Fukao, Letícia
Enfoque multimetodológico para gestão da evasão no ensino técnico / Letícia Fukao.
São José dos Campos, 2015.
123f.
Dissertação de Mestrado Profissional – Curso de Mestrado Profissional em Produção – Instituto
Tecnológico de Aeronáutica, 2015. Orientadora: Profa. Dra. Mischel Carmen Neyra Belderrain
1. Métodos de Estruturação de Problemas. 2. Soft Systems Methodology. 3. Strategic Options
Development and Analysis. 4. Evasão Escolar. I. Instituto Tecnológico de Aeronáutica. II. Enfoque
multimetodológico para gestão da evasão no ensino técnico.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FUKAO, Letícia. Enfoque multimetodológico para gestão da evasão no ensino técnico.
2015. 123f. Dissertação de Mestrado Profissional em Produção – Instituto Tecnológico de
Aeronáutica, São José dos Campos.
CESSÃO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR: Letícia Fukao
TÍTULO DO TRABALHO: Enfoque multimetodológico para gestão da evasão no ensino técnico
TIPO DO TRABALHO/ANO: Dissertação/ 2015
É concedida ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica permissão para reproduzir cópias desta
dissertação e para emprestar ou vender cópias somente para propósitos acadêmicos e
científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta dissertação ou
tese pode ser reproduzida sem a sua autorização (do autor).
__________________________________
Letícia Fukao
Rua Rayldo de Oliveira Gomes, 1141, Jardim Alvorada
CEP: 79610-160, Três Lagoas - MS
iii
ENFOQUE MULTIMETODOLÓGICO PARA GESTÃO DA
EVASÃO NO ENSINO TÉCNICO
Letícia Fukao
Composição da Banca Examinadora:
Profa. Dra. Mischel Carmen Neyra Belderrain Presidente/Orientadora - ITA
Prof. Dr. Rodrigo Arnaldo Scarpel Membro Interno - ITA
Prof. Dr. Sandro Luis Schlindwein Membro Externo - UFSC
ITA
iv
Dedico este trabalho aos meus pais,
que nunca mediram esforços
para prover-me educação.
Todo o meu amor e gratidão.
v
Agradecimentos
Primeiramente a Deus, pelos desafios impostos e as oportunidades concedidas. Tenho
a certeza que Seus propósitos estão além do que eu possa compreender.
Aos meus pais, Ademar e Lucia, e minhas irmãs, Adriana e Kátia, pela paciência,
incentivo e apoio. Esta conquista também é de vocês!
Aos professores do ITA, em especial à minha orientadora, profa. Carmen, pela
confiança, conselhos, orientações e amizade. Obrigada por acolher os seus orientandos em sua
família. Admiração eterna pela pessoa e profissional.
Aos “ITAmigos” por tornarem esta caminhada menos espinhosa. Agradecimento
especial à Naiara, Rafael, Alexandre e Leonardo pela parceria e amizade, principalmente na
reta final. Naiara, obrigada pelos conselhos, dicas, e claro, as histórias hilárias nas
madrugadas de estudos.
Aos integrantes da banca, Prof. Dr. Rodrigo Arnaldo Scarpel, do ITA e Prof. Dr.
Sandro Luis Schlindwein, da UFSC, pelas críticas e sugestões que muito contribuíram para o
enriquecimento deste trabalho.
Ao SENAI - DR MS pela oportunidade de crescimento profissional e pessoal.
À FATEC SENAI Três Lagoas, na pessoa do Sr. Adevaldo Vasconcelos Reginaldo,
por me indicar para o processo seletivo e pelo apoio.
Aos colegas do SENAI, em especial, Ellen, Ana Cláudia e Rielva, pela compreensão e
contribuições. E não poderia deixar de agradecer à Patrícia, por sempre “segurar as pontas” na
minha ausência.
vi
Resumo
A educação profissional tem papel fundamental na competitividade da indústria e do
país, sendo o aumento do número de matrículas em cursos nesta modalidade uma das
diretrizes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). No entanto, somente
aumentar a oferta não é suficiente, é preciso reter o aluno em sala de aula, garantindo que a
qualificação profissional da população ocorra efetivamente. Sendo assim, o presente trabalho
propõe uma multimetodologia para identificar os motivos que levam o aluno a evadir do
curso, e ao mesmo tempo gerar ações que possam minimizar essa evasão. A
multimetodologia proposta é uma combinação dos métodos de estruturação de problemas Soft
Systems Methodology (SSM) e Strategic Options Development and Analysis (SODA). A
aplicação desta proposta na unidade do SENAI Três Lagoas/MS proporcionou uma
compreensão da situação atual e permitiu gerar um planejamento sistêmico para melhoria e
um correspondente Plano de Ação.
Palavras-chave: Métodos de Estruturação de Problemas, Soft Systems Methodology,
Strategic Options Development and Analysis, Evasão Escolar.
vii
Abstract
Professional education plays a fundamental role on the competitiveness
of the industry. Accordingly, SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) has
established a directive to increase the availability of professional training courses. However,
only increasing the supply is not enough, means to ensure the trainee will effectively complete
the training course must be devised. Thus, this paper proposes a multimethodology to identify
the reasons why students dropout the course and generate actions that can minimize it. The
proposed multimethodology is a combination of Soft Systems Methodology (SSM) and
Strategic Options Development and Analysis (SODA). Its application in SENAI Três
Lagoas/MS facility has provided an understanding of the current situation, thereby generating
a systemic planning for improvement and a corresponding Action Plan.
Keywords: Problem Structuring Methods, Soft Systems Methodology, Strategic Options
Development and Analysis, Dropout.
viii
Lista de Figuras
FIGURA 1 – Número de matrículas (em milhares) na educação profissional de nível médio.21
FIGURA 2 – Mapa Estratégico da Indústria 2013 – 2022 ....................................................... 25
FIGURA 3 - Processo de Estruturação de Problemas .............................................................. 29
FIGURA 4 - Modelo de sete estágios do SSM. ........................................................................ 30
FIGURA 5 - Fases da Reconfiguração do SSM ....................................................................... 31
FIGURA 6 - Mecanismo interno do SSM ................................................................................ 32
FIGURA 7 - Supersistema composto por dois HASs com atividade em comum .................... 36
FIGURA 8 - Representação abstrata do Mapa SODA com os principais tipos de construtos . 39
FIGURA 9 - Construtos de um mapa SODA T ........................................................................ 40
FIGURA 10 - Multimetodologia em série e em paralelo. ........................................................ 43
FIGURA 11 - Multimetodologia Proposta ............................................................................... 44
FIGURA 12 - Fase 1 da Multimetodologia proposta. .............................................................. 45
FIGURA 13 - Fase 2 da Multimetodologia proposta. .............................................................. 46
FIGURA 14 - Fase 3 da Multimetodologia proposta. .............................................................. 47
FIGURA 15 – Figura Rica da situação problemática ............................................................... 53
FIGURA 16 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 1 ...................................................... 58
FIGURA 17 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 2 ...................................................... 59
FIGURA 18 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 3 ...................................................... 60
FIGURA 19 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 4 ...................................................... 61
FIGURA 20 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 5 ...................................................... 62
FIGURA 21 - HAS 1 ................................................................................................................ 77
FIGURA 22 - HAS 2 ................................................................................................................ 80
FIGURA 23 – HAS 3 ............................................................................................................... 83
FIGURA 24 - HAS 4 ................................................................................................................ 86
FIGURA 25 - HAS 5 ................................................................................................................ 89
FIGURA 26 - Supersistema simplificado ................................................................................. 92
FIGURA 27 – Exemplificação do Plano de Ação – 5W2H. .................................................... 93
ix
Lista de Tabelas
TABELA 1 - Evasão no Programa de Educação Profissional - Minas Gerais 2008 ................ 22
TABELA 2 - Evasão no SENAC de Sete Lagoas - Período 2008 a 2010 ................................ 23
TABELA 3 - CATWOE e suas fontes de informação .............................................................. 34
TABELA 4 - Critérios de controle do SSM ............................................................................. 35
TABELA 5 - Evasão dos Cursos Técnicos - Ano 2013 e 2014 - Três Lagoas MS .................. 50
TABELA 6 - Tamanho da amostra de cada modalidade .......................................................... 50
TABELA 7 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 1 ................................ 64
TABELA 8 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 2 ................................ 65
TABELA 9 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 3 ................................ 66
TABELA 10 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 4 .............................. 67
TABELA 11 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 5 .............................. 68
TABELA 12 - Atividades para a transformação T1 ................................................................. 76
TABELA 13 - Atividades para a transformação T2 ................................................................. 79
TABELA 14 - Atividades para a transformação T3 ................................................................. 82
TABELA 15 - Atividades para a transformação T4 ................................................................. 85
TABELA 16 - Atividades para a transformação T5 ................................................................. 88
TABELA 17 – Atividades Sistemicamente inviáveis .............................................................. 91
TABELA 18 – Sequência das atividades do supersistema ....................................................... 94
x
Lista de Quadros
QUADRO 1 - Histórico do Brasil no ranking IMD ................................................................. 14
QUADRO 2 - Resultados do Brasil no ranking IMD .............................................................. 14
QUADRO 3 - Focos estratégicos do Sistema Indústria ........................................................... 26
QUADRO 4 - PREACHEES .................................................................................................... 33
QUADRO 5 - Análise para seleção das transformações .......................................................... 41
QUADRO 6 - Pesquisa com evadidos do ensino técnico - Três Lagoas MS ........................... 51
QUADRO 7 - Agentes identificados no estudo de caso ........................................................... 54
QUADRO 8 - Dinâmicas Socioculturais do estudo de caso .................................................... 55
QUADRO 9 - Dinâmicas de Poder do estudo de caso ............................................................. 56
QUADRO 10 - Identificação dos elementos SODA do Mapa Cognitivo Congregado............ 69
QUADRO 11 - Matriz n x n dos construtos do Mapa Cognitivo Congregado ........................ 70
QUADRO 12 - Transformações selecionadas .......................................................................... 71
QUADRO 13 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T1 .................................... 72
QUADRO 14 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T2 .................................... 73
QUADRO 15 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T3 .................................... 73
QUADRO 16 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T4 .................................... 74
QUADRO 17 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T5 .................................... 74
QUADRO 18 - Critérios de Controle para o HAS 1 ................................................................ 78
QUADRO 19 - Critérios de Controle para o HAS 2 ................................................................ 81
QUADRO 20 - Critérios de Controle para o HAS 3 ................................................................ 84
QUADRO 21 - Critérios de Controle para o HAS 4 ................................................................ 87
QUADRO 22 - Critérios de Controle para o HAS 5 ................................................................ 90
QUADRO 23 - Atividades em comum dos HASs ................................................................... 90
QUADRO 24 - Critérios de Controle para o Supersistema ...................................................... 91
xi
Lista de Siglas e Abreviaturas
CNI – Confederação Nacional da Indústria
DG – Domain Grade
E&T – Educação e Tecnologia
EG – Explosion Grade
HAS – Human Activity Systems
IEL – Instituto Euvaldo Lodi
IESP – Instituto de Ensino Superior Público
IG – Implosion Grade
IMD – Institute of Management Development
ISC – Índice de Satisfação do Cliente
LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC – Ministério da Educação
MS – Mato Grosso do Sul
PO – Pesquisa Operacional
PRONATEC – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
PSM – Problem Structuring Methods
SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente
SCA – Strategic Choice Approach
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem de Transportes
SESC – Serviço Social do Comércio
SESI – Serviço Social da Indústria
SIGE – Sistema Integrado de Gestão Escolar
SODA – Strategic Options Development and Analysis
SSM – Soft Systems Methodology
VSM – Viable Systems Model
xii
Sumário
Lista de Figuras ....................................................................................................................... viii
Lista de Tabelas ......................................................................................................................... ix
Lista de Quadros ......................................................................................................................... x
Lista de Siglas e Abreviaturas ................................................................................................... xi
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 14
1.1 Problema da Pesquisa ................................................................................................ 15
1.2 Objetivos .................................................................................................................... 16
1.3 Justificativa ................................................................................................................ 16
1.4 Classificação da Pesquisa .......................................................................................... 16
1.5 Estrutura do trabalho .................................................................................................. 17
2 EVASÃO ESCOLAR ....................................................................................................... 18
2.1 Evasão escolar na Educação Profissional .................................................................. 20
2.2 Evasão escolar no SENAI .......................................................................................... 24
3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS ....................................................................................... 28
3.1 Estruturação de Problemas ......................................................................................... 28
3.2 Soft Systems Methodology – SSM ............................................................................. 29
3.2.1 Soft Systems Methodology Reconfigurado ......................................................... 30
3.3 Strategic Options Development and Analysis – SODA ............................................. 36
3.3.1 SODA T .............................................................................................................. 39
3.4 Multimetodologia ....................................................................................................... 41
4 MULTIMETODOLOGIA PROPOSTA .......................................................................... 44
4.1 Fase 1: Registrar uma compreensão da situação problemática .................................. 44
4.2 Fase 2: Identificar as mudanças necessárias .............................................................. 45
4.3 Fase 3: Delinear e debater modelos para operacionalizar as transformações ............ 46
5 APLICAÇÃO DA MULTIMETODOLOGIA PROPOSTA ............................................ 49
5.1 Fase 1: Registrar uma compreensão da situação problemática – Evasão Escolar ..... 49
xiii
5.2 Fase 2: Identificar as mudanças necessárias para a situação problemática – Evasão
Escolar .................................................................................................................................. 57
5.3 Fase 3: Delinear e debater modelos para operacionalizar as transformações para a
situação problemática – Evasão Escolar ............................................................................... 71
5.4 Análise dos resultados obtidos ................................................................................... 94
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 100
APÊNDICE A - Tabela de Números Aleatórios .................................................................... 104
APÊNDICE B – Mapa Cognitivo Agregado .......................................................................... 105
APÊNDICE C – Mapa Cognitivo Congregado ...................................................................... 106
APÊNDICE D – Supersistema para a problemática da evasão .............................................. 107
APÊNDICE E – Análise das atividades do supersistema....................................................... 108
APÊNDICE F – Plano de Ação .............................................................................................. 112
14
1 INTRODUÇÃO
O Institute of Management Development (IMD), em sua publicação mais recente do
World Competitiviness Yearbook, apresentou um ranking de competitividade de 61 países
avaliados. No anuário de 2015, o Brasil ocupa a 56º lugar, perdendo posição pelo quinto ano
consecutivo. Resultado preocupante, uma vez que a competitividade é fator proeminente no
crescimento de empresas e do país. O Quadro 1 apresenta um histórico da posição do Brasil
no ranking IMD.
QUADRO 1 - Histórico do Brasil no ranking IMD
Fonte: IMD (2015)
Segundo o IMD (2015) a competitividade de um país é a capacidade dele criar e
manter ambientes em que as empresas possam competir e gerar aumento do nível de
prosperidade. Dentro deste conceito, o instituto mensura a competitividade a partir de
indicadores divididos em quatro pilares: Performance Econômica, Eficiência do Governo,
Eficiência dos Negócios e Infraestrutura. Os resultados do Brasil nos anos de 2014 e 2015
podem ser observados no Quadro 2.
QUADRO 2 - Resultados do Brasil no ranking IMD
Fonte: IMD (2015)
2015 2014 2013 2012 2011 2010
56 54 51 46 44 38
Ano
Posição
51 43 51 46
43 36 59 59
56 59 43 32
19 23 35 34
21 6 49 36
57 54 49 39
60 58 53 52
58 48 59 58
35 35 56 57
60 59 39 37
59 58 44 40
60 58 54 55
Desempenho da Economia
Economia Doméstica
Comércio Internacional
Emprego
Preços
Eficiência de Governo
Finanças Públicas
Política Fiscal
Estrutura Institucional
Posição
2015
Posição
2014
Legislação dos Negócios
Estrutura Social
Investimento Internacional
Educação
Posição
2015
Posição
2014
Competitividade do Brasil
Atitudes e Valores
Infraestrutura
Básica
Tecnológica
Científica
Saúde e Meio Ambiente
Eficiência Empresarial
Produtividade e Eficiência
Mercado de Trabalho
Finanças Públicas
Práticas Gerenciais
15
Dentre os indicadores avaliados, a Educação tem sido uma preocupação constante para
a indústria brasileira, que vê nela fator primordial para sua competitividade, uma vez que está
intrinsecamente ligada a qualidade da mão de obra e produtividade.
Em 2013, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elaborou o Mapa Estratégico
da Indústria para o período 2013-2022, propondo diversas ações para aumentar a
competitividade da indústria, dentre elas o aumento do número de matrículas na educação
profissional. De fato, tal aumento ocorre como uma ação do governo por meio do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). O Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI) realizou 3,6 milhões de matrículas, no ano de 2014, sendo
responsável por 41% do total de matrículas do PRONATEC (CNI, 2015). No entanto, para ser
efetiva, essa expansão do número de matrículas deve ser acompanhada de melhoria na
qualidade do ensino e da garantia da conclusão do curso. Somente aumentar o número de
matrículas não é suficiente, é preciso definir ações para reter o aluno em sala de aula
garantindo que a qualificação profissional da população ocorra.
Esta retenção remete à evasão escolar, problema presente em todos os níveis da
educação. Apesar de a evasão escolar ser estudada por diversas esferas da educação, poucos
trabalhos abordam esta problemática na educação profissional, em especial na modalidade de
ensino técnico de nível médio. O SENAI dispõe de pouca informação e dados que
representem a situação dentro da instituição, mas existe a percepção das unidades
operacionais de que este número seja elevado. No SENAI de Três Lagoas, no estado de Mato
Grosso do Sul, o percentual de evasão entre 2013 e 2014 foi de 22,3% nos cursos técnicos.
Portanto, conhecer os motivos que levam o aluno a abandonar o curso é de
fundamental importância, assim como gerar ações para prevenir este abandono, seja de
políticas públicas ou políticas internas de cada instituição de ensino. Assim, a motivação para
o desenvolvimento do presente trabalho é a de encontrar estratégias de ação para o problema
da evasão no ensino técnico da unidade operacional do SENAI Três Lagoas – MS.
1.1 Problema da Pesquisa
A situação exposta na seção anterior pode ser transformada na pergunta de pesquisa:
Como minimizar a evasão escolar no ensino técnico de nível médio do SENAI Três Lagoas?
16
1.2 Objetivos
Objetivo Geral
Propor ações para minimizar a evasão escolar no ensino técnico de nível médio do
SENAI Três Lagoas, utilizando uma multimetodologia de Pesquisa Operacional Soft.
Objetivos Específicos
Identificar os principais motivos que levam o aluno do ensino profissional técnico de
nível médio a abandonar o curso.
Identificar as principais transformações necessárias para reduzir este abandono.
Utilizar em uma aplicação real os métodos Soft Systems Methodology (SSM), versão
reconfigurada por Georgiou (2012, 2015), e Strategic Options Development and
Analysis (SODA).
1.3 Justificativa
A relevância acadêmica do trabalho deve-se a escassa publicação na literatura da
problemática da evasão no ensino profissional e do principal método aplicado. Além disso,
não foram encontradas publicações que abordassem a evasão escolar de forma a gerar ações
pontuais, tampouco utilizando uma abordagem da Pesquisa Operacional Soft.
1.4 Classificação da Pesquisa
Do ponto de vista da sua natureza: Trata-se de uma pesquisa aplicada, que tem
como objetivo, gerar conhecimento para aplicação prática dirigida à solução de um
problema específico.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema: Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, que considera uma relação entre o mundo real e a subjetividade do
indivíduo.
Do ponto de vista dos objetivos: Trata-se de uma pesquisa exploratória, envolvendo
levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas relacionadas ao problema
pesquisado e análises de exemplos que tornem possível a compreensão.
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos: Envolve uma pesquisa bibliográfica
e um estudo de caso.
17
1.5 Estrutura do trabalho
O trabalho está organizado em seis capítulos estruturados da seguinte forma:
Nesse capítulo 1 têm-se a introdução do trabalho, os objetivos, a justificativa do
estudo e a classificação da pesquisa.
O capítulo 2 objetiva contextualizar a problemática da evasão escolar e sua
complexidade, apresentando os principais fatores que levam o aluno a evadir identificados em
estudos já realizados. O capítulo discorre também sobre o problema na educação profissional
e no SENAI.
O capítulo 3 trata da fundamentação teórica acerca dos métodos de estruturação de
problemas utilizados, o SSM Reconfigurado e SODA. Também faz uma breve introdução ao
conceito de Multimetodologia.
O capítulo 4 apresenta a multimetodologia proposta, ou seja, a associação do SSM
Reconfigurado com o SODA para identificar e gerar ações que reduzam a evasão escolar.
O capítulo 5 apresenta a aplicação da multimetodologia proposta na problemática da
evasão de cursos técnicos no SENAI Três Lagoas e os resultados obtidos.
O capítulo 6 traz as considerações finais do trabalho e algumas recomendações para
trabalhos futuros.
18
2 EVASÃO ESCOLAR
A evasão escolar é um assunto tratado por várias esferas da educação e é uma
problemática constante nas instituições de ensino. A não conclusão dos estudos pelo aluno
implica em perdas de ordem econômica, de tempo e social para todos do processo de ensino,
inclusive a sociedade.
A diversidade de fatores que culminam na evasão escolar torna o problema complexo
até mesmo na definição do termo. Embora haja um consenso de que evasão refere-se ao
abandono do curso, Polydoro (1995, 2000) destaca a ambiguidade das definições encontradas
na literatura, ora tratadas como a saída voluntária do aluno, ora incluindo a reprovação ou até
mesmo a expulsão em função do não cumprimento de alguma norma da instituição. Bueno
(1993) distingue evasão de exclusão, definindo a primeira como “uma postura ativa do aluno
que decide desligar-se”, já a exclusão implica uma responsabilidade da escola e das políticas
públicas. Ristoff (1995) também apresenta outra distinção: a mobilidade, que corresponde à
migração do aluno para outro curso.
Há ainda os tipos de evasão que distinguem a saída definitiva ou interrupção
temporária, seja do curso, da instituição ou do sistema educacional. Em 1997, o Ministério da
Educação (MEC) publicou um estudo realizado pela Comissão Especial de Estudos sobre
Evasão, onde reúne dados sobre o desempenho de 61 Instituições de Ensino Superior Públicas
(IESP), apresentando índices de diplomação, retenção e evasão dos estudantes. No estudo são
definidos três tipos de evasão:
Evasão de curso: que é a saída definitiva do curso sem concluí-lo, seja por abandono,
desistência (oficial), transferência ou exclusão.
Evasão da instituição: que é a saída da instituição de ensino.
Evasão do sistema: que é o abandono da categoria de ensino (educação básica,
profissional e tecnológica, e superior), podendo ser de forma definitiva ou temporária.
Silva Filho (2007) ainda apresenta uma classificação da evasão quanto ao método
utilizado para o cálculo, definindo evasão anual como aquela obtida pela diferença entre o
número de alunos matriculados de um ano para o outro, e evasão total aquela que compara o
número de alunos matriculados com o número de concluintes daquela turma.
19
Neste estudo será abordada apenas a evasão de curso, conforme definido pelo MEC
(1997), excluindo deste o aluno transferido. O índice de evasão será obtido subtraindo do
número de matriculados, o número de concluintes, retidos e transferidos em cada turma.
Assim como conceituar, definir os fatores que levam à evasão é complexo e diversos
estudos têm sido realizados para identificá-los e compreendê-los. Segundo Rumberger e Lim
(2008) dois fatores influenciam o abandono e a permanência no ensino médio: características
individuais dos estudantes e institucionais, ambos associados à família, escola e comunidade.
Gaioso (2005) faz uma reflexão sobre a evasão no ensino superior e suas causas, a
partir da visão do aluno, apontando problemas como: a imaturidade do aluno, dificuldades
sucessivas, ausência de vínculos afetivos na universidade, casamentos e nascimento de filhos
não planejados.
Outro estudo realizado na Universidade Federal Fluminense, Macedo (2012), analisa a
evasão nos cursos de matemática, química e física. O estudo aponta como principal fator a
dificuldade em conciliar trabalho e estudo, retratando a dificuldade financeira do aluno,
muitas vezes provedor da família. Margiotta et al. (2014) ao analisarem o fenômeno da
evasão nos países da União Europeia também chama a atenção para a relação entre trabalho e
abandono escolar, nesse caso, indicando a atratividade do mercado do trabalho como uma
concorrente da escola. Muitas vezes a escola apresenta uma grade curricular desvinculada do
mercado de trabalho e dos interesses do aluno, que vê no trabalho um retorno imediato e mais
gratificante.
Já Lobo (2012) destaca que um alto percentual da evasão é decorrente de problemas
acadêmicos, administrativos e de atendimento ao aluno, muitas vezes não manifestado pelo
evadido, para não gerar um conflito com a instituição.
O que se percebe é que não há uma razão única para evasão do aluno, o abandono do
curso geralmente se dá por uma associação de fatores individuais e institucionais. As
dificuldades encontradas nos fatores institucionais podem potencializar ainda mais esta
evasão. Lobo (2012) compara a evasão às doenças silenciosas, que nem sempre apresentam
indicadores de que acontecerão. Pode-se dizer que a evasão:
[ ] é um fenômeno complexo, multifacetado e multicausal, atrelado a fatores
pessoais, sociais e institucionais, que podem resultar na saída provisória do aluno da
20
escola ou na sua saída definitiva do sistema de ensino. (DORE; SALES; CASTRO,
2014, p. 386).
Pesquisar, analisar e detalhar quais os motivos que levam o aluno a evadir do sistema
de ensino ainda é um problema complexo. O resultado das descobertas da evasão poderá levar
a um tratamento singular para reduzir essa abstenção ou tratá-la de uma forma sistémica.
Nota-se que há possibilidade de várias abordagens para se trabalhar a evasão dos cursos.
Porém determinar qual e onde começar esta abordagem demonstra o grau de complexidade de
vários estudos já realizados e que são ainda paradigmas a serem quebrados. A problemática
pode emergir desde as experiências malsucedidas na pré-escola perpassando por outras
nuances até chegar ao talvez mais grave que são os desvios de conduta do aluno.
2.1 Evasão escolar na Educação Profissional
A Educação Profissional é uma modalidade de ensino prevista na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDBEN n° 9.394/96, alterada pela Lei n° 11.741/2008, que a
classifica em níveis:
Básico: que corresponde à educação não formal e de duração variável, que
proporciona aquisição e complementação de conhecimentos em diversas áreas
exigidas pelo mercado de trabalho, independentemente da escolaridade prévia do
aluno.
Técnico: destinado a jovens e adultos que cursam ou tenham concluído o ensino
médio, mas cuja titulação pressupõe a conclusão da educação básica.
Tecnológico: destinado à formação superior, tanto de graduação como de pós-
graduação, de jovens e adultos.
Nos últimos anos a educação profissional teve uma intensa oferta, viabilizada por
políticas e investimentos federais. Tais políticas ampliaram a rede federal de educação
profissional e tecnológica e firmaram parcerias com outras redes de ensino, dentre eles o
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI, o Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial - SENAC, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR, o Serviço
Nacional de Aprendizagem de Transportes - SENAT, o Serviço Social do Comércio - SESC e
o Serviço Social da Indústria – SESI (BRASIL, 2014).
21
A expansão do número de matrículas pode ser observada na Figura 1, que apresenta
dados do ensino técnico de nível médio no período de 2001 a 2013.
FIGURA 1 – Número de matrículas (em milhares) na educação profissional de nível médio
(BRASIL, 2014).
Esta duplicação no número de matrículas teve forte contribuição do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), criado em 2011.
As pesquisas que abordam o tema da evasão na educação profissional, em especial o
ensino técnico de nível médio, ainda são poucas e recentes no Brasil. A escassez de
informações, tanto de referencial teórico quanto empírico, representa um desafio para a
pesquisa no assunto (DORE; LÛSCHER; BONFIM, 2008). Os estudos que tratam da evasão
no ensino superior são os que têm norteado as ações para o ensino técnico, por melhor
assemelhar-se ao perfil estudantil.
Dore e Lüscher (2011), em estudo conduzido no Estado de Minas Gerais,
identificaram variáveis individuais, institucionais e sociais relacionadas à evasão de
estudantes na educação profissional técnica de nível médio. Há a afirmativa de que a decisão
do estudante em abster-se inclui as motivações individuais, a esfera de competência e atuação
da instituição como as práticas pedagógicas, a programação das disciplinas, os programas de
estágio e de outras práticas profissionais, os processos de avaliação, a formação docente, entre
645,4 668,6 647,7 676,1 747,9
806,5 789,9
942,9
1056,5
1178,5
1292,9 1398,2
1482,3
315,3 312,5 284,6 283,4 320,5 381,9
399,1 491,2
552,9 629,9
707,4 761,7 785,1
330,2 356,1 363,1 392,7 427,4 424,6
390,8 451,7
503,6 548,7 585,5
636,5 697,2
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Total Pública Privada
22
outros aspectos. A Tabela 1 apresenta os motivos identificados pelo estudo e seu percentual
de ocorrência.
TABELA 1 - Evasão no Programa de Educação Profissional - Minas Gerais 2008
Fonte: Dore e Lüscher (2011)
Outro estudo realizado no Estado de Minas Gerais, por Costa Jr (2010) mostrou e
analisou as principais causas da evasão e o perfil dos evadidos de cursos técnicos gratuitos do
SENAC de Sete Lagoas, entre os anos de 2008 a 2010. Os motivos identificados pelo autor
são semelhantes ao do estudo de Dore e Lüscher (2011) e podem ser observados na Tabela 2.
A necessidade de trabalhar e a dificuldade de conciliar emprego e estudos são
pontuadas nos dois trabalhos como as principais causas da alta evasão da modalidade, porém
ainda torna-se necessária uma análise mais profunda desta situação.
Basso (2014) investigou os motivos da permanência do aluno nos cursos técnicos do
PRONATEC do SENAI de Santa Catarina. O estudo aponta como principais fatores a
qualidade do curso, apoio da família, a relação com professores e colegas, e a motivação e
interesse pessoal. A autora chama a atenção para o fato da gratuidade do curso não ser
determinante na escolha profissional e sugere o investimento em trabalhos de orientação
profissional.
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 Gravidez
11
12
Motivo
Emprego
Desistente/Sem justificativa
Horário incompatível
Estudos
7,40
4,23
3,01
2,95
Mudança de município
Saúde
Transporte
Ingresso no curso superior
%
36,56
20,91
9,15
8,91
1,85
1,85
1,75
1,43Filhos
Achou muito difícil
Não se identificou com o curso
23
TABELA 2 - Evasão no SENAC de Sete Lagoas - Período 2008 a 2010
Fonte: Costa Jr (2010).
Nos estudos até então apresentados, nenhum teve como foco a proposta de ações para
mitigar o problema, as ações foram apenas sugeridas mediante os resultados obtidos das
pesquisas com alunos e evadidos. Um estudo com esse foco foi realizado por Trogiani et al.
(2012), que propõem um plano de ação para o PRONATEC na cidade de Osasco, mas para
cursos de qualificação profissional.
Em uma coletânea contendo artigos nacionais e internacionais relacionados à educação
profissional, LaPlante (2014) apresenta as principais estratégias utilizadas para conter a
evasão do ensino médio nos Estados Unidos, tais como a renovação constante dos programas
direcionados à permanência do aluno, colaboração entre escola e comunidade, ambientes de
estudos seguros, envolvimento da família, investimento na educação infantil, programas de
tutoria, oportunidade de realizar serviços comunitários, atividades extraescolares, capacitação
dos professores, dentre outras.
Nº N º Alunos %
1 68 45,3
2 19 12,7
3 16 10,7
4 12 8,0
5 11 7,3
6 6 4,0
7 4 2,7
8 4 2,7
9 2 1,3
10 2 1,3
11 1 0,7
12 1 0,7
13 1 0,7
14 1 0,7
15 1 0,7
16 1 0,7
Total 150 100
Horário incompatível com outras atividades pessoais
Dificuldade de aprendizado
Cursar ensino médio concomitantemente ao curso
Reprovação em módulo anterior dificultando continuidade
Realização de cursos de idiomas de forma concomitante ao
curso
Realização de outro curso técnico de forma concomitante ao
do SENAC
Custo de transporte para chegar à escola
Dificuldade de transporte para chegar à escola
Sem ter com quem deixar os filhos
Gravidez
Ingresso em Pré Vestibular
Dificuldade em se conciliar trabalho e estudo
Mudança de domicílio impedindo continuidade dos estudos
Realização de curso superior concomitantemente ao curso
Problema relacionado à saúde pessoal ou familiar
Falta de identificação com o curso ou área
Causas da Evasão
24
Buscar identificar as causas é importante, mas propor ações e como executá-las é
primordial para que se avance no estudo da evasão no Brasil. É necessário que se dê este
passo adiante, para que o país possa agir e criar estratégias, assim como as apresentadas por
LaPlante.
2.2 Evasão escolar no SENAI
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) foi criado em 22 de janeiro
de 1942 pelo Decreto-Lei 4.048, com o objetivo de promover a qualificação profissional de
trabalhadores para indústria nacional. Caracteriza-se como pessoa jurídica de direito privado,
sem fins lucrativos, vinculada ao sistema sindical (CNI, 2014).
A instituição tem regime de unidade normativa e de descentralização executiva, sendo
formada por um Departamento Nacional e 27 Departamentos Regionais, instalados nos 26
Estados e no Distrito Federal. Integra o Sistema Indústria, formado pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Federações das Indústrias dos Estados, Serviço Social da
Indústria (SESI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Desde sua criação, o SENAI já qualificou mais de 55 milhões de profissionais, em 28
áreas industriais, nas suas 809 unidades operacionais móveis e fixas espalhadas em todos os
estados brasileiros e distrito federal (CNI, 2014).
Em 2013, a CNI lançou o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, onde propõe uma
agenda para a competitividade com sustentabilidade, apontando o caminho que a indústria e o
Brasil precisam percorrer para alcançá-la. O Mapa identifica dez fatores chave para a
competitividade brasileira, como pode ser vista na Figura 2.
25
FIGURA 2 – Mapa Estratégico da Indústria 2013 – 2022 (CNI, 2013).
Dos fatores chave identificados no Mapa Estratégico, três deles passaram a ser focos
estratégicos em comum ao SENAI, SESI e IEL: educação, tecnologia e inovação e qualidade
de vida. A fim de garantir maior sinergia e eficácia às ações, um quarto foco foi acrescido: o
desempenho do sistema (CNI, 2015). O Quadro 3 apresenta os objetivos dos quatro focos
estratégicos do Sistema Indústria.
26
QUADRO 3 - Focos estratégicos do Sistema Indústria
Fonte: CNI (2015).
O foco Educação tem como direcionador a ampliação do atendimento à indústria por
demanda de mão de obra qualificada, sendo o desafio o de duplicar o número de matrículas na
educação profissional, priorizando o ensino técnico e a qualificação profissional, mantendo a
qualidade e reduzindo o custo operacional (CNI, 2015). Ante esse desafio, surge uma
preocupação: o de reter o aluno nos cursos.
A CNI não divulga dados de evasão escolar em seus relatórios anuais, assunto que
merece atenção, uma vez que o abandono do curso pelo aluno implica em aumento do custo
operacional e redução da disposição de mão de obra qualificada no mercado de trabalho. Não
basta aumentar o número de matrículas, mas é preciso garantir que o aluno conclua o curso.
O presente trabalho vem ao encontro deste novo desafio, propondo um método que
permita cada unidade operacional do SENAI identificar e gerar ações, na tentativa de reduzir
ou manter as taxas de evasão. A multimetodologia proposta será apresentada no capítulo 4 e
tem como base dois métodos de estruturação de problemas da Pesquisa Operacional Soft, o
Desempenho do Sistema
Qualidade de vida
Tecnologia e Inovação
Educação
Focos Estratégicos Objetivos
Consolidar SESI, SENAI e IEL como
referências em educação para o mundo
do trabalho e para a indústria, com
atuação em grande escala e/ou
impacto.
Contribuir fortemente para ampliar a
capacidade de inovação e acelerar a
modernização tecnológica da indústria.
Reduzir os afastamentos provocados
por acidentes e doenças por meio da
melhoria da qualidade de vida do
trabalhador.
Atuar com qualidade, velocidade,
eficiência e poder de impacto
compatíveis com os desafios da
indústria.
27
Soft Systems Methodology Reconfigurado (Georgiou, 2012; 2015) e Strategic Options
Development and Analysis (Eden, 1989), ambos apresentados no próximo capítulo.
28
3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A Pesquisa Operacional (PO), segundo Georgiou (2012) tem atuado principalmente
em três frentes de estudo:
Pesquisa Operacional tradicional ou PO hard: que busca a solução ótima de um
problema utilizando técnicas e modelos matemáticos.
Pesquisa Operacional alternativa ou PO soft: visa à estruturação de problemas
complexos, onde há aspectos subjetivos envolvidos, realizando assim uma análise
qualitativa da situação problemática.
Multimetodologia: que é a combinação de métodos, seja do PO hard e/ou PO soft.
Neste capítulo serão apresentadas as abordagens da PO soft utilizados no trabalho: Soft
Systems Methodology (SSM) e Strategic Options Development and Analysis (SODA), e por
último uma breve introdução à Multimetodologia.
3.1 Estruturação de Problemas
Os métodos de estruturação de problemas ou Problem Structuring Methods (PSMs)
são abordagens da PO soft aplicáveis em situações onde existem diversos atores, com
diferentes perspectivas, conflitos de interesse, incertezas e características não quantificáveis
(MINGERS; ROSENHEAD, 2004).
O uso dos PSMs tem como objetivo minimizar as incertezas, os conflitos e as
complexidades das situações, tratando da formulação do problema e da identificação dos
objetivos. Georgiou (2011) define o processo de estruturação de problemas como uma
sequência de cinco passos, a ser realizado em conjunto com os stakeholders, conforme
representado na Figura 3.
29
FIGURA 3 - Processo de Estruturação de Problemas (GEORGIOU, 2011 apud CURO, 2011).
Os PSMs mais utilizados são o SSM, SODA e Strategic Choice Approach (SCA)
(MINGERS; ROSENHEAD, 2004), porém existem outros como Drama Theory e Robustness
Analysis. O método a ser utilizado depende do problema a ser estudado, uma vez que cada um
possui características particulares que se adequam melhor a cada problema. Os dois primeiros,
utilizados na proposta deste trabalho, serão detalhados nas próximas seções.
3.2 Soft Systems Methodology – SSM
Soft Systems Methodology (SSM) é um método baseado em propostas de várias visões,
que envolvem diversos fatores, dentre eles colaboradores e stakeholders com objetivos ou
percepções diferentes do mundo real. Essas visões são estruturadas como modelos conceituais
de modo a serem comparadas com a situação problema real e são buscados meios ou ações de
melhoria. Foi desenvolvido em 1969 por Peter Checkland e colegas da Universidade de
Lancaster, na Inglaterra (CHECKLAND, 2000).
Checkland (1981) mostra estudos baseados nos fundamentos da pesquisa e do Hard
Systems Thinking que mais tarde levaria ao desenvolvimento do SSM. O objetivo desses
estudos era o desenvolvimento de uma metodologia para aplicação em situações do mundo
real, utilizando os conceitos da Teoria dos Sistemas (MARTINELLI; VENTURA, 2006). A
experiência desses estudos levou ao desenvolvimento do SSM como sendo um processo
composto por sete estágios. A Figura 4 mostra a inicial configuração do ciclo do SSM
proposta por Checkland (1981):
1. Coleta de informações sobre
a situação
2. Desenvolvimento do modelo da
situação problemática
3. Verificação do modelo: a situação
problemática deve estar exatamente refletida
4. Definição do problema como
surgiu do modelo
5. Decisões para a ação
Ciclo iterativo por decisões que geram novos problemas ou oportunidades que requerem estruturação
Retroalimentação Retroalimentação Retroalimentação
30
FIGURA 4 - Modelo de sete estágios do SSM, adaptado de Checkland (1981).
Checkland realizou diversas modificações, com base em experiências e conhecimentos
adquiridos com as aplicações, publicadas em seus quatro livros que podem ser consultados
para maiores detalhes do método:
Systems Thinking, Systems Practice (CHECKLAND, 1981)
Soft Systems Methodology in Action (SSMA) (CHECKLAND; SCHOLES, 1990)
Information, Systems and Information Systems (CHECKLAND; HOLWELL, 1998)
Learning for Action (CHECKLAND; POULTER, 2006)
3.2.1 Soft Systems Methodology Reconfigurado
Para alguns profissionais da área, o método proposto por Checkland apresentava
algumas limitações ou não era adequadamente explícita, como a pesquisa sobre os cenários de
sistemas de atividades humanas (SALNER, 2000) e a falta de interconexões entre as etapas
gerando erros no entendimento do método (HOLWELL, 2000).
Georgiou (2006, 2008), reconfigurou o SSM de Checkland (1981), propondo seu
desenvolvimento em três fases e tornando a sua compreensão e aplicação mais fácil. As fases
foram identificadas como: Fase 1 – Produção do Conhecimento, Fase 2 – Definição do
Problema e Fase 3 – Planejamento Sistêmico, como pode ser observado na Figura 5.
Mundo Real
Mundo Sistêmico
1. Situação problema não estruturada
2. Situação problema expressada
3. Definições raiz de sistemas relevantes
4. Modelos conceituais
5. Comparação de (4) com (2)
7. Ações para melhorar a situação problema
6. Mudanças desejáveis e viáveis
31
FIGURA 5 - Fases da Reconfiguração do SSM, traduzido de Georgiou (2006 apud Curo,
2011).
Em 2012, Georgiou apresentou uma nova configuração das fases do SSM
Reconfigurado, o qual chamou de “Mecanismo interno do SSM”. Nesta nova configuração, as
três fases passaram a ser identificadas como: 1 – Registrar uma compreensão da situação
problemática, 2 – Identificar as mudanças necessárias e 3 – Delinear e debater modelos para
operacionalizar as transformações, conforme representando na Figura 6 e descrito a seguir
(GEORGIOU, 2012, 2015).
Objetivo Portfólio
Atores Análise 1
Dinâmicas Socioculturais Análise 2
Dinâmicas de poder Análise 3
Planejamento de
sistemas individuais
Sistemas de
Atividade Humana
Individuais
Planejamento de
sistemas integradosSupersistema
FerramentaFoco
Critérios de
controle
Efetividade,
eficiência,
eficácia,
ética e
elegância
Portfólio do
planejamento
Portfólio do
problema
Portfólio de
conhecimento
Contextualização das transformações
Declarações do planejamento
Regras de transformação SSM
CATWOE
Definição Raiz
Figura Rica
Fase
1
2
3
Modelo de Tomada de Decisões Soft Systems Methodology
Produção de
Conhecimento
Definição do
Problema
Planejamento
Sistêmico
Análise
Diagramática
Transformações
32
FIGURA 6 - Mecanismo interno do SSM, adaptado de Georgiou (2012, 2015).
1 – Fase 1: Registrar uma compreensão da situação problemática
Todas as informações relevantes à situação problemática, como aspectos sociais,
culturais e políticos são identificadas nesta fase a partir da geração da Figura Rica (Rich
Picture) e das Análises 1, 2 e 3, que correspondem à:
Análise 1: Identificação dos envolvidos na situação problemática
Análise 2: Identificação do contexto sociocultural da situação problemática.
Análise 3: Identificação das dinâmicas de poder de cada envolvido na Análise 1.
A Figura Rica é um desenho de forma livre, onde os envolvidos descrevem a situação
problemática sem ter de usar palavras. Quando bem elaborada ela auxilia nas Análises 1, 2 e 3
e na identificação das transformações (GEORGIOU, 2015).
Na Análise 1 identifica-se todos os envolvidos na situação, aqui chamados de agentes,
que podem ser pessoas físicas e entidades abstratas. Para identificação dos agentes pergunta-
se “Quem” e “O que” está envolvido, a resposta fornece as pessoas físicas e entidades
abstratas, respectivamente.
3. Delinear e debater modelos para operacionalizar as transformações
2. Identificar as mudanças necessárias1. Registrar uma compreensão da situação problemática
Figura Rica
Análise 1 e 3 Análise 2
Definição
Raiz
Conjunto de
Transformações
Conjunto de Sistemas de Atividade Humana
C A T W O ESistema de Atividades
Humanas (HAS)
As quatro regras de transformação do
SSM
Os cinco critérios de
controle do SSM (5Es)
33
A Análise 2 identifica as dinâmicas socioculturais, onde os tomadores de decisão
devem atentar-se para as influências social, política, religiosa, cultural e histórica sobre a
situação. Georgiou (2015) sugere realizar esta análise levando em consideração também os
aspectos econômico, ético, estético e ecológico que serão abordados na Fase 3. Os nove
aspectos são representados sob o acrônimo PREACHEES (Quadro 4).
QUADRO 4 - PREACHEES
Fonte: Georgiou (2015).
A Análise 3 descreve as dinâmicas de poder dos agentes identificados na Análise 1.
Curo (2011) sugere as seguintes perguntas para identificar essas dinâmicas de poder:
Quem ou o que tem o poder?
Como é manifestado esse poder?
Qual o tipo de poder? (autocrático, autoritário, hierárquico, controle)
Quem ou o que tem menos ou não tem poder?
Quem ou o que pode influenciar e como?
Quem ou o que tem o poder direto ou indireto?
2 – Fase 2: Identificar as mudanças necessárias
Esta etapa consiste na aplicação do conhecimento para identificar as transformações
necessárias, definindo-se assim o que é essencial. As discussões nesta fase devem ser
incentivadas, garantindo que as transformações sejam não somente sistemicamente desejáveis,
mas culturalmente viáveis.
P
R
E
A
C
H
E
E
S
Ecological (Ecológica)
Social (Social)
Influência
Political (Política)
Religious (Religiosa)
Economic (Econômica)
Aesthetic (Estética)
Cultural (Cultural)
Historical (Histórica)
Ethical (Ética)
34
Na identificação das transformações o SSM estabelece-se quatro regras que devem ser
seguidas:
Regra 1: Considerar somente uma entrada e uma saída
Regra 2: A entrada tem de estar presente na saída, porém transformada
Regra 3: Uma entrada intangível ou abstrata tem que gerar uma saída intangível ou
abstrata
Regra 4: Uma entrada tangível ou concreta tem que gerar uma saída tangível ou
concreta.
As entradas devem responder a seguinte pergunta: “Qual é o problema a ser
resolvido?”. Enquanto as saídas respondem à: “Qual seria a solução para este problema?”.
O conjunto de transformações identificadas é que definirá o problema em si.
3 – Fase 3: Delinear e debater modelos para operacionalizar as transformações
Esta fase consiste no planejamento das transformações a serem executadas. Para cada
transformação, elabora-se uma contextualização por meio da mnemotécnica CATWOE, que
representa os termos Customer (cliente), Actor (ator), Transformation (transformação),
Weltanschauung (visão de mundo), Owner (dono) e Environmental restriction (restrição). Em
seguida constrói-se uma Definição Raiz que é uma sentença contendo informações de
planejamento para orientar a transformação. A Tabela 3 apresenta os termos do CATWOE e a
indicação da análise que o determina.
TABELA 3 - CATWOE e suas fontes de informação
Fonte: Traduzido de Georgiou (2006, 2008)
Quais restrições existem ao redor da
transformação?
Termos Informado por
Análises 1 e 3
Análises 1 e 3
Regras de Transformação
Análise 2
Análise 1 e 3
Análise 2
Questões
Quem se beneficiará e perderá com a
transformação?
Quem fará a transformação ou fará
acontecer?
Qual é a transformação?
Qual é a razão ou perspectiva que
justifica fazer a transformação?
Quem pode parar ou mudar a
transformação?
- Cliente(s)
- Ator(es)
- Transformação
- Visão do Mundo
- Dono(s)
- RestriçõesE
Customer(s)
Actor(s)
Transformation
Weltanschauung
Owner(s)
Environmental
restriction(s)
O
Mnemotécnica
C
A
T
W
35
A Definição Raiz, também conhecida como Definição Sucinta, deve ser uma frase
única, iniciada com as palavras “Um sistema que...”, e integrando todos, e somente, os termos
da CATWOE (GEORGIOU, 2015).
Elaborada a CATWOE e a Definição Raiz, identificam-se as atividades necessárias
para realizar cada transformação desejada. Essas atividades são conhecidas no SSM como
Modelo Conceitual ou Sistema de Atividades Humanas (Human Activity Systems - HAS).
Identificadas as atividades, analisam-se as inter-relações existentes entre elas, conectando-as
de forma a indicar dependência e influência. Delimitam-se então as atividades, criando-se um
HAS.
Na sequência, identificam-se critérios de controle para assegurar que as atividades
culminarão no resultado esperado. Tais critérios devem atender os cinco critérios de controle
do SSM, conhecidos como “5 Es”, já sugeridos pelo acrônimo PREACHEES. A Tabela 4
mostra esses critérios, a questão envolvida e o foco de cada um.
TABELA 4 - Critérios de controle do SSM
Fonte: Traduzido de Georgiou (2006, 2008).
Os HASs são conectados para formar o que é denominado de Supersistema. E em
alguns casos, pode ocorrer a presença de atividade comum em mais de um HAS, devendo
unir-se as atividades, conforme exemplificado na Figura 7.
Critério Questão Foco
Eficácia Como saberemos se os meios estão funcionando? Processos e suas sáidas
Eficiência Como vamos medir o uso mínimo de recursos? Uso de recursos
Efetividade
Como saberemos se a transformação contribui para
a concretização dos objetivos e expectativas dos
donos?
Estratégia
ÉticaComo vamos defender a transformação como sendo
algo moral a fazer?
Responsabilidade social,
moral e ecológica
ElegânciaComo saberemos se a transformação está sendo
feita de maneira esteticamente em sintonia?Sensibilidade sóciocultural
36
FIGURA 7 - Supersistema composto por dois HASs com atividade em comum, adaptado de
Georgiou (2006, 2008).
A Figura 7 representa os HASs de duas transformações qualquer, denominadas T1 e
T2, com a atividade 3 em comum, que passam a compor o Supersistema ligados por tal
atividade.
Após a composição do Supersistema, deve-se também identificar os critérios de
controle para o mesmo, obtendo-se o planejamento sistêmico composto pelos HASs de cada
transformação.
Para maior conhecimento do SSM Reconfigurado recomenda-se consultar Georgiou
(2006, 2008, 2015).
3.3 Strategic Options Development and Analysis – SODA
A Strategic Options Development and Analysis - SODA é um método de estruturação
de problemas desenvolvida para auxiliar consultores, ou facilitadores, a ajudar seus clientes
com problemas complexos, tendo como principal ferramenta os Mapas Cognitivos. Foi
desenvolvida por Eden (1988) com base na Teoria dos Construtos Pessoais de Kelly (1963).
O processo de desenvolvimento do método SODA consiste em quatro etapas:
1
2
3
5
6
4
7
8
9Monitorar
Monitorar
Critério
Critério
Ação
Ação
T1 T2
3
1
2
5
6
4
7
8
9Monitorar
Monitorar
Critério
Critério
Ação
Ação
T1 T2
3
MonitorarCritério Ação
37
Construção dos mapas cognitivos individuais
Agregação dos mapas cognitivos individuais
Congregação do mapa cognitivo
Análise do mapa cognitivo congregado.
Construção dos mapas cognitivos individuais
Após análise de documentos que estabelecem uma fundamentação teórica e
situacional, o facilitador entrevista individualmente cada decisor, como sugerem Eden e
Ackermann (2004). O facilitador deve conduzir a entrevista de forma a capturar os conceitos
ou construtos que o decisor considera relevantes sobre o problema, instigando-o a falar sobre
seus objetivos, metas e valores.
Os construtos no mapa SODA precisam ser bipolares, ou seja, ter um conceito oposto,
ou polo oposto que é separado por reticências. O polo oposto traz informações capazes de
eliminar ambiguidades e esclarecer o contexto analisado (GEORGIOU, 2010).
Os construtos bipolares são conectados, por setas direcionadas, indicando uma
causalidade. A ligação dos construtos deve responder a pergunta “Como este construto pode
ser alcançado?” que o direciona para a base do mapa. No sentido inverso pergunta-se “Por
que este construto é importante?”, direcionando-o ao topo do mapa.
As setas podem ter sinal negativo, indicando o vínculo do primeiro polo de um
construto com o polo oposto do outro construto. Quando não o tem, procede-se a leitura
apenas dos polos positivos dos construtos (GEORGIOU, 2010).
O mapa individual gerado deve ser validado pelo decisor, que verifica se os construtos
e suas ligações correspondem às suas ideias.
Agregação dos mapas cognitivos individuais
Os mapas individuais obtidos são agrupados pelo facilitador, em um único mapa. Os
construtos iguais ou semelhantes são analisados, mantendo-se apenas um que melhor
represente a ideia dos decisores.
Com a agregação dos mapas individuais, o facilitador reúne-se com todos os decisores
a fim de validar o mapa cognitivo agregado.
38
Congregação do mapa cognitivo
Em reunião com os decisores, o facilitador apresenta o mapa cognitivo agregado,
explicando os construtos e suas ligações. Os decisores analisam o mapa, podendo sugerir
novos construtos ou a eliminação de alguns. Por fim, estando todos de acordo, o mapa é
validado, obtendo-se assim o mapa cognitivo congregado.
Análise do mapa cognitivo congregado
A análise do mapa inicia-se pela classificação dos construtos em 7 categorias: cauda
(tail), cabeça (head), opção estratégica (strategic option), implosão (implosion), explosão
(explosion), dominante (dominant) e loop.
Cauda: é o construto no qual não entram setas, ou seja, não há construtos direcionados a eles.
Indica causa ou solução primária da situação problema e situa-se na base do mapa.
Cabeça: é o construto que não possui setas partindo dele, ou seja, ele não se direciona a
nenhum construto. Expressa objetivo, resultado ou consequência da situação problema e situa-
se no topo do mapa.
Opção estratégica: é a ação ou opção que levará ao resultado expresso pelo construto cabeça.
Implosão: é o construto que apresenta um número significativo de construtos direcionados a
ele. A quantidade de construtos que entram nele é chamada de Grau de Implosão ou
Implosion Grade (IG). Uma implosão é um construto que sofre maior efeito de outros
construtos, sendo um ponto de convergência que requer atenção (GEORGIOU, 2010).
Explosão: é o construto que apresenta um grande número de setas direcionadas a outros
construtos. A quantidade de setas que partem dele é chamada de Grau de Explosão ou
Explosion Grade (EG). Uma explosão é um construto que afeta muitos outros construtos.
Dominante: é uma combinação dos construtos implosão e explosão, ou seja, são aqueles que
apresentam maior número de construtos entrando e saindo deles. A soma do EG e IG fornece
o Grau de Domínio ou Domain Grade (DG), que para os dominantes deverá ser o maior
número encontrado. Os dominantes são os construtos mais relevantes que devem ser tratados
para alcançar as cabeças.
39
Loop: ocorre quando um construto A afeta e é afetado por um construto B, criando um laço de
realimentação.
A Figura 8 exemplifica de forma abstrata um mapa SODA com os principais tipos de
construtos: cauda, cabeça, implosão, explosão e dominante.
FIGURA 8 - Representação abstrata do Mapa SODA com os principais tipos de construtos
Para facilitar a análise do mapa, Mazzilli (1994) sugere construir uma matriz quadrada
(n x n), onde n representa o número de construtos do mapa. Na matriz identifica-se a relação
dos construtos com a seguinte simbologia: 0 (zero) quando não há relação, 1 (um) quando há
relacionamento positivo e -1 (menos 1) quando há relacionamento negativo. A soma dos
valores absolutos de uma linha corresponderá ao EG, enquanto a soma da coluna
corresponderá ao IG.
Quando o mapa apresenta um número muito grande de construtos, sugere-se também
agrupá-los por assunto. Este conjunto de construtos denomina-se cluster.
Para maiores detalhes e conhecimento do método SODA, sugere-se consultar Manso
(2013).
3.3.1 SODA T
Georgiou (2012) sugere o uso do método SODA em conjunto com o método SSM,
mas de forma diferente da encontrada na literatura, comumente utilizada na fase inicial do
Cabeça
Dominante
Implosão
Explosão
Cauda
40
SSM. Propõe o uso do SODA para gerar transformações, selecioná-las e auxiliar no
planejamento sistêmico, o qual ele denomina de SODA de Transformações ou SODA T.
No SODA T, os construtos do mapa são elaborados de maneira que a entrada e saída
da transformação são os polos do construto bipolar, como pode ser observada na Figura 9 que
apresenta parte de um mapa SODA T.
FIGURA 9 - Construtos de um mapa SODA T
Na Figura 9 pode-se observar que ao realizar a leitura do construto do topo para a
base, os primeiros polos indicam causalidade. Exemplo:
Construto 3 Construto 4: “Falta acompanhamento pedagógico” porque “Falta
disponibilidade de tempo para atividades pedagógicas.
Construto 8 Construto 9: “Falta qualidade nas aulas” porque “Falta capacitação
pedagógica para instrutor”.
Construto 9 Construto 4: “Falta capacitação pedagógica para instrutor” porque
“Falta disponibilidade de tempo para atividades pedagógicas”.
Já a leitura do segundo polo dos construtos, no sentido do topo para a base, indica
como realizar a transformação. Exemplo:
41
Construto 3 Construto 4: Como “Realizar acompanhamento pedagógico”? “Tendo
tempo para atividades pedagógicas”.
Construto 8 Construto 9: Como “Ter aulas com qualidade”? “Capacitando
pedagogicamente o instrutor”.
Construto 9 Construto 4: Como “Capacitar pedagógica o instrutor”? “Tendo tempo
para atividades pedagógicas”.
Para a escolha das transformações a serem trabalhadas, Georgiou (2012) sugere uma
análise do mapa por meio de oito perguntas, listadas no Quadro 5. As perguntas têm como
respostas a classificação dos construtos sugerido pela análise do mapa congregado do SODA
descrito anteriormente, neste capítulo.
QUADRO 5 - Análise para seleção das transformações
Fonte: Adaptado de Georgiou (2012).
3.4 Multimetodologia
Em algumas situações o uso de um único método pode não ser suficiente, devido à
complexidade do problema, podendo ocorrer perda de informações relevantes. A
1 - Que transformações agem como causas principais para a situação
problemática?
2 - Que transformações dependem de outros para a sua própria
resolução final?
3 - Que transformações são afetadas por um número relativamente
grande de outra transformações?
4 - Que transformações afetam um número relativamente grande de
transformações?
5 - Que transformações são fundamentais para a situação
problemática?
6 - Que transformações podem pertencer a subgrupos que podem
inicialmente ser abordados de forma independente de outras
transformações?
7 - Que transformações podem pertencer a subgrupos que podem
inicialmente ser retiradas enquanto outras transformações estão a ser
combatidas?
8 - Pode haver evidências de efeitos parciais, efeitos totais,
indeterminação, indistinção e do poder nas relações entre as
transformações?
Identificação de dominantes
Agregação de transformações
Agregação de transformações
Análises avançadas
Questão Análise
Identificação de caudas
Identificação de cabeças
Identificação de implosões
Identificação de explosões
42
multimetodologia torna-se necessária, com cada método contribuindo em uma etapa da
abordagem do problema.
A multimetodologia consiste no uso de mais de um método, ou parte dele, dentro de
uma única intervenção (MINGERS; BROCKLESBY, 1997).
Suas combinações são possíveis de diferentes modos: métodos hard com hard, soft
com soft e soft com hard. Mingers e Rosenhead (2004) ainda especificam tipos de aplicação
da multimetodologia:
Combinação: quando dois ou mais métodos são aplicados de forma completa.
Reforço: quando um método principal é reforçado pela aplicação de outro ou mais
métodos.
Monoparadigmática: quando dois ou mais métodos são aplicados parcialmente e
pertencem ao mesmo paradigma (hard com hard ou soft com soft).
Multiparadigmática: quando dois ou mais métodos são aplicados parcialmente e
pertencem à paradigmas diferentes (soft com hard).
A multimetodologia pode também ser aplicada em série, quando os métodos são
usados em sequência; ou paralela, quando os métodos são usados ao mesmo tempo, como
exemplificado na Figura 10. Na maioria dos casos a aplicação se dá em série, iniciando com
um método soft, seguido de um método hard (POLLACK, 2009).
43
FIGURA 10 - Multimetodologia em série e em paralelo, adaptado de Miles (1988 apud
POLLACK, 2009).
No capítulo seguinte, será apresentada a multimetodologia proposta, que consiste na
aplicação em série dos dois métodos da PO soft descritos anteriormente.
Em série
Em paralelo
Método HardMétodo Soft
44
4 MULTIMETODOLOGIA PROPOSTA
Neste capítulo será proposta uma multimetodologia, utilizando o SSM Reconfigurado
com inserção de algumas etapas e do método SODA na segunda fase, para geração e seleção
das transformações, conforme descrito por Georgiou (2012)
Para o desenvolvimento da multimetodologia proposta, foram consultados os trabalhos
de Curo (2011) e Barros (2012), que apresentam uma aplicação do SSM Reconfigurado. A
multimetodologia proposta possui três fases, compostas por um total de dezessete etapas,
como apresentadas na Figura 11 e descritas a seguir.
FIGURA 11 - Multimetodologia Proposta
4.1 Fase 1: Registrar uma compreensão da situação problemática
A primeira fase do SSM Reconfigurado consiste na coleta de dados e entendimento da
situação problemática. Nesta multimetodologia proposta, ela será organizada em cinco etapas:
Levantamento de informações, Figura Rica, Análise 1, Análise 2 e Análise 3.
No levantamento de informações deve-se coletar dados e informações a respeito da
situação problemática, seja por documentos ou entrevistas. Inicialmente é necessário realizar
uma caracterização da organização, como área de atuação, números de funcionários,
produção, organograma, data da fundação, ou seja, toda e qualquer informação que facilite a
3. Delinear e debater modelos para operacionalizar as transformações
2. Identificar as mudanças necessárias1. Registrar uma compreensão da situação problemática
Etapa 2: Figura Rica
Etapa 4: Análise 2
Etapa 5: Análise 3
Etapa 13: Definição
Raiz
Etapa 15: Supersistema
C A T W O E Etapa 14: Sistema de Atividades Humanas
(HAS)
As quatro regras de transformação do
SSM
Os cinco critérios de controle do SSM
(5Es)
Etapa 1:Levantamento
de informações
Etapa 3: Análise 1
Etapa 6: Seleção dos Atores
Etapa 7: Elaboraçãodos Mapas individuais
Etapa 8: Elaboração do Mapa agregado
Etapa 9: Elaboraçãodo Mapa congregado
Etapa 10: Análise do Mapa Congregado
Etapa 11: Seleçãodas
Transformações
Etapa 12
Etapa 17: Plano de
Ação
Etapa 16: Verificação das
atividades
45
compreensão do funcionamento e da cultura da organização. Assim, conhecendo o processo
em que está envolvida a situação problemática, realiza-se a seleção e entrevista de pessoas
que possam contribuir para o entendimento da situação. Para a seleção dos entrevistados
deve-se tomar o cuidado de incluir todas as categorias ou níveis hierárquicos, garantindo a
representatividade de todos. Para o caso de ter mais de uma pessoa na categoria, a escolha
deve ser aleatória, evitando que ocorra uma indução do resultado.
Após o levantamento de informações, as etapas seguintes (Etapas 2, 3, 4 e 5) serão
desenvolvidas conforme já descrito no capítulo anterior, na seção 3.2 referente ao SSM
Reconfigurado. A Figura 12 apresenta a configuração da Fase 1 proposta.
FIGURA 12 - Fase 1 da Multimetodologia proposta.
4.2 Fase 2: Identificar as mudanças necessárias
Esta fase do SSM Reconfigurado consiste na aplicação do conhecimento gerado na
fase anterior para identificar as transformações e, por conseguinte, o problema.
Para gerar e auxiliar na seleção das transformações será utilizado o método SODA, na
versão proposta por Georgiou (2012), ou seja, SODA T, conforme descrito no capítulo 3.
Assim sendo, a segunda fase da multimetodologia será composta por seis etapas:
seleção dos atores, elaboração dos mapas individuais, elaboração do mapa agregado,
elaboração do mapa congregado, análise do mapa congregado e seleção das transformações.
A Figura 13 apresenta a configuração da Fase 2 proposta.
1. Registrar uma compreensão da situação problemática
Etapa 2: Figura Rica
Etapa 4: Análise 2
Etapa 5: Análise 3
Etapa 1:Levantamento
de informações
Etapa 3: Análise 1
46
FIGURA 13 - Fase 2 da Multimetodologia proposta.
Para dar início a esta fase, os atores ou stakeholders devem ser selecionados a partir
dos agentes identificados na Análise 1. Os stakeholders são agentes que possuem poder de
decisão sobre a situação problemática. A escolha destes deve ser realizada considerando a
função exercida, o engajamento na situação problemática, poder de influência positiva,
conhecimento da organização e seu funcionamento, ou seja, pessoas que contribuirão para
solucionar a situação problemática.
As etapas 7, 8, 9 e 10 correspondem ao método SODA, que serão aplicadas conforme
descrito no capítulo anterior, na seção referente ao SODA e SODA T.
Por fim, na etapa 11, a seleção das transformações deverá ser realizada por meio da
análise do mapa em conjunto com as oito questões sugeridas por Georgiou (2012) e
atendendo as quatro regras do SSM para a transformação.
4.3 Fase 3: Delinear e debater modelos para operacionalizar as
transformações
A última fase da proposta é o planejamento sistêmico das ações a serem tomadas. Esta
fase consistirá de seis etapas: CATWOE, Definição Raiz, HAS, Supersistema, Verificação das
atividades e Plano de ação. A Figura 14 apresenta a configuração da Fase 3.
2. Identificar as mudanças necessárias
As quatro regras de transformação do
SSM
Etapa 6: Seleção dos Atores
Etapa 7: Elaboraçãodos Mapas individuais
Etapa 8: Elaboração do Mapa agregado
Etapa 9: Elaboraçãodo Mapa congregado
Etapa 10: Análise do Mapa Congregado
Etapa 11: Seleçãodas
Transformações
47
FIGURA 14 - Fase 3 da Multimetodologia proposta.
As quatro primeiras etapas pertencem ao método SSM Reconfigurado e serão
aplicadas conforme já descrito no capítulo anterior. Porém, a elaboração dos HASs e do
Supersistema deve ser auxiliada pelo mapa SODA T, observando os construtos ligados às
transformações selecionadas e a ordem em que ocorrem.
Após a elaboração do Supersistema, as atividades que a compõem devem ser
analisadas se são sistemicamente desejáveis e culturalmente viáveis. Atividades
sistemicamente desejáveis são aquelas consideradas relevantes para a melhoria da situação
problemática e que são operacional e tecnicamente viáveis. E são culturalmente viáveis
quando entendidas como importantes para a cultura dos indivíduos, sem ferir valores ou criar
conflito de interesses (CHECKLAND, 1981).
Na última etapa, um plano de ação deve ser elaborado, de maneira a facilitar o
acompanhamento e execução das atividades consideradas sistemicamente desejáveis e
culturalmente viáveis. Neste trabalho será utilizada a ferramenta 5W2H, que consiste em sete
perguntas a respeito de uma ação, apoiando o seu planejamento e implementação. O nome
5W2H deve-se aos termos em inglês: WHAT, WHY, WHERE, WHEN, WHO, HOW e HOW
MUCH (DAYCHOUW, 2007). As palavras referem-se às seguintes perguntas:
WHAT: O que deve ser realizado?
WHY: Por que deve ser realizado?
WHERE: Onde será realizado?
WHEN: Quando será realizado?
WHO: Quem realizará? Quem será o responsável?
HOW: Como será realizado
HOW MUCH: Quanto custará?
3. Delinear e debater modelos para operacionalizar as transformações
Etapa 13: Definição
Raiz
Etapa 15: Supersistema
C A T W O E Etapa 14: Sistema de Atividades Humanas
(HAS)
Os cinco critérios de controle do SSM
(5Es)Etapa 12
Etapa 17: Plano de
Ação
Etapa 16: Verificação das
atividades
48
No próximo capitulo, será apresentada a aplicação da multimetodologia aqui proposta
e os resultados obtidos em cada etapa.
49
5 APLICAÇÃO DA MULTIMETODOLOGIA
PROPOSTA
O objetivo deste capítulo é apresentar a aplicação da multimetodologia proposta, ou
seja, a aplicação do SSM Reconfigurado com uso do mapa SODA T, conforme apresentado
no capítulo anterior. A aplicação sucedeu na problemática da evasão escolar no ensino técnico
de nível médio, do SENAI Três Lagoas.
5.1 Fase 1: Registrar uma compreensão da situação problemática –
Evasão Escolar
Etapa 1: Levantamento de informações
A unidade operacional do SENAI Três Lagoas está situada no Estado de Mato Grosso
do Sul e foi inaugurada em 19 de setembro de 1997. A unidade tem como principal campo de
atuação a educação profissional, sendo a segunda em números de matrículas no Estado. No
ano de 2014 foram mais de 11.000 (onze mil) matrículas, sendo 2.054 (dois mil e cinquenta e
quatro) somente na modalidade de ensino técnico.
O ingresso do aluno nos cursos ofertados pela unidade ocorre por ordem de
preenchimento das vagas, não havendo um processo seletivo, o que contribui para a formação
de turmas com um perfil social e econômico heterogêneo.
Atualmente a unidade conta com um total de 66 funcionários, destes 44 estão ligados
diretamente ao processo de ensino (36 instrutores, 4 supervisores técnicos, 3 supervisores
pedagógicos, 1 supervisor de educação e tecnologia).
Uma vez identificados os funcionários envolvidos no processo de ensino, estes foram
selecionados e entrevistados. A seleção dos entrevistados da categoria instrutores ocorreu por
meio de amostragem aleatória, uma vez que esta possui um número significativo de
representantes (36 instrutores), sendo selecionados quatro deles. Os demais funcionários,
ligados ao processo de ensino (supervisores técnicos, supervisores pedagógicos e supervisor
de E&T) e gerente, foram todos entrevistados. Com as entrevistas dos funcionários buscou-se
identificar o grau de conhecimento, envolvimento e preocupação de cada um com a
problemática da evasão.
50
Nesta fase, foram coletados dados da evasão escolar dos cursos técnicos concluídos no
ano de 2013 e 2014, que totalizaram 25 turmas com 966 alunos matriculados inicialmente e
237 alunos evadidos ao término. Os dados foram obtidos dos relatórios do Sistema Integrado
de Gestão Escolar (SIGE), software utilizado para gestão escolar pelo SENAI MS.
A Tabela 5 apresenta o percentual de evasão encontrado para os três públicos alvos da
modalidade: Comunidade (aluno arca com os custos do curso), PRONATEC Concomitante
(subsidiado pelo Governo Federal no qual o aluno deve estar cursando o ensino médio) e
PRONATEC Subsequente (subsidiado pelo Governo Federal no qual o aluno já concluiu o
ensino médio).
TABELA 5 - Evasão dos Cursos Técnicos - Ano 2013 e 2014 - Três Lagoas MS
Fonte: elaborada pela autora.
Para a seleção dos alunos evadidos a serem entrevistados, realizou-se uma amostragem
aleatória, na qual os mesmos foram agrupados em três listas de acordo com a modalidade
técnica (Comunidade, PRONATEC Concomitante e PRONATEC Subsequente) e uma
amostra equivalente a 10% do total de cada lista foi selecionada, utilizando-se uma tabela de
números aleatórios elaborada com auxílio do software Microsoft Office Excel (APÊNDICE
A). A Tabela 6 apresenta o tamanho da amostra de cada modalidade.
TABELA 6 - Tamanho da amostra de cada modalidade
Fonte: elaborada pela autora.
PRONATEC Subsequente
Vespertino (%) Noturno (%)
17,0 28,1
- 26,3
Média (%)
22,3
26,3
13,8
23,8
13,8 -
19,7 33,3
Evasão
Geral
Comunidade
PRONATEC Concomitante
4
Comunidade
TOTAL 237 25
PRONATEC Concomitante
PRONATEC Subsequente
Público Alvo Evadidos Amostra
106
97
34
11
10
51
Para obter informações a respeito dos motivos que levaram os alunos a evadirem do
curso, os 25 selecionados foram consultados por telefone. A pesquisa foi realizada com
aplicação de um questionário contendo quatro itens, como se segue:
Por que escolheu o curso no qual matriculou-se?
Quando inscreveu-se, tinha conhecimento do que era o curso (como disciplinas que
seriam cursadas, campo de atuação)?
Qual o motivo da desistência?
Existe um motivo secundário para a desistência? Qual?
O Quadro 6 apresenta o resultado das entrevistas com evadidos.
QUADRO 6 - Pesquisa com evadidos do ensino técnico - Três Lagoas MS
Fonte: elaborado pela autora.
5
Motivo
20
Dificuldade em conciliar horário de trabalho e estudo
(escala)
Não se identificou com o curso
Achou o curso difícil
Aulas eram entediantes
Problemas Financeiros
Ingresso no curso superior
Mercado de trabalho
6015
1
8 32
Trabalho (no horário do curso)
4 16
Mau atendimento de alguns funcionários
Aulas eram entediantes
Achou o curso difícil
NÃO 11 44
3 12
7
Quantidade %
Conhecia o curso previamente
Sim
11 44
8 32
6 24
Escolha do curso
Afinidade com a área tecnológica
Falta de opção
4 16
4 16
2 8
Não 10 40
Existência de Motivo Secundário
SIM 14 56
4
1 4
28
52
Etapa 2: Figura Rica
A partir dos dados obtidos dos evadidos e de informações obtidas dos demais
envolvidos no processo de ensino, a Figura Rica foi gerada (Figura 15), retratando o cenário
atual acerca do assunto pretendido.
Com o auxílio da Figura Rica, a facilitadora em conjunto com o supervisor de
educação e tecnologia, procedeu a Análise 1, 2 e 3.
53
FIGURA 15 – Figura Rica da situação problemática
Alunos com perfil
heterogêneo
Curso A
Curso B
Maior procura por
determinados cursos
Alunos com
problemas diversos:
* Econômico
* Trabalho
* Família
* Aprendizagem
EVASÃO
Gerente preocupado!
Supervisores: “O que
fazer?”
Instrutores:
* Desmotivados
* Sem interesse
pela docência
Autora
Faltam aulas práticas
Funcionários: “Quais os
procedimentos da empresa?”
“Isto não é meu
problema!”
54
Etapa 3: Análise 1- Identificação dos Agentes
Nesta etapa, identificaram-se os envolvidos na situação problemática, pessoas físicas e
entidades abstratas. O Quadro 7 apresenta os agentes identificados.
QUADRO 7 - Agentes identificados no estudo de caso
Fonte: elaborado pela autora.
Etapa 4: Análise 2 - Identificação das Dinâmicas Socioculturais
Para a identificação das dinâmicas socioculturais, ou seja, o contexto da situação
problemática sobre os nove aspectos do acrônimo PREACHEES, proposto por Georgiou
(2012), a facilitadora baseou-se no seu conhecimento da situação e instituição e das
entrevistas realizadas na etapa 1. O Quadro 8 apresenta as dinâmicas socioculturais
identificadas.
Gerente da Unidade Operacional
Supervisor de Educação e Tecnologia
Supervisores Pegagógicos
Supervisores Técnicos
Instrutores
Alunos evadidos dos cursos técnicos
SENAI
Governo
Pessoas Físicas
Entidades
55
QUADRO 8 - Dinâmicas Socioculturais do estudo de caso
Fonte: elaborado pela autora.
Etapa 5: Análise 3 - Identificação das Dinâmicas de Poder
As dinâmicas de poder sobre a situação foram identificadas com base no cargo e
função de cada agente, conforme descrito no Regimento das Unidades Operacionais do
SENAI MS (SENAI DR/MS, 2011). No Quadro 9 estão listados os agentes e o poder de cada
um.
Ausência de metas para a evasão
Governo tem metas quantitativas
Desinteresse do Governo pela evasão na educação profissional
Falta definição de cargos e funções
Falta divulgação de indicadores de produção
Falta interesse em motivar o aluno
Falta planejamento a médio e longo prazo
Desconhecimento do regimento e procedimentos da instituição
Desinteresse do instrutor pelo estudo da docência
Disponibilidade reduzida de recurso humano, físico e financeiro
Falta comprometimento e proatividade do funcionário
Resistência à mudanças
Dinâmicas Socioculturais
56
QUADRO 9 - Dinâmicas de Poder do estudo de caso
Fonte: elaborado pela autora.
Atribuir funções
Promover e difundir indicadores de produção
Estimular o comprometimento e iniciativa
Motivar funcionários
Realizar e cobrar planejamento
Solicitar contratação de funcionário
Liderar a implementação de melhorias no processo
Cobrar um acompanhamento da evasão
Divulgar indicadores de produção
Motivar supervisores pedagógicos, técnicos e instrutores
Solicitar acompanhamento da evasão
Sugerir contratação de funcionário
Sugerir melhorias no processo
Intermediar relação aluno/instrutor
Realizar acompanhamento da evasão
Realizar e cobrar planejamento dos instrutores
Sugerir e executar melhorias no processo
Capacitar pedagogicamente os instrutores
Motivar aluno e instrutor
Realizar e cobrar planejamento do instrutor
Sugerir e executar melhorias no processo
Capacitar técnicamente os instrutores
Motivar aluno
Realizar planejamento
Realizar acompanhamento da frequência
Sugerir e executar melhorias no processo
Capacitar-se
Sugerir melhorias
Estabelecer indicadores de produção
Criar plano de cargos e carreira
Estabelecer metas
Contratar funcionários
Implantar sistema de controle da evasão
Cliente
Organizacional
LegislativoGoverno Cobrar divulgação de dados da evasão escolar
Hierárquico
Acadêmico
Acadêmico
Acadêmico
Realizar e cobrar planejamento da supervisão pedagógica
e técnica
Agente Ações
Gerente da Unidade
Operacional
Supervisor de Educação
e Tecnologia
Supervisores
Pedagógicos
Supervisores Técnicos
Instrutores
Alunos evadidos dos
cursos técnicos
SENAI
Poder
Organizacional e
hierárquico
57
5.2 Fase 2: Identificar as mudanças necessárias para a situação
problemática – Evasão Escolar
Nesta fase, recorreu-se ao mapa SODA T, a fim de gerar e identificar as
transformações necessárias para a situação estudada.
Etapa 6: Seleção dos Atores
Foram selecionados cinco stakeholders (atores) a partir da Análise 1 da fase anterior:
Gerente da Unidade Operacional, Supervisor de Educação e Tecnologia (E&T), Supervisor
Pedagógico, Supervisor Técnico e Instrutor. Os stakeholders foram selecionados
considerando a função exercida, tempo de trabalho e influência positiva sobre os demais.
Etapa 7: Elaboração dos Mapas Cognitivos Individuais
Para a construção dos mapas cognitivos individuais, foram realizadas entrevistas
semiestruturadas individuais com cada stakeholder, a qual foi gravada para que a facilitadora
pudesse construir o mapa posteriormente. Antes da entrevista, foi apresentada ao stakeholder
uma contextualização do estudo, explicando o objetivo da entrevista e o resultado esperado.
As entrevistas foram conduzidas pela facilitadora seguindo o seguinte roteiro:
Quais os motivos que levam o aluno à evadir?
Quais os fatores que contribuem para a evasão
Quais melhorias poderiam ser realizadas para minimizar a evasão?
Como você poderia contribuir para melhorar a situação?
Cada entrevista gerou um mapa cognitivo individual, que foi montado pela facilitadora
com auxílio do software de livre acesso, CMap Tools. Os stakeholders validaram cada qual o
seu mapa, analisando os conceitos, polos opostos e as relações de influência.
As Figuras 16, 17, 18, 19 e 20 correspondem aos mapas cognitivos individuais
obtidos.
58
Fonte: elaborada pela autora.
FIGURA 16 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 1
59
Fonte: elaborada pela autora.
FIGURA 17 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 2
60
Fonte: elaborada pela autora.
FIGURA 18 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 3
.
61
Figura XX: Mapa Cognitivo Individual – Gerência
Fonte: elaborada pela autora.
FIGURA 19 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 4
62
Fonte: elaborada pela autora.
FIGURA 20 - Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 5
.
63
Etapa 8: Elaboração do Mapa Cognitivo Agregado
Para a construção do Mapa Cognitivo Agregado, os construtos dos mapas cognitivos
individuais foram organizados em tabelas. Construtos iguais ou semelhantes foram
analisados, prevalecendo o mais representativo ou mesmo sendo reformulado para melhor
adequação à informação.
As Tabelas 7, 8, 9, 10 e 11 apresentam os 98 construtos gerados dos mapas
individuais. Esses construtos foram reduzidos a 53 construtos no mapa cognitivo agregado,
conforme pode ser observado no Apêndice B.
64
TABELA 7 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 1
Fonte: elaborada pela autora.
Primeiro Polo Segundo Polo
1 Alto índice de evasão ... Índice de evasão aceitável
2 Falta qualidade das aulas ... Aulas com qualidade
3 Falta planejamento das aulas ... Realizar planejamento das aulas
4 Falta acompanhamento pedagógico do
curso
... Realizar acompanhamento pedagógico
5 Falta acompanhamento da supervisão
técnica
... Supervisão técnica realizar acompanhar
o desenvolvimento do curso
6 Aluno tem dificuldade de lidar com
problemas pessoais
... Aluno conseguir lidar com problemas
pessoais
7 Falta capacitação pedagógica para
instrutor
... Instrutor receber capacitação
pedagógica
8 Falta acompanhamento pedagógico ao
aluno
... Aluno ser assistido pelo pedagógico
9 Falta planejamento de atividades
pedagógicas
... Atividades pedagógicas serem
planejadas
10 Falta qualidade no atendimento ao aluno ... Aluno ser bem atendido
11 Falta orientação ao aluno dos
procedimentos escolares
... Aluno saber a quem recorrer
12 Falta agilidade na resposta ao aluno ... Aluno ter suas dúvidas sanadas
rapidamente
13 Falta comunicação interna ... Comunição interna ser eficaz
14 Falta organização nos ambientes ... Ambientes serem organizados
15 Falta sentimento de sentimento de
"pertenço" aos funcionários
... Funcionário se sentir parte da empresa
16 Falta identificação com os valores da
empresa
... Funcionário se identificar com os valores
da empresa
Stakeholder 1
65
TABELA 8 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 2
Fonte: elaborada pela autora.
Primeiro Polo Segundo Polo
1 Alto índice de evasão ... Índice de evasão aceitável
2 Falta melhorar captação do aluno ... Melhorar captação do aluno
3 Faltam equipamentos e materiais nos
laboratórios
... Ter equipamentos e materias suficientes
nos laboratórios
4 Falta realizar feiras tecnológicas abertas
a comunidade
... Realizar feiras tecnológicas abertas a
comunidade
5 Ausência de um processo seletivo ... Ter processo seletivo
6 Falta orientação vocacional nas escolas ... Fornecer orientação vocacional
7 Falta planejar abertura de novos cursos ... Planejar abertura de cursos
8 Falta agilidade no processo de compras
de material e equipamentos
... Processo de compras ser eficiente
9 Ausência de manutenção dos
equipamentos
... Realizar manutenção dos equipamentos
10 Falta qualidade das aulas ... Aulas terem qualidade
11 Falta acompanhamento pedagógico ... Realizar acompanhamento pedagógico
12 Falta verba para manutenção ... Ter recurso financeiro destinado à
manutenção
13 Faltam capacitação técnica para
instrutor
... Fornecer capacitação técnica para
instrutor
14 Falta capacitação pedagógica ao
instrutor
... Capacitar pedagogicamente o instrutor
15 Falta engajamento de todos na
problemática da evasão
... Ter engajamento de todos na
problemática da evasão
16 Ausência de reuniões de pais e alunos ... Realizar reuniões de pais e alunos
17 Inexistência de uma comissão para
acompanhar e propor ações para a
evasão
... Criar uma comissão para acompanhar e
propor ações
18 Ausência de procedimentos e atribuição
de responsabilidades
... Definir procedimentos e
responsabilidades
Stakeholder 2
66
TABELA 9 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 3
Fonte: elaborada pela autora.
Primeiro Polo Segundo Polo
1 Alto índice de evasão ... Índice de evasão aceitável
2 Falta acompanhamento do índice de
evasão
... Realizar acompanhamento da evasão
3 Falta acompanhamento pedagógico ... Realizar acompanhamento pedagógico
4 Falta disponibilidade de tempo para
atividades pedagógicas
... Ter tempo para atividades pedagógicas
5 Falta atribuir funções à assistente
pedagógico
... Atribuir funções à assistente pedagógico
6 Falta interesse do aluno ... Aluno ser interessado
7 Fatla consciência do aluno da
importância da formação profissional
... Ter consciência da importância da
formação profissional
8 Falta qualidade nas aulas ... Aulas com qualidade
9 Falta capacitação pedagógica para
instrutor
... Capacitar pedagogicamente instrutor
10 Faltam aulas dinâmicas ... Ter aulas atrativas
11 Instrutor desmotivado ... Instrutor motivado
12 Falta elimiar resistência dos instrutores
às atividades pedagógicas
... Instrutor aderir às atividades
pedagógicas
13 Aluno não possui perfil para o curso ... Aluno identificar-se com o curso
14 Faltam palestras de orientação
vocacional
... Realizar palestras de orientação
vocacional
15 Falta receptividade ao aluno ... Escola ser acolhedora
16 Falta espaço de lazer para o aluno ... Criar espaço de lazer para o aluno
17 Ausência de atendimento social para o
aluno fora da escola
... Fornecer atendimento social para o
aluno
Stakeholder 3
67
TABELA 10 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 4
Fonte: elaborada pela autora.
Primeiro Polo Segundo Polo
1 Alto índice de evasão ... Índice de evasão aceitável
2 Falta formação basica para o aluno ... Aluno ter boa formação básica de
qualidade
3 Ausência de um processo seletivo do
aluno
... Ter processo seletivo
4 Falta um módulo de nivelamento no
início do curso
... Ter um módulo de nivelamento
5 Aluno não tem perfil para o curso ... Aluno ter perfil desejado para o curso
6 Falta orientação vocacional para futuros
alunos
... Futuros alunos receber orientação
vocacional
7 Falta informações do curso na secretaria ... Secretaria ter informações do curso
8 Aluno desmotivado ... Aluno ser motivado
9 Falta excelência no atendimento ao
aluno
... Aluno ser bem atendido
10 Faltam vagas para estágio na indústria ... Ter vagas suficientes para estágio
11 Ausência de planejamento para abertura
de cursos considerando demanda da
indústria
... Cursos serem ofertados mediante
demanda da indústria
12 Falta atender as expectativas do aluno ... Atender as expectativas do aluno
13 Falta maior correlação entre teoria e
trabalho na indústria
... Ter aulas práticas
14 Falta planejamento das aulas ... Planejar as aulas
15 Falta acompanhar com maior frequência
a evasão
... Acompanhar a evasão frequentemente
16 Falta engajamento do instrutor no
controle da evasão
... Instrutor ser engajado no controle da
evasão
17 Falta motivar instrutor ... Instrutor ser motivado
18 Falta hora de planejamento ... Ter hora de planejamento
19 Falta sistemática de feedback ao aluno ... Aluno ter resposta à suas queixas
20 Falta acompanhamento pedagógico ... Realizar acompanhamento pedagógico
21 Ausência de procedimentos
padronizados
... Padronizar procedimentos
22 Falta divulgar indicadores de produção ... Divulgar indicadores de produção
23 Falta divulgação de dados concretos
sobre evasão
... Funcionários conhecerem dados oficiais
de evasão
24 Ausência de plano de cargos e carreira ... Implantar plano de cargos e carreira
25 Instrutor ministra disciplinas que não
possui formação
... Instrutor ministrar disciplinas apenas
relacionadas a sua formação
Stakeholder 4
68
TABELA 11 - Construtos do Mapa Cognitivo Individual - Stakeholder 5
Fonte: elaborada pela autora.
Primeiro Polo Segundo Polo
1 Alto índice de evasão ... Índice de evasão aceitável
2 Falta interesse do aluno ... Aluno ser interessado
3 Aluno não possui perfil para o curso ... Aluno ter perfil identificar-se com o
curso
4 Faltam aulas práticas ... Ter aulas práticas suficientes
5 Aluno não conhece o curso escolhido ... Aluno conhecer o curso
6 Falta realizar palestras de orientação
profissional
... Realizar palestras de orientação
profissional
7 Falta um processo de seleção de alunos ... Alunos serem selecionados
8 Faltam materiais nos
laboratórios/oficinas
... Ter materiais para aulas práticas serem
suficientes
9 Processo de compras é demorado ... Processo de compras sem burocracia
10 Falta planejamento para abertura de
cursos
... Planejar abertura de cursos
11 Carga horária da disciplina mal
distribuídas
... Aulas bem distribuídas
12 Instrutor desmotivado ... Instrutor motivado
13 Falta qualidade das aulas ... Aulas com qualidade
14 Falta de intercâmbio com a indústria
para capacitação do instrutor
... Ter capacitação do instrutor realizar na
indústria
15 Falta capacitação pedagógica ao
instrutor
... Realizar capacitação pedagógica
16 Pedagógico desconhece dinânica da
aula
... Realizar acompanhamento pedagógico
17 Ausência de oficinas de estudos entre
instrutores
... Instrutores compartilharem
conhecimento
18 Aluno tem dificuldade de lidar com
problemas pessoais
... Aluno conseguir lidar com problemas
pessoais
19 Falta proatividade e compromisso dos
funcionários
... Funcionários serem proativos e
compromissados
20 Dificuldade em conciliar horário de
estudo e trabalho
... Turno de trabalho não coincidir com o
do curso
21 Instrutor ministra disciplinas de áreas
que não possui formação
... Instrutor ministrar disciplinas somente da
sua formação
22 Faltam horas para planejamento de aula ... Ter horas para planejamento de aula
Stakeholder 5
69
Etapa 9: Elaboração do Mapa Cognitivo Congregado
Com o mapa cognitivo agregado elaborado pela facilitadora, procederam-se três
reuniões com os stakeholders para análise e discussão do mapa. Após algumas modificações
sugeridas, como a alteração e inserção de alguns construtos e novas ligações, tendo o
consenso de todos, o mapa foi validado, apresentando em sua configuração final 61
construtos. O mapa cognitivo congregado pode ser observado no Apêndice C, onde os
construtos que sofreram alterações estão representados em amarelo, aqueles que foram
criados estão em verde e as setas vermelhas indicam novas ligações.
Etapa 10: Análise do Mapa Cognitivo Congregado
Para a análise do mapa cognitivo congregado, construiu-se uma matriz quadrada,
apresentada no Quadro 11. A matriz quadrada possibilitou a determinação do Grau de
Implosão (IG), Grau de Explosão (EG) e o Grau de Domínio (DG) dos construtos, facilitando
a identificação dos elementos do SODA: cabeça, cauda, implosão, explosão e dominante,
conforme pode ser observado no Quadro 10.
QUADRO 10 - Identificação dos elementos SODA do Mapa Cognitivo Congregado
Fonte: elaborado pela autora.
Construto IG EG DG Construto IG EG DG
1 8 0 8 32 1 1 22 4 1 5 33 0 1 13 2 1 3 34 0 2 24 0 1 1 35 0 1 15 1 1 2 36 0 2 26 0 1 1 37 2 1 37 0 2 2 38 5 1 68 2 1 3 39 0 1 19 7 3 10 40 1 1 2
10 2 1 3 41 3 1 411 2 1 3 42 0 1 112 3 1 4 43 0 2 213 1 2 3 44 2 1 314 1 3 4 45 0 1 115 0 1 1 46 4 1 516 1 1 2 47 3 1 417 0 2 2 48 0 1 118 4 1 5 49 0 1 119 0 1 1 50 0 1 120 1 1 2 51 0 1 121 0 2 2 52 2 1 322 0 1 1 53 0 1 123 2 1 3 54 2 1 324 0 1 1 55 0 1 125 0 3 3 56 0 1 126 0 1 1 57 0 1 127 4 1 5 58 0 1 128 1 1 2 59 0 2 229 1 1 2 60 0 1 130 0 2 2 61 0 1 131 3 1 4
-
Identificação
CabeçaImplosão
-Cauda
-CaudaCauda
-Dominante
-
-
Implosão-
ExplosãoCauda
-Cauda
ImplosãoCauda
-CaudaCauda
CaudaCaudaCauda
Implosão--
CaudaImplosão
Cauda-
ImplosãoCaudaCauda
-
Identificação
-CaudaCaudaCaudaCauda
-Implosão
CaudaCaudaCaudaCaudaCauda
Cauda
CaudaImplosãoImplosão
CaudaCaudaCaudaCauda
-Cauda
-Cauda
70
QUADRO 11 - Matriz n x n dos construtos do Mapa Cognitivo Congregado
Fonte: elaborada pela autora.
C o nstruto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 EG
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 02 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 28 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 19 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3
10 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 111 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 112 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 113 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 214 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 315 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 116 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 117 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 218 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 119 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 120 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 121 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 222 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 123 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 124 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 125 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 326 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 127 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 128 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 129 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 231 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 132 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 133 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 134 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 235 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 136 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 237 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 138 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 139 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 140 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 141 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 142 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 143 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 244 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 145 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 146 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 147 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 148 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 149 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 151 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 152 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 153 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 154 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 155 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 156 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 157 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 158 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 159 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 260 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 161 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
IG 8 4 2 0 1 0 0 2 7 2 2 3 1 1 0 1 0 4 0 1 0 0 2 0 0 0 4 1 1 0 3 1 0 0 0 0 2 5 0 1 3 0 0 2 0 4 3 0 0 0 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0
71
Etapa 11: Seleção das Transformações
Devido ao grande número de construtos, as transformações foram primeiramente
selecionadas pela identificação dos elementos implosão, explosão e dominante. Isto significa
selecionar das transformações identificadas as que mais são afetadas por outras, as que mais
afetam outras transformações e as que apresentam múltiplas relações entre as transformações,
respectivamente, conforme análise das oito questões sugeridas por Georgiou (2012).
Esta primeira análise gerou onze transformações. Para tornar viável a execução, optou-
se por priorizá-las selecionando-as pelo Grau de Domínio. As transformações, de maior
relevância, selecionadas foram os construtos: 2, 9, 18, 27, 38 e 46. Os stakeholders, em uma
reunião em grupo, concluíram que o construto 2 não deveria ser trabalhado como
transformação, pois entenderam que uma seleção de alunos com perfil para o curso excluiria
pessoas que poderiam vir a adequar-se. O Quadro 12 resume as transformações selecionadas,
todas respeitando as quatro regras de transformação do SSM.
QUADRO 12 - Transformações selecionadas
Fonte: elaborado pela autora.
5.3 Fase 3: Delinear e debater modelos para operacionalizar as
transformações para a situação problemática – Evasão Escolar
Uma vez selecionadas as transformações, estas foram contextualizadas, planejadas e
agrupadas para compor o Supersistema, como descrito a seguir.
Etapa 12 e Etapa 13: CATWOE e Definição Raiz
Construto
SODA
Transformação
SSMEntrada Saída
2 - Aluno não possui perfil para o curso ... Aluno ter o perfil desejado para o curso
9 T1 Falta qualidade das aulas ... Melhorar qualidade das aulas
18 T2 Instrutor desmotivado ... Motivar instrutor
27 T3Falta atender as expectativas do aluno com
relação à infraestrutura...
Atender expectativas do aluno com relação à
infraestrutura
38 T4 Falta qualidade no atendimento ao aluno ... Melhorar a qualidade no atendimento ao aluno
46 T5 Falta acompanhamento da evasão ... Realizar acompanhamento da evasão
72
Para cada transformação selecionada, a facilitadora, com auxílio dos stakeholders,
elaborou o CATWOE, contextualizando-a e em seguida descrevendo a Definição Raiz. Os
Quadros 13, 14, 15, 16 e 17 apresentam os CATWOEs e Definições Raízes elaborados para as
cinco transformações.
QUADRO 13 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T1
Fonte: elaborado pela autora.
Construto Transformação Entrada Saída
9 T1 Falta qualidade das aulas Melhorar qualidade das aulas
E
Aulas com qualidade despertam o interesse do aluno e motivam-o a
permanecer no curso
Gerente da unidade operacional
Desinteresse do instrutor pelo estudo da docência; falta de
comprometimento; falta de planejamento; resistência à mudança
Definição Raiz
Um sistema realizado pelos supervisores técnicos, supervisores pedagógicos
e supervisor de E&T e gerente para melhorar a qualidade das aulas,
despertando assim o interesse e motivando o aluno a permanecer no curso,
beneficiando aluno e SENAI, em um ambiente onde há um desinteresse pelo
estudo da docência, falta de comprometimento, de planejamento e resistência
à mudança, cujo poder de decisão final de continuidade é do gerente.
W
O
C Aluno; SENAI
Supervisores Técnicos; Supervisores Pedagógicos; Supervisor de E&T;
Gerente
T1
A
T
73
QUADRO 14 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T2
Fonte: elaborado pela autora.
QUADRO 15 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T3
Fonte: elaborado pela autora.
Construto Transformação Entrada Saída
18 T2 Instrutor desmotivado Motivar instrutor
E Resistência à mudança; disponibilidade reduzida de recurso financeiro
Definição Raiz
Um sistema conduzido por supervisores técnicos, supervisores pedagógicos,
supervisor de E&T e gerente para motivar os instrutores, tornando-os
comprometidos e proativos, beneficiando aluno, instrutor e SENAI, em um
ambiente com resistência à mudança e disponibilidade reduzida de recurso
financeiro, cujo poder de decisão final de continuidade é do gerente e
SENAI.
Supervisores Técnicos; Supervisores Pedagógicos, Supervisor de E&T;
Gerente; SENAI
T2
Instrutor motivado será um instrutor comprometido e proativo, contribuindo
para o controle da evasão e buscando soluções para o mesmo.
Gerente; SENAI
A
T
W
C Aluno; Instrutor; SENAI
O
Construto Transformação Entrada Saída
27 T3Falta atender as expectativas do aluno
com relação à infraestrutura
Atender as expectativas do aluno com
relação à infraestrutura
T3
C
A
T
W
Aluno; SENAI
Instrutores; Supervisores Técnicos; Supervisor de E&T; Gerente; SENAI
Atender as expectativas do aluno favorece a permanência do mesmo no
curso, que não se frustra com a instituição.
Gerente; SENAI
Resistência à mudança; Falta de planejamento a longo prazo; Disponibilidade
reduzida de recurso financeiro
O
Definição Raiz
Um sistema conduzido pelos instrutores, supervisores técnicos, supervirsor
de E&T, gerente e SENAI para atender as expectativas do aluno com
relação à infraestrutura, contribuindo para sua permanência no curso,
favorecendo a ele e à instituição, em um ambiente onde há resistência à
mudança, falta de planejamento a longo prazo e disponibilidade reduzida de
recurso financeiro.
E
74
QUADRO 16 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T4
Fonte: elaborado pela autora.
QUADRO 17 - CATWOE e Definição Raiz para a transformação T5
Fonte: elaborado pela autora.
Construto Transformação Entrada Saída
38 T4Falta qualidade no atendimento ao
aluno
Melhorar a qualidade no atendimento
ao aluno
Definição Raiz
W
Aluno; SENAIC
Um sistema conduzido por instrutores, supervisores pedagógicos, supervisor
de E&T e gerente para melhorar a qualidade no atendimento ao aluno,
conquistando-o, criando empatia e vínculo afetivo entre aluno e instituição,
favorecendo a ele e SENAI, em um ambiente onde falta comprometimento,
proatividade e há resistência à mudança.
O
E
Instrutores; Supervisores Pedagógicos; Supervisor de E&T; Gerente
T4
Um atendimento com qualidade conquista , cria empatia e vínculo afetivo
entre aluno e instituição, motivando o aluno a continuar na curso
Gerente
Falta de comprometimento e proatividade do funcionário; Resistência à
mudança
A
T
Construto Transformação Entrada Saída
46 T5 Falta acompanhamento da evasão Realizar acompanhamento da evasão
Definição Raiz
Um sistema conduzido por instrutores, supervisores pedagógicos, supervisor
de E&T e gerente para acompanhar a evasão, assim identificar os fatores
envolvidos e gerar ações para contê-la, favorecendo ao SENAI, em um
ambiente onde falta comprometimento, não há um sistema oficial para
contabilizar a evasão e não há meta definida.
O
E
Gerente; SENAI
Instrutores; Supervisores Pedagógicos; Supervisor de E&T; Gerente
Falta de comprometimento; falta de um sistema oficial para contabilizar a
evasão
Gerente
T5
O acompanhamento da evasão possibilita identificar os fatores em tempo de
gerar ações para contê-la
C
A
T
W
75
Etapa 14: Sistema de Atividades Humanas (HAS)
Nesta etapa, foi utilizado o mapa congregado SODA T para auxiliar na listagem das
atividades necessárias para realizar cada transformação e verificar a interação existente entre
elas, a partir da observação dos construtos ligados diretamente à transformação selecionada.
As atividades listadas foram validadas em uma reunião com os stakeholders, na qual
definiram os responsáveis pela execução de cada atividade. Elaborados os HASs, definiram-se
os critérios de controle para assegurar que a transformação ocorra.
A seguir são apresentadas as atividades listadas (Tabelas 12, 13, 14, 15 e 16), o HAS
(Figuras 21, 22, 23, 24 e 25) e os critérios de controle (Quadros 18, 19, 20, 21 e 22) para cada
transformação. A numeração das atividades não representa a ordem de execução.
76
TABELA 12 - Atividades para a transformação T1
Fonte: elaborada pela autora.
Transformação
T1
T1-1
T1-2
T1-3
T1-4
T1-5
T1-6
T1-7
T1-8
T1-9
T1-10
T1-11
T1-12
T1-13
Fornecer capacitação e treinamento pedagógico e técnico
Supervisor de E&T
Supervisor de E&T
Supervisor de E&T
Supervisor de E&T
Elaborar cronograma anual de capacitação e treinamento
pedagógico (elaboração de plano de aula, metodologia
SENAI, práticas pedagógicas)
Firmar parceria com indústrias para treinamento dos
instrutores
Apresentar os horários de aula ao instrutor com antecedência
mínima de 10 dias
Supervisores Pedagógicos
Elaborar cronograma anual de capacitação e treinamento
técnico (oficinas internas e estágio na indústria)
Saída
Melhorar qualidade das aulas
Atividade Responsável
Gerente
Supervisores Pedagógicos
Supervisor Pedagógico
Gerente
Supervisores Técnicos e
Supervisores Pedagógicos
Supervisores PedagógicosRealizar as atividades pedagógicas
Avaliar o índice de satisfação do cliente (aluno) ao final de
cada unidade curricular
Advertir instrutor que não cumprir com os seus deveres
(primeira advertência verbal, reincidência advertência por
escrito)
Supervisores Pedagógicos
Supervisor de E&T
Elaborar Matriz de Competência para os instrutores
Elaborar horários de aula para o módulo, respeitando a matriz
de competências e hora de planejamento (20% = 8h/semana)
Elaborar cronograma de atividades pedagógicas
(acompanhamento de plano de aula, diário, aula, conselhos de
classe)
Entrada
Definir e atribuir funções para assisteste pedagógico
Realizar reunião com instrutores para conscientizar dos
deveres de cada um descritos no regimento, da importância
das atividades pedagógicas e apresentar a Matriz de
Competências
Falta qualidade das aulas ...
77
FIGURA 21 - HAS 1
78
QUADRO 18 - Critérios de Controle para o HAS 1
Fonte: elaborado pela autora.
Critérios de Controle Descrição
EficáciaAnalisar a assiduidade dos alunos no curso. O percentual de faltas no
mês para cada turma deverá ser inferior ao mês anterior.
Eficiência
O aumento do Índice de Satisfação do Cliente (ISC) para o item
"Qualidade das aulas" deverá ser no mínimo proporcional ao aumento
dos gastos com o processo de melhoria da qualidade das aulas, ou seja,
um aumento de 10% dos gastos deverá resultar um aumento no mínimo
de 10% no ISC - Qualidade das aulas.
Efetividade
Analisar o Índice de Satisfação do Cliente (ISC) que deverá ter
conceito mínimo B (Bom) para o item "Qualidade das aulas" em cada
disciplina.
ÉticaFornecer aulas com qualidade é um compromisso ético e social da
instituição de ensino
ElegânciaAs atividades devem ser executadas como propostas e compreendidas
por toda a organização
79
TABELA 13 - Atividades para a transformação T2
Fonte: elaborada pela autora.
Transformação
T2
T2-1
T2-2
T2-3
T2-4
T2-5
T2-6
T2-7
T2-8
T2-9
T2-10
T2-11
T2-12
T2-13
T2-14
T2-15
T2-16
T2-17
T2-18
Criar um Plano de Cargos e Carreiras SENAI
Apresentar para todos os funcionários o Plano de Cargos e
Carreiras
Gerente
SaídaEntrada
Realizar capacitação e treinamento de liderança para
supervisores técnicos, supervisores pedagógicos, supervisor
de educação e tecnologia e gerente
SENAI
Supervisor de E&T
Firmar parceria com o SESI para divulgar e incentivar a
prática de esportes
Supervisor de E&T e Gerente
Realizar palestras sobre nutrição, esporte, tabagismo, saúde,
etc
Supervisor Técnico da área de
Segurança do Trabalho
Elaborar um cronograma de palestras motivacionais Supervisor de E&T
Executar cronograma de palestras motivacionais Supervisor de E&T
Realizar avaliação de desempenho individual Supervisor de E&T
Dar feedback imediato e contínuo Supervisor de E&T
Premiar/reconhecer os melhores desempenhos Gerente
Negociar flexibilidade do horário de trabalho para que o
instrutor possa cursar pós-graduação
Motivar instrutor
Atividade Responsável
Elaborar um sistema para avaliação de desempenho individual
(indicadores de produção)
Gerente
Elaborar um programa de qualidade de vida do trabalhador Supervisor de E&T
Instrutor desmotivado ...
Divulgar o sistema de avaliação de desempenho individual Gerente
Elaborar horários de aula para o módulo, respeitando a matriz
de competências e hora de planejamento (20% = 8h/semana)
Supervisores Pedagógicos
Fornecer capacitação e treinamento técnico Supervisores Técnicos
Apresentar os horários de aula ao instrutor com antecedência
mínima de 10 dias
Supervisores Pedagógicos
Firmar parceria com indústrias para treinamento dos
instrutores
Supervisor de E&T e Gerente
80
FIGURA 22 - HAS 2
81
QUADRO 19 - Critérios de Controle para o HAS 2
Fonte: elaborado pela autora.
Critérios de Controle Descrição
EficáciaAnalisar a assiduidade dos alunos nas aulas do instrutor. Utilizar a
relação (porcentagem de alunos faltantes)/(semana).
Eficiência
Analisar o retorno gerado pela capacitação fornecida, quantificando-se
o aumento das atividades extra-sala realizada pelo instrutor. Utilizar a
relação (horas-capacitação)/(atividades extra-sala), que deverá ser
inferior ao do ano anterior.
Efetividade
Analisar o envolvimento do instrutor com a instituição, medindo-se o
número de atividades extra-sala que o instrutor está envolvido, que
deverá ser de no mínimo igual a um.
ÉticaMotivar o instrutor mostra a preocupação da empresa com a qualidade
de vida e o reconhecimento da sua importância para empresa.
ElegânciaAs atividades devem ser executadas como propostas e compreendidas
por toda a organização.
82
TABELA 14 - Atividades para a transformação T3
Fonte: elaborada pela autora.
Transformação
T3
T3-1
T3-2
T3-3
T3-4
T3-5
T3-6
T3-7
T3-8
T3-9
T3-10
T3-11
T3-12 Resgatar o Programa 5S já implantado Supervisor de E&T e Gerente
Supervisor de E&T
Saída
Atender expectativas do aluno com relação à
infraestrutura
Entrada
Desenvolver melhorias para a área de lazer Instrutores
Criar área de lazer para os alunos Supervisor de E&T
Realizar previsão e planejamento anual de consumo de
materiais para laboratórios e oficinas
Supervisores Técnicos
Solicitar compra de materiais Gerente
Acompanhar e cobrar o processo de compra de materiais
Definir um responsável pelos recursos tecnológicos (datashow,
TV, computador, kit multimídia)
Gerente
Elaborar um sistema para agendamento e controle dos
recursos tecnológicos
Supervisor de E&T
Falta atender as expectativas do aluno
com relação à infraestrutura ...
Atividade Responsável
Realizar previsão e planejamento anual para abertura de
cursos
Gerente e SENAI
Definir responsáveis pelos laboratórios e oficinas Gerente
Elaborar procedimento operacional padrão para os
equipamentos dos laboratórios e oficinas
Instrutores e Supervisores
Técnicos
Definir equipe 5S Gerente
83
FIGURA 23 – HAS 3
84
QUADRO 20 - Critérios de Controle para o HAS 3
Fonte: elaborado pela autora.
Critérios de Controle Descrição
EficáciaAnalisar a frequência dos alunos nas matérias práticas, que deve ser
superior à 80% da turma
Eficiência
O aumento do ISC para o item "infraestrutura" deverá ser no mínimo
proporcional ao aumento dos gastos destinados à infraestrutura e
materiais, ou seja, um aumento de 10% nos gastos deverá implicar em
um aumento mínimo de 10% no ISC.
EfetividadeAnalisar o ISC que deverá ter conceito mínimo B (Bom) para o item
"Infraestrutura".
ÉticaPara que o aluno possa desenvolver suas competências é preciso
fornecer um ambiente adequado e acolhedor.
ElegânciaAs atividades devem ser executadas como propostas e compreendidas
por toda a organização.
85
TABELA 15 - Atividades para a transformação T4
Fonte: elaborada pela autora.
Transformação
T4
T4-1
T4-2
T4-3
T4-4
T4-5
T4-6
T4-7
T4-8
T4-9
T4-10
T4-11
T4-12
T4-13
T4-14
Solicitar a contratação de um psicólogo para a unidade
Fornecer atendimento psicológico ao aluno (aconselhamento)
Gerente
Psicólogo
Contratar um psicólogo SENAI
Atividade Responsável
Elaborar Manual do Aluno Supervisores Pedagógicos
Divulgar para todos os funcionários o Manual do Aluno,
padronizando assim as informações fornecidas
Supervisores Pedagógicos
Firmar parceria com IEL Gerente
Realizar uma Feira do Estudante com palestras e estandes dos
RHs das indútrias locais
Supervisor de E&T
Divulgar para todos os alunos o Manual do Aluno Supervisores Pedagógicos
Firmar parcerias com indústrias para estágio de alunos Gerente
Divulgar vagas de estágio no mural do pátio central da unidade Supervisores Pedagógicos
Divulgar e incentivar o uso do e-mail de comunicação com
aluno e cliente (SAC)
Instrutores
Entregar relatório de desempenho para o aluno ao final de
cada módulo
Supervisores Pedagógicos
Saída
... Melhorar qualidade no atendimento ao aluno
Entrada
Falta qualidade no atendimento ao aluno
Elaborar cronograma anual de capacitação em atendimento ao
cliente
Supervisor de E&T
Executar cronograma de capacitação em atendimento ao
cliente
Supervisor de E&T
86
FIGURA 24 - HAS 4
87
QUADRO 21 - Critérios de Controle para o HAS 4
Fonte: elaborado pela autora.
Critérios de Controle Descrição
EficáciaAnalisar o número de reclamações enviados ao SAC e aumento do
número de alunos estagiando na indústria.
Eficiência
O aumento do ISC para o item "Atendimento" deverá ser no mínimo
proporcional ao investimento em capacitação para atendimento ao
cliente; o retorno da Feira do Estudante deverá ser calculado pela
relação (custo a Feira)/(alunos estagiando), que deverá ser inferior ao
custo do aluno estagiando na própria escola.
EfetividadeAnalisar os motivos da evasão registrados, que deverão apresentar uma
redução de queixas em relação à qualidade no atendimento.
ÉticaUm escola que ensina o aluno a ter qualidade no serviço e postura ética
e profissional tem que ser o exemplo para os mesmos.
ElegânciaAs atividades devem ser executadas como propostas e compreendidas
por toda a organização.
88
TABELA 16 - Atividades para a transformação T5
Fonte: elaborada pela autora.
Transformação
T5
T5-1
T5-2
T5-3
T5-4
T5-5
T5-6
T5-7
T5-8
T5-9
T5-10
T5-11
T5-12
T5-13
T5-14
T5-15
T5-16
Elaborar um sistema para avaliação de desempenho individual,
tendo como um dos indicadores a relação aluno-hora/instrutor
Supervisor de E&T
Divulgar o sistema de avaliação de desempenho individual Gerente
Realizar avaliação de desempenho individual Supervisor de E&T
Realizar Conselho de Classe 3 dias úteis anterior ao final do
módulo
Supervisores Pedagógicos
Elaborar plano de ações para mitigar a evasão
Analisar dados atualizados de evasão Comissão para Evasão
Comissão para Evasão
Informar ao instrutor justificativa fornecida pelo aluno Supervisores Pedagógicos
Realizar Reunião de Pais no iníco do curso e final de módulo
para turmas com alunos em idade inferior a 18 anos.
Supevisores Pedógicos
Informar para supervisor pedagógico quando aluno tiver 3
faltas consecutivas
Instrutores
Entrar em contato com aluno ou responsável, quando o
mesmo tiver idade inferior a 18 anos, após ser informado das
faltas consecutivas
Supervisores Pedagógicos
Acompanhar mensalmente a evasão e frequência por turma Supervisores Pedagógicos
Entrar em contato com aluno evadido para registrar motivo e
sugestões
Supervisores Pedagógicos
Divulgar dados históricos de evasão na unidade Gerente
Definir metas de evasão Gerente
Divulgar dados atualizados de evasão Supervisores Pedagógicos
Saída
Realizar acompanhamento da evasão
Atividade Responsável
Definir uma comissão para acompanhamento da evasão Gerente
Entrada
Falta acompanhamento da evasão ...
89
FIGURA 25 - HAS 5
90
QUADRO 22 - Critérios de Controle para o HAS 5
Fonte: elaborado pela autora.
Etapa 15: Supersistema
Após a validação de todos os HASs e seus critérios de controle, a facilitadora iniciou a
elaboração do Supersistema, identificando as atividades em comum. O Quadro 23 apresenta a
relação dessas atividades.
QUADRO 23 - Atividades em comum dos HASs
Fonte: elaborado pela autora.
Na construção do Supersistema, as atividades em comum passaram a ser uma conexão
existente entre os HASs. Além disso, o mapa congregado SODA T foi consultado para
verificar a dependência das transformações.
Critérios de Controle Descrição
EficáciaAnalisar o registro de dados de frequência e evasão dos cursos que
deverão estar atualizado.
Eficiência O custo aluno/hora deverá ser inferior à media semestral.
Efetividade Analisar o índice de evasão que deverá estar dentro da meta estipulada.
Ética
Acompanhar a frequência do aluno e a evasão do mesmo é necessário
para que a escola possa identificar falhas no seu processo de ensino-
aprendizagem.
ElegânciaAs atividades devem ser executadas como propostas e compreendidas
por toda a organização.
Atividade Descrição
T1-3; T2-11 Firmar parceria com indústrias para treinamento dos instrutores.
T1-6; T2-9Elaborar horários de aula para o módulo, respeitando a matriz de
competências e hora de planejamento (20% = 8h/semana).
T1-7; T2-10Apresentar os horários de aula ao instrutor com antecedência mínima de
10 dias.
T1-10; T2-12 Fornecer capacitação e treinamento pedagógico e técnico.
T2-4; T5-4Elaborar um sistema para avaliação de desempenho individual
(indicadores de produção).
T2-5; T5-5 Divulgar o sistema de avaliação de desempenho individual.
T2-16; T5-16 Realizar avaliação de desempenho individual.
91
Etapa 16: Verificação das Atividades
Com o supersistema modelado, os stakeholders reuniram-se para analisar as
atividades, verificando se eram sistemicamente desejáveis e culturalmente viáveis, além de
identificar atividades que já eram realizadas ou que ocorriam esporadicamente. Os
stakeholders identificaram cinco atividades do supersistema que julgaram ser sistemicamente
indesejáveis, pois acarretariam em um aumento de gastos, tornando operacionalmente
inviáveis. A Tabela 17 apresenta essas cinco atividades e a análise completa das atividades
pode ser consultada no APÊNDICE E.
TABELA 17 – Atividades Sistemicamente inviáveis
Fonte: elaborado pela autora.
A Figura 26 apresenta o Supersistema apenas com a numeração das atividades e no
Quadro 24 pode-se observar os seus critérios de controle. O Supersistema com as atividades
descritas pode ser consultado no APÊNDICE D.
QUADRO 24 - Critérios de Controle para o Supersistema
T2-1 Não realizado Não Sim
T2-2 Não realizado Não Sim
T4-12 Não realizado Não Sim
T4-13 Não realizado Não Sim
T4-14 Não realizado Não Sim
Atividade do Supersistema Situação AtualSistemicamente
desejável?
Culturalmente
viável?
Criar um Plano de Cargos e Carreiras
Apresentar para todos os funcionários o Plano de Cargos e
Solicitar a contratação de um psicólogo para a unidade
Contratar um psicólogo
Fornecer atendimento psicológico ao aluno (aconselhamento)
Critérios de Controle Descrição
EficáciaAnalisar se os objetivos dos HAS do supersistema estão sendo
alcançados.
Eficiência
A redução da evasão deverá ser no mínimo inversamente proporcional
aos gastos realizados, ou seja, um aumento de 10% dos gastos deverá
resultar em uma redução mínima de 10% da evasão.
Efetividade Analisar o índice de evasão que deverá estar dentro da meta estipulada.
ÉticaReduzir a evasão garante que uma parcela maior da população aumente
suas oportunidades profissionais.
Elegância
O sistema deverá ser executado como proposto e compreendido por
todos da organização que devem entender que a execução de todas as
atividades contribuirá para a melhoria da situação.
92
FIGURA 26 - Supersistema simplificado
93
Etapa 17: Plano de Ação
Na última etapa da multimetodologia, elaborou-se um Plano de Ação para a
implementação das atividades do supersistema que foram julgadas sistemicamente desejáveis
e culturalmente viáveis, o qual foi validado e aprovado pelos stakeholders para execução.
O Plano de Ação foi elaborado utilizando-se a ferramenta 5W2H, especificando data
de início e prazo para conclusão de cada atividade, dentre outros itens, como exemplificado
na Figura 27. O Plano de Ação completo pode ser consultado no APÊNDICE F. Já a Tabela
18 apresenta de forma resumida a ordem para execução das atividades, de acordo com o Plano
de Ação.
FIGURA 27 – Exemplificação do Plano de Ação – 5W2H.
What Why Where Who How How much
O que Por que Onde Início Término Quem Como Quanto custará
T1-1 Elaborar Matriz de Competência
para os instrutores
Verificar a necessidade de
treinamento e capacitação
Sala Supervisão
E&T
05/10/2015 16/11/2015 Supervisor de
E&T
Verificar diploma, certificados de cursos,
currículo profissional e consultar
supervisor técnico da área
N/A
T1-5 Definir e atribuir funções para
assisteste pedagógico
Disponibilizar tempo para os
supervisores pedagógicos
realizarem as atividades
pedagógicas
Sala Gerência 05/10/2015 07/10/2015 Gerente Identificar tarefas realizadas pela
supervisão pedagógica que poderiam ser
atribuídas ao assistente pedagógico
N/A
T2-6 Negociar flexibilidade do horário
de trabalho para que o instrutor
possa cursar pós-graduação
Instrutor possa investir em sua
capacitação e sentir-se valorizado
pela empresa
Sala Gerência 05/10/2015 09/11/2015 Gerente Obter declaração ou informação de
horário de aula do curso; autorizar a
compensação em turno contrário.
N/A
T3-5 Definir um responsável pelos
recursos tecnológicos (datashow,
TV, computador, kit multimídia)
Otimizar o uso dos recursos e
conservá-los
Sala Gerência 05/10/2015 05/10/2015 Gerente Verificar com chefia imediata a
disponibilidade do assistente pedagógico
e técnico de informática
N/A
T3-6 Definir responsáveis pelos
laboratórios e oficinas
Otimizar o uso dos laboratórios e
mantê-los organizados e conservar
os equipamentos
Sala Gerência 05/10/2015 05/10/2015 Gerente Reunir com os supervisores técnicos de
cada área para sugestão de um instrutor
que tenha perfil para organização dos
ambientes
N/A
T3-9 Criar área de lazer para os alunos Acolher o aluno, garantindo o seu
bem estar dentro da instituição
Área lateral da
Biblioteca
05/10/2015 09/10/2015 Supervisor de
E&T
Alinhar com supervisor administrativo a
demarcação da área; alocar mesa de xadrez
e tênis de mesa; providenciar iluminação;
providenciar jardinagem
N/A
T4-3 Elaborar Manual do Aluno Definir os procedimentos e
informações necessárias ao aluno
Sala de Reunião 05/10/2015 30/11/2015 Supervisores
Pedagógicos
Elaborar um fluxograma da vida escolar do
aluno; descrever cada etapa e definir
procedimentos; verificar regimento
escolar
N/A
T4-7 Entregar relatório de desempenho
para o aluno ao final de cada
módulo
Manter o aluno informado da sua
vida escolar e mostrar maior
organização na assistência ao
aluno
Sala de aula 05/10/2015 N/A Supervisores
Pedagógicos
Solicitar na secretaria, com atecedência de
2 dias, a impressão dos relatórios de
desempenho dos alunos
N/A
T3-7 Elaborar um sistema para
agendamento e controle dos
recursos tecnológicos
Otimizar o uso dos recursos e evitar
o uso exclusivo por poucos
instrutores
Sala Supervisão
E&T
06/10/2015 09/10/2015 Supervisor de
E&T
Listar e identificar os recursos
tecnológicos disponíveis; criar uma
planilha para agendamento; criar regras
para agendamento
N/A
T3-8 Elaborar procedimento operacional
padrão para os equipamentos dos
laboratórios e oficinas
Garantir o bom uso e conservação
dos mesmos
Laboratórios e
Oficinas
06/10/2015 18/12/2015 Instrutores e
Supervisores
Técnicos
Listar os equipamentos dos
laboratórios/oficinas; verificar o manual
de instrução de cada um;
N/A
WhenTransformaçãoOrdem
1
2
94
TABELA 18 – Sequência das atividades do supersistema
Fonte: elaborada pela autora.
5.4 Análise dos resultados obtidos
Fase 1: Registrar uma compreensão da situação problemática – Evasão Escolar
A caracterização da instituição no início do processo forneceu dados importantes para
a compreensão da situação problemática, como: dados de evasão, número de matrículas e lista
de funcionários. Apesar da constante preocupação em relação à evasão, a unidade não possuía
dados oficiais e a cobrança para a redução da evasão era realizada com base em percepções da
Ordem Atividade Data de Início
1 T1-1; T1-5; T2-8; T3-5; T3-6; T3-9; T4-3; T4-7 05/10/2015
2 T3-7; T3-8 06/10/2015
3 T5-1 13/10/2015
4 T1-4 26/10/2015
5 T1-6/ T2-9 10/11/2015
6 T1-2; T1-3/T2-9 17/11/2015
7 T1-8; T2-4/T5-4; T3-1 01/12/2015
8 T5-2 07/12/2015
9 T3-2 08/12/2015
10 T3-3; T3-11 18/01/2016
11 T1-7/ T2-10; T3-4 19/01/2016
12 T1-9; T2-5/T5-5 20/01/2016
13 T2-3 21/01/2016
14 T1-10/ T2-12; T2-6; T3-12; T4-1; T4-4; T5-3 25/01/2016
15T1-11; T1-12; T1-13; T3-10; T4-5; T4-6; T4-8; T4-9; T5-6; T5-7; T5-8; T5-
13; T5-1401/02/2016
16 T2-7; T2-13; T4-2 08/02/2016
17 T4-10 15/02/2016
18 T2-14 22/02/2016
19 T2-15; T5-9; T5-10 07/03/2016
20 T5-11 09/05/2016
21 T5-12 10/05/2016
22 T5-15 16/05/2016
23 T4-11 13/06/2016
24 T2-16/ T5-16 10/10/2016
25 T2-17 21/11/2016
26 T2-18 14/12/2016
95
gerência e supervisores. Tais percepções apontavam erroneamente um índice de 40% de
evasão, talvez influenciadas pelas desistências de outros cursos, como os de qualificação
profissional. Para melhor entender esta situação, foram realizadas entrevistas com alunos
evadidos e funcionários selecionados a partir de uma amostra aleatória. Nas entrevistas com
os alunos evadidos, um maior percentual alegou inicialmente motivos pessoais para a evasão
(32% - dificuldade em conciliar trabalho e estudo; 20% - não se identificou com o curso).
Contudo, quando questionados se tal decisão foi influenciada por outro fator, 56%
responderam afirmativamente e apontaram problemas na instituição (28% - mau atendimento
de alguns funcionários; 16% - aulas eram entediantes). Das entrevistas com os funcionários,
pode-se perceber o desinteresse dos instrutores pelo assunto, não se vendo como parte do
problema e atribuindo a evasão à má formação básica e ao desinteresse do aluno pelo curso.
A seleção aleatória e a entrevista dos instrutores e demais funcionários ligados ao
processo de ensino propiciaram um melhor entendimento da situação, uma vez que não foram
entrevistados somente funcionários engajados na solução da problemática. Pôde-se assim
perceber o completo desconhecimento e desinteresse de alguns funcionários pela
problemática, e até mesmo do regimento interno da instituição.
Por fim, as Análises 1, 2 e 3 (Etapa 3, 4 e 5) foram de fácil identificação, uma vez que
o Regimento Interno (SENAI DR MS, 2011) define de forma clara a estrutura funcional da
organização e a facilitadora tem conhecimento da cultura da unidade.
Fase 2: Identificar as mudanças necessárias para a situação problemática – Evasão
Escolar
Os resultados obtidos da combinação dos métodos SSM Reconfigurado e SODA para
estruturar, analisar e propor ações para a situação problemática da evasão escolar dos cursos
técnicos do SENAI Três Lagoas mostraram a complementariedade dos métodos.
A aplicação do SODA como sugerido por Georgiou (2012), para gerar e selecionar as
transformações, tornaram a Fase 2 do SSM Reconfigurado mais criteriosa, pois os mapas
cognitivos individuais possibilitaram a visão de todos os pontos de vista dos stakeholders e a
validação do mapa congregado, de forma consensual, garantiu a representatividade de todos.
O mapa individual do stakeholder 4 apresentou 25 construtos e foi o mapa com o maior
número de construtos. O mapa agregado final, a partir da agregação dos cinco mapas
individuais, teve 53 construtos. O processo para a elaboração e validação dos mapas
96
individuais demandou muito tempo, pois as entrevistas foram gravadas em áudio e a partir das
gravações elaboraram-se os mapas individuais. Com isso, para a validação do mapa
individual, foi necessário outro encontro com cada stakeholder. Infelizmente alguns deles
apresentaram certa indisposição, alegando falta de tempo. Dificuldade maior foi enfrentada
para a validação do mapa congregado, uma vez que era necessário reunir todos os
stakeholders. No entanto, uma vez conciliada a agenda dos stakeholders, todos contribuíram
de forma significativa, debatendo e sugerindo modificações no mapa, como alterações dos
construtos (construtos 25, 41, 43 e 45), novas conexões de dependência e inserção de oito
construtos (construtos 54 a 61).
A análise do mapa congregado identificou seis transformações, sendo apenas uma
atribuída a requisitos pessoais do aluno, que foi o construto 2 (Aluno não possui perfil para o
curso ... Aluno ter o perfil desejado para o curso). Os stakeholders julgaram tal transformação
inviável, uma vez que isso excluiria alunos que poderiam adquirir o perfil no decorrer do
curso. As cinco transformações selecionadas apontaram problemas internos da instituição,
como a ausência de procedimentos que garantam a realização e execução de algumas
atividades (atendimento ao aluno, acompanhamento da evasão) e programas de melhoria
(qualidade das aulas, motivação de instrutor, investimento em infraestrutura).
Fase 3: Delinear e debater modelos para operacionalizar as transformações para a
situação problemática – Evasão Escolar
A listagem das atividades e a elaboração dos HASs, analisando os construtos ligados
às transformações selecionadas do mapa congregado, foram facilitadas pelo mapa SODA T,
assim como a construção do Supersistema. O mapa também simplificou a elaboração do
Plano de Ação, uma vez que a necessidade da precedência de uma transformação para que
outra ocorra pôde ser observada.
Os cinco HASs geraram 73 atividades, mas algumas delas apresentaram semelhanças e
foram resumidas em 66 atividades no Supersistema. Apesar do mapa SODA T ter facilitado a
elaboração do Supersistema, a facilitadora encontrou dificuldade na sua confecção, devido ao
grande número de atividades listadas. O mapa ajudou a identificar a dependência das
atividades e suas conexões, mas organizá-las com um design gráfico esteticamente agradável
e compreensível demandou certo esforço.
97
A verificação das atividades acabou por excluir cinco delas, uma vez que os
stakeholders entenderam que elas eram sistemicamente desejáveis, porém culturalmente
inviáveis. A análise da atividade T2-1 “Criar um Plano de Cargos e Carreiras” gerou árdua
discussão entre os stakeholders, por se tratar de uma constante reivindicação dos funcionários.
No entanto, os mesmos acabaram por consentir que a atividade implicaria no aumento dos
gastos, e dada a crise econômica atual, a atividade não teria viabilidade operacional, sendo
então sistemicamente indesejável.
Por fim, o Plano de Ação, elaborado pela facilitadora em conjunto com o supervisor de
educação e tecnologia, contribuiu para o reconhecimento da importância do estudo pela
unidade e pelos stakeholders, uma vez que não resumiu-se em apontar o que deve ser feito,
mas como, quando e por quem deve ser feito.
98
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Plano de ação obtido com o desenvolvimento deste estudo, utilizando uma
multimetodologia da PO soft, responde o problema da pesquisa inicial deste trabalho: “Como
minimizar a evasão escolar no ensino técnico de nível médio do SENAI Três Lagoas? ”.
O objetivo geral foi alcançado com a aplicação da multimetodologia proposta,
identificando ações possíveis para minimizar a evasão escolar, nem todas contempladas no
plano de ação.
Os objetivos específicos também foram alcançados:
Foram identificados, por meio de amostragem e entrevistas, os principais motivos que
levam os alunos a evadirem do curso, bem como a existência de motivos secundários;
Foram identificadas e selecionadas as principais transformações necessárias para
reduzir a evasão escolar, as quais foram analisadas, gerando o planejamento sistêmico
e o plano de ação;
Os métodos Soft Systems Methodology, versão reconfigurada por Georgiou (2012,
2015), e Strategic Options Development and Analysis foram utilizados na abordagem
multimetodológica proposta e aplicada na real situação problemática da evasão escolar
do ensino técnico do SENAI Três Lagoas.
A multimetodologia, SSM Reconfigurado e SODA, foi de fácil compreensão pelos
stakeholders. A facilitadora não encontrou dificuldades na explanação de cada etapa da
multimetodologia, mas alguns problemas foram vivenciados, como:
Grande demanda de tempo para as entrevistas com os alunos evadidos, pois muitos
não respondiam às ligações telefônicas;
Limitada disponibilidade dos stakeholders, uma vez que foram necessárias diversas
reuniões para discussão e validação dos resultados.
Difícil representação do Supersistema de acordo com a sequência sugerida pelo plano
de ação, uma vez que o número de atividades envolvidas foi grande, tornando
complexo a organização de forma visualmente agradável.
Uma vez que o trabalho gerou um plano de ação completo, mostrando o caminho a ser
percorrido para melhorar situação problemática, espera-se que o mesmo seja executado.
99
Algumas atividades do Supersistema já foram iniciadas no decorrer deste trabalho, visto que
os stakeholders as julgaram importantes e tiveram oportunidade de colocá-las em prática.
Essas atividades são:
Estabelecimento de parceria com as indústrias para capacitação dos instrutores;
Capacitação e treinamento pedagógico;
Capacitação e treinamento técnico;
Negociação de flexibilidade de horário de trabalho para que o instrutor possa cursar
pós-graduação;
Criação de área de lazer.
Finalmente, para a realização de trabalhos futuros, sugere-se:
Um estudo mais detalhado a respeito dos critérios de controle utilizados no SSM
Reconfigurado, contemplando fundamentos e formas de identificação/seleção,
principalmente para os critérios “ética” e “elegância” que mostraram-se vagos em suas
definições e complexos na identificação;
A elaboração de uma Figura Rica detalhada, de forma a conseguir utilizá-la na
identificação das transformações, como sugerido por Georgiou (2015).
Desenvolvimento de um software para a construção dos HAS e do Supersistema. Em
uma situação envolvendo diversas transformações ou diversas atividades, o uso de um
software facilitaria nesta elaboração;
Utilização de método da PO hard, métodos econométricos, para identificar o perfil dos
evadidos e prever o número de evasões;
Acompanhar o Plano de Ação desenvolvido até sua completa execução e apresentar os
resultados obtidos, bem como as ações de correções adotadas.
Finalmente, pode-se concluir que a adoção de uma abordagem multimetodológica
pode ser efetiva para a análise e estruturação de uma situação problemática assim como a
definição de possíveis ações para melhorá-la.
A problemática de evasão escolar em todos os níveis pode ser abordada utilizando esta
multimetodologia e adaptando-a para cada situação específica.
100
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, P. R. S. Multimetodologia para estruturação e reconhecimento de melhorias
aplicada a um programa de logística reversa de alimentos. 2012. 177 f. Dissertação
(Mestrado em Produção) – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos, SP.
BASSO, C. Aspectos pessoais e contextuais favoráveis à permanência de estudantes em
cursos técnicos do Pronatec. 2014. 196f. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. 2014.
BRASIL. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
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104
APÊNDICE A - Tabela de Números Aleatórios
16 11 80 35 06 82 43 27 75 39 75 04 00 57 92 19 23 51 57 67 36 03 71 42 5217 65 65 03 18 15 38 82 43 21 61 99 73 01 83 52 79 32 79 49 37 35 24 99 2221 54 59 95 27 71 59 00 92 50 39 15 13 64 51 05 35 77 64 89 79 44 56 28 1848 27 43 76 16 15 98 51 45 81 50 41 08 43 19 24 61 67 41 12 49 82 68 87 5086 76 79 15 66 39 62 94 45 03 53 49 53 95 00 76 31 20 37 72 83 31 28 08 01
63 29 10 00 53 72 90 72 29 96 29 74 50 47 97 98 99 07 37 88 55 88 85 44 0604 37 62 82 54 90 98 28 76 80 07 84 60 10 31 41 28 51 30 42 61 84 01 93 0988 92 15 09 73 31 69 11 76 28 13 67 04 87 30 55 35 34 56 20 42 26 99 65 0779 49 68 10 77 10 99 09 65 75 13 29 14 50 43 25 83 21 73 61 47 28 95 43 2259 49 91 73 26 78 35 46 21 14 79 51 41 68 51 40 66 84 33 42 51 21 45 98 23
44 20 84 72 22 47 22 41 89 77 58 27 10 98 28 27 90 13 26 24 80 42 16 10 7876 42 35 84 65 23 90 41 68 31 75 36 69 85 14 55 25 81 97 53 11 22 63 61 3526 27 02 83 97 09 80 55 83 00 31 53 66 78 96 05 86 24 42 14 20 36 24 38 7283 43 39 07 16 52 40 64 85 87 68 40 93 02 55 24 01 16 95 02 94 77 93 07 3994 24 86 42 38 52 69 94 50 24 89 96 28 32 22 61 97 61 68 13 27 27 30 79 08
60 47 51 62 91 36 87 78 18 19 73 76 39 68 65 43 57 85 47 65 67 92 92 70 7551 44 53 43 39 67 66 43 55 11 02 16 35 15 68 94 13 91 86 11 03 41 68 33 7520 96 21 64 03 64 56 93 12 30 29 86 53 50 79 62 61 56 62 08 40 66 39 65 7650 05 55 31 24 52 00 09 96 81 06 62 72 85 99 55 45 11 06 66 94 59 37 06 0917 83 02 89 89 63 24 79 55 33 70 53 46 17 99 71 38 87 27 15 17 12 06 70 74
21 20 17 79 20 51 55 01 57 16 75 72 13 79 28 32 14 92 41 55 79 45 50 75 5845 01 15 37 92 43 41 01 09 30 41 61 35 19 74 65 99 91 53 59 91 90 46 21 9564 37 58 14 79 03 35 26 61 70 42 10 14 71 94 02 63 45 67 23 15 71 48 02 5028 34 98 62 44 33 10 92 24 31 87 08 25 04 99 05 94 49 11 69 17 14 22 47 3209 88 98 76 83 09 91 66 63 95 66 76 00 34 18 81 29 60 51 96 97 63 61 22 05
77 96 59 88 12 51 39 38 51 70 58 85 08 03 51 19 27 64 03 63 63 89 51 07 5020 34 51 90 70 61 76 39 50 74 90 20 74 32 70 93 21 35 90 53 55 64 68 38 1145 84 66 61 17 20 46 54 91 18 66 27 11 70 22 28 85 74 51 98 47 91 26 70 0825 61 72 35 16 19 24 44 61 73 81 34 79 05 54 92 67 23 24 37 23 64 44 29 7923 82 36 54 07 72 14 21 54 47 31 79 01 46 10 83 58 07 76 01 74 56 87 88 31
21 97 13 91 36 22 65 14 44 88 10 96 52 19 66 80 05 64 36 87 70 14 61 61 7272 29 72 60 05 52 58 05 08 17 81 82 20 31 13 45 30 62 30 74 79 31 49 21 7955 06 82 46 55 66 41 42 11 89 53 92 38 88 07 32 44 12 90 32 21 33 36 42 9723 60 14 72 13 28 63 73 36 02 36 94 20 83 98 56 53 57 47 21 30 13 20 16 9755 66 34 50 37 04 75 60 12 17 07 68 11 38 21 26 80 93 09 18 66 96 74 80 49
13 11 27 64 26 04 86 41 30 12 65 10 10 96 06 87 54 29 32 03 95 61 49 81 3520 98 24 00 13 80 09 34 86 55 13 50 75 17 46 35 21 56 34 50 09 37 09 99 2478 09 44 36 76 28 74 29 61 81 22 30 43 87 49 04 53 70 37 93 53 06 99 66 6541 30 83 90 50 84 99 93 58 82 27 70 79 67 56 13 32 40 03 19 54 15 63 75 7216 01 31 26 61 92 86 76 16 79 65 97 00 32 59 45 72 10 27 32 85 44 86 91 75
51 96 00 43 76 72 83 75 06 13 08 36 89 20 40 50 94 93 42 48 81 92 82 04 3864 73 26 43 36 02 74 74 17 47 55 37 04 49 24 17 71 59 48 62 75 28 60 61 0552 05 15 40 09 01 05 51 23 71 85 57 85 04 53 51 15 16 06 91 64 94 62 03 3199 39 64 40 76 44 57 02 22 95 97 85 07 69 74 99 32 30 23 76 96 24 47 30 0358 18 26 79 00 04 95 30 97 01 45 22 25 81 51 90 25 01 68 15 37 66 37 58 41
TABELA DE NÚMEROS ALEATÓRIOS
105
APÊNDICE B – Mapa Cognitivo Agregado
106
APÊNDICE C – Mapa Cognitivo Congregado
107
APÊNDICE D – Supersistema para a problemática da evasão
108
APÊNDICE E – Análise das atividades do supersistema
Atividade do Supersistema Situação Atual Sistemicamente
desejável?
Culturalmente
viável?
T1-1 Elaborar Matriz de Competência para os instrutores Não realizado Sim Sim
T1-2 Elaborar cronograma anual de capacitação e treinamento
pedagógico (elaboração de plano de aula, metodologia SENAI,
práticas pedagógicas)
Não realizado Sim Sim
T1-3/T2-11 Firmar parceria com indústrias para treinamento dos
instrutores
Parcialmente Sim Sim
T1-4 Elaborar cronograma anual de capacitação e treinamento
técnico (oficinas internas e estágio na indústria)
Não realizado Sim Sim
T1-5 Definir e atribuir funções para assistente pedagógico Não realizado Sim Sim
T1-6/T2-9 Elaborar horários de aula para o módulo, respeitando a matriz
de competências e hora de planejamento (20% = 8h/semana)
Não realizado Sim Sim
T1-7/T2-10 Apresentar os horários de aula ao instrutor com antecedência
mínima de 10 dias
Parcialmente Sim Sim
T1-8 Elaborar cronograma de atividades pedagógicas
(acompanhamento de plano de aula, diário, aula, conselhos de
classe)
Não realizado Sim Sim
T1-9 Realizar reunião com instrutores para conscientizar dos
deveres de cada um descritos no regimento, da importância das
atividades pedagógicas e apresentar a Matriz de Competências
Não realizado Sim Sim
T1-10/T2-
12
Fornecer capacitação e treinamento pedagógico e técnico Parcialmente Sim Sim
T1-11 Realizar as atividades pedagógicas Parcialmente Sim Sim
109
T1-12 Avaliar o índice de satisfação do cliente (aluno) ao final de
cada unidade curricular
Realizado Sim Sim
T1-13 Advertir instrutor que não cumprir com os seus deveres
(primeira advertência verbal, reincidência advertência por
escrito)
Não realizado Sim Sim
T2-1 Criar um Plano de Cargos e Carreiras Não realizado Não Sim
T2-2 Apresentar para todos os funcionários o Plano de Cargos e
Carreiras
Não realizado Não Sim
T2-3 Realizar capacitação e treinamento de liderança para
supervisores técnicos, supervisores pedagógicos, supervisor de
educação e tecnologia e gerente
Não realizado Sim Sim
T2-4/T5-4 Elaborar um sistema para avaliação de desempenho individual
(indicadores de produção)
Não realizado Sim Sim
T2-5/T5-5 Divulgar o sistema de avaliação de desempenho individual Não realizado Sim Sim
T2-6 Elaborar um cronograma de palestras motivacionais Não realizado Sim Sim
T2-7 Executar cronograma de palestras motivacionais Não realizado Sim Sim
T2-8 Negociar flexibilidade do horário de trabalho para que o
instrutor possa cursar pós-graduação
Realizado Sim Sim
T2-13 Elaborar um programa de qualidade de vida do trabalhador Não realizado Sim Sim
T2-14 Firmar parceria com o SESI para divulgar e incentivar a
prática de esportes
Não realizado Sim Sim
T2-15 Realizar palestras sobre nutrição, esporte, tabagismo, saúde,
etc.
Não realizado Sim Sim
T2-16/T5-
16
Realizar avaliação de desempenho individual Não realizado Sim Sim
T2-17 Dar feedback imediato e contínuo Não realizado Sim Sim
T2-18 Premiar/reconhecer os melhores desempenhos Não realizado Sim Sim
T3-1 Realizar previsão e planejamento anual para abertura de cursos Parcialmente Sim Sim
110
T3-2 Realizar previsão e planejamento anual de consumo de
materiais para laboratórios e oficinas
Parcialmente Sim Sim
T3-3 Solicitar compra de materiais Realizado Sim Sim
T3-4 Acompanhar e cobrar o processo de compra de materiais Parcialmente Sim Sim
T3-5 Definir um responsável pelos recursos tecnológicos
(Datashow, TV, computador, kit multimídia)
Não realizado Sim Sim
T3-6 Definir responsáveis pelos laboratórios e oficinas Não realizado Sim Sim
T3-7 Criar área de lazer para os alunos Não realizado Sim Sim
T3-8 Elaborar um sistema para agendamento e controle dos recursos
tecnológicos
Parcialmente Sim Sim
T3-9 Elaborar procedimento operacional padrão para os
equipamentos dos laboratórios e oficinas
Não realizado Sim Sim
T3-10 Desenvolver melhorias para a área de lazer Não realizado Sim Sim
T3-11 Definir equipe 5S Não realizado Sim Sim
T3-12 Resgatar o Programa 5S já implantado Não realizado Sim Sim
T4-1 Elaborar cronograma anual de capacitação em atendimento ao
cliente
Não realizado Sim Sim
T4-2 Executar cronograma de capacitação em atendimento ao
cliente
Não realizado Sim Sim
T4-3 Elaborar Manual do Aluno Parcialmente Sim Sim
T4-4 Divulgar para todos os funcionários o Manual do Aluno,
padronizando assim as informações fornecidas
Não realizado Sim Sim
T4-5 Divulgar para todos os alunos o Manual do Aluno Realizado Sim Sim
T4-6 Divulgar e incentivar o uso do e-mail de comunicação com
aluno e cliente (SAC)
Não realizado Sim Sim
T4-7 Entregar relatório de desempenho para o aluno ao final de cada
módulo
Parcialmente Sim Sim
T4-8 Firmar parceria com IEL Não realizado Sim Sim
T4-9 Firmar parcerias com indústrias para estágio de alunos Parcialmente Sim Sim
111
T4-10 Divulgar vagas de estágio no mural do pátio central da unidade Parcialmente Sim Sim
T4-11 Realizar uma Feira do Estudante com palestras e estandes dos
RHs das indústrias locais
Não realizado Sim Sim
T4-12 Solicitar a contratação de um psicólogo para a unidade Não realizado Não Sim
T4-13 Contratar um psicólogo Não realizado Não Sim
T4-14 Fornecer atendimento psicológico ao aluno (aconselhamento) Não realizado Não Sim
T5-1 Definir uma comissão para acompanhamento da evasão Não realizado Sim Sim
T5-2 Divulgar dados históricos de evasão na unidade Não realizado Sim Sim
T5-3 Definir metas de evasão Não realizado Sim Sim
T5-6 Informar para supervisor pedagógico quando aluno tiver 3
faltas consecutivas
Parcialmente Sim Sim
T5-7 Entrar em contato com aluno ou responsável, quando o mesmo
tiver idade inferior a 18 anos, após ser informado das faltas
consecutivas
Parcialmente Sim Sim
T5-8 Informar ao instrutor justificativa fornecida pelo aluno Parcialmente Sim Sim
T5-9 Acompanhar mensalmente a evasão e frequência por turma Parcialmente Sim Sim
T5-10 Entrar em contato com aluno evadido para registrar motivo e
sugestões
Não realizado Sim Sim
T5-11 Divulgar dados atualizados de evasão Não realizado Sim Sim
T5-12 Analisar dados atualizados de evasão Não realizado Sim Sim
T5-13 Realizar Conselho de Classe 3 dias úteis anterior ao final do
módulo
Realizado Sim Sim
T5-14 Realizar Reunião de Pais no início do curso e final de módulo
para turmas com alunos em idade inferior a 18 anos.
Não realizado Sim Sim
T5-15 Elaborar plano de ações para mitigar a evasão Não realizado Sim Sim
112
APÊNDICE F – Plano de Ação
Ordem Transformação What Why Where When Who How How much
O que Por que Onde Início Término Quem Como Quanto
custará
1 T1-1 Elaborar Matriz
de Competência
para os
instrutores.
Verificar a
necessidade de
treinamento e
capacitação.
Sala
Supervisão
E&T
05/10/2015 16/11/2015 Supervisor de
E&T
Verificar diploma,
certificados de cursos,
currículo profissional e
consultar supervisor técnico
da área.
N/A
T1-5 Definir e atribuir
funções para
assistente
pedagógico.
Disponibilizar
tempo para os
supervisores
pedagógicos
realizarem as
atividades
pedagógicas.
Sala
Gerência
05/10/2015 07/10/2015 Gerente Identificar tarefas realizadas
pela supervisão pedagógica
que poderiam ser atribuídas
ao assistente pedagógico.
N/A
T2-8 Negociar
flexibilidade do
horário de
trabalho para que
o instrutor possa
cursar pós-
graduação.
Instrutor possa
investir em sua
capacitação e
sentir-se valorizado
pela empresa.
Sala
Gerência
05/10/2015 09/11/2015 Gerente Obter declaração ou
informação de horário de
aula do curso; autorizar a
compensação em turno
contrário.
N/A
T3-5 Definir um
responsável
pelos recursos
tecnológicos
(Datashow, TV,
computador, kit
multimídia).
Otimizar o uso dos
recursos e
conservá-los.
Sala
Gerência
05/10/2015 05/10/2015 Gerente Verificar com chefia
imediata a disponibilidade
do assistente pedagógico e
técnico de informática.
N/A
T3-6 Definir
responsáveis
pelos
laboratórios e
oficinas
Otimizar o uso dos
laboratórios e
mantê-los
organizados e
conservar os
Sala
Gerência
05/10/2015 05/10/2015 Gerente Reunir com os supervisores
técnicos de cada área para
sugestão de um instrutor
que tenha perfil para
organização dos ambientes.
N/A
113
equipamentos
T3-9 Criar área de
lazer para os
alunos.
Acolher o aluno,
garantindo o seu
bem-estar dentro da
instituição.
Área lateral
da
Biblioteca
05/10/2015 09/10/2015 Supervisor de
E&T
Alinhar com supervisor
administrativo a
demarcação da área; alocar
mesa de xadrez e tênis de
mesa; providenciar
iluminação; providenciar
jardinagem.
N/A
T4-3 Elaborar Manual
do Aluno.
Definir os
procedimentos e
informações
necessárias ao
aluno.
Sala de
Reunião
05/10/2015 30/11/2015 Supervisores
Pedagógicos
Elaborar um fluxograma da
vida escolar do aluno;
descrever cada etapa e
definir procedimentos;
verificar regimento escolar.
N/A
T4-7 Entregar
relatório de
desempenho
para o aluno ao
final de cada
módulo.
Manter o aluno
informado da sua
vida escolar e
mostrar maior
organização na
assistência ao
aluno.
Sala de aula 05/10/2015 N/A Supervisores
Pedagógicos
Solicitar na secretaria, com
antecedência de 2 dias, a
impressão dos relatórios de
desempenho dos alunos.
N/A
2 T3-7 Elaborar um
sistema para
agendamento e
controle dos
recursos
tecnológicos.
Otimizar o uso dos
recursos e evitar o
uso exclusivo por
poucos instrutores.
Sala
Supervisão
E&T
06/10/2015 09/10/2015 Supervisor de
E&T
Listar e identificar os
recursos tecnológicos
disponíveis; criar uma
planilha para agendamento;
criar regras para
agendamento.
N/A
T3-8 Elaborar
procedimento
operacional
padrão para os
equipamentos
dos laboratórios
e oficinas.
Garantir o bom uso
e conservação dos
mesmos.
Laboratórios
e Oficinas
06/10/2015 18/12/2015 Instrutores e
Supervisores
Técnicos
Listar os equipamentos dos
laboratórios/oficinas;
verificar o manual de
instrução de cada um;
N/A
3 T5-1 Definir uma
comissão para
acompanhament
o da evasão.
Estudar o problema
da evasão escolar
na unidade.
Sala de
Reunião
13/10/2015 16/10/2015 Gerente Analisar listagem de
instrutores e supervisores
pedagógicos, verificando
perfil e engajamento com a
problemática.
N/A
4 T1-3 Firmar parceria Capacitar os Indústrias 26/10/2015 30/11/2015 Supervisor de Enviar e-mail e realizar N/A
114
com indústrias
para treinamento
dos instrutores.
instrutores dentro
da indústria, de
forma a obter a
experiência
necessária.
E&T reunião para apresentar
proposta de parceria.
5 T1-6/ T2-9 Elaborar
horários de aula
para o módulo,
respeitando a
matriz de
competências e
hora de
planejamento
(20% =
8h/semana).
Instrutor ministrar
somente disciplinas
nas quais possua
capacitação e ter
tempo para realizar
o planejamento das
aulas.
Sala
Supervisão
Pedagógica
10/11/2015 30/11/2015 Supervisores
Pedagógicos
Verificar disponibilidade do
instrutor; verificar sua
matriz de competências.
N/A
6 T1-2 Elaborar
cronograma
anual de
capacitação e
treinamento
pedagógico
(elaboração de
plano de aula,
metodologia
SENAI, práticas
pedagógicas).
Planejar a
capacitação dos
instrutores sem
ocorrer interrupção
das aulas.
Sala
Supervisão
E&T
17/11/2015 23/11/2015 Supervisor de
E&T
Verificar calendário oficial
do SENAI, identificando
feriados e período de férias
escolares. Programar no
mínimo 2 encontros para a
realização de capacitação e
treinamento pedagógico.
N/A
T1-4/ T2-11 Elaborar
cronograma
anual de
capacitação e
treinamento
técnico (oficinas
internas e estágio
na indústria).
Planejar a
capacitação dos
instrutores sem
ocorrer interrupção
das aulas.
Sala
Supervisão
E&T
17/11/2015 30/11/2015 Supervisor de
E&T
Verificar calendário oficial
do SENAI, identificando
feriados e período de férias
escolares. Verificar
disponibilidade da
indústria. Verificar
disponibilidade do instrutor.
N/A
115
7 T1-8 Elaborar
cronograma de
atividades
pedagógicas
(acompanhament
o de plano de
aula, diário, aula,
conselhos de
classe).
Supervisores
pedagógicos
realizem o
acompanhamento
dos cursos, de
forma planejada e
constante.
Sala
Supervisão
Pedagógica
01/12/2015 07/12/2015 Supervisores
Pedagógicos
Verificar o horário de aula
do curso, os instrutores
envolvidos e programar o
acompanhamento de todos
eles ao menos uma vez a
cada módulo; programar
conselho de classe para 3
dias úteis anterior ao
encerramento do módulo.
N/A
T2-4/ T5-4 Elaborar um
sistema para
avaliação de
desempenho
individual
(indicadores de
produção).
Medir o
desempenho de
cada funcionário,
prevalecendo assim
a meritocracia.
Sala
Supervisão
E&T
01/12/2015 19/12/2015 Supervisor de
E&T
Listar atividades pertinentes
à função; definir parâmetros
de qualidade importantes
para a instituição; criar os
critérios de avaliação;
apresentar e discutir
propostas e sugestões com
os funcionários.
N/A
T3-1 Realizar
previsão e
planejamento
anual para
abertura de
cursos
Planejar os recursos
necessários.
Sala
Gerência
01/12/2015 07/12/2015 Gerente e
SENAI
Levantar dados de produção
do ano anterior; verificar
meta estipulada pelo
Departamento Regional;
levantar com as indústrias
uma previsão de cursos
requeridos e número de
capacitação.
N/A
8 T5-2 Definir metas de
evasão
Ter um objetivo a
alcançar
Sala de
Reunião
07/12/2015 11/12/2015 Gerente Analisar dados históricos de
evasão da unidade; estipular
um percentual a reduzir.
N/A
9 T3-2 Realizar
previsão e
planejamento
anual de
consumo de
materiais para
laboratórios e
oficinas.
Assegurar que não
ocorra falta de
materiais nas aulas
Sala
Instrutores
08/12/2015 18/12/2015 Supervisores
Técnicos
Verificar quantidade de
material em estoque;
levantar histórico de
consumo do ano anterior;
verificar previsão de
abertura de cursos para o
ano.
N/A
10 T3-3 Solicitar compra Realizar a comprar Sala 18/01/2016 18/01/2016 Gerente Analisar planejamento N/A
116
de materiais. dos materiais
necessários
Gerência anual de consumo de
materiais realizado pelos
supervisores técnicos;
verificar adequação do
orçamento disponível.
T3-11 Definir equipe
5S
Resgatar o
Programa 5S
Sala de
Reunião
18/01/2016 20/01/2016 Gerente Verificar listagem de todos
os funcionários; separar por
função; selecionar
representantes de cada
categoria.
N/A
11 T1-7/ T2-10 Apresentar os
horários de aula
ao instrutor com
antecedência
mínima de 10
dias.
Instrutor realizar o
planejamento das
aulas com
antecedência
Sala
Instrutores
19/01/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Reunir os instrutores que
ministrarão aula no curso e
apresentar o horário
elaborado para o módulo;
enviar por e-mail cópia do
horário de aula.
N/A
T3-4 Acompanhar e
cobrar o
processo de
compra de
materiais.
Assegurar que a
compra dos
materiais seja
efetivada
Sala
Administrati
vo
19/01/2016 N/A Supervisor de
E&T
Enviar e-mail ao
departamento
administrativo solicitando
verificação no sistema de
compras.
N/A
12 T1-9 Realizar reunião
com instrutores
para
conscientizar dos
deveres de cada
um descrito no
regimento, da
importância das
atividades
pedagógicas e
apresentar a
Matriz de
Competências.
Conquistar o
engajamento dos
instrutores nas
atividades
pedagógicas
Auditório 20/01/2016 20/01/2016 Gerente Enviar e-mail para todos os
instrutores com
antecedência de 1 semana,
informando a pauta, data,
horário e local; certificar-se
de que todos estejam
disponíveis no horário,
dispensando os alunos;
entregar para os instrutores
cópias do regimento e de
sua Matriz de
Competências.
N/A
T2-5/ T5-5 Divulgar o
sistema de
avaliação de
desempenho
Motivar os
funcionários
Auditório 20/01/2016 20/01/2016 Gerente Enviar e-mail convocando
todos para Reunião
Gerencial; apresentar o
sistema de avaliação de
N/A
117
individual. desempenho individual
13 T2-3 Realizar
capacitação e
treinamento de
liderança para
supervisores
técnicos,
supervisores
pedagógicos,
supervisor de
educação e
tecnologia e
gerente.
Melhorar a gestão
de pessoas e
conquistar a
empatia dos
funcionários.
Campo
Grande
21/01/2016 23/01/2016 SENAI Contratar uma empresa
especializada em
capacitação e treinamento
de liderança; programar e
agendar para o período de
férias escolares; convocar
os supervisores técnicos,
supervisores pedagógicos,
supervisor de E&T e
gerente.
R$ 30.000
14 T1-10/ T2-12 Fornecer
capacitação e
treinamento
pedagógico e
técnico.
Habilitar os
instrutores
pedagogicamente e
tecnicamente.
SENAI/
Indústria
25/01/2016 dez/06 Supervisores
Técnicos e
Supervisores
Pedagógicos
Conforme cronograma
elaborado, capacitação
pedagógica será realizado
internamente pelos
supervisores pedagógicos;
capacitação técnica será
conduzida pelos
supervisores das áreas ou
pelos responsáveis da
indústria.
R$ 10.000
T2-6 Elaborar um
cronograma de
palestras
motivacionais.
Realizar as
palestras de forma a
não interromper as
atividades da
unidade e não
ocorrer o
adiamento das
palestras.
Sala
Supervisão
E&T
25/01/2016 05/02/2016 Supervisor de
E&T
Consultar supervisores
pedagógicos, administrativo
e secretaria para verificar
datas disponíveis para
realização de palestras.
N/A
T3-12 Resgatar o
Programa 5S já
implantado.
Preservar e
melhorar a
infraestrutura da
unidade.
SENAI Três
Lagoas
25/01/2016 N/A Supervisor de
E&T e
Gerente
Disseminar o programa
comunicando por e-mail e
realizando reuniões; cobrar
ações da equipe 5S;
palestras.
N/A
T4-1 Elaborar
cronograma
anual de
Garantir a
capacitação dos
funcionários sem
Sala
Supervisão
E&T
25/01/2016 05/02/2016 Supervisor de
E&T
Consultar supervisores
pedagógicos, administrativo
e secretaria para verificar
N/A
118
capacitação em
atendimento ao
cliente.
interromper as
atividades
datas disponíveis para
realização da capacitação
T4-4 Divulgar para
todos os
funcionários o
Manual do
Aluno,
padronizando
assim as
informações
fornecidas.
Padronizar as
informações
fornecidas ao aluno
Auditório 25/01/2016 25/01/2016 Supervisores
Pedagógicos
Informar por e-mail os
funcionários, com
antecedência de 1 semana, a
data, horário, local; garantir
a disponibilidade do
funcionário no horário
programado; fornecer cópia
do Manual do Aluno para
todos os setores;
disponibilizar o Manual do
Aluno na rede.
R$ 200,00
T5-3 Divulgar dados
históricos de
evasão na
unidade e metas.
Informar e
conscientizar a
todos do problema.
Auditório 25/01/2016 29/01/2016 Gerente Enviar e-mail, com
antecedência de 1 semana,
informando a pauta, data,
horário e local; organizar os
dados de evasão já
levantados.
N/A
15 T1-11 Realizar as
atividades
pedagógicas.
Verificar o
cumprimento das
atividades dos
instrutores.
Salas de
Aula
01/02/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Conforme cronograma
elaborado para as atividades
pedagógicas.
N/A
T1-12 Avaliar o índice
de satisfação do
cliente (aluno)
ao final de cada
unidade
curricular.
Verificar a
qualidade dos
serviços prestados.
Laboratório
de
Informática
01/02/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Verificar o horário de aula e
agendar o laboratório de
informática ao final de cada
unidade curricular; informar
os alunos do que se trata a
avaliação e da importância
para o SENAI e para o
aluno.
N/A
T1-13 Advertir
instrutor que não
cumprir com os
seus deveres
(primeira
advertência
Alertar o instrutor
de suas obrigações.
Sala
Supervisão
E&T
01/02/2016 N/A Supervisor de
E&T
Informar ao instrutor a
constatação do não
cumprimento de seu dever,
indicando sua descrição no
regimento da instituição;
ouvir e registrar motivo
N/A
119
verbal,
reincidência
advertência por
escrito).
alegado pelo instrutor.
T3-10 Desenvolver
melhorias para a
área de lazer.
Acolher o aluno,
garantindo o seu
bem estar dentro da
instituição.
Área de
lazer
01/02/2016 N/A Instrutores Propor como atividade para
os alunos a criação de
melhorias; utilizar os alunos
que estão estagiando no
SENAI para realizar
algumas melhorias
(instalação de tomadas,
confecção de peças de
tabuleiro).
R$ 300,00
T4-5 Divulgar para
todos os alunos o
Manual do
Aluno.
Orientar os alunos
dos procedimentos
escolares.
Auditório/Sa
la de aula
01/02/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Entregar cópia do Manual
do Aluno na aula inaugural;
entregar cópia do Manual
do Aluno em cada sala;
pontuar os principais
tópicos do manual;
disponibilizar cópia na
biblioteca
R$ 2.000,00
T4-6 Divulgar e
incentivar o uso
do e-mail de
comunicação
com aluno e
cliente (SAC)
Melhorar a
comunicação com o
aluno e
consequentemente
a qualidade no
atendimento a ele
Sala de aula 01/02/2016 N/A Instrutores Fixar cartaz com o e-mail
do SAC; explicar sempre
que necessário o
funcionamento e utilidade
N/A
T4-8 Firmar parceria
com IEL.
Captar mais vagas
de estágio para os
alunos.
IEL 01/02/2016 13/02/2016 Gerente Enviar e-mail solicitando
reunião e informando
motivo; apresentar proposta
de parceria.
N/A
T4-9 Firmar parcerias
com indústrias
para estágio de
alunos.
Disponibilizar mais
vagas de estágio
para os aluno.
Indústrias 01/02/2016 29/02/2016 Gerente Enviar e-mail solicitando
reunião e informando
motivo; apresentar proposta
de parceria.
N/A
T5-6 Informar para
supervisor
pedagógico
quando aluno
Evitar reprovação
por faltas e o
distanciamento do
aluno da instituição
Sala
Supervisão
Pedagógica
01/02/2016 N/A Instrutores Realizar chamada
diariamente; identificar
faltas consecutivas; enviar
e-mail ao supervisor
N/A
120
tiver 3 faltas
consecutivas.
pedagógico do curso com
informação do curso e
nome do aluno
T5-7 Entrar em
contato com
aluno ou
responsável,
quando o mesmo
tiver idade
inferior a 18
anos, após ser
informado das
faltas
consecutivas.
Verificar o motivo
da ausência e
mostrar ciência da
situação.
Sala
Supervisão
Pedagógica
01/02/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Verificar no sistema os
dados do aluno; telefonar
N/A
T5-8 Informar ao
instrutor
justificativa
fornecida pelo
aluno.
Manter o instrutor
informado a
respeito do aluno.
Sala
Instrutores
01/02/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Responder e-mail enviado
pelo instrutor
N/A
T5-13 Realizar
Conselho de
Classe 3 dias
úteis anterior ao
final do módulo.
Informar, debater
problemas
enfrentados em sala
e propor ações.
Sala de
Reunião
01/02/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Enviar e-mail convocando
os instrutores do módulo e
secretária escolar,
informando data, horário,
local; solicitar relatório de
frequência e notas na
secretaria; listar alunos
retidos por nota e/ou faltas.
N/A
T5-14 Realizar Reunião
de Pais no início
do curso e final
de módulo para
turmas com
alunos em idade
inferior a 18
anos.
Ter o
comprometimento
dos pais ou
responsável no
acompanhamento
da vida escolar do
aluno
Auditório 01/02/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Enviar uma carta convite
para os pais ou responsável,
informando data, horário,
local; entregar cópia
resumida do regimento
escolar; coletar assinatura
dos presentes.
N/A
16 T2-7 Executar
cronograma de
palestras
Motivar os
funcionários
Auditório 08/02/2016 dez/16 Supervisor de
E&T
Informar por e-mail os
funcionários, com
antecedência de 1 semana,
R$ 1.000
121
motivacionais. o tema da palestra, data,
horário, local e palestrante;
garantir a disponibilidade
do funcionário no horário
programado;
T2-13 Elaborar um
programa de
qualidade de
vida do
trabalhador
Incentivar os bons
hábitos, prezando
pela saúde e bem
estar do funcionário
Sala
Supervisão
E&T
08/02/2016 29/02/2016 Supervisor de
E&T
Consultar instrutores e
supervisor técnico da área
de segurança do trabalho e
membros da CIPA
N/A
T4-2 Executar
cronograma de
capacitação em
atendimento ao
cliente
Melhorar a
qualidade no
atendimento ao
cliente
Auditório 08/02/2016 dez/16 Supervisor de
E&T
Informar por e-mail os
funcionários, com
antecedência de 1 semana,
o curso, data, horário, local;
garantir a disponibilidade
do funcionário no horário
programado;
R$ 200
17 T4-10 Divulgar vagas
de estágio
Informar todos os
alunos das opções
de estágio, de
forma a não
favorecer um grupo
específico.
Mural do
pátio central
15/02/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Elaborar cartaz com
informações da vaga
disponível; fixar no mural
do pátio central; enviar por
e-mail para todos os
instrutores.
N/A
18 T2-14 Firmar parceria
com o SESI para
divulgar e
incentivar a
prática de
esportes.
Utilizar os serviços
do SESI
SESI 22/02/2016 05/03/2016 Supervisor de
E&T e
Gerente
Enviar e-mail agendando
uma reunião com gerente
do SESI; apresentar
proposta de parceria
N/A
19 T2-15 Realizar
palestras sobre
nutrição, esporte,
tabagismo,
saúde, etc.
Conscientizar os
funcionários
Auditório 07/03/2016 dez/16 Supervisor
Técnico da
área de
Segurança do
Trabalho
Convidar profissionais da
área de saúde e esporte para
ministrar palestras para os
funcionários; enviar e-mail
informando tema da
palestra, data, horário, local
e palestrante, com
antecedência de 1 semana
R$ 1.000
122
T5-9 Acompanhar
mensalmente a
evasão e
frequência por
turma.
Identificar um
possível problema
com aluno ou curso
Secretaria 07/03/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Solicitar à secretaria
relatório de frequência.
N/A
T5-10 Entrar em
contato com
aluno evadido
para registrar
motivo e
sugestões
Ter um histórico de
motivos para
evasão
Sala
Supervisão
Pedagógica
07/03/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Verificar no sistema os
dados do aluno; telefonar;
registrar em uma planilha o
motivo e sugestões
N/A
20 T5-11 Divulgar dados
atualizados de
evasão e
frequência a
cada três meses
Informar a todos
situação atual
Auditório 09/05/2016 N/A Supervisores
Pedagógicos
Enviar e-mail informando a
pauta, data, horário, local;
entregar cópia dos dados
N/A
21 T5-12 Analisar dados
atualizados de
evasão e
frequência
Verificar a situação
atual
Sala de
Reunião
10/05/2016 13/05/2016 Comissão
(Supervisor
de E&T)
Analisar dados fornecidos
pelos supervisores
pedagógicos (relatório de
frequência, número de
evadidos, motivos e
sugestões dos alunos)
N/A
22 T5-15 Elaborar plano
de ações para
mitigar a evasão
Reduzir a evasão Sala de
Reunião
16/05/2016 20/05/2016 Comissão
(Supervisor
de E&T)
SODA T N/A
23 T4-11 Realizar uma
Feira do
Estudante com
palestras e
estandes dos
RHs das
indústrias locais
Aproximar o aluno
e indústria,
facilitando a
alocação em
estágio ou posto de
trabalho
SENAI Três
Lagoas
13/06/2016 24/06/2016 Supervisor de
E&T
Contatar os RHs das
indústrias para confirmar
presença; elaborar um
cronograma de atividades;
divulgar
R$ 10.000
24 T2-16/ T5-16 Realizar
avaliação de
desempenho
individual
Identificar e
reconhecer o
esforço dos
funcionários
Sala
Supervisão
E&T
10/10/2016 18/11/2016 Supervisor de
E&T
Levantar dados de
produção, consultar
supervisores pedagógicos e
supervisores técnicos e
realizar check-list da
avaliação de desempenho
N/A
25 T2-17 Dar feedback Incentivar a Sala 21/11/2016 09/12/2016 Supervisor de Apresentar o desempenho N/A
123
imediato e
contínuo
melhoria continua Supervisão
E&T
E&T obtido na avaliação
individual, informando os
pontos positivos e negativos
observados; ouvir
argumentação para os
pontos negativos e sugerir
melhoria
26 T2-18 Premiar/reconhe
cer os melhores
desempenhos
Motivar os
funcionários
Auditório 14/12/2016 14/12/2016 Gerente Divulgar o evento e
informar por e-mail data,
horário, local com
antecedência de 1 semana;
premiar/reconhecer; realizar
um coffee break
R$ 2.000
FOLHA DE REGISTRO DO DOCUMENTO
1.
CLASSIFICAÇÃO/TIPO
DP
2. DATA
16 de novembro de 2015
3. REGISTRO N°
DCTA/ITA/DP-090/2015
4. N° DE PÁGINAS
123 5.
TÍTULO E SUBTÍTULO:
Enfoque multimetodológico para gestão da evasão no ensino técnico.
6. AUTOR(ES):
Letícia Fukao 7. INSTITUIÇÃO(ÕES)/ÓRGÃO(S) INTERNO(S)/DIVISÃO(ÕES):
Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA 8.
PALAVRAS-CHAVE SUGERIDAS PELO AUTOR:
1. Soft Systems Methodology. 2. Strategic Options Development and Analysis. 3. Métodos de
Estruturação de Problemas. 4. Evasão Escolar. 9.PALAVRAS-CHAVE RESULTANTES DE INDEXAÇÃO:
Pesquisa operacional; Solução de problemas; Educação técnica; Educação profissional; Administração. 10.
APRESENTAÇÃO: X Nacional Internacional
ITA, São José dos Campos. Curso de Mestrado Profissional em Produção. Programa de Pós-Graduação
em Engenharia Aeronáutica e Mecânica. Orientadora: Profa. Dra. Mischel Carmen Neyra Belderrain.
Defesa em 21/10/2015. Publicada em 2015.
11. RESUMO:
A educação profissional tem papel fundamental na competitividade da indústria e do país, sendo o
aumento do número de matrículas em cursos nesta modalidade uma das diretrizes do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI). No entanto, somente aumentar a oferta não é suficiente, é
preciso reter o aluno em sala de aula, garantindo que a qualificação profissional da população
ocorra efetivamente. Sendo assim, o presente trabalho propõe uma multimetodologia para identificar os
motivos que levam o aluno a evadir do curso, e ao mesmo tempo gerar ações que possam minimizar essa
evasão. A multimetodologia proposta é uma combinação dos métodos de estruturação de problemas Soft
Systems Methodology (SSM) e Strategic Options Development and Analysis (SODA). A aplicação desta
proposta na unidade do SENAI Três Lagoas/MS proporcionou uma compreensão da situação atual e
permitiu gerar um planejamento sistêmico para melhoria e um correspondente Plano de Ação.
12. GRAU DE SIGILO:
(X ) OSTENSIVO ( ) RESERVADO ( ) SECRETO