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Instruções Básicas do Companheiro Maçom LAG

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Instruções Básicas

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AS INFORMAÇÕES QUE VÊM A SEGUIR FORAM POR MIMCOMPILADAS, DURANTE O PERÍODO DE ESTUDOS E TRABALHOSNOS GRAUS DE APRENDIZ (1994/95), DE COMPANHEIRO (1996/97) EDE MESTRE MAÇOM (1998 ATÉ HOJE).

FORAM RETIRADAS DE DIVERSOS LIVROS E CATÁLOGOS MAÇÔNICOSDE MUITOS AUTORES, DOS MANUAIS DO GOMG DASINFORMAÇÕES ESCRITAS E VERBAIS RECEBIDAS EM MINHA LOJA, AAUGRESPGRBENGRBENFE EXCCENTLOJ SIMB"ESTRELA CALDENSE", ORIENTE DE POÇOS DE CALDAS – MG, E DACOLABORAÇÃO DE MUITOS IRMÃOS, INTERESSADOS NOAPRENDIZADO DOS IRMÃOS, SENDO IMPOSSÍVEL FAZER UMABIBLIOGRAFIA COMPLETA DEVIDO ÀS ATUALIZAÇÕES CONSTANTES.

DESDE JÁ AGRADEÇO A TODOS OS ESCRITORES MAÇONS E OS IRMÃOSQUE COLABORARAM COMIGO.

O ÚNICO INTÚITO DESTE TRABALHO É AJUDAR AOS NOVOS IRMÃOS AFAMILIARIZAR-SE MAIS RAPIDAMENTE COM NOSSA ORDEM, E COMISSO RETRIBUIR ÀQUELES IRMÃOS QUE ME PROPORCIONARAM TAISCONHECIMENTOS.

TODA MANIFESTAÇÃO DOS IRMÃOS COM A FINALIDADE DEMELHORAR OU CORRIGIR ESTE TRABALHO SERÁ RECEBIDA COMMUITO CARINHO.

OS IRMÃOS QUE NÃO PERTENCEM AO G.´.O.´.M.´.G.´., DEVERÃO FAZERAS ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS AOS RITUAIS E REGULAMENTOS DESUAS POTÊNCIAS.

LUÍS ANTONIO GAIGA - MIMAIO/2012

TODAS ESTAS INFORMAÇÕESSÃO FRANQUEADAS SOMENTE

AOS MAÇONS.

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O COMPANHEIRO:É o Obreiro reconhecido apto para exercer sua arte, e consciente de suaenergia de trabalho, cujo dever é realizar praticamente o plano teóricotraçado pelos Mestres. O irmão se torna Companheiro no desejo deconhecer os Mistérios da Natureza e da Ciência, bem como o significadoda letra Iôd e da Letra G. Os Companheiros têm assento ao Sul da Loja edevem trabalhar ao lado de seu Mestre, com LIBERDADE, ALEGRIA eFERVOR. Sua idade é de 5 anos, e esse número refere-se àQUINTESSÊNCIA, concebido como espírito universal das coisas oucomo um quinto princípio, reduzindo à unidade o quaternário dosElementos. Alude também, aos cinco sentidos, que revelam o mundoexterior, objeto de estudo do Companheiro, enquanto que o número trêsindica que o Aprendiz deve encerrar-se em seu mundo interior.

INTRODUÇÃOO Aprendizado Maçônico equivale à infância, vez que, o Iniciado é novacriatura que fatalmente progride no seu crescimento, obviamentesimbólico, atingindo a virilidade em busca da maturidade.Três são as imposições da jornada em direção ao Companheirismo:Trabalho, Ciência e Virtude.O Trabalho significa o esforço pessoal que abrange uma série defatores, como a perseverança, o ideal, o entusiasmo, enfim, a disposiçãode prosseguir na jornada encetada.A Ciência diz respeito à instrução, não basta o trabalho"operativo" representado pela freqüência às sessões e desempenho dosencargos, é preciso o interesse em direção à cultura.

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Tem-se discutido muito, se um profano analfabeto pode ser submetido àiniciação.A Maçonaria não exige uma elite intelectual, mas o interesse em evoluir;se o Iniciado for analfabeto, ele terá a obrigação de instruir-se, vezque a educação lhe é facilitada com uma multiplicidade de cursospara adultos existentes no País e até programados através decorrespondência ou programas televisivos.Nunca é tarde para a instrução.Percorrido o caminho do Aprendizado, surge a oportunidade deencontrar a instrução. Essa é necessária para desenvolver o intelecto eabrir caminhos para a compreensão filosófica. Aí o Companheiro estaráapto a praticar a Virtude.Cinco são as etapas a transpor e cada uma, simboliza uma parte daCiência, a saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética e Geometria.Esse agrupamento, diante do progresso intelectual de nossos dias,nos parece tímido; contudo são aspectos científicos tradicionais queresumem uma maior gama de conhecimentos, como veremos mais tarde.Comparando a alegoria do sistema solar, o Companheirismo equivale aoposicionamento entre os equinócios da primavera e do outono, vez que, aTerra fecundada das chuvas primaveris, desenvolve todos os frutos quegarantem a continuidade das espécies.A Loja do 2o Grau difere da Loja de 1o. Grau, os pontos diferenciais, asaber:- Cinco pontos luminosos;- A Estrela Flamejante brilha no centro de Loja,- No "Ara do Trabalho", sobre o qual são colocados, uma Régua, umMalhete, um Cinzel, uma Colher de Pedreiro e um Esquadro.- O traje é igual ao do Aprendiz, sendo que a Abeta do Avental seráabaixada.- O Companheiro estará à ordem, mudando a postura, erguendo o braçoesquerdo, pousando o direito sobre o coração na forma convencional.- Possui Palavra de Passe que lembra uma espiga de trigo.- A Palavra Sagrada é a mesma inserida na Coluna "J".- O Sinal é o convencional, bem como o Toque.- A Marcha é a do Aprendiz acrescida de dois passos oblíquos.

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- A Bateria consta de cinco golpes; a Aclamação é a mesma do Aprendiz;o seu Salário é a passagem de uma Coluna para outra, da perpendicular aoNível.- A Lenda do Grau revela a maturidade do homem.- O Trolhamento difere do Aprendiz e possui cinco perguntas; a idade doCompanheiro é de Cinco Anos.- O Ritual Iniciático difere do Ritual do 1o. Grau; cinco são asviagens probatórias; e o juramento é o convencional.

CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃOCerimônia de Iniciação só existe no Pr.’. Gr.’. As outras cerimônias sãode Elevação para o grau de Companheiro e de Exaltação para o grau deMestre Maçom.Nesta cerimônia o neófito não usa venda porque ele já conhece aVerdade, sua vista já é forte suficiente para resistir a luz dentro doTemplo, mas não ainda para subir ao Or.’. Ele usou venda quando, comoprofano bateu nas portas do Templo e foi necessário ocultar de sua vista aLoja em trabalhos maçônicos.No Gr.’. de Ap.’. o profano deve esclarecer suas idéias sobre o Vício e aVirtude e no exame para o Seg.’. Gr.’. deve esclarecer o que aprendeusobre a Verdade e a prática da Virtude; sem Virtude não de pode chegar àVerdade.

A Elevação ao Seg.’. Gr.’. não é um prêmio, não é uma honra, não é umestímulo. É a continuação de um caminho de perfeição que o verdadeiromaçom tem-se traçado e que começou na sua cerimônia de iniciação.Diferentes nomes têm-se dados a esta cerimônia. Em algumas potênciassul-americanas, sempre dentro do R.’.E.’.A.’.A.’., o Ap.’. está com avista vendada e a cerimônia recebe o nome de Iniciação para o Seg.’.Gr.’. nas Lojas inglesas o nome dado é de “passing”, nome usado pelosoperativos. Na França é Recepção no Seg.’. Gr.’.. Em outras potênciassul-americanas, incluindo as Potências brasileiras, se fala de Aumento deSalário. Que a horizontal se faça vertical, a vertical horizontal, e assimsucessivamente, criando degraus para continuar na etapa de elevação.

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Elevação lembra a subida à montanha como símbolo de elevação epurificação. Praticando valores morais, subimos pela Escala de Jacó. Nosritos órficos (feitos em honra a um deus) o iniciado subia por uma escadade madeira. Lembremos os Ziqqurat ou ziguratos, que são templos demuita altura construídos pêlos babilônios e assírios, com uma estruturapiramidal construídos em degraus sucessivamente regressivos, comescadas externas e um escrínio (cofre ou armário no topo); o mais altodos conhecidos foi a Torre de Babel. O homem procura se elevar paraficar mais perto de Deus. É o que vemos nos degraus que sobem ao Or.’.

Primeira Viagem:Ferramentas: Maço e Cinzel, simbolizando a Vontade ativa, firme eperseverante e o Livre Arbítrio; fortifica-se a Vontade para chegar aoLivre Arbítrio.(Ver: Livre Arbítrio)Lembra os 5 órgãos dos sentidos. (Ver: Sentidos)

Segunda Viagem:Ferramentas: Régua e Compasso, simbolizando a Harmonia e oEquilíbrio. Com elas podem-se construir todas as figuras geométricasexistentes. Deus geometriza. A Régua traça a linha de conduta e oCompasso traça um círculo que indica o alcance de nossa linha deconduta. Esta Viagem tem por objetivo o estudo da Arquitetura etambém a Agrimensura, que no Antigo Egito era sagrada e secreta.

Terceira Viagem:Ferramentas: Régua na mão esquerda e Alavanca apoiada no ombrodireito. Alavanca simboliza Potência e Resistência; Potência para regulare dominar a inércia dos instintos; a Alavanca é a Fé que move montanhas.Está relacionada com a Matéria. Tem duas extremidades: o Pensamento ea Vontade. Esta Viagem lembra as sete artes liberais do mundo antigo.(Ver: Artes Liberais)

Quarta Viagem:Ferramentas: Régua e Esquadro que simboliza os propósitos segundo oideal que inspira. Viagem destinada ao estudo da Filosofia.

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Quinta Viagem:Sem ferramentas demonstrando o perfeito desenvolvimento dasfaculdades internas já enumeradas. Existe uma discussão pelo fato de oAp.’., candidato a Comp.’., não portar ferramentas alegando-se queestaria ocioso, mas a verdade é que é uma Viagem de meditação,igualmente proveitosa para o trabalho que virá.Esta Quinta Viagem tem o mesmo sentido horário, conforme o rito decircunvolução. É errado o sentido inverso que em alguns textos ou rituaischegou a ser estabelecido pouco tempo atrás.A Espada contra o peito simboliza a proteção do Anjo da Guarda para oHomem que, expulso do Éden precisa defender-se do Mal que existe nomundo externo; que ele não entre no seu Templo interior.

Das 5 Viagens do Comp.’. quatro são de estudo e uma de contemplação.As Viagens do Ap.’. estão estreitamente relacionadas com as quatroformas clássicas da matéria; as Viagens do Comp.’. não tem obstáculosfísicos e são de tipo operativo e intelectual procurando a conquista dasdisciplinas cerebrais. Na antigüidade o viajante recebia todas as honras,hospedagem, alimento, vestuário, para poder prosseguir sua viagem;podia ser um enviado de Deus, um anjo portando uma mensagemimportante para os homens ou um Profeta ou Grande Iniciado na procurade conhecimento para transmitir aos homens. As 5 Viagens são feitasconforme o rito da circunvolução; o Exp.’. deve conduzir o Ap.’. pelobraço esquerdo para não perder contato com o Altar.Na abertura dos trabalhos no Seg.’. Gr.’., o Oficiante abre o L.’. da L.’.em Amós, Cap. VII, Vers. 7 e 8. Após a leitura dos versículos, sobrepõe-se o Esq.’. e o Comp.’. entrelaçados com a perna esquerda do Comp.’.por cima e a direita por baixo das pernas do Esq.’..O Profeta Amós (o nome significa aquele que leva algo consigo) foi umprecursor do monoteísmo universal e criticou, no seu livro,violentamente diversas nações, em especial Judá e Israel pela hipocrisiareligiosa, os costumes impuros, a corrupção dos que deveriam aplicar alei, etc. Ele era um humilde homem do povo que querendo eliminar deIsrael os maus governantes que abusavam do povo indefeso, percorreu opaís durante 15 anos, clamando pelo retorno da justiça honesta e

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ameaçando com o castigo divino. Amós pedia para o povo estudar paradeixar de ser escravos, purificar suas mentes com a prática da virtude,conhecer e aplicar as tradições de seus antepassados para voltar a ser umpovo forte e respeitado. Amós criticava o desnível entre ricos etrabalhadores sendo ele mesmo um cultivador de sicômoros, árvore queservia para a construção.Na sua visão do prumo Amós anuncia que os muros dos Templos, dosTribunais e das casas dos hebreus, estão condenados a cair, pois elesforam construídos sem as ferramentas que dão estabilidade,conhecimento que foi esquecido por preguiça e por soberba. Aqui, osímbolo do prumo aparece em toda sua expressão moral e intelectual ecom a mesma aplicação social que prega nosso Ritual.A perna do Comp.’. que fica por cima da perna do Esq.’. é uma alegoriaque o espírito está superando á matéria. Ela está no lado Sul que é o ladomais iluminado da L.’. onde sentam os MM.’. e CComp.’. quedesenvolvem, simbolicamente, um trabalho superior ao da Col.’. deAAp.’..

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ALGUMAS DEFINIÇÕES(ORDEM ALFABÉTICA)

AALAVANCAÉ o instrumento do poder de uma vontade inflexível, quando aplicadainteligentemente. A ALAVANCA é a potência e a resistência.

ALFABETO MAÇÔNICO

AMÓS – QUEM FOIO nome significa aquele que leva algo consigo.Pesquisas consideram Amós (750 AC) como o mais antigo dos ProfetasMenores. A denominação de Profetas Menores refere-se exclusivamenteà breve extensão de cada uma das obras escritas desses homens, quepodem ser considerados no mesmo nível dos chamados Maiores.Amós foi o primeiro a colocar todas as nações da Terra debaixo dajurisdição moral do mesmo Deus de Israel, sendo um precursor daconceição de um monoteísmo universal. A tese central do livro está

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contida no cap. 2, 6-16. Amós denuncia, com vocabulário e fraseadosconsiderados dos mais violentos de toda a literatura universal, a hipocrisiareligiosa, a vida religiosa que nada mais é senão uma espécie de sistema desegurança e ao mesmo tempo de alienação, não só do homem como deDeus.Amós dizia de si mesmo: Eu não sou profeta nem filho de profeta. Soupastor e colho frutos de sicômoros (Amós 7,14).Amós surgiu quando pairava sobre os pequenos estados da Palestina asombra ameaçadora da Assíria, no reinado de Jeroboão II (781-743 AC).Sua missão consistia em anunciar que Israel seria conquistada por vontadede Javé. Chegou o fim para meu povo de Israel. Não continuarei mais aperdoá-lo. Naquele dia, os cantos do palácio serão gritos de aflição -oráculo do Senhor Javé. Uma multidão de cadáveres lançados emqualquer parte ! Silêncio ! (Amós 8, 2 e 3).Para esse Profeta, o grande escândalo, o crime imperdoável da sociedadeisraelita, é a exploração dos pequenos pelos grandes. Ouvi isto: vós queengolis o pobre e fazeis perecer os humildes da terra dizendo (...)compraremos os necessitados por dinheiro e os pobres por um par desandálias (...). Não estremecerá a terra por causa disto? Amós 8,4 e 8).Essa afirmação da destruição de Israel por seu próprio Deus obrigava auma revisão dos conceitos que, até então, se tinham feito de Javé. Ele éum Deus que detesta o culto exterior e suas exigências são de ordemexclusivamente moral e espiritual.Os Profetas romperam assim com a conceição de que o ritual, oumanifestação exterior do culto, seria a base da religião, dando maiorimportância à vida moral interior. As exigências morais são feitas não só aIsrael mas a todas as nações, das quais Javé é Senhor soberano e Juiz(Amós 1, 3 a 2, 16). Essa afirmação rompe os quadros estreitos dareligião nacional e lança as bases para a concepção de Javé como umadivindade única para todos os homens.

... Para Amós, o pecado de Israel era a injustiça social. ...

ARTES LIBERAISGRAMÁTICA - Segundo o Aurélio é "o estudo ou tratado

dos fatos da linguagem falada e escrita e das leis naturais que a regulam".

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É a arte de falar corretamente. O Aprendiz, como regra geral pouco fala,mas o Companheiro para instruir-se deve manejar seu idiomacorretamente, tanto no falar como no escrever. Sendo a maçonaria,também, uma Escola, essa parte que compreende à comunicação, deveser fielmente observada; o Maçom deve ser humilde e aceitar ascorreções que possam lhes ser feitas. O discurso é a forma de oMaçom expressar-se aplicando o linguajar correto, buscando as belaspalavras do vernáculo e fugindo da gíria; a perfeição é buscada tambémno uso da palavra. As regras vernaculares não podem ser deixadas paratrás; a concordância, os acentos e o belo discurso devem preocupar todoMaçom.

RETÓRICA - Segundo o mesmo dicionarista, Retórica "é aarte de bem falar; conjunto de regras relativas à eloqüência; livro quecontém essas regras; ornatos empolados ou pomposos de um discurso".É a arte que dá eloqüência, força e graça ao discurso.O discurso pode ser apresentado escrito ou de improviso; em ambos oscasos, as palavras deverão ser "medidas", exteriorizadas com acerto eelegância, banindo-se os empolamentos supérfluos, os termos vulgares;sobretudo, ser comedido; diz o sábio: "Se queres agradar, fales pouco";não é o discurso longo e cansativo, repetitivo e vazio que há de atrair asatenções dos ouvintes; cada palavra proferida deve ter o seu "peso"exato.A eloqüência surge do agrupamento de palavras corretas formadorasde frases exatas, obedecidas as regras gramaticais.Esta arte, nos dias atuais, não vem sendo observada, mas ela não caiu emdesuso; o falar do Maçom deve sempre agradar; a frase deve ter oconteúdo sábio; o ouvinte deve obter desse discurso, o alimentoespiritual e científico.

LÓGICA - Prossegue o Aurélio: "Ciência que estuda as leisdo raciocínio; coerência".Embora "ciência", não deixa de ser uma Arte; a arte do raciocíniometódico; o conduto do pensamento para que se torne compreensível; acolocação exata do pensamento a ser transmitido, usando as premissascorretas.

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A Palavra é um dom e quem o possuir não deve mantê-lo, apenas para si,mas exteriorizá-lo.A palavra consola, anima,excita e entusiasma.

ARITMÉTICA - É a arte de calcular; é a ciência dosnúmeros; todo Maçom deve saber que é a chave de todas as ciênciasexatas. Ninguém prescinde da Aritmética no seu trato social.Difere da Matemática que é a ciência que tem por objetivo as medidas eas propriedades das grandezas.

GEOMETRIA - É a arte de medir. O Companheiroinspirado na letra "G", que representa a imagem de InteligênciaUniversal, deve possuir o conhecimento sobre as medidas, medem-setodos os aspectos da Natureza exterior e interior; medem-se as palavras eas obras e para tanto, são usados instrumentos específicos. Na construçãoela é vital porque nada pode ser feito, sem uma medida adequada, desdeo ponto, às linhas retas e curvas e todas as demais dimensões.A construção principal a que deve dedicar-se o Maçom, é a do seupróprio Templo, símbolo de presença de Deus em si mesmo, no seucorpo físico, mental e espiritual.Os instrumentos de medida são símbolos que devem ser usados comrazão e equilíbrio.

ASTRONOMIA - E a arte de conhecer os astros e os seusmovimentos; não deve ser confundida com a Astrologia que é a "arte dee conhecer o futuro pelos astros".Conhecer a lei que movimenta os astros, satélites, planetas éconhecer o Universo. A maioria dos símbolos maçônicos tem estreitaligação com a Astronomia.Há o Universo exterior e o Universo "de dentro"; conhecê-los é o maiordesafio do Maçom.A Astronomia é simbolizada de forma genérica, na Abóboda Celestedos templos maçônicos.

MÚSICA - É a arte dos sons e de suas alterações; emMaçonaria, os sons são considerados de importância relevante, a partirdas "Baterias", de Aclamação, dos Tímpanos, dos fundos musicais, dosrumores iniciáticos.

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Os sons sensibilizam todo ser humano e conseqüentemente, a Natureza;o som é produzido pela vibração das moléculas do ar e podem serdefinidos em agudos e graves.A percepção das nuanças sonoras apura o ouvido e sensibiliza a Audição.Toda cerimônia iniciática e mesmo todo trabalho em Loja, não dispensa ofundo musical, tanto que é mantido um oficial como Mestre deHarmonia.A educação do "ouvido", ou seja, o despertar da sensibilidade da audição,faz parte daquilo a que Platão se referia como "música das esferascelestiais", que eram os sons que podia absorver do Universo, através deum apurado ouvido espiritual.Os sons propagam-se na atmosfera e são permanentes; os sons espirituaissão como os de estratosfera: silenciosos, mas sempre, vibratórios.A Música conduz o pensamento à meditação, e das Artes Liberaisela é a maior representação.Essas vibrações, o Maçom as recebe através da Audição e do Tato; todo oorganismo capta os sons, os detém, analisa e coloca no "depósito" que é amente.O cérebro absorve todos os sons, sem limites e os acumula qual poderosocomputador.

ARITMÉTICA (Ver: Artes Liberais)

ASTRONOMIA(Ver: Artes Liberais)

AVENTAL DE COMPANHEIROEm algumas Lojas é branco e sem adornos como o de Aprendiz. Emoutras Lojas tem as rosetas de azul pálido adicionadas ao avental, queindicam o progresso que está sendo feito na ciência da regeneração, e quea espiritualidade do Companheiro começa a brotar e desabrocharplenamente.O Companheiro cinge o Avental de modo diferente do Aprendiz; a Abetatriangular levantada no Aprendiz, agora é dobrada dirigindo o ápice parabaixo.Enquanto Aprendiz, é inexperiente no desbaste da pedra bruta de seupróprio caráter e domínio de suas paixões, tem a necessidade de cobrir-se

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e proteger-se também na região epigástrica (sede dos instintosanimalescos).

A COLOCAÇÃO DO AVENTALA participação na Grande de Obra, de uma maneira diferente da doAprendiz, leva consigo a necessidade de colocar-se de modo distinto o"vestuário de trabalho" representado pelo avental: a lapela triangularlevantada no primeiro grau, deve agora dobrar-se dirigindo sua pontapara baixo.Enquanto o Aprendiz, por ser, inexperiente em sua obra de desbastar apedra bruta de seu próprio caráter e dominar suas paixões, tem anecessidade de cobrir-se e proteger-se também na região epigástrica (quese considera como o assento dos instintos animais), esta necessidadedesapareceu para o artista que se fez experto em seu trabalho e,aprendendo dominar-se, pode descobrir sem perigo tal região.Além disso, enquanto o triângulo com a ponta voltada para cimarepresenta o fogo ou o elemento ativo do enxofre que tem que despertarem si e que deve animá-lo, assim como suas mais elevadas aspirações nasque tem que fixar constantemente o olhar para sustentar-se e dirigir-se,cessa esta necessidade para o Companheiro, que se estabilizou firme eirrevogavelmente em seus propósitos e cuja fidelidade é sua qualidademais característica.O triângulo dirigido com a ponta para baixo representa agora a água ouelemento passivo do sal, quer dizer, seu nível de equilíbrio ou condiçãode igualdade, que é a conseqüência da firmeza e da perseverança em seusprimeiros esforços.Representam assim os dois triângulos, respectivamente, o prumo e onível que caracterizam os dois graus: a Força que o primeiro busca em suaPalavra Sagrada por meio de seu conhecimento do real; estabelecimentona consciência de tal Força, presente dentro de seu próprio coração, quecom sua firmeza, fidelidade e perseverança, quer conseguir o segundo.

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No centro da lapela deveria representar-se, neste grau, o pentagrama ouestrela que o simboliza, imagem do ideal ativo presente em seu ser que seacha estabelecido na condição de equilíbrio, firmeza e igualdade indicadapela lapela dobrada sobre o avental.Está muito difundido também o costume de dobrar de um lado, nestegrau, a parte inferior do avental, para indicar que o Companheiro não é,um maçom completo. Este costume, estranha por certo às corporaçõesmedievais das quais herdou seu simbolismo a Maçonaria Moderna,representa a nosso juízo uma superficialidade, por quanto o maçomcompleto ou Mestre, tem outros signos e emblemas que o diferenciam doCompanheiro.O Obreiro da Liberdade e do Progresso, Companheiro de seus Mestres ede seus semelhantes, deve levar como distintivo seu aventalperfeitamente estendido, dobrando unicamente a parte superior paradistinguir-se do Aprendiz, como símbolo de sua ativa participação noTrabalho Construtor que é o objetivo de nossa Instituição.

B

BATERIAÉ certo número de golpes ou pancadas, simbólicos, que durante aabertura, desenvolvimento e encerramento dos trabalhos de uma Loja sãodados pelo Venerável e os Vigilantes com a ajuda do Malhete. A bateriade Companheiro é de cinco golpes.

BATERIA DE LUTOConsiste em golpear no antebraço esquerdo, em memória a algum irmãoque partiu para o Oriente Eterno.

CCADEIA DE UNIÃOÉ uma tradicional prática de fraternidade que deve realizar-se,principalmente depois de terminados os trabalhos de uma Loja e servepara comunicar a Palavra Semestral, fornecida pelo Grão-Mestre.

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CÂMARA DO MEIOLocal onde os Companheiros, obreiros do Templo de Salomão, recebiamsemanalmente seus salários, após terem subido a ESCADA EMCARACOL. Ao chegarem ao cimo da escada os antigos irmãoscompanheiros, se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO, cujaporta, embora aberta, estava, simbolicamente fechada pelo 2º Vigilante,para todos que estivessem abaixo do grau de companheiro. Depois dedarem o S, o T e as PP e outras provas convincentes de queeram Companheiros o 2º Vigilante dizia-lhes: -PASSE, Chib, queassim tinham permissão para entrar na CÂMARA DO MEIO, e suaatenção era despertada por caracteres hebraicos, que atualmente sãorepresentados em Loja, por um triângulo eqüilátero, tendo no centro, aletra Iôd, que significa Deus, o Grande Geômetra do Universo, a quemtodos devemos submeter e adorarmos.Em algumas Lojas a letra “IOD” é substituída pelo “Olho Que Tudo Vê”(Delta Luminoso).

CINZEL (Ver: Maço e Cinzel)

CIRCUNVOLUÇÃO NO TEMPLO

No Ocidente é feita no sentido horário, com o lado direito do corposempre voltado para o centro do Templo. Do Ocidente segue-se aoNorte, Grade do Oriente, Sul e novamente ao Ocidente, sempre emtorno do Altar dos Juramentos.A circulação deve ser feita em passos naturais, sem o Sinal de Ordem.Entretanto, quando o Irmão cruzar o eixo do equador do Templo, deveparar, postar-se à Ordem e fazer saudação ao Delta, após o que se dirigenaturalmente para o ponto desejado, sem o Sinal de Ordem.No Oriente, também a circulação se faz com passos naturais, semnecessidade da observância do sentido horário. Mas, ao cruzar o eixo ou

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equador do Templo, o Irmão deve parar e fazer a saudação ao DeltaLuminoso. Ao dirigir-se ao Venerável ou às autoridades maçônicas, deveparar, fazer a saudação do Grau e postar-se à ordem, exceto os Irmãosportadores de instrumentos de trabalho, que farão apenas um levemeneio de cabeça.

COLUNA BFica a esquerda da entrada do Templo, significa "FORÇA", sua altura erade 18 côvados, sem contar com o capitel, que media cinco côvados, alémdo rendilhado de 2 côvados, e o diâmetro de 4 côvados, supostamenteocas, para guardarem os tesouros e as ferramentas dos Aprendizes eCompanheiros. Cada côvado equivale a três palmos, ou seja 0,6m. Eramfeitas de bronze. Foram colocadas na entrada do Templo, comorecordação aos filhos de Israel da coluna milagrosa de fogo, que osiluminou na fuga da escravidão egípcia, e das nuvens que os ocultaram deFaraó e das tropas enviadas para capturá-los. Assim quando entrassem noTemplo, para celebrar seu culto divino, eles teriam sempre diante dosolhos, a lembrança da redenção de seus antepassados. É a coluna dosAprendizes, e onde os mesmos recebem seus salários, baseando-se narazão.

BJ

COLUNA JFica a direita da entrada do Templo, significa "ESTABILIDADE" suaaltura era de 18 côvados, sem contar com o capitel, que media 5 côvados,além do rendilhado de 2 côvados, e o diâmetro de 4 côvados,supostamente ocas, para guardarem os tesouros e as ferramentas dosAprendizes e Companheiros. Cada côvado equivale a três palmos, ouseja 0,6m.Eram feitas de bronze. Foram colocadas na entrada do Templo,como recordação aos filhos de Israel da coluna milagrosa de fogo, que os

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iluminou na fuga da escravidão egípcia, e das nuvens que os ocultaram deFaraó e das tropas enviadas para capturá-los. Assim quando entrassem noTemplo, para celebrar seu culto divino, eles teriam sempre diante dosolhos, a lembrança da redenção de seus antepassados. É a coluna dosCompanheiros, que sem afastar-se da disciplina racional do Aprendiz ,deverá para tornar-se perfeito pensador, exercitar sua imaginação edesenvolver sua sensibilidade. É a coluna na qual os Companheirosrecebiam seus salários.Elas representam à dualidade Bom e Mau; Masculino e Feminino; Força eBeleza; - e, como cabe a “B” representar o feminino, a beleza, a mãe, opassivo, cabe a Coluna “J” representar o aspecto positivo, o masculino; oforte; o pai; o ativo dessa dualidade.

INTERPRETAÇÃO

Não podemos separar a interpretação das colunas postadas no pórtico doTemplo, pois são intimamente ligadas entre si. Assim sendo tentaremosdar o significado das duas colunas e então interpretaremos a coluna J.As duas colunas que se encontram no ocidente e à entrada do Templo daSabedoria são o símbolo do aspecto dual de toda nossa experiência nomundo objetivo ou o Reino dos Sentidos.Representam os princípios dos opostos, na qualidade manifesta em quasetodos os nossos órgãos, os dois lados, direita e esquerda, os dois sexos.Cosmicamente correspondem aos princípios da Atividade e da Inércia, daEnergia e da Matéria, da Essência e da Substância e metafisicamente pelosaspectos masculino e feminino da Divindade, que, como Pai e Mãecelestiais, como deuses e deusas se encontram em quase todas asreligiões.O Princípio de Vida, é em nós, nosso Pai e nossa Mãe e o Pai-Mãe doUniverso, do Universo em todos os seres.Algumas religiões dão mais importância a um ou a outro desses doisaspectos, mas em realidade são complementares e inseparáveis da ÚnicaRealidade.

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COLUNAS ZODIACAIS

São em número de doze e circundam o Templo. Como no Templo deSalomão estas colunas simbolizam os signos do Zodíaco, isto é, asconstelações que o Sol percorre no espaço de um ano solar. Representamtambém os meses do ano.

COMPASSOServe para desenhar o círculo onde devemos traçar nossos programas detrabalho, no qual nossos meios de realizações estarão restritos. É a nossarealidade "concreta". É a harmonia dos pólos.

CONSAGRAÇÃOAo juramento segue a consagração que se faz, à semelhança da doAprendiz, "pelos golpes misteriosos do grau" que nesta Segunda Câmarasão, como é natural, diferentes.Sua posição de joelhos não constitui de nenhuma maneira um ato dehumilhação em relação com os presentes, senão tão só uma disposiçãoadequada de receptividade em presença do Mistério que tem quecumprir-se nele neste momento culminante da Cerimônia, e do qual oRito da Consagração é simplesmente a representação exterior.Assim como o batismo da igreja pode de certa maneira comparar-se coma iniciação do Aprendiz, a cerimônia da confirmação tem analogia com aconsagração do Companheiro: se trata, pois, de um ato solene e sagrado,no qual se administra ao recipiendário a crisma ou união que o consagraem definitivo como membro fiel da Ordem, depois de umaAprendizagem no que adquiriu um melhor conhecimento dela e pôs aprova sua firmeza e perseverança manifestando a real natureza de seuspropósitos.

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Não pudera, portanto, receber-se devidamente a consagração numaposição distinta: as Forças Espirituais que convergem neste momento porcima de sua cabeça, representada pela espada, devem receber-se numaespecial disposição interior, a qual se acompanha uma adequada posiçãoexterior, que ao mesmo tempo é símbolo da primeira.Os golpes misteriosos que soam sobre sua cabeça e suas costas,representam o momento final na qual ditas Forças se manifestam dointerior ao exterior e de cima para baixo, e vibra então em todo suapersonalidade, desde a cabeça a ponta dos pés, um som novo, uma novatonalidade, uma manifestação mais luminosa de sua Divina Essência: oCompanheiro Maçom nasceu neste momento no recipiendário, que seconverteu, por seus próprios esforços, em Obreiro e Militante daInteligência Criadora, e que, com sua atividade construtiva ao serviço deseus semelhantes, tomará parte, com esta nova investidura, na GrandeObra da Construção Universal.

CONSCIÊNCIASignifica "com conhecimento". Pelo pensamento, chegando aConsciência, chegamos a "dar-nos conta". Com a Consciência, o homemse sente que é "EU", e "pensa porque é". Por ser "EU" penso, e, porquepenso, adquiro a consciência de meus pensamentos.(Ver: Faculdades do Ser Humano)

CORAÇÃO ARRANCADOAntes que faltar a seu juramento, o Companheiro prefere "que lhearranque o coração, destroçando-o e jogando-o aos abutres". Querepresenta este coração arrancado e qual é o significado simbólico dosabutres?Esta penalidade alegórica, a que o Companheiro se condena no caso deinfidelidade as obrigações que acaba de contrair (ou seja, dos deveresimplícitos em sua nova qualidade, aos que acaba de reconhecer) tem umnotável parecer com o mítico castigo de Prometeu quem, depois de haverformado os primeiros homens, mesclando a terra com a água (asemelhança do Eloin hebraico), sobe ao Céu com a ajuda de Minerva (aSabedoria ou Princípio da Inteligência) para roubar ali, o Fogo Sagrado, a

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Chispa Divina que devia animá-los, e a quem por tal atrevimento,condena Júpiter, o Deus Pai da Criação, a ser atado nas montanhas doCáucaso, de onde um abutre tinha que devorar-lhe constantemente asentranhas. Vulcano (o forjador dos metais nas entranhas da terra) se achaencarregado da execução da sentença; enquanto Hércules (a ForçaHeróica que triunfa de todos os obstáculos) se converte depois em seulibertador, matando o abutre, ou seja o pensamento negativo queatormentava seu coração, condenando-lhe a um estado de Impotência (ascadeias que o atam).É evidente que deve existir uma analogia entre a pena simbólica doCompanheiro e este relato mitológico.O coração é, pois, o símbolo da Vida que anima ao organismo (formadode pó e de água, quer dizer, produto da evolução natural dos elementos,desde baixo até em cima, desde o mais denso ao mais sutil) assim comodo Centro Interior do homem; de seu ser, se sua consciência, de seu eu.Aqui se manifesta a Chispa Divina, o fogo sagrado que Prometeu,evidentemente símbolo do impulso evolutivo, arrebata em sua ascensãoao Céu, e que representa o discernimento da realidade superior queconstitui o Mundo Divino, com a ajuda do Princípio Inteligente que é aMente Universal, emanada diretamente de Júpiter.Enquanto o castigo não pode ser senão conseqüência da prostituição damai elevada conquista do mesmo Impulso Evolutivo, o que produziu ohomem e cuja natureza o diferencia dos demais seres da natureza fazendoque preponderem nele seus ideais (a Chispa Divina) sobre suas paixões,desejos e tendências materiais (a água e a terra) que constituem seu serinferior.Júpiter não representa neste caso nenhum princípio de despóticavingança, senão unicamente a Lei Impessoal, segundo a qual cadaindivíduo se decreta seu próprio castigo, pela inobservância da mesma. EVulcano, o executor material do castigo, representa aqueles metais ouqualidades ordinárias do homem, que o escravizam ou atam ao Cáucasoda matéria, até que não se amalgamam no mercúrio filosófico dainiciação.O abutre é o símbolo do remorso interior e do anseio que se ainda nocoração do homem, com a consciência de sua escravidão e o desejo de sua

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liberação, que se realiza pelos esforços do Iniciado, personificado porHércules, quem, com a força que nasce com conhecimento de sua divinaorigem acode a libertar ao homem inferior, que é ele mesmo, daescravidão da matéria, destruindo a ilusão devoradora da Vida de seucoração.O Companheiro, fiel a seu Ideal, deve, pois, cuidar de não prostituir suavida entregando-se às paixões, fazendo-a pasto ou alimento de seusdesejos ou instintos inferiores, a escravidão do que e o remorsoconsecutivo seriam seu próprio castigo. Isto é o que significa ojuramento.

CORDA COM NÓSOu Corda de 81 nós, circunda o Templo quase a altura do teto. Suaspontas terminam pendentes, uma de cada lado da porta de entrada.Representam estas pontas pendentes, que a Maçonaria estará sempreaberta para os demais irmãos que dela necessitar, e receber profanoslimpos e puros, para se tornarem maçons. Os nós em número de 81,representam matematicamente o quadrado de nove na tábua demultiplicar de Pitágoras e três elevado à quarta potência. Simbolicamenterepresenta os maçons formando a Cadeia de União, recebendo a PalavraSemestral. É o laço de união com o Íntimo Deus Interior.

D

DECORAÇÃOÉ um conjunto de adornos que ornamentam uma Loja, variando deacordo com o grau em que está funcionando.

DECORAR AS COLUNASO ato dos Oficiais e demais maçons de uma Oficina, ocuparem os seusdevidos lugares para os trabalhos maçônicos.

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DELTA LUMINOSOFica acima do trono do Venerável, no Oriente de uma Loja Maçônica. Alibrilha o Delta Luminoso, com o Olho Divino no centro. É o símbolo doPoder Supremo e também do Princípio – ONISCIÊNCIA – que é asuprema realidade, em seus três lados, ou qualidades primordiais que odefinem. De ambos os lados do Delta, que representa a Verdadeira Luz, aLuz da Realidade Transcendente, aparecem o Sol e a Lua os doisluminares visíveis, manifestações diretas e reflexos dessa luz invisível, queilumina a Terra, e que, simbolicamente, representam à luz. O Delta éconstituído pelo Triângulo Eqüilátero, considerado a figura mais perfeitaformada por linhas retas, e por isso representa a Perfeição e também aharmonia e a sabedoria. Os seus lados constituem um ternário, que desdea mais alta antiguidade, tem caráter sagrado, e o Ternário tem poremblema essencial o Delta Luminoso. Esse símbolo é triplo por si mesmoe nele se distingue o triângulo, a irradiação que dele sai e o círculo denuvens.(Ver: Onisciência)

DELTA SAGRADOÉ o emblema da Trindade, chamada de Triada, Trindade, etc. NosTemplos franco-maçônicos está geralmente envolvida de uma “glória”. Éo símbolo da tripla força indivisível e divina que se manifesta comoVontade, Amor e Inteligência cósmicos, ou ainda, os Pólos positivo enegativo, e o efeito de sua união.

DEUSÉ o Ser Supremo admitido em todas as religiões. É a Existência Suprema,Criadora e Indefinível, cujo estudo constitui uma das bases da Maçonariae ao qual os Maçons dão à denominação de Grande Arquiteto doUniverso. Com estas simples palavras é definido o Princípio Criador,segundo a concepção maçônica.(Ver: Deveres para com o G.`.A.`.D.`.U.`.)

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DEVERES DO COMPANHEIRODeveres para com o Grande Arquiteto do Universo

O Grande Arquiteto do Universo, ou Deus, é o ser invisível e incriado,misterioso em sua forma e ação; existe sem ser percebido; atua seminterferência humana; criou e cria constantemente e forja a humanidade.Pelo mistério insondável é respeitado e adorado; somente Ele tem odireito à adoração exclusiva; repartir essa adoração com algum sercriado, dentro da Natureza ou no Cosmos, não passa de idolatria, práticaque a Maçonaria condena.A Maçonaria não seleciona "uma espécie de religião"; as aceita todas,uma vez que Deus seja o ponto central e que não haja idolatria.O homem tem a sua liberdade de escolha quanto à forma de adorar aDeus, de cultuá-lo e de manifestar a sua religiosidade que deve visar ogrande respeito para com Deus e tolerância para com os seussemelhantes, amando-os com ternura e fraterna amizade.Os deveres para com Deus abrangem a crença numa vida futura emum local que é denominado de Oriente Eterno, onde se supõe apresença visível de Deus e o desvendamento dos mistérios.Os Maçons, quando reunidos em Loja, elevam preces a Deus parademonstrar o seu respeito e a sua submissão, invocando as benesses deque necessita para usufruir uma vida digna no seio da Natureza e daSociedade.O Maçom crê em Deus como sendo o criador do Universo, conhecido edesconhecido, o que é atual e o que será amanhã.Não há lugar nos trabalhos maçônicos cogitar da existência ou não deDeus; duvidar de sua existência significa falta de respeito. Deus existe e éo criador; o demais, será supérfluo e negativo.Isso não significa uma crença cega, um dogma ou uma ilusão; constituium princípio que deve ser aceito, caso contrário o profano não seráiniciado.O nome dado a Deus de Grande Arquiteto do Universo designa o SerConstrutor, ou seja, o Construtor do Universo.Sabemos que existem múltiplos Universos; ninguém cogita em definire separar esses Universos; ao Maçom basta saber que Deus é o criadordo Universo onde habita.

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O Cosmos é tão incomensurável que a inteligência humana, com rarasexceções não abarca; assim, Deus deve ser considerado o Construtor dohomem e isso resulta em certeza de que essa construção foi divina.Ao apelar-se à mercê de Deus para alguma de nossas humanasnecessidades, o Maçom não deve esquecer que “faz parte desse Deus" eque assim, tem o direito de ser beneficiado pela vontade de um Deusamoroso, um Deus, Pai.A adoração revela-se através de atos de respeito; é uma adoração místicaque ocorre por ocasião da abertura do Livro Sagrado e das preces;contudo, a adoração deve ser em "Espírito"; a nossa mente deveencontrar o caminho da Comunhão, da aproximação, da vidência e docontato direto com o Poder Maior.A veneração deve ser permanente e não apenas durante os trabalhos emLoja; o Iniciado é Maçom permanente e sua ligação com a Divindade étrabalho constante; da Pedra Bruta que o homem é, uma vez burilada,compreenderá muito melhor a influência de Deus em sua vida,inspirador do Amor Fraterno, da Paz e da Amizade.

Deveres do homem para consigo mesmoPorque o homem é criatura de Deus, ele é um todo "santificado", assimdeve tratar à sua mente e ao seu corpo com respeito.A parte física não poderá ser bombardeada com a ingestão de alimentosinapropriados e de substâncias químicas nocivas.O excesso em tudo, é prejudicial, mesmo que seja, simplesmente, naingestão de água; o que dizer então das demais bebidas, em especial, asalcoólicas que leva à decadência e ao vício?Certas religiões não permitem a ingestão de certos alimentos; os hebreuse os orientais desprezam a carne de suínos; os ocidentais lutam paraafastar de sua mesa, as carnes vermelhas; há os vegetarianos que só sealimentam com vegetais grãos e frutos; os maometanos não ingerembebidas alcoólicas.O ar respirado há de ser puro portanto, o uso de cigarros e assemelhados,é nocivo à saúde; os tóxicos químicos levam à degradação e à morte;assim, os que se entregam aos vícios, estão usando mal o seu corpo físicocom as conseqüências funestas de todos conhecidas.

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Deveres para com o próximoDuas são as máximas a serem observadas: Não fazer aos outros o que nãodesejarias que te fizessem; faze aos outros o que desejarias que os outroste fizessem.Há uma compensação nessas duas máximas; uma, negativa, que traduz obem-estar, a paz e a tranqüilidade; a outra, positiva, que traz satisfação,segurança e felicidade.A comunidade é formada por cidadãos com deveres iguais, mas acumprir; a omissão é uma grande falha da sociedade.O "Ama o próximo como a ti mesmo", revela um espírito de igualdade;esse amor é amplo e sem barreiras.O próximo sempre é o "outro", não importando se membro damesma família, se concidadão, se Maçom.O Maçom crê na existência de Deus como Pai criador; logo, todos os porEle criado, são irmãos.A Maçonaria destaca os deveres para como o próximo num sentido lato,pois, todos são esse "próximo".Há Maçons que entendem que esse amor é devido, exclusivamente, aosdemais Maçons.Os deveres para com os Maçons, são outros; derivam de uma Iniciaçãoque une os seres humanos como se essa união fosse de sangue, ou seja, deparentesco.Observando uma família, entre pais e filhos e irmãos, nota-se umcomportamento natural de afeto.O que distingue o próximo do familiar é justamente esse afeto.Entre Irmãos Maçons, além do relacionamento como se fossem o"próximo", há um liame iniciático que conduz a um afeto, às vezes maiorque o familiar.A fragilidade que se observa na sociedade é essa ausência de afeto; afamília já não possui o amor que deveria registrar todos os atos da vida epor essa ausência é que a sociedade fracassa; o ponto central da sociedadeé a família.O Maçom, antes de tudo, deve ser um chefe de família ideal.Os proponentes de candidatos, nem sempre se preocupam em observar oambiente familiar do proposto.

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Existindo falhas na "célula mater", essas refletirão na vida profissional,social e religiosa. A Maçonaria não sendo uma religião, todavia possuiuma vivência religiosa na expressão lata do vocábulo: "religare" (religio);unir Deus à criatura.O Maçom deve prever os acontecimentos que envolvem o próximo elevar a esse a sua colaboração; não se deve esperar que seja feito o pedidode auxílio; esse deve ser espontâneo.O grande "pecado" é o "deixar de fazer", quando alguém necessitadocruza o nosso caminho. O cidadão deve prestar-lhe assistênciaespontânea.Fazer a Caridade não é dar esmolas, mas dar assistência. A primeiramáxima revela a disposição de respeito; valorizar o próximo tendo porbase a própria vivência; ser justo na análise fria que se faça a alguém; nemsequer, um olhar desprezível é aconselhável, pois se esse olhar fordirigido a nós, sentiremos o seu efeito; no mínimo um mal-estar.O ideal será a observância das duas máximas ao mesmo tempo.O fazer aquilo que gostaríamos que nos fizessem parte dopensamento; a força do pensamento atrai o semelhante.Para onecessitado, sendo nós também, um necessitado, pouco poderemosrealizar, mas não possuindo "nem ouro nem prata para dar", demos anossa simpatia, a nossa solidariedade pois, dois infelizes poderão suportaro infortúnio melhor que se agissem isoladamente.A filantropia é uma dasbases da solidariedade humana; o Maçom tem o dever de dar; é "melhordar que receber", máxima evangélica.Para receber é preciso um ato de atração; parte do pensamento positivo;tornar-se receptivo é abrir Caminho para o recebimento de qualquerbenesse.Mas para ser receptivo é preciso ser dadivoso.São Francisco, em sua célebre oração, resumiu: "E dando que se recebe".Nas sessões maçônicas, em especial, através da Cadeia de União, oMaçom permuta benesses.O desequilíbrio social torna uma Nação frágil; cada um de nós, devetentar, pelo menos equilibrar o meio ambiente onde atua.Para conseguir a primeira máxima, deve ser cumprida a segunda;elas subsistem em harmonia plena.

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A ação derivada do cumprimento dos deveres do Maçom, resulta naprática de uma virtude.O Maçom virtuoso é o Maçom completo, o Maçom iniciado.

DEZ (Ver: Simbologia Numérica)

DIFERENÇAS RITUALÍSTICAS ENTRE O 1º E O 2º GRAUS1- O nome da cerimônia para ingressar no 1º Gr.’. chama-se

Iniciação e para ingressar no 2º Gr.’. é conhecida como Elevação.Em Maçonaria somente existe uma Cerimônia de Iniciação quando umprofano é admitido no Primeiro Grau da Ordem.

2 – Na cerimônia de Iniciação para o 1º Gr.’. o profano passa pelaCâmara de Reflexões e para ser elevado ao 2o Gr.’. vai diretamente parao Templo.Na Câmara de Reflexões, o candidato escreve seu Testamento porque eleirá a morrer como profano para depois renascer como Maçom.

3 – Na cerimônia de Iniciação o candidato entra no Templo com avista vendada e na cerimônia de Elevação, o Ap.’. não fica com a vistavendada.a) O candidato fica com a vista vendada para preservar os símbolos, sinaise ritualística de uma cerimônia maçônica, pois não sabemos ainda se eleirá a ser aprovado.b) A vista ainda débil do profano deve ser protegida da luz que vem doOr.’..c) Também preservamos a identidade dos Maçons presentes no Templode eventuais conhecidos do profano e que, identificados por ele, poderiacausar problemas de ordem familiar, profissional, político oudoutrinário.d) A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos do mundoprofano, o que não se aplica a um irmão que já é Ap.’..e) O Ap.’. que está sendo elevado, já conhece uma Loja em trabalhos,conhece seus IIr.’. e se ver um conhecido pela primeira vez não haveráproblema porque ele já jurou e prometeu não revelar a ninguém todo oacontecido em Loja.

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f) A vista do Ap.’. já é forte o suficiente para, desde o Oc .’. suportar aluz que vem do Or.’..

4 – Na cerimônia de Iniciação, o profano realiza 3 viagens e nacerimônia de Elevação as viagens são 5.Na cerimônia de Iniciação o profano é submetido às provas dos 4elementos do mundo antigo: terra, ar, água e fogo (a terra, na Câmara deReflexões).O Ap.’., sendo elevado, já passou por essas provas e agora ele precisaconhecer o uso das ferramentas do 2º Gr.’..(Ver: Instrumentos do Comp.`. Maçom)

5 – Na cerimônia de Iniciação, o profano é submetido a diversasperguntas sobre assuntos que interessam à Maçonaria, incluindo a crençaou não em Deus; na cerimônia de Elevação as perguntas para o Aprendiz,são apenas para certificar-se do seu entendimento dos estudos sobre oSeg.`. Grau.A Loja precisa conhecer, antes da sua definitiva aceitação, se opensamento do profano está de acordo com os princípios da Ordem. OAp.’. já é conhecido da Loja e não mais precisa ser questionado.

6 – A idade do Ap.’. é 3 anos e do Comp.’., 5 anos.A idade do Ap.’. é de 3 anos, porque na antigüidade esse era o temponecessário para seu preparo. O 3 indica que o Ap.’. deve-se encerrar emseu mundo interior.A idade do Comp.’. lembra a “Quintessência” e os “Cinco Sentidos” .(Ver: Quintessência e Sentidos)A idade do Comp.’. significa que ele está mais avançado na vida maçônicaque o Ap.’. mas ainda tem muito caminho para percorrer até chegar àperfeição iniciática.

7 - O Sinal do Ap.’. é diferente do Sinal do Companheiro.Ambos SS.’. lembram o juramento do grau, acrescentando oCompanheiro o compromisso de amar fervorosa e dedicadamente seusirmãos e ele, com sua m.’. d.’. levantada reafirma a sinceridade dapromessa feita.

8 – A Marcha do Ap.’. tem 3 passos e a do Comp.’. tem 5 passos.Ambas lembram o número do Grau, que se repete na idade, nas batidas,no Toque, etc.

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9 – Os passos da marcha do Ap.’. tem uma direção só e a doComp.’. desvia-se de direção.A Marcha do Ap.’. tem uma direção única simbolizando que ele aindanão pode apartar-se de seu caminho porque sem maiores conhecimentosele se perderia e não conseguiria voltar mais.O Comp.’. está suficientemente instruído para marchar em mais de umadireção mas sempre seguindo a linha reta em que foi colocado pelaOrdem; ele pode-se desviar e voltar simbolizando que se nos desvia aafetividade, podemos voltar a linha reta pela razão, ou que tomamos luzdos Mestres para levar para nossos irmãos AAp.’., ou que podemosprocurar a verdade em outros caminhos.

10 - As PP.’. e SS.’. são diferentes. A P.’. S.’. do Ap.’. significaforça, moral, apoio e a do Comp.’. significa estabilidade, firmeza. Ambaslembram a respectiva coluna da entrada do Templo.

11 – O Ap.’. não tem P.’. de P.’.De acordo com a antiga tradição, o Ap.’. ficava 5 anos encerrado noTemplo para o qual entrava após 2 anos de observação por parte dosCC.’. e dos MM.’. sem se comunicar com o mundo profano e, casodeixasse o Templo, ele jamais voltaria, não precisando assim de P.’. deP.’.

12 – A forma de transmitir a P.’. S.’. é diferente.Como o Ap.’. não sabe ler nem escrever, sabendo apenas soletrar, nãopode dar a P.’. S.’. precisando que quem a pede, dê a primeira letra e eleda à segunda.O Comp.’. não é mais ignorante e ele pode dar a P.’. S.’. sem ter quereceber auxílio.

13 – A abertura do L.’. da L.’. é diferente. No grau de Ap.’. o L.’.da L.’. é aberto no Salmo 133 e são lidos os versículos 1, 2 e 3 que elogiaa fraternidade que deve reinar entre os Irmãos. No grau de Companheiroo L.’. da L.’. é aberto em Amós, cap. 7, e são lidos os versículos 7 e 8,que critica os israelitas que não usaram o prumo nas construções.

14 – A colocação do Esq.’. e Comp.’. são diferentes. No grau deAp.’. sobrepõe- se o Esq.’. e o Comp.’. sobre o L.’. da L.’.; o Comp.’.com as pontas voltadas para o Oc.’. cobertas pelas pernas do Esq.’. queapontarão para o Or.’.. O Esq.’. simboliza a parte material que por

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enquanto no Ap.’. sobrepõe- se à parte espiritual representada peloComp.’.No grau de Comp.’. sobrepõe- se o Esq.’. e o Comp.’. entrelaçadossobre o L.’. da L.’.; o Comp.’. com as pontas voltadas para o Oc.’.ficará com a ponta que aponta para o Sul sobre o Esq.’. e a outra sob omesmo, simbolizando que no Comp.’. a parte espiritual começa asobrepor à parte material e é na parte do Sul (o Norte permanece nastrevas, no Hemisfério Norte) que a parte espiritual começa a se destacar.

15 – As colunas B e J no grau de Ap.’. ficam encimadas por 3 romãse no grau de Comp.’. a coluna B por um globo terrestre e a coluna J porum globo celeste.No grau de Ap.’. as romãs simbolizam a união entre os maçons, aigualdade deles, à procura de Deus, à ajuda aos seus semelhantes e lembraoutros valores dos maçons.No grau de Comp.’. o globo terrestre e o globo celeste simbolizam auniversalidade da Ordem.

16 – A Loja de Comp.’. tem janelas.A Loja de Ap.’. não tem janelas, estando iluminada unicamente pela luzque vem do Or.`..Uma Loja de Comp.’. é iluminada por 3 janelas situadas no Or.’., no Sule no Oc.’.; no Setentrião (Norte) não existe janela porque a luz nuncavem dessa direção (hemisfério Norte).

17 – O Ap.’. usa o avental com a abeta levantada e o Comp.’. abaixaa abeta de seu avental.O Ap.’. usa a abeta levantada para proteger o chacra localizado na regiãoepigâstrica dos cascalhos da pedra bruta que ele está desbastando; e paralembrar permanentemente a ele que a parte espiritual (representada pelotriângulo) deve estar acima da parte material (representada peloretângulo) do avental.O Comp.’. já terminou o desbaste da pedra bruta (não precisa deproteção) e ele já conhece a diferença entre a parte espiritual e a material;não precisa ser lembrado.

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E

ESCADA CARACOLEscada no Templo de Salomão, em cujo cimo chegava-se a CÂMARADO MEIO DO TEMPLO, na qual os antigos irmãos companheirossubiam para receber seus salários. Era constituída por 3, 5 e 7 ou maisdegraus, porque TRÊS governam a Loja, CINCO a constituem e SETEou mais a tornam perfeita. A lenda da escada em caracol pode tambémser considerada como alegoria, na qual um jovem, tendo passado àadolescência como Aprendiz, e a virilidade como Companheiro, tenta,ousadamente, avançar e subir, apesar do caminho tortuoso e a sua subidadifícil, na esperança de, pela diligência e pela perseverança, chegar àidade madura como um Mestre esclarecido.(Ver:Três,Cinco e Sete)

ESCADA DE JACÓ E SEUS SÍMBOLOS

Composta de muito degraus, cada um deles representa uma das Virtudesexigidas ao Maçom para caminhar em busca da perfeição moral.Em sua base, centro e todo, destacam-se três símbolos, muito conhecidosdo mundo profano: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE, virtudes teologaisque devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser humano,principalmente do Maçom, que não se deve esquecer, jamais, dedepositar FÉ no G.’.A.’.D.’.U.’. , ESPERANÇA, no aperfeiçoamentomoral, e ter CARIDADE para com seus semelhantes. A Fé é a sabedoriado espírito, sem a qual o homem nada levará a termo. A Esperança é aforça do espírito, amparando-o e animando-o nas dificuldadesencontradas no caminho da vida. A Caridade é a beleza que adorna oespírito e o coração bem formados, fazendo com que neles se abriguemos mais puros sentimentos humanos.

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É o caminho iniciático da perfectibilidade. Nesta escada aparecem trêssímbolos:- A Cruz que significa a Fé, ou seja, os sentimentos de confiança e

certeza e a convicção da existência do G.A.D.U.;- A Âncora, que simboliza a Esperança e sugere aos maçons a segurança

com que se pode alcançar os verdadeiros objetivos da vida; e- O Cálice, que simboliza a Caridade, o verdadeiro amor que o maçomdeve dedicar ao próximo, cuja prática está na disposição de auxiliar o

nosso semelhante.

ESPADAEmbora, use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta dograu de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agoracompanheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos domesmo grau ou superior.

A ESPADA é o Poder do Verbo Criador.

ESPADA SOBRE O PEITO

Nesta revisão do caminho recorrido, a espada apontada sobre seu peitorecorda ao novo companheiro seu ingresso no Templo, na cerimônia deiniciação como Aprendiz. Este é, efetivamente, um dos sentidossimbólicos da mesma.Como na iniciação do Aprendiz, a espada sobre o peito indicafundamentalmente a dor que sempre nos faz "dirigir para dentro",pensar, reflexionar, discernir e saber. Não pode existir sabedoria que nãose faça de alguma maneira amadurecido com a dor; assim como também

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todos nossos sentidos e faculdades nasceram e se manifestaramevolutivamente sob seu estímulo benéfico.Para o Companheiro, a espada do Experto que o impulsiona em seumovimento retrógrado, representa sobre tudo, aquele irrefreável desejoque nasce em seu mesmo coração e o impulsiona a abandonar todas asregras que seguiu até então, para conquistar a liberdade que lhe aparececomo Bem Supremo e como a coisa mais desejável. Ao mesmo tempo,nasce uma espécie de remorso que esconde em si o constante anelo deprogresso inerente em todo ser humano, e que o segue constantementenaquela recaída, que é a primeira conseqüência da liberdade queacreditou poder conquistar abandonando as regras seguidas até então;este mesmo remorso, esta voz da consciência que representa a espada, efaz sentir sempre mais forte a regra interior que será para ele desde agoraLei Suprema de sua conduta.

Portanto mais que uma ameaça, a espada representa uma indicação:mostra ao Companheiro onde tem de buscar de agora em diante a réguaperdida, a lei de sua conduta, e o novo instrumento (o sétimoinstrumento necessário na Grande Obra de Construção Individual) queem seu próprio coração, nas profundezas de seu eu, no centro se seu Ser,deve haver efetivo, com o reconhecimento de sua verdadeira natureza, ecom a intuição que o faz canal e veículo da Inspiração Divina. Este é osentido real da espada que se acha apontada sobre seu peito, já não paraameaçá-lo, senão para guiá-lo a reconhecer o privilégio de sua DivinaLiberdade e fazer de tal privilégio o uso mais sábio e mais inteligente.

Assim, pois, mostra a espada ao novo Companheiro a necessidade deconhecer-se a si mesmo, para que possa assim contestar a pergunta Quemsomos?, que é o problema iniciático deste grau.

ESPIGA DE TRIGOÉ tomada como símbolo da universalidade, da evolução espiritual e daindestrutibilidade da vida, e nos mistérios de Elêusis o era do supremomistério. Simboliza o 2º Grau (Companheiro).(Ver: Palavra de Passe)

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ESQUADROPermite controlar o corte das pedras que devem ser estritamenteretangulares, para se ajustarem, com exatidão, entre si. O Esquadrodetermina as condições de solidariedade. É o emblema da Sabedoria, poisensina-nos que a perfeição consiste, para o indivíduo, na justeza com quese coloca na sociedade. É a jóia (móvel) usada pelo Venerável Mestre,que nos induz a corrigir os defeitos que nos impeçam de manter,firmemente, nossa posição na construção humanitária. O ESQUADRO éo TAU, é a Experiência e o Acerto.

ESTRELA FLAMEJANTE OU FLAMÍGERA

A pentagonal, um dos ornamentos da Loja. É o símbolo da DivindadeCósmica, e para tornar isto mais evidente, traz inscrita em seu centro aletra "G", alusiva a DEUS (ou Geômetra). O Fogo Sagrado sob a Estrela,é o reflexo deste e o símbolo de nosso Espírito, "feito à imagem esemelhança do Criador". É o emblema individual do Companheirismo,"o astro que ilumina a Loja de Companheiros", onde figura ao Oriente,acima do Venerável, ou ao Ocidente, entre Colunas, ou ainda acima dopedestal do 2º Vigilante. É considerada o símbolo do Companheiro,porque o Companheiro é chamado a tornar-se foco ardente, fonte de luze de calor. A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo aodevotamento sem reservas, mas com discernimento, porque está aberta atodas as compreensões. Suas cinco pontas significam figurativamente osquatro membros dos homens e a cabeça que os governa. Como símbolodas faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou damatéria. Assim, a Estrela Flamejante é, mais particularmente, emblemado PODER e da VONTADE. A Estrela Flamejante está colocada entre oSol e a Lua, de maneira que com eles, forme um triângulo, irradiando aluz do Sol e da Lua, afirmando que a inteligência e a compreensãoprocedem, igualmente, da RAZÃO e da IMAGINAÇÃO.(Ver: Simbologia Numérica)

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EXALTAÇÃOVencido o interstício legal, o candidato achando-se em condições de subirde grau, apresentará um trabalho escrito sobre qualquer tema do grau.Posteriormente, em sessão previamente marcada, haverá a sabatina docandidato, em Loja. No caso do candidato ser aprovado o mesmo seráexaltado ao Grau de Mestre Maçom.A exaltação dos candidatos se fará em sessão especial.

F

FACULDADES DO SER HUMANO

PENSAMENTO - O pensamento é a faculdade que temos deconhecer as coisas e nos relacionar intimamente com elas: a faculdadepor meio da qual nossa mente plasma uma imagem das coisas exteriores,que percebe por meio dos sentidos, e na base a qual forma conceitos eidéias mais ou menos particulares ou gerais, concretas ou abstratas, commais ou menos claridade segundo seja a intensidade da impressão e dareflexão.Dado que tudo no Universo é vibração, podemos dizer também que opensamento é vibração da mente, assim como o som é do ar, a luz doéter, com a eletricidade, o calor, etc.Esta vibração mental afeta uma forma e um aspecto particular, com osquais os reconhecemos interiormente nesta consciência.Por conseguinte, o pensamento é o produto da atividade de nossa menteestimulada pela ação exterior dos sentidos ou interior da vontade, e destaatividade adquirimos consciência em diferentes graus, segundo semanifesta interiormente a luz de nosso eu e interiormente o percebemosnessa luz.Assim como há pensamento consciente há também pensamentosubconsciente, que está mais alem do raio da consciência, o qual sedesenvolve na forma mais ou menos automática, relacionando-se semprecom o pensamento consciente, do que representa como uma penumbra,um reflexo ou ressonância obscura, porem não por esta razão inteligente.

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CONSCIÊNCIA - O estudo do pensamento leva naturalmenteao da consciência, sendo esta causa direta ou indireta de todopensamento, seja consciente, seja reflexo ou subconsciente.Consciência (no latim conscientia) vem de conscire que significa "dar-seconta", "perceber", "fazer-se sábio", "adquirir conhecimento" de algo. Éa faculdade central e primordial de nosso ser, o que chamamos nosso eu eque é o fundamento permanente de todas nossas experiências. É o fulcrointerior e o centro de gravitação indistintamente de todas asmanifestações de nossa personalidade. A celebre frase de Descartes"cogito, ergo sum" expressa, no fundo uma inexatidão. Na realidade nãosomos porque pensamos, senão melhor, pensamos porque somos: o fatode ser é fundamental, sendo anterior a nossa capacidade de pensar. Emvez de ser uma necessária demonstração de nossa existência, pensar numaconsciência da mesma: e o fato de ser, anterior a toda outra consideração.Se não fossemos, tampouco poderíamos pensar que pensamos, nemportanto que somos.Enquanto somos, pensamos, e adquirimos consciência de nossospensamentos.Base de todas nossas faculdades, nossa consciência é a luz interior que nosilumina, "aquela luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo",que dizer a percepção da realidade objetiva. Sem ela seríamossimplesmente autômatos inconscientes, incapazes de pensar, saber,julgar, querer, eleger e dirigir-mos. Seu desenvolvimento, ou melhordito liberação e expressão, caracteriza no homem o desenvolvimento desuas mais elevadas possibilidades.

INTELIGÊNCIA - Estreitamente relacionada com o pensamentoe com a consciência, se acha a inteligência, palavra que provem do latimintelligere, quer dizer, inter-legere ou inter-ligare "ler dentro" ouentreligar". É pois a faculdade de ler ou penetrar dentro da aparência dascoisas, interligando-as e reconhecendo o laço ou nexo interior que as unee manifesta sua "gênesis" origem nas diferentes analogias.Por meio de sua Inteligência - ou consciência aplicada ao pensamento - ohomem chega a conhecer a verdadeira natureza do mundo que o rodeia,de si mesmo e todas as coisas que caem sob seus sentidos; compara estas

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coisas, as classifica, as distingue e as relaciona umas com as outras e seforma assim conceitos e idéias sempre mais abstratas e gerais, retiradosdo particular e concreto. Assim, pode descobrir, reconhecer e formularas Leis e Princípios que governam o Universo, assim como os quegovernam seu próprio ser interior, sua própria vida íntima psíquica,intelectual e espiritual.A inteligência, é pois, o uso consciente que fazemos de nossa faculdadede pensar, sendo este uso consciente do pensamento o que nos distinguedos seres inferiores (que também pensam, porem com um grau inferiorde consciência, e portanto, de inteligência), e ao mesmo tempocaracteriza e mede o desenvolvimento ou grau de manifestação daconsciência.Desde inteligência instintiva, quase automática, que caracteriza o reinomineral, determinando a afinidade atômica e governando a formação doscristais assim como a atividade físico-química, passamos a um grausuperior de inteligência (igualmente instintiva, porem menos automática)no reino vegetal, cujas funções são mais complexas e mais livres, em queseja difícil falar de liberdade nos reinos inferiores, segundo o sentidohumano da palavra.Certo grau rudimentar de liberdade se manifesta naquela inteligência queproduz a afinidade eletiva, que é a causa da seleção e evolução dasespécies, seja no reino vegetal como no animal. Chegamos assim aosinstintos da vida animal, e, destes, a inteligência humana, caracterizadapela razão consciente que pode ascender do concreto ao abstrato, dapercepção puramente física, ao discernimento de uma realidademetafísica.

VONTADE - Companheira da inteligência e de seudesenvolvimento, em seus estados sucessivos, a Vontade é a faculdade dedesejar e querer. A vontade é a gêmea da Inteligência: enquanto esta é afaculdade passiva e luminosa de nosso ser, a que determina e guia nossosjuízos, a Vontade é aquela faculdade ativa por excelência, que nosimpulsiona a ação, traduzindo-se em esforço construtor ou destrutivo,segundo a particular direção da Inteligência. As duas faculdades estãoassim constantemente relacionadas e se determinam e influenciammutuamente.

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O Pensamento, dirigido pela Inteligência, prepara a linha ou direção naqual se canaliza e segundo a qual atua a Vontade, enquanto esta, por suavez determina e dirige a atividade intelectiva do pensamento, sendo aConsciência o centro motor estático determinante das duas.Assim como há consciência e subconsciência, pensamento consciente epensamento subconsciente e, portanto, inteligência racional comoinstintiva, há também uma vontade instintiva ou automática ao lado davontade inteligente ou racional. A primeira é a que constitui nossosdesejos e nossos impulsos, em comum com os animais e seres inferiores,enquanto a segunda é o resultado da reflexão, o fruto de umadeterminação inteligente.Por sua íntima natureza, o progresso destas duas faculdades deve estarconstantemente relacionado. A marcha do Aprendiz, indica esteprocesso: a cada passo do pé esquerdo (passividade, inteligência,pensamento), deve corresponder igual passo do pé direito (atividade,vontade, ação) em esquadro, ou seja em acordo perfeito com o primeiro.

LIVRE ARBITRIO - Como coroamento e conseqüêncianecessária do estudo das faculdades humanas, chegamos ao problema dodeterminismo e do livre arbítrio, um problema sobre o qual muito sediscutiu doutos e sábios em todos os tempos, pois de sua solução dependea irresponsabilidade ou responsabilidade do homem e, portanto, autilidade de todo esforço.A solução deste problema é de importância fundamental para o maçom,pois se o homem não for livre em suas ações e determinações aMaçonaria, como Arte Real da Vida, não teria razão nenhuma de existir.O Companheiro, que reconheceu interiormente a verdadeira natureza desuas faculdades, se acha agora perfeitamente capacitado para resolver-se.É sem dúvida, que a vontade, e por conseqüência a atividade do homem eo fruto de suas ações, se acham determinados pelo o que ele pensa, julgae vê interiormente. Assim pois, o que o faz único e como obra emdeterminadas circunstância, o que elege constantemente (seja esta eleição

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consciente ou inconsciente), depende de sua maneira de pensar, de suaclaridade de mente, de seu juízo e de seus conhecimentos.Por conseqüência, livre arbítrio e liberdade individual existem para ohomem em proporção do desenvolvimento de sua Inteligência e de seuJuízo.Para o homem inteiramente dominado por suas paixões, instintos, víciose erros, não existe o livre arbítrio, como existe para o homem iluminadoe virtuoso. Os instintos e as paixões determinam constantemente seusatos assim como os do animal e o ata ao julgo de uma fatalidade que é aconseqüência ou concatenação lógica das causas e dos efeitos, ou seja adupla reação interior e exterior de toda ação.Mas para quem se esforça constantemente em dominar-se e dominar suaspaixões, elegendo constantemente o mais reto, justo e elevado, o livrearbítrio, no sentido mais amplo da palavra, é uma realidade, pois pormeio desse esforço se liberta dos vínculos que atam ao homem instintivoa seus erros e paixões: conhece a Verdade e a Verdade o faz livre.Portanto, assim como o homem passa do domínio do instinto ao domínioda inteligência, e da cega obediência a suas paixões a uma clara einteligente determinação ou, em outras palavras, do erro à Verdade e dovício à Virtude, assim passa igualmente do domínio da fatalidade que éprópria de sua natureza instintiva ou inferior, ao domínio da liberdade,própria de sua natureza divina ou superior, e esta se afirmaconstantemente sobre aquela.Este é o caminho da liberdade que a Maçonaria indica aos homens nasdiferentes viagens ou etapas de seu simbólico progresso. Caminho eprogresso que se realizam por meio do esforço individual sobre a Sendada Verdade e da Virtude, as duas colunas que dão acesso ao Templo daDivina Perfeição de nosso Ser.

FAMÍLIAA Maçonaria por ser uma associação de pessoas com os mesmos interessese por sua fraternidade, é considerada uma grande família: a famíliamaçônica. A expressão “em família”, maçonicamente serve para designaras Sessões em que, em caráter excepcional, são abolidas as formalidades

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ritualísticas, principalmente o uso da palavra, que não depende da formale normal tramitação.

FERRAMENTAS (Ver: Instrumentos do Comp.`. Maçom)

G

G.`.A.`.D.`.U.`.(Ver: Deus e Deveres do Comp.`. para com o G.`.A.`.D.`.U.´.)

GENIO (Ver: Letra G)

GEOMETRIA (Ver: Artes Liberais e Letra G)

GERAÇÃO (Ver: Letra G)

GLOBO TERRESTRE E CELESTE

Esferas que encimam as colunas B.`. e J.`., respectivamente, e assinalama Universalidade da Maçonaria.

GNOSE (Ver: Letra G)

GRAMÁTICA (Ver: Artes Liberais)

GRÃO DE TRIGOO Iniciado é simbolizado pelo Grão do Trigo, atirado e sepultado nochão, para que germine e abra; para que inicie um novo ciclo com seupróprio esforço, pois contém em si mesmo todas as possibilidades da vidae iniciará seu caminho para a Luz.(Ver: Palavra de Passe)

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GRAVIDADE (Ver: Letra G)

H

HEXAGRAMA (Ver: Simbologia Numérica)

HIRAMRei de Tiro, que manteve amizade e aliança com Davi e depois com osábio Rei Salomão. Ajudou a edificar o Templo de Jerusalém, enviando-lhes material e operários, bem como o hábil artífice HIRAM-ABIFF. Foiuma dos três Grão-Mestres na construção do Templo.

HIRAM-ABIFFTambém chamado de HIRAM-ABI. Hábil decorador e metalúrgico, foienviado por Hiram, Rei de Tiro, ao sábio Rei Salomão, para trabalhar osquerubins, colunas e adornos do suntuoso Templo de Jerusalém.Responsável pela fabricação das Colunas de bronze e dos vasos sagrados,nos terrenos argilosos das margens do Rio Jordão, entre Sucó e Zeredatá.Foi um dos três Grão-Mestres da construção do Templo, junto com o ReiSalomão e o Rei Hiram.

IIDADE DO COMPANHEIRO5 anos.

I.`.N.`.R.`.I.`.Tetragrama que encerra o significado secreto da Palavra Sagrada. EstaPalavra Sagrada não é pronunciada. É solicitada por meio deinterrogatório especial nos Graus Superiores

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INSTRUMENTOS DO COMPANHEIROSão 09 os instrumentos do grau de Companheiro que aparecem no Paineldo Grau, sendo que os 06 primeiros são utilizados nas viagens na sessãode Elevação:

1 -O MALHETE (ou MAÇO) é a Fortaleza .

2 -O CINZEL é a Determinação.

3 -A RÉGUA é o Equilíbrio.

4 -O COMPASSO é a Harmonia dos pólos .

5 -A ALAVANCA é a Potência e a Resistência.

6 -O ESQUADRO é o TAU, é a Experiência e o Acerto.

7 -O PRUMO é o Ideal realizador para o mundo.

8 -O NÍVEL, é o Esforço, a Superação e o Equilíbrio.9 -A TROLHA (pá de pedreiro) é o Serviço e a Caridade .

OBS.’.A ESPADA

Embora, use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta dograu de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agoracompanheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos domesmo grau ou superior.

A ESPADA é o Poder do Verbo Criador.

INTELIGÊNCIAÉ a faculdade que penetra, para ler no interior das aparências. Por meioda Inteligência (que é a Consciência aplicada ao Pensamento) o homemchega a conhecer a natureza de todas as coisas que caem sobre seus cincosentidos, e, assim por meio desta faculdade, já poderá conhecer as Leis

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que governam o Universo, e, sobretudo, AQUELAS QUE GOVERNAMSEU PRÓPRIO MUNDO INTERNO, SUA PRÓPRIA VIDA ÍNTIMA,FÍSICA, MENTAL E ESPIRITUAL. Com a Inteligência, o homem sedistingue do animal, porque com ela, já pode usar a Vontade, bem comousar conscientemente o intento do Pensamento, o que o distingue dosseres inferiores à sua escala. (Ver: Faculdades do Ser Humano)

J

JANELASSão três as janelas que iluminam a Loja de Companheiros, e ficamsituadas respectivamente no Oriente, Sul e Ocidente. No Norte nãoexiste janela porque a luz nunca vem dessa direção. As janelas servempara iluminar a Loja à entrada e à saída dos Obreiros.Enquanto o Templo não tem no grau de Aprendiz nenhuma janela,significando-se com isto que a luz há de se buscar unicamente no interior,o companheiro reconhece e utiliza no mesmo três janelas que se abremrespectivamente ao Oriente, ao Ocidente e ao Meio dia e servem,segundo nos diz, para iluminar aos obreiros quando vêem ao trabalho,enquanto trabalham e quando se retiram.Estas janelas se referem, evidentemente, a Luz que o Companheiro,depois de havê-la buscado em seu foro interno em seu estado deAprendiz, se acha agora em grau de perceber, as novas capacidadesintelectivas que se desenvolveram nele, e que o permitem agora sentar-sena região clara do Sul, podendo suportar a plena luz do Sol e julgar ascoisas com maior profundidade.A janela do Oriente representa seu conhecimento metafísico da Realidadedo universo e dos Princípios e Leis que o governam, constituindo ofundamento geométrico-genético da "realidade objetiva". Esta se percebee reconhece pela janela do Ocidente, símbolo da ciência física, doconhecimento e da experiência exterior das coisas. Enquanto a janela doMeio-dia, se refere, como é evidente, a seu próprio mundo interior, asua consciência e inteligência, por meio das quais trabalha, elaborando erelacionando interiormente os materiais e conhecimentos obtidos do

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exterior em harmonia com os planos (Princípios e Leis) reconhecidosatravés da janela do Oriente.As três janelas denotam, por conseqüência, três distintos gêneros deexperiência que podem considerar-se como três mundos distintos: oMundo Divino, ou experiência da realidade transcendente, o MundoInterior ou experiência da realidade subjetiva, e o Mundo Exterior ouexperiência da realidade objetiva, segundo os quais o Companheiro temque Orientar o Templo de sua vida individual, para que sejaconstantemente iluminado em seus três lados ou gêneros de atividade,quando ingressa no Templo, enquanto trabalha nele, e quando se retira.O ingresso no Templo corresponde, pois, a capacidade de abstrair-se dascoisas e imagens exteriores, concentrando sua atenção na RealidadeTranscendente que constitui o Mundo Divino. A janela através da qual sepercebe esta simbólica Luz do Oriente, ou seja, da origem das coisas, seacha dentro de nosso mesmo "eu", ao Oriente ou origem de nossa vida ede nosso ser. A percepção desta Luz, ou seja, o impulso vital de nosso SerEspiritual, é a que marca ou assinala o início da atividade maçônica.O trabalho é a mesma atividade interior de nossa Inteligência, iluminadapelo desenvolvimento (Meio dia) de suas faculdades mentais: a lógica e amemória, a percepção e o juízo, a compreensão e o discernimento,relacionando os Princípios com suas expressões visíveis e as Causas comos Efeitos. E quando o sol se acerca ao Ocidente, quer dizer, quando aRealidade nos apresenta unicamente em sua aparência exterior, é quandosaímos de nosso íntimo Santuário, para enfrentarmos com o mundo damatéria.As horas que transcorrem entre o meio dia e o por do sol são portanto asque caracterizam o mais proveitoso e fecundo trabalho do Companheiro,quando podem colocar-se em seus lugares os materiais preparados pelosAprendizes nas horas da manhã. Ou seja, simbolicamente, tirar proveitodas luzes, experiências e conhecimentos adquiridos, aplicando-osconstrutivamente.Neste trabalho se esforça o Companheiro em "ajudar os Mestres", postoque até que não haja adquirido a capacidade de sentar-se ao Oriente,estabelecendo-se no estado de consciência superior que caracteriza oMagistério, deve forçosamente limitar-se a aplicação dos planos ou

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ensinamentos que recebe, empenhando-se por meio das mesmas emalcançar a perfeição. E se dedica a esta tarefa com alegria fervor eliberdade, caracterizando esta atitude mental todo esforço efetivo sobre asenda do Progresso.

JÓIAS DA LOJA

3 móveis:

o ESQUADRO, (Insígnia do Venerável Mestre)

o NÍVEL ( que decora o Ir. 1º Vigilante)

o PRUMO ( que decora o Ir. 2º Vigilante)

São chamadas de Jóias móveis, porque, além de passar a novosserventuários, o Esquadro regula o talhe das pedras, de que o Nívelassegura a posição horizontal, enquanto o Prumo permite que sejamcolocadas verticalmente.

3 fixas:

a PEDRA BRUTA

a PEDRA CÚBICA

a PRANCHETA DA LOJA

JURAMENTOEleito o Reto Caminho da Verdade e da Virtude, lhe abre novamente asenda do Oriente, até que chegue diante da área, aonde tem que dobrar o

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joelho esquerdo, significando com ele o domínio adquirido sobre seusinstintos e paixões conservando a direita em esquadro, como prova deretidão e firmeza de sua Vontade, para tomar somente a obrigaçãoinseparável deste grau, na que permanece segundo a cumpre.A primeira obrigação do Companheiro é um grau maior de discrição, doque se exigiu ao Aprendiz: não deve o Iniciado do Segundo Grau calar-seunicamente em presença dos profanos sobre os Mistérios da Ordem,senão que deve cuidar de não revelar aos Aprendizes o que não lhespertence conhecer.Quer dizer, que não deve falar aos iniciados que se encontram em seusprimeiros esforços, de coisas que não podem compreender e suportar eque, por conseguinte, melhor que proveitosas, lhes seriam inúteis edaninhas: "os lábios da Sabedoria devem permanecer mudos a não serpara os ouvidos da compreensão", proporcionando o Iniciado suaspalavras a exata medida do entendimento de quem os ouve.A segunda e terceira se referem a seus deveres para com a Ordem e seusIrmãos, dos quais promete ser fiel e leal companheiro, defendendo-os,socorrendo-os e livrando-os, quando estiver em seu poder, de todoperigo que os ameace.A quarta e a quinta são seus deveres de Maçom para consigo mesmo:esforça-se constantemente sobre a Senda da Verdade e da Virtude,servindo-se dos instrumentos dos quais aprendeu o uso, e mantendo-sefiel ao Ideal mais elevado de sua consciência.A disciplina do silêncio que lhe exige, a semelhança dos pitagóricos, comos quais tem o iniciado deste grau especial parentesco, o fará exercitar-semais proveitosamente no estudo e na reflexão, progredindo na Lógicaque entre as sete artes, o Companheiro especialmente deve conhecer,exercitando-se alem disso, por meio da mesma, na Aritmética e naGeometria.O grau maior de fidelidade à Ordem que lhe exige um melhor e maisprofundo conhecimento de seu caráter e finalidades, o farão na mesmaum Obreiro útil, verdadeiro companheiro de seus iguais e Mestres,confirmando com um propósito mais definido e uma maior habilidade suaboa vontade de Aprendiz, e cooperando com eles na Grande Obra deConstrução Universal que constitui o objeto social da Instituição.

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Finalmente, seus esforços constantes para o Bem e sua fidelidade ao Ideal,com aquela firmeza e perseverança que o diferenciam do Aprendiz, sãoas qualidades que farão evidente a parte mais nobre e elevada de seu ser,fazendo brilhar sua própria luz interior, a chispa Divina que constitui suaMônada Imortal, franqueando-se progressivamente o Caminho doMagistério.

LLETRA “G” e "IÔD"Letra que significa DEUS, o Grande Geômetra do Universo. Na

ESTRELA FLAMEJANTE, significa o VERBO CRIADOR E OFOGO CRIADOR. Encontra-se simbolizada no meio de um triânguloeqüilátero, a qual era vista pelos antigos irmãos companheiros ao adentrara CÂMARA DO MEIO DO TEMPLO. A letra "G" significa:GEOMETRIA, GERAÇÃO, GRAVIDADE, GÊNIO E GNOSE.GEOMETRIA: Aplicável à construção universal, da qual nos ensina apolir o homem e torná-lo digno de ocupar seu lugar no edifício social.GERAÇÃO: O Companheiro é chamado a fazer "obra da vida", pondo emação sua energia vital e aprofundando-se nos Mistérios da existência. Etudo isso se origina da Geração, cujas leis inspiraram as mais belasdoutrinas da antigüidade.GRAVIDADE: A atração universal que tende a aproximar os corpos daordem física, corresponde na ordem social, a uma força misteriosaanáloga, que tende à reunião e, mesmo, à fusão das almas. Corresponde aforça que une os corações, que assegura a solidez do edifício maçônico,cujos materiais são seres vivos, unidos e indissolúveis pela profundaafeição que sentem uns pelos outros. O Amor Fraternal é na Maçonaria oprincípio vital de ordem, harmonia e estabilidade, assim como aGravidade o é dos corpos celestes.GÊNIO: Para chegar a ser GÊNIO, necessário é que se entregue àsinfluências superiores, que se entusiasme, que vibre aos acordes de umaharmonia mais elevada. É necessário exaltar nossas faculdades intelectuais

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e imaginativas, mas, desde que o Espírito calculadamente, adquira possede si mesmo, não saindo dos limites do talento, podendo se conter.GNOSE: Em grego quer dizer "CONHECIMENTO". É o conjunto denoções comuns a todos os iniciados que, a força de pesquisar seencontram na mesma compreensão da causa das causas.

SUA SIGNIFICAÇÃODentro da Estrela Flamígera se encontra um sinal ou símbolo, que seidentificou com a letra "G" do alfabeto latino, embora seu significadooriginal fosse, talvez, um pouco diferente. A letra "G" se localizaexatamente no centro do Pentagrama, e é digno de nota que,inscrevendo-se nele uma figura humana, o centro correspondeexatamente às partes genitais.É assim, bem evidente a relação fundamental desta letra com o Gênesis ea "geração" em todos os seus aspectos, representando, em primeirolugar,'o "CENTRO CRIADOR", origem de toda manifestação e asdiferentes expressões da "Força Criadora", manifesta tanto no homemcomo nos demais seres viventes, por intermédio dos órgãosreprodutores.A "Força Criadora", que se situa no centro de todo ser e toda a coisa, queproduz na ordem natural orgânica a "geração", tem uma importânciafundamental no duplo processo da involução e da evolução como bem odemonstra a lenda Bíblica da queda do homem, associada com o usoindevido desta Força, procedente da misteriosa Árvore da Vida.Efetivamente, segundo seja usada, esta Força pode conduzir o homemtanto à decadência como à sublimidade; esta última é privilégio doIniciado, que, tendo dominado os sentidos, canaliza a força geradora parao objeto supremo: a criação, dentro de si mesmo de um ser superior, umVERDADEIRO MESTRE.

LÍRIOSOrnamento dos capitéis das colunas J e B que pela alvura simbolizamPUREZA, CASTIDADE, INOCÊNCIA.

LIVRE ARBÍTRIOMuito têm discutido sábios e doutos, em todos os tempos, porque de sua

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solução depende a irresponsabilidade ou responsabilidade do homem, eem conseqüência, a utilidade de todo seu esforço.Falamos do problema do determinismo e do livre arbítrio.A solução deste problema é de fundamental importância para o Maçom,pois se o homem não fosse livre em suas ações e determinações, aMaçonaria, como Arte Real da Vida, não teria nenhuma razão de existir.O Companheiro, que reconheceu no seu íntimo a verdadeira natureza desuas faculdades e possibilidades, está agora perfeitamente capacitado pararesolvê-lo.É fora de qualquer dúvida que a vontade e por conseqüência a atividadedo homem e o fruto de suas ações, estão determinadas pelo que elepensa, julga e vê interiormente. Assim, o que alguém faz e como o faz,em determinadas circunstâncias, é o que o distingue.Em conseqüência, Livre Arbítrio e liberdade individual existem para ohomem na proporção do desenvolvimento de sua INTELIGÊNCIA e deseu modo de julgar.Para o homem dominado por suas paixões, instintos, vícios e erros, nãoexiste o livre arbítrio, como existe para o homem iluminado e virtuoso.Os instintos e as paixões determinam constantemente seus atos e oamarram ao jogo de uma fatalidade que nada mais é do que aconseqüência lógica das causas e efeitos, ou seja, a reação interior eexterior de toda ação.Mas para quem se esforça constantemente em dominar-se e dominar suaspaixões, seguindo o mais reto, justo e elevado, o livre arbítrio, no sentidomais amplo da palavra é uma realidade, pois por intermédio desse esforçose liberta dos vínculos que subjugam o homem instintivo aos seus erros epaixões:

Portanto, assim como o homem passa do domínio do instinto ao domínioda inteligência; da cega obediência à suas paixões a uma clara e inteligentedeterminação, ou, em outras palavras: do Erro à Verdade e do Vício àVirtude, assim passa igualmente do domínio da fatalidade que é própriade sua natureza instintiva ou inferior, ao domínio da liberdade, própria desua natureza divina ou superior.

Este é o caminho da Liberdade que a Maçonaria indica aos homens no seusimbólico progresso.Caminho e progresso que se realizam através do esforço individual sobre

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o Caminho da Verdade e da Virtude, as duas Colunas que dão acesso aoTemplo da Divina Perfeição de nosso Ser.

LIVRE= Ter liberdade de ação e pensamento. O que tem opoder de decidir e de agir por si mesmo, independentemente.ARBÍTRIO= Resolução que só depende das vontade.

O verdadeiro maçom deve ter LIVRE-ARBÍTRIO, porque, se não fossepara o homem ter liberdade, não ser livre, não haveria razão para existir.O homem dominado por suas paixões, não tem a liberdade individual queexiste para o homem virtuoso e iluminado. O homem escravo de suaspaixões é escravo de si mesmo e dos demais, enquanto que o homemliberto é o Rei do Mundo, Rei de si mesmo.

"CONHEÇA A VERDADE E A VERDADE VOS TORNARÁ LIVRE".(Ver: Faculdades do Ser Humano)

LIVRO DA LEI

O LIVRO DA LEI SAGRADA, representa o Código Moral que cada umde nós respeita e segue, a filosofia que cada qual adota e, enfim, a Fé quenos governa e anima.Ciência, para esclarecer os espíritos e elevá-los.Justiça, para equilibrar e enaltecer as relações humanas.Trabalho, por meio do qual os homens dignificam e se tornamindependentes economicamente .Em resumo, a Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual,moral e social da humanidade.

LÓGICA (Ver: Artes Liberais)

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MMAÇO E CINZELInstrumentos destinados a trabalhar a PEDRA BRUTA, mostram-noscomo devemos corrigir nossos defeitos, tomando resoluções sábias, oCinzel é uma Determinação enérgica que o Maço (que é a Fortaleza) põeem execução.

MAÇONARIA – O QUE É?Além do disposto no Preâmbulo da nossa Constituição, temos, comodefinição da Maçonaria, mais os seguintes pontos:

1) - Um reconhecimento implícito da universalidade da Verdade, sobrequalquer opinião, crença, confissão ou convicção;2) - A necessidade de obedecer à Lei Moral, como característica e"conditio sino qua non" da qualidade de Maçom; .3) - A prática da tolerância em matéria de crenças,opiniões ouconvicções;4) - O respeito, reconhecimento e obediência às autoridades constituídas,reprovando-se toda forma de insurreição ou rebeldia, embora não seconsidere como crime que mereça a expulsão da Loja;5) - A necessidade de fazer dentro das Lojas um "Trabalho Construtivo",buscando o que una os Irmãos e afugente o que os separe;6) - A prática de uma fraternidade sincera e efetiva, sem distinção deraça, nacionalidade ou religião, deixando fora da Loja todo litígio,questiúncula ou diferença pessoal;7) -Considerar e julgar os homens por suas qualidades interioresespirituais, morais e intelectuais e não as "aparências exteriores" raça,posição social, nascimento e fortuna.A divulgação destes princípios realmente universais que constituem aessência do humanismo e cuja perfeita aplicação faria desaparecer toda equalquer diferença entre os homens, todo motivo de luta e de inimizadefazendo imperar a Harmonia e a Paz; nas Constituições de Anderson ouos antigos Landmarks foi o que atraiu à Instituição um número crescentede simpatias e ocasionou sua rápida expansão e difusão por muitos países.Todos os idealistas se sentiram no dever de colaborar, encontrando nela

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um campo de ação apropriado para expressar e realizar seus elevadospropósitos.Qualquer que haja sido vosso propósito e anseio de vosso coração aoingressardes na Augusta Instituição, que vos acolheu fraternalmente, écerto que não haveis entendido, de início, toda a importância espiritualdesse ato e as possibilidades de progresso que vos são dadas a perceber.A Maçonaria é uma Instituição Hermética no triplo e profundo sentido dapalavra: o segredo maçônico é de tal natureza, que jamais poderá serviolado ou traído, por ser "mística" e "individualmente" realizado poraquele maçom que o busca para usá-lo construtivamente, comsinceridade e fervor, absoluta lealdade, firmeza e perseverança no estudoe na prática da Real Arte.A Maçonaria não se revela efetivamente, senão a seus adeptos, aos que seentregam a ela, sem reservas mentais para fazerem-se verdadeirosmaçons, é dizer, Obreiros Iluminados da Inteligência Construtora doUniverso, que deve manifestar-se em sua mente como “verdadeira Luz"que ilumina, desde um ponto de vista superior, todos os seuspensamentos, palavras e ações.Isto se consegue por meio de provas que constituem os meios com osquais se faz manifesto o potencial espiritual que dorme em estado latentena vida rotineira, as provas simbólicas iniciais e as provas posteriores dodesalento e da decepção.Quem se deixa vencer por estas, assim como aquele que ingressa naOrdem com um espírito superficial, não conhecerá nada daquilo que aOrdem encerra sob sua forma, não conhecerá seu propósito real e aoculta Força Espiritual que a anima interiormente.Seu Tesouro está profundamente escondido na Terra: só escavando, ouseja, procurando-o por trás das aparências, podemos encontrá-lo. Quempassa pela Instituição como se fosse uma sociedade qualquer ou um ClubeProfano, jamais a conhecerá; somente nela permanecendo por longotempo, com fé inabalável, esforçando-nos em transformar-nos emverdadeiros maçons e reconhecendo o privilégio inerente a estaqualidade, se nos revelará seu Tesouro Oculto.

MAÇONARIA AZULÉ uma Loja Simbólica ou Oficina para a prática dos graus de Aprendiz,Companheiro e Mestre. (1: 2: 3:)

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MAÇONARIA BRANCANome dado aos graus filosóficos (31 ao 33) do Rito Escocês Antigo eAceito- R.’.E.’.A.’.A.’.. (Consistório)

MAÇONARIA NEGRANome dado aos graus filosóficos (19 ao 30) do Rito Escocês Antigo eAceito – R.’.E.’.A.’.A.’. (Kadosh)

MAÇONARIA VERMELHANome dado aos graus filosóficos (4 ao 14) do Rito Escocês Antigo eAceito – R.’.E.’.A.’.A.’.. (Capítulo)

MARCHA DO GRAUAos três passos cuidadosamente medidos do Aprendiz, o Companheiroacrescenta mais dois, diferentes dos anteriores: o primeiro para o Sul e osegundo o reconduz na linha reta de seus esforços. Alusão por demaisclara ao significado simbólico da quinta viagem, assim como à liberdaderelativa que caracteriza este grau, cuja conquista é conseqüência dafidelidade na prática da Arte Real.Os cinco passos da marcha que recordam as cinco viagens, se repetemnos cinco golpes do Toque e da Bateria.O Maçom verdadeiramente sábio, não será nunca o que se propõe aatingir os últimos graus no mais curto prazo de tempo, e sim, aocontrário, o que concentre todos os seus esforços para entender e realizarperfeitamente aquele grau em que se encontra, sendo esta a maneira maispositiva para alcançar o verdadeiro progresso. A longa permanência emum determinado grau, será assim, para ele, a oportunidade e o privilégiopara melhor realizar as possibilidades deste grau, que por nenhum motivohão de conceituar-se inferiores às possibilidades dos graus superiores.Ainda que aspire um grau superior, deve o Maçom FAZER-SESUPERIOR a seu próprio grau, sendo esta superioridade íntima a basereal de toda superioridade real ou efetiva.E este conceito não se aplica unicamente à Maçonaria, senão também avida em todos os seus aspectos, da qual a Maçonaria é uma fiel eprofunda representação simbólica: Em qualquer carreira, estado oucondição, será sábio quem, antes de aspirar a um melhoramento oupromoção exterior, SE ESFORCE em alcançar o máximo proveito no

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estado ou condição em que se encontre, até que chegue a SUPERARINTERIORMENTE seu próprio estado e em conseqüência, maiscapacitado de assumir de uma maneira eficiente as maioresresponsabilidades que se lhe ofereçam.

MEDALHA CUNHADAManeira de dizer dinheiro em papel ou moeda.

MESTRE INSTRUTORNas corporações de canteiros e pedreiros, o noviço para suaAprendizagem sob o guia de um Mestre da arte ao qual se confia para quefaça dele um obreiro capacitado, obrigando-se este a servi-lhes por certonúmeros de anos, sendo todo o trabalho realizado durante este tempo porconta de seu Mestre.Uma vez que o Aprendiz cumpriu o tempo fixado e seu Mestre estavasatisfeito dele, este o apresentava aos demais como um obreirodevidamente preparado, e ao qual se podia confiar qualquer trabalho, edeste momento podia ser contratado livremente recebendo o salário quelhe correspondia.Viajava então para praticar a arte e aperfeiçoar-se namesma e, à medida que crescia sua habilidade no uso dos diferentesinstrumentos, chegava a emancipar-se gradualmente das regras que haviarespeitado em seus primeiros passos, adquirindo a genialidade que faziadele um artista.A cerimônia de recepção no segundo grau maçônico reflete em seusimbolismo estas etapas de trabalho e de experiência que constituem oprograma iniciático do companheiro, a mística fórmula que deve estecompreender e realizar por meio do esforço pessoal, que é a base de todoo progresso.Igualmente em toda a forma de ensinamento teórica ou prática, e demaneira especial no ensinamento iniciático, o noviço ou discípulo temque se submeter ao guia particular de um Mestre Instrutor que dirija evigie seus passos e esforços sobre a senda de progresso, até que alcance acapacidade de caminhar por si mesmo, sem a necessidade de que seuspassos sejam continuamente vigiados.Assim se fazia nas iniciações antigas, confiando-se todo neófito a um guiaparticular que lhe instruía e respondia por ele, e por meio da instrução

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recebida e das capacidades adquiridas, quando seu instrutor o achavaconveniente, lhe dava ou reconhecia o segundo grau que fazia do mistoum ponto ou "vidente", preparado e capacitado para realizar a segundaparte do programa, encaminhando-se gradualmente por seus própriosesforços e sob a guia de sua própria Luz interior, para o Magistério.O mesmo deveria fazer-se em todas as Lojas Maçônicas, quando se queiralevar a cabo um labor efetivo, sem deixar nunca aos Aprendizes entreguesa si mesmos, ou ao cuidado geral do Segundo Vigilante. Uma vezreconhecidas suas capacidades e tendências particulares, o Mestre da Lojadeveria confiar cada Aprendiz a um Mestre Instrutor, ocupadodiretamente de sua instrução e progressos. E só quando a juízo deste osavanços são efetivos e há compreendido o essencial da Doutrina Maçônicado primeiro grau, e seria proveitoso os estudos dos novos símbolos quese relacionam com o segundo. Então deveria propor, na Câmararespectiva, para um aumento de salário.

MESTRE MAÇOMÉ o título recebido pelo Companheiro Maçom após sua passagem porsobre o "ataúde" e sua "assimilação ao Mestre Hiram". Corresponde ao3º grau da Maçonaria Simbólica.

MORALINTRODUÇÃO

A Maçonaria exige de seus membros, entre outras condições, boareputação moral. Exige tolerância para com toda forma de manifestaçãode consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os deconquistar a verdade, a moral, a paz e o bem estar social.Os ensinamentos maçônicos orientam seus membros a se dedicar afelicidade de seus semelhantes, não somente porque a razão e a morallhes impõem tal obrigação, mas também porque esse sentimento desolidariedade os faz irmãos.Que entendemos por moral? Que procede conforme a honestidade e àjustiça, que tem bons costumes: diz-se de tudo que é decente, educativoe instrutivo. Parte da Filosofia que trata dos atos humanos, dos bonscostumes, e dos deveres do homem em sociedade e perante os da sua

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classe. Conjunto de preceitos ou regras para dirigir os atos humanossegundo a justiça e a equidade natural. Modo de proceder. (Fonte:Dicionário Brasileiro da Enciclopédia Mirador).

ANÁLISE HISTÓRICA DA MORALA moral aparece junto com a sociedade humana. A moral da sociedadeprimitiva não censurava o canibalismo, o incesto, a matança de anciãos,etc. devido ao seu nível extremamente baixo de desenvolvimentocultural. A tribo era coletivista e para sobreviver cultuava nos seusmembros o heroísmo, a honra, a audácia, a defesa, a ajuda mútua, a forçafísica, etc.“Virtus”, expressão latina que designava a força física e o valor e começoua ser utilizado no sentido da virtude.Na sociedade escravista as relações humanas incluem somente os homenslivres ficando os escravos fora da moral. A moral exigida dos homenslivres era fidelidade ao estado escravista, as suas leis, vigiar e desprezar osescravos, valor nas guerras, etc. A crueldade e, inclusive, matar umescravo não acarretava nenhum sentimento de piedade ou remorso; eranormal. Mas quando a sociedade cresceu, o estado escravista nãorespondeu às suas maiores necessidades econômicas.O regime feudal considerava o membro da gleba, um homem, mas umhomem inferior que estava incluído dentro da transação de compra evenda de uma propriedade, mas o senhor já não tinha mais o direito devida ou morte sobre ele. A Igreja Católica apóia tanto o sistema escravistacomo o sistema feudal. Ela pertence, social e economicamente, à classedominante. A moral do senhor feudal proibia-lhe dedicar-se ao comércioe aos ofícios, mas era lícito o direito de pernada, ou jogar ao baralho asorte dos servos da sua propriedade. A virtude dos servos era o trabalho ea obediência.A Revolução Francesa libera o homem da opressão do feudalismo. Cria aliberdade de ação e pensamento, nascem os ideais humanistas mas sãoafetados pelas péssimas condições econômicas. É gerada uma moralindividualista.Robespierre chama o patriotismo como uma “virtude suprema” mas acabase convertendo em ódio social e estandarte de guerra de dominação.

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Pelo anterior, pode-se ver que não existe uma moral eterna e imutável. Amoral é histórica, conjuntural e determinada pela classe dominante.

MORAL MAÇÔNICAA moral maçônica constitui o objeto da sua filosofia racionalista.Esta moral está contida nos símbolos e rituais que, como todos nossabemos, tem-se mantido sem variação no decorrer dos séculos. A moralmaçônica, ao invés da profana, é imutável. Numerosos irmãos nossosatravés dos séculos tem rendido a vida lutando contra as falsas definiçõesde moral imposta em benefício de dogmas, privilégios e sistemasexclusivistas.Sendo a Maçonaria uma instituição universal, essencialmente ética,filosófica e iniciática, educa seus membros para serem homens de bem,com sólidos princípios morais e que lutem para seu aperfeiçoamento embenefício individual e social. O maçom deve ser útil ao progresso moral.Manter uma moral maçônica precisa do domínio das paixões, reconhecere corrigir nossos defeitos, cultuar a inteligência e praticar os valoresmaçônicos.

MÚSICA (Ver: Artes Liberais)

N

NÍVELÉ a jóia (móvel) usada pelo 1º Vigilante, que nos assegura a posiçãohorizontal e exige que o Maçom tenha como iguais a todos os homens. ONÍVEL, é o Esforço, a Superação e o Equilíbrio.

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O

ONISCIÊNCIA

Onisciência ou omnisciência é a capacidade de saber tudoinfinitamente, incluindo pensamentos, sentimentos, vida, passado,presente, futuro, e todo universo, etc.

A onisciência é um conceito vastamente aplicado nas artes, como naliteratura e em produções cinematográficas.

Na maioria das religiões monoteístas esta habilidade extraordinária étipicamente atribuída a um único Deus Supremo, onde o conceito daonisciência se mantêm tradicionalmente como uma verdade absoluta.

ORLA DENTEADAÉ a guarnição que circunda o Pavimento Mosaico, simbolizando a uniãoque deve existir entre todos os homens, sendo assim uma reproduçãomaterial e permanente da Cadeia de União. Ela nos mostra o princípio daatração universal, simbolizando o Amor. Representa com seus múltiplosdentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos emtorno de um Chefe; os filhos reunidos em volta dos pais; enfimrepresenta os maçons reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos ecuja moral aprendem, para espalhá-los aos quatro ventos da Orbe.

ORNAMENTOS DA LOJA DE COMPANHEIROPavimento Mosaico: É o belo piso da Loja.Estrela Flamejante: brilha no centro da Loja, para iluminá-la.Orla Denteada: limita e decora as extremidades, do PavimentoMosaico.

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P

PAINEL DA LOJA DE COMPANHEIRONa construção do Templo de Salomão, a maioria dos obreiros era deAprendizes e Companheiros. Os Aprendizes recebiam semanalmentecomo pagamento, uma ração de trigo, vinho e azeite. Os Companheiroseram pagos em dinheiro e recebiam na Câmara do Meio do Templo.Entravam ali através de um pórtico, do lado do Sul. Ao passarem por estepórtico sua atenção era despertada por duas grandes colunas: a daesquerda, denominada B, significa FORÇA, e a da direita, chamadaJ quer dizer ESTABILIDADE, porque DEUS disse: "Em força, Eufirmarei esta casa a fim de que ela se mantenha para todo o sempre".A Altura destas Colunas era de 18 côvados e o diâmetro de 4 côvados.(Verbete: côvado) [Do lat. cubitu.]S. m.1. (Antiga unidade de medida decomprimento equivalente a três palmos, ou seja, 0,66 m; ) Eram ocas, a fimde servirem de arquivo para a Fraternidade, pois dentro delas,depositavam-se os registros constitucionais. Suas paredes tinhamespessura de 4 polegadas. Essas Colunas eram feitas de bronze, nosterrenos argilados das margens do Jordão, entre Sucó e Zeredatá, ondeSalomão ordenara fossem fundidos todos os vasos sagrados, sob a direçãode Hirã Abi.Encimando as Colunas, viam-se capitéis de cinco côvados de altura,cercados por delicado rendilhado de bronze e ornados de lírios eromãs.Rendilhado de Bronze: Pela conexão de suas malhas, significaUNIDADE, UNIÃO, HARMONIA;Os Lírios: pela alvura, simbolizam PUREZA, CASTIDADE,INOCÊNCIA;As Romãs: pela exuberância de suas sementes, simbolizam aABUNDÂNCIA e FERTILIDADE.Além disso as Colunas eram encimadas por duas esferas, umarepresentando o mapa do Globo Terrestre e outra do Globo Celeste,ambas assinalando a UNIVERSALIDADE DA MAÇONARIA.

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O primeiro detalhe que é visto no Painel de Comp.’. é uma espiga detrigo na parte externa do Templo perto de uma queda d’água ou pequenorio. Estes dois elementos estão intimamente relacionados com a P.’. deP.’. do Comp.’. e que está detalhada na 2ª. Instr.’. do grau. Esta palavraé de origem hebraica e de pronunciação exata sempre discutida; tambémmerece dúvidas, até hoje, a forma certa da sua escritura já que os escritoshebraicos pré-masoréticos (anterior aos masoretas que são os gramáticoshebreus que trabalharam na masora ou exame crítico da Bíblia paradeterminar a verdadeira interpretação do texto sagrado) não usavamacentuação, signos nas vogais ou pontuação, podendo carregar o acentoem qualquer sílaba. Autores pensam que a pergunta feita pelos soldadosgalaaditas do general Jefté aos fugitivos efrainitas, que procuravam osvaus do rio Jordão que conduzem a cidade de Efraim, fosse malcompreendida pelos fugitivos, explicável pelo nervosismo frente àpossibilidade de perder a vida nas mãos dos inimigos vitoriosos. A palavrateria dois significados: Sch.’. como espiga de trigo e Sib.’. como correntede água. Eles correndo através dos campos de trigo para entrar nacorrente de água do rio Jordão, haver-se-iam confundido e respondidoSib.’. olhando para o rio que representava sua salvação e que estava tãoperto. Mas, frente a esta especulação surge com mais força a dificuldadeda pronuncia correta de Shib.’. conforme nos fala o Livro dos Juízes.

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Recentemente, Schib.’. tem sido traduzida como semente de cereal eSib.’. como uma comida em conjunto, conforme a Mishnah, acompilação das leis tradicionais das escolas farisaicas (anos 70 à 250 dc).A interpretação da Mac.’. inglesa para Sch.’. é “espigas de cereal quependem perto de uma corrente de água” que pode sugerir muitasinterpretações, como símbolo da riqueza material ou espiritual que podealimentar o gênero humano, símbolo do trabalho que alimenta o homem.Lembremos que nos mistérios eleusinos aos neófitos era-lhes mostradauma semente de cereal como símbolo da imortalidade que ele poderiaalcançar se superar as provas da iniciação. A mitologia grega, comDemeter e Perséfone, também acompanha o grão que permanece ocultona terra durante o Inverno e renasce com a chegada da Primavera.Na entrada do templo estão as duas colunas B e J, as mesmas que oComp.’. conheceu quando Ap.’. somente que desta vez as colunas estãoencimadas com duas esferas simbolizando a da coluna B o GloboTerrestre e a da coluna J o Globo Celeste ambas assinalando auniversalidade da Maç.’. Pelas medidas desproporcionadas delas são doestilo babilônico e estão ornadas de motivos egípcios; lembram asexistentes no átrio do Templo de Luxor e não sustentam nada sendounicamente decorativas.Após as duas colunas bem no pé da escada se vê a figura de um homemcom vestes antigas que apresenta o 1º Vig.’. pronto para exigir o T.’., oS.’. e P,.’. de P.’. do grau dos CComp.’. antes de subir a escada decaracol. Muitos acreditam que essa figura é o Cobridor do Templo, masAssis Carvalho lembra que o Templo de Jerusalém não tinha GuardaExterno e o Guarda Externo no Ritual Maç.’. não tem mais de 600 anos,mas o Ritual do Comp.’. na mesma 2ª. Instrução nos aclara que o 1ºVig.’. ficava aguardando os CComp.’. para pedir deles a P.’. de P.’..

PALAVRA DE PASSESignifica ABUNDÂNCIA e está representada, no Painel da Loja do 2ºgrau, por uma ESPIGA DE TRIGO, junto a uma QUEDA D'ÁGUA. Apalavra Chib teve sua origem na época em que um exército dos

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efraimitas atravessou o Rio Jordão, para combater Jefté, famoso generalgileadita. Seus adeptos deveriam pronunciar a palavra Chib paraobterem permissão de passagem. Por sua vez os efraimitas, por defeitovocal, próprio do seu dialeto, não pronunciavam Chib e sim Sib eesta diferença de pronuncia custavam-lhes a vida. Por isso Salomãoresolveu adotá-la como palavra de passe dos Irmãos Companheiros. Apósa identificação com esta palavra, os irmãos companheiros se dirigiam aESCADA EM CARACOL, que atingida em seu topo os irmãoscompanheiros se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO DOTEMPLO.

A Palavra de Passe lembra ao Companheiro como conseguir o acesso doprimeiro ao segundo grau.O significado de "ESPIGA" (símbolo de sua própria madureza, assimcomo da fecundidade e utilidade de seus esforços) a relaciona com osmistérios de'Eleusis e é bem provável que a simples tradução do Grego"stachys", que tem o mesmo significado e cuja etimologia provem doradical "sta" (estar) considerando-se a espiga como "o que está" ou"estaciona na posição alcançada".Em Hebraico sua etimologia a relaciona com o radical semítico "SBL"que significa "verter, derramar, espargir, proceder" donde se derivatambém "shabil" "vereda”, “caminho", "espiga" significa também "ramocorrente de água", Ainda em hebraico, separando-se as sílabas dovocábulo, foi-lhe dado o sentido de "produzir a pedra preciosa", semdúvida de alguma importância para nós.Foi considerada, ainda como uma hebraização de Cibeles (que representaa terra fecunda e produtiva de muita importância nos Mistérios) ou,ainda, do Grego "sibo lithon" ou "sebo lithon", respectivamente, cultivoou honro a pedra", com significado análogo em hebraico.Em latim "spica" significa "agudez, penetração" e se relaciona com overbo "specere" - olhar (em sanscrito "spac" com o mesmo sentido),relacionando a palavra, em sua acepção latina com a capacidade de ver,penetrar a fundo as coisas, próprio do Iniciado (... Pesquisador).Concluindo, esta palavra reúne em si os significados de "estabilidadeprodutora, caminho fecundo, sublime maturação, produção preciosa,penetração clarividente", que podem considerar-se, vantajosamente,

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como símbolos do que significa realmente o místico passo do primeiro aosegundo grau.

PALAVRA SAGRADASignifica ESTABILIDADE, FIRMEZA. É o nome de uma das colunasde bronze, erguidas à entrada do Templo de Salomão, onde osCompanheiros recebiam seus salários. Ao ser solicitada esta palavra aoCompanheiro, o mesmo deve dá-la, pois não mais lhe será dada aprimeira letra como no caso de Aprendiz, pois o Companheiro já não émais ignorante. Já fez prova de iniciativa intelectual. Assim pode-se pedirque dê, antes de receber.A Palavra Sagrada do Companheiro deriva do verbo Hebraico KUN quesignifica "estar firme, fundar, estabelecer". Podemos assim traduzi-Ia:"(Ele) estabelece ou estabelecerá, fundará, confirmará". Relacionada coma Palavra de Aprendiz que significa "Nele a força" e que denota a FÉ emuma realidade ou Poder Superior, a Palavra do Companheiro tem umevidente sentido paralelo e complementar de ESPERANÇA, respostanesta mesma Força ou Realidade interiormente reconhecida, que seestabelece ou confirma efetivamente em um resultado particular, objetoao mesmo tempo, da FÉ e da ESPERANÇA.Em outras palavras, para chegar a ser verdadeiramente operativa efecunda a simples FÉ do Aprendiz, deve estabelecer-se interiormenteuma condição de absoluta firmeza, sem a mínima sombra de dúvida, poisapenas com esta condição pode produzir os verdadeiros milagres que seatribuem a Fé é que São Paulo enumera em suas Epístolas (Romanos 5).O estabelecimento interior de uma condição de absoluta confiança noPoder da Realidade conduz naturalmente à Esperança.Assim, estas duas palavras, intimamente relacionadas uma com a outra,iniciam no reconhecimento e no uso efetivo do Poder Supremo, da ForçaUniversal da Criação, que age sempre de dentro para fora, expressandoem nosso próprio mundo objetivo as condições interiores que asestabeleceram em nosso foro individual.

PALAVRA SEMESTRALPalavra fornecida pelo Grão-Mestre, que serve para identificar o maçom.Ela é fornecida através da Cadeia de União.

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PAVIMENTO MOSAICOSeus ladrilhos de iguais dimensões, alternativamente brancos e pretos,traduzem a rigorosa exatidão, que a tudo equilibra, no domínio de nossossentimentos, submetidos, fatalmente, á lei dos contrastes. Sua relaçãocom o Companheiro, consiste na ação, na luta contra todos os obstáculos,no trabalho penoso, mas perseverante, empreendido por um ideal derealizar. O esforço, sofrimento provado, é o prêmio da vida, cujasalegrias são exatamente proporcionais às ações empregadas para possuí-las.

PEDRA BRUTAÉ a matéria sobre a qual se exercitam os Aprendizes. É uma das trêsjóias imóveis da Loja. Representa o homem grosseiro e ignorante,suscetível, porém de ser educado e instruído.

PEDRA CÚBICAServe para que os Companheiros ajustem seus instrumentos de trabalho.É uma das três jóias imóveis da Loja. Representa ao Companheiro, quelivre de erros e preconceitos, adquiriu os necessários conhecimentos e ahabilidade para participar, utilmente da Grande Obra de ConstruçãoUniversal.A Pedra Cúbica, ou seja, a individualidade perfeitamente desenvolvidaem todas as suas faces, não é precisamente o que se necessita para oEdifício Social: uma pedra desse gênero constitui a exceção e seriacondenada a não ser aproveitada por não ajustar-se com as demais.O que se necessita para os propósitos construtivos da Maçonaria, é umapedra em perfeita esquadria nas seis faces, não importando suasdimensões, contanto que haja proporcionamento e paralelismo dos ladoshorizontais e verticais respectivamente, para um aproveitamento útil coma ajuda do nível e do prumo.

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PENSAMENTOÉ a faculdade de conhecer as coisas e relacionar a mente do Pensador comestas coisas. E assim se pode entender o que disse o Mestre: "Tal comopensa o homem em seu coração, assim é ele".O ser humano se imagina como pensa, pensa como sente e sente comodeseja, desta regra conclui-se que, para pensar bem, devemos ter bonsdesejos e bons sentimentos.(Ver; Faculdades do Ser Humano)

PRANCHETA ou TÁBUA DE DELINEARServe para o Mestre desenhar e traçar. Simbolicamente exprime que oMestre guia o caminho dos Aprendizes e traça os trabalhos para por elesserem executados, a fim de desbastar a Pedra Bruta. Representa amemória, faculdade preciosa de que somos dotados para fazermosjulgamento, conservando o traçado de todas as nossas percepções. Étambém a escrita maçônica.Diante da face frontal, Norte, do Altar, fixado em um cavalete, coloca-sea Prancheta ou Tábua de Delinear, confeccionada em uma prancha demadeira, onde se encontram traçadas, duas figuras: a cruz quádruplaformada por duas linhas paralelas cruzadas, ( # ) simbolizando acapacidade limitada do homem, e a cruz de Santo André com o formatode um “xis”, ( × ) com quatro ângulos opostos pelo vértice simbolizandoo infinito, os opostos. É o Painel Alegórico da Loja.A Pranha é o saber!

PRUMOÉ a jóia (móvel) usada pelo 2º Vigilante, que nos permite que as pedrastalhadas pelo Esquadro, sejam colocadas verticalmente, e incita o iniciadoa elevar-se acima de todas as mesquinharias, fazendo-o conhecer o valordas coisas. O PRUMO é o Ideal realizador para o mundo.

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Q

QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA

ARO ar representa o meio onde todas as ações e realizações humanas têmseu início, ou seja, o nosso mundo das idéias. Espiritualmente falando, elerepresenta o éter ou plano astral que, em linguagem mais moderna, podemuito bem ser chamado de psique ou inconsciente. É também oelemento representante da mente com suas freqüentes transformações. Oelemento ar está dessa forma, diretamente associado ao pensamento.

Ar = Corpo Mental = PensamentoFOGO

O fogo representa o desejo, a vontade, a mudança, a purificação, atransformação, a energia da ativação que em termos estritamenteespirituais, pode ser representado pelo poder da fé. Segundo ohermetismo tradicional, esse elemento é governado pelas Salamandras etem um significado espiritual muito forte, por representar a EnergiaDivina. Em quase todas as religiões em que se utiliza de rituais, o fogo éutilizado como forma de representação da Luz Divina. As velas, asfogueiras são objetos que representam a força desse elemento.

Fogo = Corpo da Criação ou Etéreo = Memória

ÁGUAA água, segundo a maioria das correntes herméticas, está relacionada àsemoções do inconsciente, ou seja, as emoções que nutrem os nossossonhos e ideais na vida. A água pode muito bem representar, no processoespiritual construtivo, a energia da esperança que alimenta e mantém

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ativa a fé ou a crença do iniciado. Esse elemento de caráter feminino, emsua essência tem o poder de ativar a intuição e a emoção.

Água = Corpo Emocional ou Astral = Desejo

TERRAA terra representa, hermeticamente falando, o lado visível da vida ou amanifestação concreta de todas as sementes que germinam no mundo dasidéias, mediante a ação concreta do Iniciado. Esse elemento ativa nossaenergia interna para a realização e para a ação de coisas concretas.Representa ainda o nosso próprio organismo e tudo o mais relacionado aomundo material. Geralmente, em hermetismo, esse elemento pode serrepresentado pelo símbolo da cruz que representa a materialização daessência divina.

Terra = Corpo Físico = AçãoSimplificando:Tudo começa com o elemento AR no mundo das idéias onde predominao caos de pensamentos e crenças variadas que desprendem energiaaleatoriamente e sem foco. A partir de uma introspecção do Iniciado,caminhando pelos recônditos misteriosos do ser, predomina o elementoFOGO, representando aqui a energia da vontade direcionada (a fé). Emseguida deve predominar o elemento ÁGUA, representativo dosentimento de convicção que deve nascer do fogo secreto da fé,transformando essa crença inicial, em uma esperança constante, vital paraa concretização do processo criativo. Finalmente, surge a predominânciado elemento TERRA, representando a materialização da vontade quesurgiu dos recônditos interiores do ser. Essa é a forma para representar osimbolismo dos quatro elementos em nosso processo de criação de coisaspsíquicas, espirituais e até físicas.

QUEM SOMOS?É a pergunta que deve ser respondida pelo Companheiro, assim como foirespondida DONDE VIEMOS?, quando Aprendiz.DIVINO MESTRE, quando disseram: "VÓS SOIS DEUSES".E assim podemos responder: “SOMOS DEUSES", mas inconscientes denossa divindade, e por isso necessário se torna que a iniciação interna, nos

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abra a Inteligência à Luz da Verdade. Devemos pois nos aperfeiçoar,estudar para compreender QUEM SOMOS.

QUATERNÁRIO (Ver: Simbologia Numérica)

QUINTESSÊNCIANo princípio criou Deus os céus e a terra. Foi a criação dos elementos Are Terra. O espírito de Deus se movia sobre a face das águas. A Água tinhasido criada. E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus. Foi acriação do Fogo.O Fogo do Sol evaporava a Água que subia em forma de Ar úmido e caiasobre a Terra novamente como Água.E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra que era Ar, Água,Fogo e Terra, e soprou em suas narinas o “fôlego da vida”. Aos quatroelementos que eram matéria inerte, foi agregada uma alma, um espírito.Todos os animais (Gênesis 1:30) incluindo o Homem (Gênesis 2:7)receberam um sopro de vida (nefesh, em hebraico). Entretanto somenteAdão recebeu algo novo e inédito no Universo: o hálito vivo de Deus(neshamah, em hebraico) com o que ambos, criatura e Criador, setornam inseparavelmente ligados. Foi isso que distinguiu o Homem dosoutros animais.Nasce a quintessência na versão das Sagradas Escrituras.No Dicionário Brasileiro da Enciclopédia Mirador vemos quequintessência é: substância etérea e sutil considerada pelos alquimistascomo o quinto elemento, além da água, ar, terra e fogo, e que é obtidaapós cinco destilações sucessivas; é o elemento mais puro do organismohumano. Ele pode também ser escrito como quinta-essência.Os alquimistas se esforçaram pela busca de um elemento primordial doqual derivariam todos os demais. Diferentes pensadores antigos tentamdefinir este elemento primordial que para uns seria um dos quatroelementos unidos ou, simplesmente, o ouro representante simbólico doSol, da Luz, do Poder Criativo e da Revelação Divina.Para os cabalistas a quintessência se forma de Quatro pela adição de Um.Quatro são os elementos: Ar, Água, Terra e Fogo. Um é o “ESPÍRITO”dominando os quatro elementos.

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A Metafísica considerava a quintessência como o espírito ou causauniversal de todas as coisas.Na filosofia hindu o alento da vida manifesta-se em cinco elementos quesão:Prithivi (Terra) que atua dos pés até os joelhos;Apas (Água) que atua dos joelhos ao ânus;Tejas (Fogo) que atua do ânus ao coração;Vayu (Ar) que atua do coração ao entre cenho; eAkash (Éter) que atua desde o entre cenho (rosto) ao alto da cabeça.De onde se desprende que para a filosofia hindu a quintessência é o Akashe se localiza na cabeça, onde fica o centro das faculdades intelectuais, sededa inteligência e de onde são governados os outros quatro elementos.A Maçonaria não poderia ficar ausente da procura da quintessência queenceta um profundo significado iniciático e tem escolhido o Grau deCompanheiro para este estudo que muito se relaciona com o número 5 ea Estrela de Cinco Pontas.Porém, antes de adentrarmos nesta área temos que alertar o Irmão paranão confundir quintessência com a quinta ciência (que é a Geometria –Ver: Artes Liberais) e que nas línguas portuguesa e espanhola temonomatopéia parecida.A letra “G” dentro da Estrela de Cinco Pontas simboliza Deus (God eminglês) e também Geometria, que é a quinta ciência do mundo antigo(Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Astronomia eMúsica). E sendo a Geometria a quinta ciência chega a ser natural estaconfusão entre os que estão iniciando este estudo, e às vezes, com ointuito de procurar uma nova interpretação se argumenta que aGeometria é a quintessência.Estudando o Homem, vemos que nele se encontram os quatro elementosno seu sistema ósseo (Terra), no seu líquido existente internamente(Água), no processo digestivo e a fonte de calor do sangue (Fogo) e nosistema respiratório (Ar). Mas o Homem tem dentro dele um quintoelemento responsável pela vida intelectual, afetiva, espiritual, religiosa, eque nos faz aproximar de Deus.

“A quintessência representa o espírito deDeus dentro do Homem”.

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Na recepção de um candidato à Ordem Maçônicaencontramos os quatro elementos na Câmara de Reflexões nasviagens e quintessência vem a ser o neófito purificado apóstodas elas.Esse estado superior nos leva a não ser um simples freqüentador da Loja esim a participar dentro dela com um estado especial de sabedoria queeleve o nível espiritual dos trabalhos.Compreenderão nossos Irmãos que, entendido o princípio daquintessência ele pode ser aplicado em nossa vida particular, familiar,profissional, etc., quando devemos atuar com algo mais do que nossacapacidade normal nos permite. Existe dentro de nos algo superior quenormalmente nos não aproveitamos seja por indolência, preguiça,desconhecimento e preferimos fazer estritamente o que nos é solicitado.(Ver: Simbologia Numérica)

RRÉGUAPermite traçar linhas retas, que podem ser prolongadas ao infinito.Simboliza o direito inflexível e a lei moral, no que tem de mais rigoroso eimutável. É a nossa realidade "abstrata". A Régua é o Equilíbrio.

RENDILHADO DE BRONZEOrnamento dos capitéis das colunas J e B, que pela conexão de suasmalhas significa UNIDADE, UNIÃO, HARMONIA.

RETÓRICA (Ver: Artes Liberais)

ROMÃSOrnamento dos capitéis das colunas J e B que pela exuberância desuas sementes simbolizam ABUNDÂNCIA, FERTILIDADE.

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ROMÃS SOBRE OS CAPITÉISSimbolizam as Lojas e os Maçons espalhados pela face da Terra. Suassementes unidas lembram a fraternidade e união entre os homens.

S

SALMO DO COMPANHEIROAmós VII – 7 e 87 - E eis que o Senhor estava sobre um muro, levantado a prumo; e tinhaum prumo na sua mão.8 - E o SENHOR me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo.Então disse o Senhor: Eis que Eu porei o prumo no meio

SALOMÃOSegundo filho de Davi e de Bersabé, foi o terceiro Rei de Israel, emsucessão ao seu pai, e governou quarenta anos (1016 a 976 a.C.). Seu paiDavi, resolveu edificar um templo a Jeová e o incumbiu desta honrosatarefa. O jovem Rei Salomão iniciou a obra quatro anos após suaascensão ao trono, com a valiosa colaboração de HIRAM, Rei de Tiro, eque juntamente com HIRAM-ABIFF, foram os três Grão-Mestres daconstrução do Templo de Jerusalém.

SENTIDOSVISÃO: O olho humano é o órgão da visão; é um órgão

duplo a comandar a visão cruzada da esquerda e da direita, a visão podeser considerada a geratriz da imaginação; em um diminuto espaço dealguns milímetros, o Olho recolhe o Universo inteiro, distingue as corese suas nuances e transmite ao cérebro todas as sensações da Natureza; eladefine a Beleza e fecunda a imaginação. Paralelamente transforma o"panorama" em visão espiritual, adentrando no infinito dos corposingressando num mundo esotérico e celestial.Na Iniciação ao 1º Grau, a visão do Recipiendário é tolhida através deuma venda; na Iniciação ao Grau 2o, o Iniciando já não sendo "cego",participa com os olhos desvendados.

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Para a meditação, os olhos devem ter as pálpebras cerradas para provocar"visões", dentro de um campo experimental esotérico.

AUDIÇÃO: O ouvido é o conduto harmonioso dossons materiais e espirituais; socialmente representa a comunicação;espiritualmente, conduz a Voz da Consciência.A Natureza alia a Visão com a Audição e assim o ser humano contemplatoda beleza e mistérios notando que dela faz parte e parte relevante, dedomínio e observação.

TATO: O tato dá ao homem a certeza da posse para,respeitar assim, o que é "meu" e o que "não é meu", para equilibrar oconvívio social.O tato revela o esforço físico para obter a informação completa; o tato éexercido através do maior órgão do organismo humano que é a pele esubsiste, mesmo sem a visão.O tato é o condutor das vibrações; ele as obtém fisicamente, quandohouver o "contato" e espiritualmente, quando essas vibrações foremelétricas; o tato espiritual é obtido através de práticas apropriadas.

OLFATO: Os odores expelidos pela Natureza sãoabsorvidos pelo órgão do olfato, o nariz; os perfumes são agradáveis eos maus odores, desagradáveis, comprovando o equilíbrio existente; oolfato é sutil e penetrante. Os desejos são excitados pelos odores sexuais;os perfumes das flores atraem os insetos que, removendo o pólen e otransportando, fecundam outras espécies.Os sentidos que mais nos aproximam da Natureza, são a visão e o olfato;os perfumes e a beleza agradam à Vida e lhe dão sentido.

GOSTO: O sentido do gosto simboliza a sensibilidade maispróxima do mundo físico; o alimento necessário ao ser humano éselecionado pelo gosto alterado pelo uso do "sal" que acentua o gostoabrindo o apetite; para a alimentação são exigidos todos os cinco sentidosem conjunto.É dito, ao refinamento do ser humano, que esse "possui bom gosto",demonstrando isso que esse sentido pode tornar-se mais sublime.Na sociedade, ao erguer-se um brinde são, simbolicamente, atraídostodos os cinco sentidos.

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O da visão, ao contemplar o vinho no cálice; o do tato, ao segurar esserecipiente; o do olfato, aspirando o perfume da bebida, o do gosto, aosaboreá-la e finalmente, o de audição, no tilintar das taças batendo-asuma na outra.Os sentidos estão, sempre alertas durante o repouso e no sono, elesuspendem a atividade, posto nos sonhos se possa usá-los, o quedemonstra que eles atuam psiquicamente; os sentidos mais constantes sãoos da visão e do olfato, pois esse último tem ligação estreita com arespiração.Os sentidos "espirituais" são os da visão e o da audição; o da visão,através do "terceiro olho"; o da audição, captando a "música das esferas".

SETENÁRIO (Ver: Simbologia Numérica)

SIMBOLOGIA NUMÉRICA

DEZ = DÉCADA = UNIÃO COMPLETA1 + 2 + 3 + 4 = 10

O 1 representa o ponto. É o ponto sem dimensão, porém o"gerador" de todas as formalidades imaginárias. É o NADA contendoo TODO em potencial. É o CRIADOR, princípio anterior a todamanifestação, o Arqueu, o Obreiro, por excelência.O 2 representa a linha. É um ponto (1) em movimento, portanto a ação,a irradiação, a expansão, ou a emanação criadora, o VERBO ou oTRABALHO.O 3 representa a superfície. Apresenta-se como o plano em que seprecisam as intenções, em que o IDEAL se determina e se fixa. É odomínio da lei necessária, que governa toda ação, impondo a toda artesuas regras inevitáveis.

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O 4 representa o sólido cuja medida é o cubo. Mostra a obra realizadaatravés da qual se nos revela a ARTE, o TRABALHO e o OBREIRO.

TETRAGRAMA HEBRAICOO SER dos SERES, o SER em Si. AQUELE que é representado na Bíbliapor quatro letras, que formam a Palavra Sagrada, cuja pronuncia éproibida.IÔD = a primeira dessas letras, é a menor do alfabeto grego. É apenasuma vírgula, na qual se quis ver o GERADOR masculino, o semempaterno que engedra a criança. Concentra-se em seu NADA, toda virtudeexpansiva do que deverá nascer e desenvolver-se. É o princípio ativo esignifica o ser que pensa, que quer, que manda. É o FOGOREALIZADOR, o Arqueu, que se manifesta pelo Artista, Obreiro,Operador, Criador ou Gerador.HÉ = Segunda letra do Tetragrama, corresponde ao sopro, que saindodo interior, se espalha em derredor. Simboliza o sopro animador, a vidaemanada do IÔD para propagar-se através do espaço, sob a forma deirradiação vital. Representa em suma a VIDA. Sem o HÉ, o IÔD nãoseria ativo, não poderia exercer o ato de pensar, querer e mandar,porque HÉ é a expressão do Trabalho, a operação ou o VERBO, tomadono sentido gramatical.VAU = Tem em hebraico a mesma função de nossa vogal "e". É osímbolo do que liga o abstrato ao concreto, o indivíduo ao coletivo geralo universal. VAU é aquilo que liga, que estabelece a união, relação entrea causa e o efeito.HÉ = repete-se no final do tetragrama para exprimir o resultado final daatividade: Trabalho executado, Obra em via de execução. Criação em viade realização.

QUATERNÁRIO1º - Princípio Ativo (Sujeito) - IÔD2º - Atividade desenvolvida por esse princípio (Verbo) HÉ3º- Aplicação da atividade, que se regula e adapta conforme o objetivo -VAU4º - Resultado produzido (Objeto) - HÉ

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QUINTESSÊNCIAO Ser manifesta-se unicamente pela ação. Não agir equivale a não existir,porque aquele que existe está em perpétuo trabalho. Nada é inerte, nadaé morto; tudo vive: os minerais e os corpos celestes, os vegetais e osanimais.A vida, entretanto difere de um ou outro reino da natureza. Elahierarquiza-se por toda parte, segundo as espécies, e até segundo osindivíduos.Assim é que, entre os homens, uns vivem uma vida mais elevada e maiscompleta que outros. Esta vida é proporcional ao desenvolvimento doprincípio da personalidade, porque o ser inferior, é um autômato quereage mecanicamente, sob a ação das forças que o tornam verdadeirojoguete.Sua vida permanece material ou elementar, porque resulta unicamente,da luta dos Elementos que se opõem dois a dois, como indica o esquema

AR

ÁGUA FOGO

TERRA

CORPO

MATERIAL

O AR leve e sutil, abranda, contrabalançando, a atração da TERRA,espessa e pesada, que embrutece e materializa. Fria e úmida a ÁGUA,contrai aquilo que o FOGO seco e quente, tende a dilatar. Esseselementos são tidos como os coordenadores do mundo material. O quetriunfa nesse momento é o princípio da hominalidade: o homempropriamente dito domina o animal. Cinco impôs-se ao quatro. AQUINTESSÊNCIA prevaleceu sobre o quaternário dos elementos.Chegando a perfeição, o homem tipo será exaltado sobre a cruz, pararealizar o mistério da redenção. A Razão, (Logus ou Verbo) resplandecenele, remediando o obscurantismo do Instinto, causado pela queda. OEstado de espiritualidade, de iluminação, é atingido; as trevas interiores

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são dissipadas e é então que o ASTRO HUMANO, a ESTRELAFLAMEJANTE, brilha em todo seu esplendor.(Ver: Quintessência)

ESTRELA FLAMEJANTEEste astro central da Loja de Companheiro não é, ainda, poderiluminativo igual ao do Sol. Sua luz é suave, não tem irradiaçãoresplandecente e é facilmente suportada. Ela condensa-se numa espéciede nimbo, que foi comparado a uma flor desabrochada, representada poruma rosa de cinco pétalas. Símbolo da QUINTESSÊNCIA, portanto,daquilo que o homem tem de mais puro e elevado, a ROSA é unida aCRUZ, num emblema de pura espiritualidade, a respeito do qual é muitocedo para explanar-se aqui.Por mais poderosas que sejam, as forças exteriores devem ser dominadaspela energia que tem sua sede na própria personalidade. É por essemotivo que o homem deve criar e desenvolver, em si próprio, umprincípio mais forte que os Elementos, com os quais entra em luta, nasprovas iniciáticas.Enquanto combate, conserva-se Aprendiz.

HEXAGRAMACinco nasceu do quatro. Seis é constituído pelo ambiente sintéticoemanado do cinco.A atividade psíquica que envolve nossa personalidade, compõem-se à luzhermética, de ÁGUA vaporizada pelo FOGO, ou de ÁGUA ígnea, isto éo fluido vital carregado de energias ativas.Essa união do FOGO e da ÁGUA é representada graficamente por umafigura muito conhecida por signo de SALOMÃO.

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Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino-ativo e o outro éfeminino-passivo. O primeiro representa a energia individual, o ardorque se eleva da própria personalidade; o segundo, representado por umtriângulo invertido, em forma de taça, é destinado a receber o orvalhodepositado pela umidade, através do espaço.A ESTRELA FLAMEJANTE, corresponde ao Microcosmo, isto é, aohomem considerado como um mundo em miniatura, ao passo que os doistriângulos entrelaçados designam a Estrela do Macrocosmo, isto é, domundo em toda sua extensão infinita.

SETENÁRIOSete é o número da harmonia, resultante do equilíbrio estabelecido porelementos dessemelhantes. Esse equilíbrio e essa harmonia sãorepresentados pela figura abaixo:

A adição dos números opostos dá, sempre, em resultado, o número 7.A última dessas combinações, isto é 3 + 4, é a que mais, de perto, serefere à Maçonaria. Três, (triângulo), mais quatro, (tetragrama), dão em

resultado o emblema abaixo:

Como sabeis, este é o símbolo do Delta Sagrado, sendo o Tetragramacentral substituído, às mais das vezes, por um olho: "OLHO QUE

TUDO VÊ".

Nada mais se poderá dizer sobre o número sete, mais do domínio doMestre que do Companheiro. Já, por certo, compreendestes que aQuintessência, elevada ao Tetragrama e ao Hexagrama, representa aessência do ser, isto é, a alma humana purificada, fortificada, temperadapelas provas da existência e tendo atingido um estado que lhe permite

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realizar o que o vulgo profano denomina milagres. O Companheiro nãodeve ignorar que a realização integral da Grande Obra está reservada aoiniciado perfeito, ao Mestre.Para ser Mestre, é preciso ter previamente adquirido as

virtudes e os conhecimentos que o tornem digno disso.

Eis o que nos ensina a tradição sobre a SIMBOLOGIA

NUMÉRICA do 2º Grau.

SINAL DE COMPANHEIROA m.’. dir.’. sobre o cor.’., reafirma a promessa em COOPERAR naobra do G.’.A.’.D.’.U.’. , e a m.’. esq.’. aberta e levantada, forma aEstrela de Cinco Pontas, que é o símbolo do homem triunfante em suasprovas.

SUA SIGNIFICAÇÃOQuando desejamos externar um pensamento, no mundo profano,devemo-lo efetuar com palavras claras e precisas, as quais terão seusentido e sua real e desejada aplicação hoje, no entanto, mutáveis com odecorrer do tempo.Na nossa linguagem e entendimentos maçônicos usamos os símbolos, queembora possam ter as mais diferentes interpretações, não deixam,entretanto nenhuma dúvida quanto ao seu significado, através dosséculos, esotérica, e exotericamente.O Sinal de Companheiro - Lemos no Ritual do Comp.`., nomomento em que o Aprendiz presta o Juramento, o seguinte trecho: "Seeu for perjuro, seja-me arrancado o coração para servir de pasto aosabutres". Temos aí uma das mais belas interpretações a dar aosimbolismo. Não é que, por ser perjuro, seja-lhe arrancado o coração edado de pasto aos abutres, pois seria a prática de um grave crime... e nósnão somos criminosos.A m.’. dir.’. colocada sobre o cor.’. é sinal de um amor fraterno paratodos os iniciados. Eleva também a m.’. esq.’. descrevendo um esquadro.Quando Aprendiz a m.’. dir.’. descrevia esse esquadro sua pessoa moral;sua inteligência sofria a lei, sem ser admitido a compreendê-la. Agora é am.’. esq.’.; é passiva diante da Lei, mas a m.’. dir.’., aquela que opera,segue os impulsos do coração, porque o seu coração compreendeu a

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necessidade de se submeter à Lei que rege os llr:. e não quer senãotestemunhar uma ardente fraternidade.A m.’. esq.’. levantada - demonstra também o Ideal sobre o qual sefixa constantemente a inteligência, que é a parte passiva e feminina donosso ser; e a palma da m.’. voltada para frente, demonstra a franqueza ea sinceridade de atitude. Forma aquele Pentagrama que os ocultistasconsideram como o símbolo do poder, do domínio da Quintessênciasobre a Tetrade dos elementos, da Inteligência sobre os instintos e dastendências inferiores.A esquadria da m.’. dir.’. – representa a Vontade, o lado ativo oumasculino do ser, dirigida para expressar fielmente a atividadeconstrutiva, os desejos e as aspirações mais nobres do coração.O movimento que se executa - com este sinal não representa apenaso ato de "arrancar o cor.’. e atirá-lo aos abutres", mas sim, pode ver-senele o esforço ativo para realizar o ideal na vida e nas condições materiais,que caracteriza o Trabalho do Iniciado.Finalizando - o sinal do Companheiro se refere principalmente àlaboriosa atividade inspirada por um Ideal Superior que deve caracterizarconstantemente este grau em qualquer ângulo da vida em todas ascondições e circunstâncias em que alguém possa encontrar-se.Estes são os perenes ensinamentos que deve dar o Sinal a todo verdadeiroCompanheiro que aspire a realizar em si mesmo esta privilegiadaqualidade, esforçando-se, sem desfalecimento, em proceder de tal modoque sua visão se expresse em todos seus propósitos e ações, traduzindo-seem uma vida fecunda e ativa e em um trabalho sempre benéfico para seussemelhantes

SOLMisticamente este astro é uma dualidade de Espírito e Matéria, e uminesgotável manancial de vida e luz, que dele flui sem cessar. Generoso"doador da vida" como é, alimenta e sustenta todas as criaturas e é ocoração de todo sistema solar. Todas as antigas religiões popularesesotéricas reconheceram sua natureza dual e o tornaram como símbolomais completo de sua Divindade.

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T

TAU EGÍPCIOSimbolizado pelo ESQUADRO, é a união do NÍVEL com o PRUMO,por meio dos quais se constrói a base que se levanta o edifício.

TEMPLO MAÇÔNICOO estudo do Hexágono e do Cubo nos conduz ao Templo-Simbólico denossos trabalhos em seu duplo aspecto de representação do Universo e doHomem.Representando o HOMEM dentro de um Cubo, podemos formar umaidéia das três dimensões nas quais a individualidade se desenvolve em suaatividade quotidiana: - a largura corresponde ao alcance de suas mãos; aprofundidade a de seus pés, que asseguram, a cada passo estabilidade eequilíbrio; e - a altura a de sua cabeça, que mostra a elevação de suavisão.O alcance de suas mãos determinará a qualidade e, a perfeição de seutrabalho e sua utilidade como força construtora no meio em que atua; oalcance de seus pés determinará seu progresso, a efetividade e valor deseus esforços; e o alcance da cabeça seu ideal e a capacidade de realizá-lo.Desdobrando no plano esse mesmo tubo, teremos presente o símbolo dacruz, como perfeita medida da extensão do homem, ou seja, de suasfaculdades, poderes, capacidade ativa e realizadora, indicadas pelasdimensões verticais unidas às horizontais.O Homem na Cruz vem a ser aquele que realiza em si mesmo e em suaexistência, cúbica perfeição que se identifica com o Magistério.É um símbolo iniciático antiguíssimo e da maior importância.Como o Universo aparece em forma circular ou esférico, poderíamospensar que esta seria a forma mais adequada para representá-lo.Efetivamente muitos Templos antigos são circulares, como Templossubterrâneos da Índia, assim escavados para representar o "ovo deBrahma", outro símbolo do mundo.

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A cúpula hemisférica de muitas igrejas e catedrais é uma evidente alusão àabóbada celeste. A forma em cruz de certas basílicas tampouco se afastadeste simbolismo, por representar os quatro elementos e os quatropontos cardeais, os quatro braços da Divindade Criadora do Universo.Ao que se refira ao Templo Maçônico, como a forma mais apropriada é ado duplo cubo, representa uma cubatura do Universo, da mesma maneiracomo a pedra cúbica representa o homem, exatamente como umplanisfério simboliza o globo terrestre.Podemos afirmar que o pavimento quadriculado da Loja corresponde aoplanisfério, enquanto indica a superfície da terra.

Segundo esta analogia, este pavimento foi considerado pelos antigoscomo uma perfeita imagem geográfica do mundo conhecido, o mundoMediterrâneo, pondo-se as duas colunas sobre as margens do estreito deGibraltar, exatamente onde se achavam as colunas de Hércules. A Gréciaocuparia o lugar do Altar e a Síria, com os países limítrofes, o Oriente.Se tomarmos o planisfério por inteiro, não será menos interessante esimbólico, pondo-se as colunas no extremo Ocidente, sobre as Américase o altar sobre o Egito ou Síria, origem de nossos mistérios. O Orienteficaria então entre a Austrália, a China, o Japão e o OceanoPacífico.Analogamente o teto da Loja é uma representação da abobadaceleste, e os doze signos do Zodíaco representados pelas doze colunas,seis ao Norte e seis ao Sul. Estas Colunas, que unem a terra ao céu, naArquitetura Cósmica, são símbolos dos doze tipos Zodiacais, porintermédio dos quais, no ser humano se realiza esta união. Assim, pois,enquanto o pavimento da Loja representa a superfície do GloboTerrestre e seu teto a da abóbada celeste, suas paredes são formadas pelospróprios maçons. As simbólicas colunas que sustêm o Templo e que seapóiam, com seus embasamentos, sobre a Terra da vida material,enquanto seus capitéis se levantam livres ao céu, representam o titânicoesforço do "iniciado" convertido em Obreiro da Inteligência Universal,para compreender e realizar sua missão sobre a Terra.

TETO DO TEMPLORepresenta a Abóbada Celeste, de cores variadas. O caminho para atingiressa Abóbada, isto é, o Céu, o Infinito, é representado pela escada

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conhecida como “Escada de Jacó”, nome que, como fiel guardião dasantigas tradições a Maçonaria conserva.

TESOURO OCULTORepresenta a Doutrina Iniciática, cujo conhecimento está reservado aosque não param na superfície e sabem aprofundar-se nos estudos. Diz-seque estes tesouros estão ocultos nas Colunas J e BTETRAGRAMA HEBRÁICO (Ver: Simbologia Numérica)

TOQUENo grau de Companheiro, se traduz como:"QUEM MAIS TEM, MAIS DEVE DAR."

TRÊS, CINCO, SETETRÊS QUE GOVERNAM = Os três que governam a Loja,

são: o Venerável Mestre, e os dois Vigilantes; porque TRÊS foram os

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Grão-Mestres que presidiram a construção do Templo de Jerusalém:SALOMÃO, rei de Israel, HIRÃ, rei de Tiro, e HIRÃ ABI.

CINCO QUE CONSTITUEM A LOJA = São os três que agovernam e mais dois companheiros. CINCO em consideração às cinconobres ordens da Arquitetura: TOSCANA, JÔNICA, DÓRICA,CORÍNTIA e COMPÓSITA.

SETE QUE A TORNAM PERFEITA = São doisAprendizes adicionados aos cinco que a constituem. Tornam perfeita,porque Salomão gastou mais de sete anos na construção, acabamento econsagração do Templo de Jerusalém ao serviço de Deus. Este número étambém uma alusão às sete artes e ciências: GRAMÁTICA, RETÓRICA,LÓGICA, ARITMÉTICA, GEOMETRIA, ASTRONOMIA E MÚSICA.(Ver: Escada Caracol)

TROLHAPá de pedreiro. É o instrumento que simboliza o Serviço e a Caridade.É uma espécie de pá achatada, usada pelo pedreiro para aplicar argamassa.Sob a forma triangular é adotada na Maçonaria como instrumentosimbólico com que se aplica a argamassa humana destinada a realizar aunidade, tal qual o pedreiro cimenta as várias pedras para formar um sótodo, que é o edifício. Instrumento de trabalho essencialmenteconstrutivo, é o emblema característico do amor fraternal que deve unirtodos os Maçons, e único cimento que os operários maçônicos podemempregar para a edificação do Templo da Solidariedade humana e dopróprio caráter.

V

VIAGENSINTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO

INTRODUÇÃO

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Assim como o Aprendiz teve de decidir entre o vício e a virtude, entre oerro e a verdade, antes de poder progredir do Ocidente ao Oriente, dastrevas à Luz, assim também o reconhecimento de suas faculdades porintermédio das quais o Companheiro dará resposta à pergunta: "Quemsomos?" é condição necessária para empreender as viagens ou etapas deprogresso que o esperam nesta segunda fase de sua ascensão maçônica.As viagens ou etapas são em número de cinco e há um estreito paralelismoentre as faculdades e os instrumentos que o Iniciando deverá levar em cadaviagem..Como o Aprendiz, o Companheiro também deve proceder do mundoconcreto, o do domínio da realidade objetiva, ao mundo abstrato outranscendente, o mundo dos Princípios e das Causas, atravessando a regiãoobscura da dúvida e do erro (o Norte) para voltar pela região iluminadapelos conhecimentos adquiridos (o Sul), constituindo cada viagem umanova e diferente etapa de progresso e realização.

1ª. VIAGEM

Na primeira viagem o Companheiro aprende, como conclusão de seusesforços de Aprendiz, da vontade impulsiva e da determinação inteligentecom as quais, estará em condições de fazer da matéria prima de seucaráter, ou então, da pedra bruta de sua personalidade profana (aparando-lhe as arestas e partes supérfluas), uma pedra lavrada, ou também, umaobra de arte.O poder de usar em perfeita harmonia, com suficiente poderda reflexão e de discernimento, estas duas faculdades gêmeas, ondeprevalece o elemento equilibrante ou mercúrio, que é a inteligênciailuminada pelo descortínio do verdadeiro, do Real. Isto nos põe acavaleiro da luta entre os opostos e realiza em nós a “Pedra Filosofal”: aperfeita união do Amor e da Sabedoria, que nos dá o Poder dosBrahmanes, dirigentes espirituais da sociedade.A primeira viagem significa o primeiro ano de Aprendizado do Neófito,que deve empregar-se a fundo em conhecer a qualidade dos materiais ecomo prepará-los; simbolizando esse esforço o neófito leva na mão direitao maço e na esquerda o cinzel.Significa também os cinco sentidos que permitem ao homem relacionar-se com o mundo exterior, observar tudo quanto o cerca e despertar aimaginação, ativando as faculdades.Examinemos esses cinco sentidos: vejamos qual o uso que o maçom deve

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deles fazer; as conseqüências morais que se deduzem da acertada direçãode seu emprego a sua interpretação simbólica.A visão é o mais caro de nossos sentidos; faz-nos apreciar a cor e a formados corpos; proporciona-nos o prazer de contemplar a Natureza e asmaravilhas que ostenta; mostra-nos a beleza transmitindo à imaginação osmagníficos ideais que desperta em nosso ser.O ouvido nos transmite a impressão do som, e assim nos faz apreciar olinguajar, que estabelece um dos principais meios de comunicação entresemelhantes e a deliciosa sensação que produzem em nosso ser osharmoniosos acordes da música.O olfato nos faz perceber a noção da existência das emanações clorosas,que se desprendem de alguns corpos e nos proporciona o meio dereconhecê-los.O gosto produz em nós, a sensação do sabor das substâncias queingerimos a fim de nos proporcionar a alimentação necessária aodesenvolvimento e nutrição de nosso organismo.O tato nos faz sentir e apreciar a temperatura, forma e estrutura exteriordos corpos e retificar as sensações que nos produzem os outros sentidos."Do ponto de vista moral devemos considerar os cinco sentidos como asfunções de cujo estudo e exata aplicação pode tirar o homem oconhecimento de si mesmo, como de seus semelhantes”.

Considerando-os em seu aspecto simbólico nos explicam a necessidadeque tem o companheiro, de ver como trabalham seus Irmãos, para imitá-los; de ouvir os conselhos dos Mestres; de educar o gosto, que simbolizaa sensibilidade para que possa apreciar a delicadeza de sentimentos; e oolfato, que é o mais penetrante e sutil, para que possa perceber, tanto osdefeitos dos homens, como aquelas nobres qualidades que os fazemvirtuosos; de ter, finalmente, um tato sensível para escolher aquelesmeios que proporcionem ao Companheiro a calma necessária para escutaras opiniões dos demais e a prudência indispensável para adquirir ocompleto domínio sobre a vontade, quando esta tente impor-se à razão.

OBJETOS USADOS NA 1ª. VIAGEME SUA INTERPRETAÇÃO

O Maço e o Cinzel, por meio dos quais o pedreiro desbasta a pedra bruta,

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"aproximando-a a uma forma em relação com seu destino", são para omaçom as duas faculdades gêmeas da vontade e da determinaçãointeligente.O primeiro destes instrumentos utiliza a força da gravidade, com a massade que se compõe, para produzir um efeito determinado: a desagregaçãoou a fratura de outra massa (pedra ou matéria bruta), menos homogêneae resistente que aquela que sobre ela se aplica; é uma força ou Poder cujoefeito seria constantemente destrutivo se não fosse aplicado com extremocuidado e inteligência.

Assim é, com aquelas naturezas humanas nas quais o lado energético ouvolitivo tomou um desenvolvimento exagerado e indevido, em relaçãocom o poder diretor da inteligência.Possuídas por uma idéia exclusiva a que animam como todo o ardor desua natureza passional, porém sem o discernimento necessário para umsábio Aprendizado; estes seres constituem um perigo constante para aestabilidade do edifício social, se outros não souberem dominá-los edirigir útil e construtivamente suas energias.Comparado com o maço o cinzel tem uma massa limitada, porém suatêmpera e fio aguçado fazem-no nitidamente distinto do primeiro, aopasso que se crava em determinada forma sobre a matéria bruta sobre aqual o aplicamos, cortando-a, em vez de quebrá-la e espedaçá-la, como ofaria o maço.Entretanto, sua resistência e homogeneidade da massa, suportamperfeitamente os golpes do malho e os transmite, como efeito útil sobre amatéria operada, separando os fragmentos desnecessários sem destruirtoda a obra.O cinzel sem o maço, que sobre ele aplica a energia de sua massa, seriaigualmente ineficiente e incapaz de produzir por si só o trabalho sem acolaboração do maço.Assim ocorre com aqueles, puramente intelectuais que elaboram planos eprojetos, mas que, por falta de energia, jamais os põe em prática,condenando-se à inércia e sujeitando-se passivamente às condições ecircunstâncias, às vontades que os utilizam e os transformam em servisinstrumentos.Prevalece nestas naturezas tomásicas o elemento feminino, ou passivo,constituindo a casta dos vaysias - comerciantes, artistas e empregados,nos quais domina a inteligência elaborativa, mas que, sabiamentedirigidos e utilizados formam a força silenciosa, inteligente e trabalhadora

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de uma nação.

2ª. VIAGEM

INTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO

Esta viagem representa a segunda época dos estudos do Companheiro.Significa as sete artes elementares: Gramática, Retórica, Lógica,Aritmética, Geometria, Astronomia e a Música.A Gramática é a ciência da linguagem, de falar e escrever corretamenteum idioma; ensina-nos a estrutura da linguagem e a origem dosvocábulos.A Retórica é uma arte ou coletânea de regras; uma série de princípiosverdadeiros, baseados na natureza do homem, que nos ensinam o quedevemos fazer, o que é preciso evitar, para falar ou escrever de modomais elegante, eloqüente e consentânea, ao fim que nos propomos. Parafalar corretamente bastam às regras gramaticais; para falareloqüentemente e de modo adequado, dissertar, escrever ou perorar, éindispensável conhecer Retórica.A Lógica é a parte da Filosofia que nos proporciona o modo de pensaracertadamente e com coordenação, etc., nos princípios baseados nainvestigação da verdade.O maçom necessita saber expressar-se corretamente, a fim de que sejacompreendido facilmente na exposição de suas idéias, as quais deve saberexpor da maneira mais bela e eloqüente, para que seja escutado comsimpatia e agrado; coordenar seus pensamentos logicamente para queadquira aquela força irresistível, conduzindo o ouvinte à plena convicção.A Aritmética é a arte de contar e é a ciência dos números, tendo porobjetivo dar meios fáceis para representá-los, assim como para compô-los e descompô-los. Sua utilidade é por demais conhecida e de suaaplicação depende o cálculo das quantidades e a expressão numérica dasmedidas, muito necessárias ao maçom, pois trabalha na edificação de umTemplo.A Geometria é a ciência que dá a conhecer a extensão, suas propriedadese suas dimensões. Dá-nos a idéia do ponto, da linha, da superfície e doscorpos; ensina-nos a construção das figuras geométricas empregadas pelomaçom como símbolo ou alegorias, de cuja exata interpretação não podeformar-se perfeito juízo sem conhecer perfeitamente todas as

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propriedades das figuras e seus conceitos.A Astronomia é a ciência que estuda os astros e as leis de seusmovimentos, admiravelmente combinados em virtude da gravitaçãouniversal. Seu estudo é de grande utilidade ao maçom, pois muito dossímbolos Maçônicos provém dessa ciência. Observai: Trabalhamos sob aabóbada celeste estrelada; no Oriente temos a representação do Sol e daLuz e finalmente designamos lugares na Loja com os nomes dos quatropontos cardeais.A Música arte mágica, sublime, trata da combinação dos sons e suasdiferentes modificações; despertam em nosso ser as mais variadassensações. A música, no dizer de Jean Jacques Rousseau, é um dom docéu, eleva o espírito do homem às regiões do infinito e faz sentir aomaçom a sublime concepção da beleza.Nesta viagem aprendestes que o estudo é à base da instrução e que ohomem necessita ser instruído ou instruir-se se aspira a ser livre, para quepossa por si mesmo, distinguir entre a verdade e o erro e assim concorrerdecisivamente à obra do progresso, reservada sempre à classe maisinstruída e que é o objeto primordial da Maçonaria.Procurai desenvolver a vossa inteligência na medida de vossas forças paraque possais realizar a obra a vós confiada.

OBJETOS USADOS NA 2ª. VIAGEME SUA INTERPRETAÇÃO

Os instrumentos conduzidos em sua segunda viagem são de naturezainteiramente diferente dos que conduziu na primeira; enquanto osprimeiros são pesados, para trabalho material, temos agora doisinstrumentos mais leves e mais precisos, mais indicados para um trabalhointelectual: a régua e o compasso.Com estes, além de verificar e dirigir o trabalho feito com os anteriores(como o fazem o escultor e o artista consumado, transformando a pedrabruta em obras de arte), o Companheiro se adestra nos primeiroselementos da Geometria, que é um dos objetivos de seu estudo e que nosdá a chave da Arte de Construir, ajudando-nos a interpretar os desígniosdo Grande Arquiteto do Universo.A Régua e o Compasso não são, simplesmente, dois instrumentos de

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medida, embora a medida da terra ou mundo objetivo, seja o significadooriginário da palavra Geometria, dado que, por meio deles podemosconstruir quase todas as figuras Geométricas, iniciando pelas elementaresque são a reta e o círculo.Todas essas figuras têm para o Maçom uma importância construtiva nodomínio moral e intelectual.A linha reta que nos traça a régua é o emblema da retidão de todos osnossos esforços e atividades, na qual devem inspirar-se nossos propósitose aspirações: o Maçom nunca deve separar-se da exata e inflexível linhareta de seu progresso, que lhe indica constantemente o mais justo, o maissábio, o melhor.O Círculo mostra e define o alcance do raio de nossas atuaispossibilidades, ou seja, o campo de ação dentro do qual devemostrabalhar e nos dirigir sabiamente na direção inflexível indicada pela retaque passa por seu centro.A união círculo com a reta representa a harmonia e o equilíbrio quedevemos aprender entre as infinitas possibilidades do nosso ser, para umamais perfeita e progressiva manifestação do Ideal no Material.A régua indica a perfeita união que traçamos no presente, entre o passadoe o porvir, sendo mesmo o presente a necessária conseqüência doprimeiro e a preparação do segundo.Com relação ao Compasso, suas pernas e os dois pontos sobre os quaiselas se apóiam nos permitem reconhecer e traçar a Relação Justa ePerfeita que existe entre nosso EU e o ambiente que nos cerca, nossalinha de conduta em harmonia com os desígnios do Grande Arquiteto doUniverso, que é a Suprema Lei de nossa Vida.Assim aprendemos a vencer com engenho e paciência todos os obstáculosque encontramos nos nossos caminhos, servindo-nos dos mesmos comopontos de partida, oportunidades, meios e degraus para nosso progresso.

3ª. VIAGEM

INTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO

A terceira viagem representa o terceiro ano ou o terceiro estágio dosestudos do Companheiro. Significa o estudo da Arquitetura, que é a Artede construir e constitui a base, a razão de ser e a representação dasorigens da Maçonaria. O maçom ergue Templos, imateriais, à virtude e

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ao progresso, assim como o pedreiro constrói edifícios materiais. Estes eoutros artífices que trabalhavam na construção de Templos Religiosos naAntigüidade formaram as primeiras Lojas e aos quais, mais tarde, seuniram intelectuais para constituir as Lojas em que, adotando asignificação simbólica da Construção, iniciaram o trabalho "moral" daedificação de um Templo à Virtude, tendo como base a Liberdade, aIgualdade e a Fraternidade. Isto explica a necessidade do maçom possuiros conhecimentos da Arquitetura e da Geometria para que as obras queencete ostentem a perfeição.Segundo os historiadores a Arquitetura teve suas origens no Egito; porémforam os gregos que a levaram ao requinte. Os gregos conheciam trêsordens de Arquitetura: a Dórica, a Jônica e a Coríntia. Mais tarde foramincluídas mais a Toscana e a Composta, derivadas das anteriores.As ordens de Arquitetura estão caracterizadas principalmente pela forma,dimensões e adornos das Colunas. O diâmetro dessas, tendo por unidadeo módulo, serve para determinar a altura, que varia segundo o número demódulos que determinam à altura do fuste. O adorno dos Capitéis indicaa ordem arquitetônica.A ordem mais antiga e simples é a Dórica, cuja coluna representa anobreza do Corpo humano, do homem, enquanto a Coríntia tem a belezada mulher.Compreendereis agora a necessidade de o maçom conhecer aArquitetura, pois é necessário saber que classe de ornamento é a maisadequada para decorar as diferentes partes do Templo que edificamos. OCompanheiro deve possuir um tato todo especial para saber selecionar omaterial, os adornos etc., pois devem corresponder ao trabalho a que sepropõe.No entanto, este conhecimento não deve torná-lo orgulhoso, nem se crersuperior a outros Irmãos; ao contrário, o maçom quanto mais se instrua,mais antigo na Ordem, há de se tornar mais tolerante e mais benévolocom seus Irmãos.

OBJETOS QUE USAMOS NA 3º. VIAGEME SUA INTERPRETACÃO

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Conservando a régua nas mãos, na terceira viagem, leva mais a alavanca.Este instrumento, como o compasso, se caracteriza pelos dois pontossobre os quais é aplicado (potência e resistência) e um terceiro ponto quelhe serve de apoio, tem uma função eminentemente ativa, já que, comseu auxílio, podemos mover os objetos mais pesados, aplicando umaforça apropriada.Representa o meio ou possibilidade que se nos oferecem, com odesenvolvimento de nossa inteligência e compreensão (o braço maior daalavanca ou potência) para regular e dominar, em qualquer momento, ainércia da matéria.As duas mãos que devem aplicar-se sobre este instrumento, para que oesforço seja mais efetivo, representam as duas faculdades (ativa e passiva)da vontade e do pensamento, que devem aqui cooperar com o uso domaço e do cinzel concentrando a força de seus músculos sobre o extremolivre da alavanca.A alavanca pode considerar-se como símbolo da Inteligência humana emseu conjunto, que tem o seu Fulcro, ou ponto de apoio, no corpo físico,sendo a Vontade, a Força ou Potência que sobre ela se aplica.Podemos ver também, na alavanca, o símbolo da Fé. Diz o Evangelho quea fé remove montanhas e é suficiente que haja Fé dentro de uma sementede mostarda. Quer dizer que a menor semente da Fé pode crescer,quando aplicada inteligentemente, realizando-se assim o que disseArquimedes: "Dai-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu deslocareio mundo".É inútil este instrumento se não se lhe aplica a Vontade com absolutafirmeza de propósitos e perseverança, assim como se o Pensamento, emvez de encontrar-se sobre si mesmo com iluminado discernimento, sedeixa desviar por considerações errôneas e falsas crenças que o afastariamdaquela clara visão, em que consiste a clarividência do Iniciado.

4ª. VIAGEMINTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO

Esta quarta viagem simboliza o quarto ano ou o quarto estágio dosestudos do Iniciado. Ela foi feita com a régua e o esquadro nas mãos, paracompreenderdes que a linha reta é o caminho que, como o mais curtoentre dois pontos, deve guiar-vos ao conhecimento da ciência, semesquecer que a retidão de intenções nos aproximará à possível perfeição.

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Vamos examinar alguns nomes que ficaram na história, pelos seus feitosnos mais variados setores do saber e que nos interessam de perto:SÓLON - Célebre Filósofo e legislador Ateniense, um dos sete sábios daGrécia, que viveu, mais ou menos, 650 anos antes de Cristo. Nas leis quebaixou, distinguia perfeitamente aos obreiros construtores Dionisianosaos quais concedia especiais privilégios. Estas leis foram tomadas porNuma como modelo para a organização dos Códigos de Arquitetos deRoma, aos quais alguns escritores atribuem serem antecessores dosmaçons.SÓCRATES - nascido em Atenas 470 anos antes de Cristo, se dedicoucom afinco ao estudo das Ciências, sendo seus Mestres Anagágoras eArquelau. Iniciou uma nova fase ou época da filosofia grega, pois todas asescolas posteriores, por divergentes que pareçam, dele emanam.Foi antagonista declarado da Sofística e, em geral, de toda e qualquerespeculação, vendo como temerária e inútil à ciência que ultrapassasse oslimites da razão e que não tivesse por objeto a perfeição moral dohomem. Sua obra consistiu em excitar o homem à observação de simesmo (Nosce te ipsum - Conhece-te a ti mesmo), e em tornar a almahumana o princípio e o objetivo da Filosofia. Foi fundador da moral,posto que foi o primeiro que entreviu sua existência e assentou as basesdo direito natural. A filosofia de Sócrates não foi só uma ciência, foitambém uma arte; realizou durante sua vida quanto pôde de bom e debelo, pondo em prática seus ensinamentos. Mestre dos homens, soldadointrépido e correto magistrado, cumpria fielmente os deveres de sua vidapública e privada.PLATÃO - Este sábio Ateniense, a quem cognominaram "divino" nasceuem 421 antes de Cristo. Possuía no mais alto grau, essas brilhantesqualidades da imaginação, espírito inventivo, o talento de coordenação,vivacidade de concepção, comunicando nova vida aos objetos.Foi discípulo de Sócrates e fundador da Escola Acadêmica. Escreveunumerosas obras de filosofia, tendo sido iniciado nos mistérios Egípcios.Seus conhecimentos científicos eram tão extensos que chegavam aassombrar os seus discípulos.PITÁGORAS - Viveu na Grécia pelos idos de 580 antes de Cristo.Poucos homens puderam rivalizar com Pitágoras que era admirado comomaravilhoso e sobrenatural. Viajou muito, tendo sido iniciado nosmistérios Egípcios, adquirindo aí suas doutrinas sobre a Divindade e daGeometria. Deu forma metódica aos conhecimentos científicos e fez

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alguns importantes descobrimentos no ramo das ciências.Ninguém ignora que a ele se deve o teorema geométrico: "triânguloretângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados doscatetos".Dava grande importância às propriedades dos números atribuindo-lhesdeterminadas significações ou representação simbólica das grandes idéias.A Escola Pitágoras é digna de aplausos, por ter sido a cúpula, digamos, devárias idéias felizes, cuja demonstração o tempo e a experiência fizeramválidas.LICURGO - Filho de Eumono, rei de Sparta. Depois de haver viajadopor muitos países e muito estudar as suas leis e costumes, retornou aPátria, dando-lhe uma Constituição quase perfeita, existindo tal harmoniaem suas partes integrantes que o povo compreendeu que não necessitavamais leis para ser feliz.Este sábio legislador foi o primeiro que conheceu as fraquezas e asvirtudes do homem e soube conciliar a lei com os deveres e necessidadesdo cidadão comum.Nesta viagem aprendestes que a Maçonaria rende homenagem à sabedoriae oferece aos estudiosos grandes exemplos a imitar, recordando-lhes osméritos extraordinários dos filósofos gregos, os quais converteram estepequeno povo em foco luminoso do Oriente, donde se propagou aoOcidente à luz das ciências e da beleza da Arte.

OBJETOS USADOS NA 4ª. VIAGEME SUA INTERPRETACÃO

Ainda com a régua na mão o futuro Companheiro leva também oEsquadro, a fim de obter a experiência que necessita para poder seencaminhar ao Mestrado de sua Arte.Assim como a união coordenada da régua com o compasso indica acapacidade de dar cada passo, em vista do objetivo a que nos propomos,dentro do limite de nossas atuais possibilidades, assim igualmente suaassociação (a régua) com o esquadro representa a necessária retificação detodos nossos propósitos e determinações, segundo o critério e o Ideal quenos inspira.

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Particularmente, o esquadro unido a régua ensinam ao maçom que o FIMJAMAIS JUSTIFICA OS MEIOS, senão que sempre parte de preparar ocandidato, dando como razão para isso o que se praticava nos temposantigos. Era uma regra entre os hebreus, que "nenhum homem entrasseno Templo com seu bastão, nem com sapatos nos pés, nem comvestimentas exteriores, nem com dinheiro nos bolsos".Contudo, o verdadeiro caráter da preparação não tende a uma regra geraldessa índole, a venda não é simplesmente o símbolo do estado decegueira ou de ignorância, de sua incapacidade para perceber a verdadeiraLuz.Como preparação para a admissão ao Templo, é evidente umacontinuação da obscuridade reinante na Câmara de Reflexões, umacegueira voluntária, um isolamento das influências do mundo exterior eda ilusória luz dos sentidos como meio para chegar à percepção espiritualda Vida.A corda que cinge a cintura nos recorda o cordão umbilical que une ofeto à mãe no período de sua vida intra-uterina. Indica também o estadode escravidão às suas paixões, erros e preconceitos, em que o homem seencontra nas trevas do mundo profano, o peso da fatalidade, que sobreele pesa, mostra seu desejo, vontade e capacidade de libertar-se destejugo e desta escravidão, aceitando voluntariamente as provas da vida ecooperando com sua disciplina.Desta maneira, estes mesmos obstáculos, dificuldades e contrariedades seconvertem em degraus e meios de progresso.Finalmente, o triângulo de nudez (joelho direito - peito esquerdo - péesquerdo) que constitui o terceiro elemento da preparação simbólica, éum despojar voluntário de tudo o que não seja estritamente necessário eque constituiria um obstáculo ao progresso ulterior - o espólio de todoconvencionalismo que impeça a sincera manifestação de seus sentimentose de suas mais profundas aspirações (nudez do mamilo esquerdo); doorgulho intelectual, que impede o reconhecimento da Verdade (nudez dojoelho direito); da insensibilidade moral, que impede a prática da Virtude(nudez do pé esquerdo).A perfeita sinceridade de propósitos é, pois, a primeira condição de todoprogresso; porém é necessário também um bem formado espírito dehumildade (que não deve ser confundido com a falsa modéstia, nem coma ignorância das divinas possibilidades que existem em nós), dado quenosso progresso deve desenvolver-se em um plano superior à ilusão da

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personalidade.Com a primeira dessas qualidades abrimos o nosso coração e com asegunda nossa inteligência ao sentimento e à percepção daquela Realidadeque Cristo chamou de "Reino dos Céus", meta de toda iniciação.Chega, pois, o momento na evolução individual no qual todas as regras,ensinamentos e ajuda exterior, que até então foram de extrema utilidade,já não servem, e quase são um obstáculo ao progresso ulterior.Devem então ser abandonadas, convertendo-se o Artista em Instrumentodo Divino Gênio, buscando um perfeito Ideal, fazendo-se o Iniciadoveículo e expressão daquela Luz que brilha e daquela Voz que se faz ouvirdentro do seu próprio coração. Mas .......CUSTA CHEGAR LÁ.

5ª. VIAGEM

INTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO

Certamente notastes que nas viagens anteriores leváveis instrumentos detrabalho nas mãos e que nesta viajastes de mãos vazias, embora levandocingido o Avental, símbolo do trabalho. Esta viagem, neste conceito,pode ser a imagem sensível e viva da liberdade social; porém deveisentender que só é digno de gozar dessa liberdade o homem que produz,que trabalha moral e fisicamente em benefício de seus semelhantes.Olhai a Estrela Flamígera, com seus raios brilhantes, que guia o maçomatravés das obscuras sendas da ignorância, da superstição e das falsas idéiasque dominam o mundo profano, para que possais chegar facilmente aoscinco degraus que conduzem ao interior do Tempo, e que são:1°) - inteligência para compreender;2°) - retidão para trabalhar;3°) - valor para difundir;4°) - prudência para aproveitar; e5°) - amor à humanidade para o sacrifício e a abnegação.Terminadas as viagens resta-nos recomendar-vos que fixeis em vossaimaginação tudo quanto haveis observado e aprendido, para que possaiscomunicar esses conhecimentos aos que venham depois de vós ocupar ascolunas do verdadeiro saber.

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VONTADEÉ a faculdade de desejar e de trabalhar. A Inteligência guia nosso ser paradesejar o bom e o justo: a Vontade nos impulsiona à ação. Essas duasfaculdades são como gêmeas e se completam mutuamente.

Z

ZODÍACODesigna a zona circular, ou faixa, pela qual passa a eclíptica e quecontém as doze constelações que o Sol parece percorrer duranteo ano; a representação da mesma zona, com as constelaçõesdesenhadas e figuradas por signos.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

SOIS COMP.`.MAÇOM?E.`.V.`.A.`.E.`.F.`.

COMO PODEIS JUSTIFICAR TAL AFIRMATIVA?Porque adquiri consciência de mim mesmo; agora sei o que sou e possoafirmar com segurança o grau que possuo.

O QUE É SER COMPANHERO?É ser o obreiro reconhecido apto a realizar os planos traçados peloM.`.M.`.

COMO UM COMP.`. FAZ-SE RECONHECER?Por um S.`. duas PP.`. e um T.`.

QUAL O SALMO DO COMPANHEIRO?Amós VII : 7 e 8.7 Mostrou-me também assim: e eis que o Senhor estava sobre um muro,levantado a prumo; e tinha um prumo na sua mão.8 E o SENHOR me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo.Então disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povoIsrael; nunca mais passarei por ele.

QUE SIGNIFICA A LETRA “G”?O G.´.A.´.D.´.U.´. Também, Geometria, Geração, Gravidade, Gênio eGnose

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COMO SE DEFINE A ”GEOMETRIA” TRATADA AQUI?Da construção universal; daquela que nos ensina a polir o homem e atorná-lo digno socialmente.

QUAL A RELAÇÃO ENTRE ”GERAÇÃO” E O COMP.’.?O Companheiro é chamado a fazer a obra da vida, pondo em ação suaenergia vital e aprofundando-se nos mistérios da existência. Tudo isso tirasua origem da Geração, cujas leis inspiram as doutrinas da antiguidade.

EM QUE A “GRAVIDADE” INTERESSA À MAÇONARIA?A atração universal que tende a aproximar os corpos na ordem física;corresponde na ordem social a uma força misteriosa que une as almas ecorações, o que assegura a solidez do edifício maçônico.

EM QUE CONSISTE O GÊNIO?Na exaltação fecunda de nossas faculdades intelectuais e imaginativas.

O QUE SIGNIFICA GNOSE?Em grego quer dizer conhecimento. É o conjunto de noções comuns atodos os iniciados que, a força de pesquisar se encontram na mesmacompreensão da causa das causas.

QUAIS OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DOCOMPANHEIRO?São 09 os instrumentos que aparecem no Painel do grau deCompanheiro, sendo os seis primeiros utilizados nas viagens na sessão deElevação:

1- O MALHETE (ou MAÇO) é a Fortaleza.

2 -O CINZEL é a Determinação.

3 -A RÉGUA é o Equilíbrio.

4 -O COMPASSO é a Harmonia dos pólos

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5 -A ALAVANCA é a Potência e a Resistência.

6 -O ESQUADRO é o TAU, é a Experiência e o Acerto.7 -O PRUMO é o Ideal realizador para o mundo.

8 -O NÍVEL, é o Esforço, a Superação e o Equilíbrio.9 -A TROLHA (pá de pedreiro) é o Serviço e a Caridade.

A ESPADA É UM INSTRUMENTO DO GRAU?Embora, use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta dograu de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agoracompanheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos domesmo grau ou superior.

A ESPADA é o Poder do Verbo Criador.

QUAIS OS ORNAMENTOS DE UMA LOJA DE COMP.`.?O pavimento Mosaico, a Estrela Flamejante e a Orla Denteada.

DESCREVA O AVENTAL DE COMPANHEIROEm algumas Lojas é branco e sem adornos como o de Aprendiz, porémdeve ser usado com a abeta para baixo. Em outras Lojas tem as rosetas deazul pálido adicionadas ao avental, que indicam o progresso que estásendo feito na ciência da regeneração, e que a espiritualidade doCompanheiro começa a brotar e desabrochar plenamente.

O QUE É A “CÂMARA DO MEIO”?Local onde os Companheiros, obreiros do Templo de Salomão, recebiamsemanalmente seus salários, após terem subido a ESCADA EMCARACOL. Ao chegarem ao cimo da escada os antigos irmãoscompanheiros, se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO, cujaporta, embora aberta, estava, simbolicamente fechada pelo 2º Vigilante,para todos que estivessem abaixo do grau de companheiro. Depois dedarem o S, o T e as PP e outras provas convincentes de que

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eram Companheiros o 2º Vigilante dizia-lhes: -PASSE, Chib, queassim tinham permissão para entrar na CÂMARA DO MEIO, e suaatenção era despertada por caracteres hebraicos, que atualmente sãorepresentados em Loja, por um triângulo eqüilátero, tendo no centro, aletra Iôd, que significa Deus, o Grande Geômetra do Universo, a quemtodos devemos submeter e adorar.

O QUE REPRESENTA A “ESPIGA DE TRIGO”?Simboliza o 2º Grau (Companheiro). Significa Abundância . É tomadacomo símbolo da universalidade, da evolução espiritual e daindestrutibilidade da vida, e nos mistérios de Elêusis o era do supremomistério.

DESCREVA A ESTRELA FLAMEJANTE OU FLAMÍGERAA pentagonal, um dos ornamentos da Loja. É o símbolo da DivindadeCósmica, e para tornar isto mais evidente, traz inscrita em seu centro aletra "G", alusiva a DEUS (ou Geômetra). O Fogo Sagrado sob a Estrela,é o reflexo desta e o símbolo de nosso Espírito, "feito à imagem esemelhança do Criador". É o emblema individual do Companheirismo,"o astro que ilumina a Loja de Companheiros", onde figura ao Oriente,acima do Venerável, ou ao Ocidente, entre Colunas, ou ainda acima dopedestal do 2º Vigilante. É considerada o símbolo do Companheiro,porque o Companheiro é chamado a tornar-se foco ardente, fonte de luze de calor. A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo aodevotamento sem reservas, mas com discernimento, porque está aberta atodas as compreensões. Suas cinco pontas significam figurativamente osquatro membros dos homens e a cabeça que os governa. Como símbolodas faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou damatéria. Assim, a Estrela Flamejante é, mais particularmente, emblemado PODER e da VONTADE. A Estrela Flamejante está colocada entre oSol e a Lua, de maneira que com eles, forme um triângulo, irradiando aluz do Sol e da Lua, afirmando que a inteligência e a compreensãoprocedem, igualmente, da RAZÃO e da IMAGINAÇÃO. A Espada é oPoder do Verbo Criador.

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QUAL A IDADE DO COMP.`.?5 ANOS

QUE SIGNIFICA A “PALAVRA DE PASSE” DO GRAU DECOMP.`.?Significa ABUNDÂNCIA e está representada, no Painel da Loja do 2ºgrau, por uma ESPIGA DE TRIGO, junto a uma QUEDA D'ÁGUA. Apalavra Chib teve sua origem na época em que um exército dosefraimitas atravessou o Rio Jordão, para combater Jefté, famoso generalgileadita. Seus adeptos deveriam pronunciar a palavra Chib paraobterem permissão de passagem. Por sua vez os efraimitas, por defeitovocal, próprio do seu dialeto, não pronunciavam Chib e sim Sib eesta diferença de pronuncia custavam-lhes a vida. Por isso Salomãoresolveu adotá-la como palavra de passe dos Irmãos Companheiros. Apósa identificação com esta palavra, os irmãos companheiros se dirigiam aESCADA EM CARACOL, que atingida em seu topo os irmãoscompanheiros se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO DOTEMPLO.

QUE SIGNIFICA O SINAL DE COMPANHEIRO?A mão sobre o Cor.`. lembra o compromisso de amar seus irmãos erecorda o juramento prestado.

QUE SIGNIFICA A “PALAVRA SAGRADA” DO GRAU DECOMP.`.?Significa ESTABILIDADE, FIRMEZA. É o nome de uma das colunasde bronze, erguidas à entrada do Templo de Salomão, onde osCompanheiros recebiam seus salários. Ao ser solicitada esta palavra aoCompanheiro, o mesmo deve dá-la, pois não mais lhe será dada aprimeira letra como no caso de Aprendiz, pois o Companheiro já não émais ignorante. Já fez prova de iniciativa intelectual. Assim pode-se pedirque dê, antes de receber.

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COMO SE TRADUZ O “TOQUE” DO GRAU DE COMP.`.?No grau de Companheiro, se traduz como: "QUEM MAIS TEM, MAISDEVE DAR."

O QUE DESPERTAVA A ATENÇÃO DOS COMPS.`. AOADENTRAREM O TEMPLO DE SALOMÃO, PELO PÓRTICO SUL?E O QUE REPRESENTAVAM?Duas grandes colunas ornadas em bronze. A da esquerda denominada B,significava Força e a da direita denominada J exprimia a Estabilidade.

COMO ERAM ESTAS COLUNAS?Eram ocas e serviam de arquivos para a Ordem, onde eram guardadostodos os registros constitucionais e os tesouros.Também serviam para guardar as armas de defesa a ataques inimigos.

O QUE REPRESENTA O TESOURO OCULTO NAS COLUNAS?A doutrina iniciática, cujo conhecimento está reservado aos que nãoparam na superfície e sabem aprofundar-se nos estudos.

O QUE REPRESENTA A PASSAGEM DA COLUNA “B” (Aprendiz)PARA A COLUNA “J” (Companheiro)?Uma modificação no programa iniciático. Tendo terminado seu trabalhona Pedra Bruta está agora trabalhando a Pedra Cúbica, acertando suasarestas.

O QUE REPRESENTA OS INTRUMENTOS DE TRABALHO NASVIAGENS DE COMPANHEIRO?Que deve servir-se destes instrumentos para transformar a Pedra Brutaem Pedra Cúbica.

QUAIS SÃO ESTES INSTRUMENTOS?A princípio = maço e cinzel; em seguida = régua e compasso; depois =régua e alavanca e finalmente = régua e esquadro.

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PARA QUE SERVE O “ESQUADRO”?Permite controlar o corte das pedras que devem ser estritamenteretangulares, para se ajustarem, com exatidão, entre si. O Esquadrodetermina as condições de solidariedade. É o emblema da Sabedoria, poisensina-nos que a perfeição consiste, para o indivíduo, na justeza com quese coloca na sociedade. É a jóia (móvel) usada pelo Venerável Mestre,que nos induz a corrigir os defeitos que nos impeçam de manter,firmemente, nossa posição na construção humanitária. O ESQUADRO éo TAU, é a Experiência e o Acerto.

PARA QUE SERVE O COMPASSO?Serve para desenhar o círculo onde devemos traçar nossos programas detrabalho, no qual nossos meios de realizações estarão restritos. É a nossarealidade "concreta". É a harmonia dos pólos.

QUAL A RELAÇÃO ENTRE A RÉGUA E O COMPASSO?A régua, permitindo traçar linhas retas que podem prolongar-se aoinfinito, simboliza o direito inflexível, a lei moral no que ela tem de maisrigoroso e imutável. A esse absoluto se opõe o círculo da relatividade,cujo raio se mede pelo afastamento das pernas do compasso.

A QUE ALUDE A ALAVANCA?Ao poder total de uma vontade inteligentemente aplicada.

POR QUE A RÉGUA DEVE JUNTAR-SE À ALAVANCA?Porque a vontade só é inflexível, quando posta ao serviço do direitoabsoluto.

POR QUE NA ÚLTIMA VIAGEM O COMP.`. NÃO LEVAINSTRUMENTO?Porque a sua transformação em pedra cúbica está completa e assim nãomais tem de se preocupar com o seu aperfeiçoamento.

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QUANTAS E ONDE ESTÃO AS JANELAS QUE ILUMINAM UMALOJA DE COMP.’.?São três, situadas no Oriente, no Sul e no Ocidente.

POR QUE NO SETENTRIÃO (norte) NÃO EXISTE JANELA?Porque a Luz nunca vem desta direção.

POR QUE A MARCHA DE COMP.`. COMPORTA PASSOSLATERAIS?Para indicar que ele não está obrigado a seguir invariavelmente a mesmadireção em busca da verdade. A Exploração do mistério, porém, nãodeve desorientá-lo e por isso todo afastamento momentâneo daimaginação deve ser seguido de uma pronta volta à retidão de raciocínio.

COMO DEVE TRABALHAR UM COMP.’. AO LADO DO SEMMESTRE?Com liberdade, alegria e fervor.

OUTRAS INFORMAÇÕES E INSTRUÇÕESOutras informações e instruções importantes, os Irmãospoderão encontrar no Ritual de Companheiro do GOMG, e deoutras Potências, nos tópicos “Cobridor do Grau e InstruçõesObrigatórias do Comp.’.