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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº XX DE 2019
Dispõe Sistema Simplificado de
Licenciamento e Controle Ambiental de
Mangaratiba – (SSILCAM) e dá outras
providências no âmbito do Município de
Mangaratiba.
Considerando os artigos 170, VI e 179 da Constituição da República
Federativa do Brasil que versa:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e
de seus processos de elaboração e prestação
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim
definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a
incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas,
tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou
redução destas por meio de lei.
Considerando a lei 13.874/2019, que institui a Declaração de Direitos de
Liberdade Econômica, que estabelece normas de proteção à livre iniciativa e
ao livre exercício de atividade econômica e disposições sobre a atuação do
Estado como agente normativo e regulador, nos termos do inciso IV do
caput do art. 1º, do parágrafo único do art. 170 e do caput do art. 174 da
Constituição Federal., que em seu artigo 1º, § 6º versa:
§ 6º Para fins do disposto nesta Lei, consideram-se atos públicos de
liberação a licença, a autorização, a concessão, a inscrição, a permissão,
o alvará, o cadastro, o credenciamento, o estudo, o plano, o registro e os
demais atos exigidos, sob qualquer denominação, por órgão ou
entidade da administração pública na aplicação de legislação, como
condição para o exercício de atividade econômica, inclusive o início, a
continuação e o fim para a instalação, a construção, a operação, a
produção, o funcionamento, o uso, o exercício ou a realização, no
âmbito público ou privado, de atividade, serviço, estabelecimento,
profissão, instalação, operação, produto, equipamento, veículo,
edificação e outros.
Considerando a resolução 42 do CONEMA que Dispõe sobre as atividades
que causam ou possam causar impacto ambiental local, fixa normas gerais
de cooperação federativa nas ações administrativas decorrentes do exercício
da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis,
à proteção do meio ambiente e ao combate à poluição em qualquer de suas
formas, conforme previsto na Lei Complementar nº 140/2011, e dá outras
providências.
Considerando o artigo 261 da lei 1209/2019 que diz que caberá ao titular da
pasta ambiental a implementação de Instruções Normativas (INs) que
regulamentem procedimentos contidos neste Código ambiental e na gestão
pública ambiental municipal.
O SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE DE MANGARATIBA no uso das
atribuições que lhe conferem o art. 261 da Lei Municipal 1209 de 06 de junho
de 2019, resolve:
Art. 1° Dispõe Sistema Simplificado de Licenciamento e Controle Ambiental
de Mangaratiba – (SSILCAM) e dá outras providências no âmbito do
Município de Mangaratiba.
Art. 2°. O licenciamento e os demais procedimentos de controle ambiental
destinam-se a avaliar apenas os aspectos relativos aos impactos ambientais
do empreendimento ou atividade.
Art. 3º. As informações prestadas pelos empreendedores e pelos
responsáveis técnicos nos processos de licenciamento e nos demais
procedimentos de controle ambiental gozam de presunção de boa-fé e de
legitimidade.
Parágrafo Único. Os casos de omissão de informações necessárias ou de
prestação de informações falsas implicam responsabilização civil,
administrativa e penal previstas na legislação vigente, devendo o órgão
ambiental, se for o caso, comunicar a prática de conduta infracional ao
respectivo Conselho de Classe no qual o técnico se encontre registrado, sem
prejuízo da comunicação aos demais órgãos de controle para adoção das
medidas cabíveis.
CONTROLE BASEADO NO DESEMPENHO:
Art. 4º. O órgão ambiental competente buscará estabelecer, como regra
geral, a adoção de indicadores de desempenho, ao invés de meios para
atingi-los, em respeito ao princípio da livre iniciativa.
§ 1° A definição de indicadores, com base em padrões ambientais, levará
em conta as melhores alternativas tecnológicas disponíveis que não
impliquem custos excessivos.
§ 2° Aos padrões ambientais será dada publicidade, na forma de
regulamento específico, preferencialmente por meio de portal eletrônico.
§ 3° Após a concessão dos instrumentos do SSILCAM, os indicadores
poderão ser alterados justificadamente pelo órgão ambiental, desde que seja
viabilizado ao empreendedor prazo razoável, definido pelo órgão ambiental,
para as respectivas adaptações, em respeito às legítimas expectativas e à
continuidade da atividade econômica, em decorrência, entre outras razões:
I – dos avanços tecnológicos;
II – da redução dos custos das melhores tecnologias disponíveis;
III – da evolução científica;
IV – do avanço do diagnóstico e do prognóstico sobre o empreendimento e
sobre os impactos sinérgicos e cumulativos em razão de outros
empreendimentos e atividades.
O CONTROLE BASEADO EM ESTATÉGIA
Art. 5º. A qualificação de empreendimentos ou atividades como estratégicos,
os quais terão prioridade e celeridade na tramitação, leva em conta a sua
importância ambiental, econômico-financeira e/ou social, tendo como
parâmetros, em conjunto ou isoladamente:
I – impacto ambiental positivo;
II – potencial de geração de empregos;
III – potencial para fomento da economia;
IV – inclusão socioambiental da população local;
V – potencial de incremento de arrecadação tributária Município de
Mangaratiba;
VI – Melhoria da infra-estrutura pública, notadamente daquela prevista em
planos de saneamento básico e resíduos sólidos.
§ 1° O enquadramento de um empreendimento ou atividade como
estratégico é de competência exclusiva do Prefeito de Mangaratiba e do
Secretário de Meio Ambiente, devendo o ato de enquadramento,
devidamente fundamentado, ser comunicado à SMMA, quando indicado
pelo Prefeito.
§ 2° A celeridade e a prioridade previstas neste artigo não implicarão
diminuição da tutela ambiental nem da intensidade do controle estatal.
§ 3° A natureza estratégica do empreendimento ou atividade deve ser
facilmente perceptível nos autos físicos ou eletrônicos referentes aos
respectivos licenciamentos e demais processos de controle ambiental.
§ 4° Os empreendimentos ou atividades qualificados na forma deste artigo
devem integrar o Cadastro Municipal de Empreendimentos e Atividades
Estratégicos – CMAE, a que se dará publicidade, preferencialmente por
portal eletrônico.
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Art. 6º. Por ser o licenciamento ambiental procedimento autodeclaratório,
será necessário que o requerente assine Termo de Ciência constante no
anexo II desta Instrução Normativa, declarando estar ciente de que as
informações prestadas no Processo Administrativo são de sua inteira
responsabilidade, cabendo sanções previstas em Lei no caso de falsidade de
documentação;
Art. 7º. Nos casos de responsabilidade técnica sobre algum empreendimento
ou estudo, o responsável técnico sofrerá as sanções cabíveis no caso de falsas
informações, ficando a cargo desta Secretaria de Meio Ambiente comunicar
ao respectivo Conselho de classe tal Crime. Também será necessária a
assinatura do Termo de Ciência pelo Responsável técnico;
Art. 8º. No licenciamento ambiental de atividades de baixo impacto, é
facultativa a vistoria in loco para emissão da licença, ficando o requerente
obrigado a anexar relatório fotográfico do local, além dos documentos
pedidos no anexo I, entretanto documentos adicionais poderão ser
requeridos caso esta SMMA entenda ser pertinente.
Art. 9º. No licenciamento ambiental de construções e legalizações, é
facultativa a vistoria in loco para emissão da licença, ficando o requerente
obrigado a anexar relatório fotográfico do local, além dos documentos
pedidos no anexo I, se assim for pertinente.
Art. 10. A vistoria in loco será facultativa no caso da apresentação do
Relatório Fotográfico Declarado onde o requerente será o responsável pela
emissão deste relatório, sendo necessário o apontamento das laterais, fundos
e frente do imóvel indicando o arruamento e pontos de iluminação pública.
Art. 11. Cada atividade será enquadrada pelo seu potencial poluidor sendo
considerados fatores para enquadramento:
I – a natureza da atividade e a classificação da magnitude de impactos;
II – a sua localização, considerando o Plano Diretor e o Zoneamento do
Município de Mangaratiba.
III – o histórico de adequação do empreendedor às normas ambientais e de
sua relação com os órgãos estaduais de controle ambiental.
§ 1° O enquadramento de um empreendimento ou atividade como sensível
é de competência exclusiva da Secretaria de Meio Ambiente de Mangaratiba,
sob provocação de qualquer de seus integrantes, respaldado em
discricionariedade técnica motivada.
§ 2° Os empreendimentos ou atividades qualificados como ambientalmente
sensíveis estão sujeitos a análise mais detalhada do licenciamento e dos
demais procedimentos de controle ambiental.
§ 3° Os empreendimentos qualificados na forma deste artigo devem integrar
o Cadastro Municipal de Empreendimentos Ambientalmente Sensíveis –
CAMEASE, a que se dará publicidade, preferencialmente por portal
eletrônico.
Art. 12. Somente será liberada a devida licença após assinatura do termo de
medida compensatória ou mitigadora nos termos do capítulo XVI da Lei
Municipal 1209/2019.
Art. 13. A Licença Ambiental Integrada (LAI) é concedida antes de se iniciar
a implantação do empreendimento ou atividade e o órgão ambiental, em
uma única fase, atesta a viabilidade ambiental, locacional e autoriza a
implantação de empreendimentos ou atividades, estabelecendo as condições
e medidas de controle ambiental.
§ 1º Quando houver necessidade, a critério dos técnicos da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, serão solicitados estudos de impacto
ambiental e impacto da vizinhança para o empreendimento.
I - Quando couber e a critério dos Técnicos desta Secretaria, poderão ser
solicitados outros estudos pertinentes para cada tipo de empreendimento.
§2º Nas hipóteses em que a atividade ou empreendimento estejam sujeito ao
Relatório Ambiental Simplificado - RAS poderá ser realizada Reunião
Técnica Informativa - RTI.
§ 3º Dentro de seu prazo de validade, a LAI poderá autorizar a pré-
operação, pelo prazo máximo de 6 (seis) meses, visando à obtenção de dados
e elementos de desempenho necessários para subsidiar a concessão da
Licença Ambiental Comunicada.
§ 4º O prazo de vigência da LAI é, no mínimo, o estabelecido no
cronograma de instalação e, no máximo, de 08 (oito) anos.
§5º Caso seja do interesse do empreendedor, ele poderá optar pelo
licenciamento trifásico convencional.
Art. 14. A Licença Ambiental Comunicada (LAC) será concedida mediante a
apresentação dos documentos exigíveis, e, em uma única fase, atestará a
viabilidade ambiental, aprovando a localização, autorizando a instalação e a
operação de empreendimento ou atividade classificado como de baixo
impacto ambiental.
§1° Os empreendimentos e atividades que obtiverem a LAC deverão
integrar o Cadastro Municipal de Empreendimentos e Atividades com
Licença Ambiental Comunicada (CMELAC), a que se dará publicidade,
preferencialmente, por portal eletrônico.
§ 2º O prazo de vigência da LAC é de até 5 (cinco) anos.
§ 3º A LAC não se aplica às atividades e empreendimentos que:
I – tenham iniciado ou prosseguido na instalação ou operação sem a devida
autorização do órgão ambiental;
II – tenham sido desmembrados para fins de enquadramento no presente
dispositivo;
III – estejam inseridos em unidade de conservação de proteção integral e/ou
respectiva zona de amortecimento, bem como em áreas restritivas de
unidades de conservação de uso sustentável, de acordo com o respectivo
plano de manejo;
IV – necessitem, para sua implantação ou operação, de Outorga de Direito
de Uso de Recursos Hídricos, salvo se a atividade ou empreendimento já
tiver a respectiva outorga no momento de requerimento da LAC;
V – necessitem de Autorização Ambiental para supressão/intervenção em
Área de Preservação Permanente e/ou de Autorização Ambiental para
supressão de espécies nativas do bioma Mata Atlântica;
VI – estejam operando em área comprovadamente contaminada;
VII – outras hipóteses previstas em regulamento.
§ 4º A SMMA não realizará vistoria prévia para empreendimentos e
atividades que requeiram a LAC, sem prejuízo de fiscalização posterior por
amostragem.
§ 5º A LAC será concedida, preferencialmente, eletronicamente, após
inserção da documentação exigida no sistema e preenchimento de termo de
ciência, Anexo II, pelo empreendedor e responsável técnico, que atesta a
veracidade e responsabilização das informações prestadas.
§ 6º A critério da SMMA, nos casos de responsabilidade técnica, a licença
será enviada aos Respectivos conselhos de classe do responsável técnico;
§ 7° A implementação do licenciamento ambiental por meio da LAC se dará
de forma gradual, por tipologia, conforme regulamento
ESTUDOS AMBIENTAIS:
Art. 15. Os empreendimentos e atividades sujeitos ao licenciamento
ambiental dependerão da elaboração de estudo ambiental, apresentados na
fase destinada a atestar a sua viabilidade ambiental e locacional.
§1° O órgão ambiental competente poderá exigir estudos a depender de
cada tipo de empreendimento e o local onde está inserido. No caso de falta
de regulamento técnico municipal, os técnicos poderão utilizar os estudos
baseados no órgão estadual licenciador;
§2° Os estudos ambientais referidos nos incisos do parágrafo anterior
poderão contemplar outros estudos específicos previstos em regulamento,
de acordo com definição da Instrução Técnica (Padrão ou Específica)
elaborada pela SMMA.
§3° Os estudos ambientais relativos às demais fases do licenciamento, bem
como para os demais procedimentos de controle ambiental, serão definidos
em regulamento específico.
DOS ÓRGÃOS INTERVENIENTES:
Art. 16. O licenciamento ambiental independe de comprovação da
dominialidade da área do empreendimento ou atividade a ser licenciado, da
certidão expedida pelo Município atestando a conformidade do
empreendimento ou atividade à legislação municipal de uso e ocupação do
solo, assim como de licenças, autorizações, certidões ou outorgas de outros
órgãos em qualquer nível de governo, ressalvadas as hipóteses previstas no
art. 17 desta Instrução Normativa.
§ 1° O disposto no caput não desobriga o empreendedor de atender à
legislação federal, estadual e municipal, bem como de possuir as necessárias
autorizações para o exercício da sua atividade.
§ 2° A necessidade de obtenção das demais autorizações, da certidão do uso
e ocupação do solo, bem como a necessidade de comprovar a conformidade
relativa à questão dominial, constará como restrição da licença ambiental e
dos demais instrumentos de controle ambiental.
DOS ÓRGÃOS INTERVENIENTES:
Art. 17. A manifestação dos órgãos intervenientes será obrigatória nas
seguintes situações:
I – Órgãos gestores do Sistema Nacional das Unidades de Conservação:
quando o empreendimento ou atividade de significativo impacto ambiental,
de acordo com o EIA/Rima, afetar unidade de conservação específica ou sua
zona de amortecimento, nos termos do art. 36, § 3º, da Lei Federal nº 9.985,
de 18 de julho de 2000;
II – Fundação Nacional do Índio – Funai: quando na área de influência
direta do empreendimento ou atividade existir terra indígena homologada,
nos termos do art. 6º da Convenção nº 169 da Organização Internacional do
Trabalho – OIT sobre Povos Indígenas e Tribais, adotada em Genebra, em 27
de junho de 1989, promulgada pelo Decreto Federal nº 5.051, de 19 de abril
de 2004;
III – Fundação Cultural Palmares – FCP: quando na área de influência direta
do empreendimento ou atividade existir terra quilombola delimitada por
portaria de reconhecimento do Incra;
IV – Demais situações exigidas por força de lei.
Art. 18. Os intervenientes referidos no artigo anterior devem apresentar
manifestação única e conclusiva no prazo de 60 (sessenta) dias, contado da
data de recebimento da solicitação do órgão ambiental licenciador.
§ 1º Na hipótese do inciso I do artigo anterior, a manifestação deve
restringir-se aos impactos do empreendimento ou atividade na unidade de
conservação potencialmente afetada.
§ 2º A ausência ou a intempestividade da manifestação do interveniente
não obsta o andamento do licenciamento.
§ 3º No caso de a manifestação do interveniente incluir propostas de
condicionantes, elas devem estar acompanhadas de justificativa técnica, apta
a evitar, mitigar ou compensar impactos ambientais negativos do
empreendimento ou atividade, cabendo ao órgão ambiental licenciador
rejeitar motivadamente aquelas que sejam desproporcionais, desarrazoadas
ou inexequíveis.
§ 4° A SMMA poderá celebrar acordo de cooperação técnica com os órgãos
intervenientes a fim de racionalizar procedimentos do licenciamento
ambiental.
Art. 19. Os demais órgãos e instituições públicas e privadas podem
manifestar-se ao órgão responsável pela licença, de maneira não vinculante,
respeitados os procedimentos do licenciamento ambiental.
Art. 20. A Autorização Ambiental Comunicada – AAC é o ato administrativo
mediante o qual se autoriza a execução de obras ou atividade públicas em
decorrência de emergência ou calamidade pública que demandem urgência
de atendimento em situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a
segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos
ou particulares, conforme disposto em regulamento.
§ 1° Deverá constar no requerimento de AAC ato do chefe do
executivo, fundamentado com laudo da Defesa Civil, atestando a situação de
emergência ou calamidade pública.
§ 2° A AAC será concedida com prazo máximo e improrrogável de 6
(seis) meses.
§ 3° Diante da impossibilidade de execução de obras ou atividade
públicas no prazo do § 2º, deverá ser requerida licença ambiental ou demais
instrumentos do SSILCAM, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias
antes do término do prazo da AAC.
DO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA NA PÓS-LICENÇA,
FISCALIZAÇÃO, MEDIDAS DE POLÍCIA E SANÇÕES
Art. 21. As atividades e empreendimentos detentores dos instrumentos
SSILCAM estarão sujeitos à ação de pós-licença, consistente na verificação
do cumprimento das condições e restrições estabelecidas no instrumento de
controle ambiental, quando couber, sem prejuízo do disposto no artigo
seguinte.
Art. 22. Será criado o Subsetor de pós-licenciamento, subordinado ao setor
de fiscalização ambiental, no qual será responsável por toda fiscalização das
condicionantes das Licenças emitidas no âmbito de Mangaratiba, sem
prejuízo as demais legislações pertinentes.
Parágrafo único - Após a obtenção da devida Licença, haverá a abertura de
processo administrativo distinto no qual haverá os dados do requerente e a
cópia da Licença, no qual ficará a cargo do setor de pós-licença para
fiscalização.
Art. 23. A atividade de fiscalização levará em conta e será diretamente
proporcional ao risco e à magnitude dos impactos ambientais adversos dos
empreendimentos ou atividades, considerando a probabilidade de
consumação de dano ambiental e/ou a sua gravidade.
§1º. Os empreendimentos ou atividades qualificados como ambientalmente
sensíveis a que se refere o art. 18 estão sujeitos a fiscalização
preferencialmente periódica.
§2°. Os empreendimentos e atividades que obtiverem a LAC estarão
sujeitos à fiscalização por amostragem.
Art. 24. A atividade de fiscalização e de aplicação de sanções observará,
seqüencialmente e se as circunstâncias do caso concreto assim o permitirem,
as seguintes diretrizes ao constatar inconformidades:
I – persuasão: por meio do diálogo e recomendação de correção da sua
conduta ou atividade operacional, bem como orientação quanto ao
compliance;
II – sanções pecuniárias: multa simples e multa diária;
III- sanções restritivas de direitos.
Parágrafo Único. A persuasão não importa, em qualquer caso, na
impossibilidade da autoridade administrativa aplicar a sanção, bem como as
medidas de polícia cabíveis necessárias diante do descumprimento da
legislação ambiental, observada a especificidade de cada situação
infracional.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS:
Art. 25. Regulamentos específicos serão editados a fim de disciplinar
aspectos desta Instrução Normativa, inclusive quanto aos custos de análise
dos instrumentos do SSILCAM, critérios de sustentabilidade, entre outros.
Art. 26. Os procedimentos relativos a licenças e aos demais instrumentos de
controle ambiental atualmente em curso poderão ser convertidos nos novos
instrumentos previstos nesta Instrução Normativa.
Art. 27. A Licença Ambiental Simplificada (LAS), a Licença Prévia e de
Instalação (LPI) e a Licença de Instalação e de Operação (LIO), ora extintas,
permanecerão válidas com seus respectivos regimes jurídicos até o seu
termo final.
Art. 28. Esta Instrução Normativa começa a vigorar na data da sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Mangaratiba, 17 de julho de 2019.
Antônio Marcos Barreto
Secretário Municipal de Meio Ambiente
ANEXO 1
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA LICENÇA AMBIENTAL COMUNICADA (LAC)
Documentos gerais
1. Requerimento para abertura do processo administrativo, preenchido e
assinado pelo proprietário/representante legal ou técnico responsável.
2. Caso pessoa jurídica, Contrato Social, CNPJ, procuração dos representantes
legais e cópia dos documentos dos representantes.
3. Caso pessoa física, Cópia dos documentos e do comprovante de residência
dos representantes.
4. Documento que comprove posse do Imóvel.
5. Caso locação, Contrato de locação e documento comprovando posse do
Imóvel pelo locatário.
6. Comprovação da concessionária de energia ou água.
7. Termo de ciência do requerente.
Documentos técnicos
1. Memorial descritivo da atividade informando acessos, endereço, Bairro, Município, Áreas das edificações a serem instaladas e existentes, área impermeabilizada do terreno, cronograma de execução da obra e relatório fotográfico.
2. Planta básica do empreendimento, assinada pelo responsável técnico com todas as áreas a serem construídas e já existentes.
3. Em caso de corte de árvore, deve ser anexado documento solicitando vistoria para corte. Um inventário florestal será exigido quando o número de árvores for igual ou superior a 8 indivíduos arbóreos.
4. Em caso de corte de pedra ou talude, um memorial descritivo deve ser entregue contemplando a metodologia da atividade, volume retirado e destinação final do material manejado.
5. Anotação de Responsabilidade técnica (ART OU RRT) pela execução do projeto, emitido pelo respectivo conselho de classe, CREA ou CAU.
6. Imagem do Google Earth indicando local do empreendimento, com pontos de referência, para vistoria no local.
7. Certidão de Zoneamento. 8. Relatório Fotográfico Declarado, apontando toda a área do empreendimento
e a frente do empreendimento.
ANEXO II
TERMO DE CIÊNCIA
Eu, <nome do interessado>, CPF nº <nº do CPF>, RG nº <nº do RG>, emitido por <nome do
órgão emissor>, declaro sob as penas da Lei e de responsabilização administrativa, civil e
criminal, que:
(i) todas as informações prestadas a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no requerimento
de licenciamento ambiental e nos documentos e estudos apresentados são verdadeiras,
estando em consonância com a legislação vigente.
(ii) estou ciente de que a prestação de informações falsas ou distorcidas, bem como a omissão
de qualquer informação ou documento no processo de licenciamento incidirá, além da
responsabilização administrativa, civil e criminal, no indeferimento do requerimento em
trâmite ou no cancelamento do documento do Sistema de Licenciamento Ambiental emitido.
Rio de Janeiro, _____ de __________________ de __________. ________________________ Nome: CPF: RG: Órgão Emissor: