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PR. OZIEL VICENTE DE SOUZA INTENSIVO DE EFÉSIOS CIANORTE/2012

Intensivo de Efésios

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Análise de Efésios

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  • PR. OZIEL VICENTE DE SOUZA

    INTENSIVO DE EFSIOS

    CIANORTE/2012

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  • 3

    NDICE

    Introduo...............................................................................................................04

    Contedo.................................................................................................................05

    Autoria....................................................................................................................06

    Data.........................................................................................................................08

    Destinatrios............................................................................................................10

    Propsito..................................................................................................................11

    Anlise cap. 1..........................................................................................................12

    Anlise cap. 2..........................................................................................................19

    Anlise cap. 3..........................................................................................................24

    Anlise cap. 4..........................................................................................................28

    Anlise cap. 5..........................................................................................................32

    Anlise cap. 6..........................................................................................................35

    Concluso................................................................................................................38

    Bibliografia..............................................................................................................39

    Tabela......................................................................................................................41

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    Introduo

    A carta escrita por Paulo tendo como destinatrio os efsios, mas que se destina

    escolhida, igreja militante, to contempornea que seus ecos se fazem ouvidos por toda igreja

    oriunda da mesma f crist. O apstolo aponta de modo peculiar que Cristo d origem a igreja e

    a sustenta para cumprir sua funo de promotora da glria de Deus em seu prprio corpo.

    Algumas consideraes ao longo da histria crist elucidam a relevncia do contedo

    escrito pelo apstolo. Empresto essas consideraes do reverendo HERNANDES (2009 p.11-

    12). A Carta aos Efsios a coroa dos escritos de Paulo. Alguns eruditos consideram-na a

    composio mais divina da raa humana. William Barclay v Efsios como a rainha das epstolas

    paulinas. John Mackay, ilustre presidente do Seminrio Princeton, em seus tempos ureos,

    considerou Efsios o maior e o mais amadurecido de todos os escritos paulinos. Willard Taylor,

    citando F. F. Bruce, diz que Efsios a pedra de cobertura da estrutura macia dos ensinamentos

    de Paulo.

    Paulo nesta pequena carta veste Deus de toda majestade e soberania apontando a

    dependncia do homem a Ele. Considerando que a igreja subsiste nEle e para Ele.

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    Contedo

    Entre tantos temas importantes para serem abordados, haja vista a brevidade de vida das

    comunidades crists, o autor focaliza o tema Igreja com o objetivo de inteir-los dos

    privilgios e responsabilidades, concedidos e cabidos s comunidades da f evanglica.

    Em primeira instncia ele aborda aspectos doutrinrios das bnos espirituais em Cristo

    a fim de assegur-los que, a redeno do comeo ao fim obra poderosa da trindade, dessa

    forma irrompe com doxologia que atribui ao Deus trino toda glria.

    O reverendo Hernandes Dias Lopes em seu comentrio expositivo da carta aos Efsios

    diz que: Os captulos mais destacados da soteriologia e da eclesiologia podem ser encontrados

    nessa obra-prima do apstolo, ainda continua dizendo que: Paulo une de forma equilibrada

    doutrina e vida, teologia e tica. [...] No podemos glorificar a Deus com a plenitude do nosso

    corao e com o vazio da nossa cabea nem podemos glorificar a Deus com a plenitude da nossa

    cabea e com o vazio do nosso corao. Conhecimento sem vida orgulho estril; vida sem

    conhecimento experiencialismo vazio. Precisamos ter a mente cheia de luz e o corao

    inflamado pelo fogo. Precisamos de ortodoxia e ortopraxia; de doutrina certa e vida certa. Com

    isso, Hernandes, afirma que Paulo no s aponta a gloriosa doutrina da salvao, mas tambm

    aponta o glorioso caminho que o Esprito percorre conosco, a fim de vivermos como corpo do

    Senhor (Igreja).

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    Autoria

    De acordo com a opinio tradicional, Efsios uma autntica carta paulina, contudo, para

    os crticos modernos, alguns traos da carta parecem oferecer resistncia quanto autoria

    paulina. Esses questionamentos so baseados na diferena de estilo, no uso de vocbulos que no

    aparecem em qualquer parte dos escritos do Novo Testamento, ainda apontam o estilo

    escatolgico com uma tendncia mais imediata que futurstica, como costuma fazer o apstolo.

    Ainda faremos meno aqueles que dizem encontrar subsdios na prpria carta de que ela tenha

    sido escrita em data posterior a morte de Paulo, para isso devemos considerar sua morte por volta

    de 67 d.C. e a carta como sendo escrita na dcada de 90 d.C. Para tanto, alguns tericos chegam

    a sugerir que Efsios obra de um imitador.

    Levando em considerao essas dificuldades encontradas pelos crticos modernos,

    veremos algumas reaes que optam pela tradio.

    Para as afirmaes quanto ao estilo diferente dessa para as demais epstolas, e sabemos

    que isso um fato, precisa-se levar em considerao que essa carta ao que tudo indica era

    circular, ou seja, foi escrita no para uma igreja especfica, mas para circular entre as igrejas

    conhecida por Paulo, como parece apontar Colossenses 4:16. Quando pensamos que ela uma

    carta universal precisamos ter em mente que seu contedo abrangente e no se direciona para

    problemas especficos como o caso das cartas aos corntios, ali o autor se preocupa em

    orientaes quanto ao mau comportamento de um grupo de pessoas dentro de uma comunidade

    crist local, aqui em Efsios as palavras do apstolo no se limitam s partes, mas sim ao todo,

    pois ele tem em mente a juno dessas partes que formam o todo, a saber, a igreja que na viso

    paulina completa o corpo de Cristo. Ao pensar dessa forma deve-se ter em mente que as

    diferenas de estilo estariam ligadas a diferena de propsitos das cartas, pois h grande

    diferena em escrever uma epstola para resolver um problema especfico e a tentativa de colocar

    no papel o resultado de uma meditao profunda e frutfera sobre os temas centrais do

    evangelho1.

    Quanto s hpax legomenas2, Francis afirma que tais argumentos so precrios dizendo:

    necessrio estudar o assunto das passagens em que as palavras aparecem, grande nmero

    delas foram usadas para descrever a armadura crist, depreende-se da a necessidade de palavras

    adequadas para descrever sobre um assunto que at o momento no fora argumentado por outro

    escritor do Novo Testamento.

    1 FOULKES, Francis. Efsios: Introduo e Comentrio. Vida Nova. So Paulo. 2008. P. 30.

    2 Segundo dicionrio Aurlio: o que foi dito apenas uma vez.

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    Os primeiros escritores a lanarem dvidas sobre a autenticidade da epstola nos foram

    apresentado por Francis, Goodspeed e Mitton que numa brilhante tentativa sugerem carta uma

    data superior morte de Paulo.

    A teoria de Goodspeed de que alguns anos depois de serem escritas as cartas de Paulo,

    dirigidas em sua maioria a igrejas locais, forma em grande parte, negligenciadas ou esquecidas.

    Umas poucas pessoas reconheceram seu valor e as guardaram, decidindo ento republic-las com

    uma introduo que destacasse a mensagem de Paulo sobre os temas de dias passados. No

    querendo destacar sua personalidade, escreveu uma sntese em nome do prprio Paulo fazendo

    com que a mensagem do apstolo fosse ouvida novamente.

    Para a teoria de Goodspeed, Carson nos apresenta Cadbury3 fazendo uma pergunta muito

    interessante: o que mais provvel: que um imitador de Paulo, vivendo no sculo I, comps um

    escrito 90 ou 95 por cento de acordo com o estilo de Paulo ou que o prprio Paulo escreveu uma

    carta que diverge cinco ou dez por cento do estilo usual do apstolo?

    De todos os questionamentos e teorias aqui levantados no se pode dar como conclusivo

    a favor ou contra essas evidncias.

    3 CARSON, D.A. MOO, Douglas J. & MORRIS, Leon. Introduo ao Novo Testamento. So Paulo: Vida Nova.

    2006. p. 336.

  • 8

    Data

    Um dos pontos em que os crticos modernos acham base para questionar a autoria paulina

    tambm serve de argumentao quanto aos questionamentos sobre o tempo mais aproximado da

    escrita.

    Quero me valer das informaes de Bruce4 sobre os ltimos dias de Paulo: Histria e

    Tradio, para buscar a aproximao de uma data que credita ao apstolo a autoria de efsios,

    pois os estudos que faremos da carta se embasam nos pensamentos propostos por ele.

    Bruce diz:

    Que a vida de Paulo foi terminada em Roma pela espada do carrasco, pode ser aceito com

    confiana, mas a tradio liga sua execuo perseguio dos cristos em Roma que

    seguiu o grande incndio de 64 d.C. pelo menos dois anos depois da data provvel do

    julgamento do seu caso.

    Durante a noite de 18 para 19 de julho de 64 d.C., irrompeu um incndio no lado nordeste

    do Circo Mximo. As lojas que ficavam sob as colunas que circundavam o Circo por fora

    estavam cheias de material inflamvel; o fogo se propagou ali e, alimentado pelo vento,

    devorou tudo ao seu redor durante cinco dias, at que, das catorze divises da cidade, trs

    estavam completamente destrudas e sete, muito danificadas.

    Apesar de Nero5 que estava em Antium (Anzio), quando o incndio comeou, ter corrido

    para Roma e institudo medidas enrgicas de socorro, espalharam-se rumores de que fora

    ele quem incendiara a cidade a fim de reconstru-la mais prxima do desejo do seu

    corao. Cansado, pelo menos de ser alvo de suspeita popular, ele procurou bodes

    expiatrios. Tcito que nossa fonte mais confivel para esses eventos, continua a

    histria assim:

    Assim para abafar o rumor, Nero ps como culpados, que puniu com a crueldade mais

    refinada, um grupo de homens, detestados por seus maus hbitos, que a plebe conhecia

    como cristos. [...] Sua execuo acabou sendo um esporte: alguns foram costurados

    dentro de pele de animais selvagens e jogados aos ces para serem despedaado; outros

    foram amarrados em cruzes e transformados em tochas vivas, para iluminar a cidade

    quando o dia acabava [...].

    Olhando para a proposta de BRUCE, no se deve esquecer que, Eusbio de Cesaria,

    historiador, narra mesma proposta quando diz:

    4 BRUCE, F.F. Paulo o apstolo da graa: sua vida cartas e teologia. Shedd Publicaes. 2003. Cap. 37.

    5 Nero Cludio Csar Augusto Germnico (Anzio 15 de dezembro de 37 d.C. Roma, 9 de junho de 68),

    foi um imperador romano que governou de 13 de outubro de 54 at a sua morte, a 9 de junho de 68.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Anziohttp://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_dezembrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/37http://pt.wikipedia.org/wiki/Romahttp://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_junhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/68http://pt.wikipedia.org/wiki/Imperador_romanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/13_de_outubrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/54http://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_junhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/68

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    [...] Dessa maneira aclamando-se publicamente como o principal inimigo de Deus, Nero

    foi conduzido em sua fria a assassinar os apstolos. Relata-se, portanto, que Paulo foi

    decapitado em Roma e que Pedro foi crucificado sobre seu governo. E esse relato

    confirmado pelo fato de que os nomes de Pedro e Paulo ainda hoje permanecem nos

    cemitrios daquela cidade (EUSBIO, 1999. p.76).

    Debruando a claridade dessas informaes ousaremos pensar que se Paulo foi morto em

    67 d.C., como aponta a tradio Catlica, a carta provavelmente tenha sido escrita quando este

    foi preso sob as acusaes de Nero em 64 d.C.

  • 10

    Destinatrios

    Hendriksen, diz em seu comentrio que defrontamo-nos com uma dificuldade quanto aos

    destinatrios, pois, onde se l em feso deduz-se que tenha sido acrescentado pelos copistas,

    pois, partes dos manuscritos gregos no expressam essa referncia. Uma proposta bem aceita por

    parte dos eruditos que essa carta tem carter universal, ou seja, era uma carta para circular entre

    as igrejas originadas pela pregao do Evangelho (conf. tpico autoria).

    Essa uma proposio relevante para a anlise feita, pois os olhares no se prende a uma

    igreja localizada num determinado espao, mas para a Igreja no que se refere aos eleitos de Deus

    na regio da sia.

  • 11

    Propsito

    Paulo escreveu essa carta com o fim de expressar aos destinatrios sua ntima satisfao

    por sua f, que estava centrada em Cristo e por seu amor por todos os santos. Ainda Paulo tem

    em mente descrever a gloriosa graa redentora de Deus para com a Igreja, derramada sobre ela a

    fim de que pudessem ser uma beno para o mundo, e pudesse permanecer unida contra todas as

    foras do mal, e assim glorificar seu redentor.

    Todos os pensamentos que Paulo desenvolve a respeito dos aspectos distintos dessa

    gloriosa igreja so levados s ltimas consequncias. Dessa forma, ele deixa bem claro que nem

    boas obras, nem mesmo a f, seno unicamente o gracioso plano de Deus, em Cristo, desde

    toda a eternidade, ou seja, Cristo mesmo o verdadeiro fundamento da igreja. Cristo controla

    nada menos que o universo inteiro no interesse da igreja.

    Jogando luz para o espao de Cristo na histria, Paulo estabelece uma conexo com a

    necessidade de o cristo alcanar a plena varonilidade a fim de manifestar a multiforme

    sabedoria de Deus em convergir em Cristo todas as coisas e estarem aptos para resistir todo

    principado e potestades nos dias difceis.

  • 12

    Efsios 1:1

    Paulo, apstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em

    feso e fiis em Cristo Jesus,

    Paulo = pequeno ou menor apstolos - um delegado, mensageiro, algum enviado com ordens CALVINO (2007, p.96) Tomo o termo apstolos no no sentido geral e segundo sua etimologia, e sim em sua significao peculiar, como sendo aqueles a quem cristo particularmente selecionou e exaltou amis elevada honra. Tais foram os doze, a cujo nmero Paulo foi mais tarde agregado. Seu ofcio consistia em publicar a doutrina do evangelho por todo o mundo, plantar igrejas e erigir o reino de Cristo. Desse modo no tinham igrejas propriamente a eles confiadas; mas tinham a comisso comum de proclamar o evangelho onde quer que fossem. Paulo faz uma apologia do seu chamado para apstolo e lana essa responsabilidade sobre a vontade divina, parece que ele tem em mente o encontro no caminho de Damasco, quando Cristo vem ao seu encontro e o comissiona a to grande ministrio. Parece uma medida cautelosa, porm, ele aponta a seguinte verdade, seja os cristos de feso ou qualquer outro cristo, s sero santos e fiis em Cristo.

    2 graa a vs outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus

    Cristo.

    Graa, usual saudao grega, e paz, saudao hebraica comum A manifestao dessa paz desejada por judeus e gentios s poderia ser mediada pela graa que manifesta em Cristo, assunto que ser tratado nas exposies dessa missiva.

    3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abenoado[O1]

    com toda sorte de bno espiritual nas regies celestiais[O2] em Cristo,

    Doxologia opinio, julgamento fala, discurso, palavras. As bnos espirituais aqui apresentadas se encontram em Cristo, no existe outro meio de obt-las, seno estando nele, por isso, Paulo trabalha nessa carta com a proposta paralela de que a igreja numa unio mstica se torna corpo de Cristo. O contexto indicar o contedo, bem como a natureza dessas bnos. Resumidamente Paulo apresenta algumas proposies, dentre elas cito a eleio, pois esta desencadear uma sequncia de bnos emanadas de Cristo.

  • 13

    4 assim como [O3]nos escolheu[O4], nele, antes da fundao do mundo, para

    sermos santos e irrepreensveis perante ele; e em amor

    Este verso est ligado ao anterior por uma conjuno subordinada comparativa assim como, apontando a dependncia, bem como o grau de superioridade da escolha divina. Paulo aponta que, serem escolhidos antes da fundao do mundo mais uma bno que procede do Deus bendito e possvel somente por Cristo, a porta que Ele abriu para a insero de todo aquele que cr (no evangelho cf. Rm. 1:16). Atravs desse ato abenoador, todos quantos ouvirem o chamar do evangelho tero acesso a todas as beno espirituais. Esta escolha apresentada pelo verbo indicativo aoristo mdio - selecionar ou escolher para si mesmo. O tempo, o modo e a voz do verbo indicam que essa ao de Deus no se prende ao conceito de tempo. A ao qualificada por esse verbo de tempo aoristo no modo indicativo visa apontar que ele escolheu na eternidade e por essa escolha seremos santos e irrepreensveis, adjetivos garantidos por estarmos em Cristo, essas beno se encontram apenas nEle, Ele o santo. Uma anlise do verbo aponta que Deus escolhe os cristos como aqueles que Ele separa da multido sem religio como seus amados (cf. Rm. 9:25), de tal forma que o critrio de escolha arraiga-se unicamente em Cristo e seus mritos. O termo igreja que ser estudado no captulo trs dessa carta est relacionado de forma intrnseca ao verbo escolher, veja o paralelo do quadro abaixo:

    - eklegomai Selecionar, escolher, selecionar ou escolher para si mesmo. - ek De dentro de, de, por, fora de.

    - lego Dizer, falar / apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer / chamar pelo nome, chamar, nomear.

    - ekklesia Reunio de cidados chamados para fora de seus lares para algum lugar pblico, assemblia.

    ek De dentro de, de, por, fora de.

    - kaleo Chamar pelo nome, chamar, nomear.

    Logo a Igreja constitui daqueles que foram chamados por Deus desde os tempos eternos para serem santos e irrepreensveis. Estes adjetivos so dependentes da ao de Cristo, uma vez que ele morreu e ressuscitou pela igreja se torna fato a santidade e a irrepreensibilidade. Ressalto que essa santidade progressiva e depende da ao poderosa do Esprito pelo lavar regenerador da palavra (Ef. 5:26; Tt. 3:5). 5 nos predestinou[O5] para ele, para a adoo de filhos, por meio de Jesus Cristo,

    segundo o beneplcito de sua vontade,

    proorizo predeterminar, decidir de antemo / no NT do decreto de Deus desde a eternidade / preordenar, designar de antemo. pro antes / horizo definir determinar / marcar limites / de acordo com um decreto/ ordenar, determinar designar huiothesia - adoo, adoo como filhos / natureza e condio dos verdadeiros discpulos de Cristo, que ao receber o Esprito de Deus em suas almas, tornam-se filhos de Deus.

  • 14

    eudokia - boa vontade, bom intento, benevolncia

    thelema - o que se deseja ou se tem determinado que ser feito / vontade, escolha, inclinao, desejo, prazer, satisfao. O prprio Esprito testifica com o nosso esprito que somos filho de Deus (Rm 8.16). Hermisten Maia diz: pelo testemunho do Esprito que a graa de Deus -nos comunicada. Idem O fruto do Esprito o grande atestado de nossa filiao divina e de nossa progressiva santificao (Gl 5.22-23). Jesus nos ensinou a orar invocando a Deus como pai Em Romanos 8 h uma srie de exposies que fala sobre o Esprito que recebemos, e esse mesmo Esprito que nos faz clamar Aba, Pai (8.15), ainda Ele nos assiste em nossas fraquezas e no sabemos orar como convm (8.26) Ele intercede por ns segundo a vontade de Deus (8.27) coadunando com o Pai Nosso) seja feita a tua vontade. Hermisten: Orar como convm orar segundo a vontade de Deus, colocando os nossos desejos em harmonia com o santo propsito dele.

    6 para louvor da glria de sua graa, que ele nos concedeu gratuitamente[O6] no

    Amado,

    Para louvor e glria da sua graa, pela qual nos fez agradveis a si no Amado, (Ef 1.6 ACF)

    7 no qual temos a redeno, pelo seu sangue, a remisso dos pecados, segundo

    a riqueza da sua graa,

    Tal Redeno encontra-se em Cristo, no apenas atravs dele, mas por homens vindos a viver nele (Cl 1.17 subsistncia, At 17.28 vivemos, movemos e existimos). O sucesso de nossa remisso est no fato de que Cristo pagou o preo exigido pela prpria santidade de Deus, ora ela afirma que sem derramamento de sangue no h remisso de pecados, e ainda todo alma que pecar morrer (Hb. 9.22 e Ez 18.4). A ideia de redeno de tornar livre uma coisa ou pessoa que se tornara propriedade de outra. O casso bblico que aponta a redeno dos escolhidos um tanto intrigante, pois, sendo o homem escravo do pecado, Cristo pagou o preo requerido no pelo pecado, mas pela santidade de Deus. ploutos - riquezas, fortuna / abundncia, plenitude

    8 que Deus derramou abundantemente [O7]sobre ns em toda a sabedoria e

    prudncia,

  • 15

    perisseuo - ter em excesso, sobrar / exceder / superar

    9 desvendando-nos o mistrio da sua vontade, segundo o seu beneplcito que

    propusera em Cristo,

    gnorizo - ter completo conhecimento de thelema - o que se deseja ou se tem determinado que ser feito / vontade, escolha, inclinao, desejo, prazer, satisfao.

    eudokia - boa vontade, bom intento, benevolncia

    10 de fazer convergir nele, na dispensao da plenitude dos tempos, todas as

    coisas, tanto as do cu como as da terra;

    anakephalaiomai - resumir (outra vez), colocar todas as coisas juntas sob um princpio unificador ou uma pessoa, condensar em um sumrio oikonomia - administrao, dispensao pleroma - aquilo que (tem sido) preenchido / um navio, na medida em que est cheio (i.e. tripulado) com marinheiros, remadores, e soldados / consumao ou plenitude do tempo / plenitude, abundncia / cumprimento, realizao / tornar cheio, completar,i.e., preencher at o mximo / preencher at o topo: assim que nada faltar para completar a medida, preencher at borda

    O que Paulo tem em mente que na plenitude dos tempos, ou seja, no tempo certo, determinado pela administrao (oikonomia) divina todas as coisas, isto , as que esto nos cus, bem como as da terra gozaro do pleno governo de Cristo, para isso Deus o fez Senhor.

    11 nele, digo, no qual fomos tambm feitos herana[O8], predestinados[O9] segundo

    o propsito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua

    vontade,

    12 a fim de sermos para louvor da sua glria, ns, os que de antemo esperamos

    em Cristo;

  • 16

    kleros - a eterna salvao que Deus designou para os santos / o que obtido pela sorte, poro sorteada / o nome das pessoas envolvidas era escrito no objeto escolhido para lanar sorte, jogado num vaso, que era ento sacudido. O nome de quem casse primeiro no cho era o escolhido proorizo - predeterminar, decidir de antemo / no NT do decreto de Deus desde a eternidade / preordenar, designar de antemo epainos - aprovao, recomendao, louvor

    A proposio das palavras usadas pelo apstolo parece ser alusiva aos judeus, pois foram eleitos em Abrao para manifestarem as riquezas de sua graciosa glria. Ele utiliza a terceira pessoa para dizer que eles (judeus) de antemo foram capacitados a olhar para o futuro esperando o messias, essa capacidade de esperar por uma promessa era uma motivao desencadeada pelo prprio Deus. Isso fica evidente quando Paulo reporta a Abrao e nos apresenta como o pai de todos os que tm f (Gl. 3.7). 13 em quem tambm vs, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho

    da vossa salvao, tendo nele tambm crido, fostes selados [O10]com o Santo

    Esprito da promessa;

    aletheia - que verdade em qualquer assunto em considerao sphragizo - colocar um selo, marcar com um selo, selar / por segurana: de Satans / pois coisas seladas esto ocultas (como o contedo de uma carta), esconder, manter em silncio, manter em secreto / marcar pela impresso de um selo ou uma sinal / a fim de provar, confirmar, ou atestar algo / confirmar, autenticar, colocar fora de qualquer dvida

    Hermisten: Paulo reconhece que a nossa eleio tem por fim ltimo a glria de Deus e que o Deus que elege propicia os meios para que possamos ser alcanados pelo Evangelho, bem como viver uma vida digna. Temos aqui uma associao entre: Palavra, Verdade, Evangelho e Salvao. Hermisten (2011, p.92), citando MacArthur, Contudo, dentro da perspectiva ps-moderna, h uma crise epistemolgica forjada, que gera a concepo de que a verdade, se existe, inacessvel; da o abandono da procura da verdade e, consequentemente a carncia do ensino sobre a importncia da verdade e sobre valores considerados verdadeiros. Deus transcendente e pessoal Essa verdade contida no Evangelho no pode ser subjetiva, pois, do prprio ser de Deus a transcendncia. Pode-se afirma isso pela eternidade de Deus, ou ainda Ef. 1.17.

  • 17

    14 o qual o penhor da nossa herana, at ao resgate da sua propriedade, em

    louvor da sua glria.

    arrhabon penhor / dinheiro que em compras dado como um penhor ou pagamento inicial como garantia de que a soma total ser mais tarde, garantia

    kleronomos - o que dado para algum como uma posse / no sentido messinico, algum que recebe a parte designada a ele pelo direito de filiao apo apo - partcula primria; preposio / 1) de separao / de separao de uma parte do todo / quando de um todo alguma parte tomada / lutron - o preo da redeno, resgate pago pelos escravos, cativos

    15 Por isso, tambm eu, tendo ouvido a f que h entre vs no Senhor Jesus e o

    amor para com todos os santos,

    16 no cesso de dar graas por vs, fazendo meno de vs nas minhas oraes,

    17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glria, vos conceda

    esprito de sabedoria e de revelao no pleno conhecimento dele,

    18 iluminados os olhos do vosso corao, para saberdes qual a esperana do

    seu chamamento, qual a riqueza da glria da sua herana nos santos

    klesis - de uma forma reduzida de kaleo - chamar / chamar em alta voz, proferir em alta voz / chamar, i.e., chamar pelo nome

    19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a

    eficcia da fora do seu poder;

    Paulo usa quatro substantivos diferentes, porm sinnimos, para apresentar a grandeza do poder de Deus que opera sobre os que creem.

    1 - dunamis - poder, fora, habilidade / poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve. 2 - energeo - ser eficaz, atuar, produzir ou mostrar poder / efetuar / no NT usado apenas para poder sobre-humano, seja de Deus ou do diabo / ativo. 3 - kratos - fora, vigor / poder: forte com grande poder / uma ao poderosa, um obra de poder / domnio. 4 - ischus ischuo - habilidade, fora, vigor, poder / ser forte / ser forte fisicamente, ser robusto, ter boa sade / ter poder / ter poder, exibido atravs de feitos

  • 18

    extraordinrios / externar, mostrar poder, ter a fora para vencer / ser uma fora, ser eficaz / ser til / ser capaz, poder.

    20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o

    sentar sua direita nos lugares celestiais,

    21 acima de todo principado, e potestade, e poder, e domnio, e de todo nome que

    se possa referir no s no presente sculo, mas tambm no vindouro.

    arche - comeo, origem / principado, reinado, magistrado / de anjos e demnios exousia - poder de escolher / poder fsico e mental / o poder de reger ou governar / autoridade sobre a humanidade dunamis - poder, fora, habilidade kuriotes - domnio, poder, senhorio / no NT: algum que possui domnio onoma nome / o nome usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posio, autoridade, interesses, satisfao, comando, excelncia, aes, etc., de algum / pessoas reconhecidas pelo nome

    22 E ps todas as coisas debaixo dos ps e, para ser o cabea sobre todas as

    coisas, o deu igreja,

    E sujeitou todas as coisas a seus ps, e sobre todas as coisas o constituiu como cabea da igreja, (Ef 1:22 ACF)

    hupotasso - organizar sob, subordinar / sujeitar, colocar em sujeio / sujeitar-se, obedecer / submeter ao controle de algum

    23 a qual o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche[O11] em todas as

    coisas.

    pleroma - aquilo que (tem sido) preenchido

  • 19

    Efsios 2:1

    Ele vos deu vida, estando vs mortos nos vossos delitos e pecados,

    Esse processo de vida se obtido pelo poder que faz da IGREJA o complemento do corpo de Cristo, num sentido que Joo Calvino apresenta: Cristo de nada tem falta, pois Ele quem preenche todas as coisas, mas, por uma ao graciosa Ele Chama a igreja desde a eternidade para plenificar o seu prprio corpo. Mais uma vez a causa da morte lhes fora apresentada como consequncia dos delitos, ou seja, por outrora estarem sujeitos s autoridades deste mundo tenebroso, estes se encontraram mortos.

    2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o prncipe

    da potestade do ar, do esprito que agora atua nos filhos da desobedincia;

    3 entre os quais tambm todos ns andamos outrora, segundo as inclinaes da

    nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e ramos, por

    natureza, filhos da ira, como tambm os demais.

    epithumia - desejo, anelo, anseio, desejo pelo que proibido dianoia - mente como centro das habilidades intelectuais, afetivas e volitivas / entendimento / pensamentos, tanto bons quanto maus

    4 Mas Deus, sendo rico em misericrdia, por causa do grande amor com que nos

    amou[O12],

    plousios - abundantemente, ricamente eleos - misericrdia: bondade e boa vontade ao miservel e ao aflito, associada ao desejo de ajud-los polus - numeroso, muito, grande gape - amor fraterno, de irmo, afeio, boa vontade, amor, benevolncia

    5 e estando ns mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente [O13]com

    Cristo, -- pela graa sois salvos[O14],

  • 20

    sun com / zoopoieo - produzir vida, gerar ou dar luz a uma nova vida / fazer viver, tornar vivo, dar a vida / pelo poder espiritual, despertar e revigorar / restaurar vida

    sozo - salvar, manter so e salvo, resgatar do perigo ou destruio

    O particpio perfeito usado para expressar salvao conota uma ao acabada, que contnua e permanente.

    6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares

    celestiais em Cristo Jesus;

    A proposta aqui apresentada que Cristo nos carrega em seu corpo, por isso,

    morremos sua morte e ressuscitamos com ele, e ainda nos assentamos nos lugares

    celestiais, bem acima dos principados, potestades e domnios.

    7 para mostrar[O15], nos sculos vindouros, a suprema riqueza da sua graa, em

    bondade para conosco, em Cristo Jesus.

    endeixis - demonstrao, prova / manifestao feita por meio de um ato / sinal, evidncia

    o verbo no modo subjuntivo apresenta a responsabilidade da igreja em manifestar nos

    sculos vindouros que a graa a nica razo da salvao, excluindo toda cooperao

    humana para tal ato.

    8 Porque pela graa sois salvos[O16], mediante a f; e isto no vem de vs; dom

    de Deus;

    charis - da bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo sua santa influncia sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresam na f crist, conhecimento, afeio, e desperta-as ao exerccio das virtudes crists

    9 no de obras, para que ningum se glorie.

  • 21

    10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais

    Deus de antemo preparou para que andssemos nelas.

    O motivo pelo qual est passagem exclui toda motivao de vanglria concernente

    salvao, que at mesmo as boas obras foram preparadas de antemo para que a

    igreja tivesse condies de militar triunfantemente.

    poiema - aquilo que foi feito / uma obra / das obras de Deus como criador

    peripateo - caminhar / fazer o prprio caminho, progredir; fazer bom uso das oportunidades

    11 Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vs, gentios na carne, chamados

    incircunciso por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mos

    humanas,

    12 naquele tempo, estveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e

    estranhos s alianas da promessa, no tendo esperana e sem Deus no mundo.

    Nos versculos anteriores Paulo anula a justificao por meio das obras e nos

    apresenta a salvao como sendo um dom divino, para mostrar a ineficcia da

    circunciso tanto para judeus como gentios.

    atheos - sem Deus, no conhecendo e nem adorando a Deus

    13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vs, que antes estveis longe, fostes

    aproximados pelo sangue de Cristo.

    ginomai - tornar-se, i.e. vir existncia, comear a ser, receber a vida

  • 22

    14 Porque ele a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede

    da separao que estava no meio, a inimizade,

    Foulkes (2008. p.69), prope que Paulo tem sua mente voltada para aquilo que era,

    para eles, a maior de todas as divises, a saber, aquela que separava judeus dos

    gentios. [...] Havia uma barreira tanto literal quanto espiritual. Em Jerusalm, entre o

    recinto do templo propriamente dito e o ptio dos gentios havia um muro de pedra no

    qual existia uma inscrio em grego e latim que proibia qualquer estrangeiro de entrar,

    sob pena de morte. Quando analisado os versos seguintes, Foulkes aponta que maior

    separao, e que impedia essa unidade, era a lei mediada por Moiss. Uma vez que

    aponta a insuficincia das obras para justificao e a dependncia de Cristo, ambos

    so colocados debaixo de uma mesma condio, a Graa.

    15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanas, para

    que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz,

    katargeo - inativo, inoperante / fazer um pessoa ou coisa no ter mais eficincia / privar de fora, influncia, poder / fazer cessar, pr um fim em, pr de lado, anular, abolir

    ktizo - de Deus criando o universo / formar, modelar, i.e., mudar ou transformar completamente A fora desse verbo exprime a ao de Deus na criao, ou seja, em Cristo Deus est fazendo de ambos uma nova pessoa (grifo meu)

    16 e reconciliasse ambos em um s corpo com Deus, por intermdio da cruz,

    destruindo por ela a inimizade.

    apokteino - matar o que seja de toda e qualquer maneira / destruir, deixar perecer / punir com a morte / privar de vida espiritual e obter sofrimento no inferno

    Quando Ele estava morrendo na cruz, estava matando a inimizade que existia entre o homem e Deus devido o pecado, pois, Ele carregou os pecados do homem e tornou possvel o seu perdo. O perdo diante de Deus se alcana com a morte de Cristo que morreu em nosso lugar. 17 E, vindo, evangelizou paz a vs outros que estveis longe e paz tambm aos

    que estavam perto;

    A paz que emana de Cristo abrange tanto os de perto, quanto os de longe. Paulo estava certo que mesmo sendo zelosos da lei de Deus os judeus estavam enfermos

  • 23

    pela fora do pecado, pois, em Ado a raa humana em sua totalidade estava enferma. Cristo, em seu corpo carrega toda sorte de enfermidade, bem como de homens enfermos (Is 53) e os crava l na cruz. Quando ressurge, leva em seu corpo no apenas as marcas, mas tambm homens sarados do pecado de toda tribo, lngua e nao.

    18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Esprito.

    prosagoge - conduzir, trazer / abrir um caminho de acesso, de algum para Deus / tornar algum aceitvel a Deus - ago - conduzir segurando com as mos, levando deste modo ao destino final

    19 Assim, j no sois estrangeiros e peregrinos, mas concidados dos santos, e

    sois da famlia de Deus,

    paroikos - estranho, forasteiro, algum que vive num lugar sem direito de cidadania sumpolites - que possue a mesma cidadania com outros, concidado / de gentios que foram recebidos na comunho dos santos

    oikeios - que pertence ao lar, relacionado pelo sangue, parente

    20 edificados sobre o fundamento dos apstolos e profetas, sendo ele mesmo,

    Cristo Jesus, a pedra angular;

    themelios - metf. fundamentos, bases, princpios bsicos / de instituio ou sistema de verdades

    At o presente Paulo relaciona suas palavras, a judeus e gentios, nesse momento ele

    traz duas figuras extremamente importante, profetas e apstolos, ambos possuem uma

    representatividade preciosa para o nico e verdadeiro fundamento, os profetas

    lanaram este fundamento, suas profecias trouxe Cristo mente de muitos judeus, j

    os apstolos contriburam para, o erigir desse edifcio, suas doutrinas tem por

    fundamento a pedra angular. Dessa forma ele rene em um s edifcio, judeus e

    gentios e os coloca na dependncia de Cristo.

    A pedra angular ou de esquina servia para ligar duas paredes dando estabilidade, as

    demais pedras deveriam se ajustar a ela, a escolha da pedra era criteriosa, pois, todo o

    edifcio dependia dela. Cristo essa pedra, profetas e apstolos so edificados sobre

  • 24

    ela, Judeus que ouviram suas profecias e gentios que ouviram dos apstolos as boas

    novas do evangelho.

    21 no qual todo o edifcio, bem ajustado, cresce para santurio dedicado ao

    Senhor,

    22 no qual tambm vs juntamente estais sendo edificados para habitao de

    Deus no Esprito.

    Efsios 3:1

    Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vs,

    gentios,

    Paulo retoma a sentena anterior com essa expresso, por essa causa e aponta a causa com o fato de ele ser prisioneiro de Cristo. Essa causa que o faz prisioneiro se deu quando num encontro com o Cristo ressurreto, ele entende que o perodo da graa chegado e deve abranger a todos.

    desmios - amarrado, em grilhes, cativo, prisioneiro

    2 se que tendes ouvido a respeito da dispensao da graa de Deus a mim

    confiada para vs outros;

    A expresso aponta que ele se sente encarregado de administrar essa graa para que chegue aos conhecimentos de todos os gentios, Cristo se colocou como a pedra de esquina (morte) para que judeus e gentios se torne um s corpo, a igreja, o corpo de Cristo. O apstolo se sente fazendo parte desse corpo ao ponto de se sentir preso a ele, o que ele faz no faz por coao, mas sim por sentir, viver a vida de seu Senhor.

    3 pois, segundo uma revelao, me foi dado conhecer o mistrio, conforme

    escrevi h pouco, resumidamente;

    4 pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistrio

    de Cristo,

  • 25

    5 o qual, em outras geraes, no foi dado a conhecer aos filhos dos homens,

    como, agora, foi revelado aos seus santos apstolos e profetas, no Esprito,

    Paulo fala de mistrio, no no sentido do desconhecido, pois ele apresenta nessa sentena que outrora no fora dado a conhecer como o agora, isto , aos antepassados foi apresentada uma proposta de um messias que viria para inaugurar o reino de Deus, no sabiam eles que esse reino novo estaria ligado era da graa. A proposta que se segue mostra Paulo entendendo aquilo que seus pais esperavam, e que foi revelado em partes, porm vindo a plenitude dos tempos Cristo chega revelando tudo aquilo que antes era subentendido como mistrio. 6 a saber, que os gentios so co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-

    participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho;

    certo que Paulo tem em mente a promessa feita a Moiss de que se o povo obedecesse e guardasse a aliana, eles seriam a propriedade particular do Senhor (xodo 19.5,6). A obedincia era necessria para que Israel fosse considerada pertencente ao Senhor, porm, a histria bblica aponta para um servo fiel que vir em obedincia, s Ele foi obediente, s ele pertence a Deus. A porta se abre, pois o justo justificar a muitos, e isto inclui pessoas de todas as naes que foram escolhidas por Deus. Dessa forma a graa se estende aos gentios pelo anunciar do evangelho, fazendo-os propriedades exclusivas de Cristo.

    7 do qual fui constitudo ministro conforme o dom da graa de Deus a mim

    concedida segundo a fora operante do seu poder.

    diconos - algum que executa os pedidos de outro, esp. de um mestre, servo, atendente, minstro

    energia - ato de trabalhar, eficincia / no NT usado apenas para poder sobre-humano, seja de Deus ou do diabo

    dunamis - poder, fora, habilidade / poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza

    Quando olhamos para a expresso fora e poder, entendemos que Paulo foi compungido pela ao de Deus, isso o faz preso, de forma que ele no consegue dar outra resposta que no a mesma de Isaas eis me aqui Senhor. A ao de Deus em entregar Cristo, o santo, em favor de judeus e gentios o constrange a servi-lo como um prisioneiro.

    8 A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graa de pregar aos

    gentios o evangelho das insondveis riquezas de Cristo

  • 26

    Quando os olhos do apstolo se voltam para o Messias, aqueles valores descritos em Filipenses trs perdem a significncia, no por que, no possuam valores intrnsecos a si, mas por estarem diante daquele cujas riquezas so insondveis demais para se contar.

    9 e manifestar qual seja a dispensao do mistrio, desde os sculos, oculto em

    Deus, que criou todas as coisas,

    10 para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida,

    agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,

    Esse um dos pontos mais marcantes quando se trada o propsito de Deus para a igreja, pois a ela foi concedida a graa de comunicar o evangelho, que por sua vez manifesta as muitas formas da sabedoria divina. A Igreja, pois, no existe para si prpria. Ela existe para Deus, para a sua glria (HENDRIKSEN, 2005.p.189). comunicando o Evangelho que transforma vidas que os principados e potestades vo conhecendo o poder dessa sabedoria, um poder que no conhece limites. Um evangelho que salva a todos quanto Deus chamou para a adoo em Cristo Jesus.

    11 segundo o eterno propsito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor,

    Paulo sempre discorre eternidade mencionar que esse um plano que nasce na eternidade, os projetos de Deus marcam a eternidade para ento marcar atravs da nossa histria a todo principado que a sabedoria de Deus excede todo entendimento.

    12 pelo qual temos ousadia e acesso com confiana, mediante a f nele.

    13 Portanto, vos peo que no desfaleais nas minhas tribulaes por vs, pois

    nisso est a vossa glria.

    14 Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai,

    A causa Sabedoria de Deus comunicada pelo Evangelho, sempre coloca Paulo de Joelhos, pois os essa sabedoria s ser conhecida e temida quando essa mensagem transformar vidas, colocando-as no seio da igreja, tornando-as povo escolhido do Senhor.

    15 de quem toma o nome toda famlia, tanto no cu como sobre a terra,

    16 para que, segundo a riqueza da sua glria, vos conceda que sejais fortalecidos

    com poder, mediante o seu Esprito no homem interior;

    krataioo - ser feito forte, aumentar em fora, ficar forte

  • 27

    pneuma - terceira pessoa da trindade, o Santo Esprito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho / algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e carter

    eso - em, para dentro de / alma, interior da pessoa / conscincia

    17 e, assim, habite Cristo no vosso corao, pela f, estando vs arraigados e

    alicerados em amor,

    rhizoo - fazer surgir raiz, fortalecer com razes, tornar firme, fixar, estabelecer, fazer uma pessoa ou uma coisa ser totalmente fundamentada (Tempo Perfeito)

    themelion - fundamentos, bases, princpios bsicos (Tempo Perfeito)

    18 a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual a largura, e o

    comprimento, e a altura, e a profundidade

    exischuo - ser plenamente capaz, hbil, ter plena fora plats largura / sugerindo grande extenso mekos comprimento hupsos - elevar s alturas, exaltar / altura / de dimenso / de lugas, cu bathos - profundidade, altura / do mar profundo / profundo, extremo, excasso

    19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais

    tomados de toda a plenitude de Deus.

    ginosko - chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir

    huperballo - sobrepujar em arremesso, lanar algo sobre ou alm de qualquer coisa / transcender, ultrapassar, exceder, sobrepujar / que sobrepuja, que excede

    pleroo - preencher at o topo: assim que nada faltar para completar a medida, preencher at borda

    20 Ora, quele que poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto

    pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em ns,

  • 28

    perissoteros - que excede algum nmero / sobre e acima, mais do que necessrio, super adicionado / abundantemente, supremamente / algo a mais, mais, muito mais que tudo, mais claramente

    energeo - ser eficaz, atuar, produzir ou mostrar poder / trabalhar para algum, ajudar algum

    21 a ele seja a glria, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as geraes, para

    todo o sempre. Amm!

    Efsios 4:1

    Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da

    vocao a que fostes chamados,

    axios - apropriadamente, dignamente, de modo digno

    2 com toda a humildade e mansido, com longanimidade, suportando-vos uns

    aos outros em amor,

    3 esforando-vos diligentemente por preservar a unidade do Esprito no vnculo

    da paz;

    tapeinophrosune - ter uma opinio humilde de si mesmo / senso profundo de insignificncia

    prautes - gentileza, bondade de esprito, humildade Humildade para Deus aquela disposio de esprito com a qual aceitamos sua forma de lidar conosco como a melhor, sem, no entanto, disputar ou resistir. No AT, os humildes so aqueles que confiam inteiramente em Deus, mais do que em suas prprias foras, para defend-los contra toda injustia. Assim, a atitude humildade para com os mpios implica em saber que Deus est permitindo as injrias que infligem, que Ele os est usando para purificar seus eleitos, e que livrar Seus eleitos a Seu tempo. (Is 41.17; Lc 18.1-8) Bondade ou humildade so opostos arrogncia e egosmo e originam-se na confiana na bondade

  • 29

    de Deus e no Seu controle sobre a situao. A pessoa bondosa no est centrada no seu ego. Isto obra do Esprito Santo, no da vontade humana. (Gl 5.23)

    makrothumia - pacincia, tolerncia, constncia, firmeza, perseverana / pacincia, clemncia, longanimidade, lentido em punir pecados

    anechomai levantar / manter-se ereto e firme / sustentar, carregar, suportar

    allelon - um ao outro, reciprocamente, mutualmente

    tereo - atender cuidadosamente a, tomar conta de / guardar / metf. manter, algum no estado no qual ele esta

    sundesmos - aquilo com o que se amarra, atadura, lao / dos ligamentos pelos quais os membros do corpo humano so unidos

    4 h somente um corpo e um Esprito, como tambm fostes chamados numa s

    esperana da vossa vocao;

    5 h um s Senhor, uma s f, um s batismo;

    6 um s Deus e Pai de todos, o qual sobre todos, age por meio de todos e est

    em todos.

    7 E a graa foi concedida a cada um de ns segundo a proporo do dom de

    Cristo.

    8 Por isso, diz: Quando ele subiu s alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu

    dons aos homens.

    A muitos pensamentos divergentes quanto a esta citao, alguns preferem pensar que quando Paulo trata de cativo e cativeiro, faz referncia a demnios, como sendo esses amarrados pelo poder da ressurreio. Prefiro pensar em conjunto a referncia do captulo 2.1-10, quando l especifica que outrora os efsios eram cativos dos principados e potestades, porm, Cristo vem e em sua ressurreio nos leva cativos para assentar nos lugares celestiais, a partir de ento distribui dons aos homens (ver. 11), a fim de que estes proclamem as poderosas obras de Deus tidas como multiforme sabedoria.

    9 Ora, que quer dizer subiu, seno que tambm havia descido at s regies

    inferiores da terra?

    Penso que est passagem no se refere descida no ades para tomar as chaves da morte, seria coerente pensar que regies baixas da terra se refere as regies onde

  • 30

    Cristo desenvolveu seu ministrio, sua vitria se d em sua ressurreio e proclamao como Senhor.

    10 Aquele que desceu tambm o mesmo que subiu acima de todos os cus,

    para encher todas as coisas.

    11 E ele mesmo concedeu uns para apstolos, outros para profetas, outros para

    evangelistas e outros para pastores e mestres,

    12 com vistas ao aperfeioamento dos santos para o desempenho do seu

    servio, para a edificao do corpo de Cristo,

    13 at que todos cheguemos unidade da f e do pleno conhecimento do Filho

    de Deus, perfeita varonilidade, medida da estatura da plenitude de Cristo,

    teleios - levado a seu fim, finalizado / que no carece de nada necessrio para estar completo / perfeito / aquilo que perfeito / integridade e virtude humana consumados / de homens / adulto, maturo, maior idade

    14 para que no mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e

    levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela

    astcia com que induzem ao erro.

    15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresamos em tudo naquele que a

    cabea, Cristo,

    16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxlio de toda junta,

    segundo a justa cooperao de cada parte, efetua o seu prprio aumento para a

    edificao de si mesmo em amor.

    17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que no mais andeis como tambm

    andam os gentios, na vaidade dos seus prprios pensamentos,

    18 obscurecidos de entendimento, alheios vida de Deus por causa da

    ignorncia em que vivem, pela dureza do seu corao,

    19 os quais, tendo-se tornado insensveis, se entregaram dissoluo para, com

    avidez, cometerem toda sorte de impureza.

    20 Mas no foi assim que aprendestes a Cristo,

    21 se que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instrudos, segundo a

    verdade em Jesus,

  • 31

    22 no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem,

    que se corrompe segundo as concupiscncias do engano,

    23 e vos renoveis no esprito do vosso entendimento,

    24 e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justia e retido

    procedentes da verdade.

    25 Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu prximo,

    porque somos membros uns dos outros.

    26 Irai-vos e no pequeis; no se ponha o sol sobre a vossa ira,

    27 nem deis lugar ao diabo.

    28 Aquele que furtava no furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as prprias

    mos o que bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.

    29 No saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for

    boa para edificao, conforme a necessidade, e, assim, transmita graa aos que

    ouvem.

    30 E no entristeais o Esprito de Deus, no qual fostes selados para o dia da

    redeno.

    lupeo - tornar triste / afetar com tristeza, causar aflio, magoar / afligir, ofender / tornar algum preocupado, faz-lo receoso

    sphragizo - colocar um selo, marcar com um selo, selar / por segurana: de Satans / pois coisas seladas esto ocultas (como o contedo de uma carta), esconder, manter em silncio, manter em secreto

    apolutrosis - uma libertao efetuada pelo pagamento de resgate / despedir, (no deter por mais tempo) / um requerente ao qual a liberdade de partir dada por um resposta decisiva / mandar partir, despedir

    31 Longe de vs, toda amargura, e clera, e ira, e gritaria, e blasfmias, e bem

    assim toda malcia.

    32 Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos

    uns aos outros, como tambm Deus, em Cristo, vos perdoou.

  • 32

    Efsios 5:1

    Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;

    mimetes - imitador A proposta desse verso que a igreja deve levar consigo as caractersticas da adoo, lembrando sempre que estamos num corpo em que Cristo o nosso cabea.

    2 e andai em amor, como tambm Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por

    ns, como oferta e sacrifcio a Deus, em aroma suave.

    euodia - algo muito agradvel a Deus

    3 Mas a impudiccia e toda sorte de impurezas ou cobia nem sequer se

    nomeiem entre vs, como convm a santos;

    4 nem conversao torpe, nem palavras vs ou chocarrices, coisas essas

    inconvenientes; antes, pelo contrrio, aes de graas.

    eucaristia gratido / ao de graas

    5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que idlatra,

    tem herana no reino de Cristo e de Deus.

    6 Ningum vos engane com palavras vs; porque, por essas coisas, vem a ira de

    Deus sobre os filhos da desobedincia.

    7 Portanto, no sejais participantes com eles.

    8 Pois, outrora, reis trevas, porm, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos

    da luz

    9 (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justia, e verdade),

    10 provando sempre o que agradvel ao Senhor.

    11 E no sejais cmplices nas obras infrutferas das trevas; antes, porm,

    reprovai-as.

  • 33

    elegcho - sentenciar, refutar, confutar / generalmente com implicao de vergonha em relao pessoa sentenciada / por meio de evidncias condenatrias, trazer luz, expor / achar falta em, corrigir / pela palavra

    12 Porque o que eles fazem em oculto, o s referir vergonha.

    aischros - extremamente sujo, baixo, desonroso / obscenidade, imoralidade

    13 Mas todas as coisas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas;

    porque tudo que se manifesta luz.

    Ligar esse verso com o verbo reprovar do verso 11 e 14

    14 Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e

    Cristo te iluminar.

    egeiro - (pela idia de estar em controle das prprias faculdades); 1) despertar, fazer levantar

    epiphausko - resplandecer sobre / Cristo derramar sobre voc a verdade divina como o sol transmite luz s pessoas que despertam do sono.

    15 Portanto, vede prudentemente como andais, no como nscios, e sim como

    sbios,

    akribos - exatamente, acuradamente, diligentemente / exato, meticuloso

    16 remindo o tempo, porque os dias so maus.

    17 Por esta razo, no vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a

    vontade do Senhor.

    Entender qual a proposta da de Deus.

  • 34

    18 E no vos embriagueis com vinho, no qual h dissoluo, mas enchei-vos do

    Esprito,

    methusko - intoxicar, embebedar

    asotia - vida dissoluta, descontrolada / desperdcio, prodigalidade

    A ideia aqui e empregada que o vinho traz descontrole, dissoluo, fugindo da proposta de edificao.

    19 falando entre vs com salmos, entoando e louvando de corao ao Senhor

    com hinos e cnticos espirituais,

    Em contraste ao vinho o Esprito Santo produz harmonia, unidade, dando condies para que a comunidade crist vivam em comunho.

    20 dando sempre graas por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor

    Jesus Cristo,

    21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.

    22 As mulheres sejam submissas ao seu prprio marido, como ao Senhor;

    23 porque o marido o cabea da mulher, como tambm Cristo o cabea da

    igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.

    24 Como, porm, a igreja est sujeita a Cristo, assim tambm as mulheres sejam

    em tudo submissas ao seu marido.

    25 Maridos, amai vossa mulher, como tambm Cristo amou a igreja e a si mesmo

    se entregou por ela,

    26 para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de gua pela

    palavra,

    27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mcula, nem ruga, nem

    coisa semelhante, porm santa e sem defeito.

    28 Assim tambm os maridos devem amar a sua mulher como ao prprio corpo.

    Quem ama a esposa a si mesmo se ama.

    29 Porque ningum jamais odiou a prpria carne; antes, a alimenta e dela cuida,

    como tambm Cristo o faz com a igreja;

    30 porque somos membros do seu corpo.

    31 Eis por que deixar o homem a seu pai e a sua me e se unir sua mulher, e

    se tornaro os dois uma s carne.

  • 35

    32 Grande este mistrio, mas eu me refiro a Cristo e igreja.

    33 No obstante, vs, cada um de per si tambm ame a prpria esposa como a si

    mesmo, e a esposa respeite ao marido.

    Paulo usa a expresso casamentos para que seus ouvintes compreendam a proposta de sujeio, para uma melhor compreenso da parbola, devemos olhar para o tpico casamento judeu.

    Efsios 6:1

    Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto justo.

    2 Honra a teu pai e a tua me (que o primeiro mandamento com promessa),

    3 para que te v bem, e sejas de longa vida sobre a terra.

    4 E vs, pais, no provoqueis vossos filhos ira, mas criai-os na disciplina e na

    admoestao do Senhor.

    Ele prossegue sua proposta sobre uma tpica formao judaica de uma criana, isso visando o aperfeioamento da Igreja.

    5 Quanto a vs outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com

    temor e tremor, na sinceridade do vosso corao, como a Cristo,

    6 no servindo vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo,

    fazendo, de corao, a vontade de Deus;

    7 servindo de boa vontade, como ao Senhor e no como a homens,

    8 certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receber isso outra vez do

    Senhor, quer seja servo, quer livre.

    9 E vs, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaas,

    sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, est nos cus e que para com

    ele no h acepo de pessoas.

    Ainda a um apelo para que esta se conduza diligentemente como serva do Senhor, contudo lembra que o Senhor no faz acepo de pessoas, com isso solicita cuidado no trato com o prximo.

    10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na fora do seu poder.

  • 36

    Eis um verbo imperativo presente passivo, que indica a responsabilidade dos irmos em se abastecer de Cristo, indicando que Ele poderoso para fortalec-los sempre, Cristo a fonte inesgotvel de poder.

    11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as

    ciladas do diabo;

    Parece que Paulo faz uma juno de Isaas 59.15-17 com a figura de um soldado

    romano. Pensando nessas figuras de proteo, deve-se pensar que aquele que outrora

    os fizeram cativos investir outras vezes a fim de os prenderem em suas prises de

    engano.

    methodeia - artifcios, truque, arte, malandragem

    12 porque a nossa luta no contra o sangue e a carne, e sim contra os

    principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra

    as foras espirituais do mal, nas regies celestes.

    Os assuntos tratados em 2.1-3 e 3.10 e 1.21,22 so retomados em uma exortao.

    13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau

    e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabalveis.

    14 Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraa da

    justia.

    15 Calai os ps com a preparao do evangelho da paz;

    16 embraando sempre o escudo da f, com o qual podereis apagar todos os

    dardos inflamados do Maligno.

    17 Tomai tambm o capacete da salvao e a espada do Esprito, que a palavra

    de Deus;

    panplia - armadura inteira e completa

    As aes dos verbos encontram-se no particpio aoristo mdio.

  • 37

    18 com toda orao e splica, orando em todo tempo no Esprito e para isto

    vigiando com toda perseverana e splica por todos os santos

    Estando vestido com todas as armaduras oferecidas por Deus, a Igreja deve permanecer em orao.

    19 e tambm por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra,

    para, com intrepidez, fazer conhecido o mistrio do evangelho,

    20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado

    para falar, como me cumpre faz-lo.

    21 E, para que saibais tambm a meu respeito e o que fao, de tudo vos informar

    Tquico, o irmo amado e fiel ministro do Senhor.

    22 Foi para isso que eu vo-lo enviei, para que saibais a nosso respeito, e ele

    console o vosso corao.

    23 Paz seja com os irmos e amor com f, da parte de Deus Pai e do Senhor

    Jesus Cristo.

    24 A graa seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus

    Cristo.

    (Ef. 1:1 6:24 ARA)

  • 38

    Concluso: Cada aluno far sua prpria concluso.

  • 39

    Bibliografia.

    BENTES, Joo Marcos, CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopdia de Bblia, Teologia e

    Filosofia. Candeia. 1991.

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    Secundrios:

    BEEKE, Joel R. Herdeiros com Cristo Os Puritanos sobre a Adoo. PES. So Paulo. 2010.

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    WELLS, Tom. F: Dom de Deus. PES. So Paulo. 1985.

  • 40

    ____________ A confisso de F de Westminster. Cultura Crist. 17 ed., So Paulo. 2008.

  • 41

    1586 - eklegomai

    1537 - ek 3004 - lego 1577 - ekklesia

    2564 - kaleo

    voz mdia de 1537 e 3004

    (em seu sentido primrio);

    TDNT - 4:144,505; v

    1) selecionar, escolher,

    selecionar ou escolher

    para si mesmo

    1a) escolher entre muitos,

    como Jesus que escolheu

    seus discpulos

    1b) escolher algum para

    um ofcio

    1c) de Deus que escolhe

    quem ele julga digno de

    receber seus favores e

    separa do resto da

    humanidade para ser

    peculiarmente seu e para

    ser assistido

    continuamente pela sua

    graciosa superviso

    1c1) i.e. os israelites

    1d) de Deus Pai que

    escolhe os cristos como

    aqueles que ele separa da

    multido sem religio

    como seus amados, aos

    quais transformou, atravs

    da f em Cristo, em

    cidados do reino

    messinico: (Tg 2.5) de tal

    forma que o critrio de

    escolha arraiga-se

    unicamente em Cristo e

    seus mritos

    preposio primria

    denotando origem (o

    ponto de onde ao

    ou movimento

    procede), de, de

    dentro de (de lugar,

    tempo, ou causa;

    literal ou figurativo);

    prep

    1) de dentro de, de,

    por, fora de

    palavra raiz; TDNT -

    4:69,505; v

    1) dizer, falar

    1a) afirmar sobre,

    manter

    1b) ensinar

    1c) exortar, aconselhar,

    comandar, dirigir

    1d) apontar com

    palavras, intentar,

    significar, querer dizer

    1e) chamar pelo nome,

    chamar, nomear

    1f) gritar, falar de,

    mencionar

    de um composto de

    1537 e um derivado

    de 2564; TDNT -

    3:501,394; n f

    1) reunio de cidados

    chamados para fora de

    seus lares para algum

    lugar pblico,

    assemblia

    1a) assemblia do

    povo reunida em lugar

    pblico com o fim de

    deliberar

    1b) assemblia dos

    israelitas

    1c) qualquer

    ajuntamento ou

    multido de homens

    reunidos por acaso,

    tumultuosamente

    1d) num sentido

    cristo

    1d1) assemblia de

    Cristos reunidos para

    adorar em um

    encontro religioso

    1d2) grupo de

    cristos, ou daqueles

    que, na esperana da

    salvao eterna em

    Jesus Cristo,

    observam seus

    prprios ritos

    religiosos, mantm

    seus prprios

    encontros espirituais,

    e administram seus

    prprios assuntos, de

    acordo com os

    regulamentos

    prescritos para o

    corpo por amor

    ordem

    1d3) aqueles que em

    qualquer lugar, numa

    cidade, vila,etc,

    constituem um grupo

    e esto unidos em um

    s corpo

    1d4) totalidade dos

    cristos dispersos por

    todo o mundo

    1d5) assemblia dos

    cristos fieis j

    falecidos e recebidos

    no cu

    semelhante a raiz de

    2753; TDNT -

    3:487,394; v

    1) chamar

    1a) chamar em alta

    voz, proferir em alta

    voz

    1b) convidar

    2) chamar, i.e.,

    chamar pelo nome

    2a) dar nome a

    2a1) receber o nome

    de

    2a2) dar um nome a

    algum, chamar seu

    nome

    2b) ser chamado, i.e.,

    ostentar um nome ou

    ttulo (entre homens)

    2c) saudar algum

    pelo nome