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ISQ: Uma história de Internacionalização
Estratégia e Internacionalização de Empresa Página 1 de 19
Uma História de
Internacionalização
Estratégia e Internacionalização de Empresa
Mestrado em Gestão e Estratégia Industrial
Ana Isabel Almeida; Diana Gomes; Gabriela Guimarães; Tiago Fernandes
Janeiro / 2014
ISQ: Uma história de Internacionalização
Estratégia e Internacionalização de Empresa Página 2 de 19
Índice
1. Introdução ................................................................................................................. 3
2. ISQ: uma Rede de Tecnologia e Qualidade ............................................................ 4
2.1 História ................................................................................................................ 4
2.2 Serviços e Mercados de Actuação ........................................................................ 5
3. ISQ: Uma História de Internacionalização.............................................................. 6
3.1 Motivações e Vantagens Competitivas ................................................................. 6
3.2 Internacionalização: Visão cronológica ................................................................ 7
3.3 Projectos de Investigação ................................................................................... 12
4. Barreiras .............................................................................................................. 13
5. Perspectiva Futura................................................................................................ 14
6. Conclusão ............................................................................................................ 15
7. Bibliografia .......................................................................................................... 18
8. Avaliação Final .................................................................................................... 19
ISQ: Uma história de Internacionalização
Estratégia e Internacionalização de Empresa Página 3 de 19
1. Introdução
Numa actualidade em que, cada vez mais, as actividades das empresas são
desenvolvidas além fronteiras, decorrentes da sua vontade própria ou de necessidades
impostas por concorrência, é imperativo estudar os processos de internacionalização das
empresas bem como os seus modos de operação internacional.
Neste âmbito, e de forma a consolidar conhecimentos na disciplina de Estratégia e
Internacionalização da Empresa, o presente trabalho pretende descrever e discutir o
processo de internacionalização de uma empresa Portuguesa, focando os diferentes
modos de operação utilizados durante o seu processo de internacionalização.
A empresa seleccionada foi o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ); é uma entidade
com quase 50 anos de existência e que iniciou o seu processo de internacionalização há
cerca de 30 anos, apresentando hoje uma presença sustentada no Mundo. Para além
disso, apresenta um leque diversificado de serviços e de áreas de actuação, desde a
Energia até à Saúde, e aposta nas actividades de Investigação & Desenvolvimento
(I&D) e na Inovação de tecnologias e processos.
A obtenção dos dados para a realização deste trabalho passou pela realização de uma
entrevista directa a um dos Administradores do ISQ, o Engenheiro José Oliveira Santos,
bem como a análise de informação obtida através de relatórios de contas de diversos
anos da instituição, entrevistas diversas, newsletters e revistas do ISQ.
Este trabalho pretende assim apresentar o ISQ, bem como o seu processo de
internacionalização, explorando as principais motivações que levaram a empresa a
procurar o estabelecimento de negócios além-fronteiras e a envolvente internacional da
empresa, bem como as dificuldades e as barreiras encontradas ao longo deste percurso.
Pretende-se ainda relacionar a actuação do ISQ no estrangeiro com conceitos
apreendidos e desenvolvidos em aula, nomeadamente os diferentes modos de operações.
Por fim, é efectuada uma análise crítica ao processo de internacionalização do ISQ.
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2. ISQ: uma Rede de Tecnologia e Qualidade
2.1 História
O ISQ é uma entidade privada sem fins lucrativos, fundada em 1965 com a designação
de Instituto da Soldadura, através da participação de diversas instituições portuguesas
na área da metalúrgica e da energia. Inicialmente, o ISQ desenvolveu a sua actividade
na área da construção soldada, reconhecida à época como um sector essencial para o
desenvolvimento da indústria portuguesa. A sua actividade centrou-se na assistência
técnica e peritagem, realização de acções de formação e de inspecção, tendo
progressivamente aumentado e diversificado o seu domínio de actividades. Em 1985,
passou a designar-se de ISQ decorrente da diversificação das suas competências e do
portfólio dos seus serviços.
Durante os seus primeiros 20 anos de existência, o ISQ iniciou e desenvolveu a sua
actividade de I&D, nomeadamente através do estabelecimento de um contrato-programa
de investigação com a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica em 1978
e a concepção do primeiro protótipo mundial de máquina de soldadura comandada por
microprocessador em 1984. Desenvolveu ainda actividades na área do ensino e da
formação, criando em 1981 a pós-licenciatura em Engenharia da Soldadura, agora
inserida no Mestrado em Soldadura da Universidade Nova; em 1984 a pós-licenciatura
em Engenharia da Qualidade e em 1988 as pós-licenciaturas em Engenharia da Higiene
e Segurança no Trabalho e em Engenharia da Manutenção.
Na década de 90, o ISQ esteve envolvido em alguns projectos nacionais, nomeadamente
o projecto de alargamento e instalação do caminho-de-ferro na Ponte 25 de Abril, no
qual participou no planeamento, na fiscalização e no controlo da qualidade, segurança e
ambiente. Este projecto decorreu de 1996 a 1999 e foi o primeiro caso a nível mundial
de obra semelhante sem paragem de tráfego. Nos anos de 1997 a 2000, participou ainda
na formação de técnicos para a Indústria do Gás Natural em Portugal, tendo a seu cargo
a inspecção das instalações de Gás Natural. A partir do ano 2000, a história do ISQ
encontra-se marcada principalmente pelo seu processo de internacionalização, que será
discutido posteriormente no presente trabalho. Contudo, salienta-se em 2008 a
atribuição do título de Membro Honorário da Ordem de Mérito Agrícola, Comercial e
Industrial (Classe do Mérito Industrial) por Sua Excelência o Presidente da República.
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2.2 Serviços e Mercados de Actuação
Na actualidade, o ISQ oferece um conjunto de serviços diversificados nas áreas das
Inspecções Técnicas, Consultoria, Ensaios e Análises, Formação, Obrigações Legais e
Metrologia (Tabela 1). Para além disso, actua em vários mercados, nomeadamente na
construção civil, petróleo e gás, aeronáutica, energia, indústrias de processo, indústria
automóvel, transportes e infraestruturas, comércio e serviços, saúde, turismo e hotelaria,
administração pública e particulares. Desta forma, apresenta uma vasta carteira de
clientes, dos quais se destacam a EDP – Energias de Portugal, a Bosch, a Galp Energia,
a EPAL, a Logoplaste e a EFACEC. O ISQ tem ainda investido em novos negócios e
empresas que podem representar spin-offs da sua actividade ou a sequência de novas
oportunidades ou do benchmarking de actividades próprias, sendo algumas delas
internacionais.
Actividades Descrição
Inspecções técnicas Inspecção a edifícios em construção, em betão ou metálicas;
Inspecção de obras de arte;
Inspecção de instalações e equipamentos industriais, cobrindo aspectos
relacionados com a qualidade dos materiais, processos de construção, soldadura,
protecções anticorrosivas, segurança e controlo ambiental.
Consultoria e Estudos Serviços de assistência técnica, como auditorias, diagnósticos, estudos de
engenharia e análise e verificação de projectos;
Consultoria na implementação de sistemas de gestão de qualidade, ambiente e
segurança certificáveis.
Ensaios e Análises Ensaios e análises a materiais para a construção civil e ao betão, em equipamentos
e cabos eléctricos, de compatibilidade electromagnética;
Análises químicas, ambientais e microbiológicas;
Ensaios não destrutivos e ensaios metrológicos.
Formação Cursos, seminários temáticos, cursos de pós-graduação;
Entidade formadora acreditada pela DGERT e certificada pela APCER.
Serviços Regulamentares Instalações e equipamentos em edifícios;
Apoio aos licenciamentos industrial e ambiental, verificação metrológica de
equipamentos, certificação de pessoas em variados domínios, realização de
análises químicas.
Metrologia Calibrações, ensaios e verificações nos domínios da saúde, acústica e vibração,
dimensional, eléctrico e radiofrequência, gás e caudal, massa, volume e força,
óptica e topografia, pressão, temperatura e humidade.
Laboratório de metrologia acreditado pelo IPAC.
Tabela 1:Actividades desenvolvidas pelo ISQ.
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A I&D e a Inovação são igualmente actividades chave no percurso nacional e
internacional do ISQ. Apesar do ISQ se apresentar como uma empresa essencialmente
fornecedora de serviços, a aposta na Inovação e na contínua antecipação das
necessidades do mundo empresarial e industrial auxiliaram a sustentação da
credibilidade e da confiança associadas ao ISQ, importantes para o seu crescimento até
à actualidade e para o seu reconhecimento internacional.
Actualmente, o Grupo ISQ apresenta mais de 250 serviços especializados, contando
com 16 laboratórios acreditados e mais de 1300 colaboradores em todo o mundo, dos
quais 800 em Portugal. Em 2012, apresentou o volume de actividade de 87,2 M€, dos
quais 54,6% correspondem a volume de negócio no estrangeiro.
3. ISQ: Uma História de Internacionalização
Os primeiros passos do ISQ no seu percurso de internacionalização foram dados no
início dos anos 80. Nesta época, a estratégia adoptada pelo ISQ baseou-se
essencialmente na potencial afinidade e proximidade cultural entre Portugal e os países
pertencentes à CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). Neste sentido, o
primeiro país explorado pelo ISQ para o início da sua actividade internacional foi o
Brasil, tendo sido à data estabelecidos contactos com representantes brasileiros do
International Institute of Welding. Contudo, e tal como referido pelo Eng.º José Oliveira
Santos “a internacionalização (do ISQ) começou a sério há cerca de 15 anos atrás”, ou
seja, no final dos anos 90 e início do ano 2000. Desde então, o ISQ tem seguido uma
estratégia de internacionalização consistente, baseada nas suas competências adquiridas
e desenvolvidas na área da Energia.
3.1 Motivações e Vantagens Competitivas
Entre as principais motivações que levaram o ISQ a procurar o estabelecimento de
negócios no estrangeiro salienta-se a limitação do mercado português. A aposta do ISQ
na diversificação das suas áreas de actuação e a consolidação da sua actividade de I&D
levaram a que o território e o mercado português fossem limitados e insuficientes para a
tecnologia e actividade de negócios desenvolvidas pelo ISQ. Na verdade, a tecnologia
de ponta, os laboratórios modernos e os projectos de I&D em que tem participado,
decorrentes da sua aposta e do seu investimento na Inovação, surgem como uma das
principais vantagens competitivas do ISQ no processo de internacionalização,
conferindo-lhe credibilidade junto de clientes e parceiros internacionais.
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Para além disso, ISQ desde os seus primeiros anos de existência que aposta na
formação, bem como na aquisição de experiência internacional por parte dos seus
colaboradores. Este facto foi igualmente salientado pelo Eng.º Oliveira Santos: “A
grande maioria de nós estudou fora e o ISQ tem uma Política, desde 1965, de enviar
pessoas para fora”. Este facto conferiu ao ISQ vantagens no seu processo de
internacionalização, na medida em que permite a qualificação e a certificação
profissional dos seus colaboradores e contribui para a minimização de uma das
principais barreiras encontradas pelas empresas no seu processo de internacionalização:
a actuação em mercados e países por vezes desconhecidos e culturalmente distantes.
3.2 Internacionalização: Visão cronológica
a) Primeiros passos na Internacionalização: Angola e Brasil
Apesar dos primeiros contactos a nível internacional terem sido estabelecidos no Brasil,
o primeiro negócio realizado pelo ISQ no estrangeiro foi em Luanda, Angola. No início
dos anos 80, o ISQ foi convidado pela Profabril para realizar uma avaliação a
reservatórios de GPL da Fina Petróleos de Angola, após a ocorrência de sabotagem por
parte de um comando Sul-Africano. O início da internacionalização do ISQ decorreu
assim de um convite por parte de uma entidade, por necessidade das competências do
ISQ para a avaliação das esferas de GPL danificadas.
Posteriormente, seguiu-se o Brasil, onde o ISQ já vinha efectuando algumas actividades
desde o início dos anos 80 na área da pesquisa e desenvolvimento tecnológico, o que lhe
permitiu obter uma ampla rede de contactos. Essa rede de contactos incluía potenciais
clientes do sector petrolífero e petroquímico e destes foram obtendo feedback sobre os
serviços a desenvolver no Brasil. O mercado Brasileiro tornava-se particularmente
atractivo ao ISQ não só porque na época (meados de 1996) as relações económicas luso-
brasileiras se estreitavam e abriam-se portas à internacionalização de muitas empresas
Portuguesas no Brasil mas também, e em particular, pela descoberta de petróleo, que
prometia um Brasil autossustentado. Com perspectivas de trabalhar directamente com
clientes brasileiros reconhecidos mundialmente, como a Petrobras, e com o intuito de
assim explorar competências nas áreas petrolífera e petroquímica, aceder a novos
conhecimentos e reforçar redes, o ISQ inicia a sua preparação para efectuar
investimentos no Brasil. Esta preparação teve por base um estudo de mercado levado a
cabo por um engenheiro do ISQ de nacionalidade brasileira e a integração nos quadros
do ISQ de um engenheiro brasileiro, amplamente reconhecido no mercado de destino.
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Por outro lado, o ISQ mantinha outras intenções com esta aposta no Brasil: aceder ao
mercado Sul-Americano. A selecção do Brasil, como investimento para a
internacionalização, revela-se deliberada e racional e sustentada na sua estratégia inicial
de internacionalização.
Para iniciar os investimentos no Brasil, o ISQ procurou apoiar a sua estratégia de
entrada pela realização de uma aliança com o Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear
(IBQN), e assim reduzir o risco e a dificuldade de entrada no mercado, as necessidades
de largos investimentos financeiros e com o intuito de testar o mercado. Contudo esta
aliança não se concretizou. Foi posteriormente, em 1999, que o ISQ decidiu localizar
uma filial no Brasil (Rio de Janeiro), optando por um investimento directo de raíz
(greenfield) e do qual é total proprietário (99% da propriedade), permitindo-lhe estar
mais próximo dos grandes clientes anteriormente referidos e com os quais mantinha
boas relações. O ISQ optou neste processo por formar profissionais locais, uma
estratégia para reduzir a distância cultural para com os clientes brasileiros.
Contudo, o ISQ enfrentou diversos desafios no Brasil. Uma das principais
condicionantes externas foi a desconfiança dos países externos relativamente à imagem
de Portugal, muito associada a emigração com baixas qualificações e muito pouco ao
desenvolvimento de tecnologia de ponta. As diferenças legais e culturais foram
igualmente condicionantes à internacionalização, tanto externas como relacionais, pois
o trabalhador brasileiro revelou-se difícil de gerir, tal como pode ser verificado no
presente trabalho no ponto 4 relativamente às principais barreiras verificadas.
O ISQ desenvolveu actividades de inspecção técnica na área do petróleo e gás quer em
Angola quer no Brasil, o que lhe garantiu acesso a novos conhecimentos e competências
específicas nestas áreas. Esta constitui a motivação evidenciada pelo ISQ para a
alteração da sua estratégia de internacionalização. Ao invés de se focar meramente nos
países com similaridades a Portugal, o ISQ decidiu “seguir a rota da energia” e investir
internacionalmente em países onde a exploração de petróleo, gás e electricidade
abundasse. Esta alteração pode ser explicada pelo facto de constituir uma oportunidade
num mercado em constante crescimento, pois a exploração destes recursos move o
mundo, particularmente o mundo económico; são fontes procuradas desde sempre e
para sempre e garantem acesso a redes de contactos e conhecimentos privilegiados.
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b) Nova estratégia: a Rota da Energia
Em 2004 o ISQ focou a sua atenção internacional para a Noruega, país rico em recursos
naturais, sendo o 5º maior exportador mundial de petróleo.
A entrada na Noruega ocorre inicialmente através do estabelecimento de acordos
formais com uma empresa Norueguesa estabelecida, Spec As, e cuja área de actuação se
centrava em inspecções em plataformas offshore. Esta aliança permitiu reduzir riscos de
investimento e beneficiar do conhecimento, tecnologias e experiência que esta empresa
detinha no mercado. Após 3 anos de aliança, em 2007 o ISQ decidiu investir
directamente na Noruega adquirindo parcialmente a Spec As. Trata-se de um
investimento directo pelo facto do ISQ deter 10% do capital da empresa, procurando
deste modo uma relação de longo prazo que permita ao ISQ obter vantagens ao nível do
crescimento das suas competências no mercado, aumentar o portfolio de serviços e, com
a alteração do nome para ISQ Spec As,melhorar a sua imagem/marca na área
petrolífera. Posteriormente, em 2011 voltou a alterar o nome para ISQ As, Noruega.
Esta particular atenção na Noruega pode ter decorrido do facto do Estado Norueguês
apresentar grandes posições accionistas neste sector industrial, por exemplo, através da
Statoil, cliente do ISQ.
Em 2005, após as actividades de exportação efectuadas para Angola, o ISQ decidiu
evoluir nas suas fases de internacionalização à medida que o conhecimento do mercado
e interesse aumentam, passando assim para um estádio de envolvimento completo,
segundo Cavusgil & Godiwalla. Neste sentido, o ISQ aliou-se a uma empresa francesa
que operava no mercado angolano, Cete Apave, e desta resultou a instituição
ISQAPAVE, uma joint-venture paritária (50%-50%), que se dedica a inspecções
técnicas, testes, controlo de qualidade, apoio técnico e formação, onde ambas são líderes
de mercado. Mais uma vez, o ISQ opta por formar profissionais locais para responder a
diferenças culturais e optimizar o processo de internacionalização. Um ano após a
criação desta joint-venture, o ISQAPAVE volta a investir, desta vez através da
aquisição de um concorrente local, SMX, e assim permitiu reduzir concorrência e
aumentar quota de mercado. O mercado angolano tratava-se de um mercado atractivo
não apenas pela proximidade com Portugal, mas sobretudo pelos eventuais canais de
influência conquistados.
Em 2002 o ISQ efectuou em conjunto com uma empresa francesa, Foster-Wheeler, o
seu primeiro trabalho para a Argélia, nomeadamente uma avaliação global de
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equipamentos estáticos de uma refinaria. O mercado argelino é de grande importância
pois é a região de África que mais produz hidrocarbonetos e é um dos maiores
exportadores de petróleo e gás natural. Apesar disso, a Argélia era um país altamente
dependente do exterior, importando uma grande diversidade de bens e serviços;
mantinha uma boa relação institucional com Portugal; apresentava uma curta distância
geográfica e em 2001 decorreu um Tratado de Associação com a União Europeia com o
intuito de reduzir tarifas e aumentar trocas comerciais. Todas estas condições eram
favoráveis ao ISQ para o investimento e para assim ficar mais próximo de clientes
importantes como a Sonatrach, o 5º maior exportador mundial de gás natural. A
estratégia de internacionalização evoluiu assim para investimento directo de raíz
(greenfield) e do qual detém propriedade parcial (80%). Por outro lado, a metrologia,
uma área na qual o ISQ detém competências diferenciadoras, apresentava-se em ampla
expansão no mercado argelino, surgindo assim novas oportunidades de
desenvolvimento de projectos internacionais.
No ano de 2007 o ISQ investiu no país vizinho, Espanha, através de aquisições parciais
de empresas cuja área de actuação se baseia nas actividades de inspecção e ensaios não
destrutitivos no sector petrolífero, no caso da Argos e industrial em geral, no caso da
Asigma.
Em 2008 o ISQ iniciou a sua actividade num mercado de grande interesse estratégico
para a organização, realizando o seu primeiro trabalho no Médio Oriente, mais
concretamente, uma prestação de serviços na refinaria de Rabigh, na Arábia Saudita.
Este trabalho foi resultado de uma procura por maior investimento e um maior
direccionamento para os mercados petrolíferos. O objectivo, o Médio Oriente, era uma
prioridade, pelo facto de ser uma região com grande competitividade na área principal
de actuação do ISQ. É um local onde o mercado é aberto, avançado e conhecedor, por
isso, a presença na região era fundamental para o desenvolvimento e crescimento do
Grupo.
Nesse ano o ISQ incrementou a sua posição em Angola, com a criação do ISQ
Reabilitação, em conjunto com sócios angolanos, para actuar na fiscalização,
verificação e manutenção de pontes, estradas e edifícios no país. Este aumento de
investimento deveu-se à imagem já estabelecida de uma entidade idónea, credível e que
ajuda a desenvolver capacidades próprias no país.
A entrada em Moçambique era também imprescindível, pois para além de ser um
mercado alvo para o tipo de actividade do ISQ, no seguimento da rota da energia, é
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também um país onde a proximidade psicológica é grande, com um expectável
crescimento e desenvolvimento nos próximos anos, e onde o grupo poderia ainda
incrementar o reforço de redes de relações de negócio. Surgiu por isso, em 2008, o ISQ
Moçambique, através de investimento directo detido a 99% pelo Grupo.
Seguiram-se em 2010 mais investimentos no estrangeiro. O primeiro foi através da
criação do ISQ Espanha S.A., para agregar os vários investimentos já realizados no país,
dando desta forma uma imagem mais forte ao ISQ, e aumentando o investimento
directo em Espanha, que se iniciou baseado no potencial existente devido à proximidade
geográfica. Posteriormente, o Grupo criou ainda no mesmo ano, o ISQ USA, nos
Estados Unidos da América, orientado para consultoria técnica e serviços de organismo
de inspecção notificado para as empresas americanas exportadoras para o mercado
europeu. Este investimento directo na maior economia mundial teve como principal
motivação os benefícios que uma organização de avançada tecnologia pode recolher em
recursos, competências e conhecimentos, proporcionando também um incremento nas
redes e relacionamentos do Grupo.
Em 2011, depois de vários serviços realizados na Arábia Saudita, Qatar e Abu Dhabi
nos anos anteriores, o ISQ deu um importante passo para o seu crescimento no Médio
Oriente, com um investimento directo de raíz através de uma joint-venture com uma
empresa local especializada em Business Advisory para os mercados petrolíferos e
principais indústrias daquela região árabe. Num mercado com uma distância
percecionada tão elevada, a ligação à Sultan International Holding LCC foi uma decisão
estratégica muito inteligente, que proporcionou ao Grupo um forte desenvolvimento na
região. O ISQ Sultan International LLC era, portanto, um passo fundamental na
estratégia de internacionalização do Grupo, sendo responsável pelo aumento de quota de
mercado na região do Golfo Pérsico.
O ISQ continuou em 2012 a cimentar a sua posição em Espanha e no Brasil, com a
criação da LabMetro através de uma joint-venture com o Grupo Unceta, e no Brasil com
a criação da Q3A, resultante também do mesmo modo de investimento directo de raíz,
desta vez em associação com duas empresas, a Sondar e a dBlab.
O ISQ chega a 2013 com uma posição internacional de peso, actuando em todos os
continentes, e com investimentos já bastante elevados em locais chave da sua actuação
global como o Brasil, Angola, Noruega e Abu Dhabi. A sua estratégia de
internacionalização mostra-se bem definida, com o grupo a procurar intervir em países
onde o crescimento seja expectável e nos mercados de Oil & Gas.
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3.3 Projectos de Investigação
A Rota da Energia foi a estratégia adoptada para a Internacionalização do ISQ. Contudo
o ISQ, para além da internacionalização visando países que possuem petróleo e gás,
também estabelece contratos internacionais que apresentam um peso estratégico
bastante elevado, devido ao impacto positivo para a imagem da organização que estas
parcerias proporcionam bem como o desenvolvimento de redes de relações estratégicas.
a) CERN – Centro Europeu de Investigação Nuclear
O CERN (Centro Europeu de Investigação Nuclear) é o maior laboratório de física de
partículas do mundo localizado na região de Genebra. Este projecto teve início
em 1954, colaboram nele cerca de vinte Estados, mais de 11000 cientistas e engenheiros
de 80 nacionalidades, representando 580 universidades e centros de pesquisa.
Em 2001, o CERN contratou o ISQ para o serviço de controlo da qualidade dos
componentes do novo acelerador de partículas. O ISQ esteve em competição com as
maiores empresas mundiais do sector, venceu o concurso para a realização de serviços
de inspecção de fabrico de cabos supercondutores, ímanes, componentes criogénicos e
criostatos, que iriam constituir o futuro acelerador de partículas do CERN, o Large
Hadron Collider.
O valor do contrato, estabelecido até 2007, rondou os nove milhões de euros, porém a
mais-valia do contrato não estava apenas na remuneração estipulada, mas sim na
credibilidade percebida a nível mundial, no renome e na possibilidade de surgir novas
oportunidades, assim como na possibilidade de aumentar a rede de relações e a troca de
conhecimentos.
b) CSG – Centro Espacial Europeu
O Centro Espacial Europeu (CSG) é o centro de lançamentos da Agência Espacial
Europeia, localizado na Guiana Francesa, na localidade de Kourou. O CSG é a maior
base de lançamento comercial de satélites do mundo, contando neste momento com 3
sistemas de lançamento totalmente independentes, o Ariane 5, o Soyuz e o VEGA.
O ISQ iniciou a sua actividade no Centro Espacial Europeu em 2003. Os técnicos do
ISQ trabalham nos três sistemas de lançamento, no chamado Segmento Solo, mais
concretamente nas áreas da qualidade das operações, segurança e ambiente, realizando
inspecções técnicas, avaliações de risco, preparação e revisão de procedimentos, gestão
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de equipas dos industriais envolvidos na preparação do lançamento de veículos
espaciais e acompanhamento de diversas actividades industriais, nomeadamente o
abastecimento dos satélites, o transfer do veículo e inspecções de verificação pré-
lançamento.
A equipa permanente do ISQ conta com sete técnicos de quatro nacionalidades, tendo
trabalhado, até a data actual, no CSG dez engenheiros portugueses pertencentes aos
quadros do ISQ. A actividade do ISQ no Centro Espacial Europeu está enquadrada na
ESQS, um Agrupamento Industrial de Empresas Europeias, onde temos como parceiros
a APAVE, TÜV SUD, GTD e INSA. Portugal é o país europeu que, para além da
França, mantém, há mais tempo, uma presença permanente de técnicos nesta base.
c) Outros projectos
Ainda no sector aeroespacial e aeronáutica o ISQ participou em vários projectos em
parceria com organizações como a EADS (European Aeronautic Defence and Space
Company), Rolls-Royce, MTU, NASA e Agusta Westlande Airbus. De forma a possuir
as competências necessárias para o desenvolvimento destes projectos, o ISQ investiu
mais de 55 milhões de euros em projectos nacionais e internacionais de I&D em
diferentes áreas, incluindo a aeroespacial e aeronáutica.
4. Barreiras
Uma empresa global, como é o caso do ISQ, pode encontrar barreiras no seu processo
de internacionalização, visto que podem existir diferenças tanto a nível cultural, quanto
legislativo de país para país.
Na primeira tentativa de entrada no Brasil, a principal dificuldade sentida pelo ISQ foi a
de demonstrar uma imagem credível e associada a tecnologia de ponta. Esta situação foi
contornada através do contacto directo com grandes empresas de actuação no mercado
brasileiro, como a Petrobras, abrindo assim portas a oportunidades futuras no Brasil.
O Eng.º. Oliveira Santos, quando questionado sobre qual o mercado mais difícil de
atuar, não hesitou na resposta, que segundo ele é o Brasil “pois na área financeira está
muito menos desenvolvido que Portugal, nomeadamente no capital de risco. Não há
fundos público-privados a funcionar e têm regras muito complexas. Angola é mais fácil
que o Brasil”. A infraestrutura precária e a diferença cultural também são problemas
recorrentes e bastante referidos. Segundo o Eng.º Oliveira Santos “os brasileiros (…)
são predatórios nos negócios e dá-lhes gosto “massacrar” os portugueses”. Isto
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demonstra que mesmo em países considerados psicologicamente próximos aos de
origem, neste caso Portugal, existem diferenças que, não sendo tidas em conta ou não
estudadas, podem condicionar ou comprometer o sucesso da internacionalização de uma
empresa.
Para além dos problemas encontrados no mercado brasileiro, o ISQ enfrenta grandes
dificuldades em integrar mercados como a Líbia e o Irão devido a instabilidade política
e a elevados custos com a manutenção da segurança.
Na opinião do Eng.º Oliveira Santos, o maior problema à internacionalização de
empresas Portuguesas para o estrangeiro é o risco político, mas não concretamente do
país de destino mas sim do país de origem. Ou seja, a incoerência na governança de
Portugal e as constantes notícias da necessidade de ajuda externa para o país, degradam
a imagem do mesmo, que o ISQ procura combater nos seus contactos externos.
5. Perspectiva Futura
Como planos para o futuro, o ISQ pretende consolidar e alargar a sua presença nos
mercados em que já atua. O investimento de 2,5 milhões de euros num laboratório de
I&D, feito recentemente no Brasil, é exemplo disso. Da mesma forma, o ISQ pretende
investir em regiões como Magreb (Norte da África), Sudeste da Europa (Bulgaria,
Macedonia, Roménia e Servia), Guiné Equatorial, São Tomé e Timor, e alargar a
penetração no mercado Sul-Americano (Chile e Peru).
Ambiciona também crescer no mercado nacional, decorrente da alteração de legislação
comunitária e nacional, relativas a inspecções técnicas nas áreas industrial, eléctrica e
alimentar.
ISQ: Uma história de Internacionalização
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6. Conclusão
O ISQ trata-se, de facto, de uma organização com uma forte actuação internacional, pois
para além de apresentar actividades dispersas em diversos países, tal como foi possível
evidenciar ao longo deste documento, efectua investimentos significativos nos países
em que opera e elabora a sua gestão de forma activa. A gestão das suas subsidiárias
estabelece-se através de sub-holdings, que reportam as operações à casa mãe, em
Portugal.
De entre as dimensões da globalização, destaca-se a globalização da tecnologia e do
conhecimento, muito influenciado pelo serviço que o ISQ presta aos seus clientes e pelo
facto de aproveitar conhecimentos de um cliente para melhor servir outros, e explorar
novos clientes e mercados de actuação.
A orientação internacional da empresa poderá ter sido inicialmente etnocêntrica, uma
vez que procurou as similaridades com Portugal, mas evoluindo a uma perspectiva
policêntrica, pois procura adaptar-se às necessidades locais e servir especificamente os
requisitos dos clientes locais.
A sua perspectiva de internacionalização teve por base uma abordagem incremental,
uma vez que tendeu a seguir um padrão de “gota de água”. Inicialmente foi um processo
racional e bem ponderado, com a realização de diversos estudos, como foi o caso do
Brasil, mas também como reacção a novas oportunidades, como analisado em Angola.
O processo foi evoluindo para novos países e novas rotas, que proporcionaram ao ISQ
ganhos de experiência e competências assim como um reforço das redes de
relacionamentos, que têm proporcionado ao ISQ um contínuo alargamento dos seus
mercados.
A cadeia de valor do ISQ tornou-se assim mais global, porque o conhecimento, a
inovação e I&D derivam dos diferentes países onde actua, contribuindo para o potencial
desenvolvimento de novos processos e novos serviços ou adequação dos já existentes.
Foi possível constatar que o processo de internacionalização desta instituição não foi
um processo standard, querendo com isto indicar que a mesma instituição recorreu a
diferentes modos de actuação nos diferentes países onde desenvolveu a sua estratégia de
internacionalização. Contudo, podemos verificar um certo “padrão“ de actuação do ISQ.
Numa fase inicial, o ISQ optou pelo método que implicava menores riscos e menos
investimentos, tanto como reacção a oportunidades como por iniciativa própria, através
de contratos de prestação de serviços. Tal permitiu compreender melhor o mercado
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local, aproveitar sinergias, obter conhecimentos a diferentes níveis (tecnológicos,
culturais e comerciais), consolidar o seu “nome” nos mercados de actuação e conquistar
a credibilidade necessária para manter a sua actuação a longo prazo. Com a experiência
e competências adquiridas no mercado externo, ISQ procurou parceiros com quem
pudesse “diluir” os riscos associados a maiores investimentos nos mercados de destino,
estabelecendo, quando possível, investimentos directos tais como aquisições ou
investimentos de raiz, nomeadamente joint-ventures ou solo-ventures.
Tendo em consideração as principais correntes teóricas do investimento internacional
das empresas e visando em concreto a abordagem comportamentalista, a actuação do
ISQ segue a teoria de Johanson & Vahlne, pois iniciou com a percepção do
conhecimento do mercado e daí a actuação em países mais próximos, geográfica ou
psicologicamente. Posteriormente efectuou decisões de investimento, através dos
estudos de mercado efectuados, como é o caso do Brasil; de seguida a concretização das
actividades correntes e finalmente o empenhamento no mercado, pois em determinados
países, o ISQ já está instalado há cerca de 20 anos e inclusive evoluiu o seu modo de
actuação com a crescente confiança e conhecimento dos mercados. Sendo uma
abordagem cíclica que permite reutilizar as aprendizagens obtidas em outros países.
Tendo em consideração a nova abordagem do processo de internacionalização de
Johanson & Vahlne (2009) é claro que o ISQ beneficiou de posição de rede, uma vez
que obteve acesso a novos clientes e mercados através de contactos previamente
estabelecidos.
Uma interessante estratégia no âmbito do foco nas redes e no seu reforço é a aposta que
o ISQ efectua na realização de convites a grandes empresas com as quais trabalha, para
fazerem parte do seu Conselho Geral. A primeira foi a poderosa Sonangol e seguiu-se a
Petrobras. Ao invés de apenas fornecer serviços nesses países, o Grupo pretende
também que essas grandes empresas se envolvam com a estratégia do próprio ISQ. Esta
é uma medida muito curiosa, pouco habitual nos processos de internacionalização, mas
muito inteligente para proporcionar à organização redes fortes e douradoras e maior
segurança para a realização de investimentos directos no estrangeiro.
Uma advertência que deve ser feita ao ISQ é o facto de “mais não ser necessariamente
melhor”. Nos últimos 4 a 5 anos o ISQ tem-se dispersado em excesso, actuando em
mercados tão distantes e diferentes como a Coreia do Sul ou Cuba, o que pode levar a
um menor controlo dos processos. Ainda assim, deve operar num número suficiente de
países que garanta a minimização do risco, para evitar que perturbações políticas ou
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sociais em determinado ponto de actuação não ponham em risco o funcionamento da
organização. Como o ISQ aposta em mercados emergentes, que na maioria dos casos
são países em que a sua estabilidade política, social e económica é várias vezes posta
em causa, garantir essa diversificação é fundamental.
A mudança de estratégia utilizada pelo ISQ para a “rota da energia” foi uma alteração
inteligente para garantir a sustentabilidade da instituição, na medida em que o mundo
vive da necessidade de petróleo, gás e electricidade e o ISQ foi adequando os seus
serviços à medida que compilava mais conhecimentos nas áreas. A estratégia foi
também suportada pelo contacto com clientes principais e relevantes nessa “rota da
energia”.
A internacionalização foi, de facto, para o ISQ o seu “bote de salvação”. Não apenas
porque lhe permitiu expandir os seus conhecimentos e actuar em novos mercados mas
também pelo importante peso que a facturação decorrente da actividade internacional
tem na facturação total do Grupo. Em 2012, observou-se já uma facturação do Grupo
ISQ superior a 50% relativamente ao negócio internacional; para 2014, as estimativas
apontam que cerca de 70% do volume de actividade do ISQ irá advir de negócio
estrangeiro. Assim, é possível constantar a importância do processo de
internacionalização para a estratégia do ISQ, particularmente numa altura de crise
económica que provocou bruptas rupturas no mercado nacional, especialmente o da
construção civil, um dos núcleos de actuação inicial do ISQ.
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7. Bibliografia
Oliveira Santos, J., (15/11/2013). Conselho de Administração
Site do ISQ, (http://www.isq.pt/content.aspx?menuid=834)
Jornal de Negócios – Reportagem “Projecto de 2,5 milhões de euros em Minas
Gerais”, (http://www.portugalglobal.pt/PT/PortugalNews/
RevistaImprensaNacional/Turismo/Documents/ Aeronautica_jneg060813.pdf,
acedido a 7 de Dezembro de 2013)
Ponto de Vista – Entrevista com o Engenheiro Oliveira Santos
(http://www.pontosdevista.com.pt/index.php?option=com_content&view=article&id
=7967%3Agrupo-isq-uma-historia-de-forte-
internacionalizacao&catid=47%3Acomentario&Itemid=82, acedido a 1 de Dezembro
de 2013)
ISQ (Jan/Junho 2009). “ISQ: 10 anos de actuação no Brasil”. 66: 4-6, 14 e 22-25.
Newsletter ISQ – “ISQ investe em novo centro de I&D no Brasil”.
(http://www.isq.pt/newsletter/old/setembro13/, acedido a 5 de Dezembro de 2013)
ISQ (2007-2012). “Relatório e Contas”
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8. Avaliação Final
Avaliação do Trabalho: 16
Justificação: Dada a dificuldade decorrente de escassez de tempo por motivos profissionais de alguns alunos do grupo, considera-se que ainda assim o trabalho foi bem concretizado. Isto porque, para além de descrever o processo de internacionalização do ISQ tendo em consideração as suas diferentes motivações, procurou-se acrescentar valor incluindo as aprendizagens adquiridas ao longo do semestre, sempre que os dados obtidos o permitiram. Da mesma forma, foi objectivo desenvolver espírito crítico face ao processo levado a cabo pelo ISQ e igualmente concretizado.
Avaliação dos Alunos
Nome Aluno Nota Final
Ana Isabel Paulos Ramos de Almeida 16
Diana Raquel Pinheiro Gomes 16
Gabriela Ribeiro Guimarães 16
Tiago Miguel Cidraes Caldeira Fernandes 16