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 INTRODUÇÃO As biotas e comunidades existentes na superfície do planeta têm seu funcionamento dependente dos níveis de produtividade que os vegetais são capazes de alcançar. Para um maior entedimento dessas comunidades, deve-se detectar quando o seu funcinamento apresenta alterações ou falhas, além de inferir sobre o funcinamento padrão do bioma, para isso, precisa-se compreender os padrões subjacentes de produtividade primaria, (TOWNSEND, BEGON & HAPER, 2006). A mesuração da produtividade primaria de um ecossistema é de fundamental importância para a compreensão do seu funcinamento e consequentemente para o densenvolvimento e implementação de estrategias sustentav eis para a sua conservação e manejo. (PINTO-COELHO, 2000). Os metodos de Produtividade primária podem vir a ser variados (GUREVITCH, SCHEINER & FOX, 2009), sendo que na realização deste trabalho foi utilizado o cálculo de acúmulo de biomassa. Sabendo-se que as plantas são constituintes de 99% de toda biomassa terrestre, a base da cadeia alimentar e a base das estruturas dos ecossistemas, e coerente usá-las p ara a determinação da produtividade. OBJETIVO GERAL Estimar a produtividade primaria total, através do calculo de biomassa no fragmento de floresta do Bosque do Numa, UFPA- Guamá. OBJETIVOS ESPECIFICOS Estimar a biomassa arbustiva e herbácea bosque do Numa. Estimar a biomassa de serrapilheira do Bosque. Estimar a biomassa arbórea viva. JUSTIFICATIVA Em 1700, a concentração de dióxido de carbono (CO 2 ) na atmosfera aumentou era de 275 ppm, hoje a pouco mais de três séculos depois, este valor chega a 380 ppm, um aumento de cerca de 40%. Aproximadamente 26,6% desse aumento ocorreram apenas nos últimos 100 anos, coincidindo com a industrialização e o uso de combustíveis fósseis como nunca havia ocorrido na história. Por isso, considera-se certo que essa mudança é devida à ação do homem. Neste contexto, o processo de fotossíntese, processo pelo qual os organismos clorofilados convertem CO 2 em biomassa assume, ainda mais do antes, um papel de destaque na manutenção do equilíbrio do planeta, assim estudos sobre a produtividade em florestas tropicais são relevantes pelo fato destes ecossistemas conterem grande parte do potencial mundial da produção primária e estoque de carbono. Sendo que: A dinâmica deste ecossistema pode influenciar as mudanças climáticas globais e composição atmosférica, tendo grande implicação econômica e impactos sobre a biodiversidade global.

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INTRODUÇÃO

As biotas e comunidades existentes na superfície do planeta têm seu funcionamento dependente dos níveis

de produtividade que os vegetais são capazes de alcançar. Para um maior entedimento dessas comunidades,

deve-se detectar quando o seu funcinamento apresenta alterações ou falhas, além de inferir sobre o

funcinamento padrão do bioma, para isso, precisa-se compreender os padrões subjacentes de produtividade

primaria, (TOWNSEND, BEGON & HAPER, 2006).

A mesuração da produtividade primaria de um ecossistema é de fundamental importância para a

compreensão do seu funcinamento e consequentemente para o densenvolvimento e implementação de

estrategias sustentaveis para a sua conservação e manejo. (PINTO-COELHO, 2000).

Os metodos de Produtividade primária podem vir a ser variados (GUREVITCH, SCHEINER & FOX, 2009), sendo

que na realização deste trabalho foi utilizado o cálculo de acúmulo de biomassa. Sabendo-se que as plantas

são constituintes de 99% de toda biomassa terrestre, a base da cadeia alimentar e a base das estruturas dos

ecossistemas, e coerente usá-las para a determinação da produtividade.

OBJETIVO GERAL

Estimar a produtividade primaria total, através do calculo de biomassa no fragmento de floresta do Bosque

do Numa, UFPA- Guamá.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

Estimar a biomassa arbustiva e herbácea bosque do Numa.

Estimar a biomassa de serrapilheira do Bosque.

Estimar a biomassa arbórea viva.

JUSTIFICATIVA

Em 1700, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera aumentou era de 275 ppm, hojea pouco mais de três séculos depois, este valor chega a 380 ppm, um aumento de cerca de 40%.Aproximadamente 26,6% desse aumento ocorreram apenas nos últimos 100 anos, coincidindo coma industrialização e o uso de combustíveis fósseis como nunca havia ocorrido na história. Por isso,considera-se certo que essa mudança é devida à ação do homem.

Neste contexto, o processo de fotossíntese, processo pelo qual os organismos clorofiladosconvertem CO2 em biomassa assume, ainda mais do antes, um papel de destaque na manutenção do

equilíbrio do planeta, assim estudos sobre a produtividade em florestas tropicais são relevantes pelo fatodestes ecossistemas conterem grande parte do potencial mundial da produção primária e estoquede carbono. Sendo que: A dinâmica deste ecossistema pode influenciar as mudanças climáticasglobais e composição atmosférica, tendo grande implicação econômica e impactos sobre abiodiversidade global.

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Além de demonstrar a importância destes ecossistemas, estudos como este, que procura avaliar aprodutividade primária, acaba demonstrando o funcionamento de um ecossistema, e entendendo ofuncionamento de um ecossistema, pode-se criar estratégias para o conservação e manejo deste.

MATERIAIS E MÉTODOS

Área de Estudo

A coleta foi realizada no Bosque do Numa na Universidade Federal do Pará, um fragmento de

floresta heterogêneo com baixa densidade de árvores, intercaladas por espécies de gramíneas e

herbáceas. Foi analisada uma parcela de 4m x 25m, sendo estipulados pontos quatro pontos para

melhor localizar o quadrante (tabela. 1.1).

Tab. 1.1.

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4

S: 01° 28 30,4 S: 01° 28 30,6 S: 01° 28 30,8 S: 01° 28 37,7

W: 48° 27 05,8 W: 48° 27 05,8 W: 48° 27 06,7 W: 48° 27 06,8

Quadrante e pontos representados na figura abaixo.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

GPS, Balanças, Corda, Trena, Tesoura de poda, Fita diamétrica, Fita, Pedaço de madeira ou tubos de PVC.

Etapa 1. BIOMASSA ARBÓREA VIVA

É representada por toda a biomassa (tronco, ramos e folhas) das árvores com diâmetros maiores de

2,5 cm. Para estimar o carbono armazenado na biomassa arbórea viva, marcou-se 01 parcela de 4 x 25 m. Foi

realizada a medição da circunferência (CIR) e do diâmetro na altura do peito (DAP) de todas as árvores de 2,5

a 30,0 cm de DAP, empregando-se a fita diamétrica. Nas árvores com sapopemas grandes o diâmetro foi

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medido cerca de 50 cm acima do final da sapopema e tivemos que indicar se é ramificada (R) ou não (NR). No

quadro a seguir são apresentados os dados coletados.

BIOMASSA DE ÁRVORES VIVAS (BAV)

Número R/NR CIR DAP

1 Ramificada 110 cm 35,03 cm

2 Não ramificada 50 cm 15,92 cm

3 Não ramificada 20 cm 6,86 cm

4 Não ramificada 26,43 cm 8,41 cm

Para calcular a biomassa de cada uma das árvores vivas, utilizamos a seguinte equação: BA = 0,1184 DAP x

2,53.

Onde:

BA = biomassa de árvores vivas; 0,1184 = constante; DAP= diâmetro da altura do peito DAP (cm); 2,53 =

constante.

Etapa 2. BIOMASSA ARBUSTIVA E HERBÁCEA.

É representada pela biomassa sobre o solo, originária de arbustos com menos de 2,5 cm de diâmetro,

de gramíneas e outras ervas. Para estimar a biomassa foi marcada ao acaso um (01) quadrantes de 1 x 1 m,

dentro das parcelas de 4 x 25 m. Nestas, cortou-se toda a biomassa ao nível do solo (Fig. 3). Registrou-se opeso fresco total por m², e deste foi coletada uma amostra (aproximadamente 300 g), logo colocada em bolsa

de papel corretamente identificada e enviada ao laboratório para ser secada em estufas de ar quente a 70 °C

até atingir o peso seco constante.

Fig. 3. Quadrante de 1 x1 m (B) para a determinação da biomassa arbustiva e herbácea.

 

Para estimar esta biomassa em t/ha, utilizamos a seguinte equação: BAH (t/ha) = (PSM/PFM) x 0,1

Onde:

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BAH = biomassa arbustiva/herbácea, matéria seca; PSM = peso seco da amostra coletada; PFM = peso fresco

da amostra coletada; 0,1 = fator de conversão quando a parcela é de 4m x 25m.

Orientação do quadrante- Localização (GPS): Definido em quatro pontos.

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4

S: 01° 28 30,6 S: 01° 28 30,6 S: 01° 28 30,7 S: 01° 2830,6

W: 48° 27 06,0 W: 48° 27 06,0 W: 48° 27 06,1 W: 48° 27 06,2

Etapa 3. BIOMASSA DA SERRAPILHEIRA

É representada pela biomassa de galhos, ramos e outros materiais mortos acumulados. Para estimar

o carbono armazenado neste material, marcou-se dentro dos quadrantes de 1 x 1 m, um subquadrante de

0,5 x 0,5 m (Fig. 4). Neste foi coletada toda a serrapilheira e registrado o peso fresco total acumulado, em

0,25 m². Desta amostra, retirou-se uma subamostra e se registrou seu peso, colocando-a em saco de papel

devidamente codificado e enviado ao laboratório para ser secado em estufa a 75°C até obter-se peso seco

constante.

Fig. 4. Quadrantes de 1 x 1 m e de 0.5 x 0.5 m

para determinação da biomassa da serrapilheira.

O peso seco da subamostra foi estimado em t/ha

e este valor se multiplica pelo fator de 0.45,

obtendo-se a quantidade de carbono nesta

biomassa.

Quadrante de 1x1m onde dentro deste foi marcado um subquadrante.

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Para estimar esta biomassa em t/ha, deve-se utilizamos a seguinte equação: BH (t/ha) = (PSM/PFM) x PFT x

0,04

Onde:

BH = biomassa da serrapilheira, matéria seca; PSM = peso seco da amostra coletada; PFM = peso fresco da

amostra coletada; PFT = peso fresco total por metro quadrado; 0,04 = fator de conversão.

Orientação do subquadrante- Localização (GPS): Definido em quatro pontos.

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4

S: 01° 28 30,6 S: 01° 28 30,7 S: 01° 28 30,7 S: 01° 28 30,6

W: 48° 27 06,0 W: 48° 27 06,0 W: 48° 27 06,1 W: 48° 27 06,1

ANALISE DOS RESULTADOS

Após a secagem dos materiais de serrapilheira, arbustiva e herbácea em estufas, o peso seco de ambos

atingiu o equilíbrio. Foi e utilizado os cálculos biomassa de árvores vivas, biomassa da serrapilheira, biomassaarbustiva e herbácea obteve-se seguintes resultados:

Biomassa de árvores vivas 19,8g/m²

Biomassa de serrapilheira 13,2 g/m2

Biomassa arbustiva e herbácea 0, 0263 g/m2

Biomassa vegetal total 33, 0263g/m²

Utilizamos o seguinte o calculo da biomassa vegetal total para obter a produtividade primaria: BVT (t/ha) =

(BAVT +BAH + BH).

Onde: BVT = biomassa vegetal total; BAH = biomassa arbustiva e herbácea; BH = biomassa da serrapilheira.

Obtivemos o seguinte resultado: 33 ,0263g/m²

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BIBLIOGRAFIAS

PINTO-COELHO, Ricardo Motta. Fundamentos em ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TOWNSEND, Colin R. Fundamentos em ecologia. Colin R. Townsend; Michael Begon; John L.Haper. 2.ed.

Porto Alegre: Artmed, 2006.

GUREVITCH, Jessica. Ecologia Vegetal. Jessica Gurevitch; Samuel M. Scheiner; Gordon A. Fox. 2.ed. Porto

Alegre: Artmed, 2009.

CARVALHO, C.de Carvalho. Sequestro de carbono. Disponível em:

http://educacao.uol.com.br/quimica/sequestro-de-carbono.jhtm. acesso em 20/12/2011.