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Apresentação
Ao se observar a vida humana, verifica-se que,
na maior parte de seu tempo, esta ocorre em
espaços interiores ou fechados, que mantêm
uma íntima relação com seus usuários.
O ambiente interno é reduto das mais restritas
leis do mundo civilizado, pois encerra o lugar
onde todos os homens nascem para a vida e
que os acompanha em toda sua etapa dinâmica
e produtiva até sua morte.
A história da civilização está intimamente ligada à história dos espaços
interiores e do mobiliário humano e, em linhas gerais, o ESPÍRITO de cada
época ficou sempre expresso
categoricamente nos móveis e na decoração
dos ambientes internos.
Por AMBIENTE INTERNO entende-se o conjunto de
condições interiores a uma edificação de uso
público ou privado, composto por fatores
físicos, pessoais e sociais, que influenciam o
desenvolvimento das atividades do ser
humano, seu relacionamento social,
saúde e ânimo.
O espaço interior está organizado a partir dos aspectos de permanência, estabilidade e
continuidade, sempre levando em consideração fatores funcionais, técnicos e estéticos em busca da
HARMONIA.
Harmonia: Trata-se do conjunto de
princípios, valores e normas que visam a
concordância ou mesmo a disposição
bem ordenada entre as partes de um todo, que depende de relações:
De equilíbrio (Igualdade entre pesos ou forças opostas).
De simetria (Correspondência quanto a uma referência).
De ritmo (Sucessão e alternância de elementos).
Em ambientes internos, a HARMONIA está determinada por:
Valores lineares (Relação entre linhas, frisos e molduras)
Valores de superfície (Relação entre planos, texturas e cores)
Valores de massa (Relação entre tamanhos, pesos e volumes)
Valores espaciais (Relação entre distâncias, presenças e ausências)
Interiorismo
Denomina-se ARQUITETURA DE INTERIORES
a atividade multidisciplinar de concepção,
criação e organização dos ambientes internos,
de uso público ou privado, seja qual for a sua
destinação utilitária, a partir de aspectos
funcionais, técnicos e estéticos, para abrigar
ações individuais e coletivas, o que acaba por si
só envolvendo conhecimentos de várias áreas.
ERGONOMIA Conjunto de conhecimentos a respeito do desempenho do homem em atividade, a fim de
aplicá-los à concepção de tarefas, de instrumentos e máquinas, de sistemas de
produção e de espaços arquitetônicos. Seu estudo envolve noções de anatomia, fisiologia e
psicologia.
A ERGONOMIA
ARQUITETÔNICA é o
estudo científico da
relação entre o homem
e seu ambiente de
trabalho, sendo que
este ambiente abrange
não apenas o meio
propriamente dito em
que o homem trabalha,
mas também os
métodos e a
organização desse
trabalho.
Ergos Nomos + (Trabalho) (Leis, medidas)
Antropometria Estudo das proporções e
medidas das diversas partes do corpo humano, incluindo o registro das particularidades físicas dos indivíduos.
Biomecânica Estudo do corpo humano em
movimento, analisando-se a aplicação de forças e rendimento
Fisiologia Estudo das funções
orgânicas através das quais a vida se manifesta a partir da análise do corpo humano e seus processos biológicos.
Psicologia Estudo das atividades
mentais dos indivíduos assim como de seu comportamento em relação ao meio.
Decoração Ornamentação dos
espaços arquitetônicos a partir do arranjo
harmonioso de elementos, que incluem detalhes de
mobiliário, forrações, materiais e cores.
Artes plásticas Conjunto de atividades que
visam a criação de obras para fruição estética e
sensibilização do homem enquanto expressão do
ideal de beleza.
Design industrial
Configuração de produtos de fabricação
industrial a partir das necessidades físicas e
psíquicas dos usuários.
Marketing
Estudo das atividades
comerciais que, partindo
das necessidades do
consumidor, dirige a
produção ao mercado.
Programação visual
Criação de meios de
comunicação e
identidade visual,
incluindo marcas,
logotipos, propaganda,
sinalização, etc.
Sociologia
Estudo da
organização das
sociedades humanas
e dos fatos sociais a
elas relacionados.
Ecologia
Estudo das relações
entre os seres vivos e
seu ambiente natural
assim como sua
adaptação ao
ambiente físico.
Evolução histórica Em cada momento histórico, houve o
predomínio de determinados princípios ou estilos artísticos, que guiaram as soluções dos
espaços interiores, expressando os ideais estéticos da sociedade,
assim como sua estrutura social, política,
econômica, cultural e tecnológica.
Denomina-se ESTILO a síntese das forças, fatores, técnicas e intenções estéticas que
predominaram em dado momento histórico para a unificação ou integração das decisões em
uma obra de arte, inclusive arquitetônica.
Todo ESTILO é uma
adaptação das formas
artísticas ao espírito ou
gosto de uma época,
através de um conjunto
de elementos
significantes, que são
portadores de
informação estética e
expressam perspectivas
sociais, políticas e
ideológicas.
De acordo com os
conceitos e as
formas de
tratamento dos
ESPAÇOS
INTERIORES,
é possível definir
04 etapas do
interiorismo:
Período Antigo
(Da Antigüidade ao
final da Idade Média)
Período Clássico
(Do Renascimento até
a Industrialização)
Período Moderno
(Da Modernização ao
segundo Pós-Guerra)
Período Atual (Da década de 1950 até
as tendências atuais)
Período Antigo:
Ênfase em questões técnicas (condições construtivas);
Busca de interiores práticos e seguros;
Valorização de superfícies (tetos, pisos e paredes) e escassez de mobiliário;
Forte relação entre
decoração e poder
religioso (conteúdo
simbólico);
Arquitetura de interiores
como atividade anônima;
Uso de materiais naturais
(pedra, madeira,
cerâmica, etc.) e técnicas
artesanais.
Período Clássico:
Ênfase em questões
estéticas;
Busca de interiores
belos e luxuosos;
Valorização de
ornatos e destaque
do mobiliário
(especialização
crescente);
Forte relação entre decoração e poder
econômico (símbolo de status);
Integração entre artes aplicadas e artes
plásticas;
Emprego de materiais naturais manipulados
e técnicas semi-artesanais.