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Introdução a Iluminação para vídeo e TV 7tWXOR Introdução à Iluminação para Vídeo e TV (PHQWD Estudo teórico dos procedimentos básicos para criação e execução de iluminação para captação de imagens internas (estúdios) e externas (locações) utilizando-se equipamentos tradicionais. 2EMHWLYRJHUDO Proporcionar o entendimento técnico e estético dos trabalhos que envolvem o estudo e realização de iluminação para vídeo e TV e as relações existentes entre outras atividades paralelas, tais como: produção, roteiro, cenografia, figurino e maquiagem. 5HFXUVRVPtQLPRVQHFHVViULRV Computador Pentiun 2 ligado á rede através de conexão dial-up 56 kbps. Software adobe acrobat 5.0 - versão free Software Real Player gold - versão free. 3UpUHTXLVLWRV - Conhecimento de navegação em internet e gerenciamento de arquivos do computador. 3URJUDPD DXQLGDGH Introdução ao estudo dos elementos técnicos de um projeto: Ambientes, equipamentos, estruturas, acessórios, etc. e suas propriedades na cena. DXQLGDGH Estudo das relações entre os vários elementos técnicos do projeto. DXQLGDGH Temperatura de cor, filtros de correção e polarização. DXQLGDGH Mecânica da iluminação na cena: Luzes chave, de preenchimento, de fundo, contra-luzes e efeitos. Iluminação em 3 pontos, balanceamento de cor e gravação em estúdio. DXQLGDGHRoteiros, locações, e resolução de problemas técnicos. Levantamento dos procedimentos e estruturas básicas para consecução dos trabalhos de iluminação em ambientes diversos 5HVXOWDGRVHVSHUDGRV

Introdução a Iluminação para vídeo e TV Introdução à Iluminação

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I nt rodução a I lum inação para vídeo e TV

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Introdução à Iluminação para Vídeo e TV

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Estudo teórico dos procedim entos básicos para criação e execução de ilum inação para captação de im agens internas (estúdios) e externas ( locações) ut ilizando-se equipam entos t radicionais.

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Proporcionar o entendim ento técnico e estét ico dos t rabalhos que envolvem o estudo e realização de ilum inação para vídeo e TV e as relações existentes ent re out ras at ividades paralelas, tais com o: produção, roteiro, cenografia, figurino e m aquiagem .

5HFXUVRV�PtQLPRV�QHFHVViULRV� Com putador Pent iun 2 ligado á rede at ravés de conexão dial-up 56 kbps. Software adobe acrobat 5.0 - versão free Software Real Player gold - versão free.

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�D��XQLGDGH� I nt rodução ao estudo dos elem entos técnicos de um projeto: Am bientes, equipam entos, est ruturas, acessórios, etc. e suas propriedades na cena.

�D��XQLGDGH� Estudo das relações ent re os vários elem entos técnicos do projeto.

�D��XQLGDGH� Tem peratura de cor, filt ros de correção e polarização.

�D��XQLGDGH� Mecânica da ilum inação na cena: Luzes chave, de preenchim ento, de fundo, cont ra- luzes e efeitos. I lum inação em 3 pontos, balanceam ento de cor e gravação em estúdio.

�D��XQLGDGH��Roteiros, locações, e resolução de problem as técnicos.

Levantam ento dos procedim entos e est ruturas básicas para consecução dos t rabalhos de ilum inação em am bientes diversos

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Ao final do curso espera-se que os part icipantes estejam fam iliarizados com os processos básicos para desenvolvim ento de m ontagens de ilum inação para captação de im agens em vídeo e TV.

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Valmir Perez

1ª Unidade

2ª at ividade

Vam os falar um pouco sobre as questões relat ivas aos elem entos com posit ivos (paredes, m esas, pisos, cadeiras, dim ensões físicas, indum entárias, etc) de um set de gravação, ou seja, quais as influências que esses elem entos terão na qualidade de captação das im agens. Com o vocês poderão observar abaixo, isso é de ext rem a im portância na m edida em que eles irão interferir diretam ente no produto final.

Com ecem os então pela est rutura física:

Um set ou estúdio para captação de im agens deve possuir algum as característ icas que proporcionem um a m elhor perform ance das at ividades, assim com o os elem entos que o const ituem . Ent re eles podem os citar:

a) Dim ensões com pat íveis com o ângulo de abertura focal:

Espaços m uito pequenos dificultam tom adas panorâm icas da cena, pois, a abertura focal (área de beam e field de abertura de lente - onde beam é o m enor cam po de zoom da m áquina e ILHOG é o m aior) dos equipam entos deve conseguir abranger os elem entos cênicos, fundos, atores, etc. Além disso, se o que cham am os de pé direito (altura do set ) for m uito baixo, surgirão dificuldades nas m ontagens de est ruturas elét r icas e de suporte de ilum inação, ocorrerá tam bém um aum ento na tem peratura interna do estúdio, devido é claro, às lâm padas ali instaladas. No caso de sets pequenos, devem os ter a preocupação de ut ilizar lâm padas com potências m enores, até m esm o para proporcionar conforto no t rabalho dos atores, âncoras, etc. Na especificidade de cursos à distância, poderíam os tam bém resolver problem as de est rutura e de pé direito baixo com a m ontagem lateral de ilum inação chave (key light ) e de preenchim ento (Fill light ) em plano m édio ( lum inárias em t r ipés) e de lum inárias de cont ra- luzes (back light ) tam bém laterais, essas apenas um pouco m ais altas.

b) Janelas e portas:

Devem m anter-se preferivelm ente fechadas durante as gravações e, é claro, com tapum es e cort inas que evitem a ent rada de luzes externas. I sso se deve ao fato de que as luzes externas podem distorcer a tem peratura das cores durante as captações. Mas para que isso não t ransform e o estúdio em um "forno" devido as altas tem peraturas da ilum inação, aconselha-se tam bém a ut ilização de ar-condicionado, porém , com tubulação vinda de um a cent ral externa ao set . Ar-condicionado e captação de som não com binam , inclusive se a ligação elét r ica do som e do equipam ento de ar est iverem conectadas num m esm o qudro de dist r ibuição elét r ica. Out ro inconveniente na abertura de portas e janelas é a facilitação de ent rada de ruídos no estúdio que influenciam negat ivam ente um a boa captação de som .

c) Pisos:

Quanto aos pisos, existem dois problem as cent rais: o rebat im ento e reflexão da luz e problem as relacionados a âm biência ( reflexão sonora nos am bientes) . Pisos m uito claros e brilhantes podem provocar reflexos de cont ra- luzes (back light ) na lente das câm eras e reflexos no set , nos atores e nos elem entos. Aconselha-se a ut ilização de pisos de m aterial em borrachado ou carpetes de tons escuros, geralm ente pretos, cinzas, azuis, enfim cores fr ias. Cores vivas e quentes podem apresentar problem as de radiosidade ( reflexão colorida) indesejada. Já o som , se com portará m elhor nesses m ateriais que absorvem m ais as ondas sonoras.

d) Mesas, cadeiras, arm ários, etc:

Elem entos de cena fabricados com m ateriais m uito reflect ivos não são aconselháveis. Quanto as cores, principalm ente das m esas, devem ser de tons próxim os aos tons da pele, isso facilitará sobrem aneira o t rabalho de correção da luz nos atores. Mesas verm elhas provocarão reflexões verm elhas, averm elhando a pele de quem está no cam po receptor dessa reflexão. Faça um teste ut ilizando um pedaço de papel colorido e um a lanterna. Peça para alguém sentar em frente a m esa e coloque o papel no tam po, depois acione um a lanterna a m ais ou m enos 45 graus de inclinação sobre o papel em direção a essa pessoa e você verá o efeito da reflexão da luz em seu rosto. Out ros elem entos de cena tais com o: arm ários, livros, cadeiras, etc, podem possuir tons m ais fortes, porém , devem os sem pre nos preocupar com as questões estét icas, de com binação e cont raste de cores e reflexão da luz.

e) I ndum entária: Com ecem a notar principalm ente em program as josnalíst icos que a indum entária, ou seja, o figurino do âncora e de quem m ais se apresenta em cena, geralm ente cont rasta com os planos de fundo e de cenários. im agine você um a jornalista toda vest ida de am arelo sob um fundo tam bém am arelo do m esm o tom . Vocês veriam que a jornalista "sum iria" de cena. Não havendo cont rastes as im agens perdem bastante de sua est rutura t r idim ensional. Acho inclusive que em sets de gravação que recebam convidados, é bastante oportuno term os em m ãos alguns casacos e blazers fem ininos e m asculinos de tons variados, geralm ente m ais escuros quando o fundo é claro e m ais claros quando o fundo é escuro. Além de poderm os assim cont rastar algum as cores indesejadas que possam aparecer.

Pois bem , é isso, procure a part ir de agora observar m ais com o essas coisas funcionam na televisão, principalm ente na Rede Globo e Cultura. I ndico essas duas não porque sou fâ incondicional de televisão, m as porque essas em issoras possuem um padrão técnico excelente e podem com certeza ser consideradas duas das m elhores em issoras do m undo em term os de qualidade visual. Eles investem pesado na const rução dessa im agem .

Essa at ividade é som ente de observação m as é m uito im portante. Não deixe de fazer esse exercício, ele vai ajudá- lo bastante em seus projetos.

1ª Unidade

3ª at ividade

Equipam entos:

Costum o cham ar os equipam entos de ilum inação de "pincéis" por eles se com portarem nas cenas com o ferram entas de pintura. Com esses "pincéis" pintam os com a luz, porém , a pintura que fazem os com eles nos am bientes não é aquela que vem os na arte pictórica, t rata-se de um t ipo de pintura ext rem am ente m ais com plexa pelo seu caráter t r idim ensional.

No entanto, pintores ant igos e m odernos sem pre buscaram notadam ente um a expressão realíst ica na pintura at ravés da com posição da luz. A luz e a som bra é que proporcionam nossa leitura t r idim ensional no quadro, exatam ente por isso, a observação e estudo da arte pictórica é m uito indicada na pesquisa de ilum inação.

Os equipam entos de ilum inação diferenciam -se não apenas pela quant idade de luz em it ida (potência das lâm padas) , m as principalm ente pelas questões form ais (da form a) de em issão lum inosa. O conhecim ento dos com portam entos da luz em it ida por cada t ipo de equipam ento é prim ordial para que ilum inadores e designers de ilum inação possam conseguir os efeitos desejados nas cenas.

Podem os afirm ar que ilum inação de palcos, estúdios, locações (am bientes reais) externas e internas possui duas funções básicas: ilum inar para que algo seja visto e aclim atar o am biente em busca de um a expressão poét ica/ estét ica (de sent im entos e sensações e estados de consciência)

Para nós, designers de ilum inação, apenas os conhecim entos técnicos não bastam . I sso tam bém vale para os conhecim entos estét icos. Esses dois ram os do conhecim ento devem cam inhar em harm onia.

Nessa at ividade vam os procurar desenvolver nossa capacidade de percepção estét ica e conhecim ento técnico da seguinte form a:

No m aterial de apoio da unidade (1) você vai encont rar o link "equipam entos" e o link "Pinturas". Siga os seguintes passos:

a) Leia com atenção as propriedades dos equipam entos e observe as im agens das pinturas disponibilizadas.

b) Escolha um a pintura que você tenha gostado e faça um a análise da luz do quadro e dos sent im entos e em oções que essa luz provoca em você. Escreva um pequeno texto falando sobre isso.

Aproveite tam bém para ler m eu art igo "Técnica e Estét ica - Opostos Com plem entares" e o capítulo 2.7 - "Tipologia das Fontes de Luz" - da dissertação de m est rado "Arte e Técnica em Harm onia" de Willians Cerozzi Balan - Prof. Ms. Unesp - FAAC - Bauru, no m aterial de apoio dessa unidade.

Boa sorte!

1ª Unidade

4ª at ividade

Acessórios:

Cham am os de acessórios quaisquer itens que com ponham peças com plem entares de equipam entos, sejam eles de ilum inação, cenografia, segurança, etc. e que favoreçam a execução e im plem entação de t rabalhos com esses equipam entos.

Na ilum inação, os acessórios são essenciais em determ inados casos que favoreçam m ontagens, dist r ibuição de luzes, efeitos especiais e garant ias de segurança.

Aqui falarem os apenas de alguns deles, m as você poderá consultar o link e um catálogo da Rosco no m aterial de apoio para saber um pouco m ais sobre os diferentes t ipos de acessórios e suas respect ivas ut ilizações na ilum inação.

%DQGRRUV: Os bandoors, ou bandeiras, são colocados geralm ente na frente das lentes dos equipam entos e sua função principal é delim itar a em issão lum inosa em determ inadas áreas. Com eles podem os tam bém criar efeitos de corredores e luzes que ent ram em frestas e portas.

*RERV: Os gobos são encont rados em lâm inas de aço ou vidros refratários e sua função principal é a projeção de im agens sobre atores, nos fundos e cenários. Com eles podem os sim ular am bientes e projetar desenhos de luzes encont radas no m undo real, tais com o: som bras de folhagens, portas, j anelas, fogo, nuvens, etc.

7ULSpV: Esses acessórios são bastante ut ilizados em estúdios e locações para posicionam entos dos equipam entos de ilum inação em ângulos e alturas apropriadas.

Além dos acessórios relacionados diretam ente à ilum inação tem os tam bém aqueles que fazem parte do universo cenográfico e de adereços de cena tais com o: Sim uladores de velas, espelhos, t intas, garrafas e copos feitos de substãncias não cortantes, enfim , um a infinidade.

Filt ros de cor, polarização e correção tam bém são acessórios, é que devido a im portância deles no t rabalho de ilum inação, discut irem os suas propriedades separadam ente num a unidade m ais adiante.

Não cabe aqui tam bém citar todos os t ipos de acessórios e suas respect ivas funções, isso seria ext rem am ente cansat ivo.

Consulte o catálogo da Rosco que está disponibilizado na m aterial de apoio da 1ª unidade e confira a quant idade e diversidade desses produtos. Procure conhecer bastante sobre esses m ateriais, afinal de contas, é at ravés deles que m ontam os est ruturas, nos protegem os, criam os efeitos e aum entam os a qualidade do nosso t rabalho.

2ª Unidade

1ª at ividade

Nessa at ividade vam os colocar a cuca para funcionar!

A m aioria das pessoas assiste aos telejornais brasileiros, algum as são até viciadas neles, assistem todos e ainda ficam t rocando de canais nos intervalos. Eu tam bém já fui assim .

Depois de tanto assist ir esses telejornais a gente perde a nossa capacidade de observação, ou pelo m enos perdem os um pouco. Para quem deseja t rabalhar com ilum inação e captação de im agens, esses telejornais são um a grande biblioteca de inform ações úteis. Prim eiro porque todos os dias eles vão ao ar, faça chuva ou faça sol, e depois, é que eles são na m aioria das vêzes, as m eninas dos olhos das redes de televisão, o que faz com que o visual seja quase sem pre im pecável.

A ilum inação desses program as, que agora tam bém ut ilizam grandes estúdios, é m uito boa e recebem todo um cuidado especial. Bom para a gente que quer aprender e que pretende principalm ente t rabalhar com ilum inação em estúdios, basta com eçar a prestar atenção.

Vam os fazer então o seguinte exercício:

Escolha um telejornal de sua preferência e observe o seguinte:

a) Quantas pessoas estão em cena e em que posições?

b) Qual o fundo ut ilizado?

c) São projetadas im agens nesse fundo?

d) Com o são feitos os cortes e m udanças de cena?

e) Os cont ra- luzes são da m esm a cor que a ilum inação geral (para isso observe no alto da cabeça dos jornalistas)?

f) Os cenários são coloridos ou são colorizados pela luz?

g) Você nota que os jornalistas estão m aquiados? Se estão, qual a característ ica dessa m aquiagem ?

h) Com o são feitas as tom adas de cena? Frontais? Laterais?

Escreva o que você observou e se não der para fazer de um a vez só, assista novam ente durante dois ou t rês dias.

Boa sorte!

2ª Unidade

2ª at ividade

Muito bem, paralelamente a 1ª atividade dessa unidade, vou pedir para que você faça um outro exercício de observação.

Escolha uma revista de notícias, tipo Veja, Isto é, qualquer uma.

Escolha uma notícia de cunho político nacional ou internacional que tenha imagens e observe o seguinte:

a) Quais as cores utilizadas nessa reportagem (banners, faixas, desenhos, fotos, etc)

b) Quais as relações entre as imagens e o texto apresentado? Eles se complementam ou estão em conflito de idéias?

c) As fotos são grandes ou pequenas? Porque você acha que são desse tamanho?

d) O que você sente quando lê a notícia e vê as imagens? Será que os redatores e editores gráficos conseguiram te atingir do jeito que queriam?

Esse exercício pode parecer por hora não ter nenhuma ligação com o nosso curso, porém, não quero que você monte a luz de uma cena sem saber ao certo o que está expressando. Lembre-se de que a técnica é apenas a reunião dos conhecimentos de processos de trabalho mas não é um fim em si mesmo. Os fins são sempre os de informação, diversão, manipulação, etc. Por isso mesmo, devemos ter cuidado com o que estamos expressando através dessas linguagens visuais.

Boa sorte!

3ª Unidade

1ª at ividade

Tem peratura de cor:

Acredito que essa seja um a das at ividades m ais im portantes do curso. Você vai aprender aqui a fazer a regulagem da tem peratura de cor.

Preste bastante atenção nesses conceitos. I sso você ut ilizará sem pre em seus t rabalhos de captação de im agem . Leia os m ateriais de apoio e visite os links de fabricantes. Quero que você aprenda o "pulo do gato" de um a boa ilum inação.

Vam os lá então...

Quando se fala em tem peratura de cor m uita gente confunde com sensação calorífera das cores. essa últ im a se refere diretam ente aos nossos sent idos físicos e tem sua explicação na própria evolução biológica e cultural do hom em . Nosso organism o é com provadam ente influenciado pelas cores, assim com o nossa m ente, intelecto e intuição. Quando por exem plo estam os num local de m at izes que vão do verm elho ao am arelo, passando pelos m eios- tons

alaranjados, sent im os um a m aior sensação de calor. Essas cores tam bém cont ribuem para um aum ento da nossa at ividade m etabólica, elevando as taxas de tem peratura e pressão do corpo, consequente aum entando nossa ansiedade e est im ulando todas as out ras funções. Essa do espect ro lum inoso, (verm elhos, am arelos, laranjas) cham am os de cores quentes.

Já as cores fr ias (Azuis, verdes e violetas) , provocam no organism o sensações de relaxam ento porque dim inuem o nosso m etabolism o. Ao cont rário das cores quentes, som os levados a sent ir nos am bientes pintados e decorados com essas cores, um a tem peratura m ais agradável no verão e m ais fr ia no inverno. Cores fr ias tam bém influenciam nossa form a de ver o m undo.

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Enquanto o cinem a e a televisão eram em preto e branco e tons de cinza, não havia necessidade do equilíbrio das cores na captação de im agens. Já com o cinem a e a televisão coloridos ficou patente a necessidade de busca de um padrão de ilum inação para se conseguir equilíbrios de cores padronizados. Películas e câm eras de televisão com eçaram então a ut ilizar o padrão de tem peratura de cor de 3200 graus Kelvin. I sso foi conseguido depois de algum as experiências. Ut ilizou-se um pequeno pedaço de m aterial de tungstênio que foi sendo esquentado. Na m edida em que sua cor ficasse próxim a a da luz do sol ent rando por um a janela e projetada num a tela clara, m ediu-se a tem peratura do m aterial em graus Kelvin. Com 3200 graus Kelvin a barra de tungstênio apresentava a m esm a im pressão lum inosa que a luz na tela. A part ir daí então as películas de cinem a e as câm eras de tv foram fabricadas para t rabalhar esse padrão. Hoje em dia, m esm o com as câm eras digitais, a ilum inação em 3200 graus kelvin cont inua padrão.

Para se conseguir, por exem plo, corrigir um a ilum inação de lâm pada caseira para 3200 graus kelvin, ut iliza-se o que se denom ina de filt ro corretor. Ele irá aum entar a tem peratura de cor desse t ipo de lâm pada (aproxim adam ente 2600 graus Kelvin) para 3200. I sso se faz necessário quando, por exem plo, tem os um a gravação ut ilizando ilum inação com um e luz do sol ent rando no set . Já o cont rário tam bém é possível quando, por exem plo, baixam os a tem peratura da luz do sol que ent ra por um a janela da locação para um a Lâm pada de tungstênio de 3200 K.

Você vai entender m elhor esse assunto no m aterial de apoio da 3ª unidade: "Capítulo 2.4 - Tem peratura de Cor" e "Capítulo 2.5 - os Filt ros de Correção" da dissertação de m est rado "A I lum inação em Program as de TV" de Willians Cerozzi Balan - UNESP - FAAC - Bauru.

Após ler esse m aterial, faça um resum o- lista com todos os ítens que você lem brar.

Visite tam bém o link: ht tp: / / www.iar.unicam p.br/ lab/ luz/ video.htm do m eu site, onde falo algum a coisa sobre esse assunto e out ros que você verá m ais adiante.

3ª Unidade

2ª at ividade

Filt ros polarizadores:

São aqueles que polarizam a luz em determ inado ângulo ou direção. São ut ilizados principalm ente para elim inar reflexos de luz rebat idas nas lentes das câm eras, de m ateriais com o vidros, espelhos, papeis, e substãncias com o água, óleo, etc.

Os filt ros polarizadores determ inam um a convergência real dos raios lum inosos em it idos por um a fonte, direcionando assim tam bém a reflexão em determ inada direção.

Esses filt ros são colocados geralm ente nos equipam entos de ilum inação juntam ente com os filt ros de correção, m as som ente quando se fazem necessários. Diríam os até, em últ im o caso, quando um a ligeira m odificação do ângulo de incidência da luz não consegue resolver o problem a.

Existem tam bém m ateriais ant i- reflet ivos que são ut ilizados nas cenas, tais com o óculos, vidros para m olduras de quadros que decoram o set , vidros de balcões, etc. Em bora m ais caros, são realm ente im portantes quando tem os um projeto de m édia e longa duração, por exem plo: um set que sirva a um program a de ent revistas sem anais.

Filt ros difusores:

Para conseguirm os um a ilum inação m ais soft (m ais diluída) com som bras m enos duras (m enos definidas) ut ilizam os os cham ados filt ros difusores. O que eles fazem ?

Quando os raios de luz passam por esses filt ros, m udam de direção aleatoriam ente, fazendo com que esses raios voltem -se cada um para um "endereço" diferente. I sso provoca um espalham ento da luz nos am bientes, criando o que cham am os de ilum inação soft .

Esse t ipo de luz é ideal para criar sensações de radiosidade de ilum inação que é o equivalente da am biência no som . As form as ganham em profundidade e volum e, pois as som bras são atenuadas pela interferência das penum bras da própria luz em issora.

Podem os encont rar esses filt ros de variados índices de refração, porém , quando o dinheiro é curto, pdem os ut ilizar o "papel Vegetal" de boa qualidade. De gram atura m édia para m aiores difusões e gram atura baixa para m enores difusões. Devem os apenas tom ar alguns cuidados de posicionam ento dos papeis nos equipam entos, pois, o papel vegetal em bora resistente ao calor, não é tão resistente com o os polím eros especialm ente fabricados para isso, podendo ent rar em com bustão.

Alguns filt ros coloridos tam bém são difusores e sua ut ilização é m uito grande nos teat ros, onde conseguim os gerais, banhos e cont ra- luzes m uito bons com esses m ateriais.

Produtos reflet ivos ( rebatedores) :

Já esse produtos têm a função de reflet ir a luz de um determ inado foco. São ut ilizados geralm ente para com plem entar a ilum inação em determ inadas situações, por exem plo, quando não tem os espaço suficiente num set ou locação para adequarm os um cont ra- luz. Nesse caso,

voltam os um refletor para o teto, coberto com m aterial reflet ivo ( rebatedor) , que reflet irá a luz do foco na direção determ inada pelo ângulo de incidência. Cada caso exige um a aplicação determ inada. Só m esm o a experiência aliada ao conhecim ento técnico pode ajudar.

Existem m uitos t ipos de filt ros no m ercado, fiilt ros voltados para as m ais diferentes situações. Nesse curso báscio, não irem os discut ir todos eles, basta apenas entender a im portãncia desses m ateriais na

ilum inação e ler com calm a os catálogos disponíveis no m aterial de apoio.

Vá com calm a. tem m uita coisa para se conhecer nesse área. A gente vai aprendendo tam bém com a experiência.

3ª Unidade

3ª at ividade

Filt ros de cores (gelat inas)

Dependendo tam bém do que estam os ilum inando, podem os e devem os ut ilizar crom at ism os na ilum inação. A luz colorida reforça idéias objet ivas e subjet ivas na cena. Principalm ente quando t rabalham os na tela com ficção, a luz colorida ou colorizada possibilita a criação de "clim as" psicológicos, quando t rabalhada conjuntam ente com efeitos de projeção dão a idéia de am bientes diferenciados. Ou seja, com a luz colorida podem os criar universos conceituais.

Não esquecendo que as câm eras necessitam de determ inados índices de lum inância (quant idade de luz) para captação de im agens, o t rabalho de ilum inação se torna m ais r ico com a ut ilização de filt ros coloridos. Mas todo cuidado é pouco. Para t rabalharm os com as cores, devem os saber m uito bem o que estam os fazendo para não desviarm os os objet ivos principais da cena.

Para com eçar, sugiro que estudem os pelo m enos o básico dos sistem as de cores " luz" cham ados tam bém de sistem as "adit ivo" da " luz", e de "pigm entos", conhecido com o sistem a "subt rat ivo":

Sistem a adit ivo:

Quando falam os em cor, estam os na verdade falando de luz, pois, sem a luz não exist ir iam o que cham am os "cores". Na natureza encont ram os dois sistem as crom át icos: o sistem a Adit ivo e o sistem a subt rat ivo. O sistem a adit ivo é aquele form ado pelas t rês cores prim árias da luz

(Azul-violeta/ verm elho e verde) , decom postas a part ir da luz branca solar que é a fonte natural de luz no planeta terra. As lâm padas elét r icas, velas e out ros aparatos lum inosos, nos fornecem ilum inação sintét ica. Cham a-se adit ivo porque a adição das t rês cores prim árias form am a luz branca. A decom posição das cores prim árias da luz branca num prism a acontece devido às diferenças de com prim ento de onda de cada cor, que vão do verm elho ao violeta. O olho hum ano consegue perceber cores que possuem com prim entos de onde que

vão de 380 nm (nanôm et ros - que é a m ilionésim a parte do m ilím et ro) a 780 nm . Abaixo de 380 está a luz infraverm elha e acim a de 780 nm a em anação ult ravioleta. Quando m isturam os essas cores prim árias ent re si tem os os seguintes resultados:

Verm elho + azul = Magenta Verm elho + verde = Am arelo Verde + azul = Ciano

Essas cores resultantes são cham adas de cores secundárias da luz e são ao m esm o tem po as cores prim árias do sistem a subt rat ivo.

Sistem a subt rat ivo:

Todos os objetos do m undo possuem cor. Essa cor é form ada pelos elem entos naturais ou sintét icos que se encont ram na sua cam ada externa. Os pigm entos podem tam bém ser naturais ou sintét icos. Esses pigm entos em contato com as cores- luz vão absorver determ inadas faixas de onda crom át ica e reflet ir out ras, que serão captadas pelo olho hum ano. O sistem a subt rat ivo leva esse nom e tendo em vista

que a m istura de suas cores prim árias tendem ao preto, ou seja, ausência de luz. A m istura ent re as cores prim árias do sistem a subt rat ivo (ciano/ m agenta e am arelo) resultam no seguinte:

Ciano + m agenta = azul Ciano + Am arelo = verde Am arelo + m agenta = verm elho

Note bem a beleza e a harm onia natural do sistem a. As cores secundárias do sistem a adit ivo são as cores prim árias do sistem a subt rat ivo e as cores secundárias

do sistem a subt rat ivo são as cores prim árias do sistem a adit ivo. O preto e o branco não são cient ificam ente consideradas cores. O branco é o resultado da som a de todos os com prim entos de onda e o preto é a ausência com pleta da luz, portanto da cor.

O sistem a adit ivo é cham ado tam bém de sistem a RGB ( red/ green e blue) e o sistem a subt rat ivo de CMYK, onde "k" representa o preto que é adicionado aos pigm entos para obtenção de m aior ou m enor saturação, pois, não encont ram os pigm entos puros na natureza.

Bem , m as o conhecim ento dos sistem as de cores, no sent ido " técnico" do term o, não é suficiente para um a boa ilum inação. Na ilum inação t rabalham os com conceitos expressivos, ou seja, conceitos ligados ao m undo das teorias art íst icas.

Para os art istas visuais, designers, propagandistas, etc, as cores form am um universo de linguagem que têm suas leis próprias e que precisam ser conhecidas para que o t rabalho não se torne "vazio" de significados.

Existe m uita coisa boa para ser lida sobre o assunto. quem quiser se inteirar m ais pode consultar algum as obras sobre o assunto. Eu indico dois livros m uito bons:

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Você agora pode fazer o seguinte: Escolha um a dessas cores com entadas (sistem a subt rat ivo e adit ivo) e escreva um poem a falando sobre ela. Não se int im ide, com ece hoje m esm o a valorizar um pouco seu lado criat ivo.

Se desde o prim eiro dia na escola você fosse ensinado a " ler" as form as e as cores com o linguagem , hoje provavelm ente você se expressaria m uito m elhor. Já pensou se no seu 1º dia de aula sua professora colocasse livros, j ornais e revistas na sua frente e lhe dissesse: "Bem , aqui está toda gram át ica crianças", podem com eçar a aprender a ler e escrever. Pois é, se fizessem isso com você, provavelm ente hoje você não estaria lendo esse parágrafo. Mas tenha certeza que fizeram isso com você em relação à linguagem visual e então som os todos um pouco analfabetos na form a e na cor. Com ece agora a dar a volta por cim a e torne-se alguém m ais criat ivo.

Boa sorte!

4ª Unidade

1ª at ividade

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A ilum inação de 3 pontos é a m ais sim ples de todas e é ut ilizada com m uita frequência em program as jornalíst icos, onde apenas um apresentador está em cena. No caso de im agens captadas para EAD, acredito seja a m ais indicada para apresentação de aulas onde apenas o professor está em cena, isso em se t ratando de estúdios e dependendo é claro, da est rutura do am biente de captação.

Cham a-se luz de 3 pontos porque é const ruída a part ir de 3 equipam entos, ou fontes de luz (key- light , fill- light e back- light ) . Esses equipam entos são alocados no set e conform e sua localização recebem um t ipo de referência ou denom inação. Falem os das t rês então:

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É a luz principal da cena, a que dá ao espectador a noção de luz solar. Alguns t ipos de equipam entos são indicados pera esse efeito, porém o m ais com um é o fresnel. Você já pôde conhecer algum as de suas propriedades na 1ª unidade.

Se por acaso você já se esqueceu disso, aconselho um a visita no m aterial de apoio daquela unidade. A part ir de agora voc~ e vai precisar conhecer um pouco m ais as funções de cada "pincel" .

Com esse equipam ento, podem os determ inar um a luz m ais dura num a das laterais (esquerda ou direita) do apresentador.

É a luz que fará o "papel" de luz solar. Com seus bean-doors(bandeiras ou aletas) podem os recortar a ilum inação que incidirá em cenários e out ros elem entos da cena.

É aconselhada um a correção dessa luz com todos os out ros equipam entos desligados, isso facilita um cont role m aior de form a e abertura. Essa luz pode tam bém estar posicionada ao lado da câm era, de frente ao ator, em plano m édio . Em estúdios pequenos isso não é aconselhado, porque

dessa form a sem pre irá aparecer som bras no fundo, principalm ente se o ângulo de inclinação da ilum inação for m enor que 45 graus, ou seja, um a ilum inação m ais baixa. O posicionam ento em plano alto com inclinação ideal (45 graus) é o m ais indicado. Um a out ra coisa im portante de se notar, é que luzes laterais aum entam a t r idim ensionalidade dos elem entos, nesse caso o próprio corpo hum ano por isso, fr intalm ente, podem os obter um a luz m uito "chapada", dim inuindo a profundidade dos elem entos. I sso não é estet ica e tecnicam ente aconselhado.

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Essa ilum inação deve ser suave, conseguida com equipam entos e filt ros (difusores) apropriados. A Luz de preenchim ento vai m inim izar os efeitos da luz solar dura (key- light ) , am enizando o am biente e aproxim ando-o da ilum inação do m undo real, onde a radiância ( reflexão da ilum inação pelos objetos) am eniza as

som bras sem elim iná- las. Posicionam os essa luz geralm ente na posição oposta à câm era e a ilum inação principal. Sua altura, ou plano, depende tam bém da est rutura do am biente. O que se procura tam bém com essa luz é preencher o lado escuro do objeto ilum ionado pela key- light e ao m esm o tem po, na ilum inação de t rês pontos, suavisar as som bras de fundo. Ut ilizam os geralm ente a fill- light a 90% da ilum inação principal.

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A back- light caracteriza-se pela ilum inação direcionada do fundo para a frente, m antendo ângulos de inclinação variáveis de acordo com a est rutura do set . Seu posicionam ento pode ser lateral com o diretam ente frontal à câm era. No prim eiro caso as som bras dos elem entos serão perpendiculares ao fundo e no segundo caso diagonais. Os equipam entos m ais apropriados para essa luz são os de luz dura com aletas de cont role (bean-doors) . Tom a-se cuidado tam bém para que a ilum inação não at inja a lente da câm era. Essa luz tam bém deve ser m ais baixa ( fraca) que as luzes principal e de preenchim ento.

Para alguns profissionais, a back- light não apresenta nenhum a função quando o set está equilibrado com as luzes acim a com entadas e os elem entos já m ost ram o seu

contorno. Eu por exem plo concordo com out ros autores que afr im am que a back- l ight não possui apenas a característ ica e a função de aum entar o volum e dos elem entos m as out ras tam bém m uito im portantes na cena:

a) A tela da televisão é bi-dim ensional e som ente som bras e nuances podem const ruir a sensação de profundidade. A back- light tam bém gera a separação do personagem e elem entos dos fundos.

b) O personagem m uitas vêzes está posicionado sobre um fundo cujas luzes e som bras são cont roladas. A cena de fundo pode ser com posta de im agens de tons de cinza variadas.Nesse caso a back- light produz um m aior descolam ento do personagem e elem entos com o fundo, aum entando o cont raste e facilitando a percepção na bidim ensionalidade da tela.

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A ilum inação de 3 pontos funciona tam bém com o projeto básico de com posição dos inum eráveis t ipos de ilum inação para inum eráveis t ipos de am bientes. Ela nos oferece a est rutura básica de um a luz sintét ica m uito

próxim a à ilum inação real. Todas as vêzes que surgem dúvidas de com posição interna e externa de ilum inação, a est rutura de 3 pontos vem em nosso auxílio.

Bem , agora que você já sabe um pouco m ais sobre essa técnica, aprofunde seus conhecim entos no m aterial de apoio da unidade. Observe atentam ente as im agens disponibilizadas e tente com eçar a perceber o m undo real de out ra form a. Procure analisar os luzes e som bras em ocasiões e espaços diferentes. I sso irá ajudá- lo (a) a determ inar intuit ivam ente um a ilum inação bela e natural dent ro dos estúdios.

Para você ter um a idéia m ais com pleta desse conceito clique aqui para assist ir um vídeo de sim ulação em um am biente virtual.

5ª Unidade

1ª at ividade

5RWHLURV� Nesse curso abordarem os esse tem a de m aneira superficial, apenas para dar um a idéia do que se t rata, j á que o curso não é um curso com pleto de cinem a ou televisão. Acredito porém que um a idéia geral sobre o assunto pode facilitar tam bém o t rabalho de ilum inadores, pois essas idéias desenvolvem o conhecim ento de conceitos subjacentes ao t rabalho de ilum inação.

Nas palavras de Doc Com parato um roteiro pode ser definido com o "a form a escrita de qualquer espetáculo, áudio e / ou visual" . Para ele tam bém um roteiro tem t rês qualidades essenciais:

/RJRV� O discurso, a form a que se dá, a organização verbal, sua est rutura geral.

3DWKRV��O dram a hum ano, a vida, a ação, os conflitos, a geração de acontecim entos.

(WKRV� A m oral, a ét ica, o significado subjet ivo da narração. O conteúdo.

A concepção de um roteiro obedece um processo lógico que pode ser dividido em ��HWDSDV� 3ULPHLUD�HWDSD� I nicia-se por um a idéia, um fato ou desejo de com unicação de algo.

6HJXQGD�HWDSD� O enredo, um a sim ples frase pode acionar um roteiro inteiro, se tom ássem os por exem plo um "Ham let " de Shakespeare, ele poderia caber na seguinte frase: "Era um a vez um príncipe cujo t io, para tom ar o t rono, m atou o rei, pai do príncipe; aí o príncipe ent rou num a crise existencial, m atou um a porção de gente e acabou m orto".

7HUFHLUD�HWDSD��Desenvolvim ento da VWRU\�OLQH e criação do argum ento. O argum ento é o delineam ento dos personagens, da história, do espaço físico, do tem po, etc. O argum ento dá o perfil dos personagens e o percurso da ação. A história tem com eço, m eio e fim que são explicados no argum ento.

4XDUWD�HWDSD��Const rução da est rutura; com o vam os contar a história. A fragm entação do

argum ento em cenas. Cada cena tem tem po, espaço e ação.

4XLQWD�HWDSD� Const rução dos personagens, das falas, dos diálogos, das abertuiras de cena. Nessa etapa form ulam os as em oções, o caráter da cada personagem e o clim a dessas ações.

Esse resum o ret rata as fases de const rução de um roteiro de const rução das cenas. Existem paralelam ente a esse roteiro, os roteiros técnicos que são baseados no roteiro principal. Um roteiro de ilum inação deve possuir algum as inform ações que tem relação direta com os cam inhos do processo de m ontagem e operação da luz dent ro e fora dos estúdios.

Vam os falar um pouco dessas inform ações na próxim a at ividade.

Agora eu gostaria que você pensasse num pequeno roteiro de cena. Procure desenvolver um a idéia qualquer e ut ilize as cinco etapas discut idas acim a.

Visite tam bém o m aterial de apoio da unidade.

Boa sorte!

5ª Unidade

2ª at ividade

5RWHLURV�GH�LOXPLQDomR� Os roteiros de ilum inação se preocupam principalm ente com as nuances e m udanças de luz no tem po e espaço. No cinem a e na TV os roteiros fornecem um cam inho lógico nos processos técnicos de m ontagem e execução da luz.

Podem os citar alguns ítens de im portância que fazem parte do roteiro da luz:

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Esse são apenas alguns elem entos e os designers e ilum inadores podem ainda incluir out ros que venham a ser solicitados em casos específicos. Geralm ente na TV e no cinem a os ilum inadores t rabalham conjuntam ente com o diretor de fotografia e m uito frequentem ente esses últ im os são tam bém os ilum inadores.

Já no teat ro os roteiros de ilum inação acom panham as "deixas" de texto, de sons, de t r ilha sonora e out ros indicadores de m udanças. Para saber um pouco sobre o roteiro de ilum inação de palco acesse m eu site no endereço ht tp: / / www.iar.unicam p.br/ lab/ luz/ roteiro.htm

Tente agora fazer um roteiro de luz sobre aquele roteiro da 1ª at ividade. Tenho certeza que você pode conseguir.

5ª Unidade

3ª at ividade

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Seria bastante pretenção desse curso falar sobre todos os t ipos de soluções técnicas encont radas pelos ilum inadores; lem bre-se, esse é um curso int rodutório. Cham o de soluções técnicas todo procedim ento que visa um bom aproveitam ento da luz solar ( fora dos estúdios) e dos equipam entos (dent ro dos estúdios e locações) .

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Fora dos estúdios a prim eira preocupação é com a capacidade de rede elét r ica de suportar ou não os equipam entos ut ilizados para a m ontagem da luz. Em caso negat ivo existem algum as soluções que sem pre requerem recursos financeiros. A locação de geradores à óleo e a cont ratação das em presas geradoras para adaptação da rede são duas das principais soluções encont radas nesses casos, am bas tem custos relat ivam ente altos para pequenas produções.

Outra coisa que deve ser levada em consideração é a quant idade de luz solar e o horário das film agens. Dias ensolarados podem nublar de repente e o aparecim ento de nuvens que dim inuem a quant idade de luz tam bém é com um nesses casos. Fora isso, um a tom ada m uito dem orada pode alterar a im agem das som bras desviando o conceito de tem po realísta da ilum inação. Já part icipei de tom adas onde o diretor de fotografia estava desesperado com os erros de interpretação. isso at rasava por dem ais as film agens, fazendo com que as som bras e a luz m udassem de posicionam ento. Um a das soluções encont radas foi a m udança de posicionam ento da câm era para evitar o aparecim ento dessas m udanças na tela. Além disso, durante o dia um avião estava passando por sobre a locação, dificultando a tom ada de áudio. Tudo isso acontece ao m esm o tem po e aí só nos resta ter m uita paciência e jogo de cintura.

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Dent ro de estúdios a preocupação com as soluções já é m enor m as nem por isso im previstos deixam de acontecer. Em casos por exem plo em que um a m esa de luz ou alguns equipam entos apresentem problem as, os ilum inadores e os diretores de fotografia podem im provisar, porém isso fica por conta da experiência de cada profissional e da quant idade de

equipam entos e lâm padas sobressalentes.

O m ais indicado em t rabalhos dent ro e fora dos estúdios é a presença (obrigatória) de um a boa equipe de elet r icistas ou, no caso de pequenas produções, um profissional bem capacitado para resolver problem as m enores.

Espero que você tenha pelo m enos um a idéia de com o esses procedim entos são im portantes e de com o podem ser perigosos nas m ãos de pessoas sem experiência.

Obrigado!